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PATOLOGIA - Perda de Sangue| P6 Mt2 | @study.sarahs | MEDICINA – FITS Patologia MT2 – Perda de Sangue Aula 1 - Fenômenos Vasculares: Edema e Congestão O corpo é feito praticamente de liquido, dentro e fora das células. Líquido extracelular: Fornece nutrientes as células e outras substancias necessárias para seu funcionamento normal. Constituído pelo líquido intersticial e plasma sanguíneo, ambos com mesma composição. Comunicação pelos poros permeáveis dos capilares. Representa 20% do peso corporal. Líquido intracelular: Representa 40% do peso corporal Localizado na região interna da célula. Mantém o formato celular. Representa 40% do peso corporal. Edema Acúmulo anormal de líquido (água + sais ± proteínas) normalmente encontrado no compartimento extracelular intersticial e/ou nas cavidades corporais. • São alterações reversíveis Pode ser classificado de acordo com o lugar onde encontra-se. Geralmente o prefixo HIDRO + cavidade afetada. Ex.: Hidrotórax, Hidrocefalia. Anasarca – edema generalizado. Ex. Pacientes gestantes, com deficiência renal. Filariose - Doença parasitária crônica de caráter endêmico, restrita a áreas focais. Podem apresentar acumulo de linfa exagerado no tecido. Pois, a filariose provoca uma perturbação na questão hemodinâmica e linfática, o edema é resultado principalmente pela drenagem linfática insatisfatória. O Sinal de Cacifo ou de Sinal de Gadot: Mede o grau de intensidade de um edema. A pressão exercida demora a “voltar”. Hidrocefalia - é uma doença na qual ocorre um aumento da quantidade de líquor no cérebro, que, quando em excesso, aumenta a pressão dentro do crânio, podendo causar danos importantes ao órgão. Este excesso pode ocasionar perdas cognitivas, motoras. Pode ser colocado válvulas de drenagem que passam pela região torácica, que drenam para o peritônio, pois a remoção do líquido não pode ser abrupta e nem completa. Utiliza o gradiente de pressão. Na região peritoneal é drenado e eliminado via renal. Etiologias: Meningite, lesões como pancadas (acidentes de motos). Hidrocele - É o acúmulo de líquido dentro do escroto, que é a bolsa externa de pele que contém os testículos. É uma doença comum em recém-nascidos e PATOLOGIA - Perda de Sangue| P6 Mt2 | @study.sarahs | MEDICINA – FITS normalmente não provoca dor ou qualquer outro sintoma além do inchaço que pode afetar um ou os dois testículos. Ascite - consiste em um acúmulo de líquido (ascítico) que contém proteínas dentro do abdômen. Se um volume grande de líquido se acumula, o abdômen aumenta muito de tamanho, às vezes, fazendo com que a pessoa perca o apetite e apresente falta de ar e desconforto. A análise do líquido pode ajudar a determinar a causa. OBS.: A retirada deste acúmulo deve ser aos poucos, para não ocasionar em alterações drásticas na pressão arterial. Edema de Glote – É resultado de uma reação alérgica grave que provoca inchaço repentino na garganta, impedindo a passagem de ar para os pulmões. O edema surge na porção final da laringe, que tem a função de impedir a entrada de alimentos nos pulmões. Saída excessiva de líquido, por aumento da permeabilidade vascular: (Exemplos: Inflamações, intoxicações, toxemias, alergias, hipóxia). Retorno deficiente do filtrado, por Aumento da Pressão Hidrostática no capilar, Diminuição da pressão oncótica nas vênulas; Diminuição da drenagem linfática. (Exemplos: Linfangites; neoplasias, granulomas, abscessos. • Retenção de líquido; BENEFICIOS X MALEFICIOS Benéficas: Diluição de toxinas bacterianas e de metabólitos tóxicos; Dispersão de colônias bacterianas e facilitação da fagocitose; Sequestro de excessos de líquido. • Ajuda os macrófagos a fagocitar melhor de uma a uma as bactérias; • Paciente deficiente renal, a pressão sanguínea sobe pelo excesso de líquido, o corpo pode causar vômitos ou diarreia para eliminar este liquido em excesso, ou por sequestro para cavidades corpóreas – edema – anasarca. Maléficas: O hidrotórax, o edema pulmonar ou o de glote dificultam ou impedem uma aeração adequada e podem levar à asfixia. O hidropericardio pode provocar tamponamento cardíaco. O edema cerebral quando intenso e agudo determina hipertensão craniana. Hiperemia ou Congestão Aumento do volume sanguíneo localizado num órgão ou parte dele, com consequente dilatação vascular, por alteração no sistema PA x Resistência Pré e Pós capilar. Pode desenvolver um edema. Classificação: • Hiperemia Ativa (ou Arterial) Repleção (aumento) sanguínea do leito capilar consequente a vasodilatação arterial ou arteriolar. Toda inflamação é uma hiperemia ativa Ex: Aumento do suprimento de O2 e nutrientes, paralelamente á demanda de maior trabalho – fisiológica. (Exemplos: Tubo gastrointestinal durante a digestão, Musculatura esquelética durante exercícios físicos) PATOLOGIA - Perda de Sangue| P6 Mt2 | @study.sarahs | MEDICINA – FITS Aumento do afluxo sanguíneo devido à liberação local de mediadores bioquímicos da inflamação. (Exemplos: Injúria térmica (queimaduras ou congelamento), Irradiações intensas, traumatismos, infecções, Inflamação aguda) • Hiperemia passiva (congestão) VEIAS Diminuição do escoamento venoso por aumento da Resistência Pós Capilar. Ex: Garroteamento na punção venosa; Trombos venosos, embolias em sistema porta, Postura (ação da força da gravidade), flebectasias (varizes); e útero gravídico. Hemorroidas – são hiperemias passivas Características macroscópicas: Aumento de volume e Cianose (gr. "Kyanòsis" = azulado). Varizes – podem ser removidas, podem ser injetadas espuma com insulina, mata-se a veia, o fluxo tende a voltar ao coração por outras vias. Por isso com o tempo podem ser formadas outras novas, por conta da distensão e consequentemente a flacidez das veias. Consequências das varizes: • Edema • Hemorragias • Degenerações, Necrose, atrofias e Fibrose • Trombose e Flebectasias Varizes esofágicas - são veias dilatadas no esôfago que podem causar uma hemorragia importante. Varizes esofágicas são causadas por hipertensão arterial nos vasos sanguíneos no fígado e ao redor dele (hipertensão portal). Podem surgir por: 1. Hipertensão portal; 2. Insuficiência cardíaca; 3. Mal de chagas. Cabeça de Medusa: Aula 2 – Hemostasia e Hemorragia Hemostasia É um conjunto de eventos mecânicos e bioquímicos que mantem a hemodinâmica e a fluidez do sangue, um deles é manter o sangue circulando nos vasos no estado líquido. Caso ocorra lesão no vaso, ocorre coagulação para impedir/minimizar a hemorragia, reparar a lesão e dissolver o coágulo. Componentes que participam da coagulação: vasos sanguíneos, plaquetas, fatores de coagulação e fatores fibrinolíticos. Etapas da hemostasia: • 1ª Etapa: vasos sanguíneos e plaquetas • 2ª Etapa: fatores de coagulação o Cascata de coagulação • 3ª Etapa: fatores fibrinolíticos o Dissolução do coágulo e reparo do tecido. PATOLOGIA - Perda de Sangue| P6 Mt2 | @study.sarahs | MEDICINA – FITS 1ª etapa: Vasos sanguíneos → vasoconstrição → ↓ fluxo ↓ permeabilidade vascular → mobilização das plaquetas (megacariócitos) → ocorre adesão e agregação plaquetária na área que está lesionada → formação do tampão plaquetário (formado na presença do fator vW e colágeno*) * Exposição da túnica média, liberação de colágeno e ADP que estimula vasoconstrição, que também junto do cálcio promove a formação do tampão. Formação de um coágulo: plaquetas, fibrinas e eritrócitos. 2ª etapa: Aqui tenho a junção do tampão plaquetário com a fibrina e eritrócitos Fatores de coagulação recrutados → cascata de coagulação (fatores que antes inativos passam a ser ativos) → coágulo de fibrina Fatores de coagulação: maioria produzida no fígado 1. Fibrinogênio2. Protrombina 3. Ca 4. Enzimáticos a. VII b. IX c. XII d. XIII e. HMWK (Fitzgerald) f. PK (Fletcher) Vitamina K: é essencial nos processos de coagulação. Fatores dependentes: 2, 7, 9 e 10 Trauma que ocasione ruptura do vaso: atuação da via extrínseca Lesão interna do vaso – covid, infecção apenas do endotélio, expondo a túnica média: atuação da via intrínseca Pode iniciar ao mesmo tempo – lesão de vaso também tem exposição de endotélio e liberação de colágeno. Ambas se convergem numa via comum, fibrinogênio em fibrina para a deposição de fibrinas na lesão. Tromboplastina tecidual (fator tecidual) – está no tecido: ativa o fator VII Seja qualquer a via ativada, chega na via comum, ativação do fator X. 3ª etapa: Fatores fibrinolíticos → fibrinólise (quebra) → degradação da fibrina → PDFs (pequenas partículas de fibrina) Plasminogênio → plasmina: degradação da fibrina, PDFs são removidos pelos monócitos que estão na corrente sanguina. Remoção do tampão plaquetário e a restauração do vaso. Em casos de covid é verificado quantidade de PDFs (D- dímero), pois, se houver grande quantidade quer dizer que está tendo muita reação de coagulação podendo evoluir para trombose. Podendo evoluir para embolia pulmonar. Podendo ser usado preventivo anticoagulantes. Hemorragia É um extravasamento sanguíneo para fora do sistema cardiovascular. “Distúrbio caracterizado pela saída de sangue do compartimento vascular ou das câmaras cardíacas para o interstício, cavidades pré-formados ou para o meio externo.” Classificação e nomenclatura: Quanto a origem – (em relação com o organismo): 1. Externas ou superficiais 2. Internas com fluxo externo: exemplo gastrorragia, otorragia, rinorragia (ruptura em PATOLOGIA - Perda de Sangue| P6 Mt2 | @study.sarahs | MEDICINA – FITS várias regiões nasal), pneumorragia, nefrorragia com hematúria 3. Ocultas (sem fluxo externo): viscerais (superficiais, parenquimatosas ou intersticiais) e ainda as cavitarias. Utiliza-se o prefixo Hemo ou Hemato acrescido de termo designativo da cavidade afetada. a. Acidente de carro por exemplo em casos de grande pancada (impacto por exemplo em região de baço) pode ocorrer uma ruptura de baço por qualquer pancada mais violenta. Quanto ao mecanismo de formação da hemorragia: 1. Por rexe ou ruptura dos vasos: mais frequentes, geralmente de origem traumática 2. Por diabrose ou digestão/erosão de vasos: por necrose (exemplo: cavernas pulmonares na tuberculose) ou digestão enzimática (exemplo: úlceras pépticas) – ação química não traumática a. Com a formação da necrose o meio fica mais ácido e à medida que as células se rompem é liberado enzimas que são degradativas b. Se houver vasos próximos a área de necrose pode ocorrer uma dissolução enzimática ou por ação ácida 3. Por diapedese (transmigração das hemácias) ou diátese hemorrágica: sem lesão evidente nos vasos, (vasodilatação exagerada) geralmente a nível capilar e frequentemente do tipo petequial ou púrpura. As hemácias fluem através da parede vascular intacta. Quanto à morfologia (forma hemorrágica que aparecem na pele): Mais aplicável às viscerais e tegumentares. 1. Petéquias: Mancha roxa ou hemorragia puntiforme. a. Hemorragias minúsculas, de 1 a 2 mm de diâmetro, esparsas. b. Pacientes com dengue (micro hemorragias) c. 2. Víbices: Hemorragias lineares. a. 3. Púrpuras: Até aproximadamente 1 cm de diâmetro ou reunião de petéquias mais densamente. a. 4. Sufusões: Extravasamento de humores. Também chamadas de "Máculas hemorrágicas" (o termo "Equimose" também tem sido utilizado para descrever este tipo de hemorragia, quando afetando a pele). a. Lesão plana – comum em pancadas, lipoaspiração b. 5. Hematoma ou hematocisto: Refere-se à formação de uma cavidade com coleção sanguínea. a. Tem elevação da pele devido ao acúmulo de sangue. b. 6. Apoplexia: Hemorragia massiva, grave, intensa, com destruição orgânica e manifestações gerais graves. PATOLOGIA - Perda de Sangue| P6 Mt2 | @study.sarahs | MEDICINA – FITS a. Diversos pontos hemorrágicos – compromete todo o órgão b. Tonalidade da equimose (pigmento): Presença de: hemoglobina → biliverdina → bilirrubina → hemossiderina Se dar através da quantidade de hemoglobina que se encontra fora do vaso (impressão avermelhada), no 2- 3 dia a mancha passa a ser arroxeada... até ficar normal. De acordo com a quantidade de pigmentos e à medida que os macrófagos vão fagocitando, removendo os pigmentos que se tem a escala de cores numa área hemorrágica. Aula 3 – Trombose e CIVD Trombose Coagulação intravascular do sangue em um indivíduo vivo. Patogênese: • O aumento na intensidade de ação desse sistema de coagulação – hipercoagulabilidade • Diminuição da velocidade sanguínea – estase o Exemplo pacientes acamados Induz a formação de um tampão sólido — o trombo — anormal que, ao mesmo tempo que exerce sua função selante, impede também o bom funcionamento dos vasos e da circulação sanguínea. Etiopatogenia: A trombose é uma consequência de 3 tipos de alterações ("Tríade de Virchow"), agindo isolada ou simultaneamente: 1. Alterações da parede vascular ou cardíaca; Traumas (punções muito repetidas, infecções bacterianas e virais, parasitoses, arteriosclerose, infarto no miocárdio, erosões vasculares por neoplasia. Perfurações/lesões contínuas na parede do vaso: + coágulos COVID desenvolve lesões nas paredes dos vasos 2. Alterações do fluxo sanguíneo ou hemodinâmicas; Por estase (↓ velocidade do fluxo), por turbulência. 3. Alterações na composição sanguínea com Hipercoagulabilidade. Trombocitose: Anemias ferroprivas, após hemorragias graves. Menos ferro, hemácia alterada morfologicamente, sangue mais viscoso. Aumento de fatores de coagulação: na gestação, síndrome nefrótica e em algumas neoplasias malignas. Redução da atividade fibrinolítica: diabete mellitus, obesidade, síndrome nefrótica (perda urinária de antagonistas da coagulação). Coagula, mas não tem o mecanismo de degradação do coagulo. Aumento da viscosidade sanguínea: Anemia falciforme (↓ da flexibilidade da hemácia), policitemia, desidratação e queimaduras. Classificação do trombo: De acordo com sua aparência macroscópica e coloração os trombos são classificados de: Trombos Brancos (fibrinosos): • Constituídos principalmente de plaquetas e fibrina. PATOLOGIA - Perda de Sangue| P6 Mt2 | @study.sarahs | MEDICINA – FITS • Aspecto: secos e friáveis • Ocorre preferencialmente nas artérias e cavidade cardíacas – maior velocidade sanguínea as hemácias passam bem mais rápido e acabam não se depositando nestes tipos de coagulo. • Cresce contra o fluxo. Tombos murais: parede do coração. Branco: pouca quantidade de eritrócitos na região trombótica. Trombos vermelhos: São úmidos e gelatinosos e constituídos principalmente de hemácias, assemelham ao coágulo sanguíneo e ocorre preferencialmente nas veias. • Trombos vermelhos superficiais o Veias varicosas – paredes mais flácidas ▪ Dor local ▪ Raramente desenvolve embolia – perigo para pessoas com grande quantidade de varizes • Trombos vermelhos profundo o Prevalentes nas veias femorais, poplíteas e ilíacas o A circulação colateral evita a formação de edema exagerados ▪ Quando começa a ficar avermelhado é porque o trombo já está muito grande o Tendencia para formar uma embolia pulmonar • Formação de trombos se soltam da parede dos vasos → chega na VCI → átrio direito → ventrículo direito → tronco arterial pulmonar → vasos de menores calibres → obstrução. Arteriosclerose: Trombos mistos: São os mais frequentes, caracterizando-se pela associação de camada fibrinosas (branco) e de coagulação(vermelhos). Cabeça vermelha e cauda branca. Trombos Hialino: Acometem arteríolas e vênulas, são constituídos de fibrinas. Trombos alongados: Podem medir até 1,5m. São observados em veias periféricas, apresentam trombo branco (cabeça), trombo misco (colo) e trombo vermelho (cauda). Trombo pode sofrer alguns eventos como: propagação, embolização, dissolução, organização e recanalização. PATOLOGIA - Perda de Sangue| P6 Mt2 | @study.sarahs | MEDICINA – FITS Imagem: Trombo antigo, recanalizado à esquerda. É cheio de fibrina azulada. Coagulação Intravascular Disseminada (CIVD) Desordem trombo-hemorrágica sistêmica desencadeada por condições clínicas bem definidas e com evidências laboratoriais de: • ativação pro-coagulante • ativação da fibrinólise • consumo de fatores coagulantes e dos inibidores • evidências bioquímicas de danos a órgãos alvos ↑ Ativação da coagulação → trombose intravascular → falência de múltiplos órgãos Consumo de plaquetas e fatores de coagulação → sangramentos (por consumo exagerado de pró- coagulantes anteriormente) Fase trombótica: queda de fibrinogênio, plaquetopenia e aumento de fibrinopeptídeos circulantes; Fase hemorrágica: sufusões e purpuras na pele Patogênese: Síndrome da Resposta Inflamatória Sistêmica (1ª fase trombótica exagerada e 2ª fase fibrinótica exagerada) → Liberação de mediadores pró-inflamatórios (TNFα, interleucinas) → ↑ fator tissular (ativa a cascata de coagulação) → ↑ geração de trombina (por disfunção da Anticoagulação natural) → formação de trombos → consumo de plaquetas e fator de coagulação e fibrina intravascular (inibição progressiva da fibrinólise) → se houver algum tipo de sangramento o paciente não tem mais condições de coagular o que leva a hemorragia. Quadro clínico: condições associadas • Sepse/severa infecção o COVID-19 – Tempestade infamatória • Trauma • Reações tóxicas ou imunológicas severas o Picada de cobra o Reações medicamentosas o Reações transfusionais o Rejeição de Transplante • Destruição dos órgãos (p. ex: pancreatite severa) • Anormalidade Vasculares o Hemangioma gigante o Aneurismas de grandes vasos • Doenças malignas o Tumores sólidos o Doenças hematológicas malignas • Eventos obstétricos o Feto morto retido o Pré eclâmpsia o Embolia por líquido amniótico o Deslocamento prematuro de placenta T R O M B O S E • SNC = Nível de consciência • Pele – isquemia focal, gangrena • Rins – Oliguria, Azotemia • Ap. Respiratório – SARA • GI – Ulceração aguda • Anemia Hemolítica Microangiopática SANGRAMENTO • De lesões prévias • Trato gastrointestinal: sangramento • Orofaringe: epistaxe, gengivorragia • Pulmões • Urogenital: hematúria • Petéquias, equimoses Testes laboratoriais: Triagem: • TAP, TTPa, TT • Fibrinogênio • Contagem de plaquetas Dosagens plasmáticas • antitrombina, Proteína C reativa • Fatores de coagulação • Plasminogênio Marcadores de ativação da coagulação / Marcadores de ativação da fibrinólise • Produtos Degradação da Fibrina e D-Dímero PATOLOGIA - Perda de Sangue| P6 Mt2 | @study.sarahs | MEDICINA – FITS PROVA Sistema de pontuação para diagnostico de CIVD: 1. Existe doença de base que pode se associar a CIVD? Sim = Continue, solicitar exames Não = Pare 2. C – Plaquetas: (>100.000 = 0; < 100.000 = 1; < 50.000 = 2) 3. PDFs; D-Dímero (normal = 0; aumentado moderado = 2; muito elevado = 3) 4. TP ↑ (< 3 seg = 0; > 3 seg e < 6 seg = 1; > 6 seg = 2) 5. Fibrinogênio (> 1g/L = 0; < 1g/L = 1) Score: • Se ≥ 5 compatível com CIVD evidente, repetir diariamente • Se < 5 sugestivo (não afirmativo) para CIVD não evidente, repetir em 1-2 dias. Aula 4 - Embolias e Infartos Embolia Êmbolo refere-se a uma massa sólida desprendida, líquida ou gasosa intravascular, que é transportada pelo sangue do seu ponto de origem até um local distante, onde, com frequência, provoca disfunção tecidual ou infarto. Qualquer material que não se mistura com o sangue e se desloca pelo corpo causando obstrução em calibres menores. Tipos de Êmbolos: • Êmbolos sólidos • Êmbolos líquidos • Êmbolos gasosos Embolia sólida: • Mais frequentes – a maioria surge de uma trombose (tromboembolismo) • Embolia neoplásica. • Êmbolos pulmonares originam-se de TVP - doença tromboembólica. • Múltiplos êmbolos com o decorrer do tempo podem causar hipertensão pulmonar e insuficiência ventricular direita. Embolia líquida: São menos frequentes, classicamente têm-se a embolia amniótica e a embolia lipídica ou gordurosa. Fatal em 5 a 15% dos casos. • Embolia amniótica; • Embolia lipídica (substâncias oleosas IV, esmagamento ósseo, politrauma e esteatose hepática). o Pacientes politraumatizados; o Glóbulos de gordura na rede vascular após fraturas de ossos longos ou, raramente, em situações de trauma dos tecidos moles e queimaduras. Síndrome da embolia gordurosa caracteriza-se por insuficiência pulmonar, sintomas neurológicos, anemia e trombocitopenia. Êmbolo de medula óssea na circulação pulmonar. Os elementos celulares do lado esquerdo do êmbolo são PATOLOGIA - Perda de Sangue| P6 Mt2 | @study.sarahs | MEDICINA – FITS células hematopoéticas, enquanto os vacúolos claros representam a gordura medular. A área vermelha relativamente uniforme do lado direito do êmbolo é um trombo em início de organização. Embolia amniótica: A embolia de líquido amniótico é uma emergência obstétrica fatal que é responsável por entre 7,5 a 10% dos casos de morte materna nos EUA. Apresenta uma incidência de 1 a 12 casos a cada 100.000 nascimentos e seu diagnóstico definitivo é realizado apenas na autópsia Pode ocorrer em situações de trauma direto na barriga da gestante Sabe-se é que a doença cursa com repentino colapso cardiorrespiratório e coagulação vascular disseminada (CIVD), que ocorre em duas fases. • A fase I: caracterizada pelo vasoespasmo da artéria pulmonar promovendo hipóxia através da hipertensão pulmonar e aumento da pressão no ventrículo direito, a hipóxia promoverá dano capilar do miocárdio e pulmonar, bem como insuficiência cardíaca esquerda e síndrome do desconforto respiratório agudo. • Caso sobreviva a esses eventos, inicia-se a fase II que é caracterizada por hemorragia maciça com atonia uterina e CIVD, cursando com o óbito. Presença de células escamosas que se desprendem da pele fetal, lanugem, gordura do verniz caseoso e mucina derivada do sistema respiratório ou do trato gastrintestinal fetais na microvasculatura pulmonar materna. Embolia gasosa: São mais raros. Injeção de ar nas contrações uterinas durante o parto; Pneumotórax; nas descompressões súbitas (Escafandristas, aviadores e astronautas). Neste caso ocorre dentro do sistema circulatório o mesmo que acontece quando você abre uma garrafa de Coca Cola. Embolia gasosa disseminada: • A obstrução microvascular do pulmão eleva a pressão venosa central, com consequente redução do retorno venoso e o débito cardíaco. • Ocorre diminuição da saturação de oxigênio e aumento da pressão parcial de dióxido de carbono. • O contato entre o sangue e o ar propicia a formação de êmbolos particulados por agregação plaquetária e leucocitária, e desencadeia inflamação pulmonar. • Esta inflamação provoca edema pulmonar e aumenta a permeabilidade alvéolo-capilar. Síndrome da doença descompressiva – quando mergulha mais profundo, aumento da pressão, quando volta a margem rápido ocorre uma descompressão e os gases pulmonares se formam bolhas que percorrem os vasos. Essas placas mais avermelhadas mostram a paralisação do sangue. Aneurisma: Dilatação focal anômala de uma artéria, a nível de túnica média, que pode levar ao rompimento do vaso ou a trombose. Morre pelo rompimentodo aneurisma, não pela existência. Etiopatogenia: • Hipertensão arterial (70% dos casos); • Degeneração mucóide da camada média; • Síndrome de Marfan (produção de fibras elásticas muito grande e menos colágeno); • Aterosclerose. Tipos: Pode desenvolver um processo chamado aneurisma dissecante, onde a pressão em cima do aneurisma pode romper o endotélio e o sangue começar a entrar PATOLOGIA - Perda de Sangue| P6 Mt2 | @study.sarahs | MEDICINA – FITS entre o endotélio e túnica medica, o que acaba dissecando o vaso. A depender pode ocasionar processo trombótico por gerar turbilhamento no aneurisma ou um aumento muito grande de pressão podendo levar a processos hemorrágicos. Sintomas: Na maioria dos casos, os aneurismas cerebrais não apresentam sintomas, sendo que a ocorrência sintomatológica é mais comum em razão de sua ruptura e consequente hemorragia cerebral, apresentando: • cefaleia súbita e intensa, geralmente referida como a pior cefaleia já sentida pelo paciente; • rigidez de pescoço; • vômitos; • desmaios; Podendo levar ao coma e/ou morte. Se for aórtico, o paciente não vai sentir praticamente nada. Polígono de Willis: 40% dos casos de aneurisma cerebral está presente na artéria comunicante anterior. Clipagem: Cirurgia convencional do aneurisma cerebral. Embolização: preenche o aneurisma, evita a passagem do sangue pelo aneurisma Se acontecer uma embolia, possivelmente o suprimento sanguíneo em alguns tecido vai diminuir, isso provoca um processo chamado de isquemia. Isquemia: Isquemia (do grego, ische: restrição e haimos: sangue) é a redução ou a falta de fluxo sanguíneo para um órgão ou território do organismo - aporte insuficiente de sangue para manter as necessidades metabólicas dos tecidos. Pode ser pouca quantidade de oxigênio. Etiopatogenia: Causas funcionais: • Espasmo vascular (dor, frio); • Hipotensão acentuada; • Hemoglobina alterada (carboxihemoglobina) não consegue pegar o oxigênio – anemia falciforme; • Redistribuição sanguínea (hiperemia gastrointestinal); Causas mecânicas: • Compressão vascular (neoplasias, hematomas, abscessos); • Obstrução vascular (trombose, embolia); • Aumento da viscosidade do sangue • Espessamento da parede vascular (arteriolosclerose e arterites). PATOLOGIA - Perda de Sangue| P6 Mt2 | @study.sarahs | MEDICINA – FITS Se a necrose ocorrer em órgãos, não se chama mais gangrena e sim infarto. Infarto: Necrose isquêmica que se instala após a hipóxia por obstrução do suprimento arterial ou da drenagem venosa. Classificação: Os infartos são classificados de acordo com sua cor e a presença ou ausência de infecção; e podem ser sépticos ou assépticos. 1. Infarto Branco ou Anêmico ou Isquêmico: Área de necrose de coagulação (isquêmica) ocasionada por hipóxia letal local, em local com circulação terminal. A causa é sempre arterial (oclusão trombo- embólica ou compressiva). Os órgãos mais comumente lesados são os rins, o baço, o coração e o cérebro. O sangue não chega. 2. Infarto Vermelho ou Hemorrágico: Área de necrose edematosa e hemorrágica, ocasionada por hipóxia letal local, devido a oclusão arterial ou venosa, em território com circulação dupla ou colateral. Quebra de ramos - sangue Oclusões venosas (p. ex., torção testicular); em tecidos frouxos e esponjosos (p. ex., pulmão); onde o sangue pode se acumular na zona infartada, em tecidos com circulação dupla (p. ex., pulmão e intestino delgado), que possibilitam o fluxo de sangue de um suprimento paralelo desobstruído para a zona necrótica; em tecidos já congestos pelo fluxo venoso lento, e quando o fluxo é restabelecido para um local de oclusão arterial ou necrose prévias (p. ex., após angioplastia de uma obstrução arterial) Toda área de necrose provocada por processo isquêmico em aspecto microscópico é denominada do tipo coagulativa. A característica histológica dominante do infarto é a necrose coagulativa. O cérebro é uma exceção, visto que o infarto do SNC resulta em necrose liquefativa. Infartos vermelho e branco: A. Infarto vermelho pulmonar, hemorrágico e em formato aproximado de cunha. B. Infarto branco nitidamente demarcado no baço. Infarto agudo do miocárdio: Obstrução de ramos do coração → diminuição do aporte sanguíneo → diminuição de nutrientes → necrose Marcadores de infarto do miocárdio: Pacientes que sentem uma pressão retroesternal, se faz a medição de algumas proteínas como a troponina B1 e B2, mioglobina, CK-MB. Quando houver uma lesão no início terá aumento de mioglobina e CK (até 72h), após 3 dias o CK passa a diminuir por isso solicita-se troponinas que conseguem permanecer ativa aos longos de alguns dias.
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