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Campo de estudo da psicologia e 
comportamento organizacional
Ana Alice Reis Pieretti 
Introdução
A Psicologia Organizacional (PO) é um campo de atuação bastante amplo, com uma especial 
preocupação em colaborar com os indivíduos inseridos no ambiente organizacional. 
Nesta aula, entenderemos que a construção da PO teve a contribuição de diversas discipli-
nas, além das teorias da psicanálise, psicodrama e da análise do comportamento.
Objetivos de aprendizagem
Ao final desta aula, você deverá ser capaz de:
 • identificar as atividades da Psicologia na organização;
 • identificar as disciplinas que contribuem para o estudo do comportamento 
organizacional.
1 A diferença entre instituição, organização e grupo
Antes de aprofundarmos nosso conhecimento no campo da Psicologia Organizacional, é 
essencial entendermos a diferença entre instituição, organização e grupo, conceitos que acompa-
nharão nossos estudos.
A instituição caracteriza-se como uma estrutura cognitiva, normativa e reguladora, que esta-
belece sentido para o comportamento da sociedade em geral, ou seja, trata-se de um guia ético e 
moral necessário para que as pessoas convivam com regras (BOCK; FURTADO; TEIXEIRA, 2008). 
Assim, ela se configura, enquanto valores e regras sociais, reproduzida no cotidiano da sociedade, 
sem que, muitas vezes, seja percebida nas relações. 
Já a organização, no contexto social, reproduz as ideias das instituições, ou seja, é o local 
de prática das normas institucionais. Para Bock, Furtado e Teixeira (2008, p. 217), a organização 
“pode ser um complexo organizacional [...] ou pode estar reduzida a um pequeno estabelecimento”. 
Entidades como igrejas, empresas e creches são consideradas organizações.
EXEMPLO
Em uma organização escolar, pode haver uma reprodução de algumas regras 
sociais, como o respeito à hierarquia, que consiste em um valor institucional.
Figura 1 – Organização 
Fonte: Dragomer Maria/Shutterstock.com
O grupo, por sua vez, é um elemento complementar da dinâmica social. A função do grupo 
é seguir as regras e promover os valores institucionais, podendo reproduzir ou reformular estas 
regras. Além disso, ele também exerce a função de ser responsável pela produção no contexto das 
organizações (BOCK, FURTADO & TEIXEIRA, 2008).
Assim, as instituições consistem em valores e normas sociais, que são aplicados nas orga-
nizações, e os grupo complementam essa dinâmica social, por isso que, muitas vezes, é difícil 
perceber a diferença dos três conceitos de maneira clara.
No próximo tópico, entenderemos sobre a interdisciplinaridade da Psicologia Organizacional. 
Acompanhe!
2 Interdisciplinaridade no estudo da 
Psicologia Organizacional
A Psicologia Organizacional é voltada para a aplicação dos princípios teóricos da Psicolo-
gia no contexto das organizações (SPECTOR, 2010). Assim, segundo Zanelli, Bastos e Rodrigues 
(2014), as perspectivas de análise desta área foram construídas a partir de três elementos:
 • das demandas sociais das organizações, do mundo do trabalho e da gestão;
 • do conhecimento científico da Psicologia, em geral, e do campo da PO, em particular;
 • dos resultados das interações entre os conhecimentos científicos e a atuação profis-
sional, formando uma identidade própria para a disciplina.
FIQUE ATENTO!
Psicologia Industrial foi a primeira nomenclatura da Psicologia Organizacional. Sur-
gida na época da Revolução Industrial, a disciplina apresentou resultados promis-
sores no contexto organizacional.
A construção histórica da Psicologia Organizacional (PO) teve a influência de diversas áreas. 
No início do seu desenvolvimento, o objetivo da disciplina era, principalmente, a seleção de funcio-
nários e o uso de testes psicológicos, assim ela foi influenciada pela Psicologia Experimental, cujo 
objeto de estudo é o comportamento observável (SPECTOR, 2010).
Figura 2 – Seleção de pessoas
Fonte: phipatbig/Shutterstock.com
FIQUE ATENTO!
A Psicologia Organizacional foi construída a partir de duas preocupações centrais: 
o trabalho e a organização.
A Engenharia também influenciou a PO. No fim do Século XIX e início do Século XX, o enge-
nheiro Frederick Winslow Taylor estudou sobre a produtividade dos funcionários, estabelecendo 
o que foi chamado de Administração Científica, ou seja, uma abordagem pra manejar operários. 
Assim, a contribuição deste estudo, consiste em diversos princípios que guiam as práticas organi-
zacionais, conforme quadro a seguir. 
Quadro 1 – Princípios das práticas organizacionais
Cada trabalho deve ser atentamente analisado, para que o modo otimizado de executar as tarefas 
possa ser especificado.
Os funcionários devem ser selecionados (contratados) de acordo com as características relacionadas 
ao desempenho no trabalho.
Os gerentes devem estudar os funcionários para descobrir quais características pessoais 
são importantes.
Os funcionários devem ser cuidadosamente treinados para executar suas tarefas.
Os funcionários devem ser recompensados por sua produtividade para incentivar a melhoria 
do desempenho.
Fonte: adaptado de SPECTOR, 2010.
Além disso, ainda no campo da Administração Científica, o trabalho desenvolvido por Lillian 
Molle Gilberth e Frank Bunker Gilberth, com o estudo do tempo e movimento, que consistia em 
medir e sincronizar as ações executadas, para melhorar o desempenho em tarefas, influenciou a 
PO a aperfeiçoar as técnicas para melhoria do desempenho dos funcionários (SPECTOR, 2010).
SAIBA MAIS!
Para aprofundar seus conhecimentos sobre o tema, leia o capítulo Campo 
profissional do psicólogo em organizações e no trabalho, da obra “Psicologia, 
organizações e trabalho no Brasil”.
Durante as duas grandes Guerras Mundiais, as Forças Armadas precisaram de psicólogos 
organizacionais para selecionar os soldados para postos que condiziam com seus perfis pessoais 
e profissionais. Nesse sentido, houve uma aplicação em massa de testes para colocação profis-
sional, o que impulsionou o campo da PO, de maneira que empresas de grande porte passaram a 
contratar profissionais desta área para atender as demandas organizacionais (SPECTOR, 2010).
Assim, com a atuação dos psicólogos organizacionais nas indústrias, houve também um 
aumento nas pesquisas da área, como os estudos de Hawthorne, que modificaram quais seriam 
as preocupações principais dos psicólogos organizacionais. Por meio de um experimento sobre a 
influência da iluminação em relação ao desempenho dos participantes, os pesquisadores perce-
beram que o fato de estarem realizando um procedimento, influenciava o desempenho dos funcio-
nários. Esta descoberta foi chamada de efeito Hawthorne (SPECTOR, 2010).
 Agora, que já conhecemos as disciplinas que contribuíram para o desenvolvimento da PO, 
veremos a partir de que perspectivas ela compreende seus estudos. Acompanhe!
3 Perspectivas pelas quais a Psicologia 
Organizacional compreende seus estudos
O campo de estudo da Psicologia, a partir das suas descobertas em relação às ações, pen-
samento e emoções do ser humano, por meio de suas diferentes escolas, traz muitas contribui-
ções para o contexto organizacional. Bergamini (2015) aponta três teorias atuais pelas quais a 
Psicologia Organizacional compreende seus estudos: psicanalista; psicodramática; e análise do 
comportamento. 
A psicanálise, desenvolvida por Sigmund Freud, deixou como contribuição para os estudos 
da PO, a compreensão de que os instintos e emoções energizam o comportamento humano. Além 
disso, a escola trouxe a teoria do aparelho psíquico, que apresenta duas principais divisões. A pri-
meira são os níveis de consciência: consciente, que armazena os fatos presentes; pré-consciente 
(psiquismo), onde estariam armazenados os fatos que exigem esforço para serem lembrados; e 
inconsciente, que armazena ocorrências traumáticas, das quais a pessoa não lembra tão facil-
mente. Já a segunda trata dos conteúdos psicológicos: ego, maneira de agir com o mundo, local 
onde estão as defesas psíquicas; superego, valoresmorais, normas e regras sociais ensinados na 
infância; e o “id”, que são os desejos sexuais reprimidos (BERGAMINI, 2015).
Figura 3 – Sigmund Freud
Fonte: vkilikov/Shutterstock.com
Assim, as contribuições da psicanálise auxiliam a PO a atuar em atividades que compreendam as 
ações dos funcionários relacionadas a diversas questões, como insegurança, autoridade e liderança. 
FIQUE ATENTO!
Outras teorias, como a cognitiva, gestalt, humanismo etc., a partir de seus desenvol-
vimentos teóricos, também influenciam a Psicologia Organizacional.
O psicodrama, de Jacob Levy Moreno, trouxe para os estudos da PO o conceito de papéis, 
que são estruturas inatas e experiências vividas, das quais são incorporadas ao psiquismo. Para 
o psicodrama, os papéis são os comportamentos que tornam as pessoas singulares. Assim, é 
possível que a PO reconheça os papéis das pessoas dentro da organização e atue para que elas 
estejam inseridas nos cargos e ambientes adequados (BERGAMINI, 2015).
EXEMPLO
Em uma seleção para um cargo de gerência, a partir de uma dramatização, o se-
lecionador percebe que um dos candidatos apresenta papel de líder em diversos 
momentos, e, a partir disto, consegue tomar a decisão de contratá-lo.
Em relação à análise do comportamento, proposta por Burrhus Frederic Skinner, a maior con-
tribuição está na compreensão sobre a influência do que acontece depois do comportamento 
(ação), que pode aumentar (ou diminuir) a chance de que ele ocorra (ou não) novamente. 
Assim, quando pretende aumentar a chance de que o comportamento se repita, ou seja, 
para ampliar a possibilidade de um funcionário realizar alguma ação, a PO atua com o conceito de 
reforço, que pode ser utilizado por meio de recompensas. Por exemplo, quando os funcionários 
chegam dentro do horário combinado, eles ganham pontos que serão trocados por prêmios (BER-
GAMINI, 2015). 
SAIBA MAIS!
Para saber mais sobre a influência de uma das teorias atuais nas organizações, 
leia o artigo “Psicologia Organizacional e a Análise do Comportamento”. 
Acesse: <http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S2176-
106X2009000200007>.
Assim, a PO tem acesso a diferentes teorias e muitas contribuições para desenvolverem seu 
trabalho de maneira efetiva.
Fechamento
Encerramos o tema sobre o campo de estudo da Psicologia Organizacional. Aqui, você pôde 
compreender sobre as questões que envolvem a atuação da Psicologia no ambiente organizacional.
Nesta aula, você teve a oportunidade de:
 • conhecer a definição de instituição, organização e grupo;
 • reconhecer as influências para a construção da Psicologia Organizacional;
 • entender as perspectivas do estudo da Psicologia Organizacional.
Referências 
BERGAMINI, Cecília. Psicologia aplicada à administração de empresas: psicologia do comporta-
mento organizacional. 5. ed. São Paulo: Atlas, 2015. 
BOCK, Ana Maria Barbosa; FURTADO, Odair; TEIXEIRA, Maria de Loudes Trassi. Psicologias: uma 
introdução ao estudo da Psicologia. São Paulo: Editora Saraiva, 2008. 
FRANCESCHINI, Ana. Psicologia organizacional e a análise do comportamento. TransFormações 
em Psicologia (Online), v. 2, n. 2, p. 114-125, 2009. Disponível em: <http://pepsic.bvsalud.org/scielo.
php?script=sci_arttext&pid=S2176-106X2009000200007>. Acesso em: 14 nov. 2016.
SPECTOR, Paul E. Psicologia nas organizações. 3. ed. São Paulo: Saraiva, 2010. 
ZANELLI, José Carlos; BASTOS, Antônio Carlos Bittencourt; RODRIGUES, Ana Carolina Aguiar. 
Psicologia, organizações e trabalho no Brasil. 2. ed. Porto Alegre, Artmed, 2014.

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