Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Acidentes por animais peçonhentos Casos de intoxicação humana por agente Sinitox, 2000 0 5000 10000 15000 20000 25000 Metais Produtos veterinários Alimentos Cosméticos Outro Drogas de Abuso Desconhecido Plantas Raticidas Animais não-peçonhentos Produtos Químicos Industriais Domissanitários Agrotóxicos Animais Peçonhentos Medicamentos Acidentes ofídicos notificados no Brasil jun 1986 a dez 1999 Brasil 0 5.000 10.000 15.000 20.000 25.000 1986 1987 1988 1989 1990 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2.6052.7863.1502.7302.7993.2133.2143.6702.6693.1863.8613.3682.9191.016CO 2.6052.6682.8853.5573.6642.2263.8463.9193.3413.3433.5932.8673.0791.269S 6.1706.1395.6525.2757.0039.0277.6528.1838.1837.9438.8368.3819.3934.709SE 2.6272.5554.0423.2853.8763.5003.3682.6772.8502.8192.5583.0674.3102.091NE 3.6973.0921.8912.9572.5702.4362.8782.5172.3832.3832.1152.1341.864522N 17.70417.24017.62017.80419.91220.40220.95820.96617.04319.67419.28919.81721.5659.607Brasil 19991998199719961995199419931992199119901989198819871986UF Acidentes ofídicos por macro-região N 12,45%CO 15,61% NE 13,62% SE 39,88% S 17,70% 16,8317,5215,1115,35Sul 12,3412,9213,2413,15Sudeste 32,1337,9828,3634,75C. Oeste 7,656,236,716,77Nordeste 25,8923,7723,2324,44Norte 13,9414,0813,3013,78BRASIL Coef.93Coef.92Coef.91Coef .90REGIÃO Frequência relativa Incidência 0,84 0,63 0,53 0,33 0,25 0,45 NE CO N S SE BR 0 0,2 0,4 0,6 0,8 1 letalidade Características epidemiológicas dos acidentes ofídicos ¾ Idade: adultos jovens ¾ Sexo: masculino ¾ Sazonalidade: de acordo com a região ¾ Procedência: zona rural Distribuição dos acidentes ofídicos por gênero de serpente Micrurus 0,4% Crotalus 7,7% Lachesis 1,4% Bothrops 90,5% 2,92.361Não peçonhentos 16,313.339Nao informados 0,3281Micrurus 1,1939Lachesis 6,25.072Crotalus 73,159.619Bothrops %nº acidentesDIAGNÓSTICO Letalidade dos acidente ofídicos por gênero de serpente e macro-região 0,45355 79.250TOTAL 0,50 67 13.339 Não informado 0,361 281Micrurus 0,959 939 Lachesis 1,85945.072 Crotalus 0,31184 59.619Bothrops LETALIDADE (%) N° ÓBITOS Nº CASOS GÊNERO Identificação das serpentes peçonhentas • (1) Dentição opistóglifa • (2) Dentição proteróglifa • (3) Dentição solenóglifa • (4) Cauda lisa • (5) Cauda com escamas eriçadas • (6) Cauda com chocalho Fosseta loreal Bothrops atrox (jararaca, jararaca-do-norte) Bothriopsis bilineata (cobra papagaio, jararaca-verde) Bothrops Bothrops erythromelas (jararaca-da-seca) Bothrops leucurus (jararaca) Bothrops alternatus (urutu cruzeiro, cruzeira) Bothrops moojeni (caiçaca) Bothrops neuwiedi (jararaca pintada, jararaca de rabo branco) Bothrops jararacussu (jararacuçu) Bothrops jararaca (jararaca, jararaca-preguiçosa) C.d. C.d. cascavellacascavella C.d. C.d. ruruimaruruima C.d. C.d. colilineatuscolilineatus C.d. C.d. terrificusterrificus Crotalus durissus cascavel, cascavel-de-quatro- ventas, boicininga, maracá, maracambóia, cobra-de-guizo Lachesis muta M. corallinus M. ibiboboca M. frontalis M. leminiscatus M. spixii Micrurus VENENO ATIVIDADE EFEITO LOCAL EFEITO SISTÊMICO botrópico •inflamatória •coagulante •hemorrágica •necrose tecidual •lesão endotelial • liberação de mediadores inflamatórios e subst. vasoativas • ativação da coagulação •lesão endotelial laquético •inflamatória •coagulante •hemorrágica •“neurotóxica” •necrose tecidual •lesão endotelial • liberação de mediadores inflamatórios e subst. vasoativas • ativação da coagulação • lesão endotelial •estimulação vagal crotálico •neurotóxico •miotóxico •coagulante •ausente • bloqueio neuromuscular • rabdomiólise •ativação da coagulação elapídico •neurotóxico •ausente • bloqueio neuromuscular Mecanismo de ação dos venenos ofídicos Acidente botrópico Quadro clínico Local ¾ Processo inflamatório agudo ¾ Dor ¾ Hemorragia ¾ Complicações locais: • Bolhas • Necrose • Abscesso • Síndrome compartimental • Limitação de movimentos • Amputação Sistêmico ¾ Incoagulabilidade sanguínea ¾ Sangramentos (gengivorragia, equimoses, hematúria) Nos casos graves: ¾ Hipotensão arterial e choque ¾ Hemorragia intensa ¾ Insuficiência renal ¾ Edema extenso Sangramento no local da picada e edema Acidente Botrópico Quadro local Edema e equimose Edema leve Edema, eritema, equimose, bolhas Acidente Botrópico Quadro Local Acidente Botrópico Quadro sistêmico gengivorragia hematúria hematoma Tempo de Coagulação Normal: até 9 min Prolongado: 10 a 30 min Incoagulável: > 30 min Acidente Botrópico Complicações locais Abscesso Necrose Acidente Botrópico Complicações locais Limitação de movimentos Amputação Síndrome compartimental Fatores de risco para complicações Tempo decorrido entre acidente e atendimento Torniquete Incisões Picada em dedos Acidente Botrópico Exames Complementares • Coagulação: Tempo de Coagulação aumentado Plaquetopenia pode ocorrer • Hemograma: Leucocitose c/ ↑ Ne e desvio à esquerda • Uréia, Creatinina, CK Primeiros socorros nos acidentes ofídicos MANIFESTAÇÕES E GRAVIDADE TRATAMENTO LEVE MODERADA GRAVE Locais: Dor Edema Equimose Ausentes ou discretas evidentes intensas Sistêmicas: Hemorragia grave Choque Anúria ausentes ausentes presentes Tempo de Coagulação (TC) normal ou alterado normal ou alterado normal ou alterado Soroterapia (ampolas) 2-4 4-8 8-12 Acidente Botrópico Classificação quanto à gravidade e orientação terapêutica Acidente Botrópico Tratamento Geral • Elevação do membro picado • Hidratação • Analgesia • Antibiotioterapia (se necessário) • Profilaxia antitetânica Acidente Laquético Quadro Clínico ¾ LOCAL: dor, edema, eritema, equimose, bolhas ¾ SISTÊMICO: alteração de coagulação hipotensão arterial, bradicardia cólica abdominal, diarréia ‡ Complicações: infecção secundária, necrose, déficit funcional, síndrome compartimental Foto: Silva Haad, Colômbia Tratamento do acidente laquético Soro antilaquético (SAL) ou Soro antibotrópico-laquético (SABL) 10 a 20 ampolas I.V. Acidente Crotálico Quadro Clínico • LOCAL 9 Edema discreto, parestesia • SISTÊMICO 9 Facies miastênica : ptose palpebral, flacidez dos músculos da face, oftalmoplegia 9 Turvação visual, diplopia, miose/midríase 9 Alteração do olfato, paladar 9 Mialgia generalizada, urina escura 9 Sangramento discreto: gengivorragia, equimose Complicações: Insuficiência Respiratória: paralisia dos mm. da caixa torácica Insuficiência Renal Aguda: mioglobinúria Edema local discreto Ptose palpebral Eritema no local da picada Fáscies miastênica Rabdomiólise - Mioglobinúria Acidente Crotálico Exames Complementares • Tempo de Coagulação: alterado em ≅ 40% • ↑ CPK, DHL, TGO • HMG: ↑ Leu c/ ↑ Ne • ↑ U, C, Ac. Úrico, K, Fósforo; ↓ Ca MANIFESTAÇÕES E GRAVIDADE TRATAMENTO LEVE MODERADA GRAVE Fácies miasténica/ Visão Turva ausente ou tardia discreta ou evidente evidente Mialgia ausente discreta presente Urina vermelha ou marrom ausente pouco evidente ou ausente presente Oligúria/Anúria ausente ausente presente ou ausente Tempo de Coagulação (TC) normal ou alterado normal ou alterado normalou alterado Soroterapia (ampolas) 5 10 20 Acidente crotálico Classificação quanto à gravidade e orientação terapêutica Acidente Elapídico Quadro Clínico • LOCAL 9 Parestesia •SISTÊMICO 9 vômitos 9 facies miastênica : ptose palpebral, flacidez dos músculos da face, oftalmoplegia 9 Turvação visual, diplopia, miose/midríase 9 Dificuldade para deglutição COMPLICAÇÃO : INSUFICIÊNCIA RESPIRATÓRIA Local da picada Fácies miastênica ORIENTAÇÃO PARA O TRATAMENTO SOROTERAPIA (ampolas) Acidentes raros. Pelo risco de insuficiência respiratória aguda, devem ser considerados como graves 10 Acidente Elapídico Orientação terapêutica Anticolinesterásico: Neostigmina IV a cada 30 minutos MEDICAMENTO CRIANÇAS ADULTOS ATROPINA (amp 0,25 mg) 0,05 mg / kg IV 0,5 mg IV NEOSTIGMINA (amp 0,5 mg) 0,05 mg / kg IV 0,5 mg IV Acidentes por serpentes não-peçonhentas Helicops modestus “surucucurana” “cobra d’água” Foto: G.Puorto Philodryas olfersii “cobra-cipó” “cobra-verde” Foto: A Melgarejo Liophis miliaris “trairabóia” “cobra d’ água” Foto: G.Puorto(Foto: G. Puorto) Clelia clelia “muçurana” “cobra-preta” Local da picada Acidente por Philodryas olfersii: Edema e equimose local E. murinus (sucuri) Ferimento traumático por acidente com sucuri Escorpionismo Tityus bahiensis Tityus serrulatus TityusTityus metuendusmetuendus Tityus cambridgei Tityus stigmurus Acidentes escorpiônicos notificados no Brasil 1988 a 1999 505545610278198182331297187159139107CO 33131227834026720130830826714011594S 4.0553.7412.8683.6864.8905.0384.4974.7543.6753.2662.9112.968SE 4.1471.2311.1001.4982.5142.5232.7921.7021.43899608563NE 510362303322244149153739031299N 9.5486.1915.1596.1248.1138.0938.0817.1345.2624.4953.8023.198Brasil 199919981997199619951994199319921991199019891988UF Brasil 0 2.000 4.000 6.000 8.000 10.000 12.000 1988 1989 1990 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 Características epidemiológicas dos acidentes escorpiônicos ¾ Procedência: tendência maior na zona urbana ¾ Sazonalidade: varia de acordo com a região estudada ¾ Tempo picada – atendimento: início precoce dos sintomas ¾ Gravidade: maior por acidente por T.serrulatus maior em crianças Mecanismo de ação do veneno escorpiônico •Sensitivas •Motoras •SNA Simpático Parassimpático Ativação de canais de Na+ Despolarização de terminações nervosas: Escorpionismo: quadro clínico, tratamento e freqüência dos acidentes quanto à gravidade SAE ou SAA 4 - 6 amp.EV Vômitos profusos, sialorréia, sudorese profusa, agitação, tremores, espasmos musculares, bradicardia, bradipnéia, alterações de ECG, EAP, ICC, choque GRAVE (1,7%) SAE ou SAA 2 - 3 amp. EV Alterações locais + sistêmicas: Agitação, sonolência, sudorese, náuseas, vômitos, hipertensão arterial, taquicardia, taquipnéia. MODERADO (1,3%) Sintomáticos Dor, eritema, sudorese localLEVE (97%) TratamentoQUADRO CLÍNICOCLASSIFICAÇÃO Dor, eritema discreto e sudorese local Escorpionismo grave: edema agudo de pulmão Prevenção dos acidentes por escorpião • Manter a casa limpa, evitando acúmulo de lixo • Cuidado ao manusear tijolos, blocos e outros materiais de construção • Tampar buracos e frestas de paredes, janelas, portas e rodapés • Sacudir roupas, sapatos e toalhas antes de usar • Verificar a roupa de cama antes de deitar, afastando a cama da parede • Preservar os predadores naturais (sapos e galinhas) dos escorpiões Phoneutria 27,0% Loxosceles 36,6% Latrodectus 0,4% Outros 6,0% Não informado 29,9% AraneísmoAraneísmo Distribuição por gêneroDistribuição por gênero Brasil: 6859 casos (1999) 4 acidentes/100.000 hab Acidentes araneídicos notificados no Brasil 1988 a 1997 1121201097710480567126242440CO 4.9024.0583.6544.4984.5493.5043.9362.8692.5451.6491.173796S 1.6362.0401.9571.7582.0391.7811.9131.3781.5361.2131.4151.069SE 1574966126125214203179105808362NE 524513575050231151375N 6.8596.3125.7996.5166.8675.6296.1314.5084.2172.9792.7021.972Brasil 199919981997199619951994199319921991199019891988UF Brasil 0 1.000 2.000 3.000 4.000 5.000 6.000 7.000 8.000 1988 1989 1990 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 Gênero N NE SE S CO Phoneutria 1 6 2.885 1.912 5 Loxosceles 1 15 267 6224 5 Latrodectus 0 56 0 13 0 AraneísmoAraneísmo Distribuição dos casos por macroDistribuição dos casos por macro--regiãoregião Fonte: CNCZAAP/FUNASA/MS Acidentes por Acidentes por PhoneutriaPhoneutria Características epidemiológicas dos acidentes por Phoneutria Sazonalidade: incidência aumenta nos meses de abril e maio (Sul e Sudeste) Região anatômica da picada: predomínio em extremidades Intervalo entre picada e atendimento: início precoce dos sintomas Circunstâncias do acidente: calçando, limpando jardim, manuseando frutas/legumes Mecanismo de ação do veneno de Phoneutria •Sensitivas •Motoras •SNA Simpático Parassimpático Ativação de canais de Na+ Despolarização de terminações nervosas: Acidente por Phoneutria Quadro clínico e tratamento SAA 5 - 10 amp. EV Alterações locais + sistêmicas: Vômitos profusos, sialorréia, sudorese profusa, agitação, tremores, hipertonia muscular , priapismo, choque, edema agudo de pulmaõ GRAVE SAA 2 - 4 amp. EV Alterações locais + sistêmicas: Agitação, sudorese, náuseas, vômitos, hipertensão arterial, taquicardia, taquipnéia. MODERADO Sintomáticos Dor, eritema, edema, sudorese localLEVE TratamentoQUADRO CLÍNICOCLASSIFICAÇÃO Dor, edema e eritema local Edema Sinais da picada AcidentesAcidentes porpor LoxoscelesLoxosceles L. gauchoL. laeta L. intermedia Características epidemiológicas dos acidentes por Loxosceles Sazonalidade: meses quentes (Sul e Sudeste) Região anatômica da picada: predomina em regiões centrais Intervalo entre picada e atendimento: aparecimento dos sintomas tende a ser mais tardio Circunstâncias do acidente: vestindo, dormindo Formas clínicas do loxoscelismo Forma cutânea - edema local endurado - dor local - equimose, isquemia - vesícula, bolha - necrose Forma cutâneo-hemolítica - hemólise intravascular - CIVD - IRA Manifestações gerais • febre • mal-estar • exantema 2º pp 5º pp 18º pp 1º pp 5º pp 41º pp 30º pp 16º pp Exantema cutâneo Forma cutâneo- hemolítica: icterícia e hemoglobinúria Tratamento X 5 Æ cutâneo X 10 Æ cutâneovisceral Corticosteróide: prednisona - 1mg/kg/d por 5 dias Acidentes por Acidentes por LatrodectusLatrodectus Acidente por Latrodectus Quadro clínico e tratamento .Geral: analgésico, sedativos .Específico: SALatr 1 a 2 amp .Geral: analgésico, sedativos .Específico: SALatr 1 amp .Geral: analgésicos, observação Tratamento Todos acima e: Taqui/bradicardia, hipertensão arterial,taqui/dispnéia, náuseas/vômitos, priapismo, retenção urinária Anteriores + Dor abdominal, sudorese generalizada, ansiedade/agitação, mialgia, dificuldade de deambulação, cefaléia, tontura, hipertermia - Local: dor, edema, sudorese - Dor MMII, parestesia membros,tremores, contraturas Manifestações GRAVE MODERADO LEVE Gravidade Lycosa (aranha de jardim) : acidente benigno; pouca dor local Outras aranhas Caranguejeira: Quando agredida, solta os pêlos que podem causar reação alérgica Prevenção dos acidentes por aranhas • Tampar buracos e frestas de paredes, janelas, portas e rodapés • Sacudir sapatos e roupas antes de usá-los;• Evitar folhagens densas junto a paredes e muros das casa; • Usar calçados e luvas; Acidentes por lepidópteros gênero Podalia gênero Megalopyge família Megalopygidae gênero Sibine família Limacodidae superfamília Zigaenoidea gênero Lonomia gênero Automeris gênero Dirphia gênero Hylesia família Saturniidae superfamília Bombycoidea família Notodontidae gênero Premolis família Arctiidae família Lymantriidae superfamília Noctuoidea subordem Ditrysia ordem LEPIDOPTERA Classificação dos lepidópteros de importância médica Família Megalopigidae Família Saturniidae Veneno de lepidópteros •Histamina •Fosfolipase A2 •Enzimas proteolíticas •Substâncias ativadoras de Complemento Processo inflamatório agudo local dor em queimação edema hiperemia adenopatia regional vesícula, bolha, necrose Tratamento •Lavar a região com água fria ou corrente •Compressa com gelo •Decúbito elevado do membro •Bloqueio anestésico com lidocaína 2%, 3 – 4 ml por infiltração •Corticosteróide tópico •Antihistamínico oral Acidentes por Hylesia sp Surtos de dermatite papulosa Lesões pápulosas em áreas expostas + prurido intenso Evolução em 1 a 3 semanas Tratamento: anti-histamínico compressas frias corticosteróide tópico Pararamose Reumatismo dos seringueiros Acidentes por Lonomia Acidentes por Lonomia no Brasil UF/ano ..86 87 88 89 90 91 92 93 94 95 96 97 98* Total AM/PA SP PR SC RS GO 26 -- -- -- -- -- -- -- -- -- -- -- -- 1 -- -- -- -- -- -- -- -- 6 -- -- 1 2 30 10 -- -- 1 4 30 13 -- -- -- 2 8 21 -- -- 2 2 -- 72 -- -- 1 4 32 101 -- -- 4 6 75 66 -- 2 7 2 90 46 1 -- 2 40 170 111 -- -- 1 32 230 177 -- 28 20 92 665 323 1 TOTAL 26 -- 1 6 43 48 31 76 138 151 148 359 440 1129 Local Freq % dor 235 82,2 hiperemia 107 37,4 edema 86 30,1 artralgia 61 21,3 adenomegalia 7 2,5 bolha 6 2,1 prurido 2 0,7 dormência 1 0,3 Fonte: HSVP, Passo Fundo - 1989/95 Acidente por Acidente por LonomiaLonomia quadro clínicoquadro clínico Manifestações gerais Freq % cefaléia 149 52,1 náuseas/vômitos 66 23,1 tonturas 13 4,5 dores abdominais 9 3,1 febre 8 2,8 dores musculares 5 1,7 hipotensão 4 1,4 Sangramentos Freq % equimose/petéquia 94 32,9 hematúria 58 20,3 gengivorragia 56 19,6 hematoma pós punção 54 18,9 epistaxe 26 9,1 hem. intracraniana 2 0,7 hem. digestiva 2 0,7 hem. pulmonar 2 0,7 hemoptise 1 0,3 hem. peritoneal 1 0,3 hem. intramedular 1 0,3 hem. tireóide 1 0,3 Fonte: HSVP, Passo Fundo - 1989/95 Complicações Freq % IRA 13 4,5 óbito 5 1,7 Fatores de risco: •número de lagartas •intensidade do contato •idade/patologia prévia •intervalo acidente-atendimento •traumatismo •presença de sangramento Classificação segundo a gravidade e orientação terapêutica Sintomático + SALon 10 amp Sintomático + SALon 5 amp Sintomático Tratamento - Local: presente ou ausente -Tempo de Coagulação: alterado - Sangramento: presente em vísceras - Risco de vida - Local: presente ou ausente -Tempo de Coagulação: alterado - Sangramento: ausente ou presente em pele/mucosa - Local: dor, edema, eritema Manifestações GRAVE MODERADO LEVE Gravidade Acidentes por Himenópteros Himenoptera (ordem) Symphyta (sub-ordem) Apocrita (sub-ordem) Parasítica (Terebrantia) ACULEATA Mais de 100.000 espécies  ferrões verdadeiros Abelhas Vespas Formigas Dispersão daDispersão da ApisApis melliferamellifera (abelha africanizada)(abelha africanizada) nas Américasnas Américas 19571957 19781978 19741974 19711971 19671967 19661966 19751975 19801980 Epidemiologia Composição dos Venenos Cardioprep CininasPeptídeo MCD P.QuimiotáticosApamina AlcalóidesMastoparanosMelitina Fosfatase ácidaFosfatase ácidaFosfatase ácida HialuronidaseHialuronidaseHialuronidase FosfolipaseFosfolipaseFosfolipase FormigasVespasAbelhas Acidentes por abelhas e vespas Reações Tóxicas • Reação Tóxica Local→ 9 Dor, eritema e edema não muito intensos que persistem por algumas horas; 9 Analgésicos, compressas frias, retirada do ferrão (quando presente); • Reação Tóxica Sistêmica→ 9 Múltiplas picadas (> 100) 9 Prurido, rubor, urticária, taquicardia, sudorese, febre; 9 Hipotensão, cefaléia, náuseas e/ou vômitos, cólicas abdominais, broncoespasmo, choque e insuficiência respiratória aguda; 9 Rabdomiólise, hemólise e IRA; 9 Outras alterações: necrose hepática, trombocitopenia, lesão miocárdica, coagulopatias, convulsões, arritmias cardíacas; 9 Terapêutica apropriada conforme quadro clínico; Reaçõs Alérgicas • Reação Local Extensa→ 9 Edema maior que 10cm de diâmetro, em geral com pico em 48 h, persistindo por alguns dias; 9 Antinflamatórios, antihistamínicos, e corticóides sistêmicos eventualmente; • Reação Alérgica Sistêmica→ 9 Sintomas de anafilaxia; 9 Tratamento da anafilaxia, medidas reventivas, considerar imunoterapia (encaminhar para o especialista em alergologia).. Múltiplas picadas de abelha reação tóxica sistêmica Picada de abelha reação alérgica Acidentes por formigas Formiga correição 9 Picadas moderadamente dolorosas, distribuição na Amazônia. Saúva 9 Comuns em todo Brasil 9 podem produzir cortes na pele com as potentes mandíbulas 9 pouco interesse médico. Tocandira 9 Brasil central e na Região Amazônica; 9 Dor local intensa até 24-48 horas; 9 Urticárias são comuns em múltiplas picadas. Lava-pés 9 Ampla distribuição 9 Pápula urticariformeÆ pústula estéril após 24 horas; em alguns casos, reação local extensa, com vermelhidão e edema, em 24 a 72 horas; 9 Anafilaxia em 1 a 2%. Múltiplas picadas por lava-pés (Solenopsis) Tratamento 9Antihistamínicos, corticosteróides tópicos, compressas frias; 9Corticosteróides sistêmicos nos acidentes maciços; 9Imunoterapia pode estar indicada em pacientes com história de reações sistêmicas. Ordem Coleoptera (Ejeção de substância cáustica) Fam. Meloidae Fam. Staphylinidae Epicauta sp “vaquinha” ou “burrinho” Paederus sp “Potó” SOROTERAPIASOROTERAPIA Produtores de antiveneno no Brasil •Instituto Butantan, São Paulo •Fundação Ezequiel Dias, Minas Gerais •Instituto Vital Brazil, Rio de Janeiro •Centro de Produção e Pesquisa em Imunobiológicos, Paraná Apresentação: forma líquida Conservação: 2 a 8ºC Administração • Dose única, não fracionada • Via endovenosa, diluído ou não • Quantidades iguais para crianças e adultos • Número de ampolas proporcional à gravidade do acidente histamina leucotrienos prostaglandinas fator quimiotático de neutrófilos fator quimiotático de eosinófilos Reações precoces ao soro heterólogo anafilática anafilactóide IgE C’ ? vasodilatação constricção brônquica aumento da permeabilidade vascular FATORES PREDISPONENTES • tipo de soro • dose de soro • velocidade de infusão • soroterapia prévia • sensibilidade individual MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS •CUTÂNEAS: prurido, urticária, rubor •GASTROINTESTINAIS: náuseas, vômitos, cólicas abdominais, diarréia •RESPIRATÓRIAS: estridor laríngeo, broncoespasmo, edema de glote •CARDIOVASCULARES: angioedema, hipotensão, choque Medidas para prevenção/redução das reações precoces • teste de sensibilidade • diluição• pré-medicação anti-histamínicos bloqueador H1 prometazina dextroclorfeniramina difenidramina bloqueador H2 cimetidina ranitidina corticosteróides Tratamento das reações precoces Adrenalina (1:1000) - 0,1 ml/kg, até 3,0 ml iv, it (diluída a 1:10), sc repetir até 3 vezes com intervalo de 5 min. Hidrocortisona - 30 mg/kg iv com dose máxima de 1000 mg. Prometazina - 0,5 mg/kg iv com dose máxima de 50 mg. Expansão da volemia - SF ou solução de Ringer lactato 20 ml/kg peso. Suspender temporariamente a soroterapia na crise asmatiforme: bronco-dilatador b2, tipo fenoterol aminofilina 3-5 mg/kg/dose iv 6/6h febre tremores calafrios Reações pirogênicas Reações tardias (Doença do soro) febre artralgia urticária adenomegalia hepatoesplenomegalia proteinúria prednisona: 1 mg/kg/dia (máximo 60mg) vo, 5-7 dias (0xx11) 3726-7962 (0xx11) 3726-7222 r. 2000, 2002, 2188 Material elaborado pela equipe médica do Hosp. Vital Brazil, Instituto Butantan: • Carlos Roberto de Medeiros • Ceila Maria Sant´Ana Málaque • Fan Hui Wen • Francisco Oscar de Siqueira França • João Luiz Costa Cardoso • Marília Miranda Franco Fotos: • Acervo Hospital Vital Brazil, Instituto Butantan, SP • Aníbal Melgarejo (Instituto Vital Brazil, RJ) • Giuseppe Puorto (Museu Biológico, Instituto Butantan, SP) • Otávio A. V. Marques (Lab. Herpetologia, Instituto Butantan, SP) • Roberto Henrique P. Moraes (Lab. Parasitologia/Entomologia, Instituto Butantan, SP) • Rogério Bertani (Lab. Artrópodes, Instituto Butantan, SP) • Sávio S. Sant’anna (Lab. Herpetologia, Instituto Butantan, SP)
Compartilhar