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MÓDULO PROLIFERAÇÃO PROBLEMA 1 – NADA SERÁ COMO ANTES 1- DESCREVER O CICLO CELULAR E SEUS MECANISMOS DE REGULAÇÃO (INCLUINDO A DIVISÃO CELULAR POR MITOSE). A proliferação celular compreende o crescimento da célula em massa/volume, a replicação do genoma com ênfase na duplicação do DNA, e na segregação equitativa dos cromossomos entre as células filhas. Esse processo todo é denominado ciclo celular. Nos humanos, o ciclo celular segue um único padrão de organização: G0 (fase quiescente); G1 (fase de crescimento pré-replicação do DNA); S (fase de replicação do DNA); G2 (fase de crescimento pós- replicação do DNA); e M (mitose). Esse conjunto de G0, G1, S, G2 é chamado de interfase e o ciclo de vida das células é uma alternância entre interfase e mitose. A duração da mitose é curta (não ultrapassa 1h), enquanto a da interfase varia muito dependendo do tipo de célula. Existem algumas células, como os hepatócitos, que após a mitose, deixam o ciclo e vão para G0 e permanece por lá por longos períodos, se elas forem estimuladas, retornam ao ciclo G1. Alguns tecidos normalmente possuem uma multiplicação celular abundante, como os queratinocitos da pele e as células epiteliais, mas todos os tecidos e órgãos possuem um potencial proliferativo. E esse elevado grau de proliferação celular implica na ocorrência de um alto número de erros na replicação do DNA, que apesar dos mecanismos de prevenção e reparo, ocorre mutações e aberrações cromossômicas. CONTROLE DO CICLO CELULAR A regulação é feita por sinais externos, chamados de fatores de crescimento ou por sinais ameaçadores da própria célula. Os fatores de crescimento atuam em receptores específicos, já os sinais ameaçadores ativam genes especializados em reparar o DNA, deter sua duplicação e parar a mitose ou estacionar o ciclo celular em qualquer de suas fases. Esse ciclo que consiste na duplicação do DNA e na divisão da célula uma vez iniciado não progride automaticamente, pois existem pontos de restrição e de checagem nas quais há uma parada, podendo ocorrer continuidade ou bloqueio do ciclo. O primeiro ponto de regulação está na fase G1, o segundo ponto de restrição vai estar na fase G2, no qual as células duplicam seu DNA e ficam a espera de um sinal para entrar em mitose. Esses pontos de checagem são importantes para o controle da integridade do genoma. Quando há uma lesão do DNA, o organismo reconhece por meio de um sensor formado por produtos de alguns genes. Em seguida, esse sistema estimula a síntese da proteína p53, a qual estimula genes que codifica outras proteínas que param o ciclo em G1, S ou G2 ou induz a apoptose. Defeitos nesse sistema de checagem são a principal causa de instabilidade genômica em células cancerosas. A regulação do ciclo celular é feita sobretudo por duas classes de proteínas; CDK e Ciclinas. As ciclinas se ligam ás CDK e as ativam controlando a taxa de fosforilação de proteínas responsáveis pelos inúmeros fenômenos que ocorrem na divisão celular. As ciclinas recebem esse nome porque são produzidas e degradadas em diferentes fases do ciclo celular e vai ter nomes diferentes (A,B,D..). Após a ativação do complexo ciclina/CDK, a ciclina é degrada no sistema ubiquitina- cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar proteassomos, deixando o complexo inativo. As CDK possuem inibidores que pertencem a dois grupos: 1. Proteinas p15, p16, p18, p19 conhecidas como INK4 2. Proteinas p21, p27, p57. Quando é estimulada por fatores de crescimento, o complexo ciclina D/CDK ativa a síntese de DNA por meio da fosforilação da proteína pRB. Na sua forma hipofosforilada, a pRB liga-se ao fator de transcrição E2F, e esse complexo Prb/e2f recruta a histona desacetilase, que vai promover a compactação da cromatina, impedindo a transcrição gênica. Já quando ocorre uma hiperfosforilação, a pRB dissocia-se do complexo e libera a histona, permitindo que o E2F se ligue ao DNA e estimule numerosos genes cujos produtos (ciclina E, DNA polimerases, helicases) promovem a replicação do DNA. A fosforilação da pRB é inibida sobretudo pela p16. A multiplicação excessiva pode resultar em maior quantidade de fatores estimuladores da replicação celular por estímulos fisiológico exagerado (ex. crescimento de glândula endócrina por excesso de hormônio) ou patológico (neoplasia) ou pode dar-se pela deficiência de fatores inibitórios da divisão celular. Os níveis de CDKs-ciclina variam de acordo com a fase do ciclo celular a depender da função que cada um exerce. Além disso, cabe destacar a ativação do complexo CDK-cinase ocorre por meio de proteínas responsáveis por fosforilar essa estrutura, permitindo a alteração conformacional que aumenta a atividade da CDK, permitindo que ela fosforile de forma eficiente suas proteínas-alvo. REGULAÇÃO DA PROLIFERAÇÃO CELULAR A população celular de um adulto é mantida por meio de fatores que controlam o número de células originadas por mitose e o de perdas celulares, geralmente por apoptose. A proliferação celular resulta da ação coordenada de numerosos agentes estimuladores e inibidores da divisão celular. As substancias que controlam a taxa de crescimento é chamada de Fatores de Crescimento (FC), que são produzidos por diferentes células e tem a capacidade de estimular ou inibir a multiplicação celular. Os FC tem um papel importante na proliferação celular na vida embrionária e na manutenção da população celular nos adultos. Para poderem atuar nas células, os FC se se ligam a receptores específicos da membrana citoplasmática, mas pode ser também no citoplasma e no núcleo. Esses fatores podem atuar de maneira autócrina (a célula produz e responde ao FC); parácrina (uma célula recebe a acção FC de outra vizinha); ou endócrina (uma célula recebe a ação por uma célula distante). Os FC mais importantes são: PDGF (Fator de crescimento de plaquetas): produzido por plaquetas, macrófagos, células musculares e vai estimular a proliferação e migração de células musculares lisas, fibroblastos e células gliais, além de exercer quimiotaxia para monócitos e fibroblastos, estimulando a cicatrização. EGF (Fator de crescimento epidérmico): produzido por muitas células e é mitogênico para células epiteliais e mesenquimais. FGF (Fator de crescimento de fibroblastos): possui dois representantes, o ácido atua somente no sistema nervoso e o básico é produzido por macrófagos ativados. Ele estimula a proliferação de fibroblastos e de células endoteliais importantes na angiogenese e cicatrização. TGF (Fator de crescimento transformantes): o alfa é produzido por células embrionárias ou da placenta, estimulando fibroblastos e células epiteliais. O beta é sintetizado por varias células e pode estimular ou inibir a multiplicação celular. Ele favorece a fibrinogenese, tendo papel importante na cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cicatrizaçãoe fibrose em muitas inflamações crônicas. Além disso, pode ser um inibidor de linfócitos TCD4. IL-2 (Interleucina 2): produzida por linfócitos T auxiliadores e atua sobre linfócitos T supressores e citotóxicos. IGF1 e IGF2 (fator de crescimento semelhante a insulina): são produzidos em reposta ao horminio de crescimento, sendo um fator de crescimento estimulando a proliferação de muitos tipos celulares. HGF (Fator de crescimento de hepatócitos): é sintetizado por fibroblastos, e induz a proliferação de hepatócitos. VEGF (Fator de crescimento do endotélio vascular): induz a formação de vasos durante a embriogenese, e na vida adulta a angiogenese. Proteinas hedgehog: tais proteínas não so reprimem genes inibidores do ciclo celular como também estimula genes ativadores da proliferação celular. A ativação desse sistema ocorre em vários canceres. O alvo mais importante dos FT que regula a proliferação celular são as ciclinas. Quando se ligam a seus agonistas, os receptores para fatores de crescimento ativam a expressão de genes das ciclinas D, cuja síntese aumenta, aumentando o número de complexos cilcina D/CDK4 ou 6, que induz a célula a passar o primeiro ponto de restrição e entrar no ciclo. RECEPTORES DE MEMBRANA Os fatores de cresimento utilizam receptores de membrana para transferir o sinal para dentro da célula. Tais receptores são de 2 tipos: 1. Receptores Trasmembranosos com atividade de proteinocinase em tirosina. 2. Receptores transmembranosos sem atividade de proteinocianase. FASES A FASE G0: A pausa: Se as condições extracelulares for em desfavoráveis, as células retardam a progressão a G1 e podem entrar em um estado de repouso especializado conhecido como G0, no qual podem permanecer por dias, semanas ou mesmo anos antes que a proliferação seja retomada. Permanente: Muitas células ficam permanentemente em G0 até que elas ou o organismo morram com os neurônios e hemácias. Retornáveis: Existem células que se encontrarem nessa um dano no órgão retornam a G1, continuando o ciclo como as células hepáticas. O retorno: Se as condições extracelulares são favoráveis e os sinais para crescer e se dividir estão presentes, as células no início de G1 ou G0 avançam até um ponto de próximo ao fim de G1 conhecido como ponto de restrição. Uma vez passado esse ponto, as células se comprometem com a replicação, mesmo que os sinais extracelulares que estimulam o crescimento e a divisão celular sejam removidos (caminho sem volta). Onde encontramos: Em células que tenham uma função mais especializada (como se não pudessem perder tempo dividindo porque isso acarretaria em uma pausa em seu trabalho). A FASE G1: G vem do termo Gap (intervalo). É o período pós- mitótico e pré-sintético. E é também a fase mais longa e variável do ciclo celular. Local de tomar decisões: continuar outro ciclo e se dividir ou permanecer em um estado de não divisão temporário ou permanente Não progressão: caso haja nutrientes insuficiente, ou apareça de estímulos anti-proliferativos (ex: sinal para entrar em diferenciação termina), a progressão do ciclo poderá ser retardada em G1 ou entrar em G0. Progressão: é autorizada a entrar em mitose depois de checada em 2 pontos, o ponto de restrição e o ponto de checagem de danos do DNA em G1. Esses dois pontos de controle são perdidos em muitas células cancerosas (células continuam a se dividir mesmo sem condições apropriadas). A FASE S: Ela demora em torno de 7 a 8 horas. E é nessa fase em que ocorre a duplicação do DNA e a duplicação das proteínas da cromatina que se associam ao DNA e controla vários aspectos da função dos cromossomos. http://www.ciclocelular.com.br/2015/06/11/cancer-definicoes-e-estatisticas/ cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar Lembrando que: As células humanas diploides 2n = 46 cromossomos; portanto, uma célula em G1 é constituída por 46 moléculas de DNA (23 pares de homólogos). Durante a fase S, cada molécula de DNA se multiplica, de tal forma que, em G2, contém 92 moléculas de DNA, sendo que um dos 46 cromossomos contém duas moléculas de DNA (denominadas cromátides-irmãs) que se mantém associadas por complexos proteicos denominados coesina. É um ponto de não retorno do ciclo, que leva necessariamente à divisão celular. Nesse momento não só o DNA deve ser duplicado, pois o que tem que dobrar é a fibra de cromatina (que é composto por DNA e histonas). Logo histona e proteínas reguladoras são as únicas sintetizadas nesse momento. Produção das histonas: S-Cdks estimulam um aumento da síntese das quatro subunidades de histonas que formam os octâmeros de histonas. Essas novas subunidades se agrupam (através dos fatores de associação dos nucleossomos) ao DNA à medida que emergem da maquinaria de síntese de DNA, formando assim um nucleossomo. A replicação: Deve ocorrer com extrema precisão (minimizar o risco de mutações na próxima geração de células). Cada nucleotídeo do genoma deve ser copiado somente uma vez, a fim de evitar os efeitos danosos da amplificação gênica (lembrando que os mecanismos de controle do ciclo que inicia o processo de replicação e, ao mesmo tempo, impede que ele ocorra mais de uma vez). O início da replicação do DNA é dividida em etapas diferentes do ciclo celular. O primeiro passo ocorre no fim da mitose e G1 inicial, quando um par de helicases se ligam à origem de replicação, formando um grande complexo, chamado de complexo pré-replicativo ou pré-RC. Coesinas: complexo de proteínas que forma uma estrutura gigantesca como um anél que circunda os braços das c. irmãs. A coesão de cromátides-irmãs também resulta do encadeamento de DNA (entrelaçamento de moléculas de DNA irmãs que ocorre quando duas forquilhas de replicação se encontram durante a síntese de DNA). A enzima topoisomerase II gradativamente desembaraça as moléculas-irmãs de DNA concatenadas entre a fase S e o início da mitose, cortando uma molécula de DNA, passando a outra através da quebra, e então resselando o DNA cortado. Uma vez removido o encadeamento, a coesão de cromátides-irmãs depende primariamente dos complexos de coesina. Ao final da fase S o DNA se encontra duplicado consistindo em um par de cromátides-irmãs ligadas por toda a extensão. Essa coesão eficiente é realizada por um grupo de proteínas chamadas de coensinas, elas se ligam ao DNA à medida que ele é sintetizado. A FASE G2 Período pós-sintético e pré-mitótico. Entre a replicação do DNA e a mitose (Possui diversos mecanismos que checam os progressos do ciclo celular). A duração da fase G2 depende do tipo de célula, podendo durar entre 2 a 4 horas. A fase mais curta em período de tempo dentre as demais fases da intérfase. Acontece a síntese de proteínas iniciada em G1, de RNA, de proteínas não-histônicas que se associam ao cromossomo durante a condensação na mitose, de outras moléculas necessárias para que ocorra a mitose. Ocorre a duplicação dos centríolos e demais organelas constituintes do citoplasma. Todo esse processo resulta em aumento de volume e tamanho celular. De acordo com estudos recentes, a fase G2 ganhou mais atenção por estar envolvida com o câncer e com os eventos bioquímicos que promovem a mitose (MTF). Nessa fase ocorre a duplicação dos centríolos, no momento da divisão os centríolos se separam, e cada forma um centríolo novo (duplicação semiconservativa), resultando em dois pares de centríolos dentro de uma matriz expandida (centrossomo). Os centrossomos permanece unido em um lado do núcleo até a célula entrar em mitose. MITOSE O início da mitose, durante a qual as cromátides-irmãs são separadas e distribuídaspara o par de núcleos filhos idênticos. A mitose é tradicionalmente dividida em cinco etapas: prófase, prómetafase, metáfase, anáfase e telófase. Uma vez concluída a mitose, o segundo principal evento é a citocinese, no qual divide a célula em duas metades, cada uma com um núcleo idêntico. http://www.ciclocelular.com.br/ciclo-celular-fase-g1/ http://www.ciclocelular.com.br/2015/06/11/cancer-e-o-ciclo-celular-medicamentos-antineoplasicos-e-sua-interacao-com-o-dna/ cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar Primeiro, um aumento abrupto na atividade de M-cdk na transição G2/M desencadeia eventos de início da mitose. Durante esse período, a M-CDK e várias outras cinases mitóticas fosforilam uma serie de proteínas, levando a formação do fuso mitótico e a ligação deste aos pares de cromátides-irmãs. A segunda parte principal da mitose começa na transição entre metáfase e anáfase, quando o APC/C (complexo protomotor da anáfase) provoca a degradação da securina, liberando uma protease que cliva a coesina e, com isso, inicia a separação das cromátides-irmãs. 1. PRÓFASE Nessa fase, ocorre a condensação dos cromossomos, no qual as cromátides são drasticamente compactadas e a resolução das cromátides-irmãs, por meio da qual as duas irmãs são separadas em unidades distintas. A condensação e a resolução das cromátides dependem de um complexo proteico de 5 subunidades chamados de condensina no qual vai promover a compactação das cromátides. Além disso, os nucléolos se desfazem, dispersando os seus componentes no citoplasma. Ainda nessa fase, organiza-se em torno do núcleo um conjunto de fibras (microtubulos) originadas a partir dos centrossomos, formando o fuso mitótico. O fuso é um arranjo bipolar de microtubulos (são compostos de tubulina) que separa as cromátides- irmãs na anafase. E a M-CDK é quem promove a formação desse fuso. Ocorre uma ligação aos cromossomos, no qual os microtubulos do eixo se ligam a cada cromátide no seu cinetócoro, uma estrutura proteica gigante, de múltiplas camadas que é formada na região centromérica da cromátide. 2. METÁFASE Nessa fase, os cromossomos atingem a condensação máxima. E deslocam-se até posições a meio caminho entre os polos do fuso, sendo esse movimento influenciado por alterações no comprimento do microtubulos do fuso e pela ação de proteínas motoras geradoras de energia que atuam perto dos cinetócoros. Nesse estágio, cada cromátide-irmã de um cromossomo duplicado é conectada a um polo diferente por microtubulos fixados em seu cinetócoro. 3. ANÁFASE Ocorre a separação física das cromátides irmãs, no qual os filamentos dos fusos diminuem e as cromátides vão para polos opostos da célula. O APC/C (centro protomotor da anáfase) estimula a degradação das proteínas que mantem as cromátides irmãs unidas. As cromátides irmãs separadas passam a ser denominadas cromossomos. O material genético é distribuído de forma igual para esses polos, o que irá proporcionar que as células que que serão formadas sejam idênticas. cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar 4. TELÓFASE No final da anáfase, os cromossomos já que separam em dois conjuntos iguais em cada polo do fuso. Ocorre a criação de um envelope nulear ao reor de cada conjunto cromossômico; Os poros bombeiam proteínas nucleares e então o núcleo se expande e os cromossomos mitóticos compactados relaxam para seu estado interfásico. Um novo núcleo foi criado, finalizando a mitose. 5. CITOCINESE É a etapa final do ciclo celular e culmina com a divisão do citoplasma. A primeira mudança visível é o aparecimento de uma reentrância ou sulco de clivagem, na superfície celular. Esse sulco se torna mais profundo e se espalha ao redor da célula, até dividir completamente a célula em duas. A estrutura subjacente a esse processo é o anel contrátil – um agrupamento dinâmico composto por filamentos de actina e de miosina II, além de proteínas estruturais e reguladoras. 2- DESCREVER OS FATORES QUE INTERFEREM NA REGULAÇÃO DA DIVISÃO CELULAR (FAZENDO UMA RELAÇÃO COM O APARECIMENTO DAS NEOPLASIAS) O desenvolvimento de um câncer deriva da expansão clonal de uma célula que adquire uma série de alterações genéticas e epigenéticas, que resultam na alteração da atividade de múltiplos genes. Interações entre fatores exógenos (carcinógenos químicos, radiações, viroses) e endógenos (susceptibilidade individual, idade, hormônios), levando a um aumento do estresse oxidativo, podendo resultar em danos ao DNA e atua como importante fator de risco para a iniciação de uma doença. No processo de formação de um tumor, a perda de um equilíbrio homeostático leva a proliferação celular descontrolada. Ao longo desse processo, as células adquirem algumas funções; autossuficiência em sinais proliferativos, insensibilidade a sinais antiproliferativos, evasão da apoptose, potencial replicativo ilimitado, manutenção da angiogenese e potencial de invasão e metástase. Já no nível molecular, as alterações envolvem principalmente os genes: oncogenes, genes supressores de tumor e genes de reparo de DNA. Há dois tipos principais de genes do câncer. O primeiro tipo compreende os genes que influenciam positivamente a formação do tumor e que são conhecidos como oncogenes. O segundo tipo de genes do câncer influencia negativamente o crescimento dos tumores e esses genes foram chamados de genes supressores de tumores. A oncogênese se origina de um gene previamente normal, chamado de proto-oncogenese, que sofreu uma mutação. Essa mutação leva a uma produção anormal ou em excesso de um fator de crescimento, resultando em crescimento descontrolado da célula e podendo originar uma neoplasia. Os oncogenes são de suma importância para o controle de algumas atividades celulares, o que mais tarde foi descoberto que eles controlam a proliferação celular de forma regulada e controlada sem a presença de erros. Experimentos comprovaram que mutações e translocações nessa sequência de DNA permitia o aparecimento de ongenes responsáveis pelo desenvolvimento de neoplasias. A ativação dos oncogenes leva o aumento da liberação de fatores de crescimento, aumentos na expressão de receptores de fatores de crescimento aumentam de proteínas ligadas ao GTP (potencialização do sinal), proteínas com atividade cinásica (fosforilação de outras proteínas), aumento da expressão de ciclinas e CDKs e aumento dos fatores de transcrição. cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar Um segundo grupo de genes envolvidos no aparecimento dos cânceres são os genes supressores de tumores. Ao contrário dos oncogenes, que não são encontrados nas células normais, mas surgem de uma mutação dos proto-oncogenes,os genes supressores de tumores são genes normais que estão presentes em todas as células, que tem como função regular a divisão celular. A ausência dos genes supressores, ou por inativação ou mutação, leva a um maior risco de desenvolver câncer. Os genes supressores de tumores produzem fatores (proteínas) que inibem o processo de proliferação da célula. Alguns desses genes controlam diretamente o ciclo celular, inibindo complexos ciclinas/CDK ou fatores de crescimento estimulados por eles. Outros atuam em vias que ativam apoptose ou que estimulem a diferenciação e inibam a mitose. Assim, a ausência desses fatores resulta em uma proliferação anormal. Em geral, para ocorrer transformação, ambos os alelos normais dos genes supressores tumorais devem ser danificados. São exemplos p53 e RB Os genes supressores de tumor são divididos em dois grupos: - Governantes: são os genes supressores clássicos, como o RB, que quando ocorre mutação nesse gene, perde-se a capacidade de “freio” da proliferação. - Guardiões: são responsáveis pelo sensoriamento do dano genomico, levando a cessação da proliferação ou a apoptose. Os tipos mais comuns de anormalidades estruturais não aleatórias em células tumorais são: Translocações equilibradas, deleções e manifestações citogeneticas de amplificação do gene. 1. TRANSLOCAÇÕES: Consiste na mudança de posição dos genes, podendo ativar um proto- oncogene quando este passa a localizar-se próximo a um promotor potente ou quando se formam proteínas de fusão. Os exemplos mais conhecidos de translocações são as que ocorrem no Linfoma de Burkitt e na leucemia mieloide crônica. 2. DELEÇÕES: As deleções cromossômicas são a segunda anormalidade cariotipica mais prevalente em células tumorais. As deleções de regiões especificas dos cromossomos podem resultar na perda de determinados genes supressores de tumor. Os supressores tumorais geralmente requer a inativação de ambos os alelos para contribuírem na carcinogenese. 3. AMPLIFICAÇÃO DE GENE: Os proto-oncogenes podem ser convertidos em oncogenes por amplificação, com consequente super expressão de proteínas normais sob outros aspectos. Tal amplificação pode produzir centenas de copias do proto-oncogone na célula tumoral. Os tumores são monoclonais, ou seja, formados por um clone que venceu a barreira de controle da proliferação celular e tornou-se imortal. Desse clone surgem descendentes (sub-clones) com capacidade variada de sobreviver, invadir tecidos e se implantar a distância. CARACTERISTICAS DO CÂNCER Autossuficiência nos sinais de crescimento Insensibilidade aos sinais inibidores de crescimento Evasão da morte celular Potencial ilimitado de replicação Desenvolvimento de angiogenese sustentada Capacidade de invadir e metastizar. Muitas células cancerosas adquirem autossuficiência de crescimento pela aquisição da capacidade de sintetizar os mesmos fatores de crescimento aos quais são responsivas. Outro mecanismo é a autossuficiência por interação com o estroma. Em alguns casos, as células tumorais enviam sinais para ativar as células normais no estroma de suporte, o qual por sua vez produz fatores de crescimento que promovem o crescimento tumoral. Aas mutações mais comuns são as de super expressão dos receptores do fator de crescimento, que podem tornar as células cancerosas hiper-responsivas a níveis do fator de crescimento que normalmente não deflagariam a proliferação. Um mecanismo comum pelo qual as células cancerosas adquirem autonomia de crescimento é o de mutação em genes codificadores de vários componentes das vias de sinalização. Como é o exemplo das proteínas RAS, que é o protooncogene mutado com mais frequência nos tumores humanos. cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar 3- CARACTERIZAR NEOPLASIA E SUAS CLASSIFICAÇÕES E NOMENCLATURA. Neoplasia significa “novo crescimento”. As células neoplásicas são transformadas porque continuam a se replicar de modo a ignorar as influencias regulatórias que controlam o crescimento celular normal, ou seja, as neoplasias possuem um certo grau de autonomia e tendem a aumentar de tamanho independentemente do seu ambiente. No entanto, elas dependem do seu hospedeiro para sua nutrição e suprimento sanguíneo. Geralmente, neoplasia é referida como tumor, e o estudo dos tumores é chamado de oncologia. A divisão de neoplasias em categoria benigna e maligna baseia-se no comportamento clinico potencial de um tumor. Diz-se que um tumor é benigno quando suas características micro e macroscópicas são consideradas relativamente inocentes, indicando que permanecerá localizado, e é tratado com remoção cirúrgica. Os tumores malignos são referidos como cânceres, e eles tem como característica se aderir a qualquer parte onde se agarram, podendo invadir e destruir estruturas adjacentes e disseminar-se para locais distantes (metástase) para causar morte. Todos os tumores tem 2 componentes básicos: 1. Parênquima: constituído por células neoplásicas, e é ele que vai determinar seu comportamento biológico. 2. Estroma: constituído por tecido conectivo, vasos sanguíneos e células inflamatórias derivadas do hospedeiro. Ele é crucial para o crescimento da neoplasia, uma vez que contém o suprimento sanguíneo e dá suporte ao crescimento das células parenquimatosas. TUMORES BENIGNOS Em geral, a nomenclatura de tumores benignos é feita acrescentando o sufixo –oma ao tipo celular da qual eles surgem. Os tumores benignos de células mesenquimais geralmente seguem esta regra, como: Origem mesenquimal: Fibroblasto – Fibroma Tecido adiposo – Lipoma Osso – Osteoma Cartilagem – Condroma Vasos sanguíneos – Hemangioma Vasos linfáticos – Linfangioma Musculos liso – Leiomioma Musculo estriado – Rabdomioma Origem Epitelial: Projeções epiteliais – papiloma Padrão glandular – Adenoma Exceções: Em medicina, é comum utilizar os termos "Hepatoma", "Linfoma" e "Melanoma" como designações correntes para neoplasias malignas, ainda que pelo sufixo empregado possa parecer se tratar de neoplasias benignas. As células das neoplasias benignas são bastante diferenciadas. Normalmente, uma neoplasia ocorre um aumento da proliferação celular, acompanhada com a redução do grau de diferenciação das células, logo elas se tornam atípicas. Uma característica inerente das neoplasias é a autonomia com que as células apresentam a capacidade de se proliferar independentemente dos estímulos fisiológicos. Uma característica desse tipo de tumor é que suas células crescem de forma uniforme e unida entre si, não e infiltram nos tecidos adjacentes. Esse tipo de crescimento é descrito como expansivo, normalmente, apresenta uma cápsula fibrosa em torno do tumor, bem delimitada que pode ser completamente removida com uma cirurgia. O fato de não infiltrar em tecidos adjacentes esse tipo de tumor causa a compressão dessas estruturas podendo manifestar alguns sintomas, no caso de um glioma ele pode comprimir estruturas encefálicas acarretandoem déficits neurológicos no indivíduo. TUMORES MALIGNOS Quando a neoplasia epitelial for maligna, utiliza-se o sufixo "Carcinoma". Se a neoplasia maligna for de origem mesenquimal utiliza-se o sufixo "Sarcoma". Origem mesenquimal: Fibroblasto – Fibrossarcoma Tecido adiposo – Lipossarcoma Osso – Osteossarcoma Cartilagem – Condrossarcoma Vasos sanguíneos – Hemangissarcoma Vasos linfáticos – Linfangiossarcoma cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar Musculos liso – Leiomissarcoma Musculo estriado – Rabdomiossarcoma Origem epitelial: Projeções epiteliais – carcinoma Padrão glandular – Adenocarcinoma As neoplasias malignas têm estroma composto por vários tipos celulares (endotélio, fibroblasto, medula óssea, etc) que auxiliam no processo de carcinogênese. Essas células participam na formação de estruturas que crescem em volta do tumor maligno, como por exemplo, a agniogênese. Esse mecanismo contribui para a progressão da neoplasia. Um fato interessante é que nesse estroma pode haver a presença de exsudado inflamatório, ele é importante por recrutar as células de defesa do sistema imune. No entanto, acreditava-se que a presença de células de defesa em torno do tumor poderia ser um sinal de um ótimo prognóstico, por outro lado os novos estudos revelaram que as células neoplásicas apresentam uma capacidade de modificar a funcionalidade do sistema imune, tornando-o um defensor de sua progressão. Quando a neoplasia apresenta componentes epiteliais e mesenquimais igualmente neoplásicos, recebe a denominação "Tumor misto". As neoplasias de origem embrionária podem ser classificadas em "Teratomas", "Mixomas" e blastomas. Os Teratomas são neoplasias compostas de tecidos oriundos dos três folhetos embrionários (endo, meso e ectoderma). Compõem-se de vários tecidos diferentes, estranhos ao local (mistura de dente, cabelo, glândulas, músculos, etc.), sendo mais frequentes nas gônadas ou em tecidos próximos à linha mediana. Os Mixomas são neoplasias oriundas de tecido mixomatoso (totalmente indiferenciados, comparáveis ao tecido germinativo embrionário). Conforme a sua localização, a neoplasia pode ser superficial (vegetantes, ulceradas, ou úlcero- vegetantes) ou parenquimatosa. Pode ainda receber as designações intramural, submucosa ou subserosa. Os tumores podem ser císticos ou sólidos. Os tumores sólidos apresentam-se sob quatro tipos: Nodular, no qual o tumor forma uma massa expansiva que tende a ser esférica, visto em tumores benignos e em malignos originados em órgãos compactos (fígado, pulmão e rins). O tipo Vegetante é encontrado em tumores benignos ou malugnos que crescem em superfícies (pele ou mucosas). O tipo Infiltrativo é praticamente exclusivo de tumores malignos, ocorre infiltração nos tecidos vizinhos. E o tipo Ulcerado é aquele que sofre ulceração precoce, no qual a lesão cresce infiltrando-se nos tecidos adjacentes e ulcera-se no centro, sendo quase exclusivo de neoplasias malignas. Tumores com até 1 a 2 mm não possuem vasos; a partir desse tamanho, formam-se vasos sanguíneos na neoplasia (angiogênese). As neoplasias não possuem inervação. A dor sentida pelos pacientes cancerosos é devida a infiltração ou compressão de terminações nervosas existentes em tecidos vizinhos CARACTERÍSTICAS Diferenciação e Anaplasia: O termo diferenciação refere-se ao grau em que as células neoplásicas assemelham-se às células normais. As neoplasias benignas apresentam células bem diferenciadas ou seja, semelhantes às células do tecido de origem. As neoplasias malignas apresentam células com grau variável de diferenciação. As células indiferenciadas são também chamadas de anaplásicas. As células anaplásicas apresentam variação de tamanho e forma. As principais características da células anaplásicas são: a) Pleomorfismo; b) Núcleo hipercromático; c) Relação núcleo-citoplasma aumentada; d) Aumento no tamanho e número dos nucléolos; e) Mitoses atípicas. Ritmo de crescimento: Genericamente a maioria das neoplasias benignas cresce lentamente e as malignas crescem rapidamente. Entretanto, alguns tumores benignos podem apresentar crescimento mais rápido que tumores malignos. O ritmo de crescimento depende do tipo de tumor e de alguns fatores como suprimento sanguíneo e hormonal. Invasão local: As neoplasias benignas crescem por expansão, permanecendo no local de origem, sem infiltrar ou invadir tecidos vizinhos ou provocar metástase para cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar outros locais. As neoplasias benignas são geralmente circunscritas por uma cápsula de tecido fibroso que delimita as margens do tumor. Devido à cápsula, os tumores benignos formam massas isoladas, palpáveis e móveis, passíveis de enucleação cirúrgica. Entretanto, alguns tumores benignos são localmente invasivos e recidivantes, como os ameloblastomas e mixomas. As neoplasias malignas são invasivas provocando destruição dos tecidos adjacentes e podendo desenvolver metástase regional e à distância. Devido a essa característica invasiva, é necessária a ressecção cirúrgica de considerável margem de tecido aparentemente normal, conhecida como cirurgia radical. É preciso ressaltar que alguns tipos de câncer evoluem de uma lesão inicial conhecida como carcinoma in situ. Neste estágio as células tumorais estão restritas ao epitélio e não romperam a membrana basal com consequente invasão do conjuntivo. As ressecções cirúrgicas nesta fase são menores com um maior índice de cura. Metástase: Metástase é a presença de células ou massas tumorais em tecidos que não apresentam continuidade com o tumor primário. É a principal característica das neoplasias malignas e a disseminação das células tumorais ocorre através dos vasos sanguíneos, linfáticos ou cavidades corporais. As principais vias de disseminação são: a) Disseminação através de cavidades e superfícies corporais: Esse tipo de disseminação ocorre quando células neoplásicas penetram em uma cavidade natural, como a peritonial. Em casos de carcinomas de ovário não é raro que as superfícies peritoniais fiquem revestidas por células neoplásicas. Outras cavidades corporais podem estar envolvidas como a pleural, pericardial e subaracnóide. b) Disseminação linfática: As células tumorais são transportadas pelos vasos linfáticos. É a via preferencial dos carcinomas, e a menos frequente nos sarcomas. Os gânglios linfáticos regionais funcionam como barreiras contra a disseminação generalizada do tumor, pelo menos por algum tempo. c) Disseminação hematogênica: É a via de disseminação mais utilizada pelos sarcomas, porém também pode ocorrer nos carcinomas. As artérias são mais resistentes que as veias a invasão tumoral. Os órgãos mais acometidos por essa disseminação são o fígado e o pulmão. 4- ELUCIDAR QUADRO CLINICO, EPIDEMIOLOGIA, DIAGNÓSTICO, FISIOPATOLOGIA E TRATAMENTO DO CÂNCER DE COLO DO ÚTERO. COLO UTERINO O colo uterino ou cérvice é a porção inferior do útero e tem um formato cilíndrico.O canal endocervical comunica a cavidade uterina, através do orifício interno, com a luz vaginal, através do orifício externo. A superfície mucosa cervical voltada para a vagina, externamente ao OE e denominada de ectocérvice, e é revestida por epitélio estratificado escamoso não queratinizado. Já a superfície muscosa da endocervice é recoberta por epitélio simples colunar mucossecretor, que penetra profundamente dando origem as glândulas endocervicais. O local de encontro do epitélio colunar com o epitélio escamoso é denominado Junção escamocolunar (JEC). A localização da JEC varia com estímulos hormonais, idade e período do ciclo menstrual, geralmente na puberdade. No entanto, essa mucosa pode sofrer uma eversão, onde parte da endocervice move-se para fora do canal endocervical, devido ao aumento desse colo uterino, ou seja, fora do orifício externo, constituindo o chamado Ectrópio. cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar O epitélio evertido, é menos resistente as adversidades existentes na luz vaginal, deixando esse colo mais exposto a ação do meio ácido da vagina. Esses fatores leva a ocorrência de um fenômeno fisiológico nas áreas do epitélio evertido, que é a Metaplasia escamosa, que é caracterizada pela destruição do epitélio colunar endocervical por epitélio escamoso, mais resistente. Ao final desse processo, a ectopia cervical é totalmente substituída por esse novo epitélio. Essa região compreendida entre a JEC e a nova junção é denominada Zona de Transição (ZT), e se caracteriza pela presença de epitélio escamoso metaplásico. Essa área, ZT, tem grande importância no estudo das lesões de colo uterino, pois todas as neoplasias cervicais se iniciam na nova JEC. EPIDEMIOLOGIA O câncer de colo de útero é o segundo tipo de câncer mais comum entre mulheres em todo o mundo. No Brasil, a incidência estimada no ano de 2016 foi de 16.340 casos com grandes diferenças regionais, sendo a região Norte a que mais apresenta casos, seguida do Centro-oeste, Nordeste, Sudeste e Sul. FATORES DE RISCO O fator de risco mais importante para o desenvolvimento do câncer de colo uterino é a presença do vírus HPV (papiloma vírus) com seus subtipos oncogênicos. Outros fatores associados incluem início precoce da atividade sexual (<16 anos), um alto número de parceiros sexuais ao longo da vida e história de verrugas genitais. Pacientes imunossuprimidas usando drogas imunossupressoras também apresentam risco aumentado desta neoplasia. O fator de risco mais importante é o tabagismo ou mesmo a exposição ao ambiente do tabaco, pois agentes carcinogênicos específicos do tabaco, presente no muco e epitélio cervical, podem danificar o DNA de células do colo uterino, propiciando o processo neoplásico. FISIOPATOGENIA Os dois principais tipos histológicos do câncer do colo do útero são: carcinoma de células escamosas com 80% e o adenocarcinoma com aproximadamente 20% dos casos. A infecção pelo HPV está relacionada com a etiologia de ambos os tipos. Ao que tudo indica, só a infecção pelo HPV não é suficiente para explicar todos os eventos da carcinogênese. Entre os fatores associados ao vírus, o tipo viral, coinfecção por mais de um tipo, variantes de HPV, carga viral e taxa de integração são mais importantes. O número de partículas virais correlaciona-se diretamente com a gravidade da doença, sendo carga maior geralmente observada na infecção pelo HPV 16. Já Fatores relacionados com o hospedeiro (hormônios endógenos, fatores genéticos ou associados à resposta imunitária) e fatores exógenos (ambientais), especialmente tabaco, vários parceiros, dieta, traumatismo cervical, coinfecção com HIV e outros agentes sexualmente transmissíveis são importantes. QUADRO CLÍNICO O tumor de colo se apresenta na sua fase inicial de uma forma assintomática ou pouco sintomática, fazendo com que muitas pacientes não procurem ajuda no início da doença. As primeiras manifestações clinicas costumam ser o sangramento durante as relações sexuais. Posteriormente, o sangramento torna-se mais frequente e imotivado. Os tumores avançados sofrem necrose e em consequência disso surge corrimento sero- sanguinolento de odor fétido. Quando o tumor progride, ele pode comprometer bexiga, ureteres e reto, resultando em dor no baixo ventre, anemia, hematúria, alterações miccionais e alterações do habito intestinal, pela invasão no reto. A disseminação à distância ocorre por via linfática, envolvendo inicialmente os linfonodos pélvicos, e após, os para-aórticos. DIAGNÓSTICO De acordo com o Ministério da Saúde, o rastreamento do câncer de colo de útero deve ser realizado pelo exame citológico. O exame Papanicolau ou exame citológico do colo uterino é o método mais utilizado no Brasil para o rastreamento do câncer e suas lesões percursoras. Tem como objetivo detectar células negativas ou positivas para neoplasia intraepitelial ou malignidade na ectocervice ou endocervice. O exame baseia-se no grau de perda de maturação citoplasmática, presença de figuras mitóticas anormais e modificações na forma e tamanho do núcleo. A inspeção visual do colo uterino coberto com ácido acético a 3% a 5% causa branqueamento das lesões na mucosa genital ("acetobranqueamento") tem demonstrado a capacidade de reduzir a mortalidade causada por câncer de colo uterino com aplicabilidade potencial ampla em ambientes de baixos recursos CLASSIFICAÇÃO NIC A NIC (neoplasia intraepitelial cervical) é identificada mediante o exame microscópico das células cervicais em um esfregaço citológico corado pela técnica de Papanicolau. Esse sistema baseia- se em uma classificação bimodal que divide as lesões intraepiteliais escamosas em BAIXO (correspondendo à NIC I) e ALTO GRAU (correspondendo ao NIC II e NIC III). Isso é baseado nos aspectos morfológicos aliados à conduta terapêutica e ao HPV. Na NIC 1, há boa maturação com anomalias nucleares mínimas e poucas figuras de mitose. Células indiferenciadas ficam limitadas às camadas mais profundas (terço inferior) do epitélio. As figuras de mitose estão presentes, mas não são numerosos. Alterações citopáticas devidas à infecção pelo HPV são observadas na espessura total do epitélio. A NIC 2 é caracterizada por alterações celulares displásicas, principalmente restritas à metade inferior ou os dois terços inferiores do epitélio, com anomalias nucleares mais acentuadas que na NIC 1. Figuras de mitose são vistas em toda a metade inferior do epitélio. Na NIC 3, diferenciação e estratificação podem estar totalmente ausentes ou estarem presentes somente no quarto superficial do epitélio com numerosas figuras de mitose. Anomalias nucleares estendem-se em toda a espessura do epitélio. As muitas figuras de mitose têm formas anormais. A colposcopia constitui uma propedêutica complementar para mulheres com resultados de citologia cervical nos programas de rastreamento. Lembrando que ele não deve ser realizado como método de rastreamento do câncer de colo de útero. A colposcopia pode permitir: Avaliar lesões pré0invasoras e invasoras do colo uterino como propedêutica; Complementar aos métodos de rastreamento; Definir a extensão das lesões. TRATAMENTO O tratamento do câncer de colo de útero comibina cirurgia, quimioterapia e radioterapia. ESTAGIO Ia1:Nos tumores com até 3 mm de invasão, a probabilidade de invasão ganglionar é mínima. Dessa forma, a conização ou amputação do colo do útero é o tratamento suficiente. ESTÁGIO Ia2: Nesse estágio o tratamento de escolha ainda é a cirurgia radical, com histectomia total. ESTÁGIO Ib1 e IIa1: tumores menores que 4 cm, restritos ao colo do útero (Ib1) ou com comprometimento do terço superior da vagina (IIa1) utilizam o tratamento cirúrgico, com histerectomia total. E pacientes com alto risco de recidivas devem recebem como tratamento adjuvante a quimio e a radioterapia. ESTÁGIOS Ib2 e IIa2: Os tumores Ib2 e IIa2 são tumores volumosos localizados no colo do útero, ou no máximo no terço superior da vagina e, portanto, passíveis de tratamento cirúrgico. No entanto, apresenta um alto risco de recindiva, por isso é utilizado a radioterapia e quimio. TUMORES AVANÇADOS IIb – IV: A radioterapia concomitantemente com a quimioterapia é o tratamento de escolha. 5- ENTENDER COMO OCORRE O MECANISMO DE INFEÇÃO PELO HPV E RELACIONAR COM O CÂNCER DE COLO DE ÚTERO O Papilomavírus Humano (HPV) é um vírus de DNA, que pertence à família Papillomaviridae e possuem uma grande diversidade de hospedeiros. O capsídeo viral é composto por duas proteínas: a maior L1 e a menor L2. O gene L1 codifica a principal proteína e é o utilizado para a produção da vacina contra HPV. Possui um genoma comum e bem conservado entre os diversos tipos virais. Está dividido em três regiões: • Regulatória (Long Control Region ou LCR); • Precoce (Early ou E) • Tardia (Late ou L). A LCR localiza-se entre os genes L1 e E6 e é a região responsável pela ligação de fatores de transcrição celulares e virais que regulam a transcrição e a replicação do HPV. Todos os tipos de HPV contêm pelo menos seis regiões precoces (E1-E7) e duas regiões tardias (L). A maioria dos genes virais permanece na forma epissomal nas lesões pré-cancerosas. Nas lesões de alto grau, o genoma do HPV se integra ao genoma do hospedeiro. Essa integração provavelmente favorece a transformação maligna. Esse vírus apresenta mais de 100 subtipos e cerca de 20 destes podem infectar o trato genital. Dividem-se em dois grupos, de acordo com o potencial de oncogenicidade de cada um deles. Em um grupo estão os subtipos que, quando associados a outros fatores de risco, têm relação com o desenvolvimento de neoplasias intraepiteliais do colo uterino, vulva, pênis, vagina e região anal. São os de alto risco oncogênico. Já os subtipos de baixo potencial oncogênico estão associados ao surgimento de infecções consideradas benignas como o condiloma acuminado. Além do câncer cervical, o HPV também está associado ao surgimento de verrugas genitais, lesões pré- cancerosas do trato anogenital e câncer de cabeça e pescoço. As verrugas genitais, ou condilomas acuminados, têm sua origem atribuída aos tipos não oncogênicos do HPV. As verrugas têm altas chances de recidiva mesmo após tratamento e pode acometer tanto homens quanto mulheres, e algumas vezes são difíceis de tratá-las TRANSMISSÃO A transmissão do vírus HPV se dá por contato, em geral por atividade sexual desprotegida. Assim, o ciclo viral inicia com a entrada do vírus nas células da camada basal, o que associa a micro traumas ou leve abrasão do epitélio. Uma vez dentro da célula, o DNA viral é levado ao núcleo para ser expresso, usando a maquinaria celular, esse DNA do vírus é replicado e se acumula nas células basais. Com a divisão da célula basal, as células filhas diferenciadas vai se deslocando até a superfície epitelial. Fatores das células hospedeiras interagem com LCR do genoma do HPV, iniciando a transcrição das proteínas dos genes E6 e E7. Essas proteínas desregulam o ciclo celular da célula parasitada por inativação de proteínas de genes supressores de tumor, ciclinas e cdk. Essas proteínas virais subvertem as vias regulatórias da proliferação celular, facilitando a replicação viral em células diferenciadas. A proteína E6 do HPV liga-se a p53, marcando-a para degradação. Como a p53 controla a progressão do ciclo celular, estimula a apoptose e favorece o reparo do DNA, essas funções ficam abolidas. Além disso, a E6 aumenta a expressão da telomerase, reduzindo a senescência celular, Obs: A proteína E6 de baixo grau não se liga a p53, não afetando a estabilidade. A proteína E7 liga-se a pRB, o que faz ela se soltar do fator de transcrição E2F, estimulando a transcrição de genes cujos produtos são necessários para as células entrarem na fase S do ciclo celular. Ainda, a E7 estimula cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar a síntese de DNA e a proliferação celular. No final do processo, os genes L1 e L2 formam o capsídeo viral e termina a replicação viral. A progressão para o câncer ocorre geralmente 10 a 20 anos depois. Algumas lesões podem evoluir mais rapidamente, não raro em 1 ou 2 anos. Os HPV de alto grau se distingue dos de baixo grau pela estrutura e função dos genes E6 e E7 e pelo fato do HPV de alto grau geralmente se integrar ao DNA celular, enquanto os de baixo grau permanecem na forma epissomal. O tratamento do HPV é dirigido para o diagnóstico e tratamento das próprias lesões porque não existem terapias antivirais especificas. Muitas lesões se resolvem espontaneamente, de modo que o objetivo do tratamento é a melhora ou prevenção dos sintomas ou no caso de lesões intraepiteliais escamosas de alto grau, prevenção da progressão para câncer. 6- CONHECER OS MÉTODOS PREVENTIVOS DO CÂNCER DO COLO DE ÚTERO. A prevenção do câncer invasivo do colo do útero é feita por medidas educativas, vacinação, rastreamento, diagnóstico e tratamento das lesões subclínicas. RASTREAMENTO O rastreamento do câncer de colo de útero deve ser realizado pelo exame citológico. As recomendações são de iniciar o rastreamento aos 25 anos nas mulheres que já iniciaram a vida sexual. Após 2 exames negativos realizados com intervalo de um ano, os próximos devem ser realizados a cada 3 anos. O rastreamento pode ser interrompido aos 64 anos com mulheres com pelo menos 2 exames negativos consecutivos nos últimos 5 anos e sem antecedentes de patologia cervical. A estrogenização previa a coleta do exame pode ser realizada em mulheres na pós- menopausa, melhorando a qualidade do esfregaço. Mulheres previamente submetidas a histerectomia total por lesões benignas, podem ser excluídas do rastreamento, desde que apresente exames anteriores normais. Em mulheres imunossuprimidas o exame citológico deve ser realizado após o início da atividade sexual com intervalos semestrais no primeiro ano e, se normais, manter seguimento anual enquanto se mantiver o fator de imunossupressão. Mulheres HIV positivas devem ter o rastreamento citológico a cada 6 meses. 7- DESTACAR AS POLÍTICAS PÚBLICAS VOLTADAS PARA A PREVENÇÃO DO CÂNCER DE COLO DE ÚTERO. VACINA No Brasil, o calendário vacinal inclui, desde 2014, a vacina tetravalente contra o HPV para meninas de 9 a 13 anos. A partir de janeiro 2017, os meninos de 12 a 13 anos também começaram receber a vacina. O esquema vacinal consiste em duas doses, com intervalo de seis meses para meninas e meninos. Além do câncer do colo do útero, a vacina protege contra câncerde pênis, garganta, ânus e verrugas genitais. Essa vacina protege contra os subtipos 6, 11, 16 e 18 do HPV. Os dois primeiros causam verrugas genitais e os dois últimos são responsáveis por cerca de 70% dos casos de câncer do colo do útero. Mesmo as mulheres vacinadas, quando alcançarem a idade preconizada, deverão realizar o exame preventivo, pois a vacina não protege contra todos os subtipos oncogênicos do HPV. É muito importante que a vacina seja administrada antes do início da atividade sexual, porque ela não tem efeito sobre a infecção por HPV pré-existente ou nas lesões intraepiteliais cervicais já estabelecidas. Em um futuro próximo, teremos disponível a vacina nonavalente que oferece proteção contra sete tipos de HPV que causam câncer, os HPVs tipos 16, 18, 31, 33, 45, 52, 58 e dois tipos de HPVs que causam verrugas genitais, os HPVs 6 e 11 A maioria das vacinas contra vírus é baseada no uso de virions para induzir a produção de anticorpos. Mas não houve êxitos em se conseguir um virion do HPV. No entanto, conseguiu-se descobrir a proteína L1 que, em combinação com outra, denominada de L2, criou uma estrutura semelhante à encontrada nos virions. Esta estrutura, morfologicamente semelhante aos vírus, foi denominada de virus like particles (VLP). As VLPs são destituídas de DNA e, assim, são consideradas seguras, pois induzem forte resposta imune sem o risco de infecção ou de produzir uma neoplasia; porém as VLPs são capazes de induzir anticorpos apenas contra tipos específicos do HPV. cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar
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