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Fisiopatologia e Dietoterapia da “Obesidade” Curso de Nutrição Fisiopatologia da Nutrição e Dietoterapia I Profa. Etiene Picanço http://www.google.com.br/url?sa=i&rct=j&q=&esrc=s&frm=1&source=images&cd=&cad=rja&docid=xjwz9S7m9Mku5M&tbnid=oHXa0--mfB3oHM:&ved=0CAUQjRw&url=http://www.superinformado.com.br/destaque/cientistas-identificam-especie-de-bacteria-ligada-a-obesidade-2/&ei=IMtCUur8IZHA4AP58IDQAg&bvm=bv.53077864,d.dmg&psig=AFQjCNFhWIW3yQUKer9UwRA3v15smtzlIQ&ust=1380195352065635 Obesidade no mundo Transformações das condições de VIDA Transformações das condições de SAÚDE Transformações das condições de NUTRIÇÃO Últimos 50 anos OBESIDADE Pinheiro et al., 2004; Ferreira et al., 2006; Malta et al., 2006; Rinaldi et al., 2008. Obesidade no Brasil Transição Nutricional Obesidade É uma DOENÇA CRÔNICA representada pelo acúmulo excessivo de gordura corporal que, acarreta prejuízos à saúde dos indivíduos. OMS, 2004. Obesidade, adipócitos e comorbidades Tecido PASSIVO de armazenamento de energia Tecido ATIVO na regulação hormonal Redon et al., 2009. Adipócitos e Fisiopatologia da Obesidade ADIPÓCITOS: • gotícula grande contendo lipídeos, citoplasma, núcleo e mitocôndrias • Armazenam TRIGLICERÍDEOS 80 a 95% do seu volume/capacidade • no tamanho (HIPERTROFIA) e/ou número (HIPERPLASIA) = tecido adiposo (ganho de peso) • Pode expandir até 1000x o seu volume/capacidade. Adipócitos, Hipertrofia e Hiperplasia PPARγ CEBPα http://www.google.com.br/url?sa=i&rct=j&q=&esrc=s&frm=1&source=images&cd=&cad=rja&docid=x5f09nhxPZd3hM&tbnid=b8CJXCAW59MgWM:&ved=0CAUQjRw&url=http://www.omega4cosmeticos.com.br/2011/08/linha-body-esthetic.html&ei=H85CUofpJvKl4AO-iIHoBA&bvm=bv.53077864,d.dmg&psig=AFQjCNGZAPULMjAMGZNbhjpY7ClrlJ3Lag&ust=1380196241381778 Quanto mais maduro, pior! Armazenamento de GORDURA = “LIPOGÊNESE” Lipogênese Triglicerídeos Carboidratos Proteína Carboidratos Supressão da oxidação de Gorduras DIETA TG Qm Fígado Adipócitos LPL Precursores de Acetil CoA Precursores de Acetil CoA LPL = lipase lipoprotéica LPL e LHS no processo de Emagrecimento Perda de PESO da atividade da LPL (LIPOGÊNESE) da Lipase hormônio sensível (LHS) (LIPÓLISE) LPL e LHS na Obesidade Obesidade da atividade da LPL (LIPOGÊNESE) da Lipase hormônio sensível (LHS) (LIPÓLISE) Diagnosticando “Obesidade” • ≥30Kg/m2 • Cole et al., 2007. Adolescente • ≥30Kg/m2 • WHO, 2000. Adulto • >27Kg/m2 • Lipschitz,1994. Idoso WHO, 2000; Abrantes et al., 2003; Cervi et al., 2005. Diretrizes Brasileiras de Obesidade, ABESO, 3ª Edição, 2009/2010. Pontos de Corte para IMC estabelecidos para Adultos Fatores associados à Obesidade Obesidade Genéticos Psicológicos Ambientais Culturais Socioeconômicos Francischi et al, 2000; Ferreira et al, 2006. Fatores de Estilo de Vida Alimentação Tabagismo Álcool Sedentarismo Francischi et al, 2000; Ferreira et al, 2006. Problema de SAÚDE PÚBLICA Independe de fatores genéticos Excesso de GORDURA CORPORAL Fator de risco para DCNT Pi-Sunyer, 2002; Pereira et al., 2003; Ferreira et al., 2006; Mariath et al., 2007; Steemburgo et al., 2007. Impacto Clínico da Obesidade Co-morbidades associadas à Obesidade http://www.google.com.br/url?sa=i&rct=j&q=&esrc=s&frm=1&source=images&cd=&cad=rja&docid=VUR7vP8tjFtcjM&tbnid=a_N863iHVfM7bM:&ved=0CAUQjRw&url=http://www.gastrosite.com.br/s_beneficios.php&ei=IN9CUojZCJO14AOijYC4Dw&bvm=bv.53077864,d.b2I&psig=AFQjCNF-SrRzWepbfz72b9Yx9fbpwo-PRw&ust=1380200592427673 OBESIDADE Diabetes Tipo II Dislipidemia DCV Hipertensão Arterial Síndrome Metabólica Câncer Distúrbio Respiratório Doenças Articulares Outras Resistência Insulínica Francischi, et al., 2000; Steemburgo et al., 2007; Redon et al., 2009 DCNT x Obesidade Impacto Clínico X Tipos de Obesidade segundo sua “Distribuição Regional” Andróide Ginóide Complicações Metabólicas da Obesidade Obesidade Central Hipertrofia dos Adipócitos Anormalidade da Lipólise ↑ ácidos graxos livres no sangue Alteração metabólicas induzidas pela Obesidade http://www.google.com.br/url?sa=i&rct=j&q=&esrc=s&frm=1&source=images&cd=&cad=rja&docid=6i75bPP5Bkzn9M&tbnid=5G-fcUaLZKJYNM:&ved=0CAUQjRw&url=http://revivare.wordpress.com/2012/04/02/sindrome-metabolica-parte-ii/&ei=NtFCUuLjMcni4AOS6ICgBA&psig=AFQjCNG_QqoWleFdtaH_iib3tDn4Fb7-aw&ust=1380197043002505 Etapas do processo patológico que liga a obesidade central à falência das células β pancreáticas. Obesidade Central ↑ AGL, Resistina, Il-6 e TNF-α + ↓ Adiponectina Resistência insulínica Hiperinsulinemia Diabetes Tipo II Obesidade e Diabetes http://diabetesmed89.blogspot.com/2009/06/diabetes-mellitus-tipo-ii_17.htmlPi-Sunyer, 2002; Redon et al., 2009. http://www.google.com.br/url?sa=i&rct=j&q=&esrc=s&frm=1&source=images&cd=&cad=rja&docid=DpLXFxlXG3bapM&tbnid=iynQSa9fpR5QIM:&ved=0CAUQjRw&url=http://www.ribeiraopretoonline.com.br/coluna-julieta-ueta/razao-cintura-quadril-circunferencia-da-cintura-e-imc-o-que-usar-para-indicacao-de-risco-a-saude/43989&ei=FdRCUo29KpTI4AOg_oCQCw&psig=AFQjCNG_QqoWleFdtaH_iib3tDn4Fb7-aw&ust=1380197043002505 Obesidade X Resistência Insulínica Fatores Nutricionais Glicotoxicidade Lipotoxicidade Defeitos de Sinalização intracelular de insulina Citocinas pró- inflamatórias Glicotoxicidade X Resistência Insulínica Ingestão de CHO de ALTO IG saciedade HIPERinsulinemia LIPOGÊNESE oxidação de AG e TG Depleta vits. Complexo B, vit C e Cromo Sobrecarrega PANCREÁTICA: ▪ produção de insulina ▪ Hiperglicemia Sobrecarrega ADRENAIS: ▪ CORTISOL ▪ Hiperglicemia Cromo X Ação da Insulina CROMO Transferrina do meio intercelular para membrana Trasnferrina-CROMO + receptores Meio INTRAcelular CROMO + Apocromodulina (Ptn) CROMODULINA CROMODULINA + Subunidade (receptores) FOSFORILAÇÃO de resíduos de TIROSINA de ptns TRANSLOCAÇÃO das vesículas de GLUT4 para membrana plasmática Captação celular de GLICOSE Lipotoxicidade X Resistência Insulínica Obesidade ↑ atividade da LPL ↑ armazenamento de TG (Lipogênese) ↑ Fluxo de AGL no Fígado ↓ depuração Hepática da insulina Hiperinsulinemia Hiperglicemia ↑ Gliconeogênese potencial para oxidação dos ácidos graxos. Produção de Citoquinas Pró-inflamatórias X Resistência Insulínica Obesidade citocinas pró- inflamatórias (TNF-, IL-6, IL-1): eicosanóides inflamatórios (série PAR) produção de prostaglandinas (PGE2) e leucotrienos- tromboxanos (LTB4) ) Ptn C reativa (PCR) fosforilação da Tirosina dos receptores de insulina Resistência Insulínica Hiperglicemia potencial para oxidação dos ácidos graxos. Expressão do GLUT4 estado CRÔNICO subclínico de INFLAMAÇÃO Hipertensão Arterial na Obesidade Hipersinulinemia ↑ Reabsorção de Sódio ↑ AGL ↑ Vasoconstrição ↑ Sistema Nervoso Simpático ↑ Angiotensinogênio ↑ Angiotensina II Obesidade e Hipertensão Resistência Insulínica Retenção de Sódio SNS Aldosterona Renina Angiotensinogênio Angiotensina II HIPERTENSÃO Francischi et al., 2000; Redon et al., 2009. Obesidade e Dislipidemia Hiperinsulinemia Triglicerídeos Síntese VLDL colesterol Francischi et al., 2000; Faria et al., 2006; Mathew et al., 2008. Alterações Hipotalâmicas na Obesidade maior envolvimento no controle da fome e do peso corporal produtores de neuropeptídeos orexígenos ( apetite) Centro da saciedade Produz peptídeos orexígenos ( apetite) Vias orexígenas Grelina estômago NPY ingestão alimentar Neuropeptídeo Y (NPY) Obesidade → RI → hipersecreção de NPY → hiperfagia Estimula o consumo de carboidrato OBESOS Estado PÓS- PRANDIAL Grelina ingestão alimentar NORMAL Estado PÓS- PRANDIAL Grelina Ingestão alimentar Alterações Hormonais na Obesidade OBESIDADE Citocinas pró- inflamatórias produção de cortisol Estresse e NPY compulsãoalimentar Hiperatividade do eixo Hipotálamo-adrenal (HPA) Catecolaminas adrenorrecptores -2 LPL Lipogênese Alterações Hormonais na Obesidade OBESIDADE Leptina Resistência a ação da Leptina Hiperleptinemia Apetite Ingestão alimentar termogênese Acúmulo de gordura corporal Alterações Hormonais na Obesidade OBESIDADE adiponectina sensibilidade à insulina Resistência Insulínica Disbiose X Obesidade Disbiose, Síndrome Metabólica e Gordura Visceral Efeitos da Dieta sobre a Microbiota e Metabolismo Influência da Microbiota no armazenamento de Gordura corporal Disbiose X Obesidade e Síndrome Metabólica Tratamento Nutricional na Obesidade • Etapas da atenção nutricional: 1. Avaliação do estado nutricional 2. Plano de Ação Nutricional 3. Implementação da dietoterapia 4. Prescrição Nutricional e Dietética 5. Educação Nutricional Etapas da Assistência nutricional na Obesidade 1. Estabelecer o diagnóstico nutricional – Calcular o IMC – Definir o PESO IDEAL: • PESO IDEAL (PI) = IMC ideal (kg/m2) x Estatura (m2) • IMC ideal: – Média da faixa do IMC ideal: » Média para Homem e Mulher = 21,7 » Média para idoso = 24,5 • Estabelecer a melhor opção para o indivíduo dentro da faixa de normalidade • Desvios nutricionais: tratar de forma lenta e gradual • Aplicação do Peso Habitual/Usual Etapas da Assistência nutricional na Obesidade 2. Traçar o Objetivo: ▪ produzir balanço negativo de energia para reduzir o peso e melhorar a composição corporal. 3. Calcular e estimar as necessidades energéticas diárias – Taxa metabólica basal – Valor Energético Total (VET) ou Gasto Energético Total (GET): – FAO/WHO (2001/2004) – Dietary Reference Intakes - DRI (2005) IMPORTANTE: se utilizar o Peso “ajustado”, não precisa fazer o reajuste calórico negativo Homens Mulheres Idade (anos) TMB (kcal/dia) TMB (kcal/dia) < 3 59,512 x P – 30,4 58,317 x P – 31,1 3 – 9,9 22,706 x P + 504,3 20,315 x P + 485,9 10 – 17,9 17,686 x P + 658,2 13,384 x P + 692,6 18 – 29,9 15,057 x P + 692,2 14,818 x P + 486,6 30 – 59,9 11,472 x P + 873,1 8,126 x P + 845,6 > 60 11,711 x P + 587,7 9,082 x P + 658,5 Segundo FAO/WHO (2001/2004): Nível de atividade física (NAF) 1. Não há mais distinção nos valores para M e H 2. Foi criada uma faixa e não mais um valor fixo •Sedentários ou atividades leves → 1,40 a 1,69 •Ativo ou moderadamente ativo → 1,70 a 1,99 •Atividades pesadas → 2,00 a 2,40 GET = TMB x FA TMB = taxa metabólica basal FA = fator atividade Dietary Reference Intakes - DRI (2002) HOMEM 662 – 9,53 (idade em anos) + AF*(( 15,91(peso atual em kg) + 539,6(altura em metros)) MULHER 354 – 6,9 (idade em anos) + AF*(( 9,36(peso atual em Kg) + 726(altura em metros)) 1,0 a 1,39 Sedentário, executando atividades tipicamente da rotina diária (andando para pegar ônibus, atividades domésticas,...) 1,4 a 1,59 Atividade de baixa intensidade – executando atividades tipicamente da rotina diária + o adicional de 30 a 60min de atividade moderada diariamente. Exemplo: caminhada de 5 a 7km/h 1,6 a 1,89 Ativo fisicamente – executando atividades tipicamente da rotina diária + o adicional de 60min diários de atividade física moderada 1,9 a 2,5 Muito ativo fisicamente – executando atividades tipicamente da rotina diária + o adicional de no mínimo 60min de atividades diárias moderada com adicional ainda de 60min de atividade vigorosa OU 120min de atividade moderada diária. *Atividade Física (AF): - Institute of Medicine. Dietary Reference Intakes for Energy, Carbohydrate, Fiber, Fat, Fatty Acids, Cholesterol, Protein, and Amino Acids. Washington (DC): The National Academies Press; 2002. Etapas da Assistência nutricional na Obesidade 4. Estabelecer restrição calórica moderada (ESCOLHER dentre as estratégias abaixo): a) Restrição moderada e progressiva de Kcal: 500 a 1000kcal/dia b) Método VENTA: - 7700 x Kg* x no de meses ÷ 30 dias *quantidade de Kg que deseja perder no mês. c) Ajustado para Obesidade: - Fórmula: (PA – PI ) x 0,25 +PI (Glynn et al, 1998; Frankenfield, D.C. et al, 2003) Etapas da Assistência nutricional na Obesidade 5. Estabelecer RECOMENDAÇÕES NUTRICIONAIS: 1º Proteína 2º Carboidrato 3º Lipídeo 4º Hidratação – Necessidade hídrica Recomendações Nutricionais na Obesidade ▪ Carboidratos: ▪ 55% - 60% (com aproximadamente 20 % de absorção simples) ▪ Fibras: entre 20 e 30g /dia ▪ Proteínas: ▪ 15%-20% (não menos de 0.8 g/ Kg de peso desejável) - Hiperprotéica ▪ Gorduras: ▪ 20%-25%, com 7% de gorduras saturadas, 10% de gorduras poliinsaturadas e 13% de gorduras monoinsaturadas ▪ Colesterol: < 300mg/dia Cuppari, L. Guia de Nutrição, 2ª Edição, Unifesp, 2005. Recomendações de MACRONUTRIENTES em função da porcentagem do valor energético total (VET) Nutrientes DRI-AMDR (2002) SBC (2005) Proteína 10 a 35% - Carboidratos 45 a 65% 50 a 60% Lipídeo Total 20 a 35% 25 a 35% AG saturado não definido < 10% < 7% se LDL ↑ AG mono não definido ≤ 20% AG poli não definido ≤ 10% AG linoléico n-6 5 a 10% - AG linolênico n-3 0,6 a 1,2% - AG trans restrição Colesterol - < 300mg/dia < 200mg/dia (se LDL ↑) Recomendações - Necessidades Hídricas 1 a 10kg 100ml/kg/dia 11 a 20kg 1000ml + 50ml/kg para cada kg > 10kg > 20kg 1500ml + 20ml/kg para cada kg > 20kg 15 a 30 anos 40ml/kg/dia 25 a 55 anos 35ml/kg/dia 55 a 65 anos 30ml/kg/dia > 65 anos 25ml/kg/dia Fonte: WIDTH, Mary. et al. MdS, Manual de Sobrevivência para Nutrição Clínica. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2012. Recomendação considerando a oferta calórica: 1ml/kcal/dia Recomendações Nutricionais na Obesidade ▪ SAL: ▪ adequada a situação biológica individual ▪ Se HIPERTENSO: ▪ Dieta hipossódica ▪ Restrição de sódio: ✓ 3 a 6g de sal/dia) Cuppari, L. Guia de Nutrição, 2ª Edição, Unifesp, 2005. Recomendações de SÓDIO Sódio WHO (2003; 2012) < 2000mg/dia DRI (2004) AI 1200 a 1500mg/dia UL 2300mg/dia Recomendação de Cloreto de Sódio (SAL) Referência Recomendação WHO (2003; 2012) < 5g/dia SBC (2005) < 6g/dia Recomendações Nutricionais na Obesidade ▪ Álcool: não é aconselhável sua recomendação ▪ Vitaminas e Minerais: SUPLEMENTAR quando não atingidos os requerimentos totais nos planos de 1200 kcal ou maiores ▪ Líquidos: 1500ml/1000kcal ▪ Distribuição: 6 refeições/dia Cuppari, L. Guia de Nutrição, 2ª Edição, Unifesp, 2005. Conduta Nutricional na Obesidade Planejamento Nutricional • HIPOcalórico • NORMO a HIPERprotéico • NORMOglicídico • HIPOlipídico a NORMOlipídico Características da Conduta Nutricional DIETA Caloria Proteína Carboidrato Lipídeo Hipo < VET Reajuste calórico NEGATIVO <10% (<0,8g/Kg/dia) < 50% do VET < 20% do VET Normo = VET Sem reajustes calóricos 10 a 15% do VET (0,8 a 1,0g/kg/dia) 45 a 65% do VET 20 a 35% do VET Hiper > VET Reajuste calórico POSITIVO > 15% do VET (> 1g/Kg/dia) > 65% do VET > 35% do VET Recomendações de FIBRAS FIBRAS SBAN (1990) SBC (2005) 20g/dia 20 a 30g/dia 8 a 10g/1000kcal Idade Gênero AI (g) 1 a 3 anos ambos 19 4 a 8 anos ambos 25 9 a 13 anos masculino 31 feminino 26 14 a 50 anos masculino 38 feminino 25 ≥ 51 anos masculino 38 feminino 21 Fonte: IOM (2002) Cuidados Nutricionais no Tratamento Cirúrgico da Obesidade Indicações para Cirurgia 1. Pacientes com índice de massa corporal (IMC) ≥ 40 kg/m2 : – sem comorbidades – com falha documentada de tratamentos conservadores prévios realizados durante pelo menos dois anos. 2. Pacientes com índice de massa corporal (IMC) entre 35 e 39,9 kg/m2 – com comorbidades associadas e desencadeadas ou agravadas pela obesidade – com falha documentada de tratamentos conservadores prévios realizados durante pelo menos dois anos. Características adicionais obrigatórias a todos pacientes • Ausência de causas secundárias da obesidade • Idade entre 16 e 65 anos • Capacidade intelectual para compreender todos os aspectos do tratamento • Compromisso com o seguimentopré e pós-operatório • Ausência de dependência química a álcool e/ou drogas ilícitas • Ausência de distúrbio psicótico grave (consulta com psiquiatra se necessário) ou história de tentativa de suicídio nos últimos 12 meses Contraindicações para Cirurgia • Transtornos de comportamento alimentar • Transtornos psicóticos graves • Dependência química • Tentativa de suicídio nos últimos dois anos • Insuficiência orgânica grave • Doença neoplásica, infecciosa e inflamatória em atividade Sugestões para Avaliação Nutricional no Pré-operatório 1. História Clínica 2. Antropometria 3. História de peso 4. História Psicológica 5. Ingestão Alimentar 6. Atividade física 7. Apoio psicossocial para intervenção cirúrgica Procedimentos para Tratamento da Obesidade Gástricos Restritivos Técnica Cirúgica Mista Disabsortivos Procedimentos gástricos restritivos Balão Intra- gástrico (BIG) Banda Gástrica Ajustável Gastroplastia Vertical com Banda Gastrectomia Vertical – “Sleeve” Técnica Endoscópica Técnicas Cirúrgicas Dietoterapia no BIG • Consistência da Dieta: – 1º ao 3º dia: líquida de prova. – A partir 4º dia: seguida de dieta líquida (iniciar sem lactose). – Evoluir gradativamente para pastosa conforme aceitação do paciente. • Volume e fracionamento: – Inicial (3 dias): 50ml a cada 1h – 4º ao 7º dia: 100ml a cada 2horas – Evolução gradativa • Recomenda-se: – Polivitamínico – Suplemento hiperprotéico no 1º mês. Dietoterapia na Banda Gástrica Ajustável • 1º DPO: líquida de prova • 2º ao 15º DPO: dieta líquida sem lactose, CHO simples e hipolipídica • 15º ao 30º DPO: dieta semi-líquida evoluindo para pastosa • >30º DPO: dieta normal, hipocalórica, fracionada em 6 refeições. • Recomenda-se: – Polivitamínico – Suplemento hiperprotéico no 1º mês Gastroplastia Vertical com Banda Gastrectomia Vertical – Cirurgia Sleeve TÉCNICA CIRÚRGICA MISTA “Bypass Gástrico em Y-Roux” - CAPELA • principal tipo de cirurgia bariátrica realizado atualmente • Técnica CIRÚRGICA MISTA por: 1. restringir o tamanho da cavidade gástrica e, consequentemente, a quantidade de alimentos ingerida 2. reduzir a superfície intestinal em contato com o alimento (disabsorção). • Deficiências predominantes de B12, ácido fólico e ferro Procedimentos cirúrgicos DISABSORTIVOS Cirurgia de Scopinaro Switch Duodenal Técnicas por “Derivação Biliopancreática” Derivação Biliopancreática: Cirurgia de Scopinaro Técnica do Switch Duodenal “Derivação Biliopancreática/duodenal” Evolução da Consistência da Dieta APÓS cirurgia de Gastroplastia Tipo de Dieta Características Duração Líquida Restrita/de Prova Alimentos líquidos transparentes Temperatura ambiente Volume = 50ml 2 a 3 dias (3º ao 5º dia) Inicia somente no 3º dia pós-operatório Líquida Completa Alimentos líquidos incluindo laticínios Temperatura ambiente Volume = 100ml A partir do 6º dia 1 mês Semi-líquida OU Líquida pastosa Alimentos líquidos; Sopas não liquidificadas; Purês, arroz papa; Carne moída, desfiadas Variável Dieta de transição Pastosa Alimentos em purês ou cremes; Arroz papa, feijão liquidificado, ovo cozido; frutas cozidas ou raspadas 1 mês Branda Alimentos de consistência normal Mantêm restrição de fibras e vegetais CRUS; Sem frituras Indeterminada Dependerá da evolução do paciente Normal Dieta completa, sem restrições Apenas manter o CONTROLE do VOLUME das refeições e BALANCEAMENTO NUTRICIONAL Dietoterapia nas Derivações Biliopancreáticas Dieta • hipocalórica, • hiperprotéica, • hipoglicídica, • Hipolipídica, • rica em líquidos. Implicações Nutricionais das Cirurgias Bariátricas CAUSAS: • alterações anatômicas e fisiológicas que prejudicam as vias de absorção e/ou ingestão alimentar. EXIGÊNCIA PARA O NUTRICIONISTA: • Boa compreensão da fisiologia de absorção do trato gastrointestinal • compreender as potenciais deficiências nutricionais após a cirurgia Principais alterações metabólicas Rev Assoc Med Bras 2011; 57(1):113-120 Suplementação Nutricional “Preventiva” Recomendação de PROTEÍNA: • 60 a 80 g/dia ou 1,0 a 1,5 g/kg de peso ideal • 100g/dia com suplemento protéico (módulo) • Glutamina 20 a 30g/dia (7 a 30 dias) Rev Assoc Med Bras 2011; 57(1):113-120 Suplementos/características Dosagem *Polivitamínico 1 a 2 comprimidos/dia Ácido fólico > 400mcg Ferro (fumarato ferroso) > 18mg *Conter Zinco e Selênio Rev Assoc Med Bras 2011; 57(1):113-120 ANVISA: Podemos prescrever até 1000mcg/dia ANVISA: Podemos prescrever até 1500mg/dia ANVISA Dose "IDEAL“ ORAL 200mg Mínimo 5mg 40 a 45mg ANVISA: Podemos prescrever até 65mg/dia UL: 45mg VITAMINA “A”: ANVISA: Podemos prescrever até 10.000UIdia VITAMINA “D”: ANVISA: Podemos prescrever até 800UI ou 20mcg/dia
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