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Hemorragia puerperal PROF.ª NATHALIA R . BORCARI PROFª THAÍ S M ORENGUE D I LELLO BOY AM IAN DISCIPLINA: SAÚDE DA MULHER Objetivos de Aprendizagem • Reconhecer as causas da hemorragia puerperal •Planejar a assistência de enfermagem à mulher com hemorragia puerperal Hemorragia Pós-Parto - HPP • Segundo a Federação Internacional de Ginecologia e Obstetrícia (FIGO), a hemorragia pós-parto pode ser definida e diagnosticada clinicamente como sangramento excessivo que torna a paciente sintomática e/ou resulta em sinais de hipovolemia - Primária: primeiras 24 h pós-parto -Secundária: entre 24h e 6 semanas pós-parto -Parto normal: acima de 500ml -Parto cesárea: Acima de 1.000ml -Qualquer sangramento com alteração hemodinâmica Sua incidência precisa não é conhecida - 25% dos óbitos maternos resultam da hemorragia pós-parto HPP - etiologia • As principais causas são atonia uterina, retenção de fragmentos placentários, lacerações do canal de parto e distúrbio de coagulação • A atonia uterina está presente em 80% dos casos • Quando o miométrio é incapaz de contrair efetivamente, há sangramento profuso levando rapidamente ao choque hipovolêmico 4 T’s Tônus Tecido Trauma Trombina Hemorragia Pós-Parto - HPP No Brasil, a HPP é a segunda causa de morte materna, estando apenas atrás dos distúrbios hipertensivos na gravidez. Em função desse cenário nacional, o Ministério da Saúde do Brasil, em parceria com a Organização Pan-Americana da Saúde/Organização Mundial da Saúde (Opas/OMS), institucionalizou a Estratégia Zero Morte Materna por Hemorragia, com base na estratificação de risco. Essa é uma estratégia simples e de baixo custo, que pode ser utilizada na rotina da assistência obstétrica. HPP – diagnóstico • Sangramento vaginal profuso; • Útero amolecido e pouco contraído; • Alterações hemodinâmicas; • ↓Hb/ Ht; • Plaquetopenia e ↓ fatores de coagulação Condição de pós-parto normal com contrações uterinas prevenindo hemorragia Atonia uterina permite hemorragia fluir pelo útero HPP – conduta • Para que o tratamento da HPP seja bem sucedido é necessário um bom trabalho em equipe • Deve ser instituída uma série de intervenções clínicas e cirúrgicas para o controle da HPP • Se o tratamento for postergado, resultará em maior sangramento, o que aumentará o risco de coagulopatia, levando a maior taxa de histerectomia, aumento do risco de choque hipovolêmico e óbito materno; HPP – assistência • Massagem do fundo uterino; • Manutenção de peso em fundo uterino; • Drogas uterotônicas: 1. Ocitocina: 40 UI em 1000 ml de solução salina endovenosa contínua 2. Metilergometrina: 0,2 mg por via IM a cada 2 a 4 h; 3. Misoprostol: 800 a 1000 mcg por via retal HPP – assistência • Curetagem uterina • Inspeção da vagina e do colo para reparo de lacerações • Transfusão de hemoderivados • Histerectomia HPP – assistência * chamar ajuda * avaliar vias respiratórias, respiração e circulação, fornecer oxigênio suplementar * obter acesso venoso, iniciar reposição volêmica com cristaloides * monitorar o pulso, a pressão arterial, * proceder à sondagem vesical e ao controle de diurese * avaliar necessidade de transfusão de hemoderivados * solicitar exames laboratoriais (hemograma, coagulograma, prova cruzada e tipo sanguíneo) * avaliar e preparar transferência da paciente para local de maior complexidade nos casos em que o controle do sangramento tenha sido ineficaz (FEBRASGO, 2010). Referências Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Ações Programáticas Estratégicas. Gestação de alto risco: manual técnico / Ministério da Saúde, Secretaria de Atenção à Saúde, Departamento de Ações Programáticas Estratégicas. – 5. ed. – Brasília : Editora do Ministério da Saúde, 2012. 302 p. – (Série A. Normas e Manuais Técnicos). Disponível em: http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/manual_tecnico_gestacao_alto_risco.pdf Manual da Gestação de alto risco: Edição preliminar 6º edicação 2021 https://portaldeboaspraticas.iff.fiocruz.br/wp-content/uploads/2022/03/manual_gestacao_alto_risco.pdf REZENDE, Jorge de; REZENDE FILHO, Montenegro. Obstetrícia Fundamental. 13. ed. Rio de Janeiro: Guanabara-Koogan, 2014. https://portaldeboaspraticas.iff.fiocruz.br/wp-content/uploads/2022/03/manual_gestacao_alto_risco.pdf
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