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Avaliação 1 Pato clínica Aula 1 - introdução Objetivo: auxiliar clínicos de diversas áreas no diagnóstico e no acompanhamento dos pacientes → Métodos analíticos o Sangue o Urina o Outros fluidos orgânicos (líquor, liquido sinovial, líquidos cavitários) Portanto a matéria capacita o aluno para solicitar e interpretar exames laboratoriais. → Sangue periférico: meio de transporte entre medula óssea e tecidos O sangue é um tecido fluído que circula nos canais vasculares, carreando substâncias necessárias para a vida das células e recebendo os produtos do metabolismo para serem levados aos órgãos de excreção. Hematológico e bioquímica Para poder se fazer um estudo hematológico se faz a coleta em tubo com anticoagulante e depois se faz processo de separação do plasma para estudar as proteínas plasmáticas (se coagulasse essas proteínas se separariam). E os exames bioquímicos são realizados com o plasma *Ela coloca na prova os valores de referência, tem que saber proporções celulares (como nos bovinos que é comum ter mais linfócitos) Urinálise A urinálise visa a análise da urina para fins diagnósticos e prognósticos no que se refere as patologias do trato urinário. Usada para ver a sanidade dos rins e trato inferior, sendo a análise dividida em: • Exame físico: estuda a parte fisiológica, alteração de cor e odor • Exame químico: utiliza fitas para saber se há presença de proteínas, sangue, glicose e corpos cetônicos na urina • Exame do sedimento: Visualizar no microscópio os sedimentos, podendo visualizar cristais, identificar cistites, bactérias, e alterações renais Análise líquidos cavitários Esses líquidos podem extravasar para cavidade devido a problemas de pressão intersticial, traumas, etc. Podemos analisá-lo através de exames bioquímicos, exame físico e exame citológico. * Dentro da rotina laboratorial, os exames mais utilizados são o hemograma e os exames bioquímicos que são importantes para diagnosticar e para análise pré- cirúrgica (pode identificar problema de plaquetas por exemplo) Hemograma Esse exame é prático, rápido (sai no mesmo dia) e não tem custo elevado, sendo importante para espelhar o que se passa dentro do organismo do animal. Deve se tomar cuidado desde a coleta, pois em alguns casos as amostras chegam com micro coágulos no laboratório e isso inviabiliza a realização do exame, esse problema ocorre por demora na coleta e até mesmo por erro na hora de passar o sangue para o tubo, que mesmo com fator anticoagulante não é capaz de reverter o coágulo já presente. → O hemograma pode fechar diagnóstico se encontrar o agente presente, caso contrário ele é inespecífico direcionando mais um aspecto geral do corpo e sendo bom para direcionar um raciocínio clínico. → Além disso, o hemograma também é eficiente para se ter noção se o protocolo terapêutico aplicado está sendo eficiente. → No pré-cirúrgico conseguimos identificar algumas alterações que podem atrapalhar a realização do procedimento e até representar um risco ao paciente, como anemias, leucocitoses (aumento de leucócitos - animal irá apresentar desidratação), baixa de plaquetas (que podem ser um problema, no caso de sangramentos). O hemograma irá revelar estados parasitários (se tiver agentes circulantes). O hemograma se subdivide em: → Eritograma: Parte vermelha, identifica o número de hemácias, hemoglobina e vê o hematócrito (VG - Volume globular). o Com isso já conseguimos identificar anemias, que são reduções da série vermelha, ou policitemia que é o aumento. → Leucograma: Identifica os leucócitos totais, que é o somatório de neutrófilos; basófilos, linfócitos, eosinófilos… Dando para ver a porcentagem de cada um para se ter noção de qual deles está causando o aumento ou redução. A interpretação irá depender do histórico do animal, a espécie, idade, observação (se esse animal recebe medicação), pois esses fatores podem levar a alterações Colheita de sangue Devemos sempre procurar minimizar o estresse do animal, pois isso pode causar alterações no resultado do hemograma… principalmente em felinos, pois são facilmente excitáveis. Para realizar a colheita, podemos fazer a tricotomia (retirada dos pelos) se necessário. A coleta é feita em tubos com EDTA para não coagular e ser possível analisar as proteínas plasmáticas. Locais de coleta: → Bovinos: jugular, caudal, mamária / 40x12 ou 40x16 o bovinos de leite não utilizam a mamária para evitar risco de infecção → Ovinos e caprinos: jugular / 40x10 ou 40x12 ou 40x16 → Equino: jugular / 40x12 ou 40x16 → Coelhos: marginal da orelha / 25x7 ou 40x12 → Suínos: marginal da orelha / 40x12 ou 40x16 → Felino: cefálica, jugular, safena / 25x7 ou 25x8 → Cão: cefálica, jugular, safena / 25x7 ou 25x8 → Aves: veia braquial e jugular Anticoagulantes: (sangue total) • EDTA (Etileno diamino tetra acetato de sódio ou de potássio) o diluição 10% - usar 0,1 ml de EDTA para 5 ml sangue o usado para hemograma • Heparina o diluição 1% - usar 0,1 ml para 5 ml sangue o usada para vasograma, gasometria • Fluoreto de sódio o 1 gota fluoreto de sódio para cada 3 ml sangue o usada para dosagem bioquímica de glicose- preservar a glicose in vitro e as células podem continuar utilizando a glicose e podendo, portanto, dosar ela • Citrato de sódio o 0,5 ml citrato de sódio para cada 4,5 ml sangue o usada para saber tempo de coagulação Tubos Amarelo e vermelho são sem fator anticoagulante, utilizados para exames bioquímicos. * Geralmente realizamos a coleta com e sem anticoagulante para fazer os exames. Relação sangue/anticoagulante O tubo de coleta possui uma linha para limitar a quantidade de sangue que pode ser inserida ali, se ultrapassar esse limite o sangue irá coagular e perder a amostra. Plasma X Soro • Plasma: apresenta fibrinogênio, que é importante para identificar processos inflamatórios Safena o Faz coleta do sangue em tubo EDTA e depois faz centrifugação levando à sedimentação do sangue e separando ele do plasma. • Soro: O soro não tem fibrinogênio pois este é o 1 fator da cascata de coagulação que se torna fibrina e não podendo portanto dosar o fibrinogênio aqui. o Coleta o sangue sem EDTA e ele irá coagular e ficando coágulo + soro. A hemólise pode interferir no hemograma, visto que ela irá afetar as células vermelhas… essa hemólise pode ser causada por seringas molhadas e até mesmo por colocar o sangue com pressão nos tubos ao forçar o êmbolo da seringa. Vida útil da amostra O limite para realização das análises é de 24h no máximo, sendo ideal realizar até 3h depois da coleta, mas se não for possível manter ela resfriada e realizar até 24h. Se ultrapassar esse tempo, os leucócitos irão se degenerar e não será mais possível fazer sua identificação. Contagem celular A contagem celular pode ser feita através de equipamentos, porém ela não irá dar o diferencial entre os leucócitos e assim não sendo indicado fazer a contagem só por ele, sendo bom fazer o hematócrito na centrífuga também para saber se o equipamento está calibrado. A contagem também pode ser feita de forma manual, fazendo diluição do sangue e contar no microscópio fazendo a contagem de 5 quadrantes, como no caso de silvestres que deve ser assim pois as hemácias têm núcleo. Hematócrito O hematócrito é o percentual do sangue que é ocupado pelas hemácias, se o hematócrito for 45%, significa que 45% do sangue é composto por hemácias e os outros 55% são basicamente água e as outras substâncias diluídas (plasma). • Alta de hemácias: sangue espesso/viscoso, atrapalha o fluxo e favorece formação de coágulos (policitemia) • Baixa de hemácias: prejudica o transporte de oxigênio (anemia) Para realizar, utiliza o tubocom EDTA e centrífuga para sedimentar o sangue, então faz contagem das hemácias sedimentadas. A coloração do plasma é avaliada, podendo ser transparente (cães e gatos), amarelado (bovinos e equinos), avermelhada (hemólise).... Aula 1 - Eritropoiese e Eritrocinética Composição do sangue O sangue representa cerca de 6-10% do peso corporal, sendo a série vermelha composta por eritrócitos e representando 45% do sangue, já o plasma é composto por plaquetas, leucócitos, albumina, imunoglobulinas e etc. Como já sabemos, o sangue apresenta diversas funções no organismo, como: • transporte de oxigênio • transporte de resíduos • condução de leucócitos para atuar na defesa Dentre outros, sendo o transporte sua principal função…principalmente de oxigênio. Portanto a circulação sanguínea tem um papel fundamental na manutenção do organismo. A hematopoiese (produção de células sanguíneas) se inicia ainda quando o animal é um embrião (folheto embrionário mesoderma), os órgãos hematopoiéticos são divididos em primários (medula óssea e timo) e secundários (linfonodos e baço). Hematopoiese pré- natal: • Embrião: saco vitelínico • Vida fetal: fígado, baço e medula óssea Hematopoiese pós-natal: • Inicialmente: todos os ossos (fase de crescimento) • Ossos chatos (esterno, costela, crânio e ílio) • Epífise ossos longos (fêmur e úmero) Hematopoiese extravascular Hemácias anucleares Granulopoiese extravascular Hematopoiese e trombopoiese intravascular Hemácias com núcleo Liberação de células As células saem para circulação quando maduras, normalmente, porém depende da demanda pois no caso de anemias que acaba se tendo uma alta demanda, podemos ver células jovens circulantes. Órgãos envolvidos na hematopoiese Baço → Ele está envolvido na hematopoiese inicial, quando ainda se é um feto → Ele é responsável por armazenar e maturar os reticulócitos, que são as hemácias imaturas que já perderam seu núcleo mas ainda possuem organelas. → Ele faz hemocaterese (degrada células vermelhas) e degrada a hemoglobina para poder ser reutilizada. → Faz armazenamento de ferro → Remove hemácias parasitadas as degradando Fígado → Faz hematopoiese inicial → armazenamento de ferro → produz fatores de coagulação → produz eritropoietinogênio → realiza o metabolismo das bilirrubinas o Bilirrubina: substância produzida pelo fígado a partir da hemoglobina que é liberada após a destruição dos glóbulos vermelhos do sangue. Naturalmente ela é eliminada pelas fezes e pela urina, no entanto a quantidade de bilirrubina circulante pode aumentar em caso de doenças como anemia hemolítica autoimune, hepatite ou pedra nas vias biliares, e uso de medicamentos, como alguns anti-inflamatórios e antibióticos Estômago • Produz fator intrínseco que se liga a vitamina B12 para que ela seja absorvida da dieta o A vitamina B12 é essencial para a formação das células sanguíneas, prevenindo a anemia megaloblástica, uma doença causada pela deficiência de vitamina B12. Linfonodos → Produzem linfócitos B e T Mucosa intestinal → Absorve ferro e vitamina B12 Rins → Produzem eritropoietina (EPO) o glicoproteína sintetizada pelos rins que regula a eritropoiese Eritropoiese A formação das hemácias se inicia por estímulos (IL3, FEC-GM, EPO) às células tronco que irão dar origem a ramos de unidade formadora de eritrócitos que sofrem os mesmos estímulos sofridos pela célula tronco e gerando a unidade formadora eritróide. A unidade formadora eritróide ao ser estimulada pela eritropoietina irá resultar no rubriblasto e assim se direcionando para a linhagem de hemácias. Controle da eritropoiese Os rins recebem sinais por redução de oxigenação dos tecidos, que são: → redução de volemia → anemia → baixa de hemoglobina → má circulação sanguínea → doença pulmonar Função eritropoietina Ao receber a sinalização, faz com que os rins produzam mais eritropoietina (EPO) que irá → atuar na diferenciação de progenitores → estimular mitose → acelerar a maturação → aumentar a liberação das células maduras para o sangue Órgãos endócrinos que irão atuar no controle da eritropoiese: → Hipófise: prolactina, TSH, ACTH, GH → Adrenal: corticoesteróide → Tireóide: Tiroxina (T4) → Gônadas: andrógenos e estrógenos o devido ao estrógeno a série vermelha é mais baixa (pois atrapalha a produção de precursores na medula óssea) - tem que ter cuidado na prescrição e administração de estrógeno aos animais por conta disso. * Na fase de Rubricito policromático, começa a se apresentar mais corado por se ter mais hemoglobina nessa fase (mais avermelhado). Multiplicação Eritrocitária A mitose ocorre com a presença da vitamina B12, cobalto e ácido fólico, portanto, se tiver carência de um desses fatores irá ter falha nessa fase de divisão celular e fazendo com que elas fiquem maiores por não terem conseguido se dividir, levando a anomalia que denominamos de macrócito. → Substratos > material nucleico = divisão celular o Vitamina B12, ácido fólico (B6), Cobalto (síntese de vit. B12 em ruminantes) → Vitamina b12 (cianocobalamina) - pastagens deficientes em cobalto: condições alcalinas de solo ou excesso de manganês. o fontes: fígado e carne/ bactérias ruminais Anemia perniciosa por deficiência de Vitamina B12/B6 Maturação dos eritrócitos A hemoglobina é uma proteína conjugada, sendo 96% de proteínas e 4% grupamento heme, formado por ferro e grupamentos porfirínicos. Quando os macrófagos fazem a fagocitose de hemácias velhas, eles depositam esse ferro no fígado e a transferrina leva do fígado à medula. Reticulócitos Os reticulócitos são glóbulos vermelhos levemente imaturos, sendo a fase anterior de se tornar eritrócito. Os reticulócitos apresentam ribossomos (o que dá a coloração azul, como inclusão), mitocôndria e 20% de hemoglobina. Eles podem permanecer na medula óssea cerca de 2 a 3 dias, sua maturação ocorre na medula óssea; na circulação periférica; e no baço. A contagem de reticulócitos é feita quando o animal tem uma anemia mais grave, sendo feita para verificar se a medula óssea está respondendo (aos sinais para produção) ... Se a contagem resultar em uma alta de reticulócitos, significa que a medula está respondendo pois há precursores circulantes. Metarrubrícitos Metarrubrícitos são eritrócitos imaturos nucleados. Possuem núcleo muito pequeno, escuro e denso com citoplasma policromatoílico. Eles estarem presentes na circulação significa → regeneração: se estiverem na presença de reticulócitos também → Hipóxia → Tumor de medula óssea Características dos eritrócitos Espécie Número (milhões/μl) Tamanho (μm de diâm.) Vida média (dias) canino 6-8 7 120 felino 5-10 5,8 70 equino 9-12 5,7 150 bovino 5-10 5,5 160 ovino 9-15 4,5 100 caprino 8-18 4,0 100 suíno 5-8 6,0 65 Morfologia das hemácias → forma: disco bicôncavo → sem organelas ou mitocôndrias (perde na fase de reticulócito) o ausência de mitocôndrias, logo ela não faz via de obtenção de energia como as outras células → sem núcleo (em mamíferos) → composta por uma membrana que envolve uma solução composta por → proteína: 95% hemoglobina e 5% enzimas → Eletrólitos: importantes para o metabolismo Funções das hemácias • transporte de oxigênio para os tecidos o liga 4 moléculas de de O2 • transporte de CO2 para os pulmões o A hemácia possui a Anidrase carbônica que converte CO2 em bicarbonato e faz seu transporte. Destruição eritrocitária Quando a hemácia atinge sua meia vida, ela é degradada por macrófagos (fagocitose) pois perde a capacidade de deformação, isto é, a capacidade que permite com que elas percorrem pelos capilares (vasos estreitos). Com o seu envelhecimento, essa capacidadeé afetada e ficando mais rígida e perdendo a fluidez, com isso os macrófagos (do baço e do fígado) fazem sua retirada da circulação. As hemácias envelhecidas reduzem suas atividades e ocorre oxidação da hemoglobina, na membrana das hemácias há formação de agregados de proteínas transmembranas e estes agregados serão estabilizados (hemicromos: agregados oxidados), fazendo com que os macrófagos reconheçam e fagocitem essa hemácia. O macrófago então faz a hemólise e liberando a hemoglobina, que é degradada resultando em Globina (proteína que é degradada e se reutiliza seus aminoácidos) e grupo heme (degradado em ferro que ficará estocado no fígado e baço). Exame das hemácias As hemácias podem ser avaliadas de acordo com o seu tamanho, e cor. → Tamanho o Normocítica: normal o Macrocítica: maior (hemácias jovens são maiores, portanto é macrocítica quando todas estão aumentadas) o Microcítica: menor (anemia ferropriva pode apresentar esse tipo, pois sem formação de hemoglobina suficiente ela se divide mais vezes as deixando em várias hemácias pequenas) o Anisocitose: hemácias possuem tamanhos diferentes, sendo observadas células maiores e outras menores (pode ser indicativo de deficiências nutricionais ou anemia) → Cor o Normocrômica: normal - rosa avermelhada o Hipocrômica: halo claro no centro(deficiência de ferro, não formando toda hemoglobina necessária, que é o que dá a coloração avermelhada) o Policromasia: aparecimento de eritrócitos multicoloridos o Esferócitos: as hemácias apresentam forma esférica e coloração intensa ▪ eritrofagocitose parcia → : anemia mediada por anticorpos o transfusão de sangue negativa → Pontilhado basofílico: intoxicação por chumbo ou resposta a anemia grave (presença de reticulócitos), agregação de ribossomos in vivo são visualizados na lâmina o bovinos podem apresentar esses agregados em anemias Aglutinação Pontilhado basofílico C. Howell-Jolly → Corpúsculo de Howell-Jolly (hemácias jovens que recém perderam o núcleo) o Inclusões esféricas de restos nucleares o resposta da Medula óssea ao estado anêmico o Função esplênica reduzida/ esplenectomia → Metarrubrícitos: eritrócitos nucleados imaturos o Etiologias: regeneração (quando com reticulócitos), hipóxia, tumor de MO → Corpúsculo de Heinz: Abaulamento da membrana da hemácia (desnaturação oxidativa da hemoglobina) o Etiologias: cebola (n-propil dissulfeto), paracetamol em felinos (acetominofen), por eles terem baixa da enzima glicuronil-transferase o Leva a anemia hemolítica, pois quando tem esse corpúsculo as hemácias são retiradas de circulação Reticulócitos C. de Heinz N-acetil faz oxidação da hemoglobina → Acantócito: Hemácias espiculadas, pode aparecer na lipidose hepática o alteração colesterol e fosfolipídio o Lipidose hepática gatos o Hemangiossarcoma cães → Esquistócito: Açãomecânica faz com que hemácias desfragmentem o CID o Hemangiossarcoma → Dacriócito: o Desordens mieloproliferativas → Leptócito: Centro parecido com halo o célula em alvo o excesso EDTA → Rouleaux: Hemácias empilhadas. o Etiologias: ▪ Desidratação (aumento proteínas) – pouca parte líquida e as proteínas ligam as hemácias umas nas outras ▪ Aumento no fibrinogênio ▪ Equinos: fisiológico o “Hemácias em Rouleaux” → Crenação: aspecto de murcho o Artefato de técnica o Desidratação: perda de água o Bovinos: fisiológico o “hemácias crenadas” → Corpúsculos de lentz: Cinomose o Inclusão viral Acantócito Dacriócito Leptócito Rouleaux → Parasitas o Mycoplasma haemofelis: aderidos na membrana externa – bastonetes na superfície das hemácias o Microfilaria de Dirofilaria immits – na circulação o Trypanosoma evansi – na circulação o Anaplasma – aderido na hemácia o Babesia bovis/canis/ equi Crenação C. de Lentz Mycoplasma haemofelis Dirofilaria immits Trypanosoma evansi Anaplasma Babesia canis Aula 2 – Anemias Diminuição de eritrócitos e/ou hemoglobina abaixo dos valores de referência. (Ht ↓ ) → Eritrócitos contados em milhões → Hemoglobina em grama por decilitro → Volume globular é o mesmo que hematócrito (VG – em porcentagem) Anemia resultado de doença primária É difícil a anemia aparecer como doença primária, sendo mais comum ser secundária a outra doença. Resultado de doença primária: → destruição de hemácias; → perda de sangue por hemorragia; → menor produção de hemácias; Portanto devemos classificar a anemia para saber: → Reconhecer a causa da anemia → Buscar a etiologia específica → Tratamento adequado Sinais clínicos → Dispneia: pela hipóxia tecidual (organismo tenta compensar) → Aumento da taxa cardíaca (murmúrio): sopro anêmico (aumento da velocidade do sangue) – sopro anêmico devido ao aumento da velocidade de sangue para compensar hipóxia → Aumento da taxa respiratória → Intolerância ao exercício → Membrana mucosas pálidas: redução das hemácias, consequente redução das hemoglobinas que é o que dava a coloração rosada. Classificação das anemias → Relativa o Devido ao volume plasmático elevado há redução relativa da concentração de hemácias. o Expansão do volume plasmático: ▪ Gestação ▪ Recém-nascido ▪ Fluidoterapia → Absoluta: mais comum e importante Anemia absoluta Podem ser divididas em 3 classificações 1. Classificação Morfológica: tamanho e coloração 2. Conforme a Resposta da Medula Óssea: analisa se existe ou não células jovens e se a MO está com resposta 3. Mecanismo Patogênico: verifica a causa da anemia (hemorragia, hemólise...) 1. Classificação Morfológica As anemias podem ser avaliadas de acordo com sua coloração e tamanho, após a realização da contagem de hemácias (indicando que há baixade hemácias), analisamos o tamanho e coloração → Tamanho: o Normocítica: normal o Macrocítica: aumentada o Microcítica: reduzida Volume corpuscular médio é igual ao hematócrito vezes 10, dividido pelo valor de eritrócitos. → Coloração: o Normocrômica: normal o Hipocrômica: menos corada o *não existe hipercorada, visto que ela não será capaz de alocar + hemoglobina que o seu fisiológico Concentração hemoglobina corpuscular média é o valor de hemoglobina multiplicado por 100, dividido pelo hematócrito. Anemia Normocítica Normocrômica → Insuficiência renal: Sem produção de EPO, logo não há produção de hemácias jovens → Anemia da doença crônica (inflamação crônica/neoplasia): Libera citocinas que atingem a medula óssea impedindo produção de células novas o Interleucina, fator de necrose tumoral inibem a eritropoiese por reduzir resposta à EPO pelos progenitores o Interleucina 1 e interferon bloqueiam mobilização de ferro, reduzindo resposta eritropoiética da MO o Interleucina e fator de necrose tumoral reduz sobrevida das hemácias na circulação → Leucemias: Produção de apenas uma linhagem, não produzindo outras → Infecções por vírus (Leucemia felina): afeta MO → Lesão tóxica da Medula Óssea (radiação) Hemácias com o mesmo tamanho e coloração – pois não está havendo produção de hemácias jovens Anemia Macrocítica Normocrômica Aumento de tamanho e coloração normal → Deficiência de vitamina B12 e ácido fólico o Estes são essenciais na multiplicação das hemácias, e sem a mitose as hemácias ficam maiores Anemia Macrocítica Hipocrômica Aumento de volume e pouco corada → Sempre regenerativa, pois tem hemácias jovens na circulação (MO em atividade) → Ocorre em casos de: o Perda aguda de sangue (hemorragia) o Anemia hemolítica aguda (hemólise) reticulócitos Anemia Microcítica Hipocrômica Tamanho menor e pouco corada → Deficiência de Ferro (neonatos) – em leitões → PerdaCrônica de Sangue – perde o ferro junto e ele não pode ser reaproveitado o Tumores, Úlceras o Parasitas Hemácias menores por se dividirem mais, na tentativa de ter mais ferro nelas. Hipocrômica pois não tem concentração de ferro ideal para formar a hemoglobina 2. Classificação conforme resposta da Medula Óssea Pode ser Arregenerativa (sem resposta da Medula) ou regenerativa (com resposta da medula óssea) Anemia arregenerativa Aqui não teremos resposta da medula, logo não tem formação de novas hemácias e assim nós só veremos hemácias de mesma coloração e tamanho. → Primária – afeta diretamente a medula reduzindo a produção de hemácias o Aplasia eritróide: destruição da linhagem eritróide o Doenças mieloproliferativas: Proliferação dos leucócitos de origem mieloide o Doenças linfoproliferativas: como a leucemia linfóide, em que há formação apenas da linhagem linfóide, não produzindo a eritróide. → Secundária – alteração externa a medula mas que acaba afetando ela (doenças ou medicações) o Doença inflamatória crônica: libera citocinas que lesionam interferindo nos progenitores o Neoplasias: libera citocinas que lesionam interferindo nos progenitores Ativa macrófago que liberam citocinas que chegam a M.O afetando a produção de hemácias. o Medicamentos: ▪ Cloranfenicol (cães e gatos): uso prolongado ou em doses elevadas ele é tóxico para células progenitoras ▪ Estrógeno: Hormônio que inibe a formação de hemácias ▪ Antineoplásicos: Atuam na destruição de células tumorais, mas atuam em outras células do organismo com alta capacidade mitótica, como as da medula óssea. – Antes da aplicação faz hemograma para ver se dose não baixou muitos níves de hemácias, leucócitos e plaquetas. ▪ Imunossupressores (ciclofosfamida): Usado em doenças autoimunes, também podem agir na medula óssea. ▪ Estes medicamentos podem levar a lesão da célula tronco e com isso a consequente redução de progenitor. o Insuficiência renal: irá ter redução na produção de eritropoietina (EPO) e consequentemente não terá estímulo na medula óssea para produção de hemácias. o Agentes infecciosos: ▪ Vírus da Anemia Infecciosa Equina ▪ FeLV: leucemia felina – atua reduzindo todas as linhagens ▪ Erlichia canis: pode ir na M.O. na fase crônica e reduzir todas as linhagens Anemia regenerativa Nesse caso temos a resposta da medula óssea enviando células jovens para a circulação como resposta à anemia. → Características: o Anisocitose: alteração de tamanho o Policromasia: alteração de cor~ Presença de células maiores e hipocoradas (jovens) o Reticulocitose Fazendo o uso do azul de metileno podemos identificar organelas teciduais aglomerados (reticulócitos, que também é indicativo de células jovens. O corante azul de metileno identifica os agregados de organelas que os reticulócitos ainda tem, já o corante panóptico identifica apenas alteração de coloração e tamanho. > Corantes supra-vitais: azul cresil brilhante ou novo azul de metileno. Ao longo da maturação temos perda de ribossomos e mitocôndrias. Os reticulócitos são hemácias imaturas que perderam o núcleo mas ainda apresentam organelas (nessa fase termina de formar a hemoglobina) e quando coramos, esse corante leva a agregação das organelas que restaram levando a um material granular aglomerado que é o que vemos na lâmina, que são os denominados reticulócitos. Contagem de reticulócitos Ela não é feita junto do hemograma, sendo solicitada para se ter a confirmação se há ou não resposta da medula óssea. Vai fazendo a contagem de hemácias e separando vendo o que é ou não reticulócito, chegando à porcentagem de quantos reticulócitos em 1000 hemácias. Depois aplica na fórmula, chegando a contagem de reticulócitos por microlitro de sangue: E depois iremos corrigir a porcentagem de reticulócitos para o grau de anemia, para analisar se o animal tem boa resposta da medula: Reticulócitos Azul de metileno Corante panótico Analisamos a porcentagem e comparamos com valores padrões estipulados para cada espécie Nos casos de ruminantes e equinos, eles não liberam reticulócitos na circulação e sim liberam hemácias pontilhadas... portanto não se faz contagem de reticulócitos para essas espécies. *quanto maior a resposta da medula, melhor... pois há produção de hemácias. Reticulócitos em felinos Podem se apresentar em agregados ou pontilhados, e isso ocorre pelo tempo de maturação da hemácia que é maior que o dos cães e sendo possível captar na lâmina esses pontilhados. Diferença do tempo de maturação em felinos e cães: Cães Gatos o Metarrubrícitos: Hemácia que não perdeu o núcleo – fase anterior ao reticulócito o Corpúsculos de Howell-Jolly: São resíduos nucleares das hemácias que recém perderam seus núcleos Causas: As anemias regenerativas são comuns de serem vista em casos de: → Hemorragia → hemólise A recuperação começa a ser feita pela medula óssea 2 a 3 dias após perda – ou seja, se fizermos um hemograma antes deste período não iremos captar a resposta da medula. 3. Classificação conforme mecanismo patogênico As anemias podem ser definidas de acordo com o seu mecanismo patogênico → Anemia por Hemorragia Aguda ▪ Trauma: acidente ▪ Cirurgia: acentuada perda de sangue por conta da baixa de plaquetas ▪ Defeitos da Hemostase: defeito nos fatores de coagulação (como a trombocitopenia – baixa de plaquetas) ▪ Úlceras Gastrointestinais ▪ CID: (coagulação intravascular disseminada) – no início temos formação de microtrombos que depois são destruídos levando a hemorragia. ▪ Defeito de Fatores de Coagulação: coagulopatias podem levar ao sangramento nasal agudo ▪ Trombocitopenia (redução de plaquetas) o Achados Laboratoriais: ▪ Eritrograma normal na primeira hora ▪ Hipoproteinemia (1h) - Hemorragia externa: redução de proteína plasmática ▪ Diminuição dos parâmetros eritrocitários (1h): redução de hemácia, hemoglobina e hematócrito Metarrubrícitos Corpúsculos de Howell-Jolly ▪ Reticulócitos (3 dias): Com a perda de sangue temos a hipóxia tecidual que estimula produção de EPO e envia para medula para estimular a eritropoiese. ▪ Anemia macrocítica hipocrômica (Resposta regenerativa) (3 dias) → Anemia por Hemorragia Crônica ▪ Ulceras gastrointestinais: podem não ser percebidas, visto que o sangue sairá digerido (escuro) e o tutor pode não se dar conta da alteração – levando a esse sangramento crônico ▪ Hematúria: Presença de sangue na urina ▪ Ectoparasitas: animais muito parasitados que ficam tendo seu sangue constantemente sugado. ▪ Endoparasitas gastrointestinais: perda de sangue pela lesão da mucosa – mais comum em filhotes ▪ Neoplasia vascular: leva ao sangramento intenso dos vasos – como no hemangiossarcoma que temos pequenos nódulos que sangram e se cicatrizam novamente. o Achados laboratoriais: ▪ anemia por deficiência de ferro: ferro saindo não consegue ser reaproveitado e consequente não há formação de hemoglobina suficiente ▪ microcítica hipocrômica (divisão contínua): Na tentativa de conseguir mais hemoglobina essas hemácias restantes irão se dividindo continuamente, o que as deixam pequenas e pela baixa de hemoglobina ficam hipocoradas. → Anemia por hemólise Anemia causada por destruição acelerada de eritrócitos, podendo ser uma destruição intravascular ou extravascular. Causas para hemólise: → Anemia hemolítica imunomediada (AHIM) → Isoeritrólise neonatal → Hemoparasitas → Bactérias/vírus Causas de AHIM - Anemia hemolítica imunomediada → medicamentos (penicilina, cefalosporinas, trimetoprim-sulfametoxazol): São exemplos de alguns antibióticos o Ligação direta da substância com a hemácia: fazendo com que seja reconhecida como estranhae formando anticorpos e consequente retirada dessas hemácias da circulação e sua destruição. → Hemoparasitas (hemólise intra ou extra-vascular): o Ocorre deposição de anticorpos contra hemácias parasitadas e são retiradas por macrófagos do baço (extravascular) o Babesia: quando se multiplicam acabam levando ao rompimento da hemácia (intravascular) o EX: Babesia canis, Mycoplasma haemofelis, Anaplasma, Babesia bovis, Babesia equi, Trypanosoma evansi (livre na circulação, ele libera substância que causa hemólise) → Isoeritrólise Neonatal: Ocorre em equinos, quando uma fêmea com tipo sanguíneo distinto da do feto acaba sendo sensibilizada a formar anticorpos para o tipo sanguíneo do feto (como se fosse um corpo estranho), ao nascer o feto acaba ingerindo esses anticorpos no colostro e consequentemente levando a hemólise de suas próprias hemácias. Levando a sinais de hemólise: o Icterícia o Hemoglobinemia o Hemoglobinúria → Bactérias o Leptospira – toxinas (atuam como hemolisinas) - anemia hemolítica imunomediada → Vírus o Anemia infecciosa equina – imunomediada ▪ arregenerativa (doença inflamatória) – liberação de citocinas que afetam a medula óssea Hemólise Extravascular: ocorre retirada das hemácias da circulação pela deposição de anticorpos e elas são fagocitadas por macrófagos do baço. Essa hemólise extravascular resulta em bilirrubina extravascular que leva a icterícia. Hemólise intravascular: aqui não temos deposição de anticorpos, essas hemácias irão se romper dentro dos vasos fazendo com que haja hemoglobina livre na circulação (hemoglobinemia) que poderá sair na urina levando a coloração escura na urina. Sinais clínicos da anemia hemolítica: → Ausência de sinais clínicos de hemorragia → Hemoglobinemia/hemoglobinúria → Icterícia sem hemoglobinúria (SMF) – visto que a icterícia ocorre por presença de bilirrubina e esta só está presente após a degradação da hemoglobina Achados laboratoriais anemia hemolítica → Resposta regenerativa: após 2 a 3 dias visualizamos a resposta da MO → PPT normal: (proteína plasmática total) – na hemorragia perde sangue e proteína já na hemólise não tem perda de proteína. Aula 2 – Policitemia e Eritrocitose É o aumento da série vermelha, aumento do número de hemácias, hemoglobinas e do hematócrito. – Portanto é o inverso das anemias. → Hematócrito: centrifugação do capilar separa a parte celular da parte do plasma e ao colocar na tabela conseguimos quantificar se há uma anemia ou Policitemia → Contagem de hemácias: o próprio aparelho nos entrega esse valor ao fazer o hemograma e com isso podemos analisar comparando com valores de referência → Concentração de hemoglobina: O próprio aparelho do hemograma pode fornecer esse dado ou pode se utilizar de aparelho bioquímico com kits específicos para dosar a hemoglobina As Policitemias podem ser subdivididas em relativa e absolutas, tal como as anemias, e as absolutas por sua vez ainda se subdividem em primárias ou secundárias. Policitemia Absoluta São aquelas em que se realmente há a elevação no numero de eritrócitos/hemácias. Esse aumento acaba levando a dificuldade de fluidez do sangue e logo a problemas circulatórios. Sinais clínicos: → Cianose: problema na circulação – língua azulada → congestão das mucosas; → aumento da resistência vascular pulmonar – por conta da viscosidade → diminui o débito cardíaco – volume de sangue sendo bombeado por minuto diminui O que ocorre é que o fluxo sanguíneo é reduzido por conta desse aumento da viscosidade, que ocorre pela elevação do número de hemácias, essa viscosidade ainda pode levar a formação de pequenos trombos que se estiverem no sistema nervoso ainda podem levar a distúrbios neurológicos → Hiperviscosidade → Distúrbios neurológicos → Risco de trombose Policitemia absoluta primária Elevação no número de eritrócitos circulantes por ação direta na medula óssea. EPO: esse tipo é independente da eritropoietina, pois po distúrbio é direto na medula, com aumento da produção direto da linhagem mieloide. → Doença mieloproliferativa: desordem da linhagem mieloide irá levar ao aumento de diversas células o Aumento de: ▪ Eritrócitos ▪ Leucócitos ▪ Plaquetas Policitemia Absoluta secundária O aumento dos eritrócitos está relacionado a eritropoietina, onde causam hipóxia estimulando a produção de EPO que se direciona a medula óssea e aumentando a produção de hemácias. → Hipóxia - aumento da Taxa de Eritropoietina: o Doenças Cardiopulmonares Crônicas: alteração cardiológica ou pulmonar irá afetar a troca gasosa e o tecido irá entrar em hipóxia, estimulando a produção de EPO o Altitudes elevadas: ar mais rarefeito faz com que chegue menos oxigênio nos tecidos, levando a hipóxia e consequente estimulação de produção de EPO. o Tetralogia de Fallot: O animal nasce com uma interligação entre os ventrículos que comunica o sangue venoso ao arterial, ao se direcionar aos tecidos acaba indo o venoso junto, o que dificulta a oxigenação, levando ao estímulo da produção de EPO. o Cistos renais/ Tumores: secretantes de EPO, fazendo com que estimule a medula óssea a realizar eritropoiese. Policitemia Relativa Ocorre por conta da redução da parte líquida do sangue (plasma), que faz com que tenha esse aumento relativo de hemácias. Causas: → redução volume plasmático – desidratação o diarréia, vômito, poliúria (elimina grande quantidade de urina sem reposição de líquidos) → contração esplênica: baço contrai levando a liberação de hemácias que estavam sendo armazenada, liberação faz com que haja Policitemia momentânea o após exercício, animais excitados / dor Hemoconcentração: → Hematócrito ↑: aumentou parte vermelha → Proteína Plasmática ↑: pois com a redução do plasma acaba havendo aumento da concentração das outras substâncias do sangue. → Volume Plasmático ↓: redução do plasma que é o que causa a Policitemia relativa Testes laboratoriais Analisa: → Determinação da PO2 arterial – feito pelo aparelho de gasometria → Mensuração da Eritropoietina – dosagem de EPO Interpretação: → Policitemia Secundária: o PO2 reduzida: pela hipóxia o Eritropoietina aumentada: consequência da hipóxia → Policitemia Primária: o PO2 normal: pois afeta diretamente a medula óssea o EPO normal: logo não depende da EPO → Policitemia Relativa: o Parâmetros normais: apenas aumenta proteína plasmática Aula 3 – Leucócitos Composição do sangue → Parte Líquida o Plasma o Soro → Parte Celular o Eritrócitos o Leucócitos o Plaquetas Os leucócitos saem da circulação e se direcionam aos tecidos para exercerem suas ações (proteção do organismo). Leucopoiese É o processo de produção de leucócitos, que ocorre na Medula óssea por influência de: → Citocinas → Substâncias produzidas por tecido danificado → Agentes infecciosos Temos a Interleucina 3 presente na diferenciação de diversas células na medula, inclusive células troco. As células tronco irão dar origem a duas linhagens: Linfóides e mieloides. A linhagem mieloide irá dar origem a diversas células, como: eritrócitos, plaquetas, monócitos, neutrófilos, eosinófilos e basófilos. (3 últimos são granulócitos) – importante na diferenciação: Interleucina e fator estimulante de colônia granulocítica e monocítica (GM- CSF e M-CSF) Há um período em que esses leucócitos ficarão na medula óssea ocorrendo sua multiplicação (2 a 3 dias), onde temos o mieloblasto originando o mielócito, que é o último a sofrer divisão, resultando no metamielócito que passa a maturar, sendo maturado para bastonete (leucócito não segmentado) e depois os não segmentados que é o que encontramos em maior quantidade na circulação... depois disso são direcionados aos tecidos. Compartimentoscirculante e marginal: Dentro da própria circulação nós temos a divisão entre esses leucócitos. Os leucócitos que vemos estão no compartimento circulante, outros ficam no compartimento marginal, que é o endotélio dos vasos sanguíneos (capilares) que esses leucócitos se aderem para saírem para os tecidos. → Existe uma relação entre número de leucócitos nos compartimentos circulante e marginal dependendo da espécie o Cão, bovino, equino 1:1 – ou seja, metade circulante e metade marginal o Felinos 3:1 – maior quantidade no compartimento marginal, e no casos de estresse esse felino irá liberar adrenalina que irá fazer com que esses leucócitos se soltem do compartimento marginal indo para o circulante e dando um aumento no exame de leucócitos circulantes. Estímulos que liberam leucócitos do compartimento marginal: → Epinefrina/adrenalina – estresse, exercício → Corticóides – endógeno no caso de processo patológico crônico Grânulos Os granulócitos possuem grânulos no citoplasma que são visíveis no esfregaço sanguíneo. → neutrófilos tem grânulos claros que acabam até pensando que não tem nada → Eosinófilo: grânulo rosa → Basófilo: grânulo roxo Grânulos primários: são os grânulos de quando são mais imaturos, eles deixam o citoplasma mais azulado Grânulos secundários: já sofreram maturação, conforme maturam adquirem mais grânulos e isso vai deixando o citoplasma mais claro. Ativação da medula óssea por citocinas Quando ocorre um processo inflamatório temos a ativação de macrófagos que irão liberar citocinas que farão a estimulação de produção de novos leucócitos pela medula óssea, liberando mais granulócitos e monócitos → Fator de necrose tumora – TNF → Interleucina 1 – IL1 → Fatores de crescimento para leucócitos o GM-CSF o G-CSF o M-CSF Outro caminho é que as citocinas dos macrófagos ativem células endoteliais, fibroblastos e linfócitos fazendo com que eles liberem fatores de crescimento para leucócitos que também irão à medula estimular a leucopoiese. Equilíbrio da quantidade de leucócitos no sangue Temos um equilíbrio entre o consumo tecidual e a taxa de liberação medular, os leucócitos apresentam uma meia vida bem menor que as das hemácias e, portanto, eles ficam na circulação nessa meia vida, se direcionam aos tecidos e depois são eliminados (taxa de consumo). Em processos inflamatórios a taxa de consumo é maior, porém a maior liberação de citocinas e consequente maior estímulo da medula óssea. Com esse estímulo temos as hiperplasias nos compartimentos de célula tronco e proliferação: → Aumento de produção: por conta dessa inflamação, estimulando a diferenciação da célula tronco na linhagem mieloide, ocorrendo divisão, maturação, ganhandoa circulação e indo para os tecidos para o consumotecidual. → Alteração tóxica: não é tóxica, apenas está ocorrendo um processo inflamatório acentuado que está estimulando excessivamente a medula levando a liberação de células que estão jovens. Por conta disso, iremos visualizar neutrófilos com citoplasma mais basofílico, podendo visualizar grânulos mais azulados. (normal é o citoplasma mais claro) o Coloca no hemograma “presença de neutrófilos com granulação tóxica” o Processo grave – medula não está fazendo divisão Também tem estímulo no compartimento de maturação e armazenamento – para liberação da reserva → Compartimento de armazenamento libera neutrófilos levando a neutrofilia → Podendo sair mais células imaturas levando ao desvio à esquerda (bastonetes e metamielocitos) Granulócitos Os grânulos possuem enzimas e cada tipo de granulócito apresenta um tipo de enzima. → Primários: alfa-defensina, lysozima → Secundários: lactoferrina, hCAP18, lysozima Os tipo de enzima irão varia entre os granulócitos e suas funções específicas Granulocinética Produção e movimentação de granulócitos no organismo, o processo de produção de leucócitos dura em média 7 dias (reduzindo para 3 dias em casos de processo inflamatório). Quando os leucócitos exercem sua função eles são eliminados (tratos digestório, respiratório) e não recirculam. Meia vida: 6-10h Citocinas: liberadas no processo inflamatório e que vão estimular a medula a fazer diferenciação da célula para linhagem mieloide. → IL-1 → IL-3 → IL-6 → GM-CSF → G-CSF Sequência de maturação dos neutrófilos: Mielócito (ultimo a dividir) resulta no metamielócito (que matura), virando bastonete (que matura) virando neutrófilo segmentado (com estrangulamento do núcleo – maturo) Desvio à esquerda: quando temos uma alta de células jovens na circulação. → Até 300 bastonetes é fisiológico Neutrófilos → Lóbulos (segmentos) – varia de acordo com a espécie o 2 a 3 cão / gato o 3 a 4 - bovino/equino o Hipersegmentação: quando tem 5 ou mais lóbulos – indicandoenvelhecimento (mais tempo na circulação do que deveria) o Hiposegmentação: bastonetes – células sem estrangulamento → Grânulos citoplasmáticos o Primários: mieloblasto ou pró-mielócito – grânulos imaturos – citoplasma basofilico o Secundários: mielócito para frente – grânulos maturos – citoplasma mais claro ▪ Neutrófilo, eosinófilo e basófilo Funções neutrófilos Segunda linha de defesa sobre a infecção (fagocitose bacteriana e ação microbicida) 1. Quimiotaxia 2. Aderência no endotélio 3. Diapedese 4. Fagocitose 5. Microbicida 6. exocitose Quimiotaxia: exercida por substâncias que vão exercer atração sobre os neutrófilos – fazendo com que eles saiam dos vasos para realizar ação nos tecidos → Toxinas → Produtos degenerativos – de células que estão sendo degradadas em processo inflamatório → Produtos de coagulação → Produtos complexo- complemento Aderência: Eles devem se aderir ao endotélio dos vasos, através dos receptores E- selectina que vão se ligando aos neutrófilos até a ocorrência da diapedese. Diapedese: ocorre nas junções intercelulares, que o neutrófilo sofre deformação (capacidade de deformabilidade e motilidade) e consegue passar pelo tecido. Fagocitose; Esse neutrófilo faz fagocitose e realizar a morte do microorganismo (morte dependente ou não de oxigênio) → Morte oxigênio dependente (explosão respiratória): Após a realização da fagocitose ocorrem reações dentro do fagolisossomo que irão fazer a morte da bactéria, através de enzimas presentes nos grânulos. o NADPH oxidase: Faz liberação de elétrons gerando ânion superóxido (O2-) e com isso gera peróxido de hidrogênio e a enzima mieloperoxidase irá agir o transformando em hipoclorito que é tóxico ao microorganismo → Morte Oxigênio independente (grânulos lisossomais): Faz fagocitose das bactérias e a lisozima atua no fagossomo fazendo destruição da bactéria. o Degranulação - Resulta da fusão e liberação de conteúdo dos grânulos lisossomais no vacúolo fagocítico. – Resíduos da morte da bacteria necessitam ser retiradas o Exocitose - Descarga extra-celular de conteúdo através da fusão dos vacúolos fagocíticos com a membrana celular. – libera os residuos **corpúsculo de Barr/cromatina sexual – indica que é fêmea Anormalidades morfológicas neutrófilos Neutrófilos maturos e imaturos podem apresentar anormalidades granular e citoplasmática -> por conta de mudanças tóxicas, como: → Severa infecção bacteriana → Septicemia → Condição inflamatória aguda Mielócitos Segmentado Bastonete Hipersegmentado → Extensiva destruição tecidual Alguns exemplos: → Basofilia citoplasmática - retenção de ribossomos e RER: problema na maturação, ocorrendo retenção de organelas – ocorre por conta da maturação rápida – citoplasma era para ser mais claro do que na imagem. → Grânulos tóxicos (grânulos citoplasmáticos primários - estímulo à granulocitopoese em processos infecciosos persistentes): presençados grânulos primários – problema também por ser maturado rapidamente (alteração tóxica) → Corpúsculos de Döhle (inclusões citoplasmáticas - agregação do RER): presença de agregado escuro nas bordas que é retenção de uma porção do retículo endoplasmático – por conta da maturação rápida → Hipersegmentação do núcleo: quando já está envelhecido e não consegue sair- ação de corticoides impede sua saída e ele fica maturando Eosinófilos → Lóbulos: seu núcleo também apresenta segmentações, mas não tanto como os neutrófilos o Bilobulado ou multilobulado → Moderadamente maior que o neutrófilo → A espécie pode ser diferenciada pela forma (grânulos como amora), cor (rosada), tamanho e número de grânulos. → Meia vida intravascular - Menos de 1 h – cão o Quando tem aumento de estímulo para produção de eosinófilos que é que vamos ver eles nos esfregaços Função eosinófilos → Não é um bom fagócito → Libera enzimas o Peroxidase (parasiticida, atividade citotóxica) – importante para fazer degeneração de parasitos, principalmente gastrointestinal o Histaminase (inativa histamina) – presente em processos alérgicos em que há liberação de histamina, e o neutrófilo atua as desativando. Ação parasiticida dos eosinófilos por interação com mastócitos e linfócitos: Parasito ativa os mastócitos presentes nos tecidos que irá liberar substâncias, como histamina e fator de crescimento de eosinófilo, que irá fazer atração de eosinófilos e estimular a medula a produzir mais eosinófilos (aumentando a quantidade na circulação) e ele vai para o tecido exercer a função. Linfócitos também irão estimular a medula a produzir eosinófilos ao secretarem fatores de crescimento de eosinófilo. Basófilo Raramente o encontramos no sangue. Seus grânulos são roxos Função → ativados nas reações inflamatórias hipersensibilidade. → atraem eosinófilos. Produção → Medula óssea: 2,5 dias → Meia vida: 6 hs → Tecidos: 2 semanas Enzimas → Histamina – ajuda na atração de eosinófilos → Bradicinina → Serotonina → Heparina → Substância de reação lenta de anaflaxia Agranulócitos → Monócitos → Linfócitos Monócitos Os monócitos quando se direcionam aos tecidos passam a se chamar macrófagos, onde irõ exercer sua atividade, ao fagocitar ele é ativado ou através de endotoxinas e imuno complexos. Com sua ativação ele passa a secretar substâncias, como interleucina 1 e fator de necrose tumoral e estimulando células endoteliais e fibroblastos a liberarem fatores estimulantes de colônia (GM e M) que irão agir na medula estimulando a produção de mais leucócitos. Produção → Tempo médio de liberação - 2 a 2,5 dias. → Trânsito mais curto na medula óssea do que os neutrófilos: o 1 a 2 dias o Não existe pool de estoque – vao maturando e indo para circulação → Eles tem vacúolos nos citoplasmas Função monócitos Limpeza e defesa - Remoção fagocitária de restos celulares. → Hemocaterese. – fagocitose de hemácias velhas → Secreção de citocinas – que estimulam a medula óssea → Regulam a hematopoiese – armazenam o ferro e liberam quando necessário para produção de novas hemácias → Segunda linha de defesa sobre a infecção Existem macrófagos que são residentes dos própriostecidos (langerhans, micróglias, osteoclasto) Linfócitos → Tem origem na linhagem linfóide – dando origem a linfócitos B e T o B: pode maturar na medula ou ser liberado imaturo e terminar maturação em linfonodos e baço ▪ Aves: Bursa de fabricius o T: acaba de maturar no timo Função → Linfócitos T: ativação de fagócitos, morte de células infectadas e auxílio para as células B → Linfócitos B: transformados em plasmócitos que farão produção de anticorpos Distribuição → No sangue 50 a 70% são linfócitos T → Distribuídos nos tecidos linfáticos → Podem circular fora do sangue periférico e retornar – recirculação – volta pela circulação linfática até a circulação sanguínea Morfologia Célula arredondada com núcleo grande e poucocitoplasma > basofilia quando reativo > granular – organelas – não comum Anormalidades Morfológicas dos Linfócitos → Linfócitos atípicos / reativos: grânulos citoplasmáticos arroxeados Número 2: monócito - apresenta vacúolos → Linfócitos atípicos / reativos: basofilia citoplasmática – normal é o citoplasma claro Aula 3 - leucograma Fazer interpretação de parâmetros leucocitários, analisando valores relativos e absolutos do perfil leucocitário e as Informações sobre a morfologia dos leucócitos. Interpretação dos Parâmetros Leucocitários → Variação fisiológica → Inter-espécie e intra-espécie → Morfologia das células → Coleta da amostra → Influência da idade – aumento ao nascimento redução 2-12 → História e exame clínico – completam os resultados laboratoriais Alguns termos que iremos utilizar: → Leucocitose - sufixo citose (cytosis) e filia (philia) – aumento de leucócitos → Leucopenia – penia – redução de leucócitos → Leucocitoses são mais comuns e sinal menos grave Vamos ter o local de armazenamento (pool) e a ordem de liberação será sempre as mais maduras primeiro, havendo alterações em caso de alto estímulo, que acaba liberando jovens junto. Concentrações Anormais de Leucócitos Com a liberação de células jovens teremos os chamados desvios (esquerda e direita) → Esquerda: liberação de células mais jovens, normalmente bastonetes mas pode aparecer seus precursores → Direita: hipersegmentado Demanda imediata de células > Pool marginal > circulante > reserva > ↑ granulopoiese e liberação acelerada (desvio à esquerda) Desvio à Esquerda → Até 300 bastonetes é fisiológico (< 300 bast/ L) → Ocorre quando há alta demanda funcionalde neutrófilos nos tecidos, levando a alta liberação de neutrófilos imaturos – desvio a esquerda Regenerativo: quando consegue liberar mais maturos que imaturos → Leucocitose → Neutrofilia → Quantidade de neutrófilos segmentados é maior que bastonetes Degenerativo: medula não está dando conta de maturar os leucócitos → Bastonetes em maior quantidade que neutrófilos segmentados → Leucopenia, normal ou leucocitose (rara) Desvio à Direita → Neutrófilos hipersegmentados em grande número → Tempo na circulação aumentado por ação de glicocorticóides que reduzem a adesão dos neutrófilos no endotélio do compartimento marginal, fazendo com que fique na circulação mais tempo – regulação inibitória moléculas de adesão Leucocitoses Causas → Fisiológica (distribuição intravascular) – distribuição dos leuccitos na circulação o Liberação de adrenalina – stress agudo desfaz aderência da marginal o Corticosteróide – stress crônico desfaz adesão marginal → Reativa (produção - liberação - ingresso tecidual) – estimulopara aumentar produção na medula o Infecção estabelecida local ou sistêmica – libera citocinas → Proliferativa (produção) – problema na M.O. o Leucemias – aumenta produção de 1 linhagem Resposta à adrenalina: Tira aderência de linfócitos e neutrófilos do endotélio, aumentando número circulante Aumentando o número de leucócitos totais → Neutrofilia → linfocitose Resposta ao corticosteroide (fisiológico ou patológico) Não é tão fisiológico sendo mais por estresse crônico → neutrofilia: tira aderência e fica circulante → linfopenia: é tóxico para linfócitos, corticoide é utilizadoinclusive em doenças autoimunes → eosinopenia: impede saída da medula óssea → monocitose cães: sem explicação → desvio à direita: hipersegmentaçõ por aumento de tempo na circulação → “Leucograma de estresse”: ação do corticoide Leucocitose Reativa Causas → Inflamação / Necrose tecidual – liberação de citocinas → Doenças imuno-mediadas: o Inflamatória- artrite reumatóide o Não inflamatória - anemia hemolítica auto-imune → Tumores - liberação de citocinas → Ocorre com ou sem desvio à esquerda: pode ter aumento ou não de células imaturas → O grau da leucocitose varia com a espécie (relativa à taxa N:L) → Inversão da taxa em bovino - branda resposta inflamatória Reação Leucemóide Aumenta muito leucócito total e geralmente apenas uma linhagem, assim como na leucemia → Leucocitose inflamatória intensa: o Contagem absoluta de um tipo de leucócito (neutrofilia inflamatória intensa); o Desvio à esquerda regenerativo; o Lesões supurativas locais: ▪ piometra canina ▪ pleurite ou pitórax ▪ peritonite ▪ prostatite ▪ pneumonia O desvio a esquerda ao lado é do tipo regenerativo, vemos que o numero de neutrófilos segmentados ainda é maior que o de bastonetes Mecanismos das Neutrofilias → Aumento da liberação na medula óssea → Retirada da adesão do compartimento marginal – redução ingresso tecidual → Inflamação aguda – alta demanda de produção Acabam caindo na urina e não são reabsorvidos e não gerando estímulos para produção de mais e assim não tem neutrofilia Ou no casos de mediadores no SNC, que não tem acesso à medula óssea → Neutrofilia inflamatória crônica: o hiperplasia granulocítica – já está dando tempo de maturar mais → Neutrofilia fisiológica: o Adrenalina:tira aderência da marginal para circulante → Neutrofilia por esteróides: - retira a aderência da marginal mas movimenta a parte de estoque na medula causando neutrofilia o Estresse o Hiperadrenocorticismo o terapia Linfocitose → Linfocitose inflamatória crônica - estimulação crônica por antígeno → Linfocitose fisiológica – adrenalina – libera adesão compartimentomarginal → Linfocitose linfoproliferativa – aumento da linhagem → Leucose bovina – aumento de linfócitos Eosinofilia → Parasitismo* - liberam enzimas que matam parasitos TGI → Condições alérgicas* - inativam histamina → Doenças em certos tecidos corporais ou órgãos ricos em mastócitos: (pele; pulmão; útero; intestino) → Neoplasias de mastócitos – mastócitos liberam histamina que é quimiotatico para eosinofilos → Leucemia eosinofílica Basofilia → Geralmente associada com eosinofilia o Alergias o Parasitas o Neoplasias → Leucemia basofílica Monocitose → Corticosteróides em cães – leucograma de estresse → Processo inflamatório crônico – citocinas estimulam sua produção → Leucemia monocítica Leucopenias Por neutropenia e linfopenia → Neutropenia o Infecções bacterianas agudas (endotoxemia, peritonite aguda, pneumonia aspiração) – migrando para os tecidos e ainda não teve tempo de liberar novos → Linfopenia o Infecções virais (Cinomose) Mecanismos das Neutropenias Lesão Inflamatória grave – aguda – neutropenia Soma todos os imaturos resultando em 800 – desvio a esquerda degenerativo → Neutropenia inflamatória: o Infecção bacteriana hiperaguda (horas após a introdução do agente) ▪ Sobrevivência reduzida dos neutrófilos na circulação ▪ Neutrófilos liberados do CAN ▪ Estimulação M.O. por citocinas: mínimo 2 dias o Doença inflamatória aguda ▪ Pneumonia por aspiração o Bovinos adultos ▪ Não tem compartimento reserva tendo suprimento limitado – mais facilter neutropenia → Neutropenia por endotoxemia: o Faz que fiquem aderido reduzindo circulantes → Secundária a produção reduzida: o Infecções virais (FELV, Parvovirose) o Infecções por riquétsias (Ehrlichiose canina) o Toxicidade por drogas ( estrógeno, agentes quimioterápicos) o Radiação Esses levam a Mieloptise – redução das linhagens na MO → Produção inefetiva ou diminuída– neutropenia imunomediada, resultando na sobrevivência reduzida – anticorpos contra precursores o Sem desvio à esquerda – degenerativo quando Ase tem o Compartimento de estoque normal Linfopenia → Glicocorticóides (linfopenia de estresse) o Efeitos linfotóxico → Linfopenia por depleção – ruptura de vaso linfático e perda da linfa o Efusão linfóide (quilotórax) → Hipoplasia ou aplasia linfóide – redução da produção o Drogas imunossupressivas o Radiação o infecções virais Eosinopenia → Glicocorticóides o estresse crônico (glicocorticóides endógenos); o hiperadrenocorticismo; o administração de esteróides → Estresse agudo (adrenalina) → Hipoplasia ou aplasia medular Bovino não tem compartimento reserva, então mede o fibrinogenio
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