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TÉCNICAS PARA A IDENTIFICAÇÃO DE PARASITOS NAS FEZES AULA 2 PROF. MÁRCIO LIMA ESP. ANÁLISES CLÍNICAS E TOXICOLÓGICAS - FOC EPF EXAME PARASITOLÓGICO DE FEZES CONSIDERAÇÕES GERAIS O EPF faz o diagnóstico da maioria dos parasitos intestinais. Os estágios usuais utilizados no diagnóstico são os ovos e as larvas de helmintos e os trofozoítas, cistos e oocistos de protozoários. 3 A identificação desses parasitos é feita por critérios morfológicos, que podem ser afetados por vários fatores como colheita mal feita e má preservação da amostra. Um material fecal inadequadamente colhido, velho ou mal preservado, será de pequeno valor para o diagnóstico. 4CONSIDERAÇÕES GERAIS É necessária uma boa experiência do microscopista porque frequentemente fragmentos de alimentos, células vegetais, grãos de pólen, leucócitos, células de tecido animal e outros artefatos presentes nas fezes, podem assemelhar-se a certos estágios dos parasitos intestinais. 5CONSIDERAÇÕES GERAIS Vários fatores devem ser considerados para uma colheita adequada do material fecal: tipo de recipiente, volume, idade da amostra, drogas e compostos químicos que podem interferir no resultado do exame. 6COLHEITA E PRESERVAÇÃO DA AMOSTRA A possibilidade de encontrarmos organismos parasitários no EPF aumenta pelo exame de amostras múltiplas, devido a vários fatores como: 7IMPORTÂNCIA DO EPF EM AMOSTRAS MÚLTIPLAS Intermitência da eliminação de certos parasitos, principalmente protozoários; Distribuição não uniforme dos ovos dos helmintos nas fezes; Estágio dos protozoários; Limitação das técnicas. 8IMPORTÂNCIA DO EPF EM AMOSTRAS MÚLTIPLAS O número de cistos de Entamoeba histolytica que passam junto com as fezes, apresenta oscilações diárias e picos cíclicos que ocorrem entre 7 e 10 dias, e os de Giárdia lamblia entre 2 – 3 dias ou mais. 9IMPORTÂNCIA DO EPF EM AMOSTRAS MÚLTIPLAS A produção de ovos de Schistosoma é irregular, assim como as proglotes de Taenia são liberadas com interrupções de 2 a 3 dias. 10IMPORTÂNCIA DO EPF EM AMOSTRAS MÚLTIPLAS Dessa forma, a colheita das fezes em dias alternados propicia uma porcentagem maior de resultados positivos. O ideal é colher uma série de 6 amostras em dias alternados, dentro de 14 dias. No entanto recomenda-se usualmente coleta de três amostras em dias alternados. 11IMPORTÂNCIA DO EPF EM AMOSTRAS MÚLTIPLAS Um novo exame deverá ser realizado, 3 a 4 semanas após o tratamento dos pacientes que receberam medicação para protozoários. Para infecções por helmintos, o controle se efetuará uma a duas semanas após o tratamento, mas para a teníase, um novo exame será necessário após 5 a 6 semanas. 12CONTROLE PÓS-TRATAMENTO O uso de laxantes é recomendado nos casos de uma série de EPF com resultados negativos. Não são indicados os óleos minerais, os compostos de bismuto ou magnésio, pois os glóbulos de óleo dificultam a observação e os restos de cristais de bismuto e de magnésio podem obscurecer os organismos ou afetar a aparência dos trofozoítas. 13LAXANTES O tempo de colheita das amostras influi bastante na identificação dos parasitos. Os trofozoítas dos protozoários se degeneram rapidamente após terem sido eliminados. Como estão geralmente presentes em espécimes líquidos, o tempo de exame recomendado é de 30 minutos. Para fezes sólidas o limite de tempo não é crítico, podendo o estudo ser feito dentro de 24 horas. 14ESTABILIDADE DAS AMOSTRAS Para preservar a morfologia dos protozoários e prevenir um contínuo desenvolvimento de alguns ovos e larvas de helmintos, as amostras fecais que não forem enviadas imediatamente ao laboratório, deverão ser fixadas. 15PRESERVAÇÃO DAS AMOSTRAS REFRIGERAÇÃO: a preservação das amostras poderá ser temporariamente feita por refrigeração (3 a 5 ◦C) em recipiente hermeticamente fechado, para evitar o dessecamento. Nessas temperaturas os ovos e as larvas dos helmintos se manterão viáveis por vários dias. 16PRESERVAÇÃO DAS AMOSTRAS FIXADORES: a preservação permanente poderá ser conseguida com a utilização de vários fixadores como: Solução de formaldeído 5 % ou 10 %; Mertiolato-iodo-formaldeído (MIF); Acetato de sódio-ácido acético-formaldeído (SAF); Fixador de Schaudinn. 17PRESERVAÇÃO DAS AMOSTRAS Observar a consistência da amostra. Fezes moles ou líquidas sugerem a possível presença de trofozoítas de protozoários intestinais. Cistos de protozoários são encontrados com mais frequência em fezes formadas. Ovos e larvas de helmintos podem ser encontrados tanto em fezes líquidas quanto em fezes formadas. 18EXAME MACROSCÓPICO Examinar a superfície da amostra para observar a presença de proglotes de tênias, ancilostomídeos ou oxiúros adultos. Examinar a amostra fecal com auxílio de um palito (sorvete) para verificar a presença de outros helmintos adultos. 19EXAME MACROSCÓPICO Examinar as fezes quanto à presença de sangue e/ou muco. SANGUE FRESCO (vermelho vivo) indica hemorragia aguda no trato intestinal. MUCO SANGUINOLENTO sugere ulcerações e uma porção desse material deve, de preferência, ser examinada, ao microscópio, para a procura de trofozoítas. 20EXAME MACROSCÓPICO Os vermes adultos, quando encontrados, devem ser imediatamente examinados e identificados. As TÊNIAS são identificadas especificamente pelo exame das proglotes grávidas. 21EXAME MACROSCÓPICO Permite a visualização de trofozoítas, cistos e oocistos de protozoários e de ovos e larvas de helmintos. É recomendável, o exame direto a fresco, para observação dos movimentos do trofozoito, as técnicas de concentração de parasitas e um esfregaço de fezes com coloração permanente 22EXAME MICROSCÓPICO O exame pode ser QUANTITATIVO ou QUALITATIVO. Os métodos quantitativos são aqueles nos quais se faz contagem de ovos para avaliação da carga parasitária. O mais empregado atualmente é o de KATO-KATZ. 23EXAME MICROSCÓPICO Os métodos qualitativos são os mais utilizados para a demonstração da presença das formas parasitárias. Frequentemente o número das formas parasitárias é pequeno, assim é necessário recorrer a processos de enriquecimento dessas formas para concentrá-las. 24EXAME MICROSCÓPICO TÉCNICAS 25 1. Tomar uma pequena porção do material a examinar e misturar, se necessário, com pequena quantidade de solução salina a 9 % m/v sobre uma lâmina. 2. Cobrir com lamínula e examinar. 26EXAME DIRETO A técnica baseia se na SEDIMENTAÇÃO ESPONTÂNEA de material fecal no fundo do cálice. É indicado principalmente para pesquisa de ovos de Schistossoma mansoni, ovos e larvas de outros vermes, mesmo não sendo ideal para a pesquisa de cistos, estes poderão ser observados, especialmente se for corado a preparação. 27MÉTODO DE HOFFMAN, PONS E JANER 1. Usar luvas durante todo o procedimento 2. Colocar 5g de fezes em um becker de 250 ml, completar com 50 ml de agua 3. Destilada e dissolver as fezes 4. Acrescentar 100 ml de aguar destilada na solução 28MÉTODO DE HOFFMAN, PONS E JANER 5. Filtrar a solução com uma gaze, em um cálice de sedimentação. 6. Completar com água destilada até ¾ do cálice 7. Após 2 horas de sedimentação recolher uma amostra de sedimento, com uma pipeta Pasteur e transferir para uma lâmina. 8. Examinar ovos, larvas e cistos em aumento de 10x e confirmar em aumento de 40x. 29MÉTODO DE HOFFMAN, PONS E JANER 30MÉTODO DE HOFFMAN, PONS E JANER Técnica de FLUTUAÇÃO SIMPLES em solução saturada de cloreto de sódio: MÉTODO DE WILLIS. A técnica de Willis é fundamentada na capacidade que alguns ovos de helmintos, flutuarem na superfície de uma solução de alta densidade e de aderência ao vidro. 31MÉTODO DE WILLIS É um procedimento simples e eficiente, indicado para pesquisa de ovos com baixa densidade, como os ovos de ancilostomídeos. Não recomenda-se para ovos pesados de Schistossoma mansoni,ovos de Enterobius vermiculares e ovos inférteis de Ascaris lumbricoides, pois se encolhem, ficando irreconhecíveis. 32MÉTODO DE WILLIS 1. Usar luvas durante todo o procedimento; 2. Colocar de 1 a 2 g de fezes frescas, em uma cuba/becker de 3 cm de diâmetro com capacidade aproximada de 20 ml. Completar com ¼ da capacidade do recipiente com a solução saturada de cloreto de sódio; 3. Suspender as fezes na solução saturada salina até homogeneizar completamente; completar o volume. Colocar uma lamínula ou uma lâmina sobre a borda da cuba; 33MÉTODO DE WILLIS 4. A lamínula/lâmina deve ficar em contato com o menisco durante 30 a 45 minutos: não deverá haver formação de bolhas de ar entre a lamínula e a superfície do liquido. A gota que contém os ovos se adere a face inferior da lamínula; 5. Remover a lamínula/lâmina e inverter rapidamente a posição sobre uma lâmina. Examinar o microscópio com objetiva de pequeno aumento. 34MÉTODO DE WILLIS 35MÉTODO DE WILLIS A técnica de Ritchie, feita através da CENTRÍFUGO-SEDIMENTAÇÃO, usada para a pesquisa de cistos de protozoários e de ovos e larvas de helmintos. Porém a técnica de Ritchie possui limitações como a baixa sensibilidade para se detectar a presença de ovos de Schistosoma mansoni e Ascaris lumbricoides nas fezes, em comparação com o método de sedimentação espontânea, além de ser mais trabalhosa e possuir mais riscos devidos aos reagentes químicos utilizados. 36MÉTODO DE RITCHIE Por ser um método de sedimentação possui a desvantagem de ocorrer presença de detritos fecais no sedimento analisado interferindo na identificação dos parasitas. A técnica de Ritchie é realizada conservando as fezes em uma solução de MIF, depois é realizada sua filtração e permanência em repouso durante 10 a 20 minutos, após esse processo é adicionado o éter e feito sua agitação e centrifugação, desprezando o sobrenadante e utilizando o sedimento para ser analisado em uma lâmina com lugol. 37MÉTODO DE RITCHIE 1. 5 a 15g de fezes (uma colher de chá) de fezes recentes são homogeneizados em 10 a 15 ml de formol a 10%, em um frasco Borrel, com auxílio de um bastão ou palito. 2. Coe a mistura com gaze umedecida e dobrada em quatro e a transfira para um tubo cônico de centrífuga. 3. A suspensão é centrifugada, várias vezes, a 500g (1500 rpm.) 1 minuto, até se obter um sobrenadante claro. 38MÉTODO DE RITCHIE 4. O sobrenadante é desprezado e o sedimento ressuspenso em 4 ml de acetato de etila ou éter. Arrolhe o tubo e agite o tubo vigorosamente por 30 segundos. Retire cuidadosamente a rolha do tubo, pois o vapor formado pode provocar um jato de detritos fecais. Esta etapa remove as gorduras das fezes. 5. Centrifugar o tubo novamente. Há formação de 4 camadas: a de acetato de etila/éter (a mais superficial); detritos fecais; formol e o sedimento contendo os parasitas (no fundo do tubo). 39MÉTODO DE RITCHIE 6. Depois que a camada de detritos for retirada com um bastão, todo sobrenadante é descartado, virando o tubo de centrífuga com movimento suave, mas de uma só vez. 7. O sedimento é homogeneizado, agitando o tubo entre os dedos. Uma gota de sedimento fecal é misturada com uma gota de Lugol e levada para exame ao microscópio. 8. É importante ressaltar que o acetato substitui o éter. É mais seguro por não ser inflamável, porém, ele pode dissolver tubos de plástico. O acetato em excesso aparece como bolhas quando se faz a lâmina. 40MÉTODO DE RITCHIE 41MÉTODO DE RITCHIE O Método de Faust (CENTRÍFUGO-FLUTUAÇÃO com sulfato de zinco) é muito utilizado na prática clínica nas suspeitas de helmintoses e protozooses. A fácil visualização pela remoção dos detritos fecais e concentração das formas parasitárias trazem ao método de concentração uma relevância maior, uma vez que mesmo quantidades pequenas de parasitas são identificados. 42MÉTODO DE FAUST Pelas diferenças de densidade, após a última centrifugação com a solução saturada do sulfato de zinco, as formas parasitárias concentradas formam uma película superficial visível a olho nu. 43MÉTODO DE FAUST 1. Com o auxílio do bastão de vidro, pegar uma porção (cerca de 5g) da amostra de fezes, colocando-a no becker. 2. Colocar em seguida a água destilada (10ml) e homogeneizar a amostra, com movimentos circulares não muito rápidos. 3. Utilizando a gaze dobrada, o coador e um novo becker, filtrar a amostra, retendo as porções sólidas. 44MÉTODO DE FAUST 4. Colocar a amostra filtrada no tubo apropriado e colocar na centrífuga por 1 minuto em 2500 rpm. 5. Após este tempo, retirar o tubo da centrífuga, descartar o sobrenadante turvo, homogeneizar o sedimento e repetir o processo (água destilada + centrifugação 45 a 60 segundos a 650 g) até que o sobrenadante fique límpido. 45MÉTODO DE FAUST 6. Quando límpido, descartar o sobrenadante, homogeneizar o sedimento e adicionar a solução de sulfato de zinco (33%, densidade de 1,18 g/ml), colocando novamente o conjunto na centrífuga (45 a 60 segundos a 650 g). 7. Passado o tempo, ao retirar da centrífuga, identificará 3 fases no tubo, uma película superficial, uma solução intermediária e um sedimento ao fundo. 46MÉTODO DE FAUST 8. Com a alça de platina ou alça descartável, coletar apenas a película superficial, colocando-a na lâmina. 9. Colocar uma gota de lugol e a lamínula por cima, para analisar na microscopia com objetivas de 10x e/ou 40x. 47MÉTODO DE FAUST 48MÉTODO DE FAUST TÉCNICA QUANTITATIVA: método de KATO-KATZ, Utilizado na detecção ovos de Schistosoma mansoni, Trichuris trichiura e Ascaris lumbricoides. O método de Kato-Katz é um dos mais conhecidos, sendo de fácil execução e baixo custo é uma técnica qualitativa e quantitativa e é dentre outras considerada assertiva. 49MÉTODO DE KATO-KATZ Um inconveniente dessa técnica é a dificuldade de identificação em infecções leves, devido a quantidade reduzida de ovos presentes nas amostras. Permite identificação e a quantificação por grama de fezes das infestações por alguns helmintos. Cistos de protozoários podem não ser identificados por este método e sua execução pode ser inviável em fezes diarréicas. 50MÉTODO DE KATO-KATZ Materiais utilizados: Lâminas/lamínula de celofane, folha absorvente, placa perfurada, tela bastão, placa de Petri, e solução (azul de metileno ou verde malaquita) 51MÉTODO DE KATO-KATZ 1. Preparar a solução de azul de metileno ou verde malaquita 2. Cortar papel celofane em tamanho de lamínula e mergulhar na solução de azul de metileno ou verde malaquita por 24 horas; 3. Colocar uma amostra de fezes sobre o papel absorvente; 4. Comprimir as fezes na tela para passagem de ovos de helmintos e detritos menores que os ovos; 52MÉTODO DE KATO-KATZ 5. Transferir as fezes peneiradas para a placa perfurada; 6. Após encher, retirar a placa sobre a lâmina; 7. Com o auxílio de uma pinça, pegar o papel celofane e cobrir o bolo de fezes, inverter a lâmina em papel e pressionar; 8. Aguardar duas horas e examinar ao microscópio todos os ovos presentes na preparação. 53MÉTODO DE KATO-KATZ 54MÉTODO DE KATO-KATZ Este método é baseado no termohidrotropismo positivo das larvas pela ação da gravidade. Fundamentado na atração da larvas de nematelmintos pela água aquecida. É um método seletivo para pesquisa de larvas e não específico, pois podemos encontrar cistos e ovos de outros parasitos. Indicado para a pesquisa de larvas de Strongyloides stercorales, de Ancylostoma duodenale e Necator americanus. 55MÉTODO DE BAERMANN MORAES Na técnica de Baermann-Moraes, utiliza-se tamiz/peneira coberto com gaze, funil de vidro, tubo de borracha ou silicone, pinça e vidro de relógio para a coleta do material sedimentado para procura das larvas. Essa técnica utiliza o aparelho de Baermann, composto por um funil de vidro, com a haste acoplada a um tubo de borracha. Para fechar o tubo de borracha utilizou-se a pinça. 56MÉTODO DE BAERMANN MORAES1. Separar uma parte de amostra fecal fresca. 2. Colocar um tamiz no interior do funil. 3. Colocar uma gaze 8 fios com 4 dobras sobre o tamiz. 4. Adicionar água aquecida 40- 42 º C no funil. 5. Transferir a amostra fecal para a gaze, de forma que as fezes fiquem em contato com a água. 57MÉTODO DE BAERMANN MORAES 6. Esperar 1 hora. 7. Abrir a pinça e transferir parte do material sedimentado para um vidro de relógio côncavo. 8. Fazer leitura em microscópio para a procura de larvas. 9. Após a leitura, o material deve ser descartado em solução de hipoclorito de sódio 1%. 58MÉTODO DE BAERMANN MORAES 59MÉTODO DE BAERMANN MORAES Baseia-se na utilização da FITA GOMADA na apreensão de estágios evolutivos de parasitos, localizados na região perianal. Indicado para a pesquisa de todos os parasitos que prioritária ou ocasionalmente se deslocam até a região perianal (Enterobius vermicularis, Taenia sp, e eventualmente, ovos de Ascaris lumbricoides, Ancilostomídeos, e Trichuris trichiura) 60MÉTODO DE GRAHAM 1. Orientar o paciente no momento do agendamento do exame a não realizar higiene nem utilizar pomadas ou cremes na região anal no dia da coleta e comparecer ao laboratório para coleta pela manhã, antes de defecar; 2. Fixar, em uma lâmina, uma tira de 5 a 6 cm de fita durex transparente, colocando, nas duas extremidades, tiras de papel ou etiqueta branca de aproximadamente 4 cm, as quais servirão de suporte para segurar; 61MÉTODO DE GRAHAM 3. Destacar a fita da lâmina e colocar sobre o fundo de um tubo de ensaio com o lado aderente voltado para fora; 4. Instruir o paciente deitar sobre as costas, com as pernas dobradas sobre o abdômen e aplicar pressão com um tubo de ensaio envolto na fita adesiva varias vezes sob o local de coleta (região perianal); 62MÉTODO DE GRAHAM 5. Retirar a fita tubo e cuidadosamente dispô-la esticada com o lado adesivo para baixo sobre uma lâmina previamente identificada com nome e código do paciente; OBS: Pressionar firmemente para que não fiquem bolhas de ar e rugosidades; 63MÉTODO DE GRAHAM 6. Encaminhar a lâmina com a ordem de serviço do paciente para verificação pelo analista clínico presente no setor de parasitologia; 7. Realizar a leitura da lâmina com as objetivas de 10x e 40x e anotar o resultado na ordem de serviço do paciente; 8. Inserir no sistema ou encaminhar o resultado ao setor de digitação para que insiram no sistema; 9. Conferir o resultado inserido e liberá-lo; 64MÉTODO DE GRAHAM 65MÉTODO DE GRAHAM O conhecimento de técnicas diagnósticas em exames de fezes (EPF) aplicadas nas formas parasitárias corretas ajuda na escolha do melhor método, já que é um dos maiores desafios para obter o diagnóstico correto. Uma coleta mal feita, um armazenamento incorreto e uma técnica sem conhecimento da forma parasitária em questão, pode impossibilitar o diagnóstico. 66CONSIDERAÇÕES FINAIS E por não existir um método capaz de diagnosticar ao mesmo tempo todas as formas parasitárias, é ideal que exista uma combinação entre técnicas de flutuação e sedimentação. O que se faz de rotina é o emprego de um método geral como o de Hoffman, um específico para cistos de protozoários e um para a pesquisa de larvas e helmintos, além de utilizar uma técnica para contagem de formas parasitárias. 67CONSIDERAÇÕES FINAIS REFERÊNCIAS Carvalho, AF; Barnabe, AS; Federsoni, IP; Ferraz, RRN; De Marco, RM e Garcia, IP. Eficácia dos métodos de diagnóstico parasitológico em animais silvestres mantidos em cativeiro. Arq. Inst. Biol. vol.84 São Paulo 2017. De Carli, GA. Parasitologia clínica: seleção de métodos e técnicas de laboratório para o diagnóstico das parasitoses humanas. São Paulo: Editora Atheneu. Neves, David Pereira. Parasitologia Dinâmica. Editora Atheneu, 3ª edição – São Paulo, 2009. 68 69 “Quando a vida parece difícil, os corajosos não se deitam e aceitam a derrota; em vez disso, eles estão ainda mais determinados a lutar por um futuro melhor.” Bons Estudos! Prof. Marcinho Lima Rainha Elizabeth II
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