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Aula 5 - Fisiopatologia e Dietoterapia da OBESIDADE

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Fisiopatologia e 
Dietoterapia da
“Obesidade”
Curso de Nutrição
Fisiopatologia da Nutrição e Dietoterapia I
Profa. Etiene Picanço
http://www.google.com.br/url?sa=i&rct=j&q=&esrc=s&frm=1&source=images&cd=&cad=rja&docid=xjwz9S7m9Mku5M&tbnid=oHXa0--mfB3oHM:&ved=0CAUQjRw&url=http://www.superinformado.com.br/destaque/cientistas-identificam-especie-de-bacteria-ligada-a-obesidade-2/&ei=IMtCUur8IZHA4AP58IDQAg&bvm=bv.53077864,d.dmg&psig=AFQjCNFhWIW3yQUKer9UwRA3v15smtzlIQ&ust=1380195352065635
Obesidade no mundo
Transformações das 
condições de VIDA Transformações das 
condições de SAÚDE
Transformações das 
condições de NUTRIÇÃO
Últimos 50 
anos
 OBESIDADE
Pinheiro et al., 2004; Ferreira et al., 2006; Malta et al., 2006; Rinaldi et al., 2008. 
Obesidade no Brasil
Transição Nutricional
Obesidade
É uma DOENÇA CRÔNICA representada pelo
acúmulo excessivo de gordura corporal
que, acarreta prejuízos à saúde dos indivíduos.
OMS, 2004.
Obesidade, adipócitos e comorbidades
Tecido PASSIVO de 
armazenamento de 
energia
Tecido ATIVO na 
regulação hormonal
Redon et al., 2009.
Adipócitos e Fisiopatologia da Obesidade
ADIPÓCITOS:
• gotícula grande contendo lipídeos,
citoplasma, núcleo e mitocôndrias
• Armazenam TRIGLICERÍDEOS 80 a
95% do seu volume/capacidade
•  no tamanho (HIPERTROFIA) e/ou
número (HIPERPLASIA) =  tecido
adiposo (ganho de peso)
• Pode expandir até 1000x o seu
volume/capacidade.
Adipócitos, Hipertrofia e Hiperplasia
PPARγ
CEBPα
http://www.google.com.br/url?sa=i&rct=j&q=&esrc=s&frm=1&source=images&cd=&cad=rja&docid=x5f09nhxPZd3hM&tbnid=b8CJXCAW59MgWM:&ved=0CAUQjRw&url=http://www.omega4cosmeticos.com.br/2011/08/linha-body-esthetic.html&ei=H85CUofpJvKl4AO-iIHoBA&bvm=bv.53077864,d.dmg&psig=AFQjCNGZAPULMjAMGZNbhjpY7ClrlJ3Lag&ust=1380196241381778
Quanto mais
maduro, pior!
Armazenamento de GORDURA = “LIPOGÊNESE”
Lipogênese 
Triglicerídeos
Carboidratos
Proteína
Carboidratos
Supressão da oxidação 
de Gorduras
DIETA TG Qm
Fígado
Adipócitos
LPL
Precursores de Acetil CoA
Precursores de Acetil CoA
LPL = lipase lipoprotéica
LPL e LHS no processo de Emagrecimento
Perda de 
PESO
 da atividade da LPL 
(LIPOGÊNESE)
da Lipase hormônio 
sensível (LHS) 
(LIPÓLISE)
LPL e LHS na Obesidade
Obesidade
 da atividade da LPL 
(LIPOGÊNESE)
 da Lipase hormônio 
sensível (LHS) 
(LIPÓLISE)
Diagnosticando “Obesidade”
• ≥30Kg/m2
• Cole et al., 2007.
Adolescente
• ≥30Kg/m2
• WHO, 2000.
Adulto
• >27Kg/m2
• Lipschitz,1994. 
Idoso
WHO, 2000; Abrantes et al., 2003; Cervi et al., 2005.
Diretrizes Brasileiras de Obesidade, ABESO, 3ª Edição, 2009/2010.
Pontos de Corte para IMC estabelecidos para Adultos
Fatores associados à Obesidade
Obesidade
Genéticos
Psicológicos
Ambientais
Culturais
Socioeconômicos
Francischi et al, 2000; Ferreira et al, 2006.
Fatores de Estilo de Vida
Alimentação
Tabagismo
Álcool
Sedentarismo
Francischi et al, 2000; Ferreira et al, 2006.
Problema de 
SAÚDE PÚBLICA Independe de 
fatores genéticos
Excesso de 
GORDURA 
CORPORAL
Fator de risco para 
DCNT
Pi-Sunyer, 2002; Pereira et al., 2003; Ferreira et al., 2006; Mariath et al., 2007; Steemburgo et al., 2007.
Impacto Clínico da Obesidade
Co-morbidades
associadas à Obesidade
http://www.google.com.br/url?sa=i&rct=j&q=&esrc=s&frm=1&source=images&cd=&cad=rja&docid=VUR7vP8tjFtcjM&tbnid=a_N863iHVfM7bM:&ved=0CAUQjRw&url=http://www.gastrosite.com.br/s_beneficios.php&ei=IN9CUojZCJO14AOijYC4Dw&bvm=bv.53077864,d.b2I&psig=AFQjCNF-SrRzWepbfz72b9Yx9fbpwo-PRw&ust=1380200592427673
OBESIDADE
Diabetes Tipo II 
Dislipidemia
DCV
Hipertensão 
Arterial
Síndrome 
Metabólica
Câncer
Distúrbio 
Respiratório 
Doenças 
Articulares
Outras
Resistência 
Insulínica
Francischi, et al., 2000; Steemburgo et al., 2007; Redon et al., 2009
DCNT x Obesidade
Impacto Clínico X Tipos de Obesidade segundo sua 
“Distribuição Regional”
Andróide Ginóide
Complicações Metabólicas da Obesidade
Obesidade Central
Hipertrofia dos Adipócitos
Anormalidade da Lipólise
↑ ácidos graxos livres no sangue
Alteração metabólicas induzidas pela Obesidade
http://www.google.com.br/url?sa=i&rct=j&q=&esrc=s&frm=1&source=images&cd=&cad=rja&docid=6i75bPP5Bkzn9M&tbnid=5G-fcUaLZKJYNM:&ved=0CAUQjRw&url=http://revivare.wordpress.com/2012/04/02/sindrome-metabolica-parte-ii/&ei=NtFCUuLjMcni4AOS6ICgBA&psig=AFQjCNG_QqoWleFdtaH_iib3tDn4Fb7-aw&ust=1380197043002505
Etapas do processo patológico que liga a obesidade central à 
falência das células β pancreáticas.
Obesidade 
Central
↑ AGL, Resistina, 
Il-6 e TNF-α + 
↓ Adiponectina
Resistência 
insulínica
Hiperinsulinemia
Diabetes 
Tipo II
Obesidade e Diabetes
http://diabetesmed89.blogspot.com/2009/06/diabetes-mellitus-tipo-ii_17.htmlPi-Sunyer, 2002; Redon et al., 2009.
http://www.google.com.br/url?sa=i&rct=j&q=&esrc=s&frm=1&source=images&cd=&cad=rja&docid=DpLXFxlXG3bapM&tbnid=iynQSa9fpR5QIM:&ved=0CAUQjRw&url=http://www.ribeiraopretoonline.com.br/coluna-julieta-ueta/razao-cintura-quadril-circunferencia-da-cintura-e-imc-o-que-usar-para-indicacao-de-risco-a-saude/43989&ei=FdRCUo29KpTI4AOg_oCQCw&psig=AFQjCNG_QqoWleFdtaH_iib3tDn4Fb7-aw&ust=1380197043002505
Obesidade X Resistência Insulínica
Fatores Nutricionais
Glicotoxicidade
Lipotoxicidade
Defeitos de Sinalização 
intracelular de insulina
Citocinas pró-
inflamatórias
Glicotoxicidade X Resistência Insulínica
Ingestão de CHO 
de ALTO IG
 saciedade HIPERinsulinemia
LIPOGÊNESE
 oxidação de AG 
e  TG
Depleta vits. 
Complexo B, vit C 
e Cromo
Sobrecarrega PANCREÁTICA:
▪  produção de insulina
▪ Hiperglicemia
Sobrecarrega ADRENAIS:
▪  CORTISOL
▪ Hiperglicemia
Cromo X Ação da Insulina
CROMO
Transferrina do 
meio intercelular 
para membrana
Trasnferrina-CROMO
+ 
receptores 
Meio 
INTRAcelular
CROMO + 
Apocromodulina 
(Ptn) 
CROMODULINA
CROMODULINA 
+ Subunidade 
(receptores)
FOSFORILAÇÃO de 
resíduos de 
TIROSINA de ptns
TRANSLOCAÇÃO das 
vesículas de GLUT4 para 
membrana plasmática
Captação 
celular de 
GLICOSE
Lipotoxicidade X Resistência Insulínica
Obesidade
↑ atividade 
da LPL
↑ armazenamento 
de TG 
(Lipogênese)
↑ Fluxo de AGL 
no Fígado
↓ depuração Hepática 
da insulina
Hiperinsulinemia
Hiperglicemia ↑ Gliconeogênese
 potencial para 
oxidação dos 
ácidos graxos.
Produção de Citoquinas Pró-inflamatórias X Resistência 
Insulínica
Obesidade
 citocinas pró-
inflamatórias (TNF-, 
IL-6, IL-1):
 eicosanóides inflamatórios
(série PAR)
 produção de prostaglandinas 
(PGE2) e leucotrienos-
tromboxanos (LTB4) )
 Ptn C reativa 
(PCR)
 fosforilação da 
Tirosina dos 
receptores de insulina 
Resistência Insulínica
Hiperglicemia
 potencial para 
oxidação dos ácidos 
graxos.
 Expressão 
do GLUT4
estado CRÔNICO 
subclínico de 
INFLAMAÇÃO 
Hipertensão Arterial na Obesidade
Hipersinulinemia
↑ Reabsorção de 
Sódio
↑ AGL ↑ Vasoconstrição
↑ Sistema Nervoso Simpático
↑ Angiotensinogênio ↑ Angiotensina II 
Obesidade e Hipertensão 
Resistência 
Insulínica
 Retenção de 
Sódio
 SNS
 Aldosterona
 Renina
 Angiotensinogênio
 Angiotensina II
HIPERTENSÃO
Francischi et al., 2000; Redon et al., 2009.
Obesidade e Dislipidemia
Hiperinsulinemia
 Triglicerídeos
 Síntese VLDL 
colesterol
Francischi et al., 2000; Faria et al., 2006; Mathew et al., 2008.
Alterações Hipotalâmicas na Obesidade
maior envolvimento no controle da fome e do peso 
corporal
produtores de 
neuropeptídeos 
orexígenos 
( apetite)
Centro da saciedade
Produz peptídeos orexígenos ( apetite)
Vias orexígenas
Grelina estômago  NPY 
 ingestão 
alimentar
Neuropeptídeo Y (NPY)
Obesidade → RI → hipersecreção de 
NPY → hiperfagia
Estimula o 
consumo de 
carboidrato
OBESOS
Estado PÓS-
PRANDIAL 
 Grelina
 ingestão 
alimentar
NORMAL
Estado PÓS-
PRANDIAL 
 Grelina
 Ingestão 
alimentar
Alterações Hormonais na Obesidade
OBESIDADE
 Citocinas pró-
inflamatórias 
 produção de 
cortisol
 Estresse 
e  NPY 
 compulsãoalimentar 
Hiperatividade do eixo 
Hipotálamo-adrenal 
(HPA) 
Catecolaminas

adrenorrecptores
-2 
 LPL Lipogênese
Alterações Hormonais na Obesidade
OBESIDADE  Leptina
Resistência a ação 
da Leptina
Hiperleptinemia
 Apetite
 Ingestão 
alimentar
 termogênese
 Acúmulo de 
gordura corporal
Alterações Hormonais na Obesidade
OBESIDADE  adiponectina
sensibilidade 
à insulina
Resistência 
Insulínica
Disbiose X Obesidade
Disbiose, Síndrome Metabólica e Gordura 
Visceral
Efeitos da Dieta sobre a Microbiota e 
Metabolismo 
Influência da Microbiota no armazenamento de 
Gordura corporal
Disbiose X Obesidade e Síndrome Metabólica
Tratamento Nutricional na Obesidade
• Etapas da atenção
nutricional:
1. Avaliação do estado 
nutricional
2. Plano de Ação Nutricional
3. Implementação da 
dietoterapia
4. Prescrição Nutricional e 
Dietética
5. Educação Nutricional
Etapas da Assistência nutricional na Obesidade
1. Estabelecer o diagnóstico nutricional
– Calcular o IMC
– Definir o PESO IDEAL:
• PESO IDEAL (PI) = IMC ideal (kg/m2) x Estatura (m2)
• IMC ideal:
– Média da faixa do IMC ideal:
» Média para Homem e Mulher = 21,7
» Média para idoso = 24,5
• Estabelecer a melhor opção para o indivíduo dentro da faixa de normalidade
• Desvios nutricionais: tratar de forma lenta e gradual
• Aplicação do Peso Habitual/Usual
Etapas da Assistência nutricional na Obesidade
2. Traçar o Objetivo:
▪ produzir balanço negativo de energia para reduzir o peso e melhorar a
composição corporal.
3. Calcular e estimar as necessidades energéticas diárias
– Taxa metabólica basal
– Valor Energético Total (VET) ou Gasto Energético Total (GET):
– FAO/WHO (2001/2004)
– Dietary Reference Intakes - DRI (2005)
IMPORTANTE: se utilizar o Peso “ajustado”, não precisa fazer o reajuste
calórico negativo
Homens Mulheres 
Idade (anos) TMB (kcal/dia) TMB (kcal/dia)
< 3 59,512 x P – 30,4 58,317 x P – 31,1 
3 – 9,9 22,706 x P + 504,3 20,315 x P + 485,9 
10 – 17,9 17,686 x P + 658,2 13,384 x P + 692,6 
18 – 29,9 15,057 x P + 692,2 14,818 x P + 486,6 
30 – 59,9 11,472 x P + 873,1 8,126 x P + 845,6 
> 60 11,711 x P + 587,7 9,082 x P + 658,5 
Segundo FAO/WHO (2001/2004):
Nível de atividade física (NAF)
1. Não há mais distinção nos valores para M e H
2. Foi criada uma faixa e não mais um valor fixo 
•Sedentários ou atividades leves → 1,40 a 1,69
•Ativo ou moderadamente ativo → 1,70 a 1,99
•Atividades pesadas → 2,00 a 2,40 
GET = TMB x FA
TMB = taxa metabólica basal
FA = fator atividade
Dietary Reference Intakes - DRI (2002)
HOMEM 662 – 9,53 (idade em anos) + AF*(( 15,91(peso atual em kg) + 539,6(altura em metros))
MULHER 354 – 6,9 (idade em anos) + AF*(( 9,36(peso atual em Kg) + 726(altura em metros))
1,0 a 1,39
Sedentário, executando atividades tipicamente da rotina diária (andando para pegar ônibus,
atividades domésticas,...)
1,4 a 1,59
Atividade de baixa intensidade – executando atividades tipicamente da rotina diária + o adicional
de 30 a 60min de atividade moderada diariamente. Exemplo: caminhada de 5 a 7km/h
1,6 a 1,89
Ativo fisicamente – executando atividades tipicamente da rotina diária + o adicional de 60min
diários de atividade física moderada
1,9 a 2,5
Muito ativo fisicamente – executando atividades tipicamente da rotina diária + o adicional de no
mínimo 60min de atividades diárias moderada com adicional ainda de 60min de atividade
vigorosa OU 120min de atividade moderada diária.
*Atividade Física (AF):
- Institute of Medicine. Dietary Reference Intakes for Energy, Carbohydrate, Fiber, Fat, Fatty Acids, Cholesterol, Protein, and Amino Acids. Washington (DC): The National
Academies Press; 2002.
Etapas da Assistência nutricional na Obesidade
4. Estabelecer restrição calórica moderada (ESCOLHER dentre as
estratégias abaixo):
a) Restrição moderada e progressiva de Kcal: 500 a 1000kcal/dia
b) Método VENTA:
- 7700 x Kg* x no de meses ÷ 30 dias
*quantidade de Kg que deseja perder no mês.
c) Ajustado para Obesidade:
- Fórmula: (PA – PI ) x 0,25 +PI (Glynn et al, 1998; Frankenfield, D.C. et al, 2003)
Etapas da Assistência nutricional na Obesidade
5. Estabelecer RECOMENDAÇÕES NUTRICIONAIS:
1º Proteína
2º Carboidrato
3º Lipídeo
4º Hidratação – Necessidade hídrica
Recomendações Nutricionais na Obesidade
▪ Carboidratos:
▪ 55% - 60% (com
aproximadamente 20 % de
absorção simples)
▪ Fibras: entre 20 e 30g /dia
▪ Proteínas:
▪ 15%-20% (não menos de 0.8 g/ Kg
de peso desejável) - Hiperprotéica
▪ Gorduras:
▪ 20%-25%, com 7% de gorduras
saturadas, 10% de gorduras
poliinsaturadas e 13% de gorduras
monoinsaturadas
▪ Colesterol: < 300mg/dia
Cuppari, L. Guia de Nutrição, 2ª Edição, Unifesp, 2005.
Recomendações de MACRONUTRIENTES em função da 
porcentagem do valor energético total (VET)
Nutrientes DRI-AMDR (2002) SBC (2005)
Proteína
10 a 35% -
Carboidratos 45 a 65% 50 a 60%
Lipídeo Total 20 a 35% 25 a 35%
AG saturado
não definido < 10%
< 7% se LDL ↑
AG mono não definido ≤ 20%
AG poli não definido ≤ 10%
AG linoléico n-6 5 a 10% -
AG linolênico n-3 0,6 a 1,2% -
AG trans restrição
Colesterol
- < 300mg/dia
< 200mg/dia (se LDL ↑)
Recomendações - Necessidades Hídricas
1 a 10kg 100ml/kg/dia
11 a 20kg 1000ml + 50ml/kg para cada kg > 10kg
> 20kg 1500ml + 20ml/kg para cada kg > 20kg
15 a 30 anos 40ml/kg/dia
25 a 55 anos 35ml/kg/dia
55 a 65 anos 30ml/kg/dia
> 65 anos 25ml/kg/dia
Fonte: WIDTH, Mary. et al. MdS, Manual de Sobrevivência para Nutrição Clínica. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2012.
Recomendação considerando a oferta calórica: 1ml/kcal/dia
Recomendações Nutricionais na Obesidade
▪ SAL:
▪ adequada a situação biológica
individual
▪ Se HIPERTENSO:
▪ Dieta hipossódica
▪ Restrição de sódio:
✓ 3 a 6g de sal/dia)
Cuppari, L. Guia de Nutrição, 2ª Edição, Unifesp, 2005.
Recomendações de SÓDIO
Sódio
WHO (2003; 2012) < 2000mg/dia
DRI (2004)
AI 1200 a 1500mg/dia
UL 2300mg/dia
Recomendação de Cloreto de Sódio (SAL)
Referência Recomendação
WHO (2003; 2012) < 5g/dia
SBC (2005) < 6g/dia
Recomendações Nutricionais na Obesidade
▪ Álcool: não é aconselhável sua
recomendação
▪ Vitaminas e Minerais:
SUPLEMENTAR quando não
atingidos os requerimentos
totais nos planos de 1200 kcal ou
maiores
▪ Líquidos: 1500ml/1000kcal
▪ Distribuição: 6 refeições/dia
Cuppari, L. Guia de Nutrição, 2ª Edição, Unifesp, 2005.
Conduta Nutricional na Obesidade
Planejamento Nutricional
• HIPOcalórico
• NORMO a HIPERprotéico
• NORMOglicídico
• HIPOlipídico a NORMOlipídico
Características da Conduta Nutricional
DIETA Caloria Proteína Carboidrato Lipídeo
Hipo
< VET
Reajuste 
calórico
NEGATIVO
<10% 
(<0,8g/Kg/dia)
< 50% do VET < 20% do VET
Normo
= VET
Sem reajustes 
calóricos
10 a 15% do 
VET
(0,8 a 1,0g/kg/dia)
45 a 65% do 
VET
20 a 35% do 
VET
Hiper
> VET
Reajuste 
calórico
POSITIVO
> 15% do VET 
(> 1g/Kg/dia)
> 65% do VET > 35% do VET
Recomendações de FIBRAS
FIBRAS
SBAN (1990) SBC (2005)
20g/dia
20 a 30g/dia
8 a 10g/1000kcal
Idade Gênero AI (g)
1 a 3 anos ambos 19
4 a 8 anos ambos 25
9 a 13 anos
masculino 31
feminino 26
14 a 50 anos
masculino 38
feminino 25
≥ 51 anos
masculino 38
feminino 21
Fonte: IOM (2002)
Cuidados Nutricionais no 
Tratamento Cirúrgico da Obesidade
Indicações para Cirurgia 
1. Pacientes com índice de massa corporal
(IMC) ≥ 40 kg/m2 :
– sem comorbidades
– com falha documentada de tratamentos
conservadores prévios realizados durante
pelo menos dois anos.
2. Pacientes com índice de massa corporal
(IMC) entre 35 e 39,9 kg/m2
– com comorbidades associadas e
desencadeadas ou agravadas pela obesidade
– com falha documentada de tratamentos
conservadores prévios realizados durante
pelo menos dois anos.
Características adicionais obrigatórias a todos pacientes
• Ausência de causas secundárias da
obesidade
• Idade entre 16 e 65 anos
• Capacidade intelectual para compreender
todos os aspectos do tratamento
• Compromisso com o seguimentopré e
pós-operatório
• Ausência de dependência química a álcool
e/ou drogas ilícitas
• Ausência de distúrbio psicótico grave
(consulta com psiquiatra se necessário) ou
história de tentativa de suicídio nos últimos
12 meses
Contraindicações para Cirurgia
• Transtornos de comportamento
alimentar
• Transtornos psicóticos graves
• Dependência química
• Tentativa de suicídio nos últimos dois
anos
• Insuficiência orgânica grave
• Doença neoplásica, infecciosa e
inflamatória em atividade
Sugestões para 
Avaliação Nutricional no Pré-operatório
1. História Clínica
2. Antropometria
3. História de peso
4. História Psicológica
5. Ingestão Alimentar
6. Atividade física
7. Apoio psicossocial para 
intervenção cirúrgica
Procedimentos para Tratamento da Obesidade 
Gástricos 
Restritivos
Técnica Cirúgica
Mista
Disabsortivos
Procedimentos gástricos restritivos
Balão Intra-
gástrico (BIG)
Banda Gástrica 
Ajustável
Gastroplastia
Vertical com Banda
Gastrectomia 
Vertical – “Sleeve”
Técnica 
Endoscópica
Técnicas Cirúrgicas
Dietoterapia no BIG
• Consistência da Dieta:
– 1º ao 3º dia: líquida de prova.
– A partir 4º dia: seguida de dieta
líquida (iniciar sem lactose).
– Evoluir gradativamente para
pastosa conforme aceitação do
paciente.
• Volume e fracionamento:
– Inicial (3 dias): 50ml a cada 1h
– 4º ao 7º dia: 100ml a cada 2horas
– Evolução gradativa
• Recomenda-se:
– Polivitamínico
– Suplemento hiperprotéico no 1º 
mês.
Dietoterapia na Banda Gástrica Ajustável
• 1º DPO: líquida de prova
• 2º ao 15º DPO: dieta líquida sem
lactose, CHO simples e hipolipídica
• 15º ao 30º DPO: dieta semi-líquida
evoluindo para pastosa
• >30º DPO: dieta normal,
hipocalórica, fracionada em 6
refeições.
• Recomenda-se:
– Polivitamínico
– Suplemento hiperprotéico no 1º 
mês
Gastroplastia Vertical com Banda
Gastrectomia Vertical – Cirurgia Sleeve
TÉCNICA CIRÚRGICA MISTA 
“Bypass Gástrico em Y-Roux” - CAPELA
• principal tipo de cirurgia
bariátrica realizado atualmente
• Técnica CIRÚRGICA MISTA por:
1. restringir o tamanho da cavidade
gástrica e, consequentemente, a
quantidade de alimentos ingerida
2. reduzir a superfície intestinal em
contato com o alimento
(disabsorção).
• Deficiências predominantes de
B12, ácido fólico e ferro
Procedimentos cirúrgicos DISABSORTIVOS
Cirurgia de 
Scopinaro
Switch Duodenal
Técnicas por “Derivação Biliopancreática”
Derivação Biliopancreática: Cirurgia de Scopinaro
Técnica do Switch Duodenal
“Derivação Biliopancreática/duodenal”
Evolução da Consistência da Dieta APÓS cirurgia de 
Gastroplastia
Tipo de Dieta Características Duração
Líquida
Restrita/de Prova
Alimentos líquidos transparentes
Temperatura ambiente
Volume = 50ml
2 a 3 dias (3º ao 5º dia)
Inicia somente no 3º dia 
pós-operatório
Líquida Completa
Alimentos líquidos incluindo laticínios
Temperatura ambiente
Volume = 100ml
A partir do 6º dia
1 mês
Semi-líquida
OU 
Líquida pastosa
Alimentos líquidos; Sopas não
liquidificadas; Purês, arroz papa; Carne
moída, desfiadas
Variável
Dieta de transição
Pastosa
Alimentos em purês ou cremes; Arroz papa,
feijão liquidificado, ovo cozido; frutas
cozidas ou raspadas
1 mês
Branda
Alimentos de consistência normal
Mantêm restrição de fibras e vegetais CRUS;
Sem frituras
Indeterminada
Dependerá da evolução do 
paciente
Normal
Dieta completa, sem restrições
Apenas manter o CONTROLE do VOLUME das refeições e
BALANCEAMENTO NUTRICIONAL
Dietoterapia nas Derivações Biliopancreáticas
Dieta
• hipocalórica,
• hiperprotéica,
• hipoglicídica,
• Hipolipídica,
• rica em líquidos.
Implicações Nutricionais das Cirurgias Bariátricas
CAUSAS:
• alterações anatômicas e fisiológicas
que prejudicam as vias de absorção
e/ou ingestão alimentar.
EXIGÊNCIA PARA O NUTRICIONISTA:
• Boa compreensão da fisiologia de
absorção do trato gastrointestinal
• compreender as potenciais
deficiências nutricionais após a
cirurgia
Principais alterações metabólicas
Rev Assoc Med Bras 2011; 57(1):113-120 
Suplementação Nutricional “Preventiva”
Recomendação de PROTEÍNA:
• 60 a 80 g/dia ou 1,0 a 1,5 g/kg de peso
ideal
• 100g/dia com suplemento protéico
(módulo)
• Glutamina 20 a 30g/dia (7 a 30 dias)
Rev Assoc Med Bras 2011; 57(1):113-120 
Suplementos/características Dosagem
*Polivitamínico 1 a 2 comprimidos/dia
Ácido fólico > 400mcg
Ferro (fumarato ferroso) > 18mg
*Conter Zinco e Selênio
Rev Assoc Med Bras 2011; 57(1):113-120 
ANVISA: Podemos prescrever até 1000mcg/dia
ANVISA: Podemos prescrever até 1500mg/dia
ANVISA Dose "IDEAL“ ORAL
200mg
Mínimo 5mg
40 a 45mg
ANVISA: Podemos prescrever até 65mg/dia
UL: 45mg
VITAMINA “A”:
ANVISA: Podemos prescrever até 10.000UIdia
VITAMINA “D”:
ANVISA: Podemos prescrever até 800UI ou 20mcg/dia

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