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Cancro mole ou cancroide

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CANCRO MOLE OU CANCROIDE 
→ Doença infecciosa aguda. 
→ Infecção sexualmente transmissível (IST). 
→ Agente etiológico: Haemophilus ducrey 
(cocobacilo gram negativo). 
→ Transmissão exclusivamente sexual: 
fissura/lesão - porta de entrada. 
→ Buscar os parceiros dos últimos 3 meses. 
→ Síndrome clínica: ÚLCERAS GENITAIS. 
→ Associação com elevado risco para 
transmissão do HIV: úlceras formam porta de 
entrada para vírus. 
o Tratamento e diagnóstico imediatos 
ajudam na prevenção e controle da 
epidemia de HIV. 
→ Lesões são mais frequentes no sexo 
masculino. 
→ Incubação de 3 a 10 dias. 
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS 
→ Lesões ulcerativas erosivas 
→ Precedidas ou não por pústulas/vesículas 
→ Dor, ardor, prurido 
→ Drenagem de material purulento 
→ Sangramento 
→ Linfadenopatia regional: pode acontecer 
associado ao cancroide a ADENITE INGUINAL 
(“bubão” - linfonodo bem reacional, 
edemaciado, com característica bacteriana 
que vai fistulizar → quando drena torna-se 
um orifício único com saída de secreção). 
o Unilateral (75%). 
LESÕES 
→ Pápula dolorosa → pústula → se rompe e 
forma úlcera rasa, não endurecida (evolui de 
tamanho e profundidade em um período de 
48 horas). 
→ Múltiplas (ocorre autoinoculação local e 
propagação bacteriana). 
→ Bordas irregulares e contornos eritemato-
edematosos. 
→ Fundo sujo com exsudato necrótico, 
amarelado e odor fétido. 
o Se remoção do exsudato é visto um 
tecido de granulação friável. 
→ Lesões em homens: geralmente no prepúcio, 
sulco coronal ou haste peniana. 
o Se não tratado, o cancroide persiste por 
meses e provoca úlceras gigantes, com 
erosão da zona infectada, ou fibrose, 
levando a fimose. 
 
→ Muitas vezes é indistinguível de sífilis e 
herpes genital. 
FISIOPATOLOGIA 
→ O H. ducreyi entra na pele através de 
lacerações do epitélio que ocorrem durante 
a relação sexual. 
→ Formam-se pápulas eritematosas (dentro de 
horas a dias) → pústulas (em 2 a 3 dias) → 
depois de alguns dias a 2 semanas, as 
pústulas ulceram. 
→ Os pacientes geralmente desenvolvem de 1 a 
4 úlceras dolorosas, mas costumam só 
procurar tratamento até que tenham 
sintomas ulcerativos - aparecem de 1 a 3 
semanas (a essa altura, cerca de 40% têm 
linfadenopatia inguinal supurativa ou 
gânglios intumescidos). 
→ As lesões são recobertas por material 
purulento e, quando secundariamente 
infectadas, exalam odor fétido. 
DIAGNÓSTICO 
→ Aspectos clínicos variados. 
→ Diagnóstico clínico é muito difícil: apenas 
cerca de 32,7%. 
o Validação da abordagem sindrômica 
proposta pelo MS: após verificação de 
uma a úlcera, pode-se tentar “atirar para 
todos os lados” na busca de abarcar o 
agente etiológico, já que não se consegue 
facilmente um diagnóstico específico. 
→ Baixas sensibilidade e especificidade com 
agente etiológico: 25% não há confirmação 
laboratorial do diagnóstico. 
→ Como o diagnóstico laboratorial imediato 
não é conclusivo e nem sempre está 
disponível, recomenda-se o tratamento para 
as duas causas mais frequentes de úlcera 
genital: sífilis primária e cancro mole. 
DIAGNÓSTICO ESPECÍFICO 
→ Cultura (sensibilidade < 80%) 
→ Esfregaço corado por Gram: 
o Bastonetes gram negativos sem 
motilidade. 
o Disposição em “cardume de peixe” ou 
“impressão digital”. 
TRATAMENTO 
→ Primeira opção: AZITROMICINA 1g dose única 
ou CEFTRIAXONA 500mg, IM, dose única 
→ Segunda opção: CIPROFLOXACINO 500mg 
1cp VO 2x/dia por 3 dias 
 
→ A punção do “bubão” é indicada apenas para 
alívio dos sintomas, sendo contraindicada a 
incisão cirúrgica para drenagem dos 
linfonodos acometidos.

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