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CAPACITAÇÃO INTERNA por GUSTAVO PITANGUEIRA Resumo: Nathália França ACIDENTES COM ANIMAIS PEÇONHENTOS ACIDENTE OFÍDICO Serpentes venenosas • Botrópico - Jararaca (+prevalente) • Laquesico - Surucucu • Crotálico - Cascavel • Lapídico - Coral verdadeira EPIDEMIOLOGIA 12/100000 HAB. Jararaca 90% ABORDAGEM GERAL Estabilização → Elevação de membro, Sinais vitais Balanço hídrico Historia clinica → local, tempo decorrido, garrote, substancias utilizadas Tratamento: higiene, analgesia e tranquilização, coleta de exames.. Imobilização compressiva. Não fazer torniquete. RECONHECIMENTO Características do animal: • Orifícios abaixo dos olhos – fosseta loreal. • Presas inoculadoras OBS: CORAL NÃO TEM FOSSETA LOREAL. Espécie – cauda • Guizo ou chocalho → cascavel • Escama lisa → jararaca • Escama eriçadas → surucucu ACIDENTE BOTRÓPICO → JARARACA Fisiopatologia do veneno: ↑Proteólise = reação inflamatória local marcante. ↑Cascata de coagulação ↑capacidade hemorrágica (pequenos) → epistaxe Quadro clínico Quadro clinico Local marcante e pequenos sangramentos Edema circunscrito → progride pra membro → bolhas → necrose Sangramentos leves: gengivorragias, lesões purpuricas, hematúria microscópica Sindrome compartimental: por causa do edema. Infecção da ferida, necrose, perda funcional IRA Exames Tempo de coagulação 0-10/10-30/>30 (PARAMETRO TERAPEUTICO E DE GRAVIDADE) TP, TTPa, D-dímero Função renal. Hemograma e anemia leucocitose com desvios. Tratamento: NÃO SE FAZ ATB TERAPIA PROFILÁTICA. CAPACITAÇÃO INTERNA por GUSTAVO PITANGUEIRA Resumo: Nathália França • Soro antibotrópico (soroterapia específica) ou soro antibotrópico-laquético→ soro diluído (diminuir chance de reação anafilática) o Dessensibilização do paciente: antes de dar o soro dá alguns remédios (anti-histaminico e corticoide) o Quantidade depende da gravidade (leve, moderado e grave) ▪ Leve: edema ate 2 segmentos, TC alterada, hemorragia ▪ Moderada ▪ Grave • Fez a soroterapia → avaliar se foi eficiente → 12h depois fazer tempo de coagulação o < 10 min – normal → não precisa fazer nada o 10 a 30 – alterado → + 2 doses adicionais o > 30 min – incoagulado → + 2 doses adicionais o + 2 doses se depois de 24h ainda estiver depois se ainda estiver alterado • Analgesia com opioide o Sintomáticos/não usar AINE • Tratar complicações • Não precisa repor com heparina ou fatores de coagulação. ACIDENTE LAQUÉTICO - SURUCUCU Veneno: semelhante ao botrópico Quadro clínico local com propriedade proteolítica, hemorrágica e coagulante + acidente neurotóxico (estimulação vagal – hipotensão, diarreia, vômitos, náuseas, bradicardia) Exames Tempo de coagulação TTPA e TP Ureia, creatinina e eletrólitos Sumario de urina hemograma Terapia → soro antilaquético baseado na gravidade. Atropina se bradicardia importante Hidratação vigorosa e droga vasoativa se necessário nos casos de hipotensão/choque ACIDENTE CROTÁLICO – CASCAVEL MAIOR MORTALIDADE FISIOPATOLOGIA DO VENENO: Ação neurotoxica marcante por conta da crotoxina → Inibe a fenda pré-sináptica a liberação de acetilcolina → bloqueio neuromuscular Miotoxicidade: rompe fibras musculares e libera mioglobina – dano renal Degradação do sistema de coagulação – degrada fibrinogênio e alargamento do tempo de coagulação (sangramentos pequenos) QUADRO CLINICO Quadro clinico local é brando. Raro ter edema e dor. Sintomas gerais como náuseas, mal estar 3h depois: ptose palpebral bilateral, flacidez da musculatura da face, oftalmoplegia, diplopia e dificuldade de acomodação visual Fascies miastenica = flacidez de muscusculatura de face Mialgia e mioglobinúria macroscópica Pequenos sangramentos Leve: tudo ausente 5 ampolas Moderada: discretamente 10 ampolas Grave: todos intensos 20 ampolas CAPACITAÇÃO INTERNA por GUSTAVO PITANGUEIRA Resumo: Nathália França EXAMES Elisa CK, CKMB, troponina Hemograma ECG Mioglobina serica Sumario de urina Provas de coagulação – principalmente TC TRATAMENTO: Soro anticrotálico IV sem precisão de diluir Rabdomiólise – pode se depositar no sistema renal e causar IRA – hidratação adequada do paciente. Manter fluxo renal 30-40mL/h pode ser necessário o uso de manitol e furosemida Pode ter insuficiência respiratória aguda. ELAPÍDICO - CORAL Presença de neurotoxinas pós-sinapticas com afinidade para os sítios receptores de acetilcolina. Bloqueio neuromuscular semelhante aos curare. Quadro clinico Ptose bilateral, oftalmoplegia... Quadro neurotoxico isolado. Sem dor muscular. Sem quadro miotoxico. Sem alterações de urina. Todo acidente elapídico é considerado GRAVE. Droga anticolinestererásica – neoesfigmina. ACIDENTE ESCORPIÔNICO Letalidade baixa. Ativa sinais de Na → liberação adrenérgica e colinérgica Quadro clinico: • dor intensa no local, sudorese, piloereção, eritema • Sudorese, náusea, vomito, HA • Arritmia, IC, EAP, necrose miocárdica. TRATAMENTO LEVE: só local → sem soro + anestésico local MODERADO: dor, náuseas, vômitos, sialorreia → 2-3 ampolas GRAVE: mesmo que o moderado + intenso, vômitos incoercíveis → 4-6 ampolas EXAMES: Hemograma, ECG, RX, eco. Não precisa de testes de coagulação. Se dor intensa – bloqueio anestésico local com lidocaína 2% sem vaso. Soroterapia IV Manif sistêmicas → UTI. ACIDENTES ARANEÍDICOS Pouco frequente. Laxosceles – marrom Phoneutria – armadeira Latrodectrius – viúva negra ARMADEIRA Verduras, frutas, limpezas e gardins. Aranha agressiva – posição de ataque. CAPACITAÇÃO INTERNA por GUSTAVO PITANGUEIRA Resumo: Nathália França Toxina: phoneutritoxina. Ativa canais de sódio e retarda sua inativação. Promove despolarização de terminações sensitivas no local da inoculação. Raramente ativa SNA. Quadro local: dor, eritema, sudorese local. Manif sistêmicas quando existentes: vômitos, palidez, taquicardia, taquipneia, arritmias, EAP. Quadros leves necessitam apenas de analgesia ou anestesia local. Moderados em crianças e graves em adultos: soro. ARANHA MARROM Encontrada no interior do domicilio. Não é agressiva. Ataca quando é comprimida contra o corpo. Principal toxina: esfingomielinase – ativa sistema complemento liberando mediadores inflamatórios responsáveis por lesão cutânea ou hemólise. Quadro clínico: Inicialmente não é doloroso. 6-8H depois da picada: dor e mudança de coloração eritema → equimose mesclada com áreas de palidez. Mal estar, febre, náuseas, exantema cutâneo. Com hemólise → alteração de urina e icterícia. Se não tratar – necrose. Tratamento: Cutâneo → 5 ampolas, corticoide (prednisona), analgésico. Cutaneo hemolítico → 10 ampolas Se demorar mais de 72h não adianta mais. VIUVA NEGRA Toxina alfa-latroxina se liga na terminação pré-sinaptica = aumenta cálcio intracelular. Quadro clinico: Dor local que aumenta de intensidade. Edema, papula eritematosa e sudorese. Sem soro especifico. HIMENÓPTEROS Quadro de toxicidade – picada de mais de 100 abelhas. Se o paciente for sensível, basta uma picada pra ter lesão anafilática. Como tirar o ferrão? Jamais pinçar – porque acaba liberando o veneno. Fazer raspagem do ferrão Reação toxica: Local: analgesia, anti-histaminico Sistemico: hemólise, IRA, IR. Reação alérgica: Local: analgésico, compressa fria, anti-histaminico, corticosteroide. Sistemica: Adrenalina, anti-histaminico, corticosteroides Adrenalina → evitar o broncoespasmo
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