Buscar

Biodisponibilidade de nutrientes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 5 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Continue navegando


Prévia do material em texto

~ Biodisponibilidad� d� Nutriente� ~
Biodisponibilidade – conceitos, definições e aplicabilidade:
● Food and drug administration – FDA:
● Farmacologia: estabelecer a proporção em que determinada substância
ativa era absorvida na forma farmacêutica, alcançava a circulação e se
tornava disponível no sítio de ação;
o Tamanho da partícula;
o Forma química;
o Absorção (via oral);
● Década de 80:
● Nutrição: a simples presença do nutriente no alimento ou dieta ingeridos
não garante sua utilização pelo organismo;
o Quantidade ingerida;
o Forma química;
o Agentes ligantes e outros nutrientes;
o Mecanismos homeostáticos que regulam a absorção;
● Inicialmente a biodisponibilidade foi definida como a proporção do
nutriente que é digerido, absorvido e metabolizado pelo organismo,
capaz de estar disponível para uso ou armazenamento;
● Holanda, 1997: conferência internacional de biodisponibilidade: “refere-se
à fração de qualquer nutriente ingerido que tem o potencial para suprir
demandas fisiológicas em tecidos-alvo”;
o SLAMANGHI:
▪ Especiação do nutriente;
▪ Ligação molecular;
▪ Quantidade consumida na refeição;
▪ Matriz onde o nutriente é incorporado;
▪ Atenuantes da absorção e bioconversão;
▪ Estado nutricional do hospedeiro;
▪ Fatores genéticos;
▪ Fatores relacionados com o hospedeiro;
▪ Interações.
● Suíça, 2001: congresso de disponibilidade:
o Bioconversão: proporção do nutriente ingerido que estará
biodisponível para a conversão em sua forma ativa. Ex: quanto de
pró-vitamina A estará disponível para ser convertida em retinol.
o Bioeficácia: eficiência com a qual os nutrientes ingeridos são
absorvidos e convertidos em forma ativa do nutriente. Ex: quanto de
pró-vitamina A será absorvida e convertida em retinol.
o Bioeficiência: proporção da forma ativa convertida do nutriente
absorvido que atingirá o tecido-alvo. Ex: correlação inversa entre o
risco de o feto apresentar um defeito de tubo neural e o estado
nutricional em relação ao folato em eritrócitos maternos.
● “Definir biodisponibilidade de micronutrientes é reconhecer todos os
fatores que influenciam, como também precisar as taxas de utilização do
nutriente absorvido, de suas trocas e excreção, o que varia
dramaticamente” (COZZOLINO, 2020).
● Finalidade:
o Relacionar a quantidade de nutrientes com o estado de saúde do
indivíduo;
o Muitos passos são necessários para se obter respostas mais
precisas sobre cada nutriente em particular.
● Nutricionista:
o Necessidades do organismo;
o Biodisponibilidade de nutrientes;
o Padrões alimentares;
o Recomendações de ingestão alimentar.
Biodisponibilidade de proteínas:
● Fatores que influenciam:
o Conformação estrutural: menor complexibilidade = maior a
digestibilidade e biodisponibilidade;
o Presença de compostos antinutricionais (fitatos, taninos e lectinas):
menor atividade de enzimas digestivas = menor digestibilidade e
qualidade nutricional das proteínas.
o Processamento e interação com outros nutrientes: temperaturas
extremamente altas e pH alcalino = menor digestibilidade.
Biodisponibilidade de fibras:
● Efeito negativo das fibras na biodisponibilidade de minerais:
o Diminuição de tempo de trânsito intestinal, o que provocaria
diminuição tanto da absorção dos minerais da dieta como da
reabsorção dos minerais endógenos;
o Diluição do conteúdo intestinal e aumento do volume fecal;
o Formação de quelatos entre componentes da fibra e minerais;
o Retenção de íons nos poros da estrutura gelatinosa de alguns tipos
de fibra;
● Efeito positivo das fibras na biodisponibilidade de minerais:
o Fermentação no intestino grosso gera ácidos graxos de cadeia
curta, que diminuem o pH luminal e aumentam a concentração e
solubilidade de minerais ionizados;
o Aumento da permeabilidade das junções oclusivas, aumentando a
absorção de cálcio.
Biodisponibilidade de minerais:
Fatores que influenciam:
● Comprometimento do estado nutricional – alimentação deficiente de
minerais, problemas digestivos ou de absorção;
● Condição em que os minerais chegam no TGI ou a absorção de pH do
meio;
● Interações com outros minerais presentes na alimentação
(biodisponibilidade);
● Solubilidade dos nutrientes – quanto mais solúvel, mais fácil a absorção;
● Minerais com propriedades semelhantes (competição).
Interações entre os nutrientes:
Ferro e cálcio:
● O cálcio pode inibir a absorção do ferro não-heme (ingestão simultânea);
● Alimentos fonte deve ser oferecidos em horários distintos;
● Suplementação: citrato de cálcio diminui a biodisponibilidade de Fe
não-heme.
Ferro e zinco:
● O excesso de ferro na alimentação pode interferir na biodisponibilidade
de zinco e vice-versa;
● Cuidado na suplementação.
Ferro e vitamina A:
● O retinol no sangue tem uma relação direta com a hematopoiese;
● A deficiência de vitamina A prejudica a mobilização do ferro das reservas
orgânicas;
● Afeta o transporte de ferro e a produção de células vermelhas
diretamente.
Ferro e vitamina C:
● A vitamina C aumenta a biodisponibilidade do ferro não-heme,
independente do estado nutricional do indivíduo.
Ferro e fitatos:
● Correlação inversa entre absorção de ferro e o conteúdo de fitato;
● Modificações nos métodos de moagem e processamento dos grãos
cereais parecem melhorar significativamente a biodisponibilidade de Fe.
● “Ao avaliar a biodisponibilidade de ferro de alimentos infantis (cereais
matinais), verificou-se que a utilização de fitase era desnecessária se
esses cereais contivessem baixas concentrações de fitato e altas de ácido
ascórbico” (COOK, J. D. et al, 1997).
Sódio e cálcio:
● O sódio dietético tem grande influência na perda óssea – mesmo sistema
de transporte no túbulo renal proximal;
● Alta ingestão de NaCl – maior absorção de Na – aumento do Na e Ca
urinários.
● O maior determinante da excreção urinária de cálcio é o sódio.
Cafeína e cálcio:
● Em altas doses pode levar a excreção urinária de cálcio – perda óssea;
● A associação tem sido limitada a mulheres na menopausa e com baixa
ingestão de cálcio.
Lactose e cálcio:
● A lactose aumenta a absorção intestinal de cálcio;
● O efeito é maior em crianças de nos adultos.
Zinco e vitamina A:
● Zinco – síntese da proteína ligadora de retinol (RBP);
● A RBP mobiliza e transporta a vitamina A do fígado para a circulação.
Zinco e fitatos:
● Fitatos comprometem a absorção de zinco;
● Minimizar seus efeitos: remolho das leguminosas.
Produtos industrializados enriquecidos:
● Baixa absorção dos nutrientes;
● Podem ser mal utilizados pelo organismo;
● Não consideram a individualidade;
● Falsa nutrição.
Considerações finais:
“A alimentação adequada, que permite a ingestão de todos os nutrientes que o
organismo necessita em quantidade e qualidade, tem se efetivado ao longo dos
séculos como um dos principais fatores para a promoção e manutenção da saúde,
bem como para a redução dos riscos de doenças nutricionais”.