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Endereço: Rua Glauber Rocha, 66 – Jardim Paraíso – Luís Eduardo Magalhães - BA CNPJ 138453950001-75 Credenciamento: Portaria DOU N.º 417 de 05 de maio de 2017 Disciplina: Parasitologia Professora: Héllen Freitas Fonseca Biomedicina 3º Semestre Relatório de Aula Prática Exame Parasitológico de Fezes Método de Faust Exame de Cromatografia Parasitologia Luis Eduardo Magalhães/Bahia 20/04/2022 INTRODUÇÃO O exame parasitológico de fezes tem como objetivo diagnosticar os parasitos intestinais, por meio da pesquisa das diferentes formas parasitárias que são eliminadas nas fezes. O exame macroscópio permite a verificação da consistência das fezes, cor, odor, presença ou ausência de sangue, muco, vermes adultos ou proglotes. O Exame microscópio permite a visualização dos ovos ou larvas de helmintos, cistos, oocistos e trofozoítos, podendo ser quantitativo ou qualitativo. Muitas vezes o número de formas parasitárias eliminadas com as fezes é pequeno, havendo necessidade de recorrer a processo de enrquecimento para concentra-las. Os principais processos de enriquecimento paa concentra-las são: Sedimentação espontânea, método de Hoffman também conhecido como método de Lutz, permite o encontro de ovos e larvas de helmintos e de cistos de protozoárioos; Método de Richie, usados para a pesquisa de ovos e larvas de helmintos, cistos e alguns oocistos de protozoários; Flutuação espontânea: Método de Willis, indicado para a pesquisa de ovos leves (principalmente ancilostomídeos); Centrífugo-Sedimentação: Método de Faust, usado para a pequisa de cistos e alguns oocistos de protozoários, permitindo, também o encontro de ovos leves. É realizado com o objetivo de concentrar o que será investigado, eliminando resíduos fecais e facilitando a identificação, por isso a técnica de concentração é muito utilizada nas estratégias de exame para parasitos intestinais. A pesquisa de sangue oculto é um exame laboratorial que tem como objetivo identificar a presença de sangue nas fezes. O exame é importante porque pode detectar frações tão pequenas de sangue, difíceis de visualizar, ajudando no diagnóstico precoce de pequenos pólipos – fase em que o paciente não apresenta sintomas. O teste é indicado para encontrar sangue, entretanto não determina nem a causa do problema nem o local do sangramento. Mesmo assim, é considerado um dos exames mais inócuos e úteis na detecção precoce de pólipos intestinais. Um resultado positivo não significa que o paciente está com câncer, mas que poderá ter que realizar outros exames como a colonoscopia, para visualizar o interior do intestino e verificar a possível presença de pólipos ou tumores. OBJETIVO A aula prática teve como objetivo realizar o método de Faust, conhecendo a técnica e visualizando os parasitas intestinais e também a análise de sangue oculto presente nas fezes. MATERIAIS E MÉTODO - MÉTODO DE FAUST ⬪ Amostra fecal do paciente ⬪ Becker de vidro de 250 ml (2) ⬪ Bastão de vidro ⬪ Água destilada ⬪ Rolo de gaze ⬪ Coador ⬪ Solução saturada de sulfato de zinco ⬪ Palito de madeira, alça de platina (bacteriológica) de 5 a 7 mm de diâmetro ⬪ Tubo de centrífuga ⬪ Lâmina de microscopia ⬪ Lugol (Solução de iodo/iodeto de potássio) ⬪ Lamínula ⬪ Centrífuga ⬪ Microscópio MATERIAIS E MÉTODO - CROMATOGRAFIA PROCEDIMENTO MÉTODO DE FAUST 1- Colocar 3 a 5 gramas de fezes no becker ou copo de plástico; 2- Adicionar água destilada e homogeneizar com bastante; 3- Colocar no tubo de Wasserman; 4- Colocar no cubo da centrífuga por 1 minuto a 2500 rpm; 5- Retirar o sobrenadante e adicionar água novamente e repetir a centrifugação em torno de 4 a 5 vezes, até que o sobrenadante esteja límpido; 6- Retirar o sobrenadante e completar o tubo até a marca de 10 ml com sulfato de zinco a 33%; 7- Centrifugar novamente por 1minuto a 2.500 rpm; 8- Retirar da parte superficial coma a espátula e colocar na lâmina com 1 gota de lugol; 9- Visualizar na objetiva de 10X, se verificar algum iten, mudar para a objetiva de 40X. Em resumo, iniciar diluindo o material com água destilada, centrifugando e descartando o sobrenadante várias vezes, até que a solução se torne clara. Depois você irá ressuspender o sedimento lavado em solução saturada de sulfato de zinco, onde por conta da densidade haverá a separação do que queremos visualizar (ovos e cistos leves) dos resíduos fecais. Estes formarão uma película superficial, que pode ser colhida com palito de madeira ou alça de platina e depositada na lâmina, com uma gota de lugol, cobre-se com a lamínula para observação em microscópio. RESULTADOS Utilizamos cerca de 2 gramas da amostra de fezes para ser diluída em um pouco de água destilada, de maneira gradativa para que se transforme numa solução homogênea. Após a diluição, a solução é coada na gaze dobrada sobre o cálice graduado,com o auxílio do bastão. Em seguida, completa- se o volume do cálice com mais água destiladae observa-se uma solução turva devido à presença de sedimentos e fragmentos em suspensão.A solução permaneceu em repouso cerca de 30 minutos, para que haja a sedimentação dos fragmentos. Após a verificação do sedimento concentrado no fundo do cálice, despreza-se o sedimento para observação da amostra, e com a pipeta de plástico aspira-se uma pequena amostra da solução logo acima do anel do sedimento no fundo do cálice que é colocada 1 gota na lâmina, com 1 gota de lugol e por cima, a lamínula para facilitar a visualização da amostra. CONCLUSÃO: Em suma, o Método de Faust (centrífugo-flutuação com sulfato de zinco) é muito utilizado na prática clínica nas suspeitas de helmintoses e protozooses. A fácil visualização pela remoção dos detritos fecais e concentração das formas parasitárias trazem ao método de concentração uma relevância maior, uma vez que mesmo quantidades pequenas de parasitas são identificados. Pelas diferenças de densidade, após a última centrifugação com a solução saturada do sulfato de zinco, as formas parasitárias concentradas formam uma película superficial visível a olho nu. Na análise da amostra não foi obervado nenhuma alteração das fezes do paciente. BIBLIOGRAFIA 1. Medicina laboratorial para o clínico – Erichsen, 2009. 2. Parasitologia e micologia humana – Moraes (5º Ed.) janeiro/2019.
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