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Leonardo Vinícius Ribeiro Moreira BBPM III - Fisiologia Esse modelo mostra o coração como duas bombas separadas, com o coração direito bombeando sangue para os pulmões e de volta para o coração esquerdo. O coração esquerdo bombeia, então, o sangue através do resto do corpo e de volta ao coração direito. O sangue sai do coração esquerdo e entra nas artérias sistêmicas, mostradas aqui como uma região elástica expansível. A pressão produzida pela contração do ventrículo esquerdo é estocada nas paredes elásticas das artérias e, lentamente, liberada através da retração elástica. Esse mecanismo mantém uma pressão propulsora contínua para o fluxo sanguíneo durante o período em que os ventrículos estão relaxados. OBS: as artérias são diferenciadas por tamanho geral, quantidade de tecido elástico ou muscular, espessura da parede e função. Conduzem sangue sob alta pressão; Calibre decrescente; Tipos de artérias: Grandes artérias elásticas (condutoras); Artérias musculares médias (distribuidoras); Pequenas artérias e arteríolas (resistência). Leonardo Vinícius Ribeiro Moreira BBPM III - Fisiologia Recebem o débito cardíaco; Atuam como reservatório de pressão; Muitas camadas elásticas. Exemplo: artéria aorta, tronco pulmonar e suas primeiras ramificações. Paredes contém mais fibras musculares lisas (longitudinais); Ajustam o fluxo sanguíneo; Suas paredes causam constrição temporária e rítmica propelindo e distribuindo o sangue. Exemplo: artérias mesentéricas, renal, axilar, braquial, etc. Possuem lúmen relativamente pequenos e estreitos; Paredes musculares (orientação circular) com pouca fibra elástica; Controlam o enchimento nos leitos capilares e o nível da pressão no sistema vascular (RVP). São tubos endoteliais simples que unem as arteríolas e as vênulas. Esses vasos sanguíneos permitem trocas de matérias com o liquido extracelular ou intersticial. Podem ser: Continuo; Fenestrado; Sinusoidal. As veias podem ser solitárias, que não acompanham artérias, ou satélites. Além disso, elas podem ser comunicantes, ligando veias superficiais a veias profundas. As veias da cabeça e tronco podem ser classificadas em viscerais, quando drenam nas vísceras ou órgãos, e em parietais, quando drenam as paredes daqueles segmentos. Leonardo Vinícius Ribeiro Moreira BBPM III - Fisiologia A contração ventricular é a força que cria o fluxo sanguíneo através do sistema circulatório. Como o sangue sob pressão é ejetado a partir do ventrículo esquerdo, a aorta e as artérias expandem-se para acomodá-lo. Quando o ventrículo relaxa e a valva da aorta fecha, as paredes arteriais elásticas retraem, propelindo o sangue para a frente, em direção às pequenas artérias e arteríolas. Por sustentar a pressão direcionadora do fluxo sanguíneo durante o relaxamento ventricular, as artérias mantêm o sangue fluindo continuamente através dos vasos sanguíneos. OBS: o fluxo é diretamente proporcional ao gradiente de pressão entre dois pontos quaisquer, e é inversamente proporcional à resistência dos vasos ao fluxo. FLUXO ∝ △P/R 1. O sangue flui se há um gradiente de pressão (△P). 2. O sangue flui de áreas de maior pressão para áreas de menor pressão. 3. O fluxo sanguíneo é contraposto pela resistência (R) do sistema. 4. Três fatores afetam a resistência: o raio dos vasos sanguíneos, o comprimento dos vasos sanguíneos e a viscosidade do sangue. 5. O fluxo é geralmente expresso em litros ou mililitros por minuto (L/min ou mL/min). 6. A velocidade do fluxo é, em geral, expressa em centímetros por minuto (cm/min) ou milímetros por segundo (mm/s). 7. O determinante principal da velocidade de fluxo (quando a taxa de fluxo é constante) é a área de secção transversal total do(s) vaso(s). A pressão arterial é maior nas artérias e diminui continuamente à medida que o sangue flui através do sistema circulatório. A diminuição da pressão ocorre porque é perdida energia, como consequência da Leonardo Vinícius Ribeiro Moreira BBPM III - Fisiologia resistência ao fluxo oferecida pelos vasos. A resistência ao fluxo sanguíneo também resulta do atrito entre as células sanguíneas. A pressão arterial reflete a pressão de propulsão criada pela ação do bombeamento do coração. PAM = PAD + 1/3 (PAS - PAD) Na circulação sistêmica, a maior pressão ocorre na aorta e resulta da pressão gerada pelo ventrículo esquerdo. A pressão aórtica alcança uma média de 120 mmHg durante a sístole ventricular (pressão sistólica) e, após, cai constantemente até 80 mmHg durante a diástole ventricular (pressão diastólica). Observe que a pressão no ventrículo cai para apenas alguns poucos mmHg quando o ventrículo relaxa, mas a pressão diastólica nas grandes artérias permanece relativamente alta. A pressão diastólica alta nas artérias é decorrente da capacidade desses vasos de capturar e armazenar energia nas suas paredes elásticas. A pressão arterial média (PAM) é função do débito cardíaco e da resistência nas arteríolas (resistência periférica). A PAM ilustra um balanço: o volume sanguíneo nas artérias é determinado pela entrada (débito cardíaco) e pela saída (alterada pelas mudanças de resistência periférica). Quando o volume arterial aumenta, a pressão aumenta. Leonardo Vinícius Ribeiro Moreira BBPM III - Fisiologia
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