Prévia do material em texto
Síndrome dos Ovários Policísticos ● Conceito: ○ Outro nome síndrome de Stein e Leventhal ○ Disfunção hormonal → ANOVULAÇÃO CRÔNICA ○ Patologia ginecoendócrina + comum ○ causa mais comum de hirsutismo (excesso de hormônio masculino em mulheres). ● Fisiopatologia: FSH: recruta foliculos e começa a produzir estrogenios (estradiol). E com ele realizará um feedback negativo com o FSH e positivo com o LH, acontecendo na hipófise. No final da fase proliferativa, o estradiol faz um pico e com isso surge um pico de LH. E para OVULAR, tem que ter o pico de LH. Após isso, com a formação do corpo lúteo na fase secretora, ele começa a produzir estrogênio (feedback negativo com progesterona). Logo, quando termina essa fase, o estrogênio diminui e o FSH aumenta, por isso, no inicio do ciclo o FSH sempre está alto. LH → converte androgênio Androstenediona e testosterona. Pacientes com SOP normalmente são obesas ou sobrepeso. Logo, elas tem nas gorduras mais AROMATASE, que converte a ESTRONA (ESTROGÊNIO). Logo, se ela tem muito estrona (estrogênio), faz feedback negativo com o FSH diminuindo e feedback positivo com o LH, aumentando. Logo, a rota de conversão dos hormônios masculinos serão mais intensos, e com isso os androgênios não conseguem converter em hormônio feminino. Sendo então, os grandes vilões da história são ANDROSTENEDIONA E TESTOSTERONA. Em uma paciente com SOP, devido a muito estrogênio faz feedback negativo com o FSH, logo o ciclo menstrual começa DIMINUIDO. Com isso, o corpo lúteo é formado de forma ineficiente. O LH sempre estará alto (sem pico), pois o devido a grande concentração de estrogênio que faz feedback positivo com o LH, ele inicia e permanece o ciclo todo em grandes quantidades. Ja o estrogênio que permanece alto, não é o ESTRADIOL que é convertido e sim a ESTRONA. Logo, não tem a fase secretora (corpo lúteo) somente a fase proliferativa. E se não tem corpo lúteo não tem PROGESTERONA, pois é ele que produz, logo ela não OVULA. ↓ PROGESTERONA ↑ ESTROGÊNIO (ESTRONA) ● USG: Cistos ovarianos - na verdade são FOLÍCULOS não ovalados. Por isso, é síndrome da anovulação crônica. ● Continuação - Fisiopatologia: ○ Endométrio: estará sempre sofrendo ação do estrogênio (estrona) provocando proliferação endometrial e por isso que pode causar hiperplasia e cancer de endometrio. E não tem a progesterona, que bloqueia os receptores de estrogênio. A insulina em excesso tem ação SINÉRGICA com as células da TECA que irá produzir mais androgênios. ● IMPORTANTE: ○ Fisiopatologia: AUMENTO DE TESTOSTERONA LIVRE DEVIDO A DIMINUIÇÃO DA SHBG → causa o hirsutismo Proteína produzida pelo FÍGADO carreadora de hormônios masculinos: SHBG. Ela se liga na testosterona, tornando-a inativa. E as testosterona que não estão ligadas nelas que causaram o hirsutismo, e a INSULINEMIA da SOP faz com que essas proteínas produzidas pelo fígado diminuir e com isso, mais testosteronas ativas estarão presentes. Logo, o hirsutismo é uma característica muito evidente. ● Clínica: ○ amenorreia e/ou menstruação infrequentes (oligoamenorreia) ○ hiperandrogenismo ■ hirsutismo (excesso de pelo) ■ acne ■ alopecia androgênica ● Escala de Ferriman e Gallwey: Escala que pontua a quantidade de pelo que a paciente tem e determina uma nota, sendo o normal até 6. ● Continuação - Clínica: ○ obesidade - 60 a 70% das pacientes ○ infertilidade por fator ovulatório ○ hiperinsulinemia - Acantose nigricans ● IMPORTANTE: ○ Diagnóstico: ■ Conselho Internacional de SOP: ● 2 de 3 critérios: ○ menstruações infrequentes / amenorreia ○ hiperandrogenismo (clínico ou laboratorial - dosagem de testosterona) ○ US TV com ovários de aspecto multicísticos (> 20 folículos) ● Diagnóstico diferencial: ○ hiperplasia adrenal congênita: 17-OH-progesterona ○ síndrome de Cushing: cortisol ○ tumor produtor de androgênios: testosterona total, DHEA e S-DHEA ○ outras causas de amenorreia: TSH (hipotireoidismo) e prolactina (hiperprolactinemia) ● IMPORTANTE: ○ Avaliação clínica: ■ pressão arterial ■ circunferência abdominal (> 88 → obesidade) ■ glicemia ■ perfil lipídico ■ exames laboratoriais dos diagnósticos diferenciais ● Tratamento: ○ Geral: ■ dieta e exercícios físicos ○ Padrão menstrual: ■ progesterona (14º dia) ■ ACO → preferência ■ outros métodos hormonais ■ DIUS hormonais ○ Hiperandrogenismo: ■ ACO (ciproterona ajuda) ■ Espironolactona ■ finasterida ● CAI NA PROVA: ○ Tratamento: ■ resistência insulínica: ● METFORMINA ● UP DATE: ○ Indução da ovulação: ■ citrato de clomifeno ■ Inibidores de aromatase ● Consequências clínicas: ○ DM-2 ○ HAS ○ Dislipidemia ○ síndrome metabólica ○ complicações obstétricas ○ Além de: ■ hiperplasia e câncer de endometrio ■ câncer de mama ● Mapa mental: