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As bases da pesquisa

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22/04/2023, 22:28 As bases da pesquisa
https://stecine.azureedge.net/repositorio/00212sa/02286/index.html# 1/50
As bases
da pesquisa
Maira Leon Ferreira
Descrição
Caracterização do método científico e especificações sobre delineamentos em pesquisa experimental e
quase experimental na construção do conhecimento da Psicologia como ciência.
Propósito
O domínio sobre os diversos métodos e princípios de pesquisa é necessário para poder avaliar os relatos
científicos em relação à metodologia empregada e para decidir se as conclusões são válidas, assim como
para poder realizar pesquisas científicas adequadas.
Objetivos
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Módulo 1
Teoria, método e delineamento de uma pesquisa
Reconhecer os pressupostos básicos que caracterizam a teoria, o método e o delineamento de uma
pesquisa.
Módulo 2
Construção e testagem de uma teoria
Analisar os elementos e as etapas fundamentais na construção e na testagem de uma teoria.
Módulo 3
Principais variáveis de uma pesquisa
Identificar a importância e as características que nos permitem diferenciar as principais variáveis de uma
pesquisa.
Módulo 4
Psicologia como ciência
Avaliar a pertinência e os determinantes do método experimental e dos quase experimentais na
construção de conhecimento da Psicologia como ciência.
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Introdução
Na Psicologia, existem vários questionamentos interessantes que demandam o desenvolvimento de teorias
e métodos de pesquisa capazes de responder a essas perguntas. Por outro lado, frequentemente, somos
bombardeados por várias notícias, informações e pesquisas sobre diversos assuntos na mídia. Porém,
como faremos para avaliar tais relatos? Devemos aceitar tais achados apenas por serem apresentados
como científicos?
Ter conhecimentos sobre os diversos métodos de pesquisa auxilia na leitura e no entendimento desses
relatos, permitindo-nos avaliar a metodologia empregada e decidir se as conclusões são razoáveis e
aplicáveis. Para conseguir essa visão crítica, abordaremos os conceitos de falseabilidade em pesquisa,
dedução e indução, bem como os princípios éticos para o planejamento em pesquisa.
Em seguida, destacaremos elementos que permitam reconhecer os tipos de variáveis existentes e
identificar como essas variáveis se relacionam em um contexto de pesquisa experimental. Por último,
passaremos a distinguir os métodos experimentais e quase experimentais.

22/04/2023, 22:28 As bases da pesquisa
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1 - Teoria, método e delineamento de uma pesquisa
Ao �nal deste módulo, você será capaz de reconhecer os pressupostos básicos que
caracterizam a teoria, o método e o delineamento de uma pesquisa.
Método cientí�co
Várias questões aguçam nossa curiosidade sobre o mundo. Na Psicologia, existem muitas perguntas
inquietantes, e o método científico busca respondê-las de forma eficaz e sistematizada. O planejamento de
uma pesquisa científica requer que o pesquisador tenha conhecimentos acerca de uma série de fatores,
para que os resultados sejam confiáveis e exequíveis pela comunidade. Com isso, neste conteúdo,
abordaremos o método científico, bem como as especificações sobre delineamentos em pesquisa
experimental.
O método científico é um conceito abstrato que se refere às maneiras como as perguntas são feitas e à
lógica e métodos usados para obter respostas (SHAUGHNESSY; ZECHMEISTER; ZECHMEISTER, 2012, p.
23).
É permeado por duas características importantes:
Abordagem empírica
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Baseia-se na observação direta e na experimentação para responder às perguntas. Assume uma
metodologia científica rigorosa; assim, as hipóteses e as teorias devem ser testadas e resultar de
experiências e de experimentações.
Atitude cética
É a postura adotada pelo pesquisador em face das explicações. Permite que o pesquisador questione a
verdade de uma hipótese ou tese científica, tentando apresentar argumentos que a comprovem ou a
neguem.
Para que o estudante de Psicologia pense como pesquisador, é necessário que mantenha uma postura
cética, ou seja, que questione evidências e hipóteses preestabelecidas. O método científico é diferente do
senso comum, que é o conhecimento popular, sem comprovação científica.
Delineamento de pesquisa
O delineamento de pesquisa faz menção ao planejamento de um estudo, ou seja, a um desenho, a um plano
ou a uma sinopse de como a pesquisa será guiada. De acordo com Gil (2008, p. 49), delineamento de
pesquisa é o “planejamento da pesquisa em sua dimensão mais ampla, envolvendo tanto a sua
diagramação quanto a previsão de análise e interpretação dos dados”.
Como vimos, o delineamento é a fase do estudo na qual o autor considera a aplicação de métodos
sistemáticos para sua investigação. Ao fazer o delineamento de forma correta, o pesquisador garante maior
fidedignidade ao estudo e evita contratempos, como o fato de o estudo tomar uma direção diferente da
esperada. Traçar um delineamento de pesquisa também evita a realização de atividades desnecessárias,
fazendo com que a metodologia seja executada com maior precisão. Algumas perguntas são elaboradas
com o intuito de garantir um delineamento de pesquisa bem-elaborado, como:
Qual o tipo de pesquisa será desenvolvida?
Quais serão a amostra e o número de participantes?
Qual será o local do estudo?
Quais serão os instrumentos utilizados na coleta de dados?
Esses instrumentos estão validados e padronizados?
Quais serão os procedimentos adotados na coleta de dados?
Quem serão os pesquisadores, ou a equipe de pesquisadores?
Quais serão os procedimentos de análise e de interpretação dos dados?
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O ingrediente mais importante para a identificação de um delineamento de pesquisa é o procedimento
adotado para a coleta de dados. Então, vamos começar identificando o delineamento de pesquisa como
transversal ou longitudinal.
Delineamento transversal e longitudinal
Em relação ao delineamento de pesquisa, a unidade de tempo de um estudo é um fator importante a ser
definido antes de sua execução. A pesquisa pode ser, portanto, transversal ou longitudinal, como veremos a
seguir.
Estudos transversais são também chamados de cross-sectional e descrevem uma situação ou um
fenômeno em um momento específico do tempo. São como fotos tiradas em determinado momento,
descrevendo a situação real, momentânea, daquela situação. Vamos supor que você queira saber
quais são as características de uma população em vulnerabilidade social, que reside nas ruas. O
interesse é conhecer a média de idade, o sexo, a escolaridade, a religião, entre outras características
dessa população. Com isso, esse delineamento será transversal, já que considera uma descrição da
realidade atual, daquele momento específico.
“Os desenhos transversais permitem que os pesquisadores descrevam as características de uma
população ou as diferenças entre duas ou mais populações, e os dados correlacionais obtidos com
os desenhos transversais permitem que os pesquisadores façam previsões” (SHAUGHNESSY;
ZECHMEISTER; ZECHMEISTER, 2012, p. 165).
Agora, imagine que você, em outro momento, queira saber a eficácia da vacina X ou Y no contexto de
uma pandemia. Alguns sujeitos tomarão a vacina X ou Y e serão acompanhados durante um ano,
enquanto outros indivíduos tomarão o placebo (substância neutra) e também terão esse
acompanhamento. Nesse caso, a pesquisa em questão é longitudinal, já que existe um
acompanhamento temporal. Ela se estabelece a longo prazo, incluindo a variável tempo. Os
indivíduos, muitas vezes, recebem alguma intervenção, ou algum tratamento,e são acompanhados
durante o tempo para checar se houve modificação causada pela intervenção aplicada. Estudos
longitudinais são também chamados de follow-up e contam com uma sequência temporal
Delineamento transversal 
Delineamento longitudinal 
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previamente definida. A imagem a seguir representa uma ilustração de pesquisas longitudinais e
transversais.
 
Delineamento transversal e longitudinal
Comumente, as pesquisas longitudinais aproximam-se de estudos explicativos, como é o caso dos
experimentos e dos quase experimentos, pois, frequentemente, há um acompanhamento durante o tempo.
Já as pesquisas transversais são mais próximas a objetivos exploratórios e descritivos, já que são
realizadas a curto prazo.
Delineamentos intersujeitos e intrassujeitos
Pelo menos, dois grandes tipos de delineamento experimental convivem na ciência:
Delineamento intersujeitos 
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Delineamento intrassujeitos
A escolha das duas modalidades de pesquisa depende do objetivo a ser alcançado por elas, como veremos
a seguir.
Delineamento intersujeitos
Esse grupo também é denominado grupo de medidas separadas ou entre sujeitos.
Nesse tipo de delineamento, temos, no mínimo, dois grupos diferentes a serem comparados, por isso a
denominação intersujeitos, ou entre grupos. Esses grupos separados são submetidos a condições
experimentais diferenciadas, em que cada um recebe um tipo de ação específica.
Para entendermos melhor essa questão, vamos esclarecer os conceitos de grupo-controle e grupo
experimental:
Grupo experimental
Contém a variável independente, ou seja, a intervenção proposta, o medicamento, o tratamento, entre
outras opções. É o grupo de sujeitos designados ao tratamento em teste, para se chegar a uma
conclusão sobre um fator, uma condição ou um tratamento.
Grupo de controle
Não contém a intervenção proposta. É um grupo de sujeitos designados que serve como base de
comparação para o grupo que recebe o tratamento em teste, ou seja, o grupo experimental

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Vamos supor que iremos averiguar a eficácia da vacina X para a redução dos casos de gripe na população.
O grupo experimental receberá a vacina da gripe propriamente dita, ou seja, a variável com a intervenção a
ser testada. Já o grupo de controle receberá placebo, ou seja, uma substância neutra que não causa efeitos
sobre os indivíduos.
O delineamento intersujeitos pode ser também ilustrado na imagem a seguir:
Os grupos intersujeitos têm a vantagem de conferir maior fidedignidade à relação entre causa e efeito, ou
seja, estabelecem maior segurança para afirmar que uma variável modificou os resultados da outra variável.
Esses grupos exigem que a amostra de participantes seja maior, tendo em vista que serão separadas em
pelo menos duas condições experimentais.
Os participantes de ambos os grupos são inocentes quanto ao propósito de estudo, isto é, eles não sabem
se foram designados para o grupo experimental ou para o grupo-controle. Isso promove maior
confiabilidade ao estudo, já que eles não poderão tentar “agradar o pesquisador”, o que reduz o viés de
desejabilidade social.
Apesar de conferir maior confiabilidade ao estudo, esse delineamento possui algumas desvantagens, pois
requer um grande número de indivíduos e a distribuição aleatória dos participantes para os grupos, a fim de
que o estudo não seja enviesado por diferenças individuais.
Delineamento intrassujeitos
Nesse delineamento, os sujeitos que participarão do estudo são os mesmos indivíduos, porém farão parte
da execução do estudo antes e após as intervenções. Esses delineamentos também são denominados
delineamentos de sujeito único, medidas repetidas ou delineamentos de pré-teste e pós-teste.
Exemplo
Vamos supor que você queira averiguar se uma intervenção em Terapia Cognitivo-Comportamental (TCC) é
capaz de reduzir o estresse entre estudantes universitários. Assim, você seleciona cem indivíduos para
compor a amostra, faz a testagem com instrumentos psicológicos, a fim de medir o estresse dos
participantes (pré-teste), e logo após aplica a intervenção em TCC em todo o grupo. Após três meses, aplica
novamente os instrumentos de pesquisa (pós-teste) para averiguar se o nível de estresse modificou após a
intervenção realizada. Com isso, você terá desenvolvido uma pesquisa intrassujeitos, ou seja, com os
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mesmos sujeitos de pesquisa do início ao fim do estudo. Esse delineamento é muito comum nos quase
experimentos, já que nem sempre é possível separar a amostra em dois grupos diferentes.
Maiores detalhes sobre esse delineamento podem ser vistos na imagem a seguir:
Assim como o delineamento intersujeitos, o delineamento intrassujeitos apresenta vantagens e
desvantagens.
O método intrassujeitos tem a vantagem de ser mais fácil de operacionalizar, já que a amostra pode ser
menor. Esses estudos também não necessitam de randomização, pois se referem a uma amostra única.
Como desvantagem, esse delineamento pode ocasionar o efeito de ordem, ou seja, os participantes tendem
a decorar ou a lembrar os questionários anteriormente aplicados, e isso pode enviesar o estudo. O viés de
desejabilidade social também pode estar presente, caso não seja controlado, pois todos os indivíduos
participaram da intervenção e tendem a relatar resultados que “agradam” o pesquisador. Se comparado com
o delineamento intersujeitos, esse tipo de estudo demonstra ter menor confiabilidade e menor validade
interna, isto é, não se pode estabelecer uma relação de causa e efeito totalmente confiável com esse
delineamento.
Apesar dessas questões, o delineamento intrassujeitos pode contribuir com a comunidade científica, tendo
em vista a grande abrangência e a facilidade de operacionalização.
Métodos experimentais e delineamentos de pesquisa
Neste vídeo, a especialista ilustra, com exemplos de pesquisa, as características do método científico e os
delineamentos inter e intrassujeitos, destacando as vantagens e as desvantagens de cada um.

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Falta pouco para atingir seus objetivos.
Vamos praticar alguns conceitos?
Questão 1
Para combater as fake news sobre a saúde, o Ministério da Saúde, de forma inovadora, está
disponibilizando um número de WhatsApp para envio de mensagens da população. Vale destacar que o
canal não será um SAC ou um tira-dúvidas dos usuários, mas um espaço exclusivo para receber
informações virais, que serão apuradas pelas áreas técnicas e respondidas oficialmente se são verdade
ou mentira (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2021).
Na contemporaneidade, a utilização do método científico torna-se cada vez mais valiosa, tendo em
vista a quantidade de matérias falsas, ou fake news, que estão sendo disponibilizadas. Sobre as
características do método científico, marque a alternativa correta entre as opções a seguir.
A
O senso comum deve ser respeitado e deve ser utilizado para a criação de políticas
públicas, já que é uma característica importante do método científico, pois garante a
expressão da sabedoria popular.
B
O resultado de uma pesquisa científica, independentemente do método adotado, deve
ser verdadeiramente inquestionável.
C
Quando se fala em “atitude cética”, fala-se em poder testar algo experimentalmente, ou
seja, vem de experiências e experimentações.
D
A palavra “empirismo” significa permitir que o pesquisador questione uma tese
científica, tentando apresentarargumentos favoráveis ou contrários.
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Parabéns! A alternativa E está correta.
O método científico não utiliza o senso comum para testar suas hipóteses. Ele é permeado por duas
características principais: uma delas é o uso de uma abordagem empírica, e outra, a atitude cética. O
empirismo assume uma metodologia científica rigorosa, devendo as hipóteses e as teorias ser testadas
experimentalmente. O empirismo vem, portanto, de experiências e de experimentações. A atitude cética
permite que o pesquisador questione a verdade de uma hipótese ou tese científica, tentando apresentar
argumentos que a comprovem ou a neguem. Para que o estudante de Psicologia pense como
pesquisador, é necessário que mantenha uma postura cética, ou seja, que questione evidências e
hipóteses preestabelecidas.
Questão 2
Tal como acontece com os medicamentos, todas as vacinas têm que passar por testes morosos e
rigorosos, para garantir sua segurança antes de poderem ser introduzidas no programa de vacinação de
um país. Cada vacina em desenvolvimento tem, em primeiro lugar, de ser submetida a exames e
avaliações, para determinar qual antígeno deve ser usado para provocar uma resposta do sistema
imunitário. Essa fase pré-clínica é feita sem testes em humanos. ma vacina experimental é testada
primeiro em animais, para avaliar sua segurança e o potencial para deter a doença (OMS, 2011).
Como vimos, o desenvolvimento de uma vacina passa por procedimentos importantes até sua
disseminação, ou seja, um delineamento de pesquisa rigoroso é essencial para garantir a eficácia da
vacinação. Um delineamento de pesquisa é um desenho, ou um planejamento prévio, que garante boa
confiabilidade a um estudo. Sobre os delineamentos de pesquisa transversais e longitudinais, assinale
a alternativa correta:
E
Duas características fundamentais do método científico são o empirismo e a atitude
cética. O empirismo vem da experiência, do ato de experimentar, e a atitude cética faz
alusão ao questionamento de uma verdade.
A
Os estudos transversais analisam dados de um subconjunto representativo da
população em um momento específico, ou seja, são como uma foto tirada naquele
momento do estudo.
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Parabéns! A alternativa A está correta.
O delineamento transversal é aplicado a curto prazo, quando se quer investigar um panorama atual da
situação, assemelhando-se a uma foto tirada naquele momento específico. Já o delineamento
longitudinal envolve o tempo, operacionalizando-se a longo prazo. Existem diferenças significativas
entre os estudos transversais e longitudinais, sendo os estudos longitudinais permeados por um pré-
teste e um pós-teste.
B
Os estudos longitudinais analisam dados de um contingente populacional em um
momento específico da história, ou seja, refletem o momento atual do estudo.
C Não existem diferenças significativas entre os estudos transversais e longitudinais.
D
Os estudos transversais consideram obrigatoriamente o uso do grupo-controle e do
grupo experimental em sua composição.
E
Os estudos transversais consideram a variável tempo, ou seja, uma medição é realizada
em um pré-teste, e outra, em um pós-teste.
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2 - Construção e testagem de uma teoria
Ao �nal deste módulo, você será capaz de analisar os elementos e as etapas fundamentais na
construção e na testagem de uma teoria.
Importância das teorias
As teorias representam um conjunto organizado e sistematizado de conhecimentos que explicam com
eficiência fenômenos abrangentes da natureza. Dessa forma, não só permitem explicar como também fazer
predições e até controlar fatos de nosso interesse. Mas, para que elas consigam funcionar de forma
eficiente e válida, devemos seguir de modo sistematizado todo o processo que o método científico engloba.
Vejamos a seguir os elementos fundamentais para a construção e a testagem de uma teoria.
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De acordo com Cozby (2003), as teorias têm duas funções importantes no aumento de nosso conhecimento
sobre os indivíduos:
Organizam e explicam uma diversidade de fatos especí�cos, ou descrições
comportamentais
Como exemplo, uma pesquisa sobre a memória afirma que há sistemas separados para a memória de
curto prazo e para a memória de longo prazo. As teorias sobre a memória afirmam, por meio de várias
observações específicas, que alguns tipos de deficiências, por exemplo, são resultantes de uma lesão da
área do hipocampo no cérebro e, com isso, fica evidente a explicação do esquecimento de um material
que a pessoa acabou de ler.
Geram conhecimentos inéditos, direcionando nosso olhar para fatos novos, observações
novas sobre o mundo
As teorias geram hipóteses, levando o pesquisador a planejar seu estudo para respondê-las mediante o
uso do método científico. Se os estudos confirmarem a hipótese, a teoria ganha maior credibilidade, e, à
medida que se acumulam evidências científicas a favor de determinada teoria, aumenta a convicção de
que a hipótese é verdadeira. Caso a teoria demonstre fragilidades, os pesquisadores devem aprimorar ou
modificá-la, a fim de desenvolver um estudo mais confiável e fidedigno. Por isso, são importantes a
refutação ou a contestação das teorias.
Hipóteses e predições
Nós, seres humanos, temos uma motivação intrínseca para realizar pesquisas científicas: nossa curiosidade
a respeito do mundo. Mediante essa curiosidade natural, podemos estabelecer hipóteses e predições sobre
vários conteúdos acerca de nossa existência. Sobre o método científico, um dos objetivos da ciência é a
previsão de comportamentos, ou seja, as predições.
A predição consiste na habilidade de descrever o que ocorrerá quando as mesmas condições causais
encontradas em um momento anterior se repetirem, ou seja, quando existir alguma regularidade entre o
comportamento antecedente e o consequente.
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“Tendo observado com alguma regularidade que dois eventos estão
sistematicamente relacionados (por exemplo, maior credibilidade está
associada com maior mudança de atitude), torna-se possível fazer previsões.
Uma implicação daí decorrente é a possibilidade de antecipar eventos.”
Cozby (2003, p. 21)
Sobre esse fato, a capacidade de prever nos auxilia na tomada de decisões em diversas áreas da Psicologia.
Como exemplo, se o paciente X diagnosticado com depressão obteve melhora clínica com a aplicação do
protocolo de intervenções clínicas para essa psicopatologia, podemos fazer a predição de que outros
pacientes com depressão também podem beneficiar-se desse protocolo. Se uma empresa específica obteve
melhoras na produtividade dos funcionários aplicando um treinamento específico sobre habilidades sociais,
por exemplo, podemos predizer que outros funcionários e outras empresas também serão beneficiados por
esse treinamento.
Mas o que é a hipótese de pesquisa?
Sobre o desenvolvimento das hipóteses, a maioria das pesquisas procura testar uma hipótese formulada
pelo investigador.
Uma hipótese, na realidade, é um tipo de ideia ou afirmação de partida, que corresponde a uma lacuna no
conhecimento. Ela afirma algo, que pode ser verdadeiro ou não. Uma hipótese, no entanto, é somente um
questionamento ou uma ideia preliminar à espera de evidências favoráveis ou contrárias.
Uma hipótese também pode ser definida como uma declaração provisória sobre a possível relação entre
duas ou mais variáveis. Por exemplo:
Podemos supor que uma intervenção será eficaz para reduzir o uso de álcool em uma população, e isso é
uma hipótese que deverá sertestada.
Podemos supor que determinado tratamento será efetivo para o transtorno bipolar, e isso também pode
ser uma hipótese.
Podemos supor que a teoria de base lacaniana é mais consistente para definir o conceito de
transferência em psicanálise, mas deve ser realizada uma pesquisa científica para confirmar ou não essa
hipótese.
As hipóteses científicas, portanto, são as premissas em determinada teoria que podem ser validadas com
base em um método científico, contribuindo, assim, para a formulação de novas hipóteses de pesquisa.
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Indução e dedução
A construção de teorias é um processo complexo e multifacetado, que envolve os métodos de indução e
dedução.
O método de indução nos permite produzir generalizações teóricas que estão baseadas na evidência acerca
de um conjunto de casos específicos. Uma razão para fazer pesquisa é a coleta dessa evidência. Já o
método de dedução nos permite derivar predições específicas a partir dessas generalizações. E outra razão
para fazer pesquisa é a testagem dessas predições (BREAKWELL; HAMMOND; FIFE-SCHAW; SMITH, 2010,
p. 28).
Método de indução
O método de indução parte da observação de fatos para a formulação de leis gerais, ou seja, parte do
particular para o geral. Por exemplo, se determinado tratamento sobre o transtorno alimentar foi eficaz
para um caso clínico específico de uma adolescente brasileira, também pode ser eficaz para outras
adolescentes, porém essa hipótese deve ser testada, para haver comprovação científica. O método de
indução, portanto, requer que uma lei geral seja originada de observações de casos particulares.
Método de dedução
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O método de dedução é o contrário, parte das leis gerais para a constatação de fatos particulares. Vamos
supor que uma intervenção psicológica tenha mostrado evidências científicas sobre a melhora dos
quadros de ansiedade social em uma população; logo, podemos deduzir que um paciente do consultório
pode beneficiar-se desse tratamento, porém uma pesquisa será necessária para comprovar tal raciocínio.
As deduções podem também ser chamadas de predições.
Princípio da falseabilidade
Outro aspecto importante da ciência é o princípio da falseabilidade, que é a capacidade que tem uma teoria
de ser refutada ou contestada.
Para que uma teoria seja verdadeira, ela tem de ter a capacidade de ser contestada.
(POPPER, 2006)
Ou seja, uma teoria deve ser submetida a testes que a refutem, para assim ser possível provar sua
veracidade. Caso uma teoria não possa ser contestada, podemos falar de dogmas, e não de teorias. Assim,
a investigação empírica de uma teoria deve ser uma tentativa genuína de refutá-la.
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Resumindo
Na verdade, não podemos provar com toda certeza que uma teoria estará sempre certa sob todo o conjunto
de contextos e circunstâncias a que estamos submetidos. Em vez disso, Popper propôs que deveríamos
provar que uma teoria está errada, pois, demonstrando onde está seu erro, mostraríamos em quais partes
ela deveria ser melhorada ou modificada, por isso a denominação falseabilidade. Uma boa teoria é aquela
que permanece inalterada ao longo de muitas tentativas de refutação
Veri�cação e construção de teorias e hipóteses na
pesquisa em Psicologia
Neste vídeo a especialista explica e ilustra os conceitos de falseabilidade em pesquisa, método indutivo e
dedutivo, além de sua importância nas teorias psicológicas.
Questões éticas em um planejamento de pesquisa
Sobre a construção e a testagem de uma teoria, é fundamental ter conhecimentos sobre a ética em
pesquisa antes da operacionalização de um estudo.
Uma pesquisa pode apresentar todos os requisitos práticos para tornar-se exequível, porém pode não
respeitar os princípios éticos, e isso deve ser averiguado pelos pesquisadores antes de fazer o
planejamento.
No Brasil, os aspectos éticos para pesquisas em seres humanos são regulados pelas Diretrizes e Normas
de Pesquisa em Seres Humanos, por meio da Resolução nº 196/1996, do Conselho Nacional de Saúde
(CNS) (BRASIL, 1996).

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Podemos citar alguns princípios éticos a serem garantidos pelos pesquisadores.
O primeiro princípio a ser respeitado antes de planejar uma pesquisa é o princípio da não
maleficência, o qual significa que os indivíduos não podem ser expostos a danos físicos ou
psicológicos. O pesquisador precisa velar pelo bem-estar das pessoas envolvidas na pesquisa,
avaliando sempre os riscos e os custos de seus atos.
Vamos supor que a pesquisa que você queira desenvolver privará o indivíduo de sono ou de
alimentação por um longo período de tempo. Logo esse estudo não pode ser realizado, tendo em
vista que não respeitou o princípio da não maleficência, salvo alguns casos, que devem ser liberados
anteriormente por um comitê de ética em pesquisa.
Outra questão é expor o indivíduo a danos psicológicos, como expor os sujeitos de pesquisa a
situações vexatórias ou que piorem sua autoestima e sua saúde mental.
O risco ético de uma pesquisa deve basear-se no risco mínimo, o que corresponde a tarefas
corriqueiras, como: conversar, alimentar-se, andar, entre outras.
Outro princípio a ser respeitado é o princípio da beneficência, ou seja, o pesquisador deve elaborar
pesquisas que promovam o bem-estar da sociedade, que contribuam para políticas públicas eficazes
e para o bem-estar dos indivíduos em uma comunidade.
Princípio da não maleficência 
Princípio da beneficência 
Princípio da autonomia 
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Outro é o princípio da autonomia, que também deve ser respeitado, tendo em vista que os sujeitos
poderão cancelar sua participação no estudo a qualquer momento e em qualquer etapa. Os direitos
fundamentais do ser humano, sua autonomia, suas opiniões e suas convicções também devem ser
garantidos. Portanto, segundo esse princípio, é fundamental que o pesquisador atue no sentido de
preservar e respeitar a visão, as crenças e os pontos de vista dos sujeitos da pesquisa.
Ainda outro princípio a ser respeitado é o princípio da Justiça, segundo o qual o indivíduo deve ter
seus direitos preservados, bem como a liberdade de expressão, em qualquer etapa do estudo. Uma
questão importante é o indivíduo saber as características da pesquisa a que está sendo submetido,
por isso o engodo (engano do participante) deve ser evitado.
Certo engodo é permitido em algumas pesquisas experimentais, como o fato de o indivíduo não saber se
está fazendo parte de um grupo-controle ou experimental, por exemplo, porém, no momento da assinatura
do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE), devem ser informados a ele os objetivos da
pesquisa e todos os procedimentos aos quais será submetido.
Mas o que é o TCLE?
É um documento de autorização que concede aos pesquisadores o poder de obter informações sobre o
participante do estudo. Ele deve ser assinado pelos participantes da pesquisa e pelos pesquisadores
responsáveis. Nesse termo, também deve conter o endereço dos pesquisadores para dúvidas ou contatos
futuros.
O processo de consentimento informado deve fornecer informações detalhadas sobre o estudo,
esclarecendo as etapas da pesquisa e os passos que serão tomados em todo o procedimento de coleta de
dados. Esse documento também deve incluir os riscos e os desconfortos, bem como os benefícios e os
procedimentos que serão executados. Sua redação deve ser adaptada, para que os participantes consigam
interpretar o que está sendo esclarecido no termo.
Atenção!
Outra questão importante do TCLE é a garantiade sigilo das informações. Toda informação coletada deve
ser confidencial. Assim, nos questionários de aplicação dos instrumentos, os nomes dos sujeitos não
deverão ser informados, e, sim, alternativas, como códigos ou siglas, para preservar seu anonimato. Se essa
Princípio da Justiça 
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confidencialidade não puder ser garantida, o participante deve ser avisado disso antes que concorde em
participar do estudo. Toda coleta de dados em uma pesquisa só deve ser iniciada após a aprovação do
projeto em um comitê de ética, de acordo com a Resolução nº 196/1996 do CNS. O TCLE também deve ser
aprovado por um comitê de ética em pesquisa antes de sua disseminação.
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Falta pouco para atingir seus objetivos.
Vamos praticar alguns conceitos?
Questão 1
O filósofo anglo-austríaco Karl Popper (1902-1994) foi um cientista renomado no campo das ciências.
Em parceria com outros grandes filósofos do século XX, como Thomas Kuhn, Paul Feyerabend e Kurt
Godel, introduziu conceitos que delinearam não exatamente o que seria o método científico moderno,
mas os limites do fazer científico, bem como as condições de criação e verificação das teorias.
Na contemporaneidade, saber distinguir evidências científicas diante de outros achados não confiáveis
tornou-se importante para o desenvolvimento da sociedade. Sobre o princípio da falseabilidade de
Popper, assinale a alternativa correta:
A
O princípio da falseabilidade afirma que uma teoria nunca pode ser falsa, pois se refere
a um método científico e rigoroso.
B
A falseabilidade é a propriedade que os indivíduos têm de contestar as teorias
existentes, buscando sempre algo que as comprove teoria.
C
A falseabilidade é semelhante aos dogmas, ou seja, são verdades inquestionáveis e
determinantes.
D
A falseabilidade diz que, para que uma teoria seja verdadeira, tem de ter a capacidade
de ser contestada ou refutada. Logo, devem-se procurar evidências contra a teoria, e
não a favor dela.
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Parabéns! A alternativa D está correta.
O princípio da falseabilidade afirma que uma teoria é científica quando pode ser refutada, ou, em outros
termos, “falseada”. Com isso, Popper propôs que deveríamos provar que uma teoria está errada, e não
que está correta. As teorias diferem dos dogmas, pois justamente devem sempre ser contestadas. Na
ciência, não existe verdade absoluta; além disso, o conceito de falseabilidade não apresenta relação
com algo que é isento de verdade.
Questão 2
De acordo com a Resolução CFP nº 016/2000, toda pesquisa em Psicologia com seres humanos
deverá estar instruída de um protocolo, a ser submetido à apreciação de comitê de ética em pesquisa,
reconhecido pelo Conselho Nacional de Saúde (CNS), como determina sua Resolução nº 196/1996.
Sobre a ética em pesquisa em Psicologia, assinale a alternativa correta:
E O termo falseabilidade faz alusão a algo que é falso, ou seja, que não pode nunca ser
verdadeiro.
A
O participante do estudo deve ser orientado a permanecer nele até a conclusão da
pesquisa, sob pena de enviesar os resultados.
B
Antes do planejamento de uma pesquisa, os cuidados éticos devem ser priorizados, a
fim de garantir que o participante não esteja sendo submetido a dano físico,
psicológico, engodo, ou a algo que ofereça risco alto para sua vida.
C
O Termo de Consentimento Livre e Esclarecido deve sempre ser assinado antes do
início da pesquisa, e somente os participantes do estudo devem assiná-lo.
D
Antes da operacionalização de uma pesquisa, é importante que o estudo seja aprovado
por um comitê de ética; em casos excepcionais, a pesquisa pode ser conduzida sem
essa aprovação.
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Parabéns! A alternativa B está correta.
Devem ser respeitados os princípios éticos antes de iniciar o planejamento da pesquisa. Esses
princípios incluem não causar dano físico ou psicológico aos participantes e não praticar o engodo de
forma antiética; além disso, o risco para a participação deve ser mínimo. O participante também pode
ausentar-se do estudo a qualquer momento, devendo estar ciente de todos os procedimentos da
pesquisa. O estudo deve, obrigatoriamente, ter a autorização de um comitê de ética antes de ser
iniciado. Além disso, o TCLE deve conter a assinatura dos participantes e dos pesquisadores
responsáveis, conjuntamente com seus contatos para dúvidas ou emergências.
3 - Principais variáveis de uma pesquisa
Ao �nal deste módulo, você será capaz de identi�car a importância e as características que
nos permitem diferenciar as principais variáveis de uma pesquisa.
E Os participantes não podem saber detalhes dos procedimentos da pesquisa, a fim de
garantir uma avaliação cega.
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Importância do estudo das variáveis
As variáveis são o foco principal da pesquisa na ciência. Uma variável é simplesmente algo que pode variar,
isto é, que pode assumir valores ou categorias diferentes.
Como variável, podemos definir qualquer evento, situação ou comportamento que tenha pelo menos dois
valores. Podemos citar como exemplos de variáveis: sexo, idade, gênero, peso, altura, entre outras.
Exemplos de variáveis que os psicólogos podem investigar incluem mudança de atitudes, desempenho em
tarefas cognitivas, inteligência, estresse, autoestima, sintomas depressivos, agressividade, uso de álcool,
efeitos de intervenções, entre outras.
Mas por que estamos interessados em medir variáveis?
Habitualmente, temos interesse em variáveis porque queremos entender o motivo de sua variação. Para
compreender essa variação, devemos ter a capacidade de medir e registrar tais alterações.
Variável independente
Em um experimento, a variável manipulada é a variável independente, ou seja, ela é utilizada para modificar
os valores da variável dependente, sendo manipulada para modificar os efeitos de um fenômeno.
Como exemplo, o pesquisador cria uma situação na qual coloca os participantes do estudo para assistir a
um programa violento ou a um programa não violento, a fim de medir a agressividade dos indivíduos. Nesse
contexto, a variável independente seria o programa violento ou não violento, e a variável dependente, a
agressividade. Nessa situação, o vídeo é a variável manipulada. A variável independente, então, é a variável
manipulada pelo experimentador, e a variável dependente é o comportamento medido, causado pela variável
independente.
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Suponha que você queira saber o resultado do uso de drogas lícitas e ilícitas no comportamento sexual de
homens solteiros. A variável independente seria o uso de drogas lícitas e ilícitas, e a variável dependente, o
comportamento sexual de homens solteiros, que seria modificado ou não pelo uso de drogas.
Você pode observar que, em algumas pesquisas, os pesquisadores focalizam basicamente a variável
independente, estudando o efeito de uma única variável independente sobre numerosos comportamentos.
Por exemplo, analisar o efeito da atividade física no estresse, na ansiedade, na depressão, na obesidade,
entre outros.
Outros pesquisadores podem focalizar uma variável dependente específica e estudar como diversas
variáveis independentes afetam esse comportamento. Por exemplo, avaliar quais variáveis estão agindo no
fato de o indivíduo consumir maiores quantidades de bebidas alcoólicas.
Como variável independente, poderiam ser testadas a exposição aos gatilhos, a ansiedade, a influência
parental, e como essasvariáveis influenciariam o consumo de álcool, este último sendo a variável
dependente.
Atenção!
Na Psicologia, existem vários tipos de variáveis independentes e de variáveis dependentes. O mais
importante é você saber que os efeitos da variável independente vão influenciar os resultados da variável
dependente.
Variável dependente
A variável dependente, como o nome já diz, depende dos efeitos da variável independente, ou seja, é a que é
afetada por esta. É sobre o efeito, o que é medido. Por exemplo, em um estudo de Psicologia, você deseja
medir a quantidade de intervenções que os idosos precisam receber para aumentar os níveis de
independência digital e o conhecimento em informática. Nesse caso, a variável independente seriam as
intervenções, e as variáveis dependentes, a independência digital e o conhecimento em informática.
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Outro exemplo possível na Psicologia experimental seria averiguar se a exposição a fotos de modelos
magras influenciaria a autoestima de mulheres obesas. A variável independente, nesse caso, seriam as
fotos de mulheres magras, e a variável dependente, a autoestima de mulheres obesas.
Note que, nos exemplos apresentados, a variável independente é a que o pesquisador manipula para
modificar os efeitos de um fenômeno, que, nesse caso, é a variável dependente.
Variável interveniente
A variável interveniente também pode ser denominada variável estranha, confundidora, espúria ou viés de
pesquisa. Esses nomes referem-se às variáveis que atrapalham os resultados de um experimento.
Em qualquer situação de pesquisa, em Psicologia, Física, Biologia, Medicina, entre outras áreas, deve-se
levar em conta a influência dessas variáveis. Se elas forem negligenciadas, as conclusões obtidas do
estudo poderão não ser confiáveis.
O objetivo de um experimento é determinar até que ponto uma variável independente
in�uencia os resultados de uma variável dependente.
Com isso, se as variáveis estranhas não forem devidamente controladas ou atenuadas, não teremos uma
relação de causa e efeito bem-estabelecida, ou seja, não vamos poder afirmar que a variável independente
causou a modificação na variável dependente.
Vamos supor que façamos um experimento sobre a influência das atividades físicas na diminuição do
estresse em estudantes, sendo a atividade física a variável independente e o estresse em alunos a variável
dependente. O método do estudo contará com dois grupos:
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Grupo A: alunos que receberão as atividades físicas.
Grupo B: alunos que não receberão as atividades físicas.
Que variáveis poderão confundir ou influenciar os resultados desse experimento?
No exemplo apresentado, diversas variáveis podem interferir no estudo, como:
Período de aplicação do experimento
Será que os estudantes estarão em períodos de prova? Se essa variável não for investigada, poderá
enviesar os resultados do estudo, tendo em vista que períodos de avaliação são causadores de maior
estresse nos estudantes; com isso, teremos um viés de contexto.

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Tipos de atividade física aplicados
Será que um tipo de atividade física, como a caminhada, seria prazeroso para todos os participantes, a
fim de desencadear a diminuição do estresse?
Características individuais dos participantes
Os alunos foram designados aleatoriamente para os grupos? Têm a mesma média de idade, sexo, nível de
estresse e condição física? Os instrumentos de medição e as atividades físicas foram aplicados de forma
neutra pelos pesquisadores, ou houve interferência do pesquisador? O mesmo instrutor das atividades
físicas aplicou todas as intervenções, ou houve treinamento prévio para alinhar a conduta dos
pesquisadores?
Todos esses questionamentos devem ser realizados, a fim de atenuar os efeitos das variáveis
intervenientes. E medidas para controlar esses vieses devem ser pensadas e organizadas no momento do
planejamento da pesquisa.
Os principais tipos de variáveis intervenientes podem ser explicitados a seguir:
São vieses que ocorrem de forma externa e que prejudicam os resultados do experimento, como:
pandemias, guerras entre países, rompimento de barragens, desastres naturais, entre outros.
São eventos ligados aos processos biológicos dos indivíduos, como envelhecimento ou
adoecimento.
Viés de história ou de contexto 
Viés de maturação 
Efeito de teste 
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Ao aplicar o mesmo teste em períodos diferentes, os participantes podem aprender a responder ao
questionário, ou decorar algumas questões, e assim enviesarem a pesquisa.
Dependendo do tipo de instrumento utilizado, pode ser muito extenso ou de difícil entendimento, e
isso pode causar cansaço ou falta de motivação por parte dos participantes. O instrumento também
deve ser validado e adaptado para a população do estudo, pois, dependendo de sua complexidade,
pode não ser entendido por parte dos entrevistados. Se o estudo demandar um alto número de
instrumentos, recomenda-se trocar a ordem dos questionários no momento da aplicação, a fim de
não enviesar o último teste em razão do cansaço dos participantes.
Esse viés ocorre quando existe uma alta taxa de abandono por parte dos participantes; por exemplo,
eles decidem não participar do estudo de forma voluntária, pela falta de tempo ou de interesse.
Várias características do pesquisador podem alterar a motivação ou a disponibilidade do
participante, como forma de abordagem, tom de voz, vestimenta, características pessoais,
treinamentos diferentes dos pesquisadores, conduta, entre outras.
Esse viés faz alusão ao desejo de “agradar” o pesquisador ou de não fornecer informações negativas
sobre si mesmo; por exemplo, é mais difícil o entrevistado relatar que foi abusivo, agressor, que
consome alguma substâncias, entre outras situações.
Efeitos dos instrumentos 
Viés de mortalidade 
Viés do pesquisador 
Viés de desejabilidade social 
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Esse viés fala da tendência dos entrevistados de fornecer respostas de escore mais alto, como
concordo, muito satisfeito, entre outras.
É a forma contrária do viés de teto; configura-se como a tendência a fornecer respostas de escore
mais baixo, como discordo totalmente, muito insatisfeito, entre outras.
Variáveis independentes, dependentes e estranhas
Neste vídeo, a especialista apresenta exemplos de pesquisa sobre as variáveis que fazem parte da pesquisa
experimental, como a variável independente, a variável dependente e os vieses de pesquisa.
Viés de teto 
Viés de piso 

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Falta pouco para atingir seus objetivos.
Vamos praticar alguns conceitos?
Questão 1
Para Marconi e Lakatos (2003), uma variável pode ser considerada uma classificação ou uma medida,
ou seja, um conceito operacional que apresenta valores, sendo passível de mensuração.
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Hoje, presenciamos diversas variáveis atuando em nosso cotidiano. As variáveis de pesquisa podem
ser definidas como algo que varia. São observáveis e quantificáveis, como o preconceito, a aptidão
física, a força, a habilidade motora, o sexo, a idade, entre outras.
Nessa perspectiva, assinale a alternativa correta acerca das variáveis de pesquisa.
Parabéns! A alternativa A está correta.
A variável independente é a que é manipulada pelo pesquisador, como uma intervenção, um
medicamento, uma vacina, entreoutras. A variável dependente é o fenômeno a ser modificado pela
variável independente, como a ansiedade, o estresse, entre outros. As variáveis estranhas, por sua vez,
são as que atrapalham o resultado do experimento; por exemplo, a influência do pesquisador, do
participante, vieses de questionário, entre outras. Todas essas variáveis fazem parte de uma pesquisa
experimental.
Questão 2
A
A variável independente é a manipulada pelo pesquisador. Ela pode ter uma
manipulação simples ou mais complexa, como uma intervenção em Psicologia.
B
A variável dependente é o fenômeno a ser modificado pela variável independente, como
a ansiedade, que atrapalha os resultados de um experimento.
C
Variáveis estranhas são as que atrapalham o resultado de uma pesquisa, sendo bem-
vindas em um experimento, já que contribuem para a falseabilidade das pesquisas.
D
Em relação à variável independente, é o fenômeno a ser modificado pela variável
independente, logo ela depende da variável dependente.
E
Como variáveis estranhas, podemos considerar as que são manipuladas pelo
pesquisador e que causam modificações na variável dependente.
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Nos dias atuais, vários experimentos são conduzidos com o intuito de responder a questões
importantes para a sociedade. Em um experimento, podem existir os vieses de pesquisa, ou variáveis
estranhas, que são erros sistemáticos que afetam a validade das investigações científicas. Geralmente,
é muito difícil ou mesmo impossível eliminar totalmente os vieses, mas cabe aos pesquisadores em
Psicologia ter conhecimento sobre tais variáveis e buscar atenuar a interferência dessas questões na
pesquisa experimental.
Com isso, assinale a alternativa correta a respeito dos vieses de pesquisa.
Parabéns! A alternativa B está correta.
Na pesquisa experimental, existem as variáveis estranhas, que podem alterar os resultados das
variáveis dependentes. As variáveis estranhas não são desejadas no experimento, pois mascaram os
resultados e podem invalidar a pesquisa, e por isso seus efeitos devem ser eliminados ou atenuados.
Existem vários tipos de variáveis estranhas que podem ser citados, como viés de teto, viés de piso, viés
de desejabilidade social, viés do pesquisador, viés do participante, entre outros. Nessa questão, o viés
de teto ocorre quando as respostas atingem o patamar mais alto de respostas, e o viés de piso é o
contrário, quando se atinge o nível mais baixo de alternativas. A desejabilidade social é quando os
A
O viés de teto ocorre quando as respostas atingem o patamar mais baixo de respostas,
prejudicando o experimento.
B
A interferência pelo viés de desejabilidade social é quando os participantes mascaram
as características negativas, a fim de agradar o pesquisador.
C
O viés de piso ocorre quando as respostas atingem o patamar mais alto de respostas,
prejudicando o experimento.
D
Os vieses são variáveis confundidoras, que afetam o resultado do experimento, mas que
são necessárias para conferir maior confiabilidade aos estudos.
E
A postura do pesquisador também pode ser fonte de viés, em razão de seu tom de voz,
vestimenta, humor. Mas isso não afeta os resultados do experimento.
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participantes desejam agradar o pesquisador, e com isso escondem características negativas sobre si
mesmos, por isso a letra B está correta.
4 - Psicologia como ciência
Ao �nal deste módulo, você será capaz de avaliar a pertinência e os determinantes do método
experimental e dos quase experimentais na construção de conhecimento da Psicologia como
ciência.
Experimento �dedigno
Os experimentos buscam estabelecer uma relação causal entre as variáveis independente e dependente. O
principal ponto forte do método experimental é que ele é especialmente efetivo para estabelecer relações de
causa e efeito.
O experimento fidedigno, ou experimento verdadeiro, ou simplesmente método experimental, consiste em
três características principais:
a manipulação das variáveis;
o controle experimental;
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a randomização ou a aleatorização.
Muitas vezes, na área da saúde, como na Psicologia ou na Medicina, você verá a expressão “ensaio clínico
randomizado e controlado” sendo utilizada. Isso significa que o estudo apresenta as características de
randomização e de controle das variáveis estranhas, por isso essa terminologia também faz alusão a um
experimento verdadeiro.
Manipulação das variáveis
Um experimento verdadeiro envolve a manipulação das variáveis, ou seja, envolve a manipulação de uma
variável independente para que esta altere os efeitos de uma variável dependente.
ariável independente
Chamamos de variável independente os fatores que o pesquisador controla ou manipula.
Uma variável independente deve ter pelo menos dois níveis, ou condições. Um modo de lembrar a distinção
entre esses dois tipos de variáveis é entender que o resultado (a variável dependente) depende da variável
independente.
Para Cozby (2003), a manipulação de uma variável independente é relativamente
um processo simples. É preciso definir operacionalmente uma variável, para que
seja possível manipulá-la. Isto é, uma variável conceitual precisa ser transformada
em um conjunto de operações, isto é, instruções específicas, eventos ou estímulos,
que serão apresentados aos participantes da pesquisa.
Algumas variáveis independentes apresentam manipulações mais simples, como na apresentação de
material verbal, escrito ou visual aos participantes.
Exemplo
Um exemplo de pesquisa com manipulação simples de variáveis é apresentar um folheto explicativo em
campanhas de saúde. Vamos supor que um grupo de mulheres que vão fazer o autoexame de mama seja
submetido à apresentação de um folheto com textos e ilustrações, e que, para outro grupo de mulheres, não
seja mostrado o folheto ilustrativo; essa manipulação, portanto, é simples e de fácil operacionalização.
Controle experimental
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O controle experimental refere-se ao controle que os pesquisadores realizam para atenuar os efeitos das
variáveis estranhas.
Diversas variáveis podem interferir nos resultados de um experimento, como o viés do pesquisador, o viés
do participante, o viés de teto, o viés de mortalidade, entre outros. Com isso, são necessárias medidas para
atenuar o efeito de tais variáveis e assim estabelecer uma melhor relação causal no experimento.
O controle experimental, portanto, permite que os pesquisadores façam a inferência causal de que a variável
independente causou as mudanças na variável dependente.
O controle é o ingrediente essencial dos experimentos, sendo obtido por manipulação, mantendo as
condições do experimento constantes e realizando o balanceamento.
As pesquisas realizadas em laboratório são bons exemplos de pesquisa experimental controlada, já que os
vieses, nesse ambiente, são muito reduzidos. De forma contrária, as pesquisas em Psicologia em ambientes
naturais são impactadas por várias formas de vieses, sendo importante que o pesquisador tenha
conhecimento sobre essas variáveis e que tome medidas para atenuar seus efeitos.
esquisa experimental controlada
Pesquisa científica realizada sob condições controladas, o que significa que poucos fatores interferem na
relação causal entre variável dependente e variável independente.
Existem maneiras simples, e outras mais complexas, para atenuar os efeitos das variáveis estranhas.
Suponha que você vai testar se determinada intervenção é eficaz para reduzir os níveis de ansiedade entre
200 trabalhadores, sendo a variável independente a intervenção e a variável dependente o nível de
ansiedade. Seria muito exaustivose o mesmo pesquisador realizasse todas as intervenções, logo sendo
necessária uma equipe de pesquisadores para conduzir esse experimento. Imagine se nessa intervenção
cada pesquisador tiver uma abordagem diferente: a pesquisa estaria permeada por vários vieses,
principalmente pelo viés do pesquisador.
Uma medida simples de controle experimental seria treinar todos os pesquisadores, para que fizessem a
mesma intervenção, com a mesma abordagem, com vestimentas e tom de voz semelhantes, para assim
diminuir esse tipo de viés.
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Agora, imagine que, no mesmo exemplo apresentado anteriormente, os trabalhadores tenham passado por
um período de demissão em massa na organização, o que aumentaria os níveis de ansiedade de forma
natural.
Uma medida de controle experimental seria abordar os participantes em momentos diferentes, variados, a
fim de diminuir a interferência do viés de contexto nessa pesquisa.
Os instrumentos utilizados também podem ser fontes de muitos vieses.
Vamos supor que, nessa pesquisa sobre ansiedade, sejam utilizados quatro questionários: A, B, C e D. Se
eles forem aplicados sempre nessa mesma ordem, pode ser que o questionário D, aplicado por último, fique
prejudicado pelo cansaço ou pela desmotivação dos participantes.
Com isso, sugere-se que a aplicação dos questionários seja realizada de forma variada, como: A, D, C, B; ou
B, D, C, A; entre outras combinações. Tal técnica é denominada técnica dos quadrados latinos e apresenta-
se efetiva para atenuar os vieses advindos dos instrumentos de pesquisa (COZBY, 2003).
O viés do participante também pode ocorrer, por exemplo, se algum deles, além da ansiedade, apresentar
outros transtornos mentais, como comorbidades psiquiátricas (depressão, transtorno bipolar, transtorno
obsessivo-compulsivo, entre outras). Isso pode alterar os resultados do experimento. Portanto, uma triagem,
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a fim de balancear esses participantes ou excluir tais dados ao final da pesquisa, pode auxiliar na
diminuição dos vieses.
Outras características dos participantes podem também influenciar o resultado final. Assim, é indicado que
a amostra de um experimento tenha um número expressivo, a fim de atenuar os efeitos das variáveis
individuais.
Randomização
Uma das premissas do estudo experimental é formar grupos comparáveis, ou seja, com características
semelhantes, no começo do experimento. Os participantes de cada grupo devem ser comparáveis em
termos de diversas características individuais, como sexo, idade, nível de escolaridade, personalidade,
inteligência, e assim por diante. O objetivo da designação aleatória é estabelecer grupos equivalentes de
sujeitos, balanceando ou calculando a média das diferenças individuais entre as condições.
A randomização, ou a aleatorização, é, portanto, um processo de seleção, em que cada participante do
estudo tem a mesma probabilidade de ser sorteado para formar a amostra ou para ser alocado em um dos
grupos de estudo (GIL, 2008). É um dos passos importantes em um estudo experimental, já que garante
maior fidedignidade dos dados. A similaridade entre os grupos é uma segurança para os pesquisadores de
que os sujeitos de ambos têm características semelhantes e que a intervenção será a única variável
divergente a ser estudada.
Em um estudo em que não é realizada a randomização, os pesquisadores podem, mesmo que
involuntariamente, alocar no grupo de intervenção os participantes mais colaborativos, ou os que aderem
melhor à intervenção, o que poderia comprometer a validade dos resultados. A randomização contribui para
que as características da amostra sejam homogêneas sobre várias questões estudadas.
Resumindo
No exemplo anterior sobre testar se uma intervenção é eficaz para reduzir os níveis de ansiedade entre 200
trabalhadores, é necessário que estes sejam sorteados para os grupos experimental e controle, pois,
mediante o sorteio, as características dos participantes tendem a ser equilibradas entre os grupos. Quanto a
esse sorteio, denominamos randomização ou aleatorização.
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Vamos supor agora que, mesmo depois de o sorteio ter sido realizado, existam mais mulheres no grupo
experimental do que no grupo-controle.
Além do sorteio, também será necessário fazer o balanceamento ou o emparelhamento dos participantes,
tendo em vista que os grupos experimental e controle devem sempre apresentar características
homogêneas.
Fazer o balanceamento significa manipular de forma proposital os participantes do grupo, a fim de garantir
que as características de ambos sejam homogêneas.
Pesquisa quase experimental
Você já deve ter reparado que, na Psicologia, existem muitas opções de estudos. Há um universo muito
variado de objetos de pesquisa. Nessa perspectiva, muitas vezes queremos trabalhar com variáveis que não
podemos manipular diretamente.
Como exemplo fornecido pelos autores Dancey, Reidy e Rowe (2017), se quisermos comparar homens e
mulheres de alguma forma, não poderemos manipular o grupo à qual cada participante pertencerá. Não é
possível alocar aleatoriamente participantes às condições masculino e feminino, porque eles já são homens
ou mulheres. Com isso, não podemos classificar essa pesquisa como experimental e, para classificar o fato
de que tais projetos não são estritamente experimentais, eles são denominados delineamentos quase
experimentais.
As características da pesquisa quase experimental são semelhantes às do experimento fidedigno; porém, o
que difere nos dois delineamentos é que, na pesquisa experimental, existem uma randomização dos
participantes e também um rigoroso controle experimental sobre as variáveis intervenientes. Já no quase
experimento, a randomização não é sempre possível de ser estabelecida, e o controle experimental nem
sempre é rígido, ou seja, os quase experimentos são mais permeáveis às variáveis estranhas.
As pesquisas quase experimentais são muito utilizadas na Psicologia, pois lidamos com variáveis
subjetivas, muitas vezes difíceis ou impossíveis de controlar na vida real. Variáveis como humor,
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autoestima, dependência de drogas, saúde mental, entre outras, requerem um esforço maior para atenuar os
efeitos das variáveis estranhas. Assim, torna-se mais trabalhoso realizar um experimento fidedigno.
Um dos problemas com os projetos quase experimentais é a alocação não aleatória das
várias condições que constituem a variável independente.
Não podemos ter certeza de que a manipulação da variável independente, muitas vezes denominada
“pseudomanipulação”, é a responsável pelas diferenças entre as várias condições. Assim, é mais difícil
inferir relações de causalidade de projetos quase experimentais do que de projetos experimentais.
Os modelos quase experimentais, portanto, são úteis para testar a efetividade de uma intervenção e, além
disso, são considerados os que mais se aproximam de cenários naturais. Esses desenhos de pesquisa são
expostos a um grande número de ameaças às validades tanto interna quanto externa, o que pode diminuir a
confiança de tais estudos. Em virtude do aumento do risco das variáveis estranhas e da confusão de
estarem associadas a estudos quase experimentais, os estudos experimentais devem ser preferidos,
sempre que possível.
elineamentos quase experimentais
As pesquisas quase experimentais são utilizadas principalmente quando a variável independente tem a
característica de não poder ser aleatorizada, muitas vezes, porque elas estão relacionadas com alguma
qualidade inata, como a raça, por exemplo.
Experimentos e quase experimentos
Neste vídeo, a especialistailustra, com exemplos de pesquisas, os métodos experimentais, como o
experimento fidedigno e o quase experimento. Também é relatada a diferença entre esses dois
delineamentos de pesquisa.
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Falta pouco para atingir seus objetivos.
Vamos praticar alguns conceitos?
Questão 1
Adriana é aluna do curso de Psicologia e na graduação propôs um projeto de pesquisa sobre a prática
de exercícios físicos na diminuição do estresse. O objetivo era saber se o exercício físico iria diminuir
os níveis de estresse e, consequentemente, a ansiedade. O estudo contou com 300 participantes, de
ambos os sexos, que responderam a vários questionários, entre eles inventários de estresse e
ansiedade validados e adaptados para a versão brasileira. Entre os respondentes, 150 participantes
foram randomizados para o grupo experimental, que teve a prática guiada de atividades físicas, e 150,
para o grupo-controle, que foi orientado a não praticar esportes. Os pesquisadores descreveram no
método formas de controlar as variáveis estranhas; entre as medidas, eles foram treinados e utilizaram
o mesmo procedimento no grupo experimental. Os questionários também foram aplicados de forma
aleatória, a fim de diminuir os vieses da pesquisa.
Com base no resumo apresentado, classifique o estudo, de acordo com seu delineamento de pesquisa:
A
Experimento verdadeiro, já que houve manipulação de variáveis, medidas de controle
experimental e randomização dos participantes.
B Quase experimento, pois não foram demonstradas medidas de controle dos vieses.
C
Experimento verdadeiro, já que houve manipulação das variáveis, e a variável
independente modificou a variável dependente.
D Estudo correlacional, de base exploratória.
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Parabéns! A alternativa A está correta.
Sobre o experimento verdadeiro, três características definem esse desenho experimental: (i) a
manipulação das variáveis; (ii) o controle das variáveis; e (iii) a randomização. Como no resumo
apresentado são citadas as três características e existem grupos experimental e controle, o estudo é
classificado como experimento verdadeiro. É possível estabelecer relações de efeito entre as variáveis
de pesquisa, por isso não se trata de um estudo correlacional, e, sim, experimental.
Questão 2
A ciência não começa nem termina com os experimentos propriamente ditos, mas é um processo de
descoberta, no qual usamos os melhores instrumentos e ferramentas para responder a nossas
questões. Quando algumas características são inviáveis, podemos escolher entre ampla variedade de
outras técnicas. A expressão “quase experimentos” abarca uma grande variedade de outros
delineamentos de pesquisa, tendo se tornado conhecida pela primeira vez com Campbell e Riecken
(1968).
Tendo em vista a importância dos métodos experimentais em Psicologia, marque a assertiva correta.
E
Quase experimento, pois a amostra é pequena, e não foi possível demonstrar uma
relação de causa e efeito entre as variáveis.
A
A diferença entre experimento e quase experimento é que o quase experimento não
necessita da manipulação das variáveis para a condução da pesquisa.
B
Em um estudo experimental fidedigno, o grupo-controle sofre a intervenção, e nele está
presente o efeito placebo. Isso é uma característica dos experimentos.
C
A diferença entre experimento e quase experimento é que o último não consegue
controlar todas as variáveis intervenientes, e nem sempre existe a possibilidade de
realizar a randomização dos participantes.
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Parabéns! A alternativa C está correta.
Na pesquisa experimental, existem as variáveis estranhas, que podem alterar os resultados das
variáveis dependentes. As variáveis estranhas não são desejadas no experimento, pois mascaram os
resultados e podem invalidar a pesquisa, e por isso seus efeitos devem ser eliminados ou atenuados.
Existem vários tipos de variáveis estranhas que podem ser citados, como viés de teto, viés de piso, viés
de desejabilidade social, viés do pesquisador, viés do participante, entre outros. Nessa questão, o viés
de teto ocorre quando as respostas atingem o patamar mais alto de respostas, e o viés de piso é o
contrário, quando se atinge o nível mais baixo de alternativas. A desejabilidade social é quando os
participantes desejam agradar o pesquisador, e com isso escondem características negativas sobre si
mesmos, por isso a letra B está correta.
Considerações �nais
No conteúdo estudado, vimos os conceitos de método experimental e delineamentos de pesquisa. Em
seguida, trabalhamos os conceitos de hipóteses e predições, bem como outras características para a
construção e a testagem de uma teoria.
Também apresentamos as diferenças sobre os métodos indutivo e dedutivo, e suas contribuições para o
fortalecimento do método científico. Posteriormente, foi relatada a importância da contestação das teorias,
com o conceito de falseabilidade e os cuidados éticos que devemos tomar antes de formalizar um
planejamento de pesquisa experimental. Foram abordadas as características das variáveis em relação à
pesquisa experimental e as variáveis estranhas ou intervenientes, que podem confundir ou alterar o
resultado de um experimento.
D
O experimento verdadeiro não exige a aleatorização, ou seja, não exige a presença de
um grupo-controle e de um grupo experimental, sendo isso opcional.
E
Não existem diferenças entre experimentos e quase experimentos; essa distinção está
apenas na terminologia adotada por diferentes autores.
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Finalmente, vimos dois tipos de pesquisas possíveis no método experimental: o experimento verdadeiro e o
quase experimento. Conhecer todos esses delineamentos facilita o planejamento, o entendimento e a visão
crítica de pesquisa, assim como a escolha da metodologia adequada para explorar e analisar determinado
fenômeno, a fim de alcançar a confiabilidade nos estudos experimentais e a construção da Psicologia como
ciência.
Podcast
Agora, a especialista Maira Leon Ferreira finaliza falando sobre as vantagens e as desvantagens dos
delineamentos experimentais e quase experimentais, com diversos exemplos representativos, bem como
sobre os principais conceitos trabalhados no conteúdo.
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Referências
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Confira o modelo de Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE) fornecido pela Unesa - Rio de
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Periódicos Eletrônicos em Psicologia, e veja como a autora se posiciona sobre as pesquisas experimentais
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2019, disponível no Portal Scielo, e veja como os autores mencionam os tipos de pesquisas experimentais
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