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2 PROGRAMA SAÚDE NA ESCOLA 1 - Prevenção e combate ao Aedes aegypti Proteja sua família UNICEF/BRZ/João Laet Dengue, zika e chikungunya são transmitidas pelo mosquito Aedes aegypti. A forma mais eficaz de prevenção dessas doenças é o combate ao mosquito. Por isso, é importante que todos conheçam os riscos e saibam o que é preciso fazer para não deixar o mosquito nascer. Combate ao mosquito A forma mais eficaz de prevenção é o combate ao mosquito Aedes aegypti. Seguem algumas ações que a população deve tomar, pelo menos uma vez por semana: 3 Verificar se a caixa d’água está bem tampada. Deixar as lixeiras bem tampadas. Colocar areia nos pratos de plantas. Recolher e acondicionar o lixo do quintal. Limpar as calhas. Cobrir piscinas. Tapar os ralos e baixar as tampas dos vasos sanitários. Limpar a bandeja externa da geladeira. Limpar e guardar as vasilhas dos bichos de estimação. Limpar a bandeja coletora de água do ar-condicionado. Cobrir bem a cisterna. Cobrir bem todos os reservatórios de água. A limpeza não se restringe só às residências. É importante ficar atento a possíveis focos de água parada na escola, no trabalho e em outros locais frequentados diariamente. Prevenção das doenças e cuidados com a família Para reforçar a prevenção, algumas medidas podem ser tomadas no cuidado pessoal e com a família: Utilize repelente. Cubra a maior parte do corpo com roupas claras quando possível. Coloque telas em janelas e portas. O mosquito possui hábitos diurnos, sobretudo ao amanhecer e ao entardecer. Por isso, é importante reforçar a atenção nesse período. Mas atenção: o mosquito é oportunista e pode picar à noite também. UNICEF Brasil Cuidados com crianças de até 2 anos: Proteja o ambiente com telas em janelas e portas, e procure manter o bebê com uso contínuo de roupas que cubram a maior parte do corpo, como calças e blusas de mangas compridas. Mantenha o bebê em locais com telas de proteção, mosquiteiros ou outras barreiras disponíveis. 4 A amamentação é indicada até o segundo ano de vida ou mais, devendo ser exclusiva nos primeiros seis meses. Caso observe manchas vermelhas na pele, olhos avermelhados ou febre, procure um serviço de saúde. Mantenha a vacinação em dia, de acordo com o calendário vacinal da Caderneta da Criança. UNICEF Brasil Outras possíveis formas de transmissão É reconhecida a relação direta do mosquito Aedes aegypti na transmissão do zika. Porém, existem poucas provas a respeito de outras vias de transmissão. – Sangue: tecnicamente, o vírus zika também pode ser transmitido por meio do sangue. Por isso, devem ser mantidas todas as precauções já estabelecidas para doação e transfusão de sangue. – Mãe-filho: também não há muitas provas de transmissão do zika de mãe para filho durante a gravidez e durante o nascimento. Pesquisas estão sendo feitas a respeito desse tipo de transmissão para compreender melhor o modo que o vírus afeta os bebês. – Transmissão sexual: alguns estudos já indicam a possível presença do vírus zika no sêmen humano, mas ainda é necessário obter mais evidências para confirmar se o contato sexual é um meio de transmissão do zika. Enquanto as dúvidas permanecem, a prevenção continua sendo a melhor medida para se proteger do zika e também de outras doenças. Gestantes Enquanto faltam respostas precisas sobre o efeito do vírus zika na saúde das gestantes e de seus bebês, a precaução é fundamental. UNICEF Brasil Repelentes Grávidas podem e devem utilizar repelentes, desde que aprovados para utilização durante a gravidez. É sempre importante ter a recomendação médica para a escolha do repelente mais seguro. Viagens É recomendável que gestantes evitem viagens a zonas com maior concentração do mosquito Aedes aegypti. Se a 5 viagem for imprescindível, elas devem conversar com seus médicos e seguir rigorosamente as recomendações de prevenção e cuidados com a família durante a viagem. Engravidar A decisão de engravidar – e a definição do momento certo – é pessoal. É fundamental que grávidas não sejam estigmatizadas e tenham acesso seguro à informação e ao apoio de que elas necessitam. O zika não deve ser pretexto para ameaçar os direitos das mulheres. No entanto, as gestantes que suspeitarem ter sido expostas ao vírus devem consultar um médico e assegurar a realização de um pré-natal de qualidade. Amamentação Até o momento, não há notícia de crianças infectadas pelo vírus zika por meio da amamentação. Estudos mostram que o vírus tem efeito no primeiro trimestre de gestação, e não no nascimento. É recomendável que todas as mães amamentem seus bebês exclusivamente até o sexto mês de vida, e continuem com o aleitamento materno complementar preferencialmente até 2 anos de idade. A síndrome congênita do zika vírus (SCZV) e outras deficiências Para as crianças que nascem com a síndrome congênita do zika vírus e outros distúrbios neurológicos, a estimulação precoce é fundamental para redução do comprometimento no desenvolvimento neuropsicomotor decorrente da malformação. O período mais importante para essa estimulação vai do nascimento até os 3 anos de idade. Quanto mais cedo o bebê iniciar a estimulação, melhor. A Rede de Atenção à Saúde, em todos os Estados, está orientada a receber e notificar os casos, como também encaminhar os pacientes aos serviços especializados mais próximos. O programa de estimulação precoce inclui estímulos auditivos, visuais, motores, cognitivos e de linguagem, e é importante que as famílias participem do tratamento de cada criança. São orientações às famílias que têm bebês com diagnóstico confirmado de síndrome congênita do zika vírus e outras deficiências: Levar o bebê a uma Unidade Básica de Saúde para o acompanhamento do crescimento e desenvolvimento conforme o calendário de consulta de puericultura. Procurar os serviços de estimulação precoce de sua cidade ou sua região. Não dar ao bebê qualquer medicamento por conta própria. https://www.unicef.org/brazil/relatorios/cuidando-da-crianca-com-alteracoes-no-desenvolvimento https://www.unicef.org/brazil/relatorios/cuidando-da-crianca-com-alteracoes-no-desenvolvimento 6 Caso o bebê apresente alterações ou complicações (neurológicas, motoras ou respiratórias, entre outras), o acompanhamento por diferentes especialistas pode ser necessário, a depender de cada caso, conforme recomendação médica. Bebês com microcefalia ou qualquer outro tipo de deficiência têm os mesmos direitos que qualquer bebê, como o direito a receber atenção médica, nutrição adequada, vacinas, estimulação precoce e, futuramente, educação inclusiva. Esses direitos estão garantidos no Estatuto da Criança e do Adolescente e na Convenção sobre os Direitos da Criança. Informações adicionais podem ser encontradas na Lei Brasileira de Inclusão, baseada na Convenção dos Direitos das Pessoas com Deficiência. 2 – A IMPORTÂNCIA DA ATIVIDADE FÍSICA E DO LAZER Praticar alguma atividade física nos momentos de lazer, como caminhar ou pedalar no parque, aumenta a expectativa de vida independentemente da intensidade do exercício ou do peso do indivíduo, concluíram pesquisadores da Universidade de Harvard e do Instituto Nacional de Saúde (NIH, sigla em inglês) dos Estados Unidos. Em uma nova pesquisa, eles mostraram que unir ue unir momentos de folga a exercícios físicos pode acrescentar até sete anos na longevidade de uma pessoa. https://www.unicef.org/brazil/estatuto-da-crianca-e-do-adolescente https://www.unicef.org/brazil/convencao-sobre-os-direitos-da-crianca https://www.unicef.org/brazil/convencao-sobre-os-direitos-da-crianca http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2015/Lei/L13146.htm https://www.unicef.org/brazil/convencao-sobre-os-direitos-das-pessoas-com-deficiencia 7 Qualidade de vida, atividadefísica e lazer Você cuida do seu corpo? Levar uma vida parada demais aumenta o risco de doenças, nosso corpo precisa do descanso, mas também do movimento, então ter conforto é bom, mas preguiça, não! Estudos de Silva, Silva e Tomasi (2010) observaram que, em média, quanto mais ativa a pessoa é melhor sua qualidade de vida. Além disso, dentre as diferenças na qualidade de vida das pessoas que praticam atividades físicas comparadas com as que não praticam, não estão apenas os aspectos de saúde física, mas também aspectos psicológicos e cognitivos. Os autores Antunes, Santos, Cassilhas, Santos, Bueno & Mello (2006, p. 108) mostram que programas de exercícios físicos, indivíduos fisicamente ativos possuem um processamento cognitivo mais rápido, embora os benefícios cognitivos do estilo de vida fisicamente ativos pareçam estar relacionados ao nível de atividade física regular, ou seja, exercício realizado durante toda a vida, sugerindo uma “reserva cognitiva”, mas nunca é tarde para se iniciar um programa de exercícios físicos. Esses resultados podem servir de estímulo para incentivo a rotinas de atividades físicas. Martins, Mello e Tufik (2010) colocam que o exercício além da melhora do cognitivo, facilita o sono por aumentar o gasto energético durante a vigília e isto aumentaria a necessidade de sono de forma que se possa alcançar um balanço energético positivo e se restabeleça a condição adequada para uma boa noite de sono. Assim, os exercícios podem auxiliar no tratamento e prevenção de alguns distúrbios do ciclo sono-vigília e/ou indiretamente por meio do controle de peso e aquisição de hábitos saudáveis. Estudos de Gonçalves e Veigas (2009) encontraram diferenças significativas entre o sedentarismo e à prática de exercício físico, em que níveis mais baixos de depressão, hostilidade e ansiedade são associadas à prática de exercício físico, e a falta dessa atividade revela ser um fator importante para o aparecimento de depressão e https://siteantigo.portaleducacao.com.br/conteudo/artigos/administracao/qualidade-de-vida-atividade-fisica-e-lazer/34198 https://siteantigo.portaleducacao.com.br/conteudo/artigos/administracao/qualidade-de-vida-atividade-fisica-e-lazer/34198 https://siteantigo.portaleducacao.com.br/conteudo/artigos/administracao/qualidade-de-vida-atividade-fisica-e-lazer/34198 https://siteantigo.portaleducacao.com.br/conteudo/artigos/administracao/qualidade-de-vida-atividade-fisica-e-lazer/34198 8 ansiedade. Verifica-se que a atividade física é um excelente meio de descarregar ou libertar tensões, emoções e frustrações, acumuladas pelas pressões e exigências da vida moderna. Godoy (2000), conclui que o impacto do exercício físico poderá possibilitar: a redução da ansiedade e depressão melhora o autoconceito, autoimagem e autoestima, aumenta o vigor, melhora a sensação de bem-estar, melhora o humor, aumenta a capacidade de lidar com os fatores psicossociais de stress e diminui os estados de tensão. Isso ressalva para a busca do bem-estar pessoal e benefícios da influência do exercício físico associados, ao humor, estresse, ansiedade, depressão, sono, entre outros. De acordo com o Ministério da Saúde as vantagens da prática de atividade física são numerosas, a prática regular em qualquer idade proporciona benefícios importantes para a saúde como: Controle do peso; Controle da Pressão Arterial; Controle da glicose (açúcar no sangue); Aumento da resistência contra doenças; Aumento da autoestima; Alívio do estresse; Aumento do bem-estar; Estímulo a novas amizades; Fortalecimento dos ossos; Melhora da força muscular; Melhora da resistência física; Melhora da qualidade do sono e Melhora da capacidade respiratória. Esses seriam alguns benefícios acrescentados a sua qualidade de vida, mas se exercitar, ou se movimentar no dia a dia, como, dançar, fazer atividades domésticas, levar o cachorro para passear, andar mais a pé, de bicicleta, cuidar do jardim, praticar esportes, caminhar com amigos/familiares, prefira a escada ao elevador, evite ficar muito tempo parado, assistindo TV, no computador, videogame, faça atividade física 3x por semana (30 min), já seria um começo para deixar o sedentarismo de lado e se movimentar mais. O lazer também entra como uma atividade que traz prazer, ir às vezes ao teatro, assistir um filme no cinema, passear no parque, ler um bom livro, sair com os amigos e familiares, entre outras atividades que podem fazer parte de sua rotina que vai te trazer um bem-estar. A prática de atividade física é uma das maneiras mais eficazes de promover saúde e a qualidade de vida em vários aspectos, quando conscientemente realizado e sempre ter o acompanhamento de um profissional da área para orientar. A prática de atividade física é, sem dúvida, essencial para aumentarmos nossa qualidade de vida. Inúmeros estudos demonstram como a prática frequente de atividade física evita doenças e melhora, até mesmo, nossa disposição para a realização de nossas atividades diárias. A seguir, listaremos os principais benefícios de se praticar atividades físicas e também os riscos de se ter uma vida sedentária. → A importância da atividade física na promoção da saúde As atividades físicas geram uma grande quantidade de benefícios para o nosso corpo e também para nossa mente. É por isso que a prática dessas atividades é tão recomendada por todos os profissionais de saúde. A seguir, listaremos alguns dos benefícios já reconhecidos a respeito da importância das atividades físicas: A atividade física previne o desenvolvimento de doenças crônicas, como hipertensão e diabetes. As atividades físicas controlam os níveis de colesterol. A atividade física pode ser uma importante aliada no tratamento da depressão e ansiedade. A atividade física melhora o condicionamento muscular e também cardiorrespiratório. A atividade física provoca uma série de mudanças no organismo, tais como o ganho de massa muscular, que está diretamente relacionado com a melhora da autoestima. A atividade física é importante para o controle de peso. Atividade física melhora dores e diminui a incapacidade funcional. A prática de atividades físicas melhora a qualidade do sono. As atividades físicas melhoram o desempenho cognitivo. A prática de atividades físicas reduz o estresse e aumenta a sensação de bem-estar. https://brasilescola.uol.com.br/doencas/hipertensao.htm https://brasilescola.uol.com.br/saude-na-escola/diabetescuidados-com-saude.htm https://brasilescola.uol.com.br/saude-na-escola/colesterol.htm https://brasilescola.uol.com.br/saude-na-escola/depressao.htm 9 A prática de atividades físicas por idosos garante uma maior autonomia. A atividade física é importante no processo de envelhecimento, uma vez que um idoso ativo apresenta mais autonomia para realizar as atividades do seu dia a dia. Além disso, idosos que praticam atividades físicas apresentam menos riscos de sofrerem quedas, as quais podem ser graves em certas idades. A atividade pode melhorar o convívio social. A atividade física dá mais disposição para a realização das atividades diárias. → Quantos minutos de atividades físicas é o ideal? Apesar de muitas pessoas afirmarem que não possuem tempo para a realização de atividade física, as recomendações diárias são relativamente baixas e podem ser incluídas na agenda de atividades diárias. De acordo com a Organização Mundial de Saúde, a recomendação: 150 minutos semanais de atividade física leve ou moderada, o que corresponde a um pouco mais de 20 minutos diários de atividades. 75 minutos semanas de atividade física de maior intensidade, o que corresponde a pouco mais de 10 minutos por dia. Mudar um hábito de vida é extremamente difícil, entretanto, incluir exercícios na sua rotina é fundamental para a saúde. Diante dessa necessidade, o Ministério da Saúde dá quatro dicas importantes para começar a prática de atividades físicas: 1.Encontre um local adequado para praticar as atividades físicas, como parques, praças e similares; 2. Comece com uma atividade que não exige alto preparo físico; 3. Praticar atividade física perto de casa não exigindo grandes deslocamentos, o que ajuda na manutenção desse hábito; 4. Procure atividades realizadas por várias pessoas, inclusive do seu círculo de amizade, o que poderá ser um estímulo a mais. → Riscos do sedentarismo O sedentarismo pode ser definido, de uma maneira resumida, como a falta da prática de exercícios físicos regulares. Muitas pessoas em nosso planeta são sedentárias e esse hábito, juntamente com uma alimentação inadequada, tem gerado uma série de problemas graves para a saúde da população. Segundo a Organização Mundial de Saúde, um em cada cinco adultos e quatro em cada cinco adolescentes não praticam atividade física suficiente. 10 Como sabemos, a atividade física é uma maneira importante de prevenir o desenvolvimento de doenças crônicas não transmissíveis, tais como problemas cardiovasculares, diabetes e alguns tipos de câncer. As pessoas sedentárias apresentam até 30% mais riscos de desenvolver esses problemas. Não podemos nos esquecer ainda da obesidade que é também um problema de saúde crônico, que além de afetar negativamente a saúde física da pessoa, afeta diretamente a autoestima. A prática de atividades físicas melhora a autoestima e alivia o estresse. Percebemos, portanto, que a atividade física é importante nos mais variados aspectos da nossa vida e é essencial para uma vida mais saudável e um envelhecimento tranquilo. Procure seu médico e comece o quanto antes a mudar sua vida. 3 – PREVENÇÃO AO USO DE ÁLCOOL E OUTRAS DROGAS A Organização Mundial da Saúde (OMS) considera que a dependência em drogas lícitas ou ilícitas é uma doença. O uso indevido de substâncias como álcool, cigarro, crack e cocaína é um problema de saúde pública de ordem internacional que preocupa nações do mundo inteiro, pois afeta valores culturais, sociais, econômicos e políticos. O alcoolismo é uma doença crônica, com aspectos comportamentais e socioeconômicos, caracterizada pelo consumo compulsivo de álcool, na qual o usuário se torna progressivamente tolerante à intoxicação produzida pela droga e desenvolve sinais e sintomas de abstinência, quando a mesma é retirada. Além da já reconhecida predisposição genética para a dependência, outros fatores podem estar associados: ansiedade, angústia, insegurança, fácil acesso ao álcool e condições culturais. Maconha O uso crônico de maconha está associado a problemas respiratórios, já que a fumaça é muito irritante e seu teor de alcatrão é muito alto, além de conter benzopireno, substância cancerígena. As conseqüências do uso da maconha são semelhantes aos do tabaco: hipertensão, asma, bronquite, cânceres, doenças 11 cardíacas e doenças crônicas obstrutivas aéreas. No caso de pessoas com transtornos psicóticos (pré- existentes) pode ocorrer um agravamento do quadro, como a esquizofrenia, exigindo assim mudanças no tratamento da doença psiquiátrica. O uso regular acarreta problemas cognitivos como: comprometimento do rendimento intelectual, perda de memória e na habilidade de resolver problemas. A abstinência é caracterizada por: ansiedade, insônia, perda de apetite, tremor das mãos, sudorese, reflexos aumentados, bocejos e humor deprimido. Cocaína A cocaína é uma substância psico-estimulante que é consumida de diferentes formas: aspirada, via intravenosa ou fumada (crack). O consumo da cocaína em grande parte dos usuários aumenta progressivamente, sendo necessário consumir maiores quantidades da substância para atingir o efeito desejado. No Brasil, a cocaína é a substância mais utilizada pelos usuários de drogas injetáveis. Muitas dessas pessoas compartilham agulhas e seringas e expõem-se ao contágio de várias doenças como hepatite e Aids. Crack O crack é resultante da mistura de cocaína, bicarbonato de sódio ou amônia e água destilada, resultando em grãos que são fumados em cachimbos. O consumo do crack é maior que o da cocaína, pois é mais barato e seus efeitos duram menos. Além disso, tem terrível ação sobre o sistema nervoso central e cardíaco. Anfetaminas São drogas sintéticas de efeito estimulante do sistema nervoso central e só podem ser comercializadas sob prescrição médica. Um tipo de anfetamina ilícita não encontrada em farmácias é a droga conhecida por êxtase, que provoca dependência fazendo com que o usuário tenha de consumir maiores quantidades de comprimidos para obter os mesmos efeitos. O uso indevido e prolongado pode provocar alterações psíquicas, lesões cerebrais e aumento do risco de convulsões e overdose. Calmantes e sedativos Os medicamentos capazes de diminuir a atividade do cérebro são chamados de sedativos, já os que são capazes de diminuir a dor são conhecidos como analgésicos. Os hipnóticos ou soníferos são os sedativos capazes de afastar a insônia, já os ansiolíticos têm o poder de atuar sobre estados exagerados de ansiedade. Tratamento Quem necessita de tratamento no SUS devido ao abuso de álcool e outras drogas deve procurar as Unidades Básicas de Saúde (UBS), os Centros de Atenção Psicossocial (CAPS) e os Centros de Atenção Psicossocial Álcool e Drogas III (CAPS AD). O atendimento conta com equipes multiprofissionais compostas por médico psiquiatra, clínico geral, psicólogos, dentre outros. 12 Prevenção É muito difícil convencer alguém a não fazer algo que lhe dê prazer; drogas e álcool, antes de qualquer outra coisa, oferecem prazer imediato, e por causarem dependência física, psicológica e síndrome de abstinência são de difícil tratamento. As ações preventivas devem ser planejadas e direcionadas para o desenvolvimento humano, o incentivo à educação, à prática de esportes, à cultura, ao lazer e a socialização do conhecimento sobre drogas, com embasamento científico. O uso abusivo de bebidas alcoólicas e outras substâncias psicoativas constitui um problema relevante nas sociedades contemporâneas, não obstante, o consumo de bebidas alcoólicas está profundamente enraizado em nossa sociedade e cultura. Álcool O consumo de álcool assiduamente ou semanalmente pode ter consequências para a saúde, tanto a curto como a longo prazo. A Organização Mundial da Saúde (OMS) afirma que não há nível seguro de consumo de álcool e que a situação mais saudável é beber o mínimo possível. Também é importante notar que o álcool é uma substância psicoativa com agradáveis efeitos imediatos, mas com o aumento da frequência e da quantidade ingerida pode causar efeitos secundários, como: acidentes de trânsito; violência; dependência; comprometimento de certos órgãos, como o fígado; baixa no sistema imunológico; aparecimento de doenças crônicas, como o câncer. O alcoolismo é definido como o consumo excessivo de álcool e/ou a preocupação exacerbada com bebidas alcoólicas ao ponto que este comportamento interfira na vida pessoal, familiar, social ou profissional de um indivíduo. Do ponto de vista médico, o alcoolismo é uma doença crônica, que pode resultar em condições psicológicas e fisiológicas e, por fim, na morte. Além da importância dos fatores ambientais, há evidências que indicam a existência de fatores genéticos que elevam o risco de desencadear a doença. O alcoolismo tende a acometer certas famílias com maior frequência, gêmeos univitelinos, e até filhos biológicos de pais alcoólatras que são adotados por casais que não bebem. O álcool atravessa a barreira hematoencefálica rapidamente, sendo que poucos minutos após o primeiro gole, a concentração no cérebro já está igual à concentração sanguínea. Em indivíduos que não possuem o costume de ingerir bebidas alcoólicas, níveis sanguíneos entre 50mg/dl a 150mg/dl são suficientes para gerar sintomas. Esses, por sua vez, irão depender da velocidade com que o álcool é consumido.Os efeitos físicos causados pelo álcool são: – Redução dos reflexos; – O uso prolongado eleva o risco do surgimento de doenças como câncer na cavidade oral, esôfago, faringe, fígado e vesícula biliar; – Pode causar hepatite, cirrose, gastrite e úlcera; – Quando usado em grandes quantidades pode ocasionar danos cerebrais irreversíveis; – Pode levar à desnutrição; 13 – Pode causar problemas cardíacos e de pressão arterial; – Durante a gestação, causa má formação fetal. Já os feitos psicológicos e comportamentais causados pelo álcool são: – Perda da inibição; – Alteração de humor, podendo ocasionar comportamento violento, depressão e até mesmo suicídio; – Perda de memória; – Problemas na vida familiar do alcoólatra; – Queda no desempenho profissional. A tolerância e a dependência ao álcool são dois processos diferentes, mas que caminham juntos. A tolerância ao álcool é a necessidade de doses maiores para a manutenção do efeito de embriaguez obtido nas primeiras doses. Já a dependência é quando um indivíduo não apresenta mais forças por si mesmo de interromper ou reduzir o consumo de álcool. Não necessariamente uma pessoa que desenvolva tolerância ao álcool se tornará dependente. Todavia, à medida que o individuo desenvolve tolerância ao álcool, ela está mais próxima de desenvolver a dependência. O alcoólatra sempre acha que consegue parar quando quiser, na tentativa de encobrir o problema. O paciente tenta negar qualquer problema relacionado ao álcool, mesmo que ninguém acredite, mas ele acaba por acreditar na ilusão que criou. A negação do alcoolismo é uma defesa de auto-imagem, pois fazer que uma pessoa admita essa doença é exigir dela uma forte quebra de autoimagem e consequentemente de autoestima. Os tratamentos para o alcoolismo são muito variados e procuram ajudar os dependentes a diminuírem o consumo de álcool, seguido por um treinamento de suporte social de modo que ajude a pessoa a resistir ao retorno do consumo dessa droga. Um exemplo para esse tipo de tratamento é a desintoxicação seguida por um conjunto de terapia de suporte, atendimento em grupos de autoajuda (como os Alcoólicos Anônimos), etc. Por todas estas razões, para manter a saúde, independentemente do motivo pelo qual bebemos, é importante decidir qual o papel que o álcool terá nas nossas vidas. Outras drogas As drogas têm feito parte da nossa cultura desde a metade do século passado. Popularizadas nos anos 60 pela música e pelos meios de comunicação de massa, elas invadiram todos os aspectos da sociedade. O termo “Droga”, em seu sentido original, é um termo que abrange uma grande quantidade de substâncias – desde o carvão vegetal à aspirina. Na medicina, refere-se a qualquer substância com o potencial de prevenir ou curar doenças ou aumentar o bem-estar físico ou mental. Em farmacologia, refere-se a qualquer agente químico que altera os processos bioquímicos e fisiológicos de tecidos ou organismos. Contudo, em um contexto legal e no sentido corrente, o termo “droga” refere-se, geralmente, a substâncias psicoativas (natural ou sintética) e às drogas ilícitas ou 14 àquelas cujo uso é regulado por lei, por provocarem alterações do estado de consciência do indivíduo. Certos fármacos de uso médico controlado, tais como os opiáceos, também podem ser tratados como drogas ilícitas, quando produzidos e comercializados sem controle dos órgãos sanitários ou se consumidos sem prescrição médica. Em relação ao consumo dessas substâncias, os motivos para consumi-las são diversos: pode acontecer em ambientes de festa, com substâncias estimulantes ou como consequência de situações de marginalidade, exclusão social ou dificuldades de vária ordem. Este tipo de consumo tem como consequências a dependência e doenças físicas e mentais, com tratamentos complexos e com o risco constante de recaídas. Quanto ao tipo de efeito no sistema nervoso podem ser classificadas como: – Depressoras (psicodislépticas) – diminuem a atividade do sistema nervoso atuando em receptores (neurotransmissores) específicos. Exemplos: álcool, barbitúricos, diluentes, quetamina, cloreto de etila ou lança perfume, clorofórmio, ópio, morfina, heroína, e inalantes em geral (cola de sapateiro, etc). – Psicodistropticas ou psicodislépticas (drogas perturbadoras/modificadoras) – têm por característica principal a despersonalização ou modificação da percepção (daí o termo alucinógeno para sua designação) em maior ou menor grau. Exemplos: Algumas espécies de cogumelos, LSD, maconha, MDMA ou ecstasy e o DMT. – Psicolépticas ou estimulantes – produzem aumento da atividade pulmonar (ação adrenérgica), diminuem a fadiga, aumentam a percepção ficando os demais sentidos ativados. Exemplos: cocaína, crack, cafeína, teobromina (presentes em chocolates), GHB, metanfetamina, anfetaminas (bolinha, arrebite) etc. No que diz respeito à forma de produção, classificam-se como: – Naturais – aquelas que são extraídas de plantas. Exemplos: tabaco, cannabis, ópio. – Semissintéticas – são produzidas através de modificações em drogas naturais. Exemplos: crack, cocaína, heroína. – Sintéticas – são produzidas através de componentes ativos não encontrados na natureza. Exemplos: anfetamina, anabolizante 4 – CULTURA DA PAZ, CIDADANIA E DIREITOS HUMANOS Você sabe qual é a importância da cultura de paz e não- violência na saúde pública? Entender que a SAÚDE é um conjunto de vários fatores que envolvem o bem-estar físico, mental e social – e não meramente a ausência de doença, nos permite perceber o quanto é relevante nos apropriamos de uma linguagem mais acolhedora, diversa, plural e inclusiva para melhorar o acesso das pessoas aos serviços de saúde, sobretudo no que diz respeito a informação como ferramenta de transformação social. 15 Em 1999, a Organização das Nações Unidas (ONU) definiu a Cultura de PAZ como um conjunto de valores e atitudes baseados no respeito pleno à vida e na promoção dos direitos humanos para a transformação da realidade por meio da cidadania e da inclusão social. No Brasil, o direito ao acesso à saúde está garantido na nossa Constituição Federal, na Lei 8080/1990, por meio dos princípios da universalidade, equidade e integralidade. Nesse sentido, de acordo com o Ministério da Saúde, a Política Nacional de Promoção da Saúde está intrinsecamente ligada à Cultura de Paz, na medida em que visa à promoção da equidade e da melhoria das condições e dos modos de viver, ampliando a potencialidade da saúde individual e coletiva e reduzindo vulnerabilidades e riscos à saúde decorrentes dos determinantes sociais, econômicos, políticos, culturais e ambientais dos usuários do Sistema Único de Saúde (SUS). A #CulturaDePaz acredita que Linguagem + Informação = Transformação Social Outro exemplo de promoção da Cultura de Paz na saúde pública é a Política Nacional de Humanização (PNH), cujo objetivo é concretizar os princípios do SUS no cotidiano da atenção (primária, secundária e terciária) e na gestão na saúde pública no Brasil, incentivando a educação permanente em saúde, por meio de trocas solidárias entre gestores (as), trabalhadores (as) e usuários(as) do sistema de saúde pública. Clique aqui para entender mais sobre esse como a cultura de paz tem a ver com a saúde pública. Dentro desse contexto, a cultura de paz e não-violência busca alternativas e soluções para estas questões que afligem a humanidade como um todo, não se foca na questão da violência, muito menos na linguagem bélica, mas na paz como um estado social de dignidade onde tudo possa ser preservado e respeitado. Por entender que as palavras podem interferir no modo como o leitor é apresentado a um determinado assunto, recomenda-se o seguinte: Palavras utilizadas na Cultura de Paz (origem mobilizadora): Enfrentar, eliminar, descartar, alertar, agir, realizar, promover, interagir, encontrar, conversar, debater, acolher, respeitar, tolerar, participar,propor, informar, diversidade, pluralidade, igualdade, socialização/socializar, mobilizar, reunir, amigo, amizade, solidariedade, união, coletivo, roda de conversa, encontro, público, público-prioritário, grupo, grupo social, pessoas com câncer, pessoas com diabetes, pessoas com hanseníase, pessoas com HIV, etc. Palavras não utilizadas na Cultura de Paz (origem bélica): Guerra, arma, agressão/agredir, portador/portadores, adversário, inimigo, combate/combater, batalha, golpe, luta, matar, assassinar, massacrar, violentar, brigar, exterminar, atacar, alvo, público-alvo, alvo atingido, inimigo, inimigo público, etc. De acordo com a UNESCO, a cultura de paz tem como base oito pilares: 1.Educação para uma cultura de paz 2. Tolerância e solidariedade 3. Participação democrática 4. Fluxo de informações 5. Desarmamento 6. Direitos humanos 7. Desenvolvimento sustentável 8. Igualdade de gêneros A cidadania é o conjunto de direitos e deveres exercidos por um indivíduo que vive em sociedade, no que se refere ao seu poder e grau de intervenção no usufruto de seus espaços e na sua posição em poder nele intervir e transformá-lo. Essa expressão vem do latim civitas, que quer dizer cidade. Antigamente, cidadão era aquele que fazia parte da cidade, tendo direitos e deveres por nela habitar. Atualmente, esse conceito extrapola os limites urbanos, podendo ser compreendido no espaço rural. A expressão da cidadania frequentemente está associada ao campo do Direito, em que existe uma série de legislações voltadas para os direitos e deveres que o cidadão possui. Entre os deveres, destaca-se o voto eleitoral (que também é um direito), o zelo pelo espaço e o cumprimento das leis. Entre os direitos, destaca-se o de ir e vir, bem como o de ter acesso à saúde, moradia, alimentação e educação. http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/L8080.htm http://www.saude.mg.gov.br/sus https://twitter.com/intent/tweet?url=http://blog.saude.mg.gov.br/?p=11938&text=A%20%23CulturaDePaz%20acredita%20que%20Linguagem%20%2B%20Informa%C3%A7%C3%A3o%20%3D%20Transforma%C3%A7%C3%A3o%20Social%20%F0%9F%98%8A%F0%9F%92%96&via=saudemg&related=saudemg http://www.sites.epsjv.fiocruz.br/dicionario/verbetes/edupersau.html http://portalms.saude.gov.br/o-ministro/922-saude-de-a-a-z/acidentes-e-violencias/17232-cultura-de-paz https://brasilescola.uol.com.br/sociologia/cidadania-ou-estadania.htm https://twitter.com/intent/tweet?url=http://blog.saude.mg.gov.br/?p=11938&text=A%20%23CulturaDePaz%20acredita%20que%20Linguagem%20%2B%20Informa%C3%A7%C3%A3o%20%3D%20Transforma%C3%A7%C3%A3o%20Social%20%F0%9F%98%8A%F0%9F%92%96&via=saudemg&related=saudemg https://twitter.com/intent/tweet?url=http://blog.saude.mg.gov.br/?p=11938&text=A%20%23CulturaDePaz%20acredita%20que%20Linguagem%20%2B%20Informa%C3%A7%C3%A3o%20%3D%20Transforma%C3%A7%C3%A3o%20Social%20%F0%9F%98%8A%F0%9F%92%96&via=saudemg&related=saudemg 16 O conceito de cidadania também está relacionado à nacionalidade do indivíduo, isto é, à legalidade de sua permanência em um determinado território administrado por um Estado Nacional. Fala-se, por exemplo, de cidadania brasileira, cidadania portuguesa e cidadania americana. Em casos de descumprimento aos deveres, o indivíduo poderá ter parte de sua cidadania cassada, a exemplo de presidiários que possuem o direito de votar vetado, entre outras limitações impostas pela lei penal. O Cidadão e o Direito ao Espaço Se, no campo do direito, somos todos cidadãos, na prática, isso ocorre? Em outras palavras, sobre o benefício do uso do espaço entre os nossos direitos, somos todos cidadãos? Infelizmente, nem todos. Existem muitos indivíduos que legalmente possuem cidadania, mas que não dispõem de condições sociais, estruturais e materiais para exercê-la. Existem muitos autores no âmbito da Filosofia e das Ciências Sociais, como Henri Lefebvre, Theodor Adorno e muitos outros, que se portam de maneira crítica sob a pretensa ideia de que todos os indivíduos são cidadãos. Primeiramente, muitos são excluídos socialmente em função das desigualdades geradas pelo sistema capitalista de produção. Em segundo lugar, ocorre, muitas vezes, a reificação – isto é, a coisificação, a transformação do ser em mercadoria – da figura do cidadão na sociedade contemporânea. O geógrafo Milton Santos – em sua obra O Espaço Cidadão – afirma que “Em lugar do cidadão formou-se um consumidor, que aceita ser chamado de usuário”, ou seja, o processo de produção e reprodução capitalista transformou o indivíduo em consumidor e as relações de cidadania, em disputas pelo espaço da cidade. Os direitos humanos São normas que reconhecem e protegem a dignidade de todos os seres humanos. Os direitos humanos regem o modo como os seres humanos individualmente vivem em sociedade e entre si, bem como sua relação com o Estado e as obrigações que o Estado tem em relação a eles. A lei dos direitos humanos obriga os governos a fazer algumas coisas e os impede de fazer outras. Os indivíduos também têm responsabilidades: usufruindo dos seus direitos humanos, devem respeitar os direitos dos outros. Nenhum governo, grupo ou indivíduo tem o direito de fazer qualquer coisa que viole os direitos de outra pessoa. Universalidade e inalienabilidade Os direitos humanos são universais e inalienáveis. Todas as pessoas em todo o mundo têm direito a eles. Ninguém pode voluntariamente desistir deles. Nem outros podem tirá-los dele ou dela. Indivisibilidade Direitos humanos são indivisíveis. Sejam de natureza civil, política, econômica, social ou cultural, eles são todos inerentes à dignidade de toda pessoa humana. Consequentemente, todos eles têm o mesmo valor como direitos. https://brasilescola.uol.com.br/geografia/milton-santos.htm 17 Não existe um direito "menor". Não há hierarquia de direitos humanos. Interdependência e inter-relação A realização de um direito muitas vezes depende, no todo ou em parte, da realização de outros. Por exemplo, a realização do direito à saúde pode depender da realização do direito à educação ou do direito à informação. Igualdade e não discriminação Todos os indivíduos são iguais como seres humanos e em virtude da inerente dignidade de cada pessoa humana. Todos os seres humanos têm direito a seus direitos humanos sem discriminação de qualquer tipo, como raça, cor, sexo, etnia, idade, idioma, religião, opinião política ou outra, origem nacional ou social, deficiência, propriedade, nascimento ou outro status como explicado pelos órgãos dos tratados de direitos humanos. Participação e inclusão Cada pessoa e todos os povos têm direito à participação ativa, livre e significativa no desenvolvimento civil, político, econômico, social e cultural, por meio do qual os direitos humanos e as liberdades fundamentais podem ser realizados. Têm também direito a contribuir para esse desenvolvimento e a desfrutar do mesmo. Responsabilização e Estado de Direito Os Estados e outros detentores de deveres têm de cumprir as normas e padrões legais consagrados nos instrumentos de direitos humanos. Quando não o fizerem, os titulares de direitos lesados têm o direito de instaurar procedimentos para uma reparação adequada perante um tribunal competente ou outro adjudicador, de acordo com as regras e procedimentos previstos na lei. 5 – PREVENÇÃO DAS VIOLÊNCIAS E DOS ACIDENTES Os acidentes e as violências são classificados como causas externas de morbidade e mortalidade, e estão incluídas no capítulo XX da Classificação Internacional de Doenças – CID-10. Os acidentes englobam as quedas, o envenenamento acidental, o afogamento, as queimaduras, o acidente de trânsito, entre outros, situações fortuitas que resultam em danos não intencionais; já as violências são eventos considerados intencionais, ou seja, os resultado e danos provocados são propositais. Tanto os acidentes quanto as violências são eventos passíveis de prevenção. Em 2017,no estado de São Paulo, as causas externas representaram a primeira causa de óbitos entre as faixas etárias de 10 a 39 anos e a segunda na faixa de 5 a 9 anos. Conforme disposto no Relatório Mundial sobre Violência e Saúde, considera-se violência “o uso intencional da força física ou do poder, real ou em ameaça, contra si próprio, contra outra pessoa, ou contra um grupo ou uma comunidade que resulte ou tenha possibilidade de resultar em lesão, morte, dano psicológico, deficiência de desenvolvimento ou privação” (OMS, 2002). Diferencia-se dos acidentes, pois nestes últimos, faltaria o componente da intencionalidade. A OMS estabelece uma tipologia de três grandes grupos segundo quem comete o ato violento: violência contra si mesmo (autoprovocada); violência interpessoal (doméstica e comunitária); e violência coletiva (grupos políticos, organizações terroristas, milícias). Destaca também distinções de acordo com a natureza da violência, sendo elas: violência física, violência psicológica/moral, tortura, 18 violência sexual, tráfico de seres humanos, violência financeira/econômica, negligência/ abandono, trabalho infantil e em intervenção legal. Com intuito de conhecer e divulgar informações sobre acidentes e violências em nossa sociedade, e, em especial a sofrida pelas populações mais vulneráveis como as mulheres, crianças, idosos, portadores de deficiências e necessidades especiais, indígenas e etc., o Ministério da Saúde implantou em 2006 o Sistema de Vigilância de Violências e Acidentes (VIVA). A partir de 2009, o “VIVA” passou a integrar o Sistema Nacional de Agravos de Notificação (SINAN), contendo informações sobre violência fornecidas pelos serviços de saúde, que são coletadas através do preenchimento da Ficha de Notificação Individual de Violência Interpessoal e Autoprovocada, a qual, desde 2011, passou a ser de notificação compulsória para todos os serviços de saúde.A vigilância de violências e acidentes tem o objetivo de subsidiar ações de enfrentamento dos determinantes e dos condicionantes das causas externas, que se tornaram objeto de vigilância e de prevenção em saúde, no âmbito do Sistema Único de Saúde, sob a coordenação do Ministério da Saúde. Embasada numa perspectiva intersetorial, incentiva a formação de redes de atenção e proteção às pessoas em situação de violências e vítimas de acidentes, buscando, desta forma, garantir a atenção integral, a promoção da saúde e a cultura de paz. Este monitoramento tem subsidiado a elaboração de políticas públicas e de ações de saúde que estão voltadas para o enfrentamento desses problemas. Instituída em 2004, por meio da Portaria GM/MS nº 936 de 18 de maio de 2004, a Rede Nacional de Prevenção das Violências e Promoção da Saúde e Cultura de Paz tem por objetivos: Promover a articulação da gestão de conhecimento sobre o agravo por meio da qualificação da Vigilância de Violências; Desenvolvimento de pesquisas; Formulação de indicadores, disseminação de conhecimentos e práticas bem-sucedidas, criativas e inovadoras nacionais, regionais e locais; Implementar a troca de experiências de gestão e formulações de políticas públicas intersetorias e intrasetoriais; Fomentar o intercâmbio das práticas de atenção integral às pessoas vivendo situações de violência e segmentos populacionais sob risco; Intercambiar as formas de participação da sociedade civil, organizações não-governamentais e comunidades no desenvolvimento de estratégias de enfrentamento à violência, de atuação sobre os determinantes sociais em saúde e de promoção da Cultura de Paz e; Acompanhar o desenvolvimento dessas estratégias nas várias esferas de gestão. 6 - Identificação de educandos com possíveis sinais de agravos de doenças em eliminação. A hanseníase, a esquistossomose, as geo-helmintíases e o tracoma são doenças classificadas pela Organização Mundial da Saúde – OMS como negligenciadas por possuírem ferramentas para a sua prevenção e controle, mas que permanecem coexistindo como problema de saúde pública em populações que vivem em locais com baixos indicadores de qualidade de vida e de saúde. As ações de vigilância e controle preconizadas para esse grupo de doenças devem ser realizadas considerando as especificidades e o perfil epidemiológico do território. A hanseníase, as geo-helmintíases e o tracoma possuem ampla distribuição no país, enquanto a esquistossomose está situada de forma endêmica ou focal nos estados de Alagoas, Bahia, Maranhão, Paraíba, Pernambuco, Rio Grande do Norte e Sergipe na região nordeste, e nos Estados de Minas Gerais e Espírito Santo na região sudeste. Vale destacar que o tracoma também tem ocorrência em áreas indígenas com altas taxas de positividade devido às baixas condições socioeconômicas, a falta de saneamento básico e aos costumes, além dos aspectos geográficos, linguísticos e culturais que dificultam a atenção à saúde desta população. A busca ativa de casos de hanseníase compreende os menores de 15 anos (ensino fundamental e médio), pois é a faixa etária que sinaliza focos de infecção ativos e transmissão recente da doença. A triagem de casos é 19 realizada pelos profissionais do PSE com o uso da “ficha de autoimagem”1 . Os estudantes levam a ficha para casa e junto com os pais ou responsáveis sinalizam a presença de manchas ou áreas dormentes no corpo. Após a devolução das fichas à escola, a equipe de saúde local recolhe e seleciona as que possuem suspeição da doença, com encaminhamento desses escolares (acompanhados por responsáveis) às unidades de saúde, para avaliação e, se confirmado o diagnóstico, iniciado o tratamento. O desdobramento desta ação é o exame dos contatos dos casos novos diagnosticados na ação. Para as geo-helmintíases (ascaridíase, ancilostomíase e tricuríase) as crianças em idade escolar (5 a 14 anos do ensino fundamental) constituem um importante grupo de risco, Ministério da Saúde Ministério da Educação 3 uma vez que estão em fase de intenso crescimento físico e desenvolvimento cognitivo. Deve-se considerar também, que as crianças são mais vulneráveis quanto à exposição a ambientes com fatores de risco e hábitos de higiene inadequados. Para o controle dessas infecções o Ministério da Saúde recomenda o tratamento preventivo anual, que reduz as complicações pela diminuição da carga parasitária e resulta em uma melhora imediata na saúde e no desenvolvimento da criança.2 Para esquistossomose, a estratégia recomendada para identificar os casos precocemente e evitar o aparecimento de formas graves é a busca ativa de casos na população escolar de 7 a 14 anos (ensino fundamental e médio) nas áreas com focos ativos da doença. Nesta ação os agentes de saúde distribuem recipientes para a coleta de material fecal, recolhem no dia seguinte, encaminham ao laboratório e após o resultado encaminham os infectados para tratamento na unidade de saúde.3 Os resultados laboratoriais da coletividade podem indicar a necessidade de tratamento dos familiares do escolar. O tracoma na sua forma transmissível ocorre principalmente em crianças na faixa etária de 1 a 9 anos. É uma doença que também requer a busca ativa, por meio do exame ocular externo, com o uso de lupa, para verificar a presença dos sinais chaves que caracterizam a doença. Para essa ação é necessária equipe de saúde capacitada de acordo com as recomendações do Ministério da Saúde. O controle do tracoma tem como eixos estratégicos os componentes de tratamento dos casos e de seus contatos domiciliares, lavagem facial e de melhorias ambientais, principalmente o acesso à água. A ação de busca ativa de tracoma pode ser realizada em articulação com a equipe de saúde ocular. 7 - SAÚDE BUCAL A boca desempenha importantes funções que repercutem na saúde do organismo como um todo. Além de exercer papel fundamental na fala, na mastigação e na respiração, a boca é a maior cavidade do corpo a ter contato direto com omeio ambiente, sendo a porta de entrada para bactérias e outros microrganismos prejudiciais à saúde. Uma boa higiene bucal diminui o risco de desenvolvimento de problemas bucais e dentários. É importante ressaltar que doenças da boca têm relação direta com o fumo, com o consumo de álcool e com a má alimentação. Problemas mais comuns: – Cárie: desintegração do dente provocada pela higiene inadequada, ingestão de doces e carboidratos ou, ainda, por complicações de outras doenças que diminuem a quantidade de saliva na boca. (Ex.: pessoas em tratamento quimioterápico ou radioterápico para o câncer). – Lesões bucais e aftas: inchaços, manchas ou feridas na boca, língua ou lábios; podem ser provocadas por herpes labial, candidíase (sapinho) e próteses (dentaduras) mal ajustadas. – Mau hálito: tem várias causas, dentre elas: higiene bucal inadequada (falta de escovação adequada e falta do uso do fio dental); gengivite; ingestão de certos alimentos como, alho ou cebola; tabaco e produtos alcoólicos; boca seca (causada por certos medicamentos, por distúrbios e por menor produção 20 de saliva durante o sono); doenças sistêmicas como câncer, diabetes, problemas com o fígado e rins. A língua possui diversas papilas gustativas entre as quais se formam criptas, ou seja, saquinhos que retêm resíduos de alimentos, células descamadas que começam a fermentar, formando uma placa bacteriana esbranquiçada que aparece no fundo da língua, em direção à ponta, a chamada saburra lingual; essa é, sem dúvida, a principal causa do mau hálito. – Gengivite: inflamação da gengiva provocada pela placa bacteriana. – Placa bacteriana: é o conjunto de bactérias que coloniza a cavidade bucal. A placa bacteriana fixa-se principalmente nas regiões de difícil limpeza, como a região entre a gengiva e os dentes ou a superfície dos dentes de trás, provocando cáries e formação de tártaro. – Tártaro: é o endurecimento da placa bacteriana na superfície dos dentes. A saúde bucal é um assunto bastante importante e muitas vezes ignorado por grande parte da população, principalmente crianças e adolescentes. Quem não conhece uma criança que odeia escovar os dentes, não é mesmo? E quantas pessoas você conhece que usam o fio dental diariamente? O que vemos, normalmente, é uma negligência com a saúde da boca. De acordo com o Conselho Federal de Odontologia, cerca de 27% das crianças de 18 a 36 meses apresentam pelo menos um dente com cárie. Na faixa etária de cinco anos, mais da metade das crianças possui o problema. A questão é ainda mais preocupante nos adolescentes com idade entre 15 e 19 anos. Nessa faixa etária, pelo menos 90% dos indivíduos já enfrentaram cárie em pelo menos um dente. → Qual a importância de termos uma boa saúde bucal? Muitas pessoas pensam que ter uma boca saudável é fundamental apenas para garantir uma boa aparência, um sorriso bonito e um hálito puro. Entretanto, isso não é verdade. Uma boca saudável é essencial, por exemplo, para garantir uma boa mastigação dos alimentos e conseguir um processo de digestão eficiente. Além disso, os dentes ajudam também na articulação de palavras, sendo fundamentais, portanto, no processo da fala. → Quais sinais indicam que a sua boca está com problemas? Alguns sinais indicam que a sua saúde bucal está comprometida de alguma forma, sendo necessário, nesses casos, procurar um odontologista. Entre os principais problemas, podemos destacar: Mau hálito; Gosto ruim na boca; Sangramento nas gengivas; Feridas na boca; Recuo ou retração da gengiva; Dor de dente; Sensibilidade; Dores ao mastigar. → Como posso ter uma saúde bucal adequada? https://brasilescola.uol.com.br/saude-na-escola/como-manter-uma-boa-higiene-bucal.htm https://brasilescola.uol.com.br/saude-na-escola/carie.htm https://brasilescola.uol.com.br/odontologia/carie.htm https://brasilescola.uol.com.br/odontologia/gengiva.htm 21 Para isso, é necessário ter alguns cuidados básicos. Veja alguns deles: Escovar bem os dentes após as refeições: Escovar os dentes pelo menos três vezes ao dia, após as principais refeições. Isso impede a formação de placa bacteriana, que pode causar gengivite e cárie, por exemplo; Utilizar o fio dental todos os dias: O uso do fio dental ajuda a retirar a placa bacteriana localizada entre os dentes e próximo à gengiva, local onde a escova geralmente não alcança; Utilizar creme dental com flúor: O creme dental ajuda a limpar os dentes, prevenindo diversos problemas, como a cárie, placa, tártaro, gengivite e mau hálito. Além disso, os cremes dentais com flúor ajudam a proteger e fortalecer os dentes; Ter uma alimentação saudável: Uma pessoa que se alimenta de alimentos ricos em açúcares e amido cria o ambiente perfeito para a multiplicação de bactérias. Esses organismos apresentam relação direta com a cárie; Evitar cigarros: Além de aumentar riscos de câncer de pulmão e enfisema, o cigarro pode causar problemas como o câncer de boca, doença periodontal (infecção da gengiva e ossos ao redor dos dentes), mau hálito e pigmentação dos dentes; Consultar sempre um odontologista: Esse profissional, além de fazer uma análise de toda a saúde bucal, fornecerá dicas valiosas a respeito da higiene bucal, mostrando os locais onde a boca merece mais cuidados. Lembre-se sempre de que a saúde bucal é essencial e de que a prevenção é a melhor forma de evitar problemas mais graves. 8 - VACINAÇÃO A IMPORTÂNCIA DA VACINAÇÃO (EM TODAS AS IDADES) Quem não se vacina não coloca apenas a própria saúde em risco, mas também a de seus familiares e outras pessoas com quem tem contato, além de contribuir para aumentar a circulação de doenças. Tomar vacinas é a melhor maneira de se proteger de uma variedade de doenças graves e de suas complicações, que podem até levar à morte. https://brasilescola.uol.com.br/odontologia/placa-bacteriana.htm https://brasilescola.uol.com.br/odontologia/gengivite.htm https://brasilescola.uol.com.br/saude-na-escola/higiene-bucal-quimica-creme-dental.htm https://brasilescola.uol.com.br/odontologia/tartaro.htm 22 A maioria das doenças que podem ser prevenidas por vacina são transmitidas pelo contato com objetos contaminados ou quando o doente espirra, tosse ou fala, pois ele expele pequenas gotículas que contém os agentes infecciosos. Assim, se um indivíduo é infectado, pode transmitir a doença para outros que também não foram imunizados. Graças à vacinação, houve uma queda drástica na incidência de doenças que costumavam matar milhares de pessoas todos os anos até a metade do século passado - como coqueluche, sarampo, poliomielite e rubéola. Mas, mesmo estando sob controle hoje em dia, elas podem rapidamente voltar a se tornar uma epidemia caso as pessoas parem de se vacinar. VACINAS SÃO SEGURAS E EFICAZES As vacinas são feitas com microrganismos da própria doença que previne. Por exemplo: a vacina contra o sarampo contém o vírus do sarampo. No entanto, estes microrganismos estão enfraquecidos ou mortos, fazendo com que o corpo não desenvolva a doença, mas se torne preparado para combatê-la se for necessário. Toda vacina licenciada para uso passou antes por diversas fases de avaliação, garantindo sua segurança. Elas também passam pela avaliação de institutos reguladores rígidos. No Brasil, essa função cabe à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Algumas pessoas podem ter efeitos colaterais leves depois de tomarem uma vacina, como dor no local da injeção e febre baixa. VACINAS CERTAS PARA CADA FASE Além de levar os filhos para serem vacinados, é fundamental ficar atento para quais você deve tomar. O Ministério da Saúde tem um calendário de vacinação específico para recém-nascidos e crianças, bem como para pré-adolescentes e adolescentes, adultos, idosos; e ainda para gestantes. Peça mais informações para seu médico. A importância da vacinação vai muitoalém da prevenção individual. Ao se vacinar, você está ajudando toda a comunidade a diminuir os casos de determinada doença. As vacinas são um meio de prevenção contra doenças infecciosas Vacinas são substâncias que possuem como função estimular nosso corpo a produzir respostas imunológicas a fim de nos proteger contra determinada doença. Elas são produzidas a partir do próprio agente causador da doença, https://brasilescola.uol.com.br/biologia/soro-vacina.htm 23 que é colocado em nosso corpo de forma enfraquecida ou inativada. Apesar de não causar a doença, as formas atenuadas e inativadas do antígeno são capazes de estimular nosso sistema imunológico. → Como a vacina atua no nosso corpo? Quando nos vacinamos, apresentamos ao nosso corpo um antígeno até então desconhecido. O corpo passa, com isso, a produzir anticorpos contra ele. Nesse primeiro momento, a produção de anticorpos é relativamente lenta. Além da produção de anticorpos, o organismo produz células de memória, ou seja, células que, ao serem expostas novamente ao mesmo antígeno, serão capazes de produzir anticorpos mais rapidamente. Em virtude da presença de células de memória, uma pessoa vacinada consegue que seu sistema imune atue de maneira mais rápida, evitando que a doença se desenvolva. Assim sendo, a vacina atua como um agente preventivo, devendo ser utilizada antes do contágio. Ela é considerada uma forma de imunização ativa, pois estimula nosso organismo a produzir substâncias de defesa. → Por que a vacinação é importante? Redução dos números de casos de doenças infecciosas em toda a comunidade, uma vez que a transmissão é diminuída; Diminuição do número de hospitalizações; Redução de gastos com medicamentos; Redução da mortandade; Erradicação de doenças. → As vacinas realmente podem erradicar doenças? Ao vacinar a população, diminuímos a incidência de determinada doença. À medida que toda a população vai sendo vacinada, os índices caem até que nenhum caso seja mais registrado, pois toda a população está protegida. Apesar de parecer, muitas vezes, impossível proteger toda a população, a imunização tem dado resultados no Brasil e no mundo. Em nosso país, já ocorreu a erradicação da poliomielite e da varíola graças à utilização de vacinas. Além disso, segundo a Fundação Oswaldo Cruz, ocorreu a eliminação da circulação do vírus autóctone do sarampo em 2000 e da rubéola desde 2009. Outras doenças também tiveram seus casos reduzidos, como é o caso do tétano neonatal. https://brasilescola.uol.com.br/biologia/antigeno-anticorpo-vacinacao.htm https://brasilescola.uol.com.br/biologia/anticorpos.htm https://brasilescola.uol.com.br/o-que-e/biologia/o-que-e-anticorpo.htm https://brasilescola.uol.com.br/doencas/poliomielite.htm https://brasilescola.uol.com.br/doencas/variola.htm https://brasilescola.uol.com.br/doencas/sarampo.htm https://brasilescola.uol.com.br/doencas/rubeola.htm 24 9 - SAÚDE AUDITIVA: O MELHOR CAMINHO É A PREVENÇÃO! De acordo com o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), quase 10 milhões de brasileiros possuem algum grau de deficiência auditiva. Algumas ligadas ao envelhecimento natural da audição outros, porém, devido à falta de cuidado com a audição. Por isso, conversamos com a fonoaudióloga Milena Nakamura, do Hospital Paulista de Otorrinolaringologia, e ela nos deu algumas dicas de como conservar a nossa audição. Segundo ela, o primeiro passo para desfrutarmos de uma saúde auditiva saudável, principalmente na terceira idade, é a prevenção. “Quanto mais intensos são os sons, menos quantidade de tempo deve-se expor a ele. Por exemplo, para um nível de 90 decibéis (motor de ônibus, feira livre), é recomendado uma exposição máxima diária de até 4 horas. Perto de uma caixa de som, dentro da balada, os níveis podem chegar a 115 decibéis, e desta forma, acima de 7 minutos de exposição já poderá ocorrer algum dano auditivo”, explica a especialista. Pesquisas apontam um crescimento significativo de jovens com perdas auditivas e sensações de zumbido (ou o chamado tinnitus), que podem ocorrer devido à exposição a ambientes com música alta, shows, fones de ouvido, entre outros, os quais o nível de pressão que o som faz dentro do ouvido pode ser muito prejudicial. “Na maioria dos casos, a perda auditiva precoce pode ser evitada. Muitas pessoas possuem uma predisposição genética a perdas auditivas na terceira idade, porém acabam acelerando e aumentando o grau dessa perda pela falta de cuidados com a audição”, explica Milena. Como prevenir? https://www.hospitalpaulista.com.br/saude-auditiva-o-melhor-caminho-e-a-prevencao/ 25 Evite ambientes com sons muito altos, e o uso excessivo de fones de ouvidos***. Mantenha sua vacinação em dia e o cuidado com sua saúde geral Use protetores auriculares sempre que necessário, seu uso evita que o barulho prejudique sua audição Evite o uso de hastes flexíveis, pois se usado de forma inadequada pode causar algum dano físico, como o rompimento da membrana do ouvido, rolha de cera (por empurrar a cera ainda mais para o fundo do conduto auditivo) Procure periodicamente realizar exames com o médico otorrinolaringologista para verificar o estado da sua saúde auditiva “Os prejuízos causados pela deficiência auditiva podem ser inúmeros (social, psicológico, perceptíveis). Por vezes, a deficiência é silenciosa e progressiva. Portanto, a prevenção é o melhor caminho para garantir o futuro de uma saúde auditiva”, orienta a fonoaudióloga. *** Um hábito cada vez mais comum, que pode trazer problemas sérios para a saúde dos ouvidos: fones. É cada vez maior o número de pessoas que usa fones de ouvido diariamente. O que pouca gente sabe é que o fone de ouvido com som alto é o pior inimigo da audição. A associação entre o volume e o tempo de uso dos fones é o que causa o dano. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), cerca de 1 bilhão de pessoas no mundo já têm algum tipo de deficiência auditiva. — Foto: Arte/TV Globo Apesar de liberar a endorfina (hormônio do prazer), o som alto pode lesar o ouvido de qualquer pessoa. E, dependendo do tempo de exposição ao barulho, as células auditivas podem até morrer. A cóclea, parte interna do ouvido, tem entre 15 mil e 18 mil células ciliadas, que têm a função de transformar as ondas sonoras que chegam do ambiente ao ouvido em ondas elétricas e carregam informações para o cérebro. Quando o som é absurdamente alto, esses cílios são “arrancados” e destruídos. Eles não se regeneram mais. Aí se dá a perda auditiva por exposição excessiva a ruídos. 10 – SEGURANÇA ALIMENTAR E NUTRICIONAL Sistema Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional 26 O que é? Trata-se de um sistema de gestão intersetorial, participativa e de articulação entre os três níveis de governo para a implementação e execução das Políticas de Segurança Alimentar e Nutricional, para promover o acompanhamento, o monitoramento e avaliação da segurança alimentar e nutricional do país. A execução da Política Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional (PNSAN) envolve a integração dos esforços entre governo e sociedade civil e ações e programas estratégicos como: ➢ Acesso a Água (Cisternas); ➢ Fomento Rural às atividades produtivas da agricultura familiar; ➢ Programa de Aquisição de Alimentos (PAA); ➢ Apoio à Agricultura Urbana e Periurbana; ➢ Distribuição de Alimentos; ➢ Inclusão Produtiva Rural de Povos e Comunidades Tradicionais e/ou Grupos e populações tradicionais e específicos; ➢ Apoio a estruturação de Equipamentos Públicos de Alimentação e Nutrição, como Rede de Bancos de Alimentos, Restaurantes Populares e Cozinhas Comunitárias; ➢ Ações de apoio a Educação Alimentar e Nutricional, etc. São ações que vão desde o campo do fomento à produção, até a comercialização, distribuição e consumo de alimentos saudáveis como formade garantia do Direito Humano a Alimentação Adequada e o combate a todas as formas de má nutrição. Quais objetivos? O sistema público visa promover e garantir o acesso à alimentação adequada e a segurança alimentar e nutricional como direito fundamental do ser humano, de modo a: ➢ Formular, articular e implementar, de maneira intersetorial e com a participação da sociedade civil organizada políticas, planos, programas e ações de segurança alimentar e nutricional em âmbitos nacional, estadual e municipal, com vistas em assegurar o Direito Humano à Alimentação Adequada (DHAA); ➢ Monitorar e avaliar as mudanças que ocorreram na área de alimentação e nutrição e; ➢ Verificar o impacto dos programas e ações de segurança alimentar e nutricional sobre a população a qual se destinava a política. 10.1 - ALIMENTAÇÃO SAUDÁVEL Uma alimentação saudável, diferentemente do que muitos pensam, não é uma alimentação cheia de restrições ou sem sabor. Uma alimentação saudável é aquela que garante, principalmente, que seu organismo esteja recebendo todos os nutrientes de que ele precisa. Para ser uma alimentação realmente saudável, é preciso 27 pensar em variedade, equilíbrio, quantidade e na segurança dos alimentos que estão sendo ingeridos. Não é novidade que a alimentação inadequada está relacionada com uma série de doenças, não é mesmo? Entre os principais problemas de saúde relacionados com uma má alimentação estão a obesidade, o diabetes, hipertensão e até mesmo alguns tipos de cânceres. Não podemos nos esquecer ainda que uma alimentação deficiente é causa de desnutrição. Todos esses problemas são graves e podem levar um indivíduo à morte, portanto, uma alimentação saudável é sinônimo de saúde. A má alimentação é cada vez mais comum nos nossos dias. A falta de tempo para apreciar a refeição, a necessidade de alimentos fabricados rapidamente e a grande variedade de produtos pouco saudáveis auxiliam no aumento do número de pessoas que não fazem uma alimentação correta. A seguir, descreveremos alguns erros muito comuns que cometemos quando o assunto é alimentação. O consumo exagerado de sal pode causar problemas de saúde, sendo essencial consumir com moderação. Colocar muito sal nos alimentos. Esse erro está relacionado com o aumento da pressão arterial e também com o aumento da retenção de líquidos. Consumir muito açúcar. O consumo exagerado de açúcar está relacionado com problemas como o desenvolvimento de obesidade. Montar pratos com pouca variedade. Pratos coloridos apresentam mais nutrientes e, portanto, são mais saudáveis. Não comer verduras, frutas e legumes. Esses alimentos são essenciais para nos fornecer vitaminas e também fibras. Não se hidratar adequadamente. O recomendado é que se ingira, em média, dois litros de água diariamente. Pular as refeições. Ao pular refeições, uma pessoa fica muito tempo sem se alimentar e isso pode fazer com que na hora de se alimentar a pessoa coma exageradamente. Pirâmide alimentar A pirâmide alimentar, diferentemente do que muitos pensam, não mostra uma dieta que deve ser seguida. A função primordial da pirâmide é orientar a população sobre as nossas necessidades alimentares, nos alertando sobre a necessidade de pensar em variedade e equilíbrio no nosso dia a dia. https://mundoeducacao.uol.com.br/doencas/obesidade.htm https://mundoeducacao.uol.com.br/doencas/diabetes-mellitus.htm https://mundoeducacao.uol.com.br/doencas/hipertensao.htm https://mundoeducacao.uol.com.br/doencas/cancer.htm 28 A pirâmide alimentar ajuda a nos orientar a respeito dos nutrientes que devem estar presentes em nossa dieta. Existem diferentes pirâmides alimentares e aqui consideraremos a pirâmide proposta por Philippi, em 2013, em seu trabalho “Redesenho da Pirâmide Alimentar Brasileira para uma alimentação saudável”. Nela, são encontrados oito grupos de alimentos que estão distribuídos em quatro níveis. Os oito grupos e suas recomendações em quilocalorias são: 1. Arroz, pão, massa, batata, mandioca: 900 kcal (6 porções por dia) 2. Legumes e verduras: 45 kcal (3 porções por dia) 3. Frutas: 210 kcal (3 porções por dia) 4. Carnes e ovos: 190 kcal (1 porção por dia) 5. Leite, queijo e iogurte: 360 kcal (3 porções por dia) 6. Feijões e oleaginosas: 55 kcal (1 porção por dia) 7. Óleos e gorduras: 73 kcal (1 porção por dia) 8. Açúcares e doces: 110 kcal (1 porção por dia) Na base, temos o arroz, pão, massa, raízes e tubérculos. No segundo nível, temos os legumes, verduras e frutas. No terceiro, estão reunidos os grupos do leite e produtos lácteos, carnes, ovos e feijões e oleaginosas. Por fim, temos o topo da pirâmide com óleos, gorduras e açúcares e doces. Na base da pirâmide, observamos os grupos responsáveis por nos fornecer energia, uma vez que temos o grupo dos carboidratos. No segundo nível, temos alimentos ricos em vitaminas, minerais e fibras, sendo esses alimentos considerados reguladores. No terceiro nível, temos alimentos ricos em proteínas. Já no último nível, temos um grupo de alimentos que deve ser consumido de maneira moderada, uma vez que apresentam relação direta com o desenvolvimento de obesidade. Além dessas orientações, na pirâmide alimentar, observa-se a recomendação para a realização de atividades físicas e a necessidade de se realizar 6 refeições diariamente. https://mundoeducacao.uol.com.br/biologia/carboidratos.htm https://mundoeducacao.uol.com.br/saude-bem-estar/fibras.htm https://mundoeducacao.uol.com.br/biologia/proteinas.htm 29 10.2 – PREVENÇÃO DA OBESIDADE Obesidade infantil: Criança comendo um hamburguer Foi-se o tempo em que criança gordinha era sinônimo de saúde. Atualmente, a obesidade infantil é preocupação para pais e médicos e é um dos maiores problemas de saúde pública a ser enfrentado.Pesquisa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE), em parceria com o Ministério da Saúde, mostra que uma em cada três crianças brasileiras com idade entre cinco e nove anos está acima do peso recomendado pela Organização Mundial da Saúde (OMS). O que é obesidade infantil? A OMS considera a obesidade uma epidemia mundial causada principalmente por maus hábitos alimentares e falta de atividade física. A obesidade é uma doença crônica caracterizada pelo excesso de peso e costuma ser causada pela associação de fatores genéticos, ambientais e comportamentais. O que causa a obesidade? Muita gente se engana ao pensar que a obesidade acontece apenas por conta de um fator genético. Quando falamos em obesidade infantil, muitas vezes estamos tocando também em dois temas importantes: alimentação e prática de atividade física. Ou seja, a obesidade é caracterizada pelo excesso de peso e é resultado de uma associação de fatores genéticos, ambientais e comportamentais. Levando em consideração os aspectos ambientais e comportamentais, é inevitável não pensar em como as crianças de hoje em dia estão deixando de lado as brincadeiras para passar mais tempo em frente às telas. É inevitável também não lembrar de como os hábitos alimentares das famílias foram afetados pelos alimentos processados e ultraprocessados. Muitas crianças estão crescendo em ambientes que propiciam o aumento de peso e a obesidade. Ou seja, que favorecem comportamentos associados ao sedentarismo e à ingestão de alimentos calóricos, ricos em gorduras, sódio, aditivos químicos e pobres em nutrientes. Dados obtidos pelo Sistema Único de Saúde (SUS) mostram como a situação no Brasil já é bastante preocupante. Em 2019, entre as crianças acompanhadas na Atenção Primária à Saúde do SUS, 14,8% dos menores de 5 anos e 28,1% das crianças entre 5 e 9 anos tinham excesso de peso. Destas, 7% e 13,2% apresentavam obesidade. Ainda em 2019, 5% das crianças com idade entre 5 e 10 anos foram classificadas com obesidade grave. A mesma avaliação conseguiu constatar também que entre as crianças de seis a 23 meses, 31% consumirambebidas adoçadas, 48% consumiram algum alimento ultraprocessado e 28% consumiram especificamente biscoito recheado, doces ou guloseimas no dia anterior à coleta dos dados. http://twitter.com/share?url=http://saudebrasil.saude.gov.br/eu-quero-me-alimentar-melhor/obesidade-infantil-atencao-aos-fatores-associados&text=O%20que%20fazer%20para%20prevenir%20a%20obesidade%20infantil?%20-%20Sa%C3%BAde%20Brasil http://twitter.com/share?url=http://saudebrasil.saude.gov.br/eu-quero-me-alimentar-melhor/obesidade-infantil-atencao-aos-fatores-associados&text=O%20que%20fazer%20para%20prevenir%20a%20obesidade%20infantil?%20-%20Sa%C3%BAde%20Brasil http://saudebrasil.saude.gov.br/eu-quero-me-alimentar-melhor/obesidade-infantil-atencao-aos-fatores-associados http://saudebrasil.saude.gov.br/eu-quero-me-alimentar-melhor/obesidade-infantil-atencao-aos-fatores-associados http://saudebrasil.saude.gov.br/eu-quero-me-alimentar-melhor/obesidade-infantil-atencao-aos-fatores-associados http://saudebrasil.saude.gov.br/eu-quero-me-alimentar-melhor/obesidade-infantil-atencao-aos-fatores-associados http://saudebrasil.saude.gov.br/eu-quero-me-alimentar-melhor/in-natura-processados-ultraprocessados-conheca-os-tipos-de-alimento http://saudebrasil.saude.gov.br/eu-quero-me-alimentar-melhor/obesidade-infantil-atencao-aos-fatores-associados 30 O que deve ser feito para evitar a obesidade infantil? Os hábitos alimentares das crianças são formados ainda na barriga da mãe e se estendem nos primeiros anos de vida. Para evitar que se tornem adultos com excesso de peso (obesos ou com sobrepeso), os pais devem contribuir para que seus filhos tenham uma alimentação adequada e saudável. A gestante deve optar por alimentos saudáveis, limitar o consumo de alimentos processados e evitar alimentos ultraprocessados Antes dos dois anos, os pais não devem oferecer açúcar e alimentos ultraprocessados para seus filhos. Dados da Pesquisa Nacional de Saúde (2013) apontam que 60,8% das crianças menores de 2 anos comem biscoitos ou bolachas recheadas. Também devem manter distante dos pequenos suco de frutas e comidas industrializadas e refrigerantes. Viviane recomenda ainda que seja evitado desde cedo o contato com realçadores de sabor e adoçantes artificiais. “A alimentação deve ser baseada em alimentos in natura e minimamente processados”, ressalta. Atividade física ajuda no combate à obesidade infantil? A prática de atividades físicas é fundamental para todas as etapas do desenvolvimento infantil e auxilia no equilíbrio do balanço energético e, consequentemente, na prevenção e tratamento da obesidade e de doenças relacionadas à obesidade nesta fase da vida.“As crianças devem fazer exercícios com o corpo e não só com a mente e os dedinhos”, alerta a nutricionista, sobre a quantidade de horas que os pequenos gastam na frente de tablets e computadores. Além de evitar doenças crônicas, as atividades físicas auxiliam na melhora do rendimento escolar. Independente da fase da vida, os cuidados com a saúde precisam ser constantes. Isso inclui a alimentação, a prática de atividade física, o controle do ganho de peso e a manutenção de tantos outros hábitos saudáveis. Como a própria palavra já sugere, hábito é algo constante. E aqueles que começam desde cedo podem se estender pelo resto da vida. Ter uma boa saúde é uma construção que começa ainda na infância, mas que tem grandes repercussões na vida adulta. É pensando no futuro dos pequenos que 3 de junho foi escolhido como o dia da Conscientização Contra a Obesidade Mórbida Infantil. A data tem como objetivo conscientizar sobre os cuidados necessários para controle da obesidade em crianças. Segundo dados do Ministério da Saúde, crianças acima do peso têm mais chances de se tornarem adultos também obesos. A consequência disso é o aparecimento de diversas doenças, como diabetes, problemas ortopédicos, distúrbios psicológicos, doenças cardiovasculares e hipertensão, sendo essa última o fator de risco principal para infarto e acidente vascular cerebral, popularmente conhecido como derrame. Vale lembrar ainda que a obesidade também provoca complicações caso haja infecção por Covid-19. Como identificar que uma criança está acima do peso? Fazer um bom monitoramento da evolução da criança é o primeiro passo para identificar o excesso de peso. O diagnóstico de obesidade na infância depende das medidas de peso, altura, data de nascimento e sexo. A depender da classificação do Índice de Massa Corporal (IMC) por idade, tem-se a avaliação do estado nutricional da criança. É durante o acompanhamento do crescimento e desenvolvimento infantil que intervenções precoces podem ser feitas, caso seja observado ganho de peso excessivo nas crianças. Desta forma, o preenchimento correto das informações (idade, peso, altura e IMC) na Caderneta de Saúde da Criança e o monitoramento desse crescimento ao longo do tempo é uma oportunidade para prevenir e controlar o problema. https://www.saude.gov.br/noticias/agencia-saude/45494-obesidade-infantil-traz-riscos-para-a-saude-adulta https://www.saude.gov.br/artigos/823-assuntos/saude-para-voce/40777-caderneta-de-saude-da-crianca http://saudebrasil.saude.gov.br/ter-peso-saudavel/obesidade-infantil-como-prevenir-desde-cedo 31 11 - Direitos Sexuais e Reprodutivos Como você luta pelos seus direitos? Desde sempre as pessoas lutam pelos seus direitos. Os movimentos sociais se organizam e, através de conferências e mobilizações, vão ganhando força e visibilidade para suas demandas e efetivação de seus direitos. O Feminismo, movimento de mulheres, é um grande exemplo de luta que transformou e, até hoje transforma a sociedade, em prol da equidade das mulheres frente a uma sociedade desigual na garantia dos direitos de mulheres e homens. Como parte da história e lutas do movimento, nasce também as primeiras revindicações sobre os Direito Reprodutivos e Direitos Sexuais, que passaram a fazer parte das pautas de luta logo após as mulheres conquistarem seus direitos à educação e ao voto. Uma das primeiras vitorias, nesse período, foi a liberdade de viver a sexualidade e o prazer, conhecer o próprio corpo e ter autonomia para decidir sobre ele. A partir disso, várias conferências e eventos pautaram o tema dos direitos sexuais e reprodutivos em suas discussões, auxiliando na conquista de muitos direitos. Eventos e fóruns internacionais que foram fundamentais para consolidação dos Direitos Sexuais e Reprodutivos: 1945 - Carta de Constituição das Nações Unidas, que oficializou a possibilidade de nações e pessoas poderem encontrar motivos de acordo; 1948 - Proclamação dos Direitos Humanos, que não incluem os direitos sexuais e reprodutivos, mas incluem os direitos básicos e fundamentais de mulheres e homens; 1968 - Conferência sobre os Direitos Humanos de Teherán, que defendeu o direito dos casais decidir o número de filhos e espaçamento; 1974 - Conferência de População de Bucareste, que tratou do direito dos indivíduos/casais para decidir o número de filhos e o dever do estado para assegurar esse direito; 1975 - Conferência Mundial do Ano Internacional da Mulher. Tratou do direito à integridade física, decisão sobre o corpo e as diferentes opções sexuais e aos direitos reprodutivos, maternidade opcional; 1978 - Conferência de Alma Ata. Defendeu a atenção primária e o enfoque holístico; 1979 - Convenção sobre a Eliminação de Todas as Formas de Discriminação contra a Mulher (CEDAW); 1985 - Estratégias de Nairobi, orientada para o Futuro do Avanço da Mulher; 1993 - Conferência de Viena sobre os Direitos Humanos; 1993 - Carta de Brasília- “Nossos direitos para Cairo 1994”; 1994 - Conferência Internacional sobre População e Desenvolvimento – Cairo. Definiu o conceito de direitos sexuais e reprodutivos; 1995 - 4ª Conferência Mundial da Mulher – Beijing. Foi assumido o compromisso datransformação do mundo usando as experiências das mulheres como principal força no desenvolvimento de
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