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LIGUAGENS DE CLASSIFICAÇÃO II 
AULA 1
Classificação 
Decimal de 
Dewey 
Abertura 
Olá!
Dentre as atividades desempenhadas pelos bibliotecários, a classificação se destaca. 
Nas bibliotecas, utiliza-se algum Sistema de Classificação Bibliográfica (SCB). Sistemas esses 
que permitem a definição de relações e notações entre os itens do acervo, facilitando a busca e a 
recuperação do item. 
Os sistemas de classificação mais utilizados mundialmente são: a Classificação Decimal de 
Dewey (CDD) e a Classificação Decimal Universal (CDU).
Nesta aula, vamos conhecer a Classificação Decimal de Dewey, seu histórico, princípios 
e aplicações.
BONS ESTUDOS!
Referencial Teórico 
A CDD organiza todo o conhecimento em dez classes principais que, excluindo a primeira (000 
Computadores, informação e referência geral), prosseguem do metafísico (filosofia e religião) ao 
mundano (história e geografia). A inteligência da CDD está na escolha de números decimais para 
suas categorias; isto permite que o sistema seja ao mesmo tempo puramente numérico e 
infinitamente hierárquico. Utiliza alguns mecanismos de uma classificação facetada, combinando 
elementos de diferentes partes da estrutura para construir um número representando o assunto 
do conteúdo (frequentemente combinando dois elementos de assuntos juntando números que 
representam áreas geográficas ou épocas) e sua forma, em vez de extrair a representação de 
uma única lista contendo cada classe e seu significado.
Faça a leitura selecionada para esta aula e, ao final, você será capaz de:
• Conhecer o contexto histórico da criação e do desenvolvimento da Classificação Decimal de
Dewey.
• Compreender as principais características da DDD
• Entender o funcionamento da CDD.
BOA LEITURA!
82
Conteúdos 
• Melvil Dewey: contribuições para a Biblioteconomia contemporânea.
• CDD: estrutura, atualizações e funcionamento.
• Sistema de notação CDD.
• Princípio de divisão hierárquica do esquema principal.
• Principais regras de utilização da CDD para a classificação de documentos
e assuntos diversos.
• Estrutura e uso das tabelas auxiliares.
• Estrutura e uso do índice alfabético.
CLASSIFICAÇÃO DECIMAL DE DEWEY (CDD)
83
1. INTRODUÇÃO
No dia 10 do mês 10 de 1851, segundo o calendário 
romano antigo, nasceu Melvil Louis Kossuth Dewey (10/12/1851 
no calendário gregoriano): "[...] um dia apropriado, sem dúvida, 
para o criador de uma classificação decimal" (CHAN et al., 2000, 
p. 2, tradução nossa).
Com pouco mais de vinte anos, trabalhando como 
bibliotecário no Amherst College e após avaliar cerca de 50 
bibliotecas nos Estados Unidos, Dewey publicou em 1876 seu 
sistema inicialmente chamado A Classification and Subject Index 
for Cataloguing and Arranging the Books and Phamphlets of a 
Library (DEWEY, 1876). O sistema possuía no total 42 páginas, 
sendo 10 com esquema de assunto e 18 de índice.
Depois de meses de estudo, em um domingo, durante um 
sermão do Pres. Sterns, enquanto eu o olhava fixamente sem 
prestar atenção, com a mente fixa em um problema, a solução 
me chegou de repente. Saltei do meu banco e quase gritei 
"Eureka"! Era simplicidade pura, usar os números mais comuns 
conhecidos, os números arábicos como decimais, com o 
significado comum de zero, para numerar todo o conhecimento 
humano publicado [...] (DEWEY, 1920, p. 152 apud CHAN et al., 
2000, p. 3, tradução nossa).
 O sistema se difundiu no mundo todo e mais tarde ficou 
conhecido como Classificação Decimal de Dewey (CDD) pelo uso 
da notação decimal, ou seja, os números arábicos são tratados 
como frações decimais e não como valores inteiros. Mas o uso 
do sistema decimal em bibliotecas não era exatamente uma 
novidade, pois já havia sido utilizado por William T. Harris 
(MOYANO GRIMALDO, 2014).
Dewey inovou ao propor que os livros fossem classificados 
uma única vez, por meio de uma notação de assunto aplicada ao 
84
conteúdo intelectual da obra e não à estante, o que possibilitou 
a organização relativa.
Nesta unidade, entraremos no denso universo da CDD, 
explorando sua história e seus recursos básicos de classificação 
de assunto. Vamos lá? Mantenha-se motivado!
2. CONTEÚDO BÁSICO DE REFERÊNCIA
O Conteúdo Básico de Referência apresenta, de 
forma sucinta, os temas abordados nesta unidade. Para sua 
compreensão integral, é necessário o aprofundamento pelo 
estudo do Conteúdo Digital Integrador. 
2.1. A CLASSIFICAÇÃO DECIMAL DE MELVIL DEWEY
Até Dewey, as bibliotecas separavam os livros por assunto 
indicando os temas nas estantes ou salas. Nas universidades, 
por exemplo, a organização do acervo seguia a mesma divisão 
do currículo dos cursos (BURKE, 2003). Mas nenhum tratamento 
de assunto era aplicado ao próprio livro, que costumavam ser 
guardado por tamanho ou cor nas prateleiras. A Classificação 
Decimal de Dewey (CDD) permitiu poupar trabalho, pois os 
livros seriam classificados uma única vez, e a divisão de assuntos 
poderia ser utilizada em várias bibliotecas.
Dewey baseou-se no sistema do editor italiano Natale 
Battezati e na classificação de William T. Harris para a St. Louis 
Public School Library, assim como foi influenciado pela divisão 
de Francis Bacon Memória-Imaginação-Razão (BARBOSA, 1969; 
MOYANO GRIMALDO, 2014). Ele subdividiu o conhecimento em 
dez grandes classes, alocando os assuntos mais gerais na classe 
85
000. O esquema a seguir mostra a linha de raciocínio de Dewey
para dividir o conhecimento (primeiro sumário):
000 Generalidades 
Razão 
100 Filosofia  Quem eu sou? 
200 Religião  Quem me criou? 
300 Ciências sociais  Quem é o homem ao lado? 
400 Linguística  Como esse homem pode me entender? 
500 Ciências puras  Como posso entender a natureza? 
600 Ciências aplicadas  Como usar o que eu sei sobre a natureza? 
Imaginação  700 Arte 
Como aproveitar meu tempo livre? 
800 Literatura  Como contar os feitos heroicos? 
Memória  900 Geografia/Biografia/História  Como deixar um registro para o futuro? 
Cada classe foi subdivida em dez, gerando 100 subclasses 
(segundo sumário), as quais também foram divididas em dez, 
gerando mil subdivisões (terceiro sumário). A partir daí foram 
sendo subdivididas conforme a especificidade de cada assunto, 
seguindo o princípio da sequência útil, ou seja, os assuntos 
são divididos do geral ao particular, criando uma gradação 
(BARBOSA, 1969). O objetivo é cobrir todo o universo do 
conhecimento.
Atualmente, a CDD é o sistema mais utilizado no mundo, 
estando na sua 23. ed. (2011), com mais de 4.000 páginas! 
Conta, também, com a edição abreviada, para bibliotecas 
com até 20.000 títulos e com o formato eletrônico, conhecido 
como Web Dewey. O sistema é desenvolvido e mantido pela 
Biblioteca do Congresso dos Estados Unidos, na Seção Dewey, 
e publicado a cargo do Online Computer Library Center (OCLC), 
que possui os direitos autorais da obra. 
Não existe tradução da CDD para a Língua Portuguesa, as 
bibliotecas brasileiras costumam utilizar a edição em inglês.
86
Estrutura e organização da CDD 21. ed.
Para esta Unidade 3, foram utilizadas a 21. ed. e a 23. ed. 
da CDD, ambas publicadas em quatro volumes (DEWEY, 1996; 
2011):
• Volume 1: Introdução, descrição geral com exemplos e
Tabelas Auxiliares 1—7.
• Volume 2: esquemas 000—599.
• Volume 3: esquemas 600—999.
• Volume 4: índice relativo, manual etc.
As tabelas auxiliares apresentam aspectos e subdivisões
que podem ser utilizados para completar os assuntos dos 
esquemas 000-999, mas apenas quando permitido. As tabelas 
são:
• T1: subdivisão padrão (ou standard).
• T2: áreas geográficas, períodos históricos e pessoas.
• T3: subdivisões para artes, literatura individual e formas
literárias específicas.
a) T3-A: subdivisões para obras de ou sobre autores
individuais.
87
b) T3-B: subdivisões para obras de ou sobre mais de um
autor.
c) T3-C: notações para acrescentar aos esquemas 700.4,
791.4 e 800-809, quando instruído na T3-B.
• T4: subdivisões de línguas individuais.
• T5: grupos étnicos e nacionais.
• T6: linguagem.
• T7: pessoas.O volume 1 traz, também, as realocações e reduções, ou
seja, indica quando um assunto foi trocado de lugar ou alterado, 
para ajudar o bibliotecário a compreender as mudanças entre 
a edição corrente e a edição anterior. Em vez de apenas tirar a 
notação de lugar, a CDD explica as trocas ocorridas.
No esquema de assunto, ou tabela principal, estão 
todas as divisões organizadas hierarquicamente, junto com as 
devidas instruções de uso para cada caso (volumes 2 e 3). É 
muito importante lembrar que, além de verificar a notação, é 
necessário ler as notas e instruções.
Além das notas, há o manual de uso geral da CDD (volume 
4). A diferença entre essas instruções é que as notas indicam o 
que deve e pode ser acrescentado aos assuntos; já o manual 
contém os procedimentos básicos para classificar.
O Índice Relativo traz os principais assuntos em ordem 
alfabética e serve de base para a consulta quando não se sabe 
onde encontrar uma notação no esquema ou tabelas auxiliares. 
Para o assunto hospital, por exemplo, veremos várias notações, 
devendo identificar sob qual ponto de vista ele é tratado (OCLC, 
2017):
88
Hospitals 362.11
Accounting 657.832 2
American Revolution 973.376
animal husbandry 636.083 21
Architecture 725.51
O Índice Relativo é um guia e não deve ser utilizado para 
classificar; depois de consultá-lo, busque sempre a notação no 
seu local correto, pois lá ela pode estar acompanhada de notas.
Notação
A notação da CDD é pura e usa algarismos arábicos para 
representar os assuntos. A notação deve ter no mínimo três 
dígitos (GUARIDO, 2008); se possuir mais de quatro, deve-se 
colocar um ponto (.) entre o terceiro e o quarto número. Esse 
ponto não tem significado, serve apenas para facilitar a leitura. 
Depois do sexto dígito, pode-se dar um espaçamento a cada três 
números. Por exemplo: 
• Hospitais na Segunda Guerra Mundial: 940.547 6
A CDD é uma classificação estruturada e hierárquica. Todos
os assuntos são parte ou gênero dos assuntos que estão acima, 
princípio que ficou conhecido como “força hierárquica”. Os 
dígitos da notação expressam a quais assuntos as subdivisões 
estão subordinadas, revelando a hierarquia. O primeiro dígito 
indica a classe principal, o segundo indica a divisão e o terceiro, 
a seção. Por exemplo:
600 Tecnologia (ciências aplicadas)
630 Agricultura e tecnologias relacionadas
636 Criação de animais
636.7 Cães
636.8 Gatos
89
Tecnologia (ciências aplicadas) é um termo mais amplo 
(maior extensão). Cãos e gatos estão subordinados à criação de 
animais e são mais específicos que este (maior intensão). Cãos 
e gatos são termos coordenados, pois possuem o mesmo nível 
hierárquico.
No esquema, cada página é formada por entradas, ou 
seja, um número ou conjunto de números mais um cabeçalho 
e, se necessário, notas. A CDD traz mais de 23.000 entradas no 
esquema e mais de 8.000 nas tabelas auxiliares. Do lado esquerdo 
da página ficam os números e do lado direito, os cabeçalhos, ou 
seja, a apresentação verbal do assunto. As entradas principais 
aparecem em negrito e com fonte maior.
Nas subdivisões dos assuntos, a notação base é suprimida, 
constando apenas os números que subdividem o assunto. Veja 
no exemplo a seguir:
378 Educação superior
Classifique educação especial no ensino superior em 371.9 
 .001 Filosofia e teoria
 .002 Miscelânea
 .002 5 Diretórios
 .003—.008 Outras subdivisões padrão
 .009 Tratamento histórico e geográfico
Classifique tratamento por continente, país e localidade no 
mundo moderno em 378.4—378.9
 .01 Objetivos
Como devemos proceder na leitura do esquema anterior? 
Abaixo de 378, todas as entradas dizem respeito, ou seja, são 
subdivisões de educação superior. Assim, onde vemos .001, 
essa entrada na verdade significa filosofia e teoria na educação 
90
superior. A notação ficará 378.001. O assunto .01 significa 
objetivos da educação superior (378.01). As notações e os 
cabeçalhos iguais não são repetidos por economia de espaço.
Você reparou no conjunto de números .003—.008? 
Atenção: não ficará 378.003—.008! A CDD está dizendo que 
os assuntos entre .003 e .008 devem ser procurados na Tabela 
1 Subdivisão padrão. Toda vez que houver um conjunto de 
números separados por um travessão significa que se deve fazer 
um procedimento com os números desse intervalo, não se usa o 
travessão para classificar.
Veja, também, que há notas junto do esquema. A CDD 
utiliza notas diversas, que sempre devem ser seguidas na hora 
de classificar. Algumas vezes as notas aparecem logo abaixo 
da entrada, outras, são indicadas com um asterisco (*), sendo 
necessário olhar o rodapé da página. 
As notas de referência Ver e Ver também auxiliam na 
busca da notação ideal e aparecem sempre em itálico. A nota 
Ver indica partes subordinadas do assunto que estão em outros 
locais da estrutura ou o assunto do ponto de vista de outra área 
do conhecimento. A nota Ver também indica assuntos que são 
relacionados.
584.3 Liliidae
Classifique aqui Liliales, lírios
For Orchidales, Ver 584.4
Ver também 583.29 para lírio d'água
Nunca use um número que aparece entre colchetes, pois 
eles não têm validade. Os números entre colchetes podem ser:
• Nunca usados: números que foram deixados vagos para
uma possível inclusão de assunto no futuro.
91
• Números descontínuos: já foram utilizados, mas caíram
em desuso.
• Realocados: números que foram transportados para
outro lugar do esquema.
Dessa forma, ao encontrar a notação a seguir, não a use. 
Utilize o número indicado na nota.
[025.393] Recatalogação
Número descontínuo; classifique em 025.39
Alguns números aparecem entre parênteses, são notações 
opcionais que permitem que as bibliotecas utilizem números 
diferentes dos oficiais, por questões culturais (CHAN et al., 2000). 
Sempre que encontrar um número entre parênteses, leia a nota 
referente a ele para saber se é melhor usar a notação opcional 
ou a oficial. Por exemplo: 
(330.159) Escolas socialistas e relacionadas
(Número opcional; prefira 335)
A síntese
Como vimos na Unidade 1, a síntese é a junção de notações 
para a formação de assuntos. No início, a CDD era puramente 
enumerativa, ou seja, trazia todas as notações já prontas no 
esquema, bastando copiar o número que representava o assunto. 
Com o tempo e por influência de classificações facetadas e 
semifacetadas, o sistema de Dewey agregou o recurso da 
síntese para reunir assuntos ou aspectos e formar notações mais 
específicas e exatas.
92
De modo geral, pode-se utilizar qualquer número do 
esquema com a Tabela 1, a menos que tenha uma nota proibindo. 
O uso das demais tabelas deve ser feito apenas quando indicado 
nas notas, para intervalos de números específicos. 
O número a ser desenvolvido chama-se número base. 
Algumas vezes as notas mandam utilizar apenas parte do número 
como base, o que veremos mais à frente.
Ao fazer a síntese, sempre se deve colocar em primeiro 
lugar um número do esquema, depois se acrescenta um número 
da tabela auxiliar. A CDD prescreve uma ordem fixa para os 
números, conhecida como ordem de citação, que veremos no 
final dessa unidade.
Quando indicado, é possível sintetizar dois números do 
esquema. Por exemplo:
070.449 Jornalismo (sob temas específicos)
Adicione ao número base 070.449 notação 001—999
Isso significa que é possível adicionar qualquer número 
do esquema a essa base. Para jornalismo esportivo, procurar 
no esquema o número para esporte (796) e fazer a síntese: 
070.449796.
Outras vezes, deve-se somar um número do esquema e 
parte de outro número do esquema.
377.8 Escolas cristãs
Adicione a 377.8 os números que seguem 28 em 281—289
93
Dessa forma, para formar escola católica romana, copiar 
da notação 282 (Catolicismo romano) apenas o número que vem 
depois de 28, ou seja, 2: 377.82
Tabela 1 : subdivisão padrão
A Tabela 1 recebe este nome porque traz as subdivisões 
mais comuns que podem ser acrescentadas a quase todos os 
números do esquema, exceto se houver uma indicação em 
contrário.Permite acrescentar aspectos secundários (filosofia, 
teoria, educação, investigação, tratamento histórico etc.) e 
as chamadas subdivisões de forma (diretórios, dicionários, 
enciclopédias, manuais etc.). 
A notação da Tabela 1 se inicia com zero (0), o que serve 
para deixar clara a transição entre o número base e a característica 
secundária apresentada. Esse zero é chamado de indicador de 
faceta.
As sínteses com as subdivisões padrão mais comuns já 
aparecem no esquema. No exemplo 378.001, já consta o aspecto 
filosofia e teoria. Portanto, é preciso prestar atenção para não 
ser redundante, ou seja, não repetir uma característica que já 
existe.
Para usar esta tabela, primeiramente deve-se identificar 
qual o tema principal do documento e seu aspecto secundário. 
Depois, encontrar a notação no intervalo 000—999, verificando 
se não é proibido usar a Subdivisão Padrão. Por fim, verificar 
na Tabela 1 a notação apropriada e acrescentar à notação 
selecionada do esquema (CHAN et al., 2000). Exemplo: dicionário 
do Alcorão:
297.122 (Alcorão) + –03 (dicionário) = 297.12203
94
Ao adicionar uma Subdivisão Padrão a uma notação mais 
ampla, terminada em zero, deve-se eliminar os zeros do assunto 
principal, de modo que a notação fique com no mínimo três 
dígitos. Por exemplo: ao juntar 100 (filosofia) e –03 (dicionário), 
o resultado será 100.03? Não, pois devemos “cortar” os zeros de
filosofia, ficando 103.
De modo geral, quando o assunto trouxer mais de uma 
subdivisão, deve-se acrescentar somente uma delas, dando 
prioridade ao aspecto mais importante. A Tabela 1 lista a ordem 
de preferência: 1º método, 2º ponto de vista, 3º forma de 
apresentação, 4º meio ou forma física (CHAN et al., 2000). 
Existem outros detalhes de uso da Subdivisão Padrão, como 
as notas que mandam acrescentar ao número da Tabela 1 alguns 
dígitos do próprio esquema e alguns casos em que são utilizados 
dois zeros (00) entre o assunto e o aspecto a ser adicionado. 
Entretanto, não compensa descrever estes procedimentos agora, 
que serão mais bem compreendidos com a experiência.
Tabela 2: áreas geográficas, períodos históricos e pessoas
Alguns assuntos são estudados do ponto de vista de uma 
localidade, período histórico e pessoas, sendo necessário indicar 
esses aspectos na classificação. Por exemplo: o ensino superior 
no Brasil difere do ensino superior de outras partes do mundo.
As principais divisões da Tabela 2 são:
—001—009 Subdivisões comuns
—01—05 Períodos históricos
—1 Áreas e regiões em geral
—2 Pessoas
—3 Mundo antigo
95
—4 Europa
—5 Ásia
—6 África
—7 América do Norte
—8 América do Sul
—9 Outras partes do mundo, mundo extraterreste, ilhas 
do Pacífico
Para acrescentar uma notação dessa tabela, há dois 
recursos:
• Agregar diretamente ao número do esquema, quando
houver uma nota de adição do tipo "Adicione ao número 
básico a notação da Tabela 2"
• Colocar —09 antes da notação da Tabela 2
Algumas vezes é possível adicionar qualquer número da
Tabela 2 ao número do esquema; outras vezes, só é permitido 
agregar um número de um intervalo específico.
Quando a instrução mandar agregar a notação 
diretamente, basta copiar seu número na frente do número do 
esquema, arrumando a pontuação. Por exemplo: 372.9 (número 
do esquema para educação primária em contexto histórico ou 
geográfico) e —81 (Brasil na Tabela 2) = 372.981.
É comum ter de agregar apenas parte do número da Tabela 
2 (CHAN et al., 2000, p. 106):
063 Organizações gerais na Europa Central e Alemanha
Adicione ao número base 063 os números que seguem 
ao —43 na notação –431–439 da Tabela 2
96
Assim, para Organizações gerais (063) na Polônia (—438), 
teremos que proceder da seguinte forma:
• Procurar Polônia na Tabela 2 = —438
• Copiar apenas o número que vem depois de —43 = 8
• Copiá-lo na frente de 063 = 063.8
É possível colocar —09 ou —091 (da Tabela 1) para
acrescentar notações da Tabela 2, mesmo que não haja instrução 
de inclusão (CHAN et al., 2000). O —09 é utilizado para agregar 
localidades geográficas específicas, já o —091 se usa para colocar 
locais em geral. Para transporte ferroviário no Brasil (localidade 
específica), as instruções mandam proceder da seguinte maneira:
• Número base para transporte ferroviário = 385
• Subdivisão comum da Tabela 1 = —09
• Brasil na Tabela 2 = —81
• A notação será = 385.0981
Outras vezes, quando instruído, é necessário colocar
apenas o zero (0) entre as notações, que serve como indicador 
de faceta (CHAN et al., 2000). Para relações exteriores entre 
Estados Unidos e Brasil, temos:
• Número para relações exteriores: 327
• Estados Unidos na Tabela 2: —73
• Indicador de faceta: 0
• Brasil na Tabela 2: —81
• A notação será = 327.73081
Após o uso da notação da Tabela 2 é possível colocar,
também, notações da Tabela 1, desde que não haja instrução em 
contrário ou a informação fique repetida. Por exemplo: 
97
• Educação primária em contexto histórico ou geográfico
= 372.9
• Brasil na Tabela 2 = —81
• Publicações periódicas = —05
• Revistas sobre educação primária no Brasil = 372.98105
Tabela 3: subdivisões para obras literárias
Esta tabela é utilizada com o intervalo 810—890 do 
esquema para acrescentar aspectos particulares da literatura 
de línguas individuais, quando houver nota de inclusão indicada 
por asterisco (*). Na classe 800, o intervalo 800—809 trata de 
generalidades da literatura, como retórica, filosofia, pesquisa, 
história etc. As outras principais subdivisões são:
• 810 Literatura norteamericana.
• 820 Literatura inglesa.
• 830 Literatura de línguas germânicas (alemão).
• 840 Literatura de línguas romances (francês).
• 850 Literatura de línguas italiana, romana etc.
• 860 Literatura de línguas espanhola e portuguesa.
• 870 Literatura de línguas itálicas.
• 880 Literatura de línguas helênicas (grego clássico).
• 890 Literatura de outras línguas.
A T3 é subdividida em três partes:
• T3-A: obras para ou sobre autores individuais.
• T3-B: obras para ou sobre mais de um autor.
• T3-C: línguas individuais e famílias linguísticas.
98
As T3-A e T3-B trazem gêneros literários. Quando a obra 
for de um único autor, retiramos o gênero literário da T3-A; se for 
de mais de um autor, como nas coletâneas, usamos a T3-B. Note, 
no Quadro 1, que somente na T3-B existem as subdivisões —7.
Quadro 1 subdivisões das tabelas 3-A e 3-C da CDD.
Gênero T3-A T3-B
Poesia —1 —1
Teatro —2 —2
Romance/prosa —3 —3
Ensaios —4 —4
Oratória —5 —5
Cartas —6 —6
Humor e sátira --- —7
Vários escritos —8 —8
Fonte: adaptado de Chan et al. (2000).
Além dos gêneros, é necessário adicionar períodos 
ou escolas literárias, pois são características importantes na 
identificação de literatura. Como os períodos são diferentes nos 
diversos países, suas subdivisões aparecem no esquema, abaixo 
da subdivisão da língua/país específico.
Para classificar literatura, é necessário sempre fazer a 
consulta das notações, alternando entre as tabelas e o esquema. 
A ordem básica para a síntese em literatura é:
• Número base + gênero + período.
Para o livro Dom Quixote de La Mancha, do autor espanhol
Miguel de Cervantes, o procedimento passo a passo é:
1) Procurar no esquema 810—890 o número base para a
língua original da literatura a ser classificada (Literatura
espanhola) = 86
99
2) Procurar na T3-A o gênero (romance) = —3
3) Retornar ao esquema —86 para encontrar o período.
Se não houver, a classificação acabou
4) Selecionar o número do período literário (Idade de
Ouro 1516-1700) = —3
5) A notação será 863.3
Para determinar qual a notação usar do esquema 810—
890, temos de identificar a nacionalidade do autor. Os autores 
que escrevem na mesma língua, gênero e período ficam todos 
no mesmo número de classificação, portanto, a notação de 
autor, marcas de título, edição etc. servirão para diferenciá-los e 
individualizar as obras, como vimos na unidade anterior. 
A T3-B tem o mesmo funcionamento da T3-A, mas é 
utilizada para literatura de mais de um autor. A construção básica 
para obras literáriasde mais de um autor é (CHAN et al., 2000):
• Número base + gênero + período + características/
tema/pessoas.
Para antologia de poesia portuguesa sem delimitação de 
período literário, teremos:
1) Literatura portuguesa (esquema) = 869
2) Poesia (T3-B) = —100
3) Coletânea (tabela interna da T3-B) = —8
4) A notação será 869.1008
A T3-C completa a T3-B com períodos literários para
obras de mais de uma pessoa. Dessa forma, ambas são usadas 
em conjunto. O procedimento é parecido com os descritos 
anteriormente.
100
Para uma obra sobre estudo crítico do teatro norte-
americano para o leitor jovem, o passo a passo é:
1) Literatura norte-americana (esquema) = 81
2) Poesia (T3-B) = 200
3) Estudo crítico (tabela interna da T3-B) = 9
4) Literatura para leitores jovens (T3-C) = 9283
5) A notação será 812.0099283
Tabela 4: línguas individuais e famílias de língua
Esta tabela é utilizada somente com o intervalo 420—490 
do esquema, para prover aspectos específicos para o assunto 
“linguística”. Suas principais subdivisões são:
—01—09 Subdivisões comuns.
—1 Sistemas de escrita, fonologia, fonética.
—2 Etimologia.
—3 Dicionários.
—5 Gramática.
—7 Variações históricas e geográficas, variações modernas 
não geográficas.
—8 Linguística prescritiva e aplicada.
As entradas das notações de língua trazem um asterisco 
(*), que remetem a uma nota do tipo "Adicione ao número base 
a notação —01—8 da Tabela 4". Por exemplo:
• Língua Portuguesa no esquema = 469
• Gramática na Tabela 4 = —5
• Gramática da Língua Portuguesa = 469.5
101
É possível utilizar as subdivisões da Tabela 1 após inclusão 
da Tabela 4, quando não houver nota dizendo o contrário. Para 
tanto, a subdivisão da Tabela 1 deve sempre aparecer no final, 
no seguinte esquema: 
• Língua (—420—490) + subdivisão da Tabela 4 +
subdivisão da Tabela 1.
Note que há relação entre os números de línguas (classe 
400) e os números de literatura (classe 800):
Língua Literatura
Inglês 42 82
Francês 44 84
Espanhol 46 86
Português 469 869
Tabela 5: grupos raciais, étnicos e nacionais
A Tabela 5 provê aspectos étnicos e de nacionalidade para 
os assuntos. Suas principais subdivisões são:
—03—04 Raças
—1 Norte-americanos.
—2 Britânicos, ingleses e anglo-saxões.
—3 Nórdicos (germânicos).
—4 Povos latinos modernos.
—5 Italianos, romanos e grupos relacionados.
—6 Espanhóis e portugueses.
—7 Outros povos itálicos.
—8 Gregos e grupos relacionados.
—9 Outros grupos.
102
As subdivisões desta tabela podem ser agregadas a 
qualquer notação do esquema de dois modos:
• Diretamente, quando indicado por nota de adição na
entrada.
• Depois da subdivisão —089 da Tabela 1, para as demais
notações do esquema.
Por exemplo, para um livro sobre etnopsicologia de 
determinado grupo nacional, há instrução para incluir subdivisões 
da Tabela 5:
• Etnopsicologia = 155.84
• Japoneses (Tabela 5) = —956
• O resultado será = 155.84956
Para o assunto arte cerâmica dos judeus, é necessário
utilizar —089 da Tabela 1, pois não há instrução para adicionar 
diretamente a subdivisão da Tabela 5:
• Arte cerâmica = 738
• Indicador de grupo étnico (Tabela 1) = 089
• Judeus (Tabela 5) = —924
• A notação será = 738.089924
Quando se usa o procedimento anterior (indicador —089),
não é possível acrescentar outros números da Tabela 1.
Pode-se colocar, também, o indicador de faceta zero 
(0) após notação da Tabela 5 e incluir localidade da Tabela 2:
Etnopsicologia (155.84) dos Alemães (—31 Tabela 5) no Brasil
(—81 Tabela 2) = 155.8431081 note que o zero marca a inserção
da localidade.
103
Para agregar notações da Tabela 1, é necessário colocar 
00 antes. Para publicações periódicas sobre etnopsicologia dos 
japoneses:
• Etnopsicologia = 155.84
• Japoneses na Tabela 5 = —956
• Indicador de faceta = 00
• Periódicos na Tabela 1 = —05
• O resultado será = 155.84956005
Note que o zero de —05 foi retirado.
Como o uso da Tabela 5 é bem amplo, podendo ser aplicado 
a todas as notações, há outras regras mais detalhadas, que não 
serão descritas aqui. Na hora de classificar, recorrer sempre às 
instruções do início da Tabela 5.
Tabela 6: línguas
Essa tabela provê o uso de idiomas para notações do 
esquema, quando há nota permitindo seu uso. É importante 
ressaltar que na classe 400 temos a linguística como assunto, já a 
Tabela 6 é usada para agregar descrição de língua do documento. 
As subdivisões principais são: 
—1 Línguas indoeuropeias.
—2 Inglês e inglês antigo.
—3 Línguas germânicas.
—4 Línguas romances.
—5 Italiano, sardo, dalmático, romano.
—6 Espanhol e português.
104
—7 Línguas itálicas.
—8 Línguas helênicas.
—9 Outras línguas.
220.5 A Bíblia em outras línguas (diferentes do inglês)
Adicione ao número base 220.5 as notações —3—9 
da Tabela 6
Assim, para Bíblia em holandês, temos:
• Bíblia = 220.5
• Holandês (T6) = —3931
• O que resulta em = 220.53931
Algumas vezes há nota para incluir somente parte de
notação da Tabela 6, por exemplo: Caligrafia (745.6199) na China 
(usar número que segue —9 em 951 da T6) = 745.619951 (CHAN 
et al., 2000).
Esta tabela pode ser usada em conjunto com outras, 
quando houver instruções de adição. Um recurso interessante é 
usar a T6 em conjunto com a T4 para formar dicionários bilíngues, 
material bem comum nas bibliotecas. Para isso, basta colocar:
• Notação da primeira língua (esquema) + 3 (dicionário na
T4) + notação da segunda língua (T6)
Assim, para dicionário de português-inglês, teremos:
• Português = 469
• Dicionário = 3
• Inglês = 42
• Notação = 469.342
105
Tabela 7: grupos de pessoas
As subdivisões da T7 designam pessoas de acordo com 
suas ocupações ou outras características (parentesco, cultura 
etc). De —01—09 as notações dizem respeito a pessoas segundo 
qualidades não ocupacionais; de —1—9 são encontrados os 
grupos profissionais.
Para agregar notação da T7, procede-se de duas formas:
• Diretamente, quando indicado por nota de adição na
entrada.
• Depois de algumas subdivisões da T1.
Por exemplo, para o assunto artistas luteranos, teremos:
• História e descrição de belas artes para grupos de
pessoas = 704
• Luteranos (T7) = —241
• Notação = 704.241
Para criar o assunto química para dentistas, por exemplo, as 
instruções mandam colocar —024 da T1, indicando tratamento 
de assunto para certos grupos profissionais:
• Química = 540
• Indicador (T1) = —024
• Dentistas (T7) = —6176
• Resultando em = 540.246176
Repare que o zero foi retirado em 540, pois o número base
do esquema nunca termina em zero, a menos que a notação 
tenha apenas três dígitos.
É necessário prestar atenção para não deixar o assunto 
redundante, por exemplo, química para químicos.
106
A T7 foi retirada da 22. ed. da CDD e suas subdivisões 
foram realocadas para —08 da Tabela 1. Ao estudar e trabalhar 
com classificação, é importante observar qual edição se tem em 
mãos, verificando as tabelas existentes, e utilizar sempre todos 
os volumes da mesma edição.
Ordem de citação e ordem de arquivamento
Ao fazer a síntese, juntando números do esquema e das 
tabelas auxiliares, não podemos dispor esses números de forma 
aleatória. Há uma regra para a sequência dos elementos da 
notação, conhecida como ordem de citação, ou ordem horizontal, 
fórmula de faceta, ordem preferida, ou ordem de construção 
(PIEDADE, 1983).
Na CDD a ordem de citação é fixa, portanto não pode 
ser alterada. O primeiro elemento é sempre a disciplina-base, 
ou seja, o enfoque principal do tema, que deve ser retirado do 
esquema 000—999.
Depois do número base vêm os números das tabelas 
auxiliares. Quando for necessário utilizar mais de uma tabela 
auxiliar, procurar nas instruções iniciais das tabelas qual a 
sequência correta. De modo geral, a ordem de citação ficará:
• – Número base – aspecto geográfico – aspecto temporal
– língua – forma.
Para determinar a ordem de citação, é bom refletir sobre a 
seguinte sequência: parte de assunto ou espécie – propriedades 
– processos dentro das coisas – operações sobre as coisas –
agentes que fazem taisoperações (GUARIDO, 2008).
107
A ordem de citação pode mudar de acordo com o assunto, 
como no caso de Literatura (800), por isso é importante ler as 
notas e instruções com atenção.
Após o processamento técnico, quando os livros estiverem 
devidamente etiquetados, devemos seguir uma sequência 
para a guarda dos livros nas estantes, chamada de ordem de 
arquivamento, ou ordem horizontal e ordem de intercalação 
(PIEDADE, 1983).
Para a disposição dos livros nas estantes, segue-se a ordem 
do mais geral para o mais específico.
Como a notação da CDD é decimal, deve-se tomar cuidado 
para não tratar os números como valores inteiros. Assim, devemos 
ver em que ordem fica o primeiro número, depois o segundo, 
depois o terceiro, e assim sucessivamente. Por exemplo: a ordem 
correta dos elementos a seguir é: 
• 333.954 614.43205 936
E não:
• 936 333.954 614.43205
No começo, colocar os livros na estante é bastante 
complicado mesmo, mas com a prática se torna bem rápido e 
automático.
. 
108
––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––
3.1. CLASSIFICAÇÃO DECIMAL DE DEWEY (CDD)
O desenvolvimento da CDD, no final do século 
19, foi um marco teórico e metodológico na 
Biblioteconomia, revolucionando não só o arranjo físico 
das bibliotecas, mas também a elaboração de sistemas de 
classificação bibliográfica.
A bibliografia a seguir traz os principais procedimentos 
de uso dessa classificação com exemplos. O site do Online 
Computer Library Center, responsável pela publicação da CDD, 
pode ser lido em espanhol, inglês ou francês; explore-o para 
saber mais sobre 
o histórico, a estrutura e a manutenção do sistema.
• CARREÓN SÁNCHEZ, Erika Lúcia. Guía práctica del
Sistema de Clasificación Decimal Dewey. 2009. 61 f.
Informe acadêmico (Licenciatura em Bibliotecología)
– Universidad Nacional Autónoma de México, Ciudad
de México, 2009. Disponível em: <http://www.filos.
unam.mx/LICENCIATURA/bibliotecologia/textos-apoyo-
docencia/carreon-sanchez-erika-lucia.pdf>. Acesso em:
7 maio 2018.
109
• OLSON, HOPE A. A potência do não percebido: Hegel,
Dewey e seu lugar na corrente principal do pensamento
classificatório. InCid, v. 2, n. 1, 2011. Disponível
em: <http://www.periodicos.usp.br/incid/article/
view/42331>. Acesso em: 8 maio 2018.
• OCLC. Servicios Dewey. c2018. Disponível em: <https://
www.oclc.org/es/dewey/features/summaries.html>.
Acesso em: 8 maio 2018.
110
6. E-REFERÊNCIAS
DEWEY, Melvil. A classification and subject index for cataloguing and arranging the 
books and pamphlets of a library. Amherst (Mass.), 1876. Facsimile reprinted by Forest 
Press Division Lake Placid Educational Foundation. Disponível em: <http://www. 
gutenberg.org/files/12513/12513-h/12513-h.htm>. Acesso em: 7 maio 2018.
Sites pesquisados
025.431: the Dewey blog. 2018. Disponível em: <http://ddc.typepad.com/>. Acesso 
em: 7 maio 2018.
ALAMO. Você conhece a história de Melvil Dewey? 2014. Disponível em: <http://
blog.crb6.org.br/artigos-materias-e-entrevistas/voce-conhece-a-historia-de-melvil-
dewey/>. Acesso em: 7 maio 2018.
ONLINE COMPUTER LIBRARY CENTER. Introduction to the Dewey Decimal Classification. 
Disponível em: <https://www.oclc.org/content/dam/oclc/dewey/versions/print/
intro.pdf>. [2017]. Acesso em: 7 maio 2018.
7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BARBOSA, Alice Príncipe. Teoria e prática dos sistemas de classificação bibliográfica. 
Rio de Janeiro: IBBD, 1969. 441 p. (Obras didáticas; v. 1). 
BURKE, Peter. A classificação do conhecimento: currículo, bibliotecas e enciclopédias. 
In: ______. Uma história social do conhecimento:de Gutenberg a Diderot. Rio de 
Janeiro: Zahar, 2003. p. 78-108.
CHAN, Lois Mai et al. Clasificación Decimal Dewey: guía práctica. 2. ed. rev. Bogotá: 
Rojas Eberhard, 2000. 238 p.
DEWEY, Melvil. Dewey decimal classification and relative index. 21. ed. Albany, N.Y.: 
Forest Press, 1996. 4 v.
111
DEWEY, Melvil. Dewey decimal classification and relative index. 23. ed. Ohio: Online 
Computer Library Center, 2011. 4. v.
GUARIDO, Maria Duarte Moreira. Como usar e aplicar a CDD 22. ed. São Paulo: CGB 
Unesp; Marília: Fundepe: 2008. 93 p.
MOYANO GRIMALDO, Wilmer Arturo. ?Otro sistema da clasificación para libros? In: 
______. Biografia de la Clasificación Decimal Dewey: de la organización bibliográfica 
moderna a la organización virtual de contenidos. Bogotá: Bubok, 2014. p. 21-30.
PIEDADE, Maria Antonietta Requião. Introdução à teoria da classificação. 2. ed. rev. 
ampl. Rio de Janeiro: Interciência, 1983. 221 p. 
Portfólio 
ATIVIDADE
ARTIGO
DA FILOSOFIA DA CLASSIFICAÇÃO À CLASSIFICAÇÃO BIBLIOGRÁFICA
A Classificação é uma função importante para a funcionalidade dos sistemas de informação pois 
possibilita seu compartilhamento. Pode ser reconhecida como matricial, quando outras funções 
advêm dela. Ela é motivo de estudos desde a Antiguidade, uma vez que todo ato humano 
promove a distribuição em classes e pode ser inserido em uma delas. Porém, os sistemas 
de classificação bibliográfica existentes não suportam o volume informacional, o que 
compromete a recuperação no momento da busca por informações. Há necessidade de métodos 
de tratamento dessas informações que tornem viáveis as respostas das organizações de 
documentos. O planejamento prévio dos procedimentos para garantir de forma acessível a 
informação necessita de observações. O usuário é o alvo principal desse sistema e, 
portanto, as classificações bibliográficas devem responder à sua necessidade. As 
mudanças são constantes e necessárias. E os sistemas de classificação necessitam 
aprofundar a teoria dos conceitos e das categorias para auxiliar a representação do 
conhecimento. Ainda necessita de estudos aprofundados por pesquisadores da área, visto 
que o aumento dos acervos e das informações digitais criou uma nova realidade que assim o 
exige. Entretanto, os sistemas de classificação existentes têm tido dificuldade de acompanhar a 
crescente evolução do conhecimento, causa do aumento de informações que nem sempre têm 
sido recuperadas com êxito pelos pesquisadores.
Leia o artigo na integra e, ao final, faça uma reflexão sobre a importância da classificação 
em biblioteconomia.
ACESSE ARTIGO 01 - 690 - AULA 01
OBS: OBS: Para Para redigir redigir sua sua resposta, resposta, use use uma uma linguagem linguagem acadêmica. acadêmica. Faça Faça um um textotexto comcom 
no no mínimo mínimo 20 20 linhas linhas e e máximo máximo 25 25 linhas. linhas. Lembre-se Lembre-se de de não não escrever escrever emem primeiraprimeira 
pessoa pessoa do do singular, singular, não não usar usar gírias, gírias, usar usar as as normas normas da da ABNT: ABNT: texto texto comcom fonte fonte tamanhotamanho 
12, 12, fonte fonte arial arial ou ou times, times, espaçamento espaçamento 1,5 1,5 entre entre linhas, linhas, textotexto justificado.justificado.
Pesquisa 
AUTOESTUDO
Classificação Decimal de Dewey
Acesse https://www.youtube.com/watch?v=Y1h9yCegDfE
Acompanhe o vídeo selecionado para esta pesquisa e faça um mapa mental, interligando os 
principais conceitos relacionados a CDD.
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