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UNIDADE IV GUIA DE ESTUDO Avaliação Educacional 2 PArA início dE convErsA Olá Caro(a) estudante, chegamos então em nossa quarta e última unidade. Espero que tenha gostado de nosso conteúdo e que em breve possa ser utilizado em sua caminhada aca- dêmica e profissional. Nessa quarta unidade aprenderemos os instrumentos secundários, eles serão norteadores na sua docên- cia. Você enquanto docente utilizará de vários instrumentos de acordo com o conteúdo, os objetivos, o ensino e aprendizagem, reconhecendo as diferentes trajetórias. Tudo certo? Então Vamos lá! insTrUMEnTos sEcUndÁrios dAs PrÁTicAs AvALiATivAs Foram várias possibilidades que aprendemos sobre os instrumentos de testagens, nesse estudo aprende- remos outras formas de instrumentos avaliativos que podem ser aplicados na docência do ensino superior. Caro(a) estudante, o docente do ensino superior deve diversificar sua prática avaliativa, pois a prova não é o único instrumento. Com intuito de desenvolver novas habilidades, o docente deve se apropriar de novos instrumentos avaliativos, tais como: seminários, observações, visitas técnicas, mapa conceitual, portfólio e outros. É muito comum, na graduação, o desempenho do aprendizado do aluno estar diretamente rela- cionado com a nota através da prova, como você vê na charge. Fonte: http://sereduc.com/2fsCgQ http://sereduc.com/2fsCgQ 3 você sAbiA? Você sabia que existe um reconhecimento pela academia universitária onde os instrumentos avaliativos podem ser desenvolvidos por propostas inovadoras na prática do docente, possibilitando que os educan- dos produzam e pesquisem conteúdos significativos propostos na matriz curricular do curso. A vivência educativa do universitário compreende o processo de ensino-aprendizagem experiência diver- sificada de avaliação pautada no princípio formativo com o objetivo de conduzir o conhecimento de forma motivadora. O docente tem um papel de agente formador e construtor do saber. O ensino e a aprendizagem devem advir de aplicação de diferentes práticas didático-pedagógicas, que associem às propostas de ensino de forma criativa, reflexiva, crítica, dinâmica e construtiva. Partindo de esse pressuposto desvirtuar os instrumentos de testagem como a única alternativa de verificação da aprendizagem do educando é o que se espera dos docentes do ensino superior. vEjA o vídEo! É hora de parar, dar uma descansadinha, e espiar um vídeo lúdico sobre avaliação. Levante-se, pegue uma pipoca que o Cine Pedagógico vai começar. TrAbALHo EM GrUPo Partindo da análise da charge percebemos que a indagação do aluno refere-se à dúvida sobre o trabalho em grupo, que parece ser uma pergunta sem lógica, mas que na verdade, na prática o trabalho em grupo vem sofrendo más interpretações na vida acadêmica dos educandos. Não é mesmo? Pois bem! Vamos esclarecer os aspectos pedagógicos em que o trabalho em grupo deve permear, princi- palmente quando falamos do processo avaliativo. PALAvrAs do ProfEssor Há sempre problemas quando o docente direciona um trabalho acadêmico para ser realizado em grupo. Enquanto docente do ensino superior vivenciei vários problemas, sou capaz de listá-los. E você já viven- ciou algum contratempo ao realizar o trabalho em grupo na sua graduação? Cabe ao docente a competência de criar possibilidades e limites para a realização desse tipo de trabalho. Existem várias ações que demandam a realização do trabalho em grupo. Confira! ??? 4 • Definir claramente os critérios para exploração e pesquisa do tema/conteúdo proposto; • Indicar as fontes de consulta; • Acompanhar as aprendizagens, avanços e dificuldades de cada aluno; • Organizar as atividades juntos com os educandos; • Esclarecer o objetivo da produção, as informações, conceitos apresentados pelo educando; • Selecionar as temáticas para a produção, considerando o conhecimento prévio do educando; • Construir uma ficha de autoavaliação para que cada componente explicite suas contribuições; suas formas de participação no grupo. Cuidados nas Produções Coletivas: • Reprodução, se não houver orientação prévia; • Caracterização do trabalho em grupo de apenas alguns integrantes. ExEMPLo veja um exemplo na prática. Trabalho em grupo. Atividade: Entrevistar um docente do ensino superior, destacando as ideias centrais sobre avaliação. Consultar os artigos, livros e sites indicados. Os temas destacados para a elaboração da entrevista são: conceito de avaliação, modalidades e instrumentos avaliativos. sites indicados: Links 1 Links 2 Artigo: Avaliação da Aprendizagem: A avaliação formativa e seus desafios Fonte: http://sereduc.com/SEB3kO Livros sugeridos LUCKESI, Cipriano Carlos. Avaliação da aprendizagem escolar: estudos e proposições. Cortez. São Paulo, 2002. HOFFMANN, Jussara. Avaliação mediadora: Uma prática em construção da pré-escola à universidade: Editora Medição, Porto Alegre, 2006. HADJI, Charles. Avaliação desmistificada. Porto Alegre: Artmed, 2001. Vimos que os trabalhos em grupo quando bem direcionados são considerados como uma ferramenta im- portante no processo de construção do conhecimento. http://www.ebah.com.br/content/ABAAABXVsAD/instrumentos-avaliacao http://www.portalavaliacao.caedufjf.net/pagina-exemplo/o-que-e-avaliacao-educacional/ http://sereduc.com/SEB3kO 5 sEMinÁrios “É uma técnica riquíssima de aprendizagem que permite ao aluno desenvolver sua capacidade de pes- quisa, de produção de conhecimento, de comunicação, de organização e fundamentação de ideias [...]” (MASETTO, 2010, p. 111), esta técnica permite produzir conhecimento em equipe. Masseto deixa bem claro que o uso do seminário possibilita desenvolver habilidades e atitudes nos edu- candos no tocante á pesquisa, à autonomia na busca do conhecimento, à comunicação e o posicionamento crítico/reflexivo. O seminário é o instrumento avaliativo mais empregado nas práticas educativas do ensino superior, porém muitas vezes o docente utiliza-se desse instrumento para substituir a sua responsabilidade em ministrar aulas, e assim distribui os conteúdos da disciplina para os educandos. Caro(a) aluno(a), na maioria das vezes o docente não explica os múltiplos objetivos do seminário como procedimento avaliativo, tornando-se uma prática mal empregada. È de suma importância reconhecer que o seminário é uma técnica estratégica para avaliar a aprendizagem dos educandos. você sAbiA? Você sabia que a etimologia do seminário está ligada a semente, sementeira? Esse significado já indica a potencialidade do seminário, indica o seu papel de lançar sementes, novas ideias, novas perspectivas de pesquisa para os educandos. observe o conceito de seminário por vários teóricos da educação O conceito defendido por Nérici (1992) aponta o seminário como “procedimento didático que consiste em levar o educando a pesquisar a respeito de um tema, a fim de apresentá-lo e discuti-lo cientificamente” (NÉRICI, 1992, p.253). Nesta mesma perspectiva Veiga (2001) afirma que “o seminário é uma técnica de ensino socializado, na qual os alunos se reúnem em grupo com o objetivo de estudar, investigar, um ou mais temas, sob a direção do professor” (VEIGA, 2001, p. 110). O seminário quando bem aplicado desenvolve investigação dos conhecimentos, uma vez que o docente não exerce o papel de transmissor, provocando no educando autonomia intelectual. Compreende-se nesse tipo de instrumento que o docente deve desenvolver uma atividade de orientação e apresente os conteúdos da disciplina como complemento dessa atividade. Se reportarmos para a Unidade II sobre as modalidades da avaliação, identificaremos que o seminário está inserido na metodologia formativa. A aplicabilidade desse instrumento tem como proposta envolver os docentes e os educandos numa discussão de construção sólida, no ponto de vista de transformação educativa. ??? 6 Veja abaixo as possibilidades e os limites que o seminário propõe por alguns estudiosos do tema avalia- ção educacional. • Substituiçãodo monólogo do professor pelo aluno; extrema divisão do trabalho em partes; ausência de interação; deter-se em superficialidades (algo não problematizante) (Balzan,1980) • O seminário traz a possibilidade de que o aluno realize transformações de ordem conceitual (coleta, seleção, organização, relação e registro de informações), bem como tenha transformações de ordem procedimental (fazendo leituras, pesquisa, expressando-se oralmente) favorece ainda as transforma- ções de ordem atitudinal (desenvolvimento do sentido de cooperação e autoconfiança). Scarpato (2004), • Não desvirtuar a prática do Seminário pelo espontaneísmo que às vezes é praticado pelo professor, ao não interferir nas apresentações. Ele deve intervir, assim como o ambiente instituído em aula deve ser favorável à intervenção dos demais alunos. Wachowicz, (2006) O uso do seminário como instrumento avaliativo demonstra contribuições e subsídios para a realização de um processo avaliativo que encaminhe o educando a uma prática crítico-reflexiva em que o mesmo seja produtor ativo por meio da comunicação aberta. MAPA concEiTUAL Fonte: http://sereduc.com/fy7jk9 PALAvrAs do ProfEssor Agora vamos conhecer um instrumento interessante indicado para aplicar nas práticas avaliativas que são os mapas conceituais, pouco aplicados pelos docentes do ensino superior. Ele apresenta como uma nova maneira de organizar, estruturar e hierarquizar os conteúdos de disciplinas ou de qualquer assunto por meio da organização cognitiva daqueles que os elaboram. Estamos habituados a lidar com instrumentos avaliativos que proporcionam fixação e decoreba dos dados e informações de conteúdos socializados em sala de aula. Essa ferramenta é significativa para os propó- sitos educacionais, sustentado em um modelo de aprendizagem ao invés de ensino. http://sereduc.com/fy7jk9 7 Uma das finalidades do mapa conceitual é de avaliar as potencialidades cognitivas dos educandos, onde os docentes atuam instruindo e conduzindo os conjuntos de ideias e conceitos dispostos em uma espécie de rede de preposições, de modo a apresentar mais claramente a exposição do conhecimento, organizan- do, seguindo a compreensão cognitiva do seu idealizador. Para Moreira e Buchweitz considera os mapas conceituais como um instrumento de avaliação útil para investigar mudanças na estrutura cognitiva dos alunos durante a instrução, podendo fornecer informações que podem servir de o ensino e o currículo (MOREIRA e BUCHWEITZ, 1993). diÁrio dE AULA Você já possuiu um diário, aquele que fazemos notações pessoais ou um caderninho onde lá tudo é registrado? Pois bem! Vamos conhecer um instrumento chamado Diário de aula ou curso, para alguns conhecidos como portfólio. Veja a explicação do autor: “Consiste no registro diário e conciso das atividades realizadas no curso pelo aluno” (MASETTO, 2010, p. 171). Esse Instrumento possibilita que o educando faça seus registros de aprendizagens e alguns “insi- ghts” que aconteceram durante a aula em termos de estudo. Analisando o conceito de Masseto, o diário de aula oferece uma proposta pedagógica como um instru- mento reservado para se fazer registros de aprendizagem de forma sistemática do conhecimento ad- quirido em sala de aula. É um instrumento que bem direcionado serve para descrever a investigação do educando, naquilo que se refere à parcela específica do trabalho desenvolvido em sala de aula. Para Zabalza (2004a, p.24), os diários podem se tornar “o registro mais ou menos sistemático do que acontece nas nossas aulas”, de modo a extrair uma “espécie de radiografia de nossa docência”. Através da metodologia do diário existem várias possibilidades para se trabalhar o processo de ensino- -aprendizagem, incluindo as práticas avaliativas, veja algumas: • O educando reflete e narra o que aconteceu no decorrer da aula; • Cria-se o hábito de escrever; • Fornece o feedback imediato; • Socialização de experiências de forma cooperativa. A partir dessas concepções, podemos pensar nas múltiplas possibilidades de utilização dos diários na perspectiva de utilizar na prática docente auxiliando na avaliação do educando e de toda a turma. A elaboração de diário de aula ajudaria você na reflexão sobre a sua prática docente no ensino superior? Você precisa de ajuda ou está com alguma dúvida? Fale com seu tutor, ele aguarda sua sinalização para lhe ajudar no que for preciso. 8 Vamos continuar. obsErvAÇÃo É um instrumento que está associado à identificação de rendimentos do educando sobre alguns aspectos a serem observados sobre o desempenho ou sobre o resultado. Funciona como um feedback pedagógico, produzindo benefícios ao processo de ensino-aprendizagem, onde o docente observa e o aluno recebe o diagnóstico de suas ações por meio de informações. Aranha (2007) enuncia três momentos de observação distintos: 1. A Pré-observação caracteriza-se pelo treino e preparação para o ato de observar, onde se exige ao docente a tarefa de planear o que pretende observar, as formas e os momentos da aplicação. No essencial caracteriza-se pelo plano avaliativo. 2. Na observação, como ação real no espaço de uma aula, identifica-se a observação direta ou indireta quando resultante de um registro de vídeo ou similar. Como principal e crucial momento para registrar e consequentemente avaliar em função dos dados recolhidos, três princípios deverá ser res- peitado, são eles: a) objetividade; b) fidelidade e; c) validade. 3. A Pós-observação relaciona-se com a análise efetuada sobre os elementos recolhidos, salien- tando-se o fato de ser crucial na avaliação (Aranha, 2007). Os dados recolhidos são muito relevantes, pois as informações que deles derivam são significativas e podem ser utilizados pelo professor para fazer alterações ao processo de ensino. PALAvrAs do ProfEssor Agora você pode estar se perguntando: Em que momento, enquanto docente do ensino superior devo fazer uso desse instrumento? Bem! Vamos ver na prática como funciona? O instrumento “observação” é uma técnica que o docente é capaz de informar ao educando se ele está preparado para usar os conhecimentos adquiridos em situações profissionais. Há possibilidades de ser aplicado via estágios, em laboratórios, aula prática, visitas técnicas, em ati- vidades profissionais que permitam simulados, sendo o CHA do educando, ou seja, Competências, Ha- bilidades e Atitudes, observadas pelo docente, permitindo intervenções, esclarecimentos, correções e aperfeiçoamento a partir do diálogo. Para Melchior (1994, p44), a observação sistemática deve: • Definir objetivos específicos, com previsão do que se vai observar e com que finalidades; • Diferenciar entre fatores essenciais e acidentais; 9 • Ter objetividade, descrevendo os fenômenos de acordo com o observado; • Possibilitar o registro dos fatos no momento da ocorrência ou de imediato, a fim de evitar a inter- ferência da memória. A observação assistemática: refere-se a experiências casuais que levam o observador a registrar o maior número possível de informações, sem correlacioná-las com os objetivos predefinidos. Esta enquanto instrumento da avaliação funciona como uma retroalimentação que interage de forma social com o docente e o educando. dEbATE Na íntegra o debate é uma discussão acirrada, uma defesa. Nos aspectos pedagógicos o conceito não é diferente. A técnica permite situações de interação, troca ideias e permite a valorização do trabalho em grupo. Veja alguns pressupostos para a aplicação desse instrumento: • O docente deve dominar bem o assunto sobre o qual se dará o debate; • O tema indicado pelo docente deverá ser preparado pelos participantes do debate previamente, trazendo o material preparado para a discussão; • O docente deve envolver todos e garantir a participação; • Deve ser dada a oportunidade para todos os envolvidos; • O docente deverá fazer intervenções apenas quando necessário; • O docente deve explicar todos os procedimentos para a turma, estabelecendocritérios; • O docente deve criar um clima de empatia, inclusive com elogios de modo que a turma sinta-se motivada; • O docente deve relatar as considerações finais. Considerações na hora de avaliar: • Ideias claras com reflexões; • Saber ouvir os outros; • Respeitar a opinião distinta da dele; • Argumentações apropriadas; • Defesa do tema com coerência e foco no assunto. O debate é um instrumento favorável para o docente e para o educando, pois estabelece um aprendizado coletivo, lembre-se disso. 10 AUToAvALiAÇÃo É um instrumento que proporciona ao educando análise de seu próprio desempenho, apontando pontos positivos e negativos, necessidades ou avanços, em busca de seus objetivos. A autoavaliação é uma atividade que requer reflexão da consciência crítica dos alunos, frente às atividades que são envolvidas. É claro que a autoavaliação é uma técnica que precisa de maturidade do docente e do educando, como também, transparência ao demonstrarem seus progressos e a falta dele. Para aplicar a autoavaliação deve-se seguir um roteiro que permita ao educando avaliar desempenhos e atitudes. A autorregulação no tocante ao ensino e aprendizagem é uma forma de regular a sua própria aprendiza- gem, onde o educando consolida sua avaliação. Diferentes estudos demonstram que se aprende de ma- neira significativa, onde os educandos reconhecem o que deverão aprender e envolve a responsabilidade deles em seu processo de aprendizagem. A autoavaliação estabelece uma perspectiva de autonomia da aprendizagem. vamos para a prática? Enquanto docente apliquei esse instrumento num curso de pós-graduação no curso de Docência do Ensino Superior na disciplina de Didática. Durante o andamento da disciplina pedi que os educandos, refletissem sobre seu desempenho nas discussões, nas atividades e estudos realizados em grupo e individual. Caro(a) estudante, a partir da reflexão os educandos, eles deveriam produzir por meio da escrita uma ob- servação do seu desempenho, evidenciando seus aspectos positivos e negativos, as dificuldades encon- tradas sobre o conteúdo ministrado, o posicionamento da minha docência na condução das discussões. Estabeleci uma escala de 0 (zero) a 5 (cinco)pontos. Para eles pontuarem os critérios mencionados acima. com esse procedimento pretendia alcançar dois objetivos: O primeiro objetivo foi a cerca da autoavaliação dos educandos voltados para a aprendizagem, atribuin- do para si e para o docente uma nota de forma reflexiva. O segundo objetivo seria mostrá-los que o instrumento proposto é uma ferramenta que pode ser aplica- da na prática educativa, contribuindo para uma conscientização crítica e para a autonomia das pessoas. Outro aspecto importante nessa atividade avaliativa foi envolvê-los para uma reflexão sobre sua futura docência. Concluímos que a experiência de aplicar a autoavaliação constitui em um instrumento privilegiado para uma avaliação autêntica, onde a credibilidade é um fator preponderante que contribui para o desenvolvi- mento pleno de todos os envolvidos no processo de ensino-aprendizagem. 11 ProjETos Vamos entender como funciona na prática o projeto como um instrumento avaliativo. Ouvimos muito a palavra projeto nas atuações profissionais, muito pouco nas pessoais. Mas afinal, o que é um projeto? Você em algum momento fez essa afirmação: “Meu projeto é comprar uma casa”. Pois bem! Projeto é uma intenção, pretensão para realizar algo. Projeto é uma atividade que se processa a partir de um problema realizável e se realiza nas buscas das soluções práticas. Os projetos, na realidade, são verdadeiras fontes de investigação e criação, que passam sem dúvida por processos de pesquisas, aprofundamento, análise, depuração e criação de novas hipóteses, colocando em prova a todo o momento as diferentes potencialidades dos elementos do grupo, assim como as suas limitações. Tal amplitude neste processo faz com que os alunos busquem cada vez mais informações, materiais, detalhamentos, etc., fontes estas de constantes estímulos no desenrolar do desenvolvimento de suas competências. NOGUEIRA (2004, pag. 145). Para realizar um projeto alguns aspectos devem ser considerados, tais como: a) Definir o objetivo principal aplicado à vida real; b) O ato problemático real deve ser definido; c) A aprendizagem deve ser proporcionada por meio de uma situação real, interagindo pensamento, sentimento, reflexão e ação dos educandos; d) Todas as informações devem ser pesquisadas a partir da necessidade de solucionar um ato pro- blemático; e) Permitir a interdisciplinaridade integrando-as em função do projeto a ser realizado; f) Os alunos devem propor os projetos. A metodologia aplicada ao projeto não define procedimentos rígidos, alguns didatas afirmam que as etapas devem ser consideradas: a) Sonhos, utopias, desejos e necessidade; b) Planejamento; c) Execução e realização; d) Depuração; e) Apresentação e exposição; f) Avaliação e críticas. Nesse instrumento o docente desempenha um papel de facilitador e orientador da aprendizagem, a todo o momento deve prestar assistência aos educandos. 12 “Como esboço, desenho, guia de imaginação ou semente da ação, um projeto significa sempre uma ante- cipação, uma referência ao futuro”. Machado (1997, pag.63) O projeto é aquilo que ainda está por vir, pois ainda não é atual, não está presente, já que é ainda uma antecipação do futuro. ExEMPLo Vamos ver na prática? Veja esse exemplo: Em uma escola municipal, a cantina estava deteriorada e precisava de uma reforma. Organize sua equipe de projeto e dê solução ao problema. Solução: foi montada uma comissão de educadores e pais para dá sugestões para a solução. A partir de uma reunião a comissão foi até a Secretaria da Educação Municipal é foi adquirida uma verba. Fizeram um planejamento e em poucos dias conseguiram reorganizar a estrutura da cantina. É importante ressaltar que a verba foi conseguida pela escola graças a uma pesquisa anterior dos participantes do projeto. Pes- quisando junto aos órgãos da Secretaria, o grupo descobriu que havia um fundo destinado à construção ou reforma de cantinas e outros equipamentos escolares. É notório o exemplo acima, que um bom projeto requer algumas características como a capacidade de con- seguir os recursos materiais, financeiros ou humanos necessários para a sua conclusão. (modelo adaptado) você sAbiA? Você sabia que por mais que se planeje um projeto, um detalhe poderá colocar tudo a perder? Vamos analisar alguns problemas que devem ser evitados: • Objetivo confuso; • Suposições incorretas; • Inexistência de política, procedimentos para resolver problemas e conflitos; • Execução confusa; • Falta de atribuições; • Falhas na execução; • Previsão de recursos; • Falta de envolvimento da equipe. Avaliar o educando por meio de projetos pode ser um grande diferencial para os educandos no nível de graduação, desde que se adotem estratégias, considerando: a autonomia do educando; conhecimento de mundo e transformação da teoria em prática. ??? 13 Grupo de verbalização e Grupo de observação - GvGo O instrumento GVGO é bastante sugestivo para trabalhar conteúdos que enfatizam a teoria. A sugestão inicial é encaminhar para a turma texto/artigo com antecedência, e combinar o prazo para aplicar a técnica. Esse instrumento é utilizado com grande quantidade de participantes, pois ela exige que o maior grupo seja dividido em dois subgrupos. Gv - Grupo de verbalização (determinar o tempo para o debate) Este grupo é colocado em um círculo interno, e é responsável pela exposição dos itens da primeira etapa ou parte do texto. Nesta fase o grupo deve expor o tema colocando-o em debate, de forma coerente, para isto o grupo deve estabelecer um líder, um mediador, e após o início, o debate não poderá mais parar, sendo que todos os integrantes devem participar simultaneamente, até esgotar os argumentos, avaliando os pontos positivos e negativos, como também gerando questionamentos,ao autor e aos próprios membros. Go - Grupo de observação (determinar o tempo para o debate) Esse grupo observará a exposição e, após: Farão perguntas sobre forma, os assuntos apresentados; pedirá esclarecimentos sobre algo que não ficou claro, difícil de ser empreendido, desconectado com o tema, etc.; Questionará viabilidade, tempo de execução, pertinência de objetivos, relacionamento problema x objeti- vos, apontará problemas, falhas etc.; Sugerirá modificações, ajustes, inclusões, retiradas de objetivos, justificativas, itens do referencial teó- rico, etc.; função do Professor (determinar o tempo) Ficará responsável por promover a participação de todos os membros do GV e fará intervenções, após ambos os grupos atuarem, para fechar as propostas de ajustes. PArA A AvALiAÇÃo: Parte escrita: xx pontos GV: xx pontos - que serão retirados: se o grupo não fez o trabalho (xx pontos), se o aluno não participou do grupo (0 a xx pontos), se o aluno não se envolveu na discussão (0 a xx pontos). GO: x pontos - que será retirado se: aluno não participou não se envolveu, se não se empenhou. No caso do GO, o professor não informará á turma quais alunos foram sorteados para atuar como GO; somente após a exposição, para que todos prestem atenção; Todos os alunos devem passar pelas duas fases, ou seja, GO, e GV. Portanto, todos serão passíveis de perder ou ganhar os 3pts; 14 O aluno que for GO e resolver abandonar ou se desinteressar da atividade, perderá o ponto porventura obtido; No caso do GV, os pontos retirados da apresentação oral serão também retirados da parte escrita. O professor deverá designar um aluno para observação do tempo, avisando a todos quando faltar 1m. O professor questionará, individualmente, os membros do GV, cuidando de verificar quais alunos estão realmente trabalhando. O instrumento GVGO dá várias possibilidades de avaliar a aprendizagem sobre os conteúdos propostos, como também desenvolturas voltadas para o cognitivo e social. PALAvrAs do ProfEssor Ufa! Muita informação não foi. Então, finalizamos aqui nossa disciplina que foi repleta de conteúdos. Espero que tenha contribuído para sua caminhada acadêmica e lembre-se que o seu tutor aguarda sua sinalização para lhe ajudar no que for preciso. Desejo-lhe sucesso e quem sabe nos encontraremos pelo longo caminho da educação. PrATicAndo Teste o seu aprendizado no Caça Palavras. 1. Instrumento presentes na técnica da testagem. 2. Tipo de prova que pode ajudar o aluno a aprender a fazer síntese, ser lógico, escolher argumentos, adquirir clareza de redação. 3. É um instrumento avaliativo que propõe uma aprendizagem significativa. 4. Instrumento cuja atividade e processa a partir de um problema realizável e se realiza nas buscas das soluções práticas. 5. Instrumento que proporciona ao educando análise de seu próprio desempenho, apontando pontos positivos e negativos, necessidades ou avanços, em busca de seus objetivos. 6. Instrumento que consiste em levar o educando a pesquisar a respeito de um tema, a fim de apresentá-lo e discuti-lo cientificamente. 7. Instrumento que permite situações de interação, troca ideias e permite a valorização do trabalho em grupo. 8. Instrumento bastante sugestivo para trabalhar conteúdos que enfatizam a teoria. 15 A B C D E F G H I O L C M N O P Q A X T U A B D C D E F G H F I O A M N O O V X R S U T I U P X Z V B E D N P F G H I A V L M E A R B R D E G G R I H A L M N O L N R S N A I B O D E O G E H R C L M N O I M Q R V A G B J D E F G C H C O J L M N A K P Q D I S S E R T A T I V A N I J L M R Y P Q D E B A T E E F G R H R C J L M N A W P Q V R T S O U V X Z A A S E M I N A R I O I E J R L M N O P Q T R S I U V X Z U R B C R A A B C D E F G I H D T J L M N A T P Q O A B R S T U V X V Z I U B C D P R O V A S A U T O A V A L I A Ç A O T U V S X Z A A B L C D E F G H D I C L L M N O E P Q R Confira a Resposta. A B C D E F G H I O L C M N O P Q A X T U A B D C D E F G H F I O A M N O O V X R S U T I U P X Z V B E D N P F G H I A V L M E A R B R D E G G R I H A L M N O L N R S N A I B O D E O G E H R C L M N O I M Q R V A G B J D E F G C H C O J L M N A K P Q D I S S E R T A T I V A N I J L M R Y P Q D E B A T E E F G R H R C J L M N A W P Q V R T S O U V X Z A A S E M I N A R I O I E J R L M N O P Q T R S I U V X Z U R B C R A A B C D E F G I H D T J L M N A T P Q O A B R S T U V X V Z I U B C D P R O V A S A U T O A V A L I A Ç A O T U V S X Z A A B L C D E F G H D I C L L M N O E P Q R 1. PROVA 2. DISSERTATIVA 3. MAPA CONCEITUAL 4. PROJETO 5. AUTOAVALIAÇÃO 6. DEBATE 7. SEMINÁRIO 8. GVGO 16 rEfErênciAs bibLioGrÁficAs BRASIL, Secretaria de educação fundamental. Parâmetros Curriculares Nacionais: terceiro e quarto ciclos do ensino fundamental. Ministério da Educação e Cultura. Brasília, 1998. LUCKESI, Cipriano Carlos. Avaliação da aprendizagem escolar: estudos e proposições. Cortez. São Paulo, 2002. HOFFMANN, Jussara. Avaliação mediadora: Uma prática em construção da pré-escola à universidade: Editora Medição, Porto Alegre, 2006. HOFFMANN, Jussara. Avaliação mito & desafio: uma perspectiva construtivista. 26ª ed. Porto Alegre: Mediação, 1999. HOFFMANN, Jussara. O jogo do contrário em avaliação. Porto Alegre: Mediação, 2005. 192p. PERRENOUD, Philippe. Avaliação: da excelência à regulação das aprendizagens – entre duas lógicas. Porto Alegre: Artes Médicas Sul, 1999. LIBÂNEO, José Carlos. Didática. São Paulo: Cortez, 1992. HADJI, Charles. Avaliação desmistificada. Porto Alegre: Artmed, 2001. RABELO, Edmar Henrique. Avaliação Novos Tempos Novas Práticas. 2ª Ed. Petrópolis, RJ: Vozes, 1998. ESTEBAN, Maria Teresa (org.) Avaliação: uma prática em busca de novos sentidos. Rio de Janeiro: DP&A, 1999. MEDEIROS, E. B. Provas Objetivas, Dissertativas, Orais e Práticas Técnicas de Construção. Rio de Janeiro: Editora da Fundação Getúlio Vargas, 1989. MÉNDEZ, J. M. A. Prova: um momento privilegiado de estudo – não um acerto de contas. Rio de Janeiro: DP&A, 2005 SANT´ANNA, I. M. Por Que Avaliar? Como Avaliar? Critérios e Instrumentos. Petrópolis: Vozes, 1995. BRASIL. Ministério da Educação. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional n° 9394/96. Brasília, DF, 1996. MORETTO, Vasco Pedro. Prova um momento privilegiado de estudos e não um acerto de contas. DP&A Editora, RJ, 2005. internet Tema: Introdução aos Parâmetros Curriculares Nacionais Link: http://portal.mec.gov.br/seb/arquivos/pdf/livro01.pdf Acessado em: 01.07.2016. Tema: LDB. Lei 9394/96. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Disponível Link: www.mec.gov.br Acessado em: 29.06.16 Tema: Instrumentos de Avaliação http://portal.mec.gov.br/seb/arquivos/pdf/livro01.pdf http://WWW.mec.gov.br 17 Disponível: http://www.ebah.com.br/content/ABAAABXVsAD/instrumentos-avaliacao Acessado: 07.07.16 Tema: Instrumentos de Avaliação Disponível: http://www.vdl.ufc.br/solar/aula_link/llpt/A_a_H/didatica_I/aula_04/imagens/04/instru- mentos_avaliacao.pdf Acessado: 08.07.16 Tema: A avaliação contemplada nos Parâmetros Curriculares Nacionais Disponível: http://escoladossonhosclaudia.blogspot.com.br/2009/06/avaliacao-contemplada-nos-para- metros.html Acessado: 10.07.16 Tema: Avaliação Institucional Disponível: http://portal.inep.gov.br/superior-avaliacao_institucional Acessado: 11.07.16 Artigos consultados Artigo: Instrumentos de Avaliação na Prática Pedagógica Universitária Autores: Denise Puglia Zanon e Maiza Margraf Althaus Artigo: O Uso do Seminário como Procedimento Avaliativo no Ensino Superior Privado Autora: Maria Anastácia Ribeiro Maia Carbonesi Centro Universitário – UDF – Brasil Artigo: A prova escrita como instrumento de avaliação da aprendizagem do aluno de Ciências Autores: ALINE CRISTIANE NUHS e DANIELA TOMIO Artigo: Observação como instrumento no processo de avaliação em Educação Física Autores: Rui Mendes, Filipe Clemente, Rúben Rocha e António Sérgio Damásio AVALIAÇÃO: Uma prática constante no processo de ensino e aprendizagemAutoras: Maria Rita Leal da Silveira Barbosa e Angélica Pinho Rocha Martins** Avaliação no Ensino Superior: modalidades, funções e instrumentos avaliativos no processo de ensino e aprendizagem Autoras: Juliana Damasceno de Oliveira; Priscilla Campiolo Manesco Paixão Avaliação da aprendizagem... mais uma vez Cipriano Carlos Luckesi Artigo publicado na Revista ABC EDUCATIO nº 46, junho de 2005, páginas 28 e 29. AVALIAÇÃO EDUCACIONAL: SUA IMPORTÂNCIA NO PROCESSO DE APRENDIZAGEM DO ALUNO Autor: José Amadeu da Silva Filho ¹ Co-autores: Celeciano da Silva Ferreira ¹ Régia Maria Gomes Moreira ¹ Orientadora: Sheila Maria Gonçalves da Silva² http://www.ebah.com.br/content/ABAAABXVsAD/instrumentos-avaliacao http://escoladossonhosclaudia.blogspot.com.br/2009/06/avaliacao-contemplada-nos-parametros.html http://escoladossonhosclaudia.blogspot.com.br/2009/06/avaliacao-contemplada-nos-parametros.html http://portal.inep.gov.br/superior-avaliacao_institucional
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