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FISIOTERAPIA_TOMO_V_final fisio cardiorresp 3

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Material Específico – Fisioterapia – Tomo V – CQA/UNIP
FISIOTERAPIA
1
MATERIAL INSTRUCIONAL ESPECÍFICO
Tomo V
Material Específico – Fisioterapia – Tomo V – CQA/UNIP
Questão 9
Questão 9.9
O treinamento de resistência aeróbia é fundamental para o aperfeiçoamento das
funções cardiorrespiratórias e pode ser aplicado de forma contínua ou intervalada. De
acordo com o tempo de realização, o treinamento contínuo pode ser executado em
períodos de curta (até 10 min), média (de 10 a 30 min) e longa (acima de 30 min)
duração. O treinamento aeróbio com intervalo deve ser individualizado, estabelecendo-
se a duração total do esforço físico, do nível de intensidade, do número de repetições
para cada intensidade e da duração de cada intensidade. Assim, o fisioterapeuta, antes
de iniciar o tratamento de resistência aeróbia, deve levar em consideração algumas
variáveis, além da estratificação de risco cardiovascular, tais como: idade, frequência
cardíaca máxima (FC Máx) e consumo de oxigênio máximo (VO2 Máx).
Determinação da Frequência Cardíaca de Treinamento (FCT), segundo a faixa etária
Modificado por Fox
Nota: Correspondência entre os valores percentuais do consumo máximo de oxigênio e da frequência cárdica
máxima sugerida para indivíduos normais e cardiopatas. Para cada faixa etária, observa-se o valor mínimo do
consumo máximo de oxigênio (ml.Kg/min) e da frequência cardíaca (bpm em 15 s), de acordo com a faixa escolhida
para o treinamento.
I Consenso Nacional de Reabilitação Cardiovascular: fase crônica. Arquivos Brasileiros de Cardiologia. 1997, v. 69, n.
4, p. 267-91.
9Questão 37 - Enade 2010.
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a evolução na qualidade de vida (QV) e a detecção prematura de sinais e sintomas que
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Material Específico – Fisioterapia – Tomo V – CQA/UNIP
Com base no quadro apresentado, assinale a alternativa que apresenta a estratificação
de risco cardiovascular e faixa etária correta para treinamento, levando-se em
consideração VO2 Máx e FC Máx (%) de treinamento.
A. Em um indivíduo de 30 anos de idade, saudável e sedentário, com orientação
clínica para realizar exercício físico, deve utilizar uma faixa de 90% do consumo
máximo de oxigênio ou 92% da frequência cardíaca máxima. São encontrados valores
de 176 bpm ou 44 batimentos/15 s.
B. Em um indivíduo de 40 anos de idade, saudável e sedentário, com orientação
para realizar exercício físico na faixa de 50% do consumo máximo de oxigênio ou 64%
da frequência cardíaca máxima, são encontrados valores de 128 bpm ou 32
batimentos/15 s.
C.Em um indivíduo de 50 anos de idade, saudável e sedentário, com orientação para
iniciar a prática do exercício físico na faixa de 60% do consumo máximo de oxigênio ou
72% da frequência cardíaca máxima, são encontrados valores de 128 bpm ou 32
batimentos/15 s.
D.Em um indivíduo de 60 anos de idade, apresentando sinais de isquemia cardíaca ao
ECG de esforço físico, com orientação para realizar exercício na faixa aproximada de
30% do consumo máximo de oxigênio ou 51% da frequência cardíaca máxima, são
encontrados valores de 100 bpm ou 25 batimentos/15 s.
E.Em um indivíduo de 70 anos de idade, saudável e ativo, que já realiza exercícios
físicos regularmente com orientação para realizar exercício na faixa aproximada de
100% do consumo de oxigênio ou 100% da frequência cardíaca máxima, são
encontrados valores de 164 bpm ou 41 batimentos/15 s.
1. Introdução teórica
Reabilitação cardiovascular e treinamento físico
A reabilitação cardiovascular (RC) é o método de desenvolvimento e sustentação
de um nível apetecível das condições físicas, mentais e sociais, visando ao retorno do
paciente à vida ativa e produtiva da melhor forma possível.
A RC proporciona uma série de vantagens ao paciente, como a evolução na
capacidade funcional, a diminuição de fatores de risco (FR), a diminuição dos sintomas,
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Material Específico – Fisioterapia – Tomo V – CQA/UNIP
precedem sérias dificuldades (ARAÚJO et al., 2004; GARDENGHI, 2007; RICARDO,
2006).
O sucesso dos programas de RC também pode ser atribuído à terapia
fundamentada no treinamento físico (TF), uma maneira segura de intervenção clínica.
Araújo et al. (2004) demonstraram que a RC com evidência no TF foi associada à
diminuição de 20 a 30% nas taxas de mortalidade, quando confrontadas com os
cuidados usuais (sem TF).
O TF deve ser prescrito de maneira individualizada, seguindo critérios corretos.
A indicação da intensidade do TF pode ser feita de várias formas: por meio da tabela
de Fox, da escala de Borg e do teste ergométrico ou ergoespirométrico (SOCIEDADE
BRASILEIRA DE CARDIOLOGIA, 2000).
Os efeitos fisiológicos do TF podem ser classificados em agudos imediatos,
agudos, tardios e crônicos. Os efeitos agudos, também chamados de respostas, são
aqueles que ocorrem em associação direta à sessão de treinamento. Os efeitos agudos
imediatos acontecem nos períodos per e pós-imediato do TF e podem ser explicados
pela elevação da frequência cardíaca (FC), da ventilação pulmonar e da sudorese. Os
efeitos agudos tardios são vistos ao longo das primeiras 24h que prosseguem a uma
sessão de treinamento e podem ser identificados na discreta diminuição dos níveis
tensionais. Os efeitos crônicos, também chamados de adaptações, são aqueles que
derivam da exposição frequente e regular às sessões de treinamento, representando as
características morfofuncionais que distinguem um indivíduo fisicamente treinado de
um indivíduo sedentário. Entre os achados mais habituais dos efeitos crônicos do TF
estão a hipertrofia muscular e a elevação do consumo máximo de oxigênio.
(GONÇALVES et al., 2008; POWERS, 2000).
Os métodos de treinamento são, essencialmente, dois: contínuo ou de duração e
intervalado ou intermitente. O treinamento contínuo ou de duração é de natureza
submáxima e de média a longa duração, não se consentindo intervalos. O método
contínuo fundamenta-se nos exercícios aeróbios, também chamados de exercícios
cíclicos, cuja duração é prolongada com intensidades baixas, moderadas ou altas (50 a
85% do VO2 Máx) em ritmo cadenciado, gerando enriquecimento no transporte de
oxigênio até o nível celular e aperfeiçoando a resistência aeróbia (SOCIEDADE
BRASILEIRA DE CARDIOLOGIA, 2000; WILMORE, 2000).
Segundo Fox et al. (1998), o limite da FC mais baixo pode beneficiar os
pacientes com menor capacidade aeróbia inicial ao continuarem por mais tempo
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Material Específico – Fisioterapia – Tomo V – CQA/UNIP
executando o treinamento contínuo proposto. Verificada a evolução na aptidão aeróbia,
com a constatação da diminuição da FC nos exercícios para o aperfeiçoamento
fisiológico, deve-se elevar periodicamente o nível do treinamento, ou seja, ativar o
treinamento de maneira a atingir outra vez a FC limiar.
O treinamento intervalado ou intermitente apresenta como particularidade uma
série de períodos repetitivos de exercícios, alternados com períodos de repouso ativo
ou intervalos de recuperação. Sua indicação baseia-se na intensidade e no tempo de
duração dos exercícios, menor volume e maior intensidade, nos referentes intervalos
de recuperação, na quantidade de repetições do intervalo e do treinamento-
recuperação e na frequência de treinamento por semana (ARAÚJO et al., 2004;
SOCIEDADE BRASILEIRA DE CARDIOLOGIA, 2000; WILMORE, 2000).
3. Análise das alternativas
A – Alternativa incorreta.
JUSTIFICATIVA. O método de treinamento contínuo utiliza exercícios aeróbios, com
duração prolongada e intensidades baixas, moderadas ou altas, entre 50 a 85% do VO2
Máx.
B – Alternativa incorreta.
JUSTIFICATIVA. Em um indivíduo de 40 anos de idade, saudável e sedentário, com
orientação para realizar exercício físico na faixa de 50% do consumo máximo de
oxigênio ou 64% da frequência cardíaca máxima, os valores encontrados são de 120
bpm ou 30 batimentos/15 s (e não de 128 bpm ou 32 batimentos/15 s).
C – Alternativa correta.
JUSTIFICATIVA. Valores para um equilíbrio inicial da FCT podem ser observados entre
os 40 a 60% do VO2 Máx ou 58a 72% da FC Máx da tabela formulada por Fox para as
diferentes idades.
D – Alternativa incorreta.
JUSTIFICATIVA. Em indivíduo de 60 anos de idade apresentando sinais de isquemia
cardíaca ao ECG de esforço físico, com orientação para realizar exercícios na faixa
aproximada de 30% do consumo máximo de oxigênio ou 51% da frequência cardíaca
Material Específico – Fisioterapia – Tomo V – CQA/UNIP
máxima, os valores encontrados são de 88 bpm ou 22 batimentos/15 s (e não de 100
bpm ou 25 batimentos/15 s).
E – Alternativa incorreta.
JUSTIFICATIVA. A realização de treinamento com 100% da frequência cardíaca
máxima e 100% do consumo de oxigênio não seria benéfico para o individuo, pois
estaria com carga absoluta da frequência cardíaca, o que poderia acarretar sobrecarga
cardiovascular e possíveis lesões em diversos sistemas do corpo.
3. Indicações bibliográficas
ARAÚJO, C. G. S.; et al. Normatização dos Equipamentos e Técnicas da Reabilitação
Cardiovascular Supervisionada. Arquivos Brasileiros de Cardiologia. 83(5):448-52,
2004.
FOX, E. L. et al. Bases fisiológicas da educação física e dos desportes. Rio de
Janeiro: Guanabara Koogan, 1998.
GARDENGHI, G.; DIAS, F. D. Reabilitação cardiovascular em pacientes cardiopatas.
Integração. 51:387-92, 2007.
GONÇALVES, F. D. P.; et al. Avaliação da Qualidade de Vida Pós-Cirurgia Cardíaca
Através do MOS SF 36. Revista Brasileira de Fisioterapia. 10(1):121-6, 2006.
POWERS, S. K.; HOWLWY, E. T. Fisiologia do exercício. Teoria e aplicação ao
condicionamento e ao desempenho. São Paulo: Manole, 2000.
RICARDO, D. R.; ARAÚJO, C. G. S. Reabilitação cardíaca com ênfase no exercício:
uma revisão sistemática. Revista Brasileira de Medicina do Esporte. 12(5):279-285,
2006.
SOCIEDADE BRASILEIRA DE CARDIOLOGIA; DEPARTAMENTO DE ERGOMETRIA E
REABILITAÇÃO CARDIOVASCULAR. I Consenso Nacional de Reabilitação
Cardiovascular: fase crônica. Arquivos Brasileiros de Cardiologia. 69(4):267-91,
1997.
WILMORE, J. H.; COSTILL, D. L. Fisiologia do esporte do exercício. São Paulo:
Manole, 2000.
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