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TÉCNICAS RETROSPECTIVAS - OS RESTAURADORES

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Prévia do material em texto

Alunos: Brenda Naraly, Camilla Rosa,
Lyvia Figueredo e William Nogueira
Orientador: Gustavo Neiva Coelho
Disciplina: Técnicas Retrospectivas
O S
R E S T A U R A D O R E S
C A M I L L O B O I T O - P E N S A M E N T O S , H I S T Ó R I A E
O B R A S
SUMÁRIO
4.Pensamentos do Autor ..................................................................... 09
2.Metodologia................................................................................. 04 a 05
3.Exemplos de Obras ................................................................... 06 a 08
1.Introdução/História..............................................................................03
INTRODUÇÃO
 
Camillo Boito, nasceu em Roma no ano de 1834 e ingressou na Academia de Belas
Artes de Veneza no ano de 1849. Devido à influência de Pietro Selvatico, Boito
começou a estudar a arquitetura italiana da Idade Média. Selvatico estava inserido no
contexto que apontava a arquitetura gótica como expressão do povo italiano. No mesmo
período que Boito, John Ruskin frequentava a cidade de Veneza e mantinha um
relacionamento profissional com Selvatico.
Após sua formação inicial, colaborou na Academia como professor, mas logo
empreendeu uma série de viagens pela Itália, na quais procurou saber mais sobre a arte
medieval. Em 1858 foi designado para a restauração da Basílica dos Santos Maria e
Donato, na cidade de Murano, Veneza.
Os Restauradores foi uma conferência realizada por Camillo Boito na Exposição de
Turim em 7 de junho de 1884 e posteriormente publicada em texto. Ela é considerada
bibliografia básica para quem deseja entender sua obra e a história do restauro como
um todo. Boito foi uma personalidade muito importante para a conceituação teórica
acerca da restauração. 
A ideia de preservar está intimamente ligada à ideia de história coletiva. Se preserva,
muitas vezes, para manter vivo e visível, parte daquilo que liga dois cidadãos do mesmo
país que podem nunca ter se encontrado. Desta forma, a valorização do passado
comum esteve presente na formação de praticamente todos os estados modernos e a
unificação italiana, que ocorreu ao longo do século 19, não foi exceção.
Até o século 18, com o iluminismo, a arte era entendida como linear e o passado como
algo a ser superado. No campo da arquitetura isso se traduzia, salvo exceções, na não-
preservação dos prédios, que eram abandonados, destruídos ou mutilados em favor de
novas construções. Nos próximos quatro séculos a restauração e conservação se
resumiram ao pragmático: a manutenção. Tudo acontecia sem a conotação cultural que
hoje se atribui.
A ideia de preservar está intimamente ligada à ideia de história coletiva. Se preserva,
muitas vezes, para manter vivo e visível, parte daquilo que liga dois cidadãos do mesmo
país que podem nunca ter se encontrado. Desta forma, a valorização do passado
comum esteve presente na formação de praticamente todos os estados modernos e a
unificação italiana, que ocorreu ao longo do século 19, não foi exceção. Na época,
encontrou-se na arquitetura medieval um símbolo de identidade nacional. Desta forma,
a Idade Média foi objeto de estudo de muitos intelectuais, como o próprio Camillo Boito.
História
03
METODOLOGIA
 Boito teve atuação marcante no Congresso de Engenheiros e Arquitetos Italianos
realizado em Roma em 1883. Lá, foram propostos critérios de intervenção em
monumentos históricos que seriam adotados pelo próprio Ministério da Educação
posteriormente. O documento resultante deste congresso, com os sete princípios
definidos, é considerado por muitos como a “Prima Carta del Restauro” tamanha é sua
importância.
Ele formulou teorias influenciadas por inúmeros aspectos, conhecidas como restauro
“científico” ou “filológico”, que resultaram numa espécie de meio-termo entre as
conflitantes mais discutidas na época sobre restauração: as do francês Viollet-le-Duc e
as do inglês John Ruskin. 
O pensamento de Viollet-le-Duc
Le-Duc defendia a idealização do estilo, motivo pelo qual este tipo de restauração ficou
conhecida, muito propriamente, como estilística. A partir de um estudo aprofundado e
demorado de todas as informações existentes sobre um determinado prédio, o arquiteto
restaurador deveria entender qual o espírito – ou estilo – que definia aquela construção.
Assim, se fosse o caso, refazer porções perdidas seria não só feito mas celebrado.
Boito considerava a doutrina de le-Duc “cheia de perigos”, apesar de tê-la seguido em
seus primeiros projetos.
O pensamento de John Ruskin
O inglês John Ruskin foi personalidade também muito importante no tema, cuja teoria
influenciaria fortemente a formação dos conceitos de restauração, sendo considerado
da corrente de “conservação romântica”. Principal opositor de le-Duc, entendia o edifício
histórico como corpo com necessidade de manutenção periódica e aceitava a
possibilidade de morte eventual desse edifício conforme a passagem de tempo; além
disso, condenava veementemente a restauração – considerando absurdo apagar e
modificar as cicatrizes do tempo. Como Ruskin dizia:
“A restauração é a destruição do edifício, é como tentar ressuscitar os mortos. É melhor
manter uma ruína do que restaurá-la”
Como deve acontecer a restauração segundo Camillo
Boito
04
 "Mas aqui não se discorre sobre conservação, que aliás é obrigação [...]. Mas, uma coisa e
conservar, outra e restaurar [...]; e o meu discurso é dirigido não aos conservadores, homens
necessários e beneméritos, mas, sim, aos restauradores, homens quase sempre supérfluos e
perigosos" - Camillo Boito no congresso de Engenheiros e Arquitetos, Roma - 1883
METODOLOGIA
Os pontos de Camillo Boito
05
Ênfase no valor documental dos monumentos; 
Evitar acréscimos e renovações ;
Ter caráter diverso do original sem destoar; 
Os complementos de partes deterioradas ou faltantes deveriam ser de material
diverso ou ter incisa a data de sua restauração;
 As obras de consolidação deveriam limitar-se ao estritamente necessário, evitando-
se a perda dos elementos característicos ou, mesmo, pitoresco; 
Respeitar as várias fases do monumento, sendo a remoção de elementos somente
admitida se tivessem qualidade artística manifestamente inferior à do edifício;
 Registrar as obras, apontando-se a utilidade da fotografia para documentar a fase
antes, durante e depois da intervenção, devendo o material ser acompanhado de
descrição e justificativas e encaminhado ao Ministério da Educação;
 Colocar uma lápide com inserções para apontar a data e as obras de restauro
realizadas.
Podemos notar então que alguns pontos defendidos aproximam-se das teorias de John
Ruskin enquanto outros são influenciados por le-Duc, principalmente no que tange ao
método científico de documentar toda a intervenção. Além disso, é interessante notar
que determinados princípios são hoje regras em qualquer grande obra de restauração,
como a inscrição em lápide e o registro das obras.
EXEMPLOS DE OBRAS
 A antiga Porta Ticinese é uma das três portas medievais da cidade que ainda
existem 
na Milão moderna, junto com a medieval Porta Nuova na rua Manzoni e a Pusterla di
San'tAmbrogio. Originalmente Construída no século XII, a estrutura da Porta Ticinese foi
restaurada em 1861 por Camillo Boito, que inseriu dois arcos laterais junto ao único
acesso original.
https://en.wikipedia.org/wiki/Porta_Ticinese_(Medieval_Gate_of_Milan)
https://www.milanturismo.com/porta-ticinese/
Porta Ticinese
06
EXEMPLOS DE OBRAS
https://pt.wikipedia.org/wiki/Catedral_de_Santa_Maria_Assunta_(Asti)
https://pt.wikipedia.org/wiki/Catedral_de_Santa_Maria_Assunta_(Asti)
Catedral de Santa Maria Assunta
 É a principal igreja da cidade de Asti, na região de Piemonte, norte da Itália. A sua
construção remonta aos últimos anos do século XIII e início do século XIV, cuja
edificação foi realizada sobre as fundações de uma antiga igreja edificada no século XI
e consagrada em 1132. Em 1266, o companário original foi completamente
reconstruído. Um pouco mais tarde, optou-se por fazer também alterações na igrejae
recontruí-la de acordo com os cânones estéticos do período.
07
EXEMPLOS DE OBRAS
https://www.venice-museum.com/br/basilica-de-sao-marcos.php
https://www.venice-museum.com/br/basilica-de-sao-marcos.php
Basilica de São Marcos
 A Basílica de São Marcos originalmente deveria ser uma extensão do Palácio
Ducal. Foi construída para abrigar o corpo do Apóstolo São Marcos Evangelista, trazido
de Alexandria e visto como protetor da cidade, a sua construção começou em 828 e foi
concluída em 832. Tal acontecimento foi fundamental para o estabelecimento de
Veneza como base episcopal independente.
 Com o passar do tempo, a Basílica sofreu várias modificações, principalmente
no que diz à sua decoração, possui arcos góticos pontiagudos, o portal de Sant'Alipio,
esculturas dos séculos XVII e XVIII, mosaicos na fachada principal, baixo-relevos que
apresentam profissões e signos dos zodíacos no portão central, mámores originários do
Oriente, a escultura em pórfiro dos Tetrarcas e os cavalos de São Marcos. O resultado
foi uma combinação de estilos esplêndida e bem sucedid.
08
PENSAMENTOS
Alguns pensamentos do autor: Camillo Boito
09
 No livro em estudo: Os restauradores, Camillo Boito chama a atenção para o fato de que
restauração e conservação não são a mesma coisa, sendo, com muita frequência,
antônimas.
Boito disse: “Para bem restaurar é necessário amar e entender o monumento... Ora, que
séculos souberam amar e entender as belezas do passado? E nós, hoje, em que medida
sabemos amá-las e entendê-las?”
Segundo Boito, o que viabiliza uma possível intervenção conservativa nos edifícios antigos é
estudá-lo nas suas mais variadas condições morfológicas, estruturais e materiais. 
Para Boito: A pesquisa arqueológica possibilitava o desenvolvimento de dois campos de
trabalho acadêmico: o da história da arquitetura e o da linguagem projetual.
Para Boito: O reconhecimento histórico-estilístico do edifício estava condicionado a duas
instâncias que lhe eram inerentes: o organismo (racional) e o simbolismo (ideal).
Boito compreendia que a beleza de um estilo se manifestava no equilíbrio resultante dessas
instâncias.
Boito dizia que “no projeto, as formas restituídas ao monumento vinculam inseparavelmente
a obra de restauro de um estilo primitivo à pesquisa de um estilo futuro da arquitetura”.
Boito diz sobre a Basílica dos Santos Maria e Donato: (...) todas as formas orgânicas, as
colunas, os arcos, as janelas, os tetos foram reproduzidos a partir de restos e indícios
antigos (...) no projeto, contentei-me de indicar só algumas figuras, não procurando
reestabelecer os vastos muros com histórias coloridas; e o fiz para manter mais precisa a
linha arquitetônica, e deixar plena a liberdade de composição aos pintores: liberdade que
deverá, no entanto, docilmente servir à unidade da obra, ao caráter do estilo, às formas
orgânicas do edifício.
Boito também admitia contradições em suas próprias teorias, uma vez que o assunto era
contemporâneo e as mesmas estavam, ainda, em formação.

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