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nathalia barbosa - p4 CICLO CELULAR BIOLOGIA CELULAR DO CÂNCER Os cânceres caracterizam-se por divisão celular descontrolada, evasão da morte celular, invasão tecidual e capacidade de metastizar São considerados carcinoma = derivados do tecido epitelial, sarcomas = derivados do tecidos mesenquimais, leucemias/linfomas/discrasias de plasmócitos = tecido hematopoiético ENTENDER O CICLO CELULAR: MITOSE, PONTOS DE CHECAGEM, FATORES QUE INTERFEREM NA PERDA DA REGULAÇÃO CICLO CELULAR É uma sequência ordenada pelas quais as células somáticas duplicam seus conteúdos e se divide em duas outras novas células 1. Crescimento celular e replicação cromossômica 2. Segregação cromossômica 3. Divisão celular Fase S - duplicação do material genético Fase M - mitose (divisão nuclear) e citocinese (divisão citoplasmática); nessa fase a célula está se dividindo A intérfase é quando a célula está crescendo e não se dividindo, nela vai ocorrer maior atividade metabólica e produção proteica em larga escala, além da reorganização do citoesqueleto (G1, S e G2) O ambiente deve estar favorável (rico substrato hídrico, orgânico) para que a célula realize o ciclo celular, proteína responsável por essa função retinoblastoma (Rb), indo para a fase S Após a fase S, na fase G2, todos os cromossomos devem estar replicados, e caso não esteja ela vai ‘reparar’ e ‘corrigir’, e se o ambiente estiver favorável ela segue para a fase M para entrar no processo de mitose COMPONENTES CENTRAIS DO SISTEMA DE CONTROLE CDK - complexo de ciclina São dependentes da proteína ciclina e suas atividades aumentam e diminuem à medida que a célula avança do ciclo, levando a mudanças que iniciam ou regulam os principais eventos do ciclo celular O ciclo é composto por várias regulações pelas fases com intuito de garantir uma divisão final correta e sem ‘defeitos’ As proteínas p21 e p57 inibem a CDK MITOSE Prófase Os cromossomos duplicados na fase S são condensados e vai haver a formação do fuso mitótico Pró-metáfase O núcleo se desintegra e os fusos se conectam aos cromossomos através do cinetocoro Metáfase Todos os cromossomos são alinhados na linha equatorial, pois na anáfase cada um segue para o pólo da célula Anáfase Segregação das cromátides-irmãs (retração dos microtúbulos e cada cromátide-irmã e cada metade do cromossomo vão para lados opostos da célula) Telófase Formação de dois novos núcleos e anel contrátil que dá início a citocinese, para promover o estrangulamento da membrana plasmática no meio da célula para sua separação na citocinese Citocinese Separação do citoplasma nathalia barbosa - p4 Sulco de clivagem divide a célula em duas novas idênticas à célula mãe PONTOS DE CHECAGEM 1. Final de G: é ao final da fase G1 e impede a continuação do ciclo quando as condições não são adequadas. Ela checa a qualidade do DNA, a presença de fatores de crescimento, tamanho celular e dano irreparável ao DNA = apoptose. A chave para a resposta ao dano do DNA é uma proteína chamada p53 OBS: a proteína p53 para o ciclo de checagem G1, desencadeia a produção de proteínas inibidoras de CDK que são bloqueadas e ganham tempo para o reparo do DNA, se o dano não for reparável ela ativa a morte celular programada (apoptose) 2. Ponto de verificação G2: checa se há condições para mitose (tamanho celular, qualidade do DNA e nutrientes), previne início da mitose antes da replicação completa do DNA e se não há condições causa apoptose da célula ou reparo de DNA 3. Final da anáfase: interrompe a mitose se os cromossomos não estão corretamente alinhados e se os centrossomos não estão bem ligados ao fuso mitótico (microtúbulos) DIFERENCIAR NEOPLASIA BENIGNA DA MALIGNA São consideradas benignas quando crescem de forma descontrolada e lenta, possuem alta diferenciação celular e se desenvolvem dentro de uma cápsula fibrosa, com isso, não invadem os tecidos e não se espalham para tecidos vizinhos não desenvolvendo metástase. Já a presença de crescimento descontrolado e rápido e invasão tecidual caracteriza as neoplasias malignas além de perder um pouco a diferenciação celular NEOPLASIAS São uma desordem genética geralmente adquirida espontaneamente ou devido a agressões do ambiente. Assim, originam-se mutações responsáveis por alterarem a expressão ou função de genes-chaves que regulam processos como crescimento, sobrevida e senescência celular CARACTERÍSTICAS DAS CÉLULAS NEOPLÁSICAS Autossuficiência nos sinais de crescimento Ausência de respostas aos sinais inibidores de crescimento Evasão da morte celular, sobrevivem em locais que induzem apoptose em células normais Potencial replicativo ilimitado (células imortais e inúmeras mitoses) Desenvolvimento de angiogênese = formação de novos vasos sanguíneos Capacidade de invadir tecidos locais e se disseminar para locais distantes Reprogramação das vias metabólicas Capacidade de escapar do sistema imune CICLO CELULAR DAS NEOPLASIAS As células cancerosas podem fabricar seus próprios fatores de crescimento e fazer com que as células vizinhas produzam fatores de crescimento para sustentá-las. Além disso, elas ignoram os sinais que deveriam levá-las a interromper sua divisão celular (perde a atividade de um inibidor do ciclo) As células cancerosas não se submetem à apoptose, sob condições em que as células normais fariam nathalia barbosa - p4 Em células cancerosas, a p53 geralmente está ausente, não funcional ou menos ativa que o normal. Por exemplo, muitos tumores cancerosos têm uma forma mutante da p53 que não consegue se ligar ao DNA tornando seu trabalho incapaz de ser realizado OBS: Quando a p53 está defeituosa ou faltando, as mutações podem se acumular rapidamente, potencialmente levando ao câncer. Na verdade, todo genoma humano, p53 é o gene mutado com maior frequência em cânceres COMPREENDER O CONCEITO, FISIOPATOLOGIA, EPIDEMIOLOGIA, FATORES DE RISCO, QUADRO CLÍNICO, DIAGNÓSTICO, ESTADIAMENTO, TRATAMENTO, PROGNÓSTICO, COMPLICAÇÕES E PREVENÇÃO DO CÂNCER DE PRÓSTATA A parte periuretral da glândula aumenta de tamanho durante a puberdade e depois dos 55 anos, devido ao crescimento de células não malignas na zona de transição da próstata que circunda a uretra. A maioria dos cânceres desenvolve-se na zona periférica, e o câncer nessa localização pode ser palpado durante o exame de toque retal CONCEITO Malignidade não cutânea mais comum nos homens É uma doença histologicamente acentuada heterogeneidade clínica varia desde uma doença indolente, clinicamente irrelevante, até um fenótipo virulento, rapidamente fatal FISIOPATOLOGIA Derivado da instabilidade genética e que envolve alterações genéticas e epigenéticas acumuladas, e um processo multifocal, que envolve clones múltiplos geneticamente independentes ou clones relacionados Evasão por apoptose, forte potencial replicativo e angiogênese mantida No nível molecular, parece haver um locus de suscetibilidade no cromossomo , faixa q24 A testosterona também é um pré-requisito para o desenvolvimento do câncer tendo em vista que os cânceres de próstata expressam níveis robustos de receptores androgênicos e a sinalização através do receptor resulta em crescimento, progressão e invasão pelo câncer de próstata EPIDEMIOLOGIA Homens negros possui maior risco quando comparados aos brancos Relação genética Fatores nutricionais e ambientais FATORES DE RISCO Idade - pico entre 65 e 74 anos Etnia - é mais comum em homens negros, com relações genéticas combinados a fatores alimentares Histórico familiar e fatores genéticos Dieta - rica em gordura animal e pobre em legumes e tomate QUADRO CLÍNICO Os sintomas são frequentemente ausentes porém considera-se a presença de hematúria, hematospermia (mais associados com hiperplasia prostática benigna), linfonodo regional, incontinência urinária, disfunção erétil, perda de peso, fraqueza ou dor devido a compressão da medula espinhal, dor devido a fraturas patológicas, fadiga causada por anemia ou sintomas associados a insuficiência renal crônica DIAGNÓSTICO Exame físico (TR) anormal e alterações nos níveis séricos de PSA O TR avalia o tamanho,consistência da próstata, bem como anormalidades em seu interior e exterior, pois muitos cânceres ocorrem na região periférica Os carcinomas são duros, nodulares e irregulares Além disso, tem o diagnóstico por biópsia e o câncer é quantificado com base na extensão do tumor dentro da amostra ESTADIAMENTO nathalia barbosa - p4 O sistema de estadiamento do tumor, linfonodos, metástases, inclui categorias para cânceres identificados apenas com base nos níveis anormais de PSA, aqueles palpáveis, porém clinicamente confinados à glândula e aqueles com extensão para fora da glândula Tabela do TNM TRATAMENTO Pacientes com o câncer localizado são tratados com prostatectomia radical, radioterapia ou observação ativa (monitoração da doença com TR) Após cirurgia radical para remover todo o tecido prostático, o PSA deve tornar-se indetectável no sangue dentro de seis semanas. Se o PSA continuar ou se tornar detectável depois da prostatectomia radical, deve-se considerar a presença de doença persistente PROGNÓSTICO A progressão de sobrevida do PSA em 10 anos é de 70% a 80%, seja com tratamento com radioterapia ou cirurgia A probabilidade de metástases ósseas em sete anos está na faixa de 20% para os pacientes com bom prognóstico e de 80% para pacientes com mau prognóstico COMPLICAÇÕES Do tratamento hormonal (privação de andrógenos com o objetivo de reduzir o nível dos hormônios masculinos no corpo que estimulam as células do câncer de próstata a crescerem): disfunção sexual, fogachos, perda óssea, anemia, ginecomastia PREVENÇÃO Realização do exame de toque retal a partir de homens com 50 anos sem risco e com risco a partir de 45 anos A regularidade de realizar o exame varia de 1 ou 2 anos como medida de prevenção CONCEITUAR METÁSTASES E SEUS MECANISMOS A metástase é definida pela propagação de um tumor para áreas que são fisicamente descontínuas com o tumor primário, mas de forma inequívoca marca um tumor maligno, pois, por definição, neoplasias benignas não formam metástases Todos os tumores malignos podem formar metástase. Alguns exemplos incluem neoplasias malignas das células gliais do SNC, denominadas gliomas, e os carcinomas basocelulares da pele. Estes tipos de câncer fazem a invasão no início do seu curso, mas raramente formam metástase. A probabilidade de um tumor formar metástase está correlacionada à falta de diferenciação, invasão local agressiva, crescimento rápido e tamanho grande. Aproximadamente 30% dos tumores sólidos recém-diagnosticados já possuem metástases à apresentação A metástase pode ocorrer por três tipos de disseminação: DISSEMINAÇÃO TRANSCAVITÁRIA Pode ocorrer sempre que uma neoplasia maligna penetra em um campo aberto natural sem barreiras físicas. A cavidade peritoneal é o local mais frequente, mas também pode acontecer com a pleural, pericárdica, subaracnóide e do espaço articular DISSEMINAÇÃO LINFÁTICA É a via mais comum na disseminação dos carcinomas, mas os sarcomas também utilizam essa via. No câncer de mama, a determinação do envolvimento dos linfonodos axilares é importante para a avaliação do curso futuro da doença e para seleção das estratégias terapêuticas apropriadas. O linfonodo sentinela nathalia barbosa - p4 é definido como o primeiro linfonodo em uma cadeia linfática regional que recebe o fluxo da linfa que vem do tumor primário Elas seguem a drenagem linfática normal da área do tumor primário, ocupando os linfonodos mais próximos e que recebem maior número de vasos linfáticos aferentes DISSEMINAÇÃO HEMATOGÊNICA É a mais comum dos sarcomas, sendo utilizada também pelos carcinomas. As artérias costumam ser menos invadidas quando comparadas com as veias e vênulas, tendo em vista a espessura de suas paredes. A disseminação arterial pode ocorrer quando as células tumorais passam através dos leitos capilares pulmonares, ou através dos shunts arteriovenosos pulmonares, ou quando as metástases pulmonares por si mesmas originam êmbolos tumorais. Nessa disseminação vascular diversos fatores influenciam os padrões de distribuição das metástases Com a invasão venosa, as células produzidas pelo sangue segue o fluxo venoso de drenagem do local da neoplasia, enquanto as células tumorais frequentemente se detém no primeiro leito capilar que encontram. Alguns cânceres possuem a propensão de invadir as veias. É notável observar que esse crescimento intravenoso pode não ser acompanhado por uma ampla disseminação tumoral. Evidência histológica de penetração tumoral em pequenos vasos no sítio da neoplasia é obviamente uma característica perigosa. Muitas observações sugerem que uma localização meramente anatômica da neoplasia e das vias naturais de drenagem venosa não explicam, por completo, as distribuições sistêmicas das metástases
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