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94199244-Aula5-Surgimento-Da-Ciencia-Moderna-e-Suas-Caracteristicas

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LU 06/04/10 
PROT: 3340 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SURGIMENTO DA CIÊNCIA MODERNA E SUAS 
CARACTERÍSTICAS
 PROF: EQUIPE FILOSOFIA 
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CONTEÚDO PROGRAMÁTICO
IMPACTO: A Certeza de Vencer!!! 
 
 
 
A religião, suporte do saber na Idade Média a 
partir do final daquele período e durante o 
Renascimento vinha sofrendo diversos abalos com o 
questionamento da autoridade papal, o advento do 
protestantismo e a consequente destruição da 
unidade religiosa. Ao critério da fé e da revelação, o 
indivíduo moderno opõe o poder exclusivo da razão 
de discernir, distinguir e comparar. Ao dogmatismo, 
opõe a possibilidade da dúvida. Ao desenvolver a 
mentalidade crítica, questiona a autoridade da Igreja 
e o saber aristotélico. Assume uma atitude polémica 
perante a tradição. Só a razão é capaz de conhecer. 
O que vemos se afirmar é uma característica 
importante do pensamento moderno; o racionalismo. 
Uma das expressões mais claras desse racionalismo 
é o interesse pelo método. 
Embora o método tenha sido sempre objeto 
de discussão na filosofia, nunca o foi com a 
intensidade e a prioridade que lhe dedicaram os 
filósofos do século XVII, Até então a filosofia se 
debruçara sobre o problema do ser, mas na Idade 
Moderna se volta para as questões do conhecer. 
Enquanto o pensamento antigo e medieval parte da 
realidade inquestionada do objeto e da capacidade 
humana de conhecer, surge na Idade Moderna a 
preocupação com a "consciência da consciência". 
Antes se perguntava: "Existe alguma coisa?", "Isto 
que existe, o que é?”. Agora o problema não é saber 
se as coisas são, mas se nós podemos 
eventualmente conhecer qualquer coisa. Das 
questões epistemológicas, isto é, relativas ao 
conhecimento, deriva a ênfase que marcará a 
filosofia daí por diante. 
Nessa virada temática, dá-se também outra 
inversão: enquanto o filósofo antigo não questiona a 
realidade do mundo, René Descartes (1596-1650), 
seguindo rigorosamente o caminho, o método por 
ele estabelecido, começa duvidando de tudo, até 
reconhecer como indubitável a própria existência. É 
na descoberta da subjetividade que residem as 
variações do novo tema. O filósofo passa a se 
preocupar com o sujeito que conhece, mais do que 
com o objeto conhecido. 
É tão importante a questão do método no 
século XVII que Descartes a coloca como ponto de 
partida do seu filosofar. A dúvida metódica é um 
artifício com que demole todo o edifício construído 
do saber para recomeçar tudo de novo. O método 
adquire um sentido de invenção e descoberta, e não 
mais a possibilidade de demonstração organizada 
do que já é sabido. 
Outros filósofos, além de Descartes, também 
se dedicam ao problema do método, tais como 
Francis Bacon, Locke, Hume, Espinosa. O método 
filosófico passa por profunda transformação e até 
hoje não cessa de desencadear as mais diversas 
polêmicas. 
O próprio Galileu, também no século XVII. 
teoriza sobre o método científico, que significou uma 
verdadeira revolução: é justamente nesse momento 
que a ciência rompe com a filosofia aristotélico-
escolástica e sai em busca do seu próprio caminho. 
Outra característica do pensamento moderno 
é o antropocentrismo. Enquanto o pensamento 
medieval é predominatemente teocêntrico (centrado 
na figura de Deus), o indivíduo moderno coloca a si 
próprio no centro dos interesses e decisões. Ao 
prevalecimento da explicação religiosa do mundo, é 
contraposta a localização do saber, da moral, da 
política, que é estimulada pela capacidade de livre 
exame. Da mesma forma que em ciência se aprende 
a ver com os próprios olhos, até na religião os 
adeptos da Reforma defendem o acesso direto ao 
texto bíblico, dando a cada um o direito de 
interpretá-lo. 
O que se observa nas grandes mudanças 
ocorridas no período é uma valorização do saber 
ativo em oposição ao saber contemplativo dos antigos. 
O conhecimento não parte apenas de noções e 
princípios, mas da própria realidade observada e 
submetida a experimentações. Da mesma forma, o 
saber deve retornar ao mundo para transformá-lo. Dá-
se a aliança da ciência com a técnica. 
 
CONCEPÇÃO ANTIGA E MODERNA DE CIÊNCIA 
A concepção mais geral de ciência define 
ciência como conhecimento que inclui, em qualquer 
forma ou medida, uma garantia própria de validade. A 
limitação expressa pelas palavras "em qualquer forma 
 
 
 
 
 
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REVISÃO IMPACTO - A CERTEZA DE VENCER!!!
 
ou medida" é aqui incluída para tornar a definição 
aplicável à Ciência Moderna, que não tem pretensões 
de absoluto. Mas segundo o conceito tradicional, a 
ciência inclui garantia absoluta de validade, sendo 
portanto, como conhecimento, o grau máximo da 
certeza. O oposto da ciência é a opinião, caracterizada 
pela falta de garantia de sua validade. 
 
● Karl Popper: “O velho 
ideal científico da episteme, 
do conhecimento 
absolutamente certo e 
demonstrável, revelou-se 
um mito. A exigência de 
objetividade científica 
torna inevitável que 
qualquer asserção 
científica seja sempre 
provisória"(The logic of 
scientifïc discovery, 2aed, 
1958, 85, p.279). 
 
CIÊNCIA ANTIGA: FÍSICA ARISTOTÉLICA. 
 
 
 
● É uma ciência baseada nas qualidades percebidas 
nos corpos (leve, pesado, líquido, sólido, ete.); 
 
● É uma ciência baseada em distinções qualitativas 
do espaço (alto, baixo, longe, perto, celeste, 
sublunar); 
 
● É uma ciência baseada na metafísica da 
identidade e da mudança (perfeição imóvel, 
imperfeição movel); 
 
● É uma ciência que estabelece leis diferentes para 
os corpos segundo sua matéria e sua forma, ou 
segundo sua substância; 
 
● Como consequência das características 
anteriores, é uma ciência que concebe a realidade 
natural como um mundo hierárquico no qual os 
seres possuem um lugar natural de acordo com sua 
perfeição, hierarquizando-se em graus que vão dos 
inferiores aos superiores. 
 
CIÊNCIA MODERNA: GALILEU E NEWTON. 
 
 
 
● Para a física moderna, o espaço é aquele definido 
pela geometria, portanto, homogêneo, sem 
distinções qualitativas entre alto, baixo, frente, atrás, 
longe, perto. 
 
● Tona-se inútil a distinção entre um mundo celeste 
e um mundo sublunar, pois astros e corpos 
terrestres obedecem às mesmas leis, universais da 
física; 
 
● O movimento e o repouso são as propriedades 
físicas objetivas de todos os corpos da Natureza e 
todos eles obedecem às mesmas leis - aquelas que 
Galileu formulou com base no princípio da ínércia 
(um corpo se mantém em movimento 
indefinidamente, a menos que encontre um outro 
que lhe faça obstáculo ou que o desvie de seu 
trajeto); e aquelas formuladas por Newton, com base 
no princípio universal da gravitação (a toda ação 
corresponde uma reação que lhe é igual e contrária). 
Não há diferença entre movimento natural e 
movimento violento. 
 
CARACTERÍSTICAS DA CIÊNCIA MODERNA. 
● Racionalismo 
● Preocupação com questões epistemológicas 
● Antropocentrismo 
 
 
ANOTAÇÕES: 
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