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SOM: onda mecânica que se propaga pela vibração das partículas do meio pelo qual se alastra ULTRASSOM: é o som (onda mecânica) longitudinal cuja frequência é superior àquela que o ouvido humano é capaz de perceber as ondas ultrassonográficas. são movimentos periódicos de compressão e dilatação da massa, que não se propagam no ar, pois necessitam de matéria (líquido e sólido) cujas partículas sofram vibrações Não há transporte de matérias apenas áreas de compressão e rarefação PRÍNCIPIOS DA FORMAÇÃO DE IMAGEM Ecos: ondas sonoras refletidas de volta ao emissor por interface acústica Atenuação: intensidade do ultrassom depois que ele penetra o corpo do paciente Impedância acústica: resistência que o feixe de US encontra ao atravessar o tecido fenômenos que ocorrem com a onda: refração, reflexão e absorção ECOS ➔ EFEITO PIEZOELÉTRICO: capacidade de determinados materiais tem de vibrarem em determinada frequência quando submetidos a uma pressão mecânica (som), transformando-as em impulso elétrica Conversão de energia elétrica em sonora modo-A, modo-B, modo-M ➔ Transdutor: Frequência variadas (3 a 100 MHz), existem probes setorial, linear (a imagem duas primeiras são formadas retas, usadas em olho e tendões) e/ou convexa (as ondas se dissipam em várias lugares para avaliar tamanho, usada para mensurar estruturas abdominais) IMPEDÂNCIA ACÚSTICA É um parâmetro do material que depende da densidade de massa e da velocidade de propagação. É necessário o valor de densidade de massa para determinar a impedância acústica específica e, em consequência a reflexão Dessa forma o valor da impedância acústica obtida através do produto da densidade e da velocidade do som no meio IMPIEDÂNCIA ACÚSTICA = VELOCIDADE X DENSIDADE TECIDUAL ATENUAÇÃO Ao caminhar pelos tecidos ocorre a atenuação da onda, ou seja, a diminuição de sua amplitude. Assim, a onda recebida pelo transdutor (refletida), tem menor amplitude que a onda emitida (frequência não se altera) Quanto maior a distância percorrida maior a atenuação Quanto maior a frequência da onda maior a atenuação Se a onda atenuar totalmente antes de atingir um objeto sua imagem não se forma MAIOR FREQUENCIA = + SUPERFICIAL MENOR FREQUENCIA = + PROFUNDO RESUMINDO Reflexão depende da diferença de impedância acústica entre dois meios Impedância acústica de um tecido está relacionada à sua composição Quanto maior a diferença de impiedância maior a reflexão (mais próximo do branco a imagem) Ideal: reflexão intermediária – formação da imagem e permite a passagem da onda para visualização de estruturas posteriores Estruturas que mais refletem: osso, estruturas mineralizadas – próximo ao branco Reflexão intermediária: tecidos moles, parênquima, gordura – tons cinzas Estruturas que não refletem: conteúdo líquido, bexiga, VB, cistos – próximo ao preto NOMENCLATURA HIPERECOGÊNICO (HIPERECÓICA) = BRANCO HIPOECOGÊNICO (HIPOECÓICA)= CINZA ANECOGÊNICO (ANECÓICO)= PRETO ARTEFATOS Reverberação: cauda de cometa, ringo down Refração: sombreamento acústico, reforço acústico, reforço acústico posterior Imagem de espelho Lobo lateral/artefato de espessura/pseudogranulação Sombreamento lateral/alteração de contorno REVERBERAÇÃO Um dos mais comuns Produção de ecos falsos, a qual ocorre quando o feixe de US encontra dois ou mais refletores na trajetória do som Causas: falta de gel entre a pele/transdutor. tecido ósseo e metálico, presença de gás, desajustes no aparelho, estruturas císticas, animais obesos Pode ser amenizado pela redução do ganho proximal Linhas hiperecogênicas paralelas CAUDA DE COMETA/ RING DOWN REFRAÇÃO Ocorre quando parte do feixe sonoro transmitido muda de direção em relação ao feixe incidente (desvio do feixe sonoro) ao passar através de uma interface altamente ecogênica grande, lisa ou composta por tecido de diferentes impiedâncias acústicas A onda sonora transmitida para o segundo meio muda de direção O caminho mais longo percorrido pelo eco faz com que o objeto seja refletido em um ponto aparentemente mais profundo do que realmente se encontra Pode ocasionar erros como distorções na imagem, prejudicando a mensuração das estruturas SOMBREAMENTO ACÚSTICO E REFORÇO ACÚSTICO POSTERIOR SOMBREAMENTO ACÚSTICO Interação do feixe sonoro com uma interface altamente reflexiva (gás, tecido ósseo, material mineral, gás) Áreas de ecos de baixa amplitude (hipoecóicas e anecoicas), criadas por estruturas de alta atenuação SOMBRA SUJA= quando a onda sonora é refletida SOMBRA LIMPA = quando parte significativa do feixe ultrassônico é absorvida A aparência de sombra é independente da composição das estruturas, porém depende das propriedades da superfície refletora REFORÇO ACÚSTICO POSTERIOR Ocorre distalmente a uma estrutura de baixa atenuação (estruturas cavitarias repletas de fluidos anecogênicos, útero gravídico, vesícula urinária e biliar, áreas de necrose), produzindo aumento da amplitude do eco no local O fato do conteúdo líquido presente em determinadas estruturas conduzir o som muito bem, faz bom que este chegue (com muita intensidade) aos tecidos posteriores a tais estruturas, formando uma imagem intensamente clara e hiperecóica Identificação da presença de líquidos no interior de estruturas ocas IMAGEM EM ESPELHO Decorrente da reflexão em grandes interfaces, curvas e altamente reflexivas (pulmão/diafragma, pericárdio/pulmonar) Ecos reverberantes que voltam ao transdutor e são refletidos de volta para o tecido Reflexões diversas geram atraso no retorno dos ecos e, como consequências, surgem na tela as imagens geradas superficialmente em localização mais distal LOBO LATERAL/ARTEFATO DE ESPESSURA/PSEUDOGRANULAÇÃO Ocorre quando feixes sonoros secundários são emitidos nas laterais dos transdutores em direção diferente do feixe primário Os ecos desse artefato apresentam menor intensidade e comumente se observa esse artefato em estruturas de superfície curvas, como vesícula urinária e vesícula biliar, e na presença de interface altamente refletiva, como o ar FAZER BALOTEAMENTO PARA DIFERENCIAR MATERIAL ECOGÊNICO DE ARTEFATO ULTRASSONOGRAGIA Vantagens da ultrassonografia Método não invasivo e indolor, não utilizar radiação ionizante, não possui efeitos nocivos, não necessita de anestesia ou sedação, exame em tempo real, acessibilidade, custo x benefício, apresenta a anatomia em imagens seccionais, avalia estruturas de diversas densidades e pode-se usar o doppler que é uma avaliação hemodinâmica LIMITAÇÕES DA ULTRASSONOGRAFIA Operador-dependente, animais obesos, repleção vesical inadequada, artefatos (TGI, gás, fezes), não avalia função do órgão, nem sempre permite diagnóstico definitivo e não difere lesões malignas de benignas INDICAÇÕES DA ULTRASSONOGRAFIA Informações de arquitetura e características dos órgãos, detecção precoce do aumento de volume abdominal, detalhes do parênquima tecidual, avaliação de estruturas que não aparecem no exame radiográfico e procedimentos guiados por US (laparocentese, cistocentese e biópsia) PREPARO DO PACIENTE Jejum alimentar de 8 a 12 horas, simeticona TID por 3 dias, restrição hídrica por 2 horas, evitar micção uma hora antes do exame, sedação?anestesia?, tricotomia, decúbito dorsal (lateral dependendo do estado do paciente, gel O QUE AVALIAR? Anatomia topográfica (se os órgãos estão onde deveriam estar), dimensões (normal, aumentado, diminuído), morfologia (avaliar o parênquima e arquitetura – homogêneo ou heterogêneo, grosseiro ou não, preservado ou não), contornos (definidos ou indefinidos, regulares ou irregulares) ECOGÊNICIDADE Refere-se a intensidade com que os tecidos produzem os ecos, após interagirem com a onda sonoraemitida Preservada/aumentada/diminuída Focal/Difusa A ecogenicidade do menor para o maior: ossos e limite dos órgãos → parede de veias → pelve renal → próstata → baço → gordura → fígado → córtex renal → músculos → medula renal → bile e urina (líquido)