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APRESENTAÇÃO OBJETIVOS DO CURSO MÓDULO 01: ASPECTOS GERAIS DA CLASSIFICAÇÃO E AVALIAÇÃO MÓDULO 02: ETAPAS PARA ELABORAÇÃO DOS INSTRUMENTOS DE GESTÃO DE DOCUMENTOS MÓDULO 03: ELABORAÇÃO DO CÓDIGO DE CLASSIFICAÇÃO DE DOCUMENTOS MÓDULO 04: ORIENTAÇÕES PARA A ELABORAÇÃO DE UMA TABELA DE TEMPORALIDADE E DESTINAÇÃO DE DOCUMENTOS ENCERRAMENTO REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ELABORAÇÃO DE INSTRUMENTOS DE GESTÃO DE DOCUMENTOS ARQUIVÍSTICOS, RELATIVOS ÀS ATIVIDADES-FIM Seja bem-vindo ao curso de Elaboração de Instrumentos de Gestão de Documentos Arquivísticos, relativos às atividades-fim! Esta é mais uma oportunidade de você aprimorar seu conhecimento técnico a respeito das atividades que envolvem a elaboração e aplicação de instrumentos técnicos de gestão de documentos, especificamente o Código de Classificação de Documentos e a Tabela de Temporalidade e Destinação de Documentos. O curso tem por finalidade capacitar os membros das Comissões Permanentes de Avaliação de Documentos (CPAD) de órgãos/entidades do Poder Executivo federal a realizar a elaboração do Código de Classificação e Tabela de Temporalidade e Destinação de Documentos, relativos às atividades-fim. Ao longo do curso, iremos abordar as seguintes questões: os aspectos gerais da classificação e avaliação; as etapas para elaboração dos instrumentos de gestão de documentos; Lição 1 de 8 APRESENTAÇÃO a elaboração do código de classificação de documentos; a elaboração da tabela de temporalidade e destinação de documentos. Esperamos que a partir deste curso você compreenda de forma objetiva a importância da elaboração de instrumentos de gestão de documentos, bem como que a aplicação de tais instrumentos irá impactar positivamente as atividades do órgão/entidade. O B J E T I V O S D O C U R S O O objetivo geral deste curso é capacitar de forma básica os membros de Comissões Permanentes de Avaliação de Documentos (CPAD), de órgãos/entidades do Poder executivo federal, para a elaboração de Código de Classificação e Tabela de Temporalidade e Destinação de documentos de arquivo, relativos às atividades-fim. M Ó D U LO 0 1 : A S PE C TO S G E R A I S D A C L A S S I FI C A Ç Ã O E AVA L I A Ç Ã O Lição 2 de 8 OBJETIVOS DO CURSO Neste módulo iremos apresentar os conceitos básicos de classificação e avaliação, bem como suas principais características e princípios; compreender as vantagens e desvantagens do método funcional; apresentar a aplicação da hierarquia e o desenvolvimento das classes e subclasses do código de classificação, bem como a estrutura funcional do código de classificação. Ao final deste módulo, você será capaz de: Lição 3 de 8 MÓDULO 01: ASPECTOS GERAIS DA CLASSIFICAÇÃO E AVALIAÇÃO reconhecer os conceitos básicos de classificação e avaliação;1 distinguir os tipos de classificação existentes;2 identificar as vantagens do método funcional de classificação;3 compreender a hierarquia das funções, subfunções e atividades desenvolvidas;4 1 . A PR E S E NTA Ç Ã O D A G E S TÃ O D E D O C U M E NTO S 1. APRESENTAÇÃO DA GESTÃO DE DOCUMENTOS Vamos iniciar nosso curso abordando que a gestão de documentos é indicada como política pública de arquivo do Estado brasileiro no § 2º, art. 216, da Constituição Federal de 1988, em que lemos: Assim, serve como instrumento de ação que apoia a administração, cultura e desenvolvimento científico a ser promovido obrigatoriamente pelo poder público por meio da Lei nº 8.159, de 8 de janeiro de 1991, que dispõe sobre a política nacional de arquivos públicos e privados. distinguir a estrutura funcional das classes e subclasses e seu desenvolvimento.5 “Cabem à administração pública, na forma da lei, a gestão da documentação governamental e as providências para franquear sua consulta a quantos dela necessitem.” No sentido mais amplo, a gestão de documentos visa assegurar ao governo e cidadão o acesso às informações públicas e, no sentido estrito, a produção, utilização e destinação final dos documentos, que garantem a eficiente e eficaz recuperação dos documentos de arquivo para a tomada de decisão. SAIBA MAIS Para ler mais sobre a gestão de documentos e seus objetivos, recomendamos que faça o curso “Introdução às Práticas Arquivísticas “, disponível em: https://www.escolavirtual.gov.br/curso/559 É importante frisar que, de acordo com o Decreto nº 10.148, de 2 de dezembro de 2019 (que atualizou parcialmente o Decreto nº 4.073, de 3 de janeiro de 2002), a análise, avaliação e seleção dos documentos produzidos e acumulados no respectivo âmbito de atuação compete à Comissão Permanente de Avaliação de Documentos (CPAD), estabelecida em todos os órgãos/entidades do Poder Executivo federal. Cabe destacar também que, desde a publicação do Decreto nº 2.182, de 20 de março de 1997, cada órgão/entidade do Poder Executivo federal tem a incumbência de constituir a sua respectiva CPAD, basicamente com essas mesmas atribuições. https://www.escolavirtual.gov.br/curso/559 FIQUE ATENTO! Ressaltamos que o Código de Classificação de Documentos e a Tabela de Temporalidade e Destinação de Documentos de arquivo, referentes às atividades-fim dos órgãos/entidades do Poder Executivo federal, são instrumentos que devem ser elaborados pelas respectivas Comissões Permanentes de Avaliação de Documentos (CPAD), conforme disposto no capítulo II do Decreto nº 10.148, de 2019 (http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2019-2022/2019/decreto/D10148.htm). Mas lembre, estes instrumentos técnicos (Código de Classificação e Tabela de Temporalidade) somente são válidos quando aprovados pelo Arquivo Nacional, conforme a legislação vigente. E para esta aprovação, precisam estar tecnicamente de acordo com as orientações do próprio Arquivo Nacional. Vale ressaltar que, antes de iniciar a elaboração dos instrumentos de gestão de documentos, é necessário que a CPAD do órgão/entidade entre em contato com o respectivo órgão setorial, no âmbito do Sistema de Gestão de Documentos e Arquivos (SIGA), de forma a alinhar com o mesmo as ações a serem desenvolvidas, visto que cabe a este último fazer o relacionamento interinstitucional formal com o Arquivo Nacional a fim de solicitar: a) orientação técnica para os trabalhos de elaboração dos instrumentos de gestão; ou b) análise com vistas à aprovação pela Direção-Geral do Arquivo Nacional das propostas de instrumentos já elaborados no âmbito dos respectivos órgãos e entidades do SIGA. http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2019-2022/2019/decreto/D10148.htm Fonte: Elaborado pelos autores. SAIBA MAIS Para saber mais sobre o SIGA, acesse: https://www.gov.br/arquivonacional/pt-br/siga 2 . C O NC E I TO S B Á S I C O S D E C L A S S I FI C A Ç Ã O E D E AVA L I A Ç Ã O https://www.gov.br/arquivonacional/pt-br/siga 2. CONCEITOS BÁSICOS DE CLASSIFICAÇÃO E DE AVALIAÇÃO A classificação cumpre a missão de assegurar e evidenciar a relação orgânica existente entre os documentos produzidos e acumulados pelo órgão/entidade no desenvolvimento de suas funções e atividades. Além disso, permite a sua recuperação de forma rápida e eficiente, facilitando a avaliação dos documentos. A avaliação é a análise de documentos de arquivo que estabelece os prazos de guarda (no arquivo corrente e no arquivo intermediário) e a destinação final, definindo o momento em que os documentos poderão ser eliminados ou recolhidos ao arquivo permanente, de acordo com o valor e o potencial de uso que apresentam para o produtor e para a sociedade. Assim, no procedimento de avaliação, deve ser identificado o valor primário ou secundário dos documentos. Uma das mais importantes atribuições dos serviços arquivísticos, a classificação está diretamente relacionada à hierarquia das funções, subfunções e atividades, determinando, em um código de classificação, as classes, subclasses, grupos e subgrupos. Fonte: Elaborado pelos autores. Então, mesmo de forma sucinta, percebemos que os procedimentos de classificaçãoe avaliação de documentos são fundamentais na execução de um programa de gestão de documentos. Mais adiante veremos com mais detalhes como identificar esses valores nos documentos públicos. Por ora, vamos nos ater à classificação. Na literatura especializada identificamos que os principais métodos de classificação de documentos são: funcional, estrutural e por assunto, além da classificação por tipologia documental, que não será abordada neste curso: Comparativo de métodos de classificação de documentos de arquivo Funcional Estrutural Por assunto Comparativo de métodos de classificação de documentos de arquivo Reflete as funções exercidas pelo órgão/entidade (produtor). Reflete a estrutura organizacional do produtor. Identifica os assuntos de que trata o documento. Em relação ao método funcional, os documentos resultam do desempenho “de uma função; são usados em relação à função e devem, portanto, ser classificados de acordo com esta” (Schellenberg, 2006, p. 95), assegurando, assim, os atributos permanentes da classificação: o respeito aos fundos e à ordem original, garantindo aos documentos a característica de documento de arquivo e recuperando a sua organicidade. Já sobre o método estrutural, observamos que possui a desvantagem de que a sua aplicação requer instituições com estrutura extremamente fixas e estáveis. Portanto, não é aconselhável, em virtude das sucessivas transformações na organização administrativa dos órgãos/entidades, não constituindo uma base segura para a elaboração do Código de Classificação de Documentos (Schellenberg, 2006, p. 95). E em relação ao método por assunto, sua aplicação também não é recomendada, pois se refere ao conteúdo de que trata o documento, em detrimento das atividades de que resultam sua produção e acumulação, não expressando as funções e atividades desempenhadas pelos órgãos/entidades. Assim, pelos motivos apresentados objetivamente acima, o Arquivo Nacional adota o método funcional, por ser a abordagem que garante a manutenção da relação orgânica dos documentos arquivísticos e em razão da maior constância das funções em relação às alterações nas estruturas administrativas, o que assegura mais estabilidade ao instrumento de classificação. Para realizar a classificação de documentos, portanto, se faz necessário realizar o estudo das funções e atividades do organismo produtor; fazer o levantamento da produção documental; e estabelecer a hierarquia das funções, visando à aplicação dos instrumentos de gestão de documentos. Vamos agora conhecer mais detalhes sobre o método funcional de classificação de documentos. 3 . O M É TO D O FU NC I O NA L E S U A S VA NTA G E NS 3. O MÉTODO FUNCIONAL E SUAS VANTAGENS Como apresentado no tópico anterior, o método de classificação funcional proporciona que os documentos arquivísticos mantenham os atributos permanentes da classificação: o respeito aos fundos e o respeito à ordem original, garantindo aos documentos a característica de documento de arquivo e recuperando a sua organicidade. E isso acontece porque os documentos arquivísticos são classificados segundo as funções exercidas pelo seu produtor. Os documentos resultam do desempenho “de uma função, são usados em relação à função e devem, portanto, ser classificados de acordo com esta” (Schellenberg, 2006, p. 95). E como realizar este estudo de funções? Para realizar o estudo das funções, precisamos: inicialmente fazer o levantamento de atos normativos que disponham sobre competências do órgão/entidade (como leis, decretos, portarias e regimentos), assim como sobre sua estrutura organizacional; 1 Todas estas informações nos permitem delimitar as funções administrativas da instituição, que por sua vez são desempenhadas através de diversas atividades que necessitam de atos e/ou operações específicas para seu cumprimento. FIQUE ATENTO! Lembre que o nosso foco são as atividades finalísticas desenvolvidas pelo órgão/entidade. Assim, não podemos considerar as atividades-meio neste estudo de funções. Mais adiante, iremos abordar o passo a passo das atividades preliminares à elaboração do Código de Classificação de Documentos e da Tabela de Temporalidade e Destinação de Documentos. Vamos agora tratar da representação da hierarquia das funções administrativas no código de classificação. proceder ao levantamento da documentação de natureza administrativa, que contribui para a compreensão das atribuições desempenhadas pelo órgão/entidade, como relatórios de gestão, mapa estratégico, plano estratégico, site e fôlderes institucionais, documentos sobre a política institucional, carta de serviços ao usuário; 2 realizar pesquisa de literatura especializada, o que auxilia a elucidar aspectos de sua trajetória administrativa e sua posição no Poder Executivo federal. 3 FIQUE ATENTO! O desenvolvimento do método funcional não nos exime de realizar o estudo da estrutura administrativa do órgão, embora esta não deva se refletir nos instrumentos de gestão de documentos. 4 . HI E R A R Q U I A D A S FU NÇ Õ E S , S U B FU NÇ Õ E S E AT I V I D A D E S D E S E NV O LV I D A S 4. HIERARQUIA DAS FUNÇÕES, SUBFUNÇÕES E ATIVIDADES DESENVOLVIDAS Como você deve ter observado na leitura dos tópicos anteriores, os nossos instrumentos de gestão de documentos (Código de Classificação e Tabela de Temporalidade e Destinação de Documentos) devem se basear nas funções do órgão/entidade, que se desdobram em subfunções e atividades. Podemos assim perceber que as funções possuem uma subordinação hierárquica, a serem refletidas no Código de Classificação e na Tabela de Temporalidade e Destinação de Documentos. No gráfico a seguir, exemplificamos a representação da hierarquia decorrente da função, lembrando que o desdobramento das subdivisões não será necessariamente igual em todos os níveis, podendo variar de acordo com as funções de cada órgão/entidade. Fonte: Elaborado pelos autores. Na representação acima, procuramos exemplificar que, de acordo com o estudo de funções, teremos como entender e definir com maior precisão as atividades-fim do órgão/entidade, bem como ocorre sua subordinação hierárquica para a execução de cada função. 5 . E S T R U T U R A FU NC I O NA L R E PR E S E NTA D A E M C L A S S E S , S U B C L A S S E S , G R U PO S E S U B G R U PO S 5. ESTRUTURA FUNCIONAL REPRESENTADA EM CLASSES, SUBCLASSES, GRUPOS E SUBGRUPOS Neste tópico vamos tratar da formação da estrutura do Código de Classificação de Documentos, que será estabelecida a partir das funções, subfunções e atividades do órgão/entidade. Dessa forma, as classes deverão ser esquematizadas do geral para o particular, a fim de representar as funções, subfunções e atividades que produzem os documentos. Ressaltamos que determinadas atividades podem se subdividir em tarefas. Durante o processo de elaboração das classes e suas subdivisões, devemos estar atentos a alguns pontos: Os níveis de classificação serão dispostos de maneira lógica e hierárquica, a partir do conhecimento do contexto de produção dos documentos. Deve sempre haver consistência nas divisões dos níveis de classificação, adotando-se o mesmo critério nas classes, subclasses, grupos e subgrupos, devendo tais divisões refletir sempre a função ou atividade do órgão/entidade a que estão relacionadas. As classes devem ser mutuamente excludentes, ou seja, vedar a possibilidade de dupla classificação dos documentos. A denominação das classes, subclasses, grupos e subgrupos deve se orientar pela concisão e precisão, a fim de expressar de forma inequívoca o grupamento que corresponde a eles. A seguir, temos uma representação da equivalência entre as funções e classes, bem como suas respectivas subdivisões. Fonte: Elaborado pelos autores. No módulo 2 vamos conhecer as etapas preliminares necessárias ao desenvolvimento dos instrumentos de gestão. Vamos lá! M Ó D U LO 0 2 : E TA PA S PA R A E L A B O R A Ç Ã O D O S I NS T R U M E NTOS D E G E S TÃ O D E D O C U M E NTO S
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