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Profa. Dra. Jaqueline Santos UNIDADE II Propedêutica e Processo de Cuidar na Saúde da Mulher Discorrer sobre os aspectos legais da atuação do(a) Enfermeiro(a) no pré-natal de risco habitual. Descrever sobre a atuação do(a) Enfermeiro(a) no pré-natal de risco habitual. Descrever sobre a consulta de Enfermagem no pré-natal de risco habitual. Primeira consulta. Consultas subsequentes. Imunização das gestantes. Rotinas de atenção do Pré-Natal. Objetivos Fonte: Ministério da Saúde. Objetivos Promover o acompanhamento da mulher no ciclo gravídico-puerperal. Realizar atividades de prevenção, identificação, controle e tratamento de intercorrências gestacionais. Instruir a gestante e a família acerca da gestação, parto, puerpério e cuidados com o recém-nascido (RN). Promover suporte adequado à gestante, ao companheiro e à sua família para que possam ser bem-sucedidos na adaptação à gestação e nos desafios enfrentados ao formar uma família. Pré-natal de risco habitual Fonte: https://rsaude.com.br/ Lei n. 7.498/86 e o Decreto n. 94.406/87 regulamentam a atuação do Enfermeiro no Pré-natal. Recomendação do Ministério da Saúde: “O pré-natal de baixo risco pode ser acompanhado inteiramente pelo enfermeiro na rede básica de saúde”. A consulta de pré-natal de gestação de risco habitual deve ser intercalada com a presença do(a) médico(a). Brasil, 2013 Aspectos legais da atuação do enfermeiro Orientar as mulheres e suas famílias sobre a importância do pré-natal, da amamentação e da vacinação. Realizar o cadastramento da gestante no SisPreNatal. Fornecer o Cartão da Gestante devidamente preenchido (o cartão deve ser verificado e atualizado a cada consulta). Realizar a consulta de pré-natal de gestação de baixo risco intercalada com a presença do(a) médico(a). Solicitar exames complementares de acordo com o protocolo local de pré-natal. Realizar testes rápidos. Prescrever medicamentos padronizados para o programa de pré-natal: Sulfato ferroso e ácido fólico. Medicamentos padronizados para tratamento das IST, conforme protocolo da abordagem sindrômica. Atribuições do enfermeiro na assistência ao pré-natal de baixo risco (Risco Habitual) Orientar a vacinação das gestantes. Identificar as gestantes com algum sinal de alarme e/ou identificadas como de alto risco e encaminhá-las para consulta médica. Se houver classificação de alto risco e dificuldade para agendar a consulta médica (ou demora significativa para este atendimento), a gestante deve ser encaminhada diretamente ao serviço de referência. Realizar exame clínico das mamas e coleta para exame citopatológico do colo do útero. Desenvolver atividades educativas, individuais e em grupos (grupos ou atividades de sala de espera). Orientar as gestantes e a equipe quanto aos fatores de risco e à vulnerabilidade. Orientar as gestantes sobre a periodicidade das consultas e realizar busca ativa das gestantes faltosas. Realizar visitas domiciliares durante o período gestacional e puerperal, acompanhar o processo de aleitamento e orientar a mulher e seu companheiro sobre o planejamento familiar. Atribuições do enfermeiro na assistência ao pré-natal de baixo risco (Risco Habitual) Consulta de Enfermagem no Pré-natal de Baixo Risco (Risco Habitual) Roteiro da primeira consulta Atividade independente e privativa do(a) Enfermeiro(a). Objetivos Propiciar condições para a promoção da saúde da gestante e a melhoria na sua qualidade de vida. Abordagem contextualizada e participativa. Etapas Histórico. Exame físico. Exames complementares. Condutas. Consulta de Enfermagem no Pré-natal de Baixo Risco (Risco Habitual) Fonte: www.interne.com.br História clínica 1. Identificação. 2. Dados sociodemográficos. 3. Antecedentes familiares. 4. Antecedentes pessoais. 5. Antecedentes ginecológicos. 6. Sexualidade. 7. Antecedentes obstétricos. 8. Gestação atual. Primeira consulta no Pré-natal de Baixo Risco (Risco Habitual) Fonte: www.bpsp.org.br Número de gestações (G) Abortamento, gravidez ectópica e mola hidatiforme. Número de partos (P) Tipos de parto: Normal (N). Cesária (C). Fórceps (F). Número de abortamentos (A) História clínica: antecedentes obstétricos Nomenclatura obstétrica: G0P0A0 = NULIGESTA (ou NULÍPARA) G1P0A0 (GIP0A0) = PRIMIGESTA G2PC1A1 (GIIPCIAI) = SECUNDIGESTA G4P0A4 (GIVP0AIV) = MULTIGESTA Nomenclatura obstétrica: G1PN1A0 (GIPNIA0) = PRIMÍPARA G2PN2A0 (GIIPNIIA0) = SECUNDÍPARA G4PN4A0 (GIVPNIVA0) = MULTÍPARA Complicações no puerpério (descrever) História de aleitamento materno anterior (duração e motivo do desmame). Idade na primeira gestação. Intercorrências ou complicações em gestações anteriores (especificar). Intervalo entre as gestações (meses). Isoimunização Rh. Mulheres Rh negativo. Mortes neonatais (número e motivo do óbito): Precoces (até 7 dias de vida). Tardias (entre 7 e 28 dias de vida). Natimortos (morte fetal intrauterina): Idade gestacional em que ocorreu. História clínica: antecedentes obstétricos Número de nascidos vivos: Baixo peso: < 2.500 g. Peso adequado: 2.500 a 4.000 g. Peso elevado: > 4.000 g. Número de filhos vivos Número de recém-nascidos (RN) Pré-termo: antes de 37 semanas (IG). Termo: 37 – 41 semanas (IG). Pós-termo: ≥ 42 semanas (IG). História de recém-nascido com icterícia, transfusão e hipoglicemia. História clínica: antecedentes obstétricos Fonte: www.portaleducação.com.br Aceitação ou não da gravidez pela mulher, parceiro e família, sobretudo se for adolescente. Data última menstruação (DUM). Hábitos alimentares. Hábitos (tabagismo, etilismo, drogas ilícitas). Ocupação atual. Internação durante essa gestação. Medicamentos utilizados nessa gestação. Peso prévio e altura. Sinais e sintomas gestacionais. Calcular Idade gestacional. Data provável do parto. História clínica: gestação atual Mensuração do peso (Kg). Mensuração da altura (m). Cálculo do índice de massa corpórea (IMC). Primeira consulta: exame físico geral Fonte: Ministério da Saúde, 2018 Ganho de peso recomendado (Kg) na gestação varia conforme IMC inicial Avaliação dos sinais vitais. Pressão arterial. Sentada ou DLE. Nunca em posição supina (evitar a síndrome da hipotensão supina). Temperatura. Pulso. Respiração. Primeira consulta: exame físico geral Fonte: www.colmeia.blog.br Inspeção de pele e mucosas. Palpação da tireoide e de todo o pescoço, região cervical e axilar (pesquisa de nódulos ou outras anormalidades). Ausculta cardiopulmonar. Exame do abdome. Exame de membros inferiores. Pesquisa de edema. Face. Tronco. Membros. Primeira consulta: exame físico geral Uma gestante procurou a unidade de saúde para realização do pré-natal de risco habitual. Refere em sua história obstétrica que possui dois filhos vivos nascidos por via baixa (parto normal) e um abortamento anterior. De acordo com a nomenclatura obstétrica, esta mulher é considerada: a) G1P0A0. b) G2PN1A1. c) G3PN2A1. d) G4PN2A1. e) G5PN3A0. Interatividade Uma gestante procurou a unidade de saúde para realização do pré-natal de risco habitual. Refere em sua história obstétrica que possui dois filhos vivos nascidos por via baixa (parto normal) e um abortamento anterior. De acordo com a nomenclatura obstétrica, esta mulher é considerada: a) G1P0A0. b) G2PN1A1. c) G3PN2A1. d) G4PN2A1. e) G5PN3A0. Resposta Exame clínico das mamas 1. Inspeção Aumento no volume. Rede de Haller (rede venosa superficial). Tipos de mamilo. Protrusos. Semiprotrusos. Invertidos. Pseudoinvertidos. Sinal de Hunter (aréola gravídica). Primeira consulta: exame físico específico Fonte: Adaptado de: https://anatomiaefisioterapia.com/1 5-anatomia-das-mamas/ Não grávida Grávida PeleGordura Papila Ductos Lóbulos Não grávida Gestação inicial Final da gestação Exame clínico das mamas Tipos de mamilo. Primeira consulta: exame físico específico Fonte: Adaptado de: https://www.espacodamamae.com.br Protruso Semiprotruso Invertido Pseudoinvertido Exame clínico das mamas 2. Palpação Presença de nódulos ou anormalidades. 3. Descarga papilar Presença de colostro (após 2º mês de gestação). Primeira consulta: exame físico específico Fonte: www.redeblh.fiocruz.br Gestação Palpação obstétrica (3º trimestre). Mensuração da altura uterina. Ausculta obstétrica. Toque vaginal. Primeira consulta: exame físico específico Fonte: www.portaleducação.com.br Hemograma Dosagem de hemoglobina e hematócrito (Hb/Ht). Tipo sanguíneo e fator Rh. Glicemia de jejum (repetir na 28ª semana de idade gestacional). Urina tipo I (repetir na 28ª semana de idade gestacional). Coombs indireto (se for Rh negativo). Primeira consulta: exames complementares (básico) Sorologias (repetir na 28ª semana de IG) Sífilis (VDRL). HIV (com aconselhamento pré-teste). Hepatite B (HBsAg). Toxoplasmose (IgM e IgG) – se IgG não reagente. Rubéola (IgM e IgG) – se suspeita. Protoparasitológico Na primeira consulta. Colpocitologia oncótica (Enfermeiro) Mulheres frequentam o serviço de saúde apenas para o pré-natal. Colher apenas ectocérvice. Cultura específica (estreptococo B) entre 35-37 semanas Coleta anovaginal. Primeira consulta: exames complementares (acrescidos) Urocultura Diagnóstico de bacteriúria assintomática. Eletroforese de hemoglobina Suspeita clínica de anemia falciforme. Ultrassonografia obstétrica (US) Quando disponível. O Ministério da Saúde preconiza UMA US por gestante (Portaria MS/SAS nº 650, de 5 de outubro de 2011) Indicação de US em gestantes de risco habitual deve considerar os recursos disponíveis, a qualidade dos serviços de saúde e as características e expectativas do casal. 1. Interpretar os dados da anamnese, do exame clínico/obstétrico e instituir as condutas específicas. 2. Orientar a gestante sobre a alimentação e o acompanhamento do ganho de peso gestacional. 3. Incentivar o aleitamento materno exclusivo até os seis meses. 4. Fornecer todas as informações necessárias e respostas às indagações da mulher, de seu companheiro e da família. 5. Prescrever suplementação (com protocolo institucional): Sulfato ferroso; Ácido fólico. Primeira consulta: condutas Fonte: https://www.cordvida.com.br/blog/qual-a-importancia-do-acido-folico-na-gravidez/ Ácido fólico Proteção contra defeitos abertos do tubo neural. Prescrição: Ácido fólico 5 mg, por via oral, 1 comprimido por dia. 3 meses antes da gestação. 14ª semana de IG. Prescrição Sulfato Ferroso (Prevenção de anemia) Prescrição: Ferro elementar 40 mg por dia, por via oral. 1 hora antes das refeições. Até 6 semanas após o parto. 6. Orientar a gestante sobre os sinais de risco e a necessidade de assistência em cada caso. 7. Referenciar a gestante para atendimento odontológico. 8. Referenciar a gestante para serviços especializados quando for indicado. 9. Realizar ações e práticas educativas individuais e coletivas. 10. Encaminhar a gestante para imunização. 11. Agendar consultas subsequentes, conforme calendário. Primeira consulta: condutas IG (sem) IG (mês) Frequência Até 28ª 1º a 7º Mensal 28ª a 35ª 8º Quinzenal 36ª a 41ª 9º Semanal Quadro 1 – Frequência de consulta de pré-natal de acordo com a idade gestacional (IG). Fonte: Adaptado de: Ministério da Saúde, 2013. Consulta de Enfermagem no Pré-natal de Baixo Risco (Risco Habitual) Roteiro das consultas subsequentes Fazer a anamnese atual e sucinta. Enfatizar a pesquisa das queixas mais comuns na gestação. Identificar as intercorrências clínicas e obstétricas. Verificar o calendário de vacinação e encaminhar a gestante para imunização. Avaliar o resultado dos exames complementares e instituir condutas conforme os seus resultados. Revisar e atualizar o Cartão da Gestante e a Ficha de Pré-Natal. Calcular e anotar a idade gestacional. Esclarecer as dúvidas da mulher e dos familiares. Acompanhar condutas adotadas em outras unidades de saúde. Encaminhar para serviços especializados. Realizar práticas educativas, individuais ou grupo. Exame físico geral e específico. Agendar as consultas subsequentes. Roteiro das consultas subsequentes Fonte: Ministério da Saúde. 1. Contra a hepatite B. 2. Contra o tétano, difteria e coqueluche. 3. Contra a influenza pandêmica. Imunizações na gestante Fonte: Ministério da Saúde, 2018 Imunizações na gestante Fonte: Adaptado de: Ministério da Saúde, 2017. VACINA DOSES Hepatite B 3 doses Dupla adulto (dT) 3 doses Tríplice bacteriana acelular adulto (dTpa) 1 dose a cada gestação A partir de 20 semanas de IG Influenza pandêmica (gripe) 1 dose a cada gestação (1 dose puérpera até 45 dias pós-parto, se não vacinada na gestação) Imunizações na gestante: Dupla adulto (dT) e Tríplice bacteriana acelular (dTpa) Situação da gestante Conduta Não vacinada anteriormente 2 doses de dT 1 dose de dTpa 1 dose de dT 1 dose de dT 1 dose de dTpa 2 doses de dT 1 dose de dTpa 3 doses de dT 1 dose de dTpa 3 doses de dT + reforço 1 dose de dTpa IMPORTANTE: Intervalo ideal: 60 dias. Intervalo mínimo: 30 dias. Última dose ou reforço com dTpa: pelo menos 20 dias antes da DPP. Fonte: Adaptado de: Ministério da Saúde, 2017. Consulta de Enfermagem no Pré-natal de Baixo Risco (Risco Habitual) Ações Educativas Maria, gestante com 26 semanas de IG, durante a consulta de pré-natal de risco habitual apresentou os seguintes dados da carteira de vacinação: 3 doses de hepatite B e 3 doses de dupla adulto (última dose há 6 anos). Nesse momento, o pré-natalista deve indicar a Maria o recebimento das vacinas que protegem contra: a) Sarampo, caxumba e rubéola. b) Hepatite B e gripe. c) Dupla adulto e gripe. d) Tríplice bacteriana acelular e gripe. e) Hepatite B e febre amarela. Interatividade Maria, gestante com 26 semanas de IG, durante a consulta de pré-natal de risco habitual apresentou os seguintes dados da carteira de vacinação: 3 doses de hepatite B e 3 doses de dupla adulto (última dose há 6 anos). Nesse momento, o pré-natalista deve indicar a Maria o recebimento das vacinas que protegem contra: a) Sarampo, caxumba e rubéola. b) Hepatite B e gripe. c) Dupla adulto e gripe. d) Tríplice bacteriana acelular e gripe. e) Hepatite B e febre amarela. Resposta Rotinas de Atenção do Pré-Natal de Risco Habitual: Propedêutica obstétrica e procedimentos técnicos Cálculos 1. Data provável do parto (DPP). 2. Idade gestacional (IG). Procedimentos técnicos Propedêutica obstétrica Exame físico ESPECÍFICO de obstetrícia 1. Palpação obstétrica. 2. Mensuração da altura uterina. 3. Ausculta obstétrica. 4. Toque vaginal (enfermeiro obstetra). Regra de Näegele Data provável do parto (DPP) Duração média da gestação • 280 dias • 40 semanas Data da Última Menstruação (DUM) • 1º dia do sangramento do último ciclo menstrual Técnica 1º Dias Somar 7 dias ao primeiro dia da DUM. 2º Mês Subtrair 3 meses ao mês da DUM. Data provável do parto (DPP): regra de Näegele Exemplo 1 DUM: 10 / 07 / 2020 +7 / - 3 DPP: 17 / 04 / 2021 Exemplo 2 DUM: 20 / 05 / 2020 +7 - 3 DPP: 27 / 02 / 2021 Janeiro, Fevereiro e Março 1º Dias Somar 7 dias ao primeiro dia da DUM. 2º Mês Somar 9 meses ao mês da DUM. Data provável do parto (DPP): regra de Näegele Exemplo 1 DUM: 10 / 01 / 2021 +7 / + 9 DPP: 17 / 10 / 2021 Exemplo 2 DUM: 20 / 03 / 2021 +7 + 9 DPP: 27 / 12 / 2021 Quando a soma do número de DIAS é MAIOR do que os DIAS do MÊS? Técnica 1º Somar 7 dias ao primeiro dia da DUM. 2º Passar dias excedentespara o mês seguinte, adicionando 1 ao final do cálculo do mês. Data provável do parto (DPP): regra de Näegele Exemplo 1 DUM: 28 / 10 / 2020 Dias (soma-se 7) Mês: subtrai-se 3 e soma-se 1 (28 + 7 = 35) (10 - 3 + 1 = 8) (Mês de outubro tem 31 dias) (35 – 31 = 04) DPP = 04 de agosto de 2021 Exemplo 2 DUM: 25 / 12 / 2020 25 + 7 = 32 (Mês de Dezembro tem 31 dias) (32 - 31 = 01) 12 – 3 + 1 = 10 DPP = 01/10/2021 Data provável do parto (DPP): regra de Näegele Exemplo 3 DUM: 27 / 01 / 2020 27 + 7 = 34 (Mês de Janeiro tem 31 dias) (34 - 31 = 03) 1 + 9 + 1 = 11 DPP = 03/11/2021 1º dia de sangramento do último ciclo menstrual (DUM) Data de hoje Data da consulta Idade gestacional Como calcular? Idade gestacional DUM Conhecida e certa Conhece apenas o período do mês Desconhecida Método de escolha Somar o número de dias do intervalo entre a DUM e a DATA da CONSULTA Dividir por 7 Resultado corresponde ao número de semanas. Resto corresponde ao número de dias além da referida semana. Idade gestacional: DUM conhecida e certa EXEMPLO 1 DUM: 12 / 11 / 2020 Consulta: 24 / 01 / 2021 Mês = Dias Novembro = 18 Dezembro = 31 Janeiro = 24 Total: 73 dias ÷ 7 = 10 semanas e 3 dias 10 3/7 semanas Idade gestacional: DUM conhecida e certa EXEMPLO 2 DUM: 02 / 09 / 2020 Consulta: 08 / 01 / 2021 Mês = Dias Setembro = 28 Outubro = 31 Novembro = 30 Dezembro = 31 Janeiro = 08 Total: 128 dias ÷ 7 = 18 semanas e 2 dias 18 2/7 semanas Idade gestacional: conhece apenas o período do mês da DUM Fonte: autoria própria. EXEMPLO 1 DUM: ?? / 11 / 2020 Relata que foi no começo do mês: dia 05 DUM: 05/11/2020 Idade gestacional: conhece apenas o período do mês da DUM EXEMPLO 2 DUM: ??/ 09 / 2020 Relata que foi no meio do mês: dia 15 DUM: 15/09/2020 Data da consulta: 20/12/2020 Mês = Dias Setembro = 15 Outubro = 31 Novembro = 30 Dezembro = 20 Total: 96 dias ÷ 7 = 13 semanas e 5 dias 13 5/7 semanas Determinada Altura do fundo uterino. Toque vaginal. Início dos movimentos fetais (18 e 20 semanas de IG). Idade gestacional: DUM desconhecida Recomenda-se a ULTRASSONOGRAFIA obstétrica o mais precocemente possível para auxílio dos cálculos. Alterações uterinas 6ª sem: sem alteração no tamanho. 8ª sem: dobro do tamanho. 10ª sem: 3 vezes o tamanho. 12ª sem: fundo uterino palpável acima da sínfise púbica. 16ª sem: fundo uterino entre sínfise púbica e cicatriz umbilical. 20ª sem: fundo uterino altura da cicatriz umbilical. 28ª sem: fundo uterino entre cicatriz umbilical e processo xifoide. 36ª sem: fundo uterino ao nível do processo xifoide. Idade gestacional: DUM desconhecida Idade gestacional: DUM desconhecida Fonte: Unifesp, 2013. Uma gestante referiu durante o seu pré-natal que a data da sua última menstruação foi dia 01 de dezembro. A data da consulta foi dia 30 de janeiro. A idade gestacional e a data provável do parto dessa gestante são, respectivamente: a) 8 semanas e 4 dias; 08 de setembro. b) 8 semanas e 6 dias; 08 de outubro. c) 8 semanas e 4 dias; 08 de novembro. d) 9 semanas; 08 de setembro. e) 9 semanas; 08 de agosto. Interatividade Uma gestante referiu durante o seu pré-natal que a data da sua última menstruação foi dia 01 de dezembro. A data da consulta foi dia 30 de janeiro. A idade gestacional e a data provável do parto dessa gestante são, respectivamente: a) 8 semanas e 4 dias; 08 de setembro. b) 8 semanas e 6 dias; 08 de outubro. c) 8 semanas e 4 dias; 08 de novembro. d) 9 semanas; 08 de setembro. e) 9 semanas; 08 de agosto. Resposta Técnicas propedêuticas 1. Palpação obstétrica. 2. Mensuração da altura uterina. 3. Ausculta obstétrica. 4. Toque vaginal (enfermeiro obstetra). Exame físico da gestante Fonte: http://www.corengo.org.br/ Objetivos: Avaliar o desenvolvimento uterino e fetal. Diagnosticar desvios da normalidade do desenvolvimento fetal a partir da relação entre altura uterina e idade gestacional. A partir do 7º mês de IG pode-se palpar partes fetais (paredes uterinas mais finas e distendidas). Identificar a situação fetal (3º trimestre). Longitudinal, transversa ou oblíqua. Identificar a apresentação fetal (3º trimestre). Cefálica, pélvica ou córmica. Identificar o dorso do feto (3º trimestre). Palpação obstétrica Região fetal que ocupa a área do estreito superior e que nele se insinuará. Palpação obstétrica: apresentação fetal Córmica (de ombro) Fonte: Adaptado de: Brasil, 2013. Cefálica Pélvica Relação entre o maior eixo uterino materno e fetal. Palpação obstétrica: situação fetal Transversal Longitudinal Fonte: Adaptado de: Brasil, 2013. Cefálica Pélvica Manobras de Leopold 1ª Fundo uterino 2ª Flancos 3ª Mobilidade cefálica 4ª Escava Palpação obstétrica: Técnica Escola Alemã Fonte: Adaptado de: Brasil, 2013. 1º tempo 2º tempo 3º tempo 4º tempo 1º Tempo: Fundo uterino Objetivo: identificar a parte fetal que ocupa o fundo uterino. Palpação obstétrica: Técnica Escola Alemã – manobras de Leopold 2º Tempo: Flancos Objetivo: identificar o dorso fetal e os membros. Fixar uma mão e com a outra explorar o abdômen materno com pressões e compressões. Fonte: Adaptado de: Brasil, 2013 1º tempo 2º tempo 3º Tempo: Mobilidade cefálica fetal Objetivo: Verificar se o polo cefálico fetal (cabeça) está alto e móvel ou ajustado e fixo em relação ao estreito superior. Executar movimentos de lateralidade, com os dedos apoiados na fronte e no occipício. Palpação obstétrica: Técnica Escola Alemã – manobras de Leopold 4º Tempo: Escava Objetivos: Verificar se a apresentação fetal está no estreito superior da pelve materna. Confirmar a apresentação fetal por meio do preenchimento ou não da escava. 3º tempo 4º tempo Fonte: Adaptado de: Brasil, 2013. Objetivos: Acompanhar o crescimento fetal. Detecção precoce de alterações. Material: Fita métrica flexível. Mensuração obstétrica: mensuração da Altura Uterina (AU) Gestante: Solicitar o esvaziamento vesical (aumento 3-4 cm). Posicionar em decúbito dorsal (abdômen descoberto). Fonte: Brasil, 2013. 1º Delimitar as regiões: Parte superior da sínfise púbica Fundo do útero Mensuração obstétrica: mensuração da Altura Uterina (AU) 2º Fixar a extremidade inicial da fita métrica (0 cm) na borda superior da sínfise púbica com uma das mãos. 3º Deslizar a fita métrica entre os dedos indicador e médio da outra mão sob a linha mediana do abdômen até o fundo do útero com a margem cubital da mesma mão. Fonte: Adaptado de: Unifesp, 2012. Fonte: Brasil, 2013. Medida expressa em centímetros. Anotar valor: Ficha da gestante;. Cartão da gestante; Preencher a Curva de altura uterina (CLAP) Normal. P10 e P90. Mensuração obstétrica: mensuração da Altura Uterina (AU) Fonte: Adaptado de: Brasil, 2018. Curva de altura uterina/idade gestacional Objetivos: Avaliar a vitalidade fetal. Constatar a presença, ritmo e a frequência dos batimentos cardíacos fetais (BCF). Ausculta obstétrica Fontes: www.microem.com.br./ www.stramedical.com.br /iespsenbf.blogspot.com.br Estetoscópio de Pinard Sonar Doppler Feto BCF Sonar: a partir 10ª – 12ª semana de IG. Pinard: a partir 17ª ou 18ª semana de IG – média 20ª semana. Sopro funicular Sons do cordão umbilical. Ausculta obstétrica BCF Normal 120 e 160 batimentos por minuto (bpm). Últimas semanas de gravidez: Pode ocorrer queda gradual da FCF. Normal: 110 e 160 bpm. Taquicardia > 160 bpm Bradicardia < 110 bpm Fontes: www.microem.com.br./ www.stramedical.com.br /iespsenbf.blogspot.com.br Ausculta obstétrica: Pinard Posicionar a abertura mais ampla do Pinard (parte coletora) perpendicularmente sobre oabdome da gestante no local identificado como foco de escuta. Encostar o pavilhão auricular na outra extremidade do estetoscópio (parte auricular), com a cabeça voltada para os pés da cliente. Pressionar levemente a cabeça sobre o estetoscópio, mantendo postura cômoda. Retirar a mão do estetoscópio (podendo apoiar o lado oposto do abdome). Contar os BCF por um minuto, observando ritmo e frequência. Fonte: Brasil, 2013. Ausculta obstétrica: sonar Identificar foco de ausculta. Colocar pequena quantidade de gel no transdutor do sonar antes de ligar o estetoscópio e antes de posicioná-lo na região abdominal da gestante. Contar os BCF por um minuto, observando ritmo e frequência. Vantagens: Auscultar precoce. Gestante e família podem ouvir. Fonte: http://repocursos.unasus.ufma.br/atencaobasica_20152 Realizado pelo enfermeiro obstetra. Na primeira consulta de pré-natal e caso haja necessidade. Avaliar: Paredes da vagina. Colo uterino (posição, consistência, comprimento e permeabilidade). Presença de obstáculo no trajeto vaginal. Identificar polo fetal. Cefálico. Pélvico. Toque vaginal Fonte: Teresa Winslow, 2009. Uma gestante, com 32 semanas de idade gestacional, retornou à Unidade Básica de Saúde (UBS) para consulta de pré-natal de risco habitual. As técnicas propedêuticas específicas para a avaliação obstétrica específica dessa gestante em consulta de pré-natal subsequente realizada pela enfermeira são, respectivamente: a) Inspeção estática e dinâmica, palpação e ausculta. b) Palpação, mensuração e ausculta. c) Inspeção, ausculta, percussão e toque vaginal. d) Inspeção, mensuração, palpação, ausculta e toque vaginal. e) Mensuração, ausculta e toque vaginal. Interatividade Uma gestante, com 32 semanas de idade gestacional, retornou à Unidade Básica de Saúde (UBS) para consulta de pré-natal de risco habitual. As técnicas propedêuticas específicas para a avaliação obstétrica específica dessa gestante em consulta de pré-natal subsequente realizada pela enfermeira são, respectivamente: a) Inspeção estática e dinâmica, palpação e ausculta. b) Palpação, mensuração e ausculta. c) Inspeção, ausculta, percussão e toque vaginal. d) Inspeção, mensuração, palpação, ausculta e toque vaginal. e) Mensuração, ausculta e toque vaginal. Resposta BRROS, S. M. O. (org.). Enfermagem obstétrica e ginecológica. [S.I.] Roca, 2009. BRASIL. Ministério da Saúde. Protocolos da Atenção Básica: Saúde das Mulheres [recurso eletrônico]. Ministério da Saúde, Instituto Sírio-Libanês de Ensino e Pesquisa. Brasília: Ministério da Saúde, 2015. BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. Atenção ao pré-natal de baixo risco [recurso eletrônico]. 1. ed. rev. Brasília: Editora do Ministério da Saúde, 2013. REZENDE FILHO, J. de; MONTENEGRO, A. C. B. Obstetrícia fundamental. 14. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2018. TEIXEIRA, Thalyta Cardoso Alux. Propedêutica e processo de cuidar na saúde da mulher. São Paulo: Sol, 2018. Referências ATÉ A PRÓXIMA!
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