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21 Administração Financeira

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QUESTÕES
1. 
Gabarito
1
1. Administração Financeira. Ativo, Passivo, PL, Despesa e Receita. BP e DRE
As Organizações são, basicamente, um conjunto de pessoas e recursos estruturados para atingirem um objetivo. Para atingirem esse objetivo as organizações precisam realizar atividades de captação e alocação de recursos. E é exatamente nessa área que atua a administração financeira.
A Administração Financeira é um ramo específico da Administração, o qual se preocupa em estudar de forma prática e teórica as formas mais eficientes de captar recursos (financiamento) e alocar recursos (investimento) de capital. Segundo Gitman (2010), FINANÇAS é a arte e a ciência de administrar o dinheiro. (CESPE/CADE/2014).
A Administração Financeira diz respeito às responsabilidades do administrador financeiro numa empresa. Os administradores financeiros gerenciam ativamente as finanças de todos os tipos de empresas, financeiras ou não financeiras, privadas ou públicas, grandes ou pequenas, com ou sem fins lucrativos. Eles desempenham uma variedade de tarefas, tais como orçamentos, previsões financeiras, administração do caixa, administração do crédito, análise de investimento e captação de recursos (Gitman, 1997, p. 4).
Suponha que você decida abrir uma pizzaria. Para tanto, você precisará levantar um dinheiro, certo? Pode ser um dinheiro que você tinha guardado, pode ser um empréstimo obtido junto a um banco, pode ser um dinheiro obtido junto a um parente etc. O fato é que você precisará de uma ou mais fontes de recursos.
Essas fontes de recursos em contabiliquês (linguagem da Contabilidade) são denominadas de Passivo. Então, recapitulando: o PASSIVO representa as fontes de recursos, ou seja, as obrigações que a pizzaria tem perante os sócios (você) e terceiros. Afinal, tanto você, quanto o banco querem que a pizzaria devolva o dinheiro que ela pegou emprestado.
Após levantar esse dinheiro, será necessário comprar/alugar um espaço para a pizzaria, comprar máquinas e equipamentos, comprar matéria-prima (massa, queijo, presunto e outras gostosuras), contratar empregados etc. Esse conjunto de atividades são as aplicações de recursos e são representadas no contabiliquês pelo Ativo e pelas Despesas.
O ativo é composto pelos bens e direitos e integra o patrimônio da empresa. Bens são coisas que servem para satisfazer uma necessidade humana (máquina, imóvel, computador...). Os direitos são valores a receber ou a recuperar nas transações com terceiros (dívidas a receber de um cliente, por exemplo).
A despesa, por outro lado, é um sacrifício patrimonial no qual se incorre no intuito de obter uma receita. A pizzaria paga salário para um garçom, por exemplo, porque o trabalho dele é necessário para que ela consiga vender o seu produto.
Você obteve recursos financeiros, organizou máquinas e pessoas e, enfim, inaugurou sua pizzaria. A famosa “La torre de pizza” (gostou do nome?). Quando você começar a vender suas pizzas, começará a auferir Receita, que é a fonte de recursos que representa toda a base da criação de valor.
Criar valor “resume-se em obter um ganho dos investimentos (alocação de capital) superior ao custo do financiamento[1].”. O objetivo de uma empresa é criar valor para seus acionistas ou proprietários.
De forma mais simples: para produzir e vender pizzas, você gastou recursos financeiros. Ao vender essas pizzas você obterá recursos financeiros em contrapartida ao seu esforço para produzi-las. A diferença entre o que você gastou e o que você ganhou (em termos monetários) é o que dará origem ao lucro e, por consequência, à geração operacional de caixa, fluxo financeiro ou fluxo de caixa. Em português claro, é essa diferença que fará com que “pingue” dinheiro na sua conta todo mês.
Vamos ilustrar essa ideia a partir de um outro exemplo. Vamos pegar a Caixa Econômica Federal – CEF. A Caixa Econômica Federal remunera em média seus financiadores com 80% da Taxa Selic (atualmente, 6,5% a.a.). Assim, caso você queira emprestar dinheiro para a Caixa Econômica Federal por meio de Certificado de Depósito Bancário – CDB, por exemplo, você receberá algo perto de 5,2% de juros ao ano. Se, por outro lado, você precisar de um empréstimos pessoal da Caixa desembolsará algo perto de 74,12% ao ano de juros. Note que a Caixa Econômica Federal por meio dessa estrutura de negócio é capaz de criar valor para os seus acionistas, pois é capaz de obter um retorno muito maior do que o custo do financiamento. Assim como ocorreu na pizzaria, a CEF consegue obter uma diferença entre aquilo que recebe (receitas) e aquilo que gasta (despesas), o que permite que ela consiga ter lucro e gere fluxos de caixa. Ajudar nesse trabalho é papel da Administração Financeira.
Vamos consolidar algumas coisas que aprendemos:
Fontes de recursos: Passivo e Receita;
Aplicação de recursos: Ativo e Despesa;
Ativo: conjunto de bens e direitos;
Passivo: conjunto de obrigações (quem a empresa precisa pagar).
Além dessas aspectos básicos, é importante que saiba que o ativo e o passivo integram o chamado patrimônio da empresa e são representados dentro de uma demonstração contábil denominada de Balanço Patrimonial. As receitas e as despesas compõem o resultado da empresa (Lucro/Prejuízo) e são representadas dentro de uma demonstração contábil denominada de Demonstração do Resultado do Exercício – DRE.
Lucro do período = Receitas (-) Despesas
Vamos ver se você entendeu:
No Balanço Patrimonial temos os bens, direitos, receitas e obrigações. Certo ou Errado?
[...]
Errado!!! As receitas, assim como as despesas, não compõem o patrimônio da empresa de modo que não são representadas no Balanço Patrimonial. As receitas e despesas são evidenciadas na DRE – Demonstração do Resultado do Exercício.
1.2 Funções Típicas do Administrador Financeiro
Livro “Administração Financeira e Orçamentária” de Masakazu Hoji (2017). 
Segundo esse autor, as funções típicas do administrador financeiro de uma empresa são:
Análise, planejamento e controle financeiro
 consiste em coordenar, monitorar e avaliar todas as atividades da empresa, por meio de relatórios financeiros, bem como participar ativamente das decisões estratégicas, para alavancar as operações. A gestão de riscos econômicos e financeiros ganhou importância nos últimos anos.
As decisões de investimentos
 dizem respeito à destinação dos recursos financeiros para aplicação em ativos correntes (circulantes) e não correntes (realizáveis a longo prazo e ativos permanentes), considerando-se a relação adequada de risco e de retorno dos capitais investidos.
As decisões de financiamentos
 são tomadas para captação de recursos financeiros para o financiamento dos ativos correntes e não correntes, considerando-se a combinação adequada dos financiamentos a curto e a longo prazos e a estrutura de capital.
A função que consiste em coordenar, monitorar e avaliar todas as atividades e fluxos financeiros da organização por meio de orçamentos e relatórios financeiros: Análise, planejamento e controle financeiro.
Tomadas de decisões de investimentos
- A atividade de gestão financeira responsável por analisar a relação entre risco e retorno é a de análise investimentos (decisões de investimento).
Tomadas de decisões de financiamento
1.3. Funções Clássicas do Administrador Financeiro
Exemplos: 
- Elaboração do orçamento de capital
- Gestão da cobrança aos clientes
- Gestão do pagamento aos fornecedores
- Relacionamento com os bancos
Manutenção de ativos fixos? NÃO!
Manutenção de ativos fixos (prédios, máquinas e equipamentos) costuma ser realizada pelo setor de operações ou de gestão de serviços da organização.
QUESTÕES
1. FEPESE – CELESC – Administrador – 2018
Um dos temas centrais da administração financeira é a valorização da empresa e como as decisões financeiras podem maximizar essa valorização.
2. CESPE – CADE – Agente Administrativo – 2014
A principal atribuição do administrador financeiro é promover a gestão de todos os tipos de empresas (financeiras e não financeiras); exceto, as empresas sem finslucrativos.
3. CESPE – CADE – Agente Administrativo – 2014
O termo finanças pode ser corretamente definido como a arte da gestão do dinheiro.
4. VUNESP – UFABC – Assistente em Administração – 2019
Captar recursos no mercado, administrar o fluxo de caixa, analisar investimentos e elaborar orçamentos são funções da área
a) orçamentária.
b) patrimonial.
c) financeira.
d) econômica.
e) contábil.
5. FGR – Prefeitura de Cab Grande – Administrador – 2018
A administração financeira de uma empresa, instituição ou órgão público enseja que todo o gerenciamento dos recursos financeiros seja cercado de cuidados especiais, já que os mesmos, dificilmente são encontrados de maneira abundante, barata e constante, no decorrer do tempo.
Diante desta premissa, o motivo de um comportamento cauteloso, é devido ao fato dos referidos recursos, serem:
a) Provenientes das vendas, aplicações e lucros bancários, em tempos de crise.
b) Raros, escassos, inconstantes e vitais para honrar diversos compromissos assumidos.
c) Desnecessários para a geração de riqueza de proprietários e acionistas majoritários.
d) Guardados para serem usados na época de vendas regulares e alta liquidez
6. FEPESE – CELESC – Administrador -2018
No que se refere à administração financeira, é correto afirmar:
a) O mercado de capitais é uma importante fonte de recursos para empresas de capital fechado.
b) O administrador deve determinar qual a composição de fontes de recursos mais adequada para utilização da empresa.
c) A disponibilidade de caixa não é um fator estratégico para fazer frente às despesas de curto prazo.
d) A decisão de distribuição de dividendos consiste na determinação da porcentagem dos lucros a ser distribuída aos stakeholders da empresa.
e) A administração financeira tem seu foco principal na gestão de captação de recursos de terceiros.
7.  FCC – COPERGAS – Engenheiro – 2016
Pode-se conceituar a Administração Financeira Empresarial como
a) a apresentação pública da conta de resultados operacionais.
b) a gestão mais eficiente do processo empresarial de captação de recursos e alocação de capital.
c) a apresentação do balancete contábil da empresa.
d) a gestão de contas a receber.
e) alocação de verbas para vendas e para propaganda e marketing. 
8. INSTITUTO AOCP – MPE/BA – Analista Técnico – 2014
A Gestão Financeira e Orçamentária é a área da organização responsável pela gestão do fluxo de recursos financeiros, sem os quais é impossível desenvolver qualquer atividade econômica. No contexto empresarial, assim como no contexto da administração pública, o responsável pelas finanças organizacionais desempenha três funções típicas. Assinale a alternativa que apresenta a função que consiste em coordenar, monitorar e avaliar todas as atividades e fluxos financeiros da organização por meio de orçamentos e relatórios financeiros. 
a) Decisões de investimentos. 
b) Avaliação de aplicações dos recursos. 
c) Decisões de financiamentos. 
d) Análise dos fluxos de caixa. 
e) Análise, planejamento e controle financeiro.
9. FGV – Prefeitura de Cuiabá – Auditor Fiscal Tributário – 2014
No âmbito da administração financeira empresarial, existem funções típicas do administrador financeiro. Uma dessas funções é a de tratar dos processos de tomada de decisão que definem a melhor estrutura dos ativos de uma organização, considerando a relação entre risco e retorno.
A função descrita refere à
a) tomada de decisões de investimento.
b) tomada de decisões de financiamento.
c) tomada de decisões de análise.
d) análise, ao planejamento e ao controle financeiro.
e) tomada de decisões de controle financeiro.
10. CESGRANRIO – EPE – Analista de Gestão Corporativa – 2014
Há várias funções clássicas do administrador financeiro de uma empresa.
NÃO constitui uma dessas funções a(o)
a) elaboração do orçamento de capital
b) gestão da cobrança aos clientes
c) gestão do pagamento aos fornecedores
d) gestão da manutenção do ativo fixo
e) relacionamento com os bancos
Gabarito
1 CERTO. 2 ERRADO. 3 CERTO. 4C. 5B. 6B. 7B. 8E. 9A. 10D. 
2. A importância da Administração Financeira
Já entendemos que a Administração Financeira se preocupa em captar recursos de um lado e alocá-los de outro lado, certo? Esquematizando essa ideia teríamos o seguinte:
Mas por que isso é tão importante?
Saber de onde a empresa capta recursos e onde ela investe é fundamental para definirmos a capacidade que ela possuirá de gerar recursos financeiros no futuro. Vamos entender isso melhor: você sabia que o Facebook está avaliado em aproximadamente US$510,2 bilhões?
O ponto que quero que entenda é como os analistas chegam a esse valor. Será que esse valor é a soma dos valores do conjunto de móveis e imóveis da empresa?
Curiosamente não. A maior parte desse valor é uma decorrência da capacidade do Facebook gerar dinheiro e isso não está representado pelo valor patrimonial dos seus móveis e imóveis. O que eles fazem, na verdade, é avaliar, principalmente, a capacidade que o Facebook possui de continuar gerando lucro ao longo do tempo. Após isso, por meio de uma fórmula matemática trazem essa renda futura (renda a ser obtida ao longo do tempo) para o valor presente. Para sua prova não é relevante saber fazer esse cálculo, mas é importante que entenda essa ideia.
	ANOTA AÍ!!!
O valor dos rendimentos futuros é que determina o valor atual do investimento. Em outras palavras, o valor de hoje de um investimento é o valor dos rendimentos futuros que esse investimento proporcionará.
 
Vamos fazer uma questão para fixar:
Valor Presente
O valor presente de uma empresa varia, dentre outros fatores, de acordo com o resultado financeiro que se espera que a empresa gere no futuro.
Maximização da Riqueza e Maximização do Lucro
Ainda sobre esse tema é relevante destacar que a obtenção de um bom lucro em um período não quer dizer que o futuro da empresa está garantido. A maximização do lucro não está necessariamente vinculada à maximização da riqueza de uma empresa.
“Como assim Danilo?”
O que se deve buscar é a maximização da riqueza, ou seja, a sustentabilidade da empresa no longo prazo. Existem diversas ações que poderiam ser tomadas para aumentar o lucro de determinado período, porém que comprometeriam o futuro da riqueza dos acionistas. Exemplos nesse sentido são:	
Redução ou suspensão dos gastos com treinamento e capacitação de funcionários;
Redução ou suspensão dos gastos com manutenção dos ativos fixos;
Redução dos gastos com desenvolvimento de novos produtos;
Redução dos gastos com publicidade e promoção;
Redução ou suspensão dos investimentos em modernização do parque operacional.
Perceba que essas ações aumentariam o lucro no curto prazo, porém prejudicariam sensivelmente a geração futura de lucros. Os acionistas e proprietários investem pensando em dividendos recorrentes e contínuos ao longo do tempo, dentro de uma concepção de longo prazo, de modo que o aumento de lucro no curto prazo pode estar em desacordo com esse objetivo. Nesse sentido, Clóvis Padoveze (2011) afirma: “o conceito de maximização de lucro é aderente à gestão de curto prazo e pode ocasionar dissociações de interesses dos administradores da empresa e de seus acionistas”.
[1] ASSAF NETO, Alexandre. LIMA, Fabiano Guasti. Fundamentos de Administração Financeira, 3ª edição, São Paulo: Atlas, 2017, p.8.
QUESTÕES
1. FEPESE – CELESC – Administrador – 2018
O valor presente de uma empresa varia, dentre outros fatores, de acordo com o resultado financeiro que se espera que a empresa gere no futuro.
Gabarito
1 CERTO. 
3. Formas Jurídicas das Empresas
Segundo Chiavenato (2014), quanto à modalidade de organização jurídica, existem três formas básicas de estruturarmos uma organização: firma individual, sociedade de pessoas e sociedade anônima.
Firma Individual
 constituída por um único empresário ou proprietário que responde pelos seus negócios. É a empresa cujo proprietário é uma pessoa que opera em seu próprio benefício. Em geral, trata-se de uma pequena empresa, tal como uma mercearia ou padaria.As decisões são centralizadas no proprietário, sendo o capital oriundo de recursos próprios ou de empréstimos de curto prazo. 
Sociedades de Pessoas
 formas de sociedade ou sociedade por cotas, são empresas constituídas por dois ou mais sócios que se associam no mesmo negócio com o objetivo de obter lucro. São semelhantes à firma individual, exceto pelo fato de que tem dois ou mais proprietários ou sócios. Embora quase sempre maiores do que as firmas individOxes, em geral não chegam a assumir grandes proporções ou tamanhos. É o caso de corretoras de seguro, corretoras de imóveis, firmas atacadistas e varejistas, empresas de prestação de serviços, etc. A sociedade de pessoas é constituída por meio de um contrato social firmado entre os sócios e pode assumir uma variedade de formas de sociedades comerciais. As principais são: Sociedade por firma ou nome coletivo, Sociedade por cotas de responsabilidade limitada, Sociedade em comandita simples, Sociedade em comandita por ações e Sociedade por conta de participação.
Sociedade anônima (S/A)
 A sociedade anônima (SA) é uma sociedade comercial em que o capital social é constituído por ações de um mesmo valor nominal e é formado por meio de subscrições. Cada pessoa adquire (subscreve) o número de ações que lhe convier, tornando-se acionista da sociedade anônima. O capital de cada sócio é representado pelo número proporcional de ações que subscrevem. As sociedades anônimas podem possuir capital aberto ou capital fechado. As que possuem capital aberto são aquelas listadas em bolsa de valores. Tornar aberto o capital permite que a organização capte recursos junto ao mercado acionário. Consideramos de capital aberto as sociedades listadas em bolsa de valores, tais como: Petrobrás, Banco do Brasil, Americanas, Magazine Luiza, Banco Itaú, Bradesco....
QUESTÕES
1. CESPE – CADE – Agente Administrativo – 2014
Uma firma individual é uma empresa de um único proprietário, que a gere visando ao seu próprio lucro.
Gabarito
1 CERTO. 
4. CUSTO DE OPORTUNIDADE
O conceito de custo de oportunidade diz respeito à rentabilidade que se deixa de ganhar em aplicação alternativa à que realiza um agente econômico.
O custo de oportunidade representa o custo que um indivíduo/empresa incorre ao optar por um investimento em vez de outro. Você já ouviu falar que a taxa de juros desestimula empreender no Brasil? Ou que o Brasil é um paraíso para os investidores de renda fixa?
Se você já ouviu isso alguma vez na vida, chegou a hora de compreender o que essas frases querem dizer, pois elas estão relacionadas ao custo de oportunidade.
EX.: Taxa Selic. Pode ser um Referencial! Depende do contexto
A principal referência de taxa de juros é a taxa Selic. Essa taxa influencia todas as demais taxas de juros do país: empréstimos, financiamentos, rendimento das aplicações financeiras, etc. Além disso, ela representa o quanto o governo está pagando para captar dinheiro.
“Oxe Danilo. O governo não capta dinheiro por meio dos impostos?”
Tesouro SELIC
Sim, mas o dinheiro dos impostos muitas vezes não é suficiente de modo que o governo precisa captar junto ao mercado mais dinheiro para honrar suas dívidas e uma de suas fontes de captação são os TÍTULOS PÚBLICOS. Para nosso exemplo utilizaremos um desses títulos públicos: o Tesouro SELIC. 
O Tesouro Selic é um título público que tem rentabilização diária de acordo com a taxa Selic vigente, ou seja, se você comprar um título Tesouro Selic todo dia ele vai render um pouquinho de acordo com a taxa Selic. Taxa Selic mais alta ele rende mais, Taxa Selic mais baixa ele rende menos.
Comprar títulos públicos é considerado o tipo de investimento mais seguro que existe no mercado financeiro, pois, na prática, você está emprestando para o governo. A chance de um “calote” é mínima. Assim, qualquer tipo de investimento que renda abaixo da Taxa Selic não faz muito sentido para um investidor. Pense comigo: por que alguém teria o trabalho de comprar máquinas e equipamentos, contratar pessoas, trabalhar todo dia para obter como retorno algo que poderia obter simplesmente comprando pela internet um título público? Não faz o menor sentido. 
O custo de oportunidade é o quanto você deixa de ganhar ao optar por um investimento em vez do outro. Assim, imaginando que tivéssemos duas opções apenas: investir em Tesouro Selic ou empreender. O custo de oportunidade seria o quanto você deixou de ganhar com a opção não escolhida. Se optasse por empreender, por exemplo, ao integralizar seu suado dinheiro em uma empresa deixou de receber os juros de investir no Tesouro Selic. Assim, sua decisão só se mostrará acertada, caso sua empresa consiga bater esses juros que deixou de ganhar, ou seja, o seu custo de oportunidade.
Custo De Oportunidade = “Taxa de Aplicação de Recursos da Empresa”
Ao avaliar a viabilidade de um investimento deve-se considerar o custo de oportunidade, ou seja, o quanto a empresa ganharia se optasse por um outro projeto de risco similar. 
Note que a taxa SELIC, apesar de ser um possível referencial de custo de oportunidade, não é a único. É comum que grandes empresas tenham à disposição oportunidades de investimento mais rentáveis que os títulos públicos. Assim, o custo de oportunidade será baseado nas opções disponíveis e não necessariamente na taxa Selic.
EX.: Considerando os princípios básicos da análise de investimentos, um projeto deve ser analisado, econômica e financeiramente, a uma determinada taxa de juros.
O valor dessa taxa deve ser igual ao da taxa de aplicação de recursos da empresa (custo de oportunidade)
QUESTÕES
1. CESGRANRIO – LIQUIGAS – Profissional Administração – 2014
Considerando os princípios básicos da análise de investimentos, um projeto deve ser analisado, econômica e financeiramente, a uma determinada taxa de juros.
O valor dessa taxa deve ser igual ao da taxa
a) de financiamento de mercado de curto prazo
b) de financiamento de mercado de longo prazo
c) de aplicação de recursos da empresa (custo de oportunidade)
d) Selic
e) cambial do dia
2. VUNESPE – BNDES – Profissional básico (Economia) – 2002
O conceito de custo de oportunidade diz respeito
a) à rentabilidade que se deixa de ganhar em aplicação alternativa à que realiza um agente econômico.
b) à rentabilidade que se ganha em uma aplicação alternativa inesperada, realizada por um agente econômico.
c) ao gasto que tem um agente econômico quando aplica seus recursos diretamente em Letras do Tesouro Nacional.
d) à perda de valor da moeda ociosa, quando ocorre inflação.
e) ao risco evitado por um investidor, quando aproveita a oportunidade de aplicar seu patrimônio em renda fixa.
Gabarito
1C. 2A.
5. ((((ESTRUTURA ADMINISTRATIVA))))
Já falamos o que é essa tal de administração financeira e comentamos sobre a sua importância. Resta conversarmos sobre quem cuida do dia a dia da administração financeira em uma empresa. Naturalmente, estamos falando sobre o SETOR FINANCEIRO.
Setor Financeiro. Controladoria e Tesouraria
O conjunto das funções financeiras nas empresas é desempenhados pelos setores de controladoria e tesouraria, os quais normalmente ficam sob responsabilidade de um diretor ou gerente administrativo/financeiro.
(CONTROLADORIA)
A controladoria é a unidade administrativa dentro da empresa que, por meio da Ciência Contábil e do Sistema de Informação de Controladoria, é responsável pela coordenação da gestão econômica do sistema empresa. Sua base de informações é o subsistema de contabilidade societária e fiscal, expandindo esse subsistema para suprir a empresa de informações gerenciais. 
A grande ligação da Controladoria com a Tesouraria consiste no Processo Orçamentário. 
O orçamento nasce na Controladoria e, após sua conclusão, os dados são enviados à tesouraria para montar seu Planejamento Financeiro de Curto e Longo Prazos.
Fonte: Padoveze (2011)
(TESOURARIA). (Diretoria ou Gerência Financeira)
A função de tesouraria, também denominada de diretoria ou gerência financeira realiza atividades como: captar recursosno mercado, administrar o fluxo de caixa, analisar investimentos, elaborar orçamentos etc. (VUNESPE/2019). 
Fonte: Padoveze (2011)
A Administração Financeira diz respeito às responsabilidades do administrador financeiro numa empresa. Os administradores financeiros gerenciam ativamente as finanças de todos os tipos de empresas, financeiras ou não financeiras, privadas ou públicas, grandes ou pequenas, com ou sem fins lucrativos. Eles desempenham uma variedade de tarefas, tais como orçamentos, previsões financeiras, administração do caixa, administração do crédito, análise de investimento e captação de recursos (Gitman, 1997, p. 4).
Segundo Assaf Neto (2017), temos ainda as seguintes funções:
a) Planejamento Financeiro (Orçamentos)
o qual procura evidenciar as necessidades de crescimento da empresa, assim como identificar eventuais dificuldades e desajustes futuros. Por meio desse planejamento, ainda, é possível ao administrador financeiro selecionar, com maior margem de segurança, os ativos mais rentáveis e condizentes com os negócios da empresa, de forma a estabelecer uma rentabilidade mais satisfatória sobre os investimentos;
b) Controle Financeiro
consiste em coordenar, monitorar e avaliar todas as atividades da empresa, por meio de dados financeiros, bem como determinar o volume de capital necessário (AOCP, MPE/BA,2014).
c) Administração de Ativos
 que deve perseguir a melhor estrutura, em termos de risco e retorno, dos investimentos (ativos) empresariais e proceder a um gerenciamento eficiente de seus valores. A administração dos ativos acompanha também as defasagens que podem ocorrer entre entradas e saídas de dinheiro de caixa, o que é geralmente associado à gestão do capital de giro;
d) Administração de Passivos
 que se volta para a aquisição de fundos (financiamentos) e o gerenciamento de sua composição (proporção entre capital próprio e capital de terceiros), procurando definir a estrutura de capital mais adequada em termos de liquidez, redução de seus custos e risco financeiro.
Demonstrações Financeiras/Contábeis
No exercício dessas atividades, é muito comum que o gestor financeiro utilize para realizar algumas análises. As demonstrações contábeis são feitas pelo setor de contabilidade, porém são muito úteis ao setor financeiro.
Temos vários tipos de demonstrações, sendo as mais importantes para a gestão financeira: o balanço patrimonial e a demonstração de fluxo de caixa.
Balanço Patrimonial
O balanço patrimonial tem a seguinte estrutura básica:
Fonte: Padoveze (2011)
O Balanço Patrimonial demonstra a situação patrimonial total em valor e de acordo com alguns critérios. Para a gestão financeira é relevante pois permite identificar de onde vem o dinheiro, ou seja, quais são as fontes de recursos (representadas no Passivo) e quais são as aplicações desses recursos (representadas no Ativo).
Fluxos de Caixa – DFC
A Demonstração dos Fluxos de Caixa – DFC ilustra as entradas e saídas de valores em determinado período. Nessa demonstração as atividades são classificadas em três grupos: atividades operacionais, atividades de financiamento e atividades de investimento. Veja um exemplo de DFC:
	DEMONSTRAÇÃO DOS FLUXOS DE CAIXA
	
	ATIVIDADES OPERACIONAIS
	
	
	
	Recebimento de Clientes
	R$ 560.000
	
	
	Pagamento de Fornecedores
	(R$600.000)
	
	
	Pagamento de aluguel
	(R$40.000)
	
	
	Pagamento de Salários e Encargos
	(R$50.000)
	
	Caixa Líquido das Atividades Operacionais
	
	(R$130.000)
	ATIVIDADES DE INVESTIMENTO
	
	
	
	Compra de Móveis e Utensílios
	(R$100.000)
	
	
	Compra de Máquinas e Ferramentas
	(R$200.000)
	
	Caixa Líquido das Atividades de Investimentos
	
	(R$300.000)
	ATIVIDADES DE FINANCIAMENTO
	
	
	
	Aumento de Capital (Entrada de Recursos próprios)
	R$500.000
	
	Caixa Líquido das atividades de financiamento
	
	R$500.000
	
	
	
	
	CAIXA LÍQUIDO DO PERÍODO
	
	R$70.000
	(+) Saldo Inicial do Caixa
	
	R$100.000
	= Saldo Final do Caixa
	
	R$170.000
Dessa nossa parte introdutória é importante que memorize alguns conceitos:
Fluxo de caixa. Conceito
	
 ANOTA AÍ!!!
Fluxo de caixa: montante de dinheiro que é recebido e que é pago por uma empresa dentro de determinado período.
Demonstração do Fluxo de Caixa
Demonstra as entradas e saídas financeiras de determinado período.
Balanço Patrimonial
 Demonstra a situação patrimonial de uma organização, bem como as fontes de recurso (Passivo) e as respectivas aplicações (Ativo). 
Orçamento
 peça do PLANEJAMENTO financeiro da empresa, na qual se definem previsões de receita e de despesa.
Vamos tentar uma questão para aprofundarmos nossos conhecimentos:
QUESTÕES
1. IBGP – PBH ATIVOS – Técnico Administrativo – 2018
Na estrutura da administração financeira da empresa, o tesoureiro administra o fluxo de fundos. Sua preocupação constante é dispor de recursos suficientes para pagar os compromissos da empresa em seus vencimentos, sendo o responsável pela liquidez da empresa. O tesoureiro mantém relações externas com banqueiros e dirigentes de instituições financeiras não bancárias, bancos de investimento e financeiras.
O tesoureiro é responsável pelas seguintes atividades na empresa, EXCETO:
a) Realizar a obtenção de fundos e o pagamento dos compromissos da empresa.
b) Realizar a custódia de recursos monetários e outros valores.
c) Elaborar orçamento de caixa.
d) Elaborar demonstrações contábeis.
2. CESPE – EMAP – Analista Portuário – 2018
Uma projeção de balanço patrimonial e de fluxo de caixa constitui elemento fundamental para avaliar a viabilidade de um negócio.
3. CESPE – CADE – Agente Administrativo – 2014
A principal atribuição do administrador financeiro é promover a gestão de todos os tipos de empresas (financeiras e não financeiras); exceto, as empresas sem fins lucrativos.
4. A principal atribuição do administrador financeiro é promover a gestão de todos os tipos de empresas (financeiras e não financeiras);
5. A Administração Financeira diz respeito às responsabilidades do administrador financeiro numa empresa. Os administradores financeiros gerenciam ativamente as finanças de todos os tipos de empresas, financeiras ou não financeiras, privadas ou públicas, grandes ou pequenas, com ou sem fins lucrativos. Eles desempenham uma variedade de tarefas, tais como orçamentos, previsões financeiras, administração do caixa, administração do crédito, análise de investimento e captação de recursos.
6. FCC – TCE/SP – Auditor – 2013
Na avaliação da estrutura de capital de uma empresa,
a) considera-se a composição de suas fontes de financiamento de longo prazo composta por capitais de terceiros (patrimônio líquido) e de capitais próprios (exigível).
b) calculam-se os indicadores de custos variáveis e a margem de contribuição.
c) quanto maior o uso de recursos obtidos pela emissão de títulos de dívida, menor a taxa de retorno sobre o patrimônio líquido.
d) avalia-se o período mínimo de recuperação dos recursos investidos e obtidos por meio de instrumentos de capital.
e) existe uma proporção ideal de recursos próprios e de terceiros utilizados pela empresa visando à maximização da riqueza dos investidores.
Gabarito
1D. 2 CERTO. 3 ERRADO. 4 CERTO. 5 CERTO. 
6. Atividades da Administração Financeira
Estrutura de Capital (“Captação de Recursos”)
A estrutura de capital consiste no complexo de capital formado por recursos de origem própria e de terceiros. Compete ao gestor financeiro, a partir da estratégia empresarial compor uma proporção ideal desses recursos.
Na avaliação da ESTRUTURA DE CAPITAL de uma empresa, existe uma proporção ideal de recursos próprios e de terceiros utilizados pela empresa visando à maximização da riqueza dos investidores.
Como conversamos anteriormente, uma das atividades do setor financeiro é captar (obter) recursos.
Em organizações públicas, em regra, os recursos são assegurados por meio de tributos (impostos, contribuições e taxas). Essas receitas que derivam do poder de tributar são denominadas receitas derivadas. Entretanto, é possível também que as organizaçõespúblicas gerem receitas originárias (receitas decorrentes da exploração do próprio patrimônio) como é o caso, por exemplo, de uma receita obtida em decorrência do aluguel de um imóvel público.
Em empresas privadas os recursos podem ter origem própria (sócios, acionistas) ou de terceiros (fornecedores, bancos). Compete ao gestor financeiro, dentro da avaliação da estrutura de capital, avaliar se existe uma proporção ideal de recursos próprios e de terceiros utilizados pela empresa visando à maximização da riqueza dos investidores (FCC, TCE/SP, 2013).
Ainda que organizações públicas e organizações privadas possuam objetivos distintos, a captação e a adequada gestão de recursos é indispensável, pois os recursos são raros, escassos, inconstantes e vitais para honrar diversos compromissos assumidos (GBR, 2018).
Em uma empresa, a opção por recursos de origem própria ou recursos de terceiros depende da estratégia da empresa, bem como do custo do capital. O custo de capital representa o esforço financeiro que a empresa terá para poder utilizar o dinheiro. Quanto os recursos têm origem própria (recursos de sócios e acionistas), o custo de capital é representado pelos dividendos e ganhos de capital. Quando os recursos são obtidos junto a terceiros, o custo do capital é representado por meio dos juros a serem pagos aos bancos e fornecedores.
Custo Do Dinheiro
Podemos afirmar que existem três fatores básicos que afetam o custo do dinheiro: 
(preferência de tempo x consumo), (risco) e (inflação).
Preferência De Tempo X Consumo
Os indivíduos que possuem recursos financeiros podem utilizá-los para consumir ou economizar. A decisão de economizar é pautada na expectativa de poderem consumir mais no futuro. Se os indivíduos possuem uma grande preferência pelo consumo, será necessária uma taxa de juros mais alta para levá-los a trocar o consumo atual pelo futuro. Essa preferência de tempo x consumo varia de acordo com a pessoa, faixa etária, cultura etc. Os japoneses, por exemplo, possuem uma visão de longo prazo de modo que tentem a economizar mais do que os americanos, que são indivíduos que privilegiam o consumo imediato.
Risco
O risco do empreendimento é fator decisivo na decisão de um indivíduo emprestar ou não dinheiro para uma empresa. Empreendimentos com um risco mais acentuado precisam oferecer taxa de juros mais altas para convencer os indivíduos a aceitarem assumir um risco extra, o que faz o custo do dinheiro subir. Enquanto um grande banco (Caixa Econômica, Bradesco, Banco do Brasil) consegue captar recursos oferecendo juros de 75-85% da Taxa Selic, pequenos bancos precisam ofertar 105, 100 e, em alguns casos, até mesmo 120% da Taxa Selic para captar recursos.
Inflação
A inflação representa a perda do poder aquisitivo que a moeda sofre ao longo do tempo. Como os indivíduos estão abrindo mão de consumir agora para poderem consumir mais no futuro, o que se exigirá é que os as empresas remunerem o capital sempre acima do valor da inflação. Em períodos de alta inflação, teremos, portanto, taxa de juros mais altas e em períodos de inflação mais baixa, teremos taxa de juros mais baixas.
Funções Clássicas do Administrador Financeiro
Exemplos: 
- Elaboração do orçamento de capital
- Gestão da cobrança aos clientes
- Gestão do pagamento aos fornecedores
- Relacionamento com os bancos
QUESTÕES
1.  FEPESE – CELESC – Administrador – 2018 –Adaptada
Uma organização pode financiar suas atividades com recursos próprios e com recursos de terceiros.
2. FEPESE – CELESC – Administrador – 2018 –Adaptada
O administrador financeiro deve determinar a melhor forma de financiar as operações da empresa.
3. CESGRANRIO – EPE – Analista de Gestão Corporativa – 2014
Há várias funções clássicas do administrador financeiro de uma empresa.
NÃO constitui uma dessas funções a(o)
a) elaboração do orçamento de capital
b) gestão da cobrança aos clientes
c) gestão do pagamento aos fornecedores
d) gestão da manutenção do ativo fixo
e) relacionamento com os bancos
4.  FCC – TCE/SP – Auditor – 2013
Na avaliação da estrutura de capital de uma empresa,
a) considera-se a composição de suas fontes de financiamento de longo prazo composta por capitais de terceiros (patrimônio líquido) e de capitais próprios (exigível).
b) calculam-se os indicadores de custos variáveis e a margem de contribuição.
c) quanto maior o uso de recursos obtidos pela emissão de títulos de dívida, menor a taxa de retorno sobre o patrimônio líquido.
d) avalia-se o período mínimo de recuperação dos recursos investidos e obtidos por meio de instrumentos de capital.
e) existe uma proporção ideal de recursos próprios e de terceiros utilizados pela empresa visando à maximização da riqueza dos investidores.
Gabarito
1 CERTO. 2 CERTO. 3D. 
7. Elaboração de (ORÇAMENTOS)
Existem diferentes maneiras de se estruturar um orçamento e, consequentemente, de realizar um processo de avaliação e controle. Quanto a forma de elaboração, podemos apontar dois tipos de metodologias:
(((Metodologias)))
Orçamento de Tendências
 baseia-se nos dados passados para realizar projeções de situações futuras.
Orçamento Base Zero
 contrapõe-se ao orçamento de tendência. A proposta do orçamento base zero é romper com o passado. Tem como pressuposto que o orçamento nunca deve partir da observação dos dados anteriores, pois eles podem conter ineficiências que podem se perpetuar, caso se adote um orçamento de tendências.  Assim, deve-se rediscutir toda a empresa e todos os gastos a cada elaboração de orçamento de modo a identificar a real necessidade de cada despesa.
(((Tipos De Orçamento)))
Quanto aos tipos de orçamento, segundo Padoveze (2011), temos classicamente dois tipos: o orçamento estático e o orçamento flexível.
Orçamento Estático. Orçamento MAIS GERAL
Elaboram-se todas as peças orçamentárias a partir da fixação de determinado volume de produção ou vendas. Esses volumes, por sua vez, também determinarão o volume das demais atividades e setores da empresa. O orçamento é considerado estático quando a administração do sistema não permite nenhuma alteração nas peças orçamentárias.
Apesar de conter um elemento crítico, que é a sua estaticidade, e, portanto, sem flexibilidade, esse tipo de orçamento é muito utilizado principalmente para GRANDES CORPORAÇÕES, notadamente as que operam em vários países. O motivo básico dessa utilização é a grande necessidade de consolidação dos orçamentos de todas as suas unidades dispersas geograficamente, em um orçamento mestre e único da corporação. Esse orçamento consolidado é vital para que a organização tenha uma visão geral de seus negócios e dos resultados econômicos esperados para o próximo ano, para aprovação de sua diretoria máxima. Nesse sentido, o orçamento estático é importante, já́ que eventuais alterações de volume em alguma de suas divisões não necessariamente causarão um impacto significativo no total dos orçamentos.
Orçamento Flexível. Orçamento MAIS GERAL
Para solucionar o problema do orçamento estático, surgiu o conceito de orçamento flexível. Neste caso, em vez de um único número determinado de volume de produção ou vendas, ou volume de atividade setorial, a empresa admite uma faixa de nível de atividades, em que tendencialmente se situarão esses volumes de produção ou vendas. Basicamente, 
o “orçamento flexível é um conjunto de orçamentos que podem ser ajustados a qualquer nível de atividades” (Horngren, 1985, p. 137). 
A base para a elaboração do orçamento flexível é a perfeita distinção entre custos fixos e variáveis. Os custos variáveis seguirão o volume de atividade, enquanto os custos fixos terão o tratamento tradicional. Apresentamos a seguir um modelo de orçamento flexível, de forma sintética, adaptado de Horngren et al. (1996, p. 296).
 Além desses orçamentos MAIS GERAIS (envolvem toda a organização), temos ainda orçamentos específicos que podem ser formulados para demonstrar aspectos específicos da gestão financeira. Desses orçamentos específicos, é importante que conheça o orçamento de capitale o orçamento de caixa.
Orçamentos (((ESPECÍFICOS)))
Orçamento de Capital. Ativos Imobilizados
 refere-se aos investimentos envolvendo ativos imobilizados como imóveis, equipamentos e instalações. (FEPESE/CELESC/2018).
Orçamento de Caixa. Curto Prazo
é uma das principais ferramentas do planejamento financeiro para o curto prazo. Ele permite que o gestor financeiro identifique as necessidades (e as oportunidades) financeiras para o curto prazo, informa ao gestor a quantidade necessária de empréstimos para o curto prazo e serve para identificar a defasagem de fluxo de caixa na linha do tempo. A ideia do orçamento de caixa é simples: ele registra as estimativas de recebimentos e desembolsos de caixa.
QUESTÕES
1. FEPESE – CELESC – Economista – 2018
O orçamento de capital no contexto de um planejamento empresarial possui a seguinte característica:
a) É uma etapa fundamental de um planejamento de qualificação de recursos humanos de uma empresa.
b) Refere-se aos investimentos envolvendo ativos imobilizados como imóveis, equipamentos e instalações.
c) Refere-se ao levantamento de custos, presentes e futuros, decorrentes do pagamento de tributos, depreciação e amortização do capital fixo.
d) É um processo de ordenamento das premissas e informações para a montagem do fluxo de caixa de curto prazo associado às necessidades de capital de giro da empresa.
e) É um processo de ordenamento das premissas e informações para a organização de um fluxo de caixa de curto prazo associado à geração de capital para pagamento de juros das dívidas da empresa.
 
Gabarito
1B. 
8. Gestão do Capital de Giro. Ativos e Passivos Circulantes
Atividade que envolve a gestão dos ativos e passivos circulantes (de curto prazo) da empresa. 
Essa atividade busca assegurar que a empresa tenha recursos suficientes para dar continuidades às suas operações.
Uma estratégia possível para a gerência do capital de giro é a diminuição ao mínimo possível dos investimentos em estoques (promover maior giro dos estoques), tomando medidas para que a estratégia não leve a perdas de vendas ou à falta de produtos.
QUESTÕES
1.  CESPE – EBSERH – Analista Administrativo – 2018
Uma estratégia possível para a gerência do capital de giro é a diminuição ao mínimo possível dos investimentos em estoques (promover maior giro dos estoques), tomando medidas para que a estratégia não leve a perdas de vendas ou à falta de produtos.
Gabarito
1 CRTO. 
9. Análise de Investimentos
Ao realizar a análise das possibilidades de investimento, o gestor financeiro considera vários aspectos, sendo os principais: risco, retorno e política de investimento da organização.
Risco
O risco compreende a probabilidade e o impacto provocado em determinado capital, caso o investimento não prospere. O risco pode assumir diferentes formas a depender do investimento: inadimplência, risco do empreendimento (empresa não produz o retorno esperado), risco de liquidez (dificuldade de converter determinado ativo em tempo razoável sem perda muito grande do valor).
O risco não deve ser evitado, mas deve ser controlado. Na verdade, os investimentos observam, de modo geral, a premissa de que quanto maior o risco, maior o retorno esperado. Assim, evitar totalmente o risco, se fosse possível, eliminaria totalmente as possibilidades de ganhos de uma empresa.
Da mesma forma que não se deve evitar totalmente o risco, um bom gestor financeiro não sujeitaria a empresa ao risco de ruína, ou seja, a um risco excessivamente alto que fosse capaz de colocar a empresa em falência. Ao menos, é isso que se espera.
Ex.: sadia. “hedge”
	Sadia
Um caso que se tornou famoso no meio corporativo foi o prejuízo quase bilionário (760 milhões de reais) da Sadia
.
A empresa expôs-se excessivamente ao mercado de derivativos (opções de dólar).
“Danilo, mas a Sadia vende carnes processadas. O que isso tem a ver com mercado financeiro?”
É bem comum que empresas exportadoras realizem uma atividade denominada de hedge com o objetivo de se proteger de oscilações muito grandes no câmbio. Encare como uma espécie de seguro. Você paga um valor para caso ocorra algum sinistro, você fique protegido. É essa a ideia do hedge.
Ocorre que a Sadia não estava simplesmente fazendo hedge (“seguro”). A empresa chegou a comprar milhares de reais em opções de dólar em uma ação claramente especulativa. A ideia era ganhar receita financeira com a queda do dólar. Só teve um problema no meio do caminho: o dólar disparou.
Resultado: Sadia perdeu R$760 milhões de reais, demissão do diretor financeiro, queda de 42% do preço da ação e muita desconfiança dos investidores.
10. INDICADORES DE DESEMPENHO FINANCEIRO
Tópico pouco cobrado em questões de Administração
Parafraseando Matarazzo (2010), podemos dizer que assim como um médico utiliza indicadores como temperatura e pressão arterial para elaborar o quadro clínico de um paciente, os indicadores financeiros permitem construir um quadro de avaliação de uma empresa.
Para fins de concurso, nos interessa estudar quatro grupos de índices:
Índices de liquidez
Índices de Estrutura Patrimonial
Índices de Rentabilidade
Índices de Liquidez
(ÍNDICES DE LIQUIDEZ)
Os índices de liquidez refletem a situação financeira de uma empresa em relação aos compromissos financeiros assumidos. Em ou palavras, demonstram a capacidade da empresa arcar com as dívidas assumidas. 
Essa análise pode ser realizada a partir de diferentes critérios, por isso temos diferentes espécies de índice de liquidez. Vejamos um a um:
Índice de Liquidez Geral
O índice de liquidez ilustra o quanto a empresa possui de recursos de curto e longo prazo (ativo circulante + realizável a longo prazo) para cada real de dívidas de curto e longo prazo (passivo circulante + passivo não circulante). É o índice de liquidez mais abrangente e evidencia a capacidade da empresa saltar todos os compromissos assumidos.
Índice de Liquidez Corrente
O índice de liquidez corrente ilustra a capacidade de pagamento no curto prazo da empresa. Ele mostra o quanto a empresa possui de recursos de curto prazo (ativo circulante) para cada real de dívidas de curto prazo (passivo circulante).
Índice de Liquidez Seca
O índice de liquidez seca é um índice de liquidez mais CONSERVADOR. Ele retira o risco de a empresa não conseguir converter o estoque em dinheiro para analisar a capacidade de pagamento.
 Desconsidera ainda as Despesas Pagas Antecipadamente.
Suponha que ocorreu uma paralisação das vendas da empresa e que o estoque se tornou obsoleto. 
Quais as chances de a empresa pagar as suas dívidas de curto prazo? Essa informação que o índice de liquidez seca apresenta:
Índice de Liquidez Imediata
O índice de liquidez imediata mostra o quanto a empresa conseguiria pagar das dívidas de curto prazo (passivo circulante) por meio dos valores relativos a caixa e equivalente de caixa (disponível). É o índice que mostra o quanto a empresa possui de DISPONÍVEL para cada real de vencíveis no curto prazo.
(ÍNDICES DE ESTRUTURA PATRIMONIAL)
Os índices de estrutura patrimonial estabelecem a relação que existe entre as fontes de financiamento próprio e de terceiros. Podemos utilizar diferentes índices de estrutura patrimonial a depender da relação que queremos mensurar.
Endividamento
O índice de endividamento mostra o quanto a empresa tem de dívidas com terceiros para cada real de recursos próprios (patrimônio líquido). Esse indicador é relevante pois indica a dependência que a empresa possui em relação a terceiros.
Um alto índice de endividamento não é necessariamente ruim. É preciso analisar a qualidade da dívida (prazo, taxa de juros e risco de moeda – se em real, se em dólar, etc). Isso porque um alto endividamento com terceiro no longo prazo e a baixo custo, pode ser muito rentável para a empresa e para os sócios. Por outro lado, endividamentos caros e no curto prazo podem colocar a empresa em uma situação muito difícil.
Para avaliar se o índice de endividamento de uma empresa é apropriado um bom parâmetroé compará-lo com a média do setor no qual a empresa está inserida.
Índice de Composição do Endividamento
A composição do endividamento consiste na relação das dívidas de curto prazo com a dívida total (curto prazo + longo prazo). 
Apesar de não existir uma regra absoluta, dada a variabilidade de setores de negócio, as empresas buscam maiores níveis de endividamento no longo prazo, pois conseguem lidar melhor com eventuais crises no setor caso não possuam dívidas no curto prazo. Assim, regra geral, é preferível que uma parcela maior do endividamento esteja no longo prazo.
Índice de Imobilização do Patrimônio Líquido
O índice de imobilização do patrimônio líquido indica a parcela do capital próprio que está investida em ativos de baixa liquidez (ativos imobilizados, investimentos ou ativos intangíveis), ou seja, os ativos não circulantes deduzidos dos realizáveis a longo prazo.
(ÍNDICES DE RENTABILIDADE)
Os índices de rentabilidade são utilizados para enfatizar o aspecto econômico de uma empresa. Via de regra, os índices de rentabilidade relacionam os resultados obtidos pela empresa com algum valor que expresse a dimensão relativa desse resultado, ou seja, valor de vendas, ativo total, patrimônio líquido ou ativo operacional. Essa comparação permite utilizar os índices de rentabilidade para comparar diferentes empresas, independentemente do tamanho.
Retorno sobre o Investimento – ROI
Esse é um dos indicadores mais populares. O ROI indica o resultado que a empresa obteve em relação aos investimentos nela realizado.
Esse indicador utiliza o lucro operacional gerado pela entidade antes dos efeitos das despesas financeiras. Isso evita que a estrutura de capital (fontes de financiamento) interfira no resultado. Segundo Assaf Neto, o lucro operacional ajustado líquido refere-se “ao lucro que os investimentos geraram na consecução da atividade-objeto da empresa. É determinado essencialmente pela decisão de investimento da empresa, não sendo, por conseguinte, influenciado por sua estrutura de financiamento”.
Retorno sobre o Patrimônio Líquido
Esse índice expressa os resultados alcançados pela administração da empresa em benefício dos acionistas. O retorno sobre o patrimônio líquido verifica o retorno obtido pelos acionistas considerando a estrutura de capital utilizada pela entidade em determinado período.
De maneira bem simples e, de acordo com a lição de Martins, Diniz e Miranda, o retorno sobre o patrimônio líquido “demonstra a capacidade da empresa remunerar o capital que foi investido pelos sócios! Só isso.”
Alavancagem Financeira
O conceito de alavancagem está associado à ideia de utilizar algum instrumento para proporcionar um resultado desproporcional ao esforço empregado. 
A alavancagem financeira ocorre quando a empresa utiliza recursos de terceiros com taxas inferiores aos resultados proporcionados pela aplicação desses recursos na entidade. Nessa situação, a diferença de rentabilidade é incorporada ao RESULTADO DOS SÓCIOS, provocando um aumento desproporcional em sua rentabilidade. De maneira mais simples: significa ganhar dinheiro a partir do dinheiro de terceiros.
Contudo, pode ocorrer o contrário, caso a taxa de captação dos recursos de terceiros for superior àquela gerada pela aplicação dos recursos, haverá uma destruição nos resultados dos sócios também de maneira desproporcional. Dizemos, portanto, que a alavancagem financeira aumenta a volatilidade dos resultados da empresa e, em consequência, o nível de risco.
Para calcular o grau de alavancagem financeira utilizamos a seguinte fórmula:
QUESTÕES
1. 
Gabarito
1 
QUESTÕES
1. 
Gabarito
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