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Gustavo Moreno T19 AULA 12: Doenças tromboembólicas na gestação: Gestação e puerpério são fatores de risco bem conhecidos Desafio diagnóstico – edema de membros inferiores 7º causa de morte materna no mundo*** (países desenvolvidos é a 1 causa materna – EUA) Epidemiologia** 1 / 1000 gestações 10x mais comum que na população não grávida Responsável por 10 a 20% das mortes maternas No puerpério a incidência é de 2 a 5x maior que na gestação Tríade de Virchow* – Estase venosa (imobilização – cirurgias–, paciente acamado, paralisia do membro – AVC– e viagem prolongada), Lesão endotelial (aterosclerose), Hipercoagulabilidade (trombofilias adquiridas e congênitas, neoplasias, uso de estrógenos e idade avançada) A gestação é um fator de risco adquirido e independente para trombose Estase venosa – compressão do útero na cava e pela dificuldade do retorno venoso Lesão endotelial – começa no início da gestação (artérias espiraladas no utero para a formação da placenta) Hipercoagulabilidade → alterações fisiológicas da gestação: ** Redução da atividade da proteína S Aumento da resistencia a proteina C ativada Aumento do fibrinogênio Aumento dos fatores II, VII, VIII e X Aumento dos inibidores de fibrinólise Prevenção: Todas as gestantes têm recomendação de prevenção não farmacológica** Uso de meias de compressão ou outra forma de compressão de MMII Cuidar do peso, diminuir fatores de tabagismo e etilismo Frequentemente negligenciada Números aumentando provavelmente por múltiplos fatores de risco nas gestantes Fatores de risco: TEV prévio → principal*** Trombofilia – hereditária ou adquirida (alterações relacionada com coagulação do sangue) Histórico familiar Imobilização prolongada Obesidade Hemoglobinopatias Lúpus Hipertensão Complicações obstétricas (como sangramento) Tabagismo De acordo com a histórias e fatores de risco: Profilaxia farmacológica – anticoagulação plena ou profilática Não farmacológica – meias de compressão, botas de retorno venoso e modificações do estilo de vida. Cálculo de risco (Protocolo Royal College) → ideal no início da gestação (28 semanas) e maternidade Avaliação do risco de tromboembolismo venoso – TEV Se a pontuação total pré-natal for igual ou maior que 4, considerar tromboprofilaxia a partir do 1º trimestre Se a pontuação total pré-natal for 3, considere a tromboprofilaxia a partir de 28 semanas. Se a pontuação total pós-parto for igual ou maior de 2, considere a tromboprofilaxia durante pelo menos 10 dias Se a paciente foi hospitalizada pré-parto, considere a tromboprofilaxia Se a hospitalização foi prolongada (>3 dias) ou a paciente voltou ao hospital durante o puerpério, considere a tromboprofilaxia. –TEV prévio (exceto um único evento relativo a cirurgia de grande porte) – é um TEV ocasional – pontua 4** –TEV prévio relacionado a cirurgia de grande porte – pontua 3 (pontua menos porque tem ‘’causa específica’’)** –Trombofilia – pontua 3 –Cesárea em trabalho de parto – pontua 2 (nesses casos, a anticoagulação é iniciada 12h pós-cesárea) Lembrar tem situações: doses profiláticas ou terapêuticas!! Tabela – trombofilia (1 episódio) ou trombose a indicação é terapêutica*** Trombose Venosa Profunda – TVP/tev *** Sinais e sintomas de trombose venosa profunda e embolia pulmonar Condição Sintoma n % Sinal n % Trombose venosa profunda Dor ou empastamento 115 (90,6) Aumento da circunferência da perna 96 (75,6) Edema 101 (79,5) Empastamento 89 (70,1) Calor e vermelhidão 35 (27,6) Sinal de homan Rubor Cordão palpável Calor 59 (46,5) 35 (27,6) 16 (12,6) 17 (13,4) Se sinais ou sintomas devem ser rigorosamente avaliadas Se TVP permanecer sem tratamento → 15 a 24% das pacientes desenvolverao EP o que é fatal em 15% das gestantes US Doppler venosa: sensibilidade 96% e especificidade de 98 a 100% (MMII) / (Dx)**(P) Obs - se não tenho o US, iniciar a profilaxia!! Embolia Pulmonar – EP Embolia Pulmonar (n = 38) Dispneia** 24 (63,2) Taquicardia 25 (65,8)0 Dor Pleurítica** 21 (55,3) Taquipneia 22 (57,9 Tosse(seca) ** 9 (23,7) Estertores 5 (13,2) Sudorese 7 (18,4) Cianose 2 (5,3) Hemoptise 3 (7,9) Ausculta cardíaca alterada 1 (2,6) Síncope 2 (5,3) Na suspeita: ECG: alterado em 40% dos casos (inversão da onda T, taquicardia sinusal …) Gasometria arterial → baixa sensibilidade e especificidade Rx de tórax →baixa sensibilidade e especificidade (sinais de insuficiência cardíaca aguda, aumento da área cardíaca aguda) *Excluir outras possíveis causas Mortalidade 20 - 30% (alta) Dosagem de D dímero? → o D dímero está aumentado em quase todas as gestantes, logo não vale a pena solicitar esse exame!! Escores clínicos (Wells)? → não se utiliza na gestação (FC e FR – falso +) Cintilografia pulmonar perfusional – gera falso positiva, então, na duvida, optar pelo angiotomo regimes de anticoagulação profilática e terapêutica com heparina não fracionada e enoxaparina!! Tratamento Enoxaparina Heparina não fracionada – alto peso molecular Dose profilática: SC. Suspender 4 a 6h antes do parto (antes da anestesia) Dose terapêutica: bolus IV. Suspensão depende de qual esquema a paciente está fazendo Heparina não fracionada – baixo peso molecular Não controla com TTPa Dose profilática: suspender 12h antes do parto. Usar via SC, 1x/dia Dose terapêutica: suspender 24h antes da cirurgia. Usar via SC a cada 12h. É de acordo com o peso, então o limite máximo é 120mg SC 12/12h (usado para pacientes de 110 a 124kg) Prova – doses da profilaxia!!*** Não se inicia o tratamento com a enoxaparina, devido ao tempo!! Manejo periparto: ** Se doses profiláticas: HBPM: interromper 12 horas antes HNF: interromper 4 a 6 horas antes Se doses terapêuticas: HBPM: interromper 24 horas antes HNF: interromper 24 horas antes e conferir TTPA Se TVP e EP recente: trocar HBPM SC ou HNF SC por HNF intravenosa – pode ser suspensa 4 a 6 horas antes do procedimento; Varfarina ? Apenas 1 protocolo → prótese valvar metálica com FA e no 2º trimestre (apenas nesse caso, mas não é consenso), Lembrar – NÃO É INDICADA!!*** Reversão da anticoagulação: Protamina: 1 mg neutralizar 100 UI de HNF Apenas 50% do efeito das HBPM são neutralizados
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