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SOI LAB IV Emilly Lorena Queiroz Amaral – Medicina/4º Período AULA 1 TESTE DA UREASE E SOROLOGIA H. PYLORI / FARMACO: ANTIÁCIDOS / DROGAS ANTI-H. PYLORI. O estômago humano é o único reservatório reconhecido dessa bactéria. A aquisição da infecção ocorre principalmente durante a infância. Diagnóstico laboratorial de Helicobacter pylori: TESTES NÃO INVASIVOS: Testes sorológicos: A pesquisa de anticorpos anti-H. pylori no soro pode ser realizada por vários métodos, mas a técnica de ELISA é a preferida, graças à sua simplicidade e baixo custo. A detecção desses anticorpos não significa a presença de uma infecção ativa por H. pylori. Após a erradicação da bactéria, os indivíduos podem manter os anticorpos anti-H. pylori durante vários anos, mesmo não estando infectados. É um exame muito útil nos estudos epidemiológicos para avaliar a prevalência dessa infecção em grupos populacionais. Testes respiratórios com 13C ou 14C: O teste respiratório com ureia contendo carbono marcado (14C, fracamente radioativo ou 13C, isótopo estável não radioativo) é considerado “padrão-ouro” para diagnóstico e, especialmente, para o controle da erradicação do H. pylori. A enzima urease, produzida em grande quantidade pelo H. pylori, é responsável pelo desdobramento da ureia marcada com 13C ou 14C, liberando CO2, que é rapidamente absorvido pela mucosa gástrica e exalado pelos pulmões. O CO2 marcado é detectado no ar expirado por espectrômetro de massa ou por equipamentos de menor custo, como os analisadores por infravermelho; A sensibilidade e especificidade: 95%, mas requer pessoal treinado para colher adequadamente pelo menos duas amostras do ar expirado: uma antes da ingestão de ureia, e outra, 20 minutos depois. O teste respiratório com 14C, por ser radioativo, não deve ser utilizado em crianças e mulheres grávidas. Na rotina clínica, o teste com ureia 13C é o preferido, porque não tem contraindicação, sendo realizado em adultos e crianças acima de 6 anos; Os inibidores de acidez do estômago e os antimicrobianos podem ocasionar resultados falso- negativos, devendo ser suspensos, no mínimo, 2 e 4 semanas, respectivamente, antes da realização do teste (III Consenso Brasileiro do H. pylori). Pesquisa de antígeno fecal: Esses testes detectam a presença de antígenos do H. pylori nas fezes. Atualmente, é recomendável realizar esse teste com anticorpo monoclonal, que mostrou resultados consistentes em todos os centros de pesquisa. Está indicado para diagnóstico e controle da erradicação do H. pylori em adultos e crianças, com especificidade em 97,5% e sensibilidade de 94,7%. Os inibidores de acidez do estômago e os antimicrobianos podem ocasionar resultados falso- negativos, devendo ser suspensos, no mínimo, 2 e 4 semanas, respectivamente, antes da realização do teste (III Consenso Brasileiro do H. pylori). TESTES INVASIVOS: Exame histológico: O exame histológico permite a identificação da bactéria e, também, avaliar o tipo e a intensidade da infamação da mucosa gástrica, a presença ou não de atrofia, metaplasia ou displasia. Teste da urease: Haja vista a facilidade, rapidez, baixo custo e eficiência, o teste da urease pode ser considerado o recurso mais importante dos endoscopistas para o diagnóstico da presença do H. pylori, na prática diária. Patologia Clínica e Farmacologia SOI LAB IV Emilly Lorena Queiroz Amaral – Medicina/4º Período O fragmento da mucosa gástrica é colocado em frasco contendo ureia e vermelho fenol como indicador de pH. Graças à grande produção da enzima urease pelo H. pylori, a ureia é desdobrada em CO2 e amônia, aumentando o pH e mudando a cor da solução, de amarela para avermelhada. O teste é considerado positivo quando a mudança de cor aparece em até 24 horas. Cultura: Permite a correta identificação da bactéria. É caro, demorado e necessita de condições especiais para a sua realização. Os fragmentos de biópsia devem ser inoculados imediatamente em meio apropriado e mantidos até o máximo de 5 horas a 4°C. As amostras são homogeneizadas e semeadas em placas contendo meio de cultura. Tratamento: Antibioticoterapia: claritromicina (500mg) + amoxicilina (1g) + IBP em dose padrão, por 14 dias; Claritromicina: é um representante dos macrolídeos e inibe a síntese de proteínas bacterianas. Amoxicilina: é um tipo de penicilina (aminopenicilina) e do tipo beta-lactâmico e inibe a síntese de parede celular bacteriana. AULA 2 PROPEDÊUTICA DAS DOENÇAS INFLAMATÓRIAS INTESTINAIS E ALERGIAS ALIMENTARES (TESTE DE TOLERÂNCIA A LACTOSE, INTOLERÂNCIA AO GLÚTEN, EXAMES PARA DOENÇA CELÍACA) Para confirmar o diagnóstico, pode ser solicitado alguns exames: análise sanguíneas, fecais, endoscopia. No caso da intolerância à lactose, por exemplo, tem-se os seguintes testes: O teste de medida do pH e de substâncias redutoras nas fezes: considera-se sugestivo de intolerância à lactose o achado de pH ≤ 5 e a presença de substâncias redutoras ≥ 0,5 g%. O pH fecal é o primeiro a se alterar, sendo mais sensível que a presença de substâncias redutoras nas fezes. O teste de absorção de lactose pela sobrecarga oral: o paciente faz ingestão de uma quantidade determinada de lactose e o registro posterior do incremento da glicemia. Se surgirem sinais e sintomas até 48 horas após a ingestão da solução-teste, pode-se falar em intolerância à lactose. Existe também a dosagem basal – quando o paciente toma a glicose, em cima dessa glicemia basal, a glicemia deve subir pelo menos 20, caso não suba, há alta probabilidade de ser intolerância à lactose Teste do H2 expirado: cerca de 20% do H2 formado durante a fermentação bacteriana no nível do cólon é absorvido e eliminado pelos pulmões, podendo ser medido por cromatografia gasosa. A técnica consiste na administração de lactose nas doses recomendadas e colhe- se o ar expirado em uma seringa usando um bocal ou máscara facial ou cateter nasal. Valores normais: 10 ppm em condições adequadas de jejum. Valores anormais: > 20 ppm de H2. = se o H2 subir = intolerante Teste genético: Recentemente, a avaliação da deficiência primária de lactase está sendo realizada por meio da SOI LAB IV Emilly Lorena Queiroz Amaral – Medicina/4º Período pesquisa das mutações do gene que controla a expressão da enzima lactase florizina-hidrolase. Verificou-se que o genótipo C/C 13910 está associado à hipolactasia tipo adulto, enquanto os genótipos C/T-13910 e T/T 13910 estão associados à persistência da lactase. AULA 3 APRESENTAR AS TÉCNICAS DE DIAGNÓSTICO PARASITOLÓGICO E MICROBIOLÓGICO EPF, COPROCULTURA. O exame parasitológico de fezes (EPF) é um procedimento de rotina laboratorial indicado quando há suspeita de enfermidades causadas por parasitos, cujas estruturas podem ser encontradas nas fezes. Não existe uma técnica capaz de demonstrar todas as formas parasitárias que estejam no material fecal. Existem métodos amplos, que podem revelar um grande número de agentes etiológicos e outros métodos mais específicos. Na maioria dos pedidos de EPF, a suspeita clínica não é relatada, e o exame é feito por um dos métodos gerais. Quando é solicitada a pesquisa de um parasito que exige a execução de um método específico, tanto este como o método geral devem ser executados. A fim de obter mais qualidade no EFP, devemos sempre ter em mente que: algumas espécies de parasitos só são evidenciadas por técnicas especiais; um exame isolado, onde o resultado é negativo, não deve ser conclusivo, sendo recomendável a sua repetição com outra amostra; a produção de cistos, ovos ou larvas não é uniforme ao longo do dia ou do ciclo do parasito. Exame macroscópico: consistência, odor, presença de elementos anormais (muco ou sangue) e de vermes adultos ou parte deles. Exame microscópico: pesquisar e visualizar as formas parasitárias Métodos Quantitativos: Kato-Katz = avalia a quantidade de ovos na amostra; Métodos Qualitativos: positivo ou negativo p/ parasita. Os principais processos de enriquecimento são: Sedimentação espontânea: método de Hoffman, Pons e Janer, também conhecido como método de Lutz. Permite o encontro de ovos e larvas de helmintos e de cistos de protozoários; Sedimentação por centrifugação: método de Blagg (também conhecido por método de MIFC), método de Ritchie, Coprotest. Usados para a pesquisa de ovos e larvas de helmintos, cistos e alguns oocistos de protozoários; Flutuação espontânea: método de Willis. Indicado para a pesquisa de ovos leves (principalmente ancilostomídeos); Centrífugo-flutuação: método de Faust. Usado para a pesquisa de cistos e alguns oocistos de protozoários, permitindo, também, o encontro de ovos leves; Concentração de larvas de helmintos por migração ativa: método de Baermann-Moraes e método de Rugai. Baseados no hidrotropismo e termotropismo positivos. Indicados para a pesquisa de larvas de Strongyloides stercoralis. Método de Hoffman, Pons e Janer (HPJ): Também conhecido como método de Lutz ou sedimentação espontânea. SOI LAB IV Emilly Lorena Queiroz Amaral – Medicina/4º Período Esse método permite a pesquisa de ovos e larvas de helmintos e de cistos de alguns protozoários, por exemplo os de Giardia lamblia e de Entamoeba histolytica. Métodos de Blagg (MIFC), Ritchie, Coprotest: Também conhecido por método sedimentação por centrifugação. Consiste em uma técnica simples e eficiente para a concentração de ovos e larvas de helmintos e cistos e oocistos de protozoários. Método de Faust: Também conhecido por método de centrifugação-flutuação. Consiste em uma técnica simples e eficiente para a concentração de ovos leves de helmintos (principalmente ancilostomídeos) e cistos de protozoários. Método de Willis: Também conhecido por método flutuação espontânea. Consiste em uma técnica simples e eficiente para a concentração de ovos leves de helmintos. Método de Baermann-Moraes e Método de Rugai: A partir desses métodos, é possível identificar larvas de Strongyloides stercoralis. Trata-se de métodos que detectam larvas vivas, através do termohidrotropismo positivo. O diagnóstico diferencial pode ser realizado utilizando-se a coloração pela solução de Lugol. Método de Kato-Katz: O método é empregado para investigar a presença de ovos de Schistosoma mansoni (no material fecal) e, menos frequentemente, de outros helmintos. A técnica tem menor reprodutibilidade e costuma ser utilizado como método quantitativo. O ensaio depende da separação de uma pequena amostra de fezes por meio de filtros e da aderência dos ovos a um papel-celofane, o qual deve estar embebido em solução de verde malaquita. Após a aderência, e a ação do verde malaquita, por 1 hora, o material em análise é levado ao microscópio para identificação dos agentes parasitários. Método de Graham: Consiste em um exame parasitológico para a pesquisa de ovos de Taenia saginata e Taenia solium e, principalmente, Enterobius vermicularis. O método consiste em colocar uma fita adesiva com a porção aderente em contato com a prega anal. Após esse primeiro procedimento, a fita é, então, colocada em uma lâmina e observada em microscópio. Os ovos prendem-se na parte aderente e a própria fita serve de lamínula. SOI LAB IV Emilly Lorena Queiroz Amaral – Medicina/4º Período AULA 4 DISCUTIR OS EXAMES LABORATORIAIS UTILIZADOS NO MONITORAMENTO DO CA DE INTESTINO GROSSO, COM ÊNFASE NO CEA, CA19.9, PESQUISA DE SANGUE OCULTO NAS FEZES. CEA: Antígeno carcinoembrionário, protótipo do marcador tumoral; Produzido por células da mucosa gastrintestinal e faz parte das imunoglobulinas; Valor de regência é 3,5 no/ml em não fumantes. Valor de referência 7ng/ ml em fumantes; Na presença de neoplasia maligna, níveis elevados de CEA são detectados em 85% dos casos de carcinoma colorretal metastático. Níveis pré-operatórios do CEA têm significado para prognóstico, ele está associado com a carga corporal do tumor. Pacientes com Câncer de cólon CEA-positivo, a presença de níveis elevados de CEA, dentro de 6 semanas, após terapia, indica a existência de doenças residuais. Os níveis séricos do CEA também são úteis para monitorizar o tratamento de câncer de mama metastático. A ASCO recomenda a dosagem do CEA a cada dois a três meses durante a quimioterapia no câncer colorretal. CA 19.9: É um antígeno carboidrato de superfície celular, sendo conhecido como Antígeno de Lewis- liberado na superfície da célula cancerosa e penetra a corrente sanguínea, onde pode ser detectado. Valor de referência: 37U/ml³. Ele é mais indicado para pâncreas e bile. Auxilia no estadiamento e monitoração de tratamento em primeira escolha de câncer de pâncreas e trato biliar e em segunda escolha, CA colorretal. Mais indicado para avaliar a resposta à quimioterapia do câncer de pâncreas. AULA 5 CONHECER OS MARCADORES DE FUNÇÃO E LESÃO HEPÁTICA: BILIRRUBINA TOTAL E FRAÇÕES, PROTEÍNA TOTAL E FRAÇÕES, AST, ALT, GGT, TP, TTPA, INR. SOROLOGIA DAS HEPATITES VIRAIS. HEPATITE A: Benigna e autolimitada; Incubação de 2 a 6 semanas; Não cronifica; Raramente insuficiência aguda; Infecção prévia dá imunidade; Endêmico em países com falta de higiene e saneamento; Vírus RNA; Transmitido pela via fecal-oral; Eliminado pelas fezes 2 a 3 semanas antes e até 1 semana depois do fim da icterícia; Surtos em ambientes institucionais; Vacina disponível e eficaz; Não exerce efeito citopático, CD8 que atua na lesão hepatocelular; Anti VHA IgM -> marcador de infecção aguda; Anti VHA IgG -> imunidade (vacina) ou cura. SOI LAB IV Emilly Lorena Queiroz Amaral – Medicina/4º Período HEPATITE B: Modos de transmissão: via parenteral Quanto mais novo, mais chance de cronificar! Período de incubação: 2-26 semanas; Vírus DNA; Antígenos e anticorpos: DNA-HVB: Próprio DNA viral; HBsAg: Antígeno de superfície = Infecção atual; Anti-HBs: indica imunidade (vacina ou infecção); HBeAg: Indica replicação viral; Anti-HBeAg: Sem replicação. Anti-HBc total: Anticorpo core, indica infecção prévia; Anti-HBc IgM: Infecção recente. HEPATITE C: Vírus RNA; Incubação de 14 a 160 dias (7 semanas); Maioria das infecções são assintomáticas; Anticorpo (Anti-HCV) não neutralizante; Resposta T fraca, alta taxa de infecção crônica; Transmissão: parenteral; Diagnóstico: Detecção do RNA-HCV = 1 a 3 semanas; Anti-HCV = 50% quando sintomáticos, 90% em 3 meses; Dano celular = 4 a 12 semanas (elevação de ALT); Raramente fulminante; Anticorpo não confere imunidade; Anticorpo não mostra se a infecção é aguda ou crônica. HEPATITE D: Ocorre concomintante ao VHB; Vírus RNA incompleto, ou seja, precisa do vírus B para transmitir seu genoma para a célula; Incubação de 30 a 180 dias; Suprime a replicação do VHB; Transmissão similar ao VHB; Aumenta chance de H. fulminante = 5%; Coinfecção: Simultânea à infecção aguda do vírus B; Doença severa; Baixo risco de infecção crônica; indistinguível da hepatite B aguda; Superinfecção: Exacerbação aguda da hepatite crônica; Alto risco de doença hepáticacrônica; Diagnóstico: Detecção do RNA-VHD (PCR) e Anti-VHD (Elisa) surge depois. HEPATITE E: Vírus RNA; Autolimitado; Transmissão fecal oral; Gestantes = Risco de hepatite fulminante em 15% dos casos; Evitar consumo de água não tratada; Diagnóstico: elevação de aminotransferases e anti-HEV+. SOI LAB IV Emilly Lorena Queiroz Amaral – Medicina/4º Período AULA 6 INTERPRETAR OS MARCADORES LABORATORIAIS: FA, GGT, AMILASE, LIPASE. REVER TRIGLICÉRIDES E COLESTEROL TOTAL E FRAÇÕES. GGT e FAC: são marcadores correspondentes ao comprometimento da vesícula biliar. LIPASE e AMILASE: são marcadores correspondentes ao comprometimento do pâncreas. Amilase: pâncreas e glândula salivar; Lipase: pâncreas = + especifica para avaliar o pâncreas, quando comparada com a amilase. Colesterol total e frações: excesso de triglicerídeos, obstruir o ducto pancreático e leva a lesão das células pancreáticas, aumentando também a amilase e lipase. AULA 7 REVISÃO SOI LAB IV Emilly Lorena Queiroz Amaral – Medicina/4º Período AULA 8 ANALISAR O SUMÁRIO DE URINA, BACTERIOSCOPIA. UROCULTURA E ANTIBIOGRAMA. CIM - CONCENTRAÇÃO INIBITÓRIA MÍNIMA. URINÁLISE: A análise da urina de rotina pode ser: Análise Física: cor, odor, aspecto, espuma e densidade; Análise Química: fita (pH, Densidade, Proteína, Sangue, Nitrito, Glicose, Corpos cetônicos, Bilirrubina, Urobilinogênio, Leucócito esterase); Análise do sedimento (microscópica): hemácias, leucócitos, cilindros, bactérias, cristais, células epiteliais, outros componentes (Espermatozoides, Leveduras, Trichomonas vaginalis); Instruções para a coleta da 1ª urina da manhã jato médio: Utilizar frasco apropriado; Higienização da área genital; Colher a primeira urina da manhã ou após retenção de 4 horas; Colher o jato médio, desprezando o 1° jato; Identificar o frasco (nome - data - horário da coleta); Enviar a urina o mais rápido possível ao laboratório; Relatar o uso de medicamentos e vitaminas. AMOSTRA NORMAL: INTERPRETAÇÃO DE EXAMES LABORATORIAIS: Gram de Gota de Urina Não Centrifugada – UGG Método de Coloração de Gram: Técnica de coloração de preparações histológicas para observação ao microscópio óptico, utilizada para corar diferencialmente microrganismos com base na composição química e integridade da sua parede celular. Consoante a cor que adquirem, são classificados em gram positivos (roxo) ou gram negativos (vermelho). Exemplos: Bastonetes Gram Negativos; Bastonetes Gram Positivos; Cocos gram Positivos; Cocos gram Negativos. As principais bactérias causadoras de infecção urinária: Escherichia coli Klebisiela - Enterobacter Proteus - Pseudomonas SOI LAB IV Emilly Lorena Queiroz Amaral – Medicina/4º Período Cultura de Urina – Urocultura: É o cultivo de urina utilizada para verificar a presença de microrganismos localizados na urina, uretra e nos rins. O resultado é considerado positivo quando são isolados 100.000 colônias (termo de identificação das bactérias) de microrganismos por 1mL de urina e dessa forma constatar à infecção do Trato Urinário. Exame clássico de ITU: SOI LAB IV Emilly Lorena Queiroz Amaral – Medicina/4º Período AULA 9 ENTENDER OS EXAMES: PROTEINÚRIA DE 24H, MICROALBUMINÚRIA, CISTATINA C, N-GAL E DISMORFISMO ERITROCITÁRIO PROTEINÚRIA DE 24H: Mede a quantidade de proteína excretada na urina em um período de 24 horas, o que é uma avaliação mais acurada do grau de proteinúria do que um teste em urina aleatória. Despreza a 1ª urina (que estava armazenada na bexiga); Depois, toda a urina excretada durante o dia é coletada em um frasco, inclusive a 1ª do dia seguinte (para fechar o ciclo de 24 horas). Pode dosar inúmeras características na urina de 24 horas (proteinúria, albuminúria, calciúria, citratúria, fosfatúria, dentre outros). Porém, o que traduz a disfunção renal é a proteinúria / albuminúria ou proteinúria 24 horas. MICROALBUMINÚRIA: É o nome dado à detecção de pequenas quantidades de proteínas na urina (marcador precoce) (30 a 300 mg/24h) que tem importância no diagnóstico e na evolução da nefropatia diabética por indicar lesão potencialmente reversível. Também utilizada para detecção de albuminúria em pacientes com pré-eclampsia, hipertensão e lúpus eritematoso. Em geral, prediz em 1 a 5 anos o aparecimento de proteinúria franca. Tratamento clínico rigoroso pode retardar o aparecimento e a progressão da microalbuminúria. Excreção elevada pode ser encontrada em grávidas, após exercícios físicos, em quadros inflamatórios e infecciosos, na infecção urinária, na presença de hematúria e proteinúria postural benigna. = indicando que não necessariamente é um problema renal. Pode ser realizado em amostra recente (corrigido pela creatinina) e em urinas coletadas em 12 ou 24 horas. Variações individuais de até 30% podem ocorrer. Na presença de proteinúria franca, valores de microalbuminúria podem ser falsamente baixos devido a ocorrência de "efeito gancho". Formato de resultado: CISTATINA C: A Cistatina C é uma proteína cuja concentração sérica depende quase que exclusivamente da capacidade de filtração glomerular. Sua concentração INDEPENDE da massa muscular, do sexo ou da alimentação. Diversos estudos clínicos atestam a maior sensibilidade e especificidade da cistatina C, em comparação com a creatinina sérica, na detecção de alterações discretas da função glomerular. É importante citar que elevações da cistatina C, sem correlação com diminuição da taxa de filtração glomerular, foram descritas em pacientes com mieloma múltiplo, tumores malignos, cirrose hepática e alguns hipertensos e diabéticos com proteinúria. Formato de resultado: N-GAL: NGAL (Lipocalina Associada à Gelatinase Neutrofílica) é uma proteína da superfamília das lipocalinas originalmente identificada em neutrófilos, mas também expressa em diversas outras células. Estudos indicam que esta proteína participa da morfogênese renal e pode apresentar papel biológico protetor em órgãos maduros, surgindo precocemente após lesão renal isquêmica ou nefrotóxica. A expressão de NGAL é induzida em células epiteliais lesadas, promovendo um aumento da resposta proliferativa que resulta em reepitelização tubular. Vários trabalhos sugerem a utilização da dosagem de NGAL na urina como marcador mais precoce de Injúria Renal Aguda (IRA) que a creatinina. Além disso, NGAL está sendo extensivamente pesquisada em outras situações clínicas, como doenças cardiovasculares, e evidências sugerem que ela possa SOI LAB IV Emilly Lorena Queiroz Amaral – Medicina/4º Período exercer um papel importante também na Doença Renal Crônica (DRC), sendo sua relação com a progressão da doença alvo de estudos recentes. Formato de resultado: DIMORFISMO ERITROCITÁRIO: A hematúria é a eliminação de um número anormal de hemácias na urina e suas causas são múltiplas e nem sempre a investigação clínica é simples. A indicação para se estabelecer a diferenciação entre as causas das hematúrias, se glomerulares ou não glomerulares é feita através de solicitação específica do exame de dismorfismo eritrocitário. Portanto, dismorfismo eritrocitário positivo sugere que a hematúria é de origem glomerular, cuja etiologia deve ser investigada pelo clínico.
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