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Infecção Puerperal

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Gustavo Moreno T19
AULA 13.1: Infecção Puerperal:
Considera-se infecção puerperal qualquer infecção bacteriana após o parto, sendo a endometrite a forma clínica mais frequente de infecção puerperal.
Outros tipos de infecção que podem levar a sepse puerperal:
Infecção de ferida operatória
Infecção de parede abdominal
Infecção de episiotomia
Infecção de trato urinário
Pneumonia
Fatores de risco para infecção puerperal:
Trabalho de parto prolongado
Ruprema prolongada
Excesso de toque vaginais
Grande quantidade de mecônio no líquido amniótico
Extração manual da placenta – ideal é deixar a placenta sair sozinha 
Diabetes materna ou anemia grave
Baixo nível socioeconômico – relacionado com a higiene
Vaginose Bacteriana – tratar todas as pacientes
Cesárea – aumento de chance de infecções
Infecção por HIV
Colonização por estreptococo do grupo B
Parada de progressão de TP
Técnica cirúrgica inadequada
Tempo cirúrgico maior que 60 minutos
Obesidade
Germes envolvidos na sepse puerperal:
Streptococo do grupo A (mais frequente)
Escherichia coli
Staphylococcus pneumoniae
Clostridium septicum
Morganella morganii
Diagnóstico:
Clínico:
Endometrite: mais comum
Infecção dentro do útero por germes que ascendem da vagina para o útero
Febre
Dor à mobilização mobilização uterina
Lóquios fétidos
Calafrios e dor em baixo ventre
Útero pode se apresentar subevoluido com consequente sangramento uterino excessivo
Outras formas de infecção puerperal também devem ser investigado nos casos de febre – sempre que tiver febre, pensar em endometrite, mas pode ser também:
Infecção da ferida operatória
Mastite ou abscesso mamário
Infecção do trato urinário
Pneumonia aspirativa
Exames complementares:
Hemograma
Hemocultura
Cultura de secreção
US – pélvico, mamas, parede
Sinal vermelho na sepse puerperal:
Se chegar com algum  desses sintomas, precisamos dar atenção especial
Hipertermia > 38 graus
Taquicardia sustentada > 90-100bpm
Dispneia com FR > 20 irpm
Dor abdominal ou torácica
Vômito ou diarreia
Mal-estar generalizado
Lembrar que paciente puérpera, geralmente está amamentando e a mama fica ingurgitada, isso aumenta a temperatura axilar, então o ideal é que seja medida a temperatura oral.
Tratamento:
O tratamento precoce com antibiótico pode ser crucial na determinação do desfecho
Avaliar necessidades de internamento para tratamento endovenoso
Iniciar antibioticoterapia mesmo antes dos resultados dos exames
Tratamento para endometrite pós-parto:
Se tiver restos placentários → fazer curetagem
Primeira escolha: Ampicilina 1g EV 6/6h ***
Se tiver falha terapêutica, adicionar antibiótico com cobertura para anaeróbio (geralmente usa Metronidazol)
Endometrite Pós Parto:
Obs – faz devido a restos placentários
Se tiver restos placentários realizar curetagem
Tratamento para endometrite pós-cesárea:
Clindamicina 900 mg IV  8/8h // 600 mg IV 6/6h
Gentamicina** 5mg/kg IM - dia // 2 mg/kg IV (ataque) + 1-0,7 mg/kg IV 8/8h
Amicacina –HCPA: 15 mg/kg IV - DIA // 5-7,5 mg/kg ou 7,5 mg/kg (manutenção) 8/8h ou 12/12h
Ampicilina 1g IV de 6/6h
**Geralmente usa clindamicina 900 mg IV a cada 8 horas
Infecção de ferida operatória:
Drenagem da secreção (Exame de imagem – US)
Se infecção superficial pode tratar apenas com medidas gerais (abertura da FO, lavagem com soro, curativo) associado a cefalosporina de 1º geração (cefalexina)
Se  infecção profunda (de parede abdominal) iniciar com antibioticoterapia com ampla cobertura e precisa drenar
Pode ser necessário abordagem cirúrgica
Mastite:
Obs – normalmente ocorre pela estafilococos 
É um processo infeccioso agudo das glândulas mamárias → inflamação focal → presença de sintomas sistêmicos (febre, mal estar geral, astenia, calafrios e prostração)
As mastites são geralmente polimicrobianas, com o Staphylococcus aureus** presente em 50 a 60% dos casos
Fatores predisponentes:
Dentro os fatores predisponentes estão as fissuras mamilares, a obstrução ductal e o ingurgitamento mamário
A mastite, quando não tratada precocemente, pode evoluir para abscesso.
Tratamento:
Inicial: cefalexina
O uso de uma cefalosporina oral (cefalexina) por 7 dias…
Tratamento EV pode ser feito com Oxacilina*, cefazolina, clindamicina
Se houver abscesso mamário, precisar drenar e começar o tratamento endovenoso que pode ser feita com Oxacilina, Cefazolina Clindamicina (geralmente é feita inicialmente com Oxacilina)
Orienta a pega adequada e esvaziar bem a mama
Obs: Paciente com mastite ou abscesso mamário precisa interromper a amamentação ?
Não, exceto se o ponto de flutuação do abscesso estiver muito próximo a aréola.

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