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LIGUAGENS DE CLASSIFICAÇÃO II AULA 1 Classificação Decimal de Dewey Abertura Olá! Dentre as atividades desempenhadas pelos bibliotecários, a classificação se destaca. Nas bibliotecas, utiliza-se algum Sistema de Classificação Bibliográfica (SCB). Sistemas esses que permitem a definição de relações e notações entre os itens do acervo, facilitando a busca e a recuperação do item. Os sistemas de classificação mais utilizados mundialmente são: a Classificação Decimal de Dewey (CDD) e a Classificação Decimal Universal (CDU). Nesta aula, vamos conhecer a Classificação Decimal de Dewey, seu histórico, princípios e aplicações. BONS ESTUDOS! Referencial Teórico A CDD organiza todo o conhecimento em dez classes principais que, excluindo a primeira (000 Computadores, informação e referência geral), prosseguem do metafísico (filosofia e religião) ao mundano (história e geografia). A inteligência da CDD está na escolha de números decimais para suas categorias; isto permite que o sistema seja ao mesmo tempo puramente numérico e infinitamente hierárquico. Utiliza alguns mecanismos de uma classificação facetada, combinando elementos de diferentes partes da estrutura para construir um número representando o assunto do conteúdo (frequentemente combinando dois elementos de assuntos juntando números que representam áreas geográficas ou épocas) e sua forma, em vez de extrair a representação de uma única lista contendo cada classe e seu significado. Faça a leitura selecionada para esta aula e, ao final, você será capaz de: • Conhecer o contexto histórico da criação e do desenvolvimento da Classificação Decimal de Dewey. • Compreender as principais características da DDD • Entender o funcionamento da CDD. BOA LEITURA! 82 Conteúdos • Melvil Dewey: contribuições para a Biblioteconomia contemporânea. • CDD: estrutura, atualizações e funcionamento. • Sistema de notação CDD. • Princípio de divisão hierárquica do esquema principal. • Principais regras de utilização da CDD para a classificação de documentos e assuntos diversos. • Estrutura e uso das tabelas auxiliares. • Estrutura e uso do índice alfabético. CLASSIFICAÇÃO DECIMAL DE DEWEY (CDD) 83 1. INTRODUÇÃO No dia 10 do mês 10 de 1851, segundo o calendário romano antigo, nasceu Melvil Louis Kossuth Dewey (10/12/1851 no calendário gregoriano): "[...] um dia apropriado, sem dúvida, para o criador de uma classificação decimal" (CHAN et al., 2000, p. 2, tradução nossa). Com pouco mais de vinte anos, trabalhando como bibliotecário no Amherst College e após avaliar cerca de 50 bibliotecas nos Estados Unidos, Dewey publicou em 1876 seu sistema inicialmente chamado A Classification and Subject Index for Cataloguing and Arranging the Books and Phamphlets of a Library (DEWEY, 1876). O sistema possuía no total 42 páginas, sendo 10 com esquema de assunto e 18 de índice. Depois de meses de estudo, em um domingo, durante um sermão do Pres. Sterns, enquanto eu o olhava fixamente sem prestar atenção, com a mente fixa em um problema, a solução me chegou de repente. Saltei do meu banco e quase gritei "Eureka"! Era simplicidade pura, usar os números mais comuns conhecidos, os números arábicos como decimais, com o significado comum de zero, para numerar todo o conhecimento humano publicado [...] (DEWEY, 1920, p. 152 apud CHAN et al., 2000, p. 3, tradução nossa). O sistema se difundiu no mundo todo e mais tarde ficou conhecido como Classificação Decimal de Dewey (CDD) pelo uso da notação decimal, ou seja, os números arábicos são tratados como frações decimais e não como valores inteiros. Mas o uso do sistema decimal em bibliotecas não era exatamente uma novidade, pois já havia sido utilizado por William T. Harris (MOYANO GRIMALDO, 2014). Dewey inovou ao propor que os livros fossem classificados uma única vez, por meio de uma notação de assunto aplicada ao 84 conteúdo intelectual da obra e não à estante, o que possibilitou a organização relativa. Nesta unidade, entraremos no denso universo da CDD, explorando sua história e seus recursos básicos de classificação de assunto. Vamos lá? Mantenha-se motivado! 2. CONTEÚDO BÁSICO DE REFERÊNCIA O Conteúdo Básico de Referência apresenta, de forma sucinta, os temas abordados nesta unidade. Para sua compreensão integral, é necessário o aprofundamento pelo estudo do Conteúdo Digital Integrador. 2.1. A CLASSIFICAÇÃO DECIMAL DE MELVIL DEWEY Até Dewey, as bibliotecas separavam os livros por assunto indicando os temas nas estantes ou salas. Nas universidades, por exemplo, a organização do acervo seguia a mesma divisão do currículo dos cursos (BURKE, 2003). Mas nenhum tratamento de assunto era aplicado ao próprio livro, que costumavam ser guardado por tamanho ou cor nas prateleiras. A Classificação Decimal de Dewey (CDD) permitiu poupar trabalho, pois os livros seriam classificados uma única vez, e a divisão de assuntos poderia ser utilizada em várias bibliotecas. Dewey baseou-se no sistema do editor italiano Natale Battezati e na classificação de William T. Harris para a St. Louis Public School Library, assim como foi influenciado pela divisão de Francis Bacon Memória-Imaginação-Razão (BARBOSA, 1969; MOYANO GRIMALDO, 2014). Ele subdividiu o conhecimento em dez grandes classes, alocando os assuntos mais gerais na classe 85 000. O esquema a seguir mostra a linha de raciocínio de Dewey para dividir o conhecimento (primeiro sumário): 000 Generalidades Razão 100 Filosofia Quem eu sou? 200 Religião Quem me criou? 300 Ciências sociais Quem é o homem ao lado? 400 Linguística Como esse homem pode me entender? 500 Ciências puras Como posso entender a natureza? 600 Ciências aplicadas Como usar o que eu sei sobre a natureza? Imaginação 700 Arte Como aproveitar meu tempo livre? 800 Literatura Como contar os feitos heroicos? Memória 900 Geografia/Biografia/História Como deixar um registro para o futuro? Cada classe foi subdivida em dez, gerando 100 subclasses (segundo sumário), as quais também foram divididas em dez, gerando mil subdivisões (terceiro sumário). A partir daí foram sendo subdivididas conforme a especificidade de cada assunto, seguindo o princípio da sequência útil, ou seja, os assuntos são divididos do geral ao particular, criando uma gradação (BARBOSA, 1969). O objetivo é cobrir todo o universo do conhecimento. Atualmente, a CDD é o sistema mais utilizado no mundo, estando na sua 23. ed. (2011), com mais de 4.000 páginas! Conta, também, com a edição abreviada, para bibliotecas com até 20.000 títulos e com o formato eletrônico, conhecido como Web Dewey. O sistema é desenvolvido e mantido pela Biblioteca do Congresso dos Estados Unidos, na Seção Dewey, e publicado a cargo do Online Computer Library Center (OCLC), que possui os direitos autorais da obra. Não existe tradução da CDD para a Língua Portuguesa, as bibliotecas brasileiras costumam utilizar a edição em inglês. 86 Estrutura e organização da CDD 21. ed. Para esta Unidade 3, foram utilizadas a 21. ed. e a 23. ed. da CDD, ambas publicadas em quatro volumes (DEWEY, 1996; 2011): • Volume 1: Introdução, descrição geral com exemplos e Tabelas Auxiliares 1—7. • Volume 2: esquemas 000—599. • Volume 3: esquemas 600—999. • Volume 4: índice relativo, manual etc. As tabelas auxiliares apresentam aspectos e subdivisões que podem ser utilizados para completar os assuntos dos esquemas 000-999, mas apenas quando permitido. As tabelas são: • T1: subdivisão padrão (ou standard). • T2: áreas geográficas, períodos históricos e pessoas. • T3: subdivisões para artes, literatura individual e formas literárias específicas. a) T3-A: subdivisões para obras de ou sobre autores individuais. 87 b) T3-B: subdivisões para obras de ou sobre mais de um autor. c) T3-C: notações para acrescentar aos esquemas 700.4, 791.4 e 800-809, quando instruído na T3-B. • T4: subdivisões de línguas individuais. • T5: grupos étnicos e nacionais. • T6: linguagem. • T7: pessoas.O volume 1 traz, também, as realocações e reduções, ou seja, indica quando um assunto foi trocado de lugar ou alterado, para ajudar o bibliotecário a compreender as mudanças entre a edição corrente e a edição anterior. Em vez de apenas tirar a notação de lugar, a CDD explica as trocas ocorridas. No esquema de assunto, ou tabela principal, estão todas as divisões organizadas hierarquicamente, junto com as devidas instruções de uso para cada caso (volumes 2 e 3). É muito importante lembrar que, além de verificar a notação, é necessário ler as notas e instruções. Além das notas, há o manual de uso geral da CDD (volume 4). A diferença entre essas instruções é que as notas indicam o que deve e pode ser acrescentado aos assuntos; já o manual contém os procedimentos básicos para classificar. O Índice Relativo traz os principais assuntos em ordem alfabética e serve de base para a consulta quando não se sabe onde encontrar uma notação no esquema ou tabelas auxiliares. Para o assunto hospital, por exemplo, veremos várias notações, devendo identificar sob qual ponto de vista ele é tratado (OCLC, 2017): 88 Hospitals 362.11 Accounting 657.832 2 American Revolution 973.376 animal husbandry 636.083 21 Architecture 725.51 O Índice Relativo é um guia e não deve ser utilizado para classificar; depois de consultá-lo, busque sempre a notação no seu local correto, pois lá ela pode estar acompanhada de notas. Notação A notação da CDD é pura e usa algarismos arábicos para representar os assuntos. A notação deve ter no mínimo três dígitos (GUARIDO, 2008); se possuir mais de quatro, deve-se colocar um ponto (.) entre o terceiro e o quarto número. Esse ponto não tem significado, serve apenas para facilitar a leitura. Depois do sexto dígito, pode-se dar um espaçamento a cada três números. Por exemplo: • Hospitais na Segunda Guerra Mundial: 940.547 6 A CDD é uma classificação estruturada e hierárquica. Todos os assuntos são parte ou gênero dos assuntos que estão acima, princípio que ficou conhecido como “força hierárquica”. Os dígitos da notação expressam a quais assuntos as subdivisões estão subordinadas, revelando a hierarquia. O primeiro dígito indica a classe principal, o segundo indica a divisão e o terceiro, a seção. Por exemplo: 600 Tecnologia (ciências aplicadas) 630 Agricultura e tecnologias relacionadas 636 Criação de animais 636.7 Cães 636.8 Gatos 89 Tecnologia (ciências aplicadas) é um termo mais amplo (maior extensão). Cãos e gatos estão subordinados à criação de animais e são mais específicos que este (maior intensão). Cãos e gatos são termos coordenados, pois possuem o mesmo nível hierárquico. No esquema, cada página é formada por entradas, ou seja, um número ou conjunto de números mais um cabeçalho e, se necessário, notas. A CDD traz mais de 23.000 entradas no esquema e mais de 8.000 nas tabelas auxiliares. Do lado esquerdo da página ficam os números e do lado direito, os cabeçalhos, ou seja, a apresentação verbal do assunto. As entradas principais aparecem em negrito e com fonte maior. Nas subdivisões dos assuntos, a notação base é suprimida, constando apenas os números que subdividem o assunto. Veja no exemplo a seguir: 378 Educação superior Classifique educação especial no ensino superior em 371.9 .001 Filosofia e teoria .002 Miscelânea .002 5 Diretórios .003—.008 Outras subdivisões padrão .009 Tratamento histórico e geográfico Classifique tratamento por continente, país e localidade no mundo moderno em 378.4—378.9 .01 Objetivos Como devemos proceder na leitura do esquema anterior? Abaixo de 378, todas as entradas dizem respeito, ou seja, são subdivisões de educação superior. Assim, onde vemos .001, essa entrada na verdade significa filosofia e teoria na educação 90 superior. A notação ficará 378.001. O assunto .01 significa objetivos da educação superior (378.01). As notações e os cabeçalhos iguais não são repetidos por economia de espaço. Você reparou no conjunto de números .003—.008? Atenção: não ficará 378.003—.008! A CDD está dizendo que os assuntos entre .003 e .008 devem ser procurados na Tabela 1 Subdivisão padrão. Toda vez que houver um conjunto de números separados por um travessão significa que se deve fazer um procedimento com os números desse intervalo, não se usa o travessão para classificar. Veja, também, que há notas junto do esquema. A CDD utiliza notas diversas, que sempre devem ser seguidas na hora de classificar. Algumas vezes as notas aparecem logo abaixo da entrada, outras, são indicadas com um asterisco (*), sendo necessário olhar o rodapé da página. As notas de referência Ver e Ver também auxiliam na busca da notação ideal e aparecem sempre em itálico. A nota Ver indica partes subordinadas do assunto que estão em outros locais da estrutura ou o assunto do ponto de vista de outra área do conhecimento. A nota Ver também indica assuntos que são relacionados. 584.3 Liliidae Classifique aqui Liliales, lírios For Orchidales, Ver 584.4 Ver também 583.29 para lírio d'água Nunca use um número que aparece entre colchetes, pois eles não têm validade. Os números entre colchetes podem ser: • Nunca usados: números que foram deixados vagos para uma possível inclusão de assunto no futuro. 91 • Números descontínuos: já foram utilizados, mas caíram em desuso. • Realocados: números que foram transportados para outro lugar do esquema. Dessa forma, ao encontrar a notação a seguir, não a use. Utilize o número indicado na nota. [025.393] Recatalogação Número descontínuo; classifique em 025.39 Alguns números aparecem entre parênteses, são notações opcionais que permitem que as bibliotecas utilizem números diferentes dos oficiais, por questões culturais (CHAN et al., 2000). Sempre que encontrar um número entre parênteses, leia a nota referente a ele para saber se é melhor usar a notação opcional ou a oficial. Por exemplo: (330.159) Escolas socialistas e relacionadas (Número opcional; prefira 335) A síntese Como vimos na Unidade 1, a síntese é a junção de notações para a formação de assuntos. No início, a CDD era puramente enumerativa, ou seja, trazia todas as notações já prontas no esquema, bastando copiar o número que representava o assunto. Com o tempo e por influência de classificações facetadas e semifacetadas, o sistema de Dewey agregou o recurso da síntese para reunir assuntos ou aspectos e formar notações mais específicas e exatas. 92 De modo geral, pode-se utilizar qualquer número do esquema com a Tabela 1, a menos que tenha uma nota proibindo. O uso das demais tabelas deve ser feito apenas quando indicado nas notas, para intervalos de números específicos. O número a ser desenvolvido chama-se número base. Algumas vezes as notas mandam utilizar apenas parte do número como base, o que veremos mais à frente. Ao fazer a síntese, sempre se deve colocar em primeiro lugar um número do esquema, depois se acrescenta um número da tabela auxiliar. A CDD prescreve uma ordem fixa para os números, conhecida como ordem de citação, que veremos no final dessa unidade. Quando indicado, é possível sintetizar dois números do esquema. Por exemplo: 070.449 Jornalismo (sob temas específicos) Adicione ao número base 070.449 notação 001—999 Isso significa que é possível adicionar qualquer número do esquema a essa base. Para jornalismo esportivo, procurar no esquema o número para esporte (796) e fazer a síntese: 070.449796. Outras vezes, deve-se somar um número do esquema e parte de outro número do esquema. 377.8 Escolas cristãs Adicione a 377.8 os números que seguem 28 em 281—289 93 Dessa forma, para formar escola católica romana, copiar da notação 282 (Catolicismo romano) apenas o número que vem depois de 28, ou seja, 2: 377.82 Tabela 1 : subdivisão padrão A Tabela 1 recebe este nome porque traz as subdivisões mais comuns que podem ser acrescentadas a quase todos os números do esquema, exceto se houver uma indicação em contrário.Permite acrescentar aspectos secundários (filosofia, teoria, educação, investigação, tratamento histórico etc.) e as chamadas subdivisões de forma (diretórios, dicionários, enciclopédias, manuais etc.). A notação da Tabela 1 se inicia com zero (0), o que serve para deixar clara a transição entre o número base e a característica secundária apresentada. Esse zero é chamado de indicador de faceta. As sínteses com as subdivisões padrão mais comuns já aparecem no esquema. No exemplo 378.001, já consta o aspecto filosofia e teoria. Portanto, é preciso prestar atenção para não ser redundante, ou seja, não repetir uma característica que já existe. Para usar esta tabela, primeiramente deve-se identificar qual o tema principal do documento e seu aspecto secundário. Depois, encontrar a notação no intervalo 000—999, verificando se não é proibido usar a Subdivisão Padrão. Por fim, verificar na Tabela 1 a notação apropriada e acrescentar à notação selecionada do esquema (CHAN et al., 2000). Exemplo: dicionário do Alcorão: 297.122 (Alcorão) + –03 (dicionário) = 297.12203 94 Ao adicionar uma Subdivisão Padrão a uma notação mais ampla, terminada em zero, deve-se eliminar os zeros do assunto principal, de modo que a notação fique com no mínimo três dígitos. Por exemplo: ao juntar 100 (filosofia) e –03 (dicionário), o resultado será 100.03? Não, pois devemos “cortar” os zeros de filosofia, ficando 103. De modo geral, quando o assunto trouxer mais de uma subdivisão, deve-se acrescentar somente uma delas, dando prioridade ao aspecto mais importante. A Tabela 1 lista a ordem de preferência: 1º método, 2º ponto de vista, 3º forma de apresentação, 4º meio ou forma física (CHAN et al., 2000). Existem outros detalhes de uso da Subdivisão Padrão, como as notas que mandam acrescentar ao número da Tabela 1 alguns dígitos do próprio esquema e alguns casos em que são utilizados dois zeros (00) entre o assunto e o aspecto a ser adicionado. Entretanto, não compensa descrever estes procedimentos agora, que serão mais bem compreendidos com a experiência. Tabela 2: áreas geográficas, períodos históricos e pessoas Alguns assuntos são estudados do ponto de vista de uma localidade, período histórico e pessoas, sendo necessário indicar esses aspectos na classificação. Por exemplo: o ensino superior no Brasil difere do ensino superior de outras partes do mundo. As principais divisões da Tabela 2 são: —001—009 Subdivisões comuns —01—05 Períodos históricos —1 Áreas e regiões em geral —2 Pessoas —3 Mundo antigo 95 —4 Europa —5 Ásia —6 África —7 América do Norte —8 América do Sul —9 Outras partes do mundo, mundo extraterreste, ilhas do Pacífico Para acrescentar uma notação dessa tabela, há dois recursos: • Agregar diretamente ao número do esquema, quando houver uma nota de adição do tipo "Adicione ao número básico a notação da Tabela 2" • Colocar —09 antes da notação da Tabela 2 Algumas vezes é possível adicionar qualquer número da Tabela 2 ao número do esquema; outras vezes, só é permitido agregar um número de um intervalo específico. Quando a instrução mandar agregar a notação diretamente, basta copiar seu número na frente do número do esquema, arrumando a pontuação. Por exemplo: 372.9 (número do esquema para educação primária em contexto histórico ou geográfico) e —81 (Brasil na Tabela 2) = 372.981. É comum ter de agregar apenas parte do número da Tabela 2 (CHAN et al., 2000, p. 106): 063 Organizações gerais na Europa Central e Alemanha Adicione ao número base 063 os números que seguem ao —43 na notação –431–439 da Tabela 2 96 Assim, para Organizações gerais (063) na Polônia (—438), teremos que proceder da seguinte forma: • Procurar Polônia na Tabela 2 = —438 • Copiar apenas o número que vem depois de —43 = 8 • Copiá-lo na frente de 063 = 063.8 É possível colocar —09 ou —091 (da Tabela 1) para acrescentar notações da Tabela 2, mesmo que não haja instrução de inclusão (CHAN et al., 2000). O —09 é utilizado para agregar localidades geográficas específicas, já o —091 se usa para colocar locais em geral. Para transporte ferroviário no Brasil (localidade específica), as instruções mandam proceder da seguinte maneira: • Número base para transporte ferroviário = 385 • Subdivisão comum da Tabela 1 = —09 • Brasil na Tabela 2 = —81 • A notação será = 385.0981 Outras vezes, quando instruído, é necessário colocar apenas o zero (0) entre as notações, que serve como indicador de faceta (CHAN et al., 2000). Para relações exteriores entre Estados Unidos e Brasil, temos: • Número para relações exteriores: 327 • Estados Unidos na Tabela 2: —73 • Indicador de faceta: 0 • Brasil na Tabela 2: —81 • A notação será = 327.73081 Após o uso da notação da Tabela 2 é possível colocar, também, notações da Tabela 1, desde que não haja instrução em contrário ou a informação fique repetida. Por exemplo: 97 • Educação primária em contexto histórico ou geográfico = 372.9 • Brasil na Tabela 2 = —81 • Publicações periódicas = —05 • Revistas sobre educação primária no Brasil = 372.98105 Tabela 3: subdivisões para obras literárias Esta tabela é utilizada com o intervalo 810—890 do esquema para acrescentar aspectos particulares da literatura de línguas individuais, quando houver nota de inclusão indicada por asterisco (*). Na classe 800, o intervalo 800—809 trata de generalidades da literatura, como retórica, filosofia, pesquisa, história etc. As outras principais subdivisões são: • 810 Literatura norteamericana. • 820 Literatura inglesa. • 830 Literatura de línguas germânicas (alemão). • 840 Literatura de línguas romances (francês). • 850 Literatura de línguas italiana, romana etc. • 860 Literatura de línguas espanhola e portuguesa. • 870 Literatura de línguas itálicas. • 880 Literatura de línguas helênicas (grego clássico). • 890 Literatura de outras línguas. A T3 é subdividida em três partes: • T3-A: obras para ou sobre autores individuais. • T3-B: obras para ou sobre mais de um autor. • T3-C: línguas individuais e famílias linguísticas. 98 As T3-A e T3-B trazem gêneros literários. Quando a obra for de um único autor, retiramos o gênero literário da T3-A; se for de mais de um autor, como nas coletâneas, usamos a T3-B. Note, no Quadro 1, que somente na T3-B existem as subdivisões —7. Quadro 1 subdivisões das tabelas 3-A e 3-C da CDD. Gênero T3-A T3-B Poesia —1 —1 Teatro —2 —2 Romance/prosa —3 —3 Ensaios —4 —4 Oratória —5 —5 Cartas —6 —6 Humor e sátira --- —7 Vários escritos —8 —8 Fonte: adaptado de Chan et al. (2000). Além dos gêneros, é necessário adicionar períodos ou escolas literárias, pois são características importantes na identificação de literatura. Como os períodos são diferentes nos diversos países, suas subdivisões aparecem no esquema, abaixo da subdivisão da língua/país específico. Para classificar literatura, é necessário sempre fazer a consulta das notações, alternando entre as tabelas e o esquema. A ordem básica para a síntese em literatura é: • Número base + gênero + período. Para o livro Dom Quixote de La Mancha, do autor espanhol Miguel de Cervantes, o procedimento passo a passo é: 1) Procurar no esquema 810—890 o número base para a língua original da literatura a ser classificada (Literatura espanhola) = 86 99 2) Procurar na T3-A o gênero (romance) = —3 3) Retornar ao esquema —86 para encontrar o período. Se não houver, a classificação acabou 4) Selecionar o número do período literário (Idade de Ouro 1516-1700) = —3 5) A notação será 863.3 Para determinar qual a notação usar do esquema 810— 890, temos de identificar a nacionalidade do autor. Os autores que escrevem na mesma língua, gênero e período ficam todos no mesmo número de classificação, portanto, a notação de autor, marcas de título, edição etc. servirão para diferenciá-los e individualizar as obras, como vimos na unidade anterior. A T3-B tem o mesmo funcionamento da T3-A, mas é utilizada para literatura de mais de um autor. A construção básica para obras literáriasde mais de um autor é (CHAN et al., 2000): • Número base + gênero + período + características/ tema/pessoas. Para antologia de poesia portuguesa sem delimitação de período literário, teremos: 1) Literatura portuguesa (esquema) = 869 2) Poesia (T3-B) = —100 3) Coletânea (tabela interna da T3-B) = —8 4) A notação será 869.1008 A T3-C completa a T3-B com períodos literários para obras de mais de uma pessoa. Dessa forma, ambas são usadas em conjunto. O procedimento é parecido com os descritos anteriormente. 100 Para uma obra sobre estudo crítico do teatro norte- americano para o leitor jovem, o passo a passo é: 1) Literatura norte-americana (esquema) = 81 2) Poesia (T3-B) = 200 3) Estudo crítico (tabela interna da T3-B) = 9 4) Literatura para leitores jovens (T3-C) = 9283 5) A notação será 812.0099283 Tabela 4: línguas individuais e famílias de língua Esta tabela é utilizada somente com o intervalo 420—490 do esquema, para prover aspectos específicos para o assunto “linguística”. Suas principais subdivisões são: —01—09 Subdivisões comuns. —1 Sistemas de escrita, fonologia, fonética. —2 Etimologia. —3 Dicionários. —5 Gramática. —7 Variações históricas e geográficas, variações modernas não geográficas. —8 Linguística prescritiva e aplicada. As entradas das notações de língua trazem um asterisco (*), que remetem a uma nota do tipo "Adicione ao número base a notação —01—8 da Tabela 4". Por exemplo: • Língua Portuguesa no esquema = 469 • Gramática na Tabela 4 = —5 • Gramática da Língua Portuguesa = 469.5 101 É possível utilizar as subdivisões da Tabela 1 após inclusão da Tabela 4, quando não houver nota dizendo o contrário. Para tanto, a subdivisão da Tabela 1 deve sempre aparecer no final, no seguinte esquema: • Língua (—420—490) + subdivisão da Tabela 4 + subdivisão da Tabela 1. Note que há relação entre os números de línguas (classe 400) e os números de literatura (classe 800): Língua Literatura Inglês 42 82 Francês 44 84 Espanhol 46 86 Português 469 869 Tabela 5: grupos raciais, étnicos e nacionais A Tabela 5 provê aspectos étnicos e de nacionalidade para os assuntos. Suas principais subdivisões são: —03—04 Raças —1 Norte-americanos. —2 Britânicos, ingleses e anglo-saxões. —3 Nórdicos (germânicos). —4 Povos latinos modernos. —5 Italianos, romanos e grupos relacionados. —6 Espanhóis e portugueses. —7 Outros povos itálicos. —8 Gregos e grupos relacionados. —9 Outros grupos. 102 As subdivisões desta tabela podem ser agregadas a qualquer notação do esquema de dois modos: • Diretamente, quando indicado por nota de adição na entrada. • Depois da subdivisão —089 da Tabela 1, para as demais notações do esquema. Por exemplo, para um livro sobre etnopsicologia de determinado grupo nacional, há instrução para incluir subdivisões da Tabela 5: • Etnopsicologia = 155.84 • Japoneses (Tabela 5) = —956 • O resultado será = 155.84956 Para o assunto arte cerâmica dos judeus, é necessário utilizar —089 da Tabela 1, pois não há instrução para adicionar diretamente a subdivisão da Tabela 5: • Arte cerâmica = 738 • Indicador de grupo étnico (Tabela 1) = 089 • Judeus (Tabela 5) = —924 • A notação será = 738.089924 Quando se usa o procedimento anterior (indicador —089), não é possível acrescentar outros números da Tabela 1. Pode-se colocar, também, o indicador de faceta zero (0) após notação da Tabela 5 e incluir localidade da Tabela 2: Etnopsicologia (155.84) dos Alemães (—31 Tabela 5) no Brasil (—81 Tabela 2) = 155.8431081 note que o zero marca a inserção da localidade. 103 Para agregar notações da Tabela 1, é necessário colocar 00 antes. Para publicações periódicas sobre etnopsicologia dos japoneses: • Etnopsicologia = 155.84 • Japoneses na Tabela 5 = —956 • Indicador de faceta = 00 • Periódicos na Tabela 1 = —05 • O resultado será = 155.84956005 Note que o zero de —05 foi retirado. Como o uso da Tabela 5 é bem amplo, podendo ser aplicado a todas as notações, há outras regras mais detalhadas, que não serão descritas aqui. Na hora de classificar, recorrer sempre às instruções do início da Tabela 5. Tabela 6: línguas Essa tabela provê o uso de idiomas para notações do esquema, quando há nota permitindo seu uso. É importante ressaltar que na classe 400 temos a linguística como assunto, já a Tabela 6 é usada para agregar descrição de língua do documento. As subdivisões principais são: —1 Línguas indoeuropeias. —2 Inglês e inglês antigo. —3 Línguas germânicas. —4 Línguas romances. —5 Italiano, sardo, dalmático, romano. —6 Espanhol e português. 104 —7 Línguas itálicas. —8 Línguas helênicas. —9 Outras línguas. 220.5 A Bíblia em outras línguas (diferentes do inglês) Adicione ao número base 220.5 as notações —3—9 da Tabela 6 Assim, para Bíblia em holandês, temos: • Bíblia = 220.5 • Holandês (T6) = —3931 • O que resulta em = 220.53931 Algumas vezes há nota para incluir somente parte de notação da Tabela 6, por exemplo: Caligrafia (745.6199) na China (usar número que segue —9 em 951 da T6) = 745.619951 (CHAN et al., 2000). Esta tabela pode ser usada em conjunto com outras, quando houver instruções de adição. Um recurso interessante é usar a T6 em conjunto com a T4 para formar dicionários bilíngues, material bem comum nas bibliotecas. Para isso, basta colocar: • Notação da primeira língua (esquema) + 3 (dicionário na T4) + notação da segunda língua (T6) Assim, para dicionário de português-inglês, teremos: • Português = 469 • Dicionário = 3 • Inglês = 42 • Notação = 469.342 105 Tabela 7: grupos de pessoas As subdivisões da T7 designam pessoas de acordo com suas ocupações ou outras características (parentesco, cultura etc). De —01—09 as notações dizem respeito a pessoas segundo qualidades não ocupacionais; de —1—9 são encontrados os grupos profissionais. Para agregar notação da T7, procede-se de duas formas: • Diretamente, quando indicado por nota de adição na entrada. • Depois de algumas subdivisões da T1. Por exemplo, para o assunto artistas luteranos, teremos: • História e descrição de belas artes para grupos de pessoas = 704 • Luteranos (T7) = —241 • Notação = 704.241 Para criar o assunto química para dentistas, por exemplo, as instruções mandam colocar —024 da T1, indicando tratamento de assunto para certos grupos profissionais: • Química = 540 • Indicador (T1) = —024 • Dentistas (T7) = —6176 • Resultando em = 540.246176 Repare que o zero foi retirado em 540, pois o número base do esquema nunca termina em zero, a menos que a notação tenha apenas três dígitos. É necessário prestar atenção para não deixar o assunto redundante, por exemplo, química para químicos. 106 A T7 foi retirada da 22. ed. da CDD e suas subdivisões foram realocadas para —08 da Tabela 1. Ao estudar e trabalhar com classificação, é importante observar qual edição se tem em mãos, verificando as tabelas existentes, e utilizar sempre todos os volumes da mesma edição. Ordem de citação e ordem de arquivamento Ao fazer a síntese, juntando números do esquema e das tabelas auxiliares, não podemos dispor esses números de forma aleatória. Há uma regra para a sequência dos elementos da notação, conhecida como ordem de citação, ou ordem horizontal, fórmula de faceta, ordem preferida, ou ordem de construção (PIEDADE, 1983). Na CDD a ordem de citação é fixa, portanto não pode ser alterada. O primeiro elemento é sempre a disciplina-base, ou seja, o enfoque principal do tema, que deve ser retirado do esquema 000—999. Depois do número base vêm os números das tabelas auxiliares. Quando for necessário utilizar mais de uma tabela auxiliar, procurar nas instruções iniciais das tabelas qual a sequência correta. De modo geral, a ordem de citação ficará: • – Número base – aspecto geográfico – aspecto temporal – língua – forma. Para determinar a ordem de citação, é bom refletir sobre a seguinte sequência: parte de assunto ou espécie – propriedades – processos dentro das coisas – operações sobre as coisas – agentes que fazem taisoperações (GUARIDO, 2008). 107 A ordem de citação pode mudar de acordo com o assunto, como no caso de Literatura (800), por isso é importante ler as notas e instruções com atenção. Após o processamento técnico, quando os livros estiverem devidamente etiquetados, devemos seguir uma sequência para a guarda dos livros nas estantes, chamada de ordem de arquivamento, ou ordem horizontal e ordem de intercalação (PIEDADE, 1983). Para a disposição dos livros nas estantes, segue-se a ordem do mais geral para o mais específico. Como a notação da CDD é decimal, deve-se tomar cuidado para não tratar os números como valores inteiros. Assim, devemos ver em que ordem fica o primeiro número, depois o segundo, depois o terceiro, e assim sucessivamente. Por exemplo: a ordem correta dos elementos a seguir é: • 333.954 614.43205 936 E não: • 936 333.954 614.43205 No começo, colocar os livros na estante é bastante complicado mesmo, mas com a prática se torna bem rápido e automático. . 108 –––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––– 3.1. CLASSIFICAÇÃO DECIMAL DE DEWEY (CDD) O desenvolvimento da CDD, no final do século 19, foi um marco teórico e metodológico na Biblioteconomia, revolucionando não só o arranjo físico das bibliotecas, mas também a elaboração de sistemas de classificação bibliográfica. A bibliografia a seguir traz os principais procedimentos de uso dessa classificação com exemplos. O site do Online Computer Library Center, responsável pela publicação da CDD, pode ser lido em espanhol, inglês ou francês; explore-o para saber mais sobre o histórico, a estrutura e a manutenção do sistema. • CARREÓN SÁNCHEZ, Erika Lúcia. Guía práctica del Sistema de Clasificación Decimal Dewey. 2009. 61 f. Informe acadêmico (Licenciatura em Bibliotecología) – Universidad Nacional Autónoma de México, Ciudad de México, 2009. Disponível em: <http://www.filos. unam.mx/LICENCIATURA/bibliotecologia/textos-apoyo- docencia/carreon-sanchez-erika-lucia.pdf>. Acesso em: 7 maio 2018. 109 • OLSON, HOPE A. A potência do não percebido: Hegel, Dewey e seu lugar na corrente principal do pensamento classificatório. InCid, v. 2, n. 1, 2011. Disponível em: <http://www.periodicos.usp.br/incid/article/ view/42331>. Acesso em: 8 maio 2018. • OCLC. Servicios Dewey. c2018. Disponível em: <https:// www.oclc.org/es/dewey/features/summaries.html>. Acesso em: 8 maio 2018. 110 6. E-REFERÊNCIAS DEWEY, Melvil. A classification and subject index for cataloguing and arranging the books and pamphlets of a library. Amherst (Mass.), 1876. Facsimile reprinted by Forest Press Division Lake Placid Educational Foundation. Disponível em: <http://www. gutenberg.org/files/12513/12513-h/12513-h.htm>. Acesso em: 7 maio 2018. Sites pesquisados 025.431: the Dewey blog. 2018. Disponível em: <http://ddc.typepad.com/>. Acesso em: 7 maio 2018. ALAMO. Você conhece a história de Melvil Dewey? 2014. Disponível em: <http:// blog.crb6.org.br/artigos-materias-e-entrevistas/voce-conhece-a-historia-de-melvil- dewey/>. Acesso em: 7 maio 2018. ONLINE COMPUTER LIBRARY CENTER. Introduction to the Dewey Decimal Classification. Disponível em: <https://www.oclc.org/content/dam/oclc/dewey/versions/print/ intro.pdf>. [2017]. Acesso em: 7 maio 2018. 7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS BARBOSA, Alice Príncipe. Teoria e prática dos sistemas de classificação bibliográfica. Rio de Janeiro: IBBD, 1969. 441 p. (Obras didáticas; v. 1). BURKE, Peter. A classificação do conhecimento: currículo, bibliotecas e enciclopédias. In: ______. Uma história social do conhecimento:de Gutenberg a Diderot. Rio de Janeiro: Zahar, 2003. p. 78-108. CHAN, Lois Mai et al. Clasificación Decimal Dewey: guía práctica. 2. ed. rev. Bogotá: Rojas Eberhard, 2000. 238 p. DEWEY, Melvil. Dewey decimal classification and relative index. 21. ed. Albany, N.Y.: Forest Press, 1996. 4 v. 111 DEWEY, Melvil. Dewey decimal classification and relative index. 23. ed. Ohio: Online Computer Library Center, 2011. 4. v. GUARIDO, Maria Duarte Moreira. Como usar e aplicar a CDD 22. ed. São Paulo: CGB Unesp; Marília: Fundepe: 2008. 93 p. MOYANO GRIMALDO, Wilmer Arturo. ?Otro sistema da clasificación para libros? In: ______. Biografia de la Clasificación Decimal Dewey: de la organización bibliográfica moderna a la organización virtual de contenidos. Bogotá: Bubok, 2014. p. 21-30. PIEDADE, Maria Antonietta Requião. Introdução à teoria da classificação. 2. ed. rev. ampl. Rio de Janeiro: Interciência, 1983. 221 p. Portfólio ATIVIDADE ARTIGO DA FILOSOFIA DA CLASSIFICAÇÃO À CLASSIFICAÇÃO BIBLIOGRÁFICA A Classificação é uma função importante para a funcionalidade dos sistemas de informação pois possibilita seu compartilhamento. Pode ser reconhecida como matricial, quando outras funções advêm dela. Ela é motivo de estudos desde a Antiguidade, uma vez que todo ato humano promove a distribuição em classes e pode ser inserido em uma delas. Porém, os sistemas de classificação bibliográfica existentes não suportam o volume informacional, o que compromete a recuperação no momento da busca por informações. Há necessidade de métodos de tratamento dessas informações que tornem viáveis as respostas das organizações de documentos. O planejamento prévio dos procedimentos para garantir de forma acessível a informação necessita de observações. O usuário é o alvo principal desse sistema e, portanto, as classificações bibliográficas devem responder à sua necessidade. As mudanças são constantes e necessárias. E os sistemas de classificação necessitam aprofundar a teoria dos conceitos e das categorias para auxiliar a representação do conhecimento. Ainda necessita de estudos aprofundados por pesquisadores da área, visto que o aumento dos acervos e das informações digitais criou uma nova realidade que assim o exige. Entretanto, os sistemas de classificação existentes têm tido dificuldade de acompanhar a crescente evolução do conhecimento, causa do aumento de informações que nem sempre têm sido recuperadas com êxito pelos pesquisadores. Leia o artigo na integra e, ao final, faça uma reflexão sobre a importância da classificação em biblioteconomia. ACESSE ARTIGO 01 - 690 - AULA 01 OBS: OBS: Para Para redigir redigir sua sua resposta, resposta, use use uma uma linguagem linguagem acadêmica. acadêmica. Faça Faça um um textotexto comcom no no mínimo mínimo 20 20 linhas linhas e e máximo máximo 25 25 linhas. linhas. Lembre-se Lembre-se de de não não escrever escrever emem primeiraprimeira pessoa pessoa do do singular, singular, não não usar usar gírias, gírias, usar usar as as normas normas da da ABNT: ABNT: texto texto comcom fonte fonte tamanhotamanho 12, 12, fonte fonte arial arial ou ou times, times, espaçamento espaçamento 1,5 1,5 entre entre linhas, linhas, textotexto justificado.justificado. Pesquisa AUTOESTUDO Classificação Decimal de Dewey Acesse https://www.youtube.com/watch?v=Y1h9yCegDfE Acompanhe o vídeo selecionado para esta pesquisa e faça um mapa mental, interligando os principais conceitos relacionados a CDD. N
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