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jENNIFER MOURA | 4 PERÍODO DESENVOLVIMENTO DA CRIANÇA 1 mês: sorriso social 1 mês e meio: ri respondendo a faces ou vozes 2 meses: consegue sustentar pescoço, fixa olhar 3 meses: mãos juntas na linha média 4 meses: postura dos braços, reflexo tônico cervical assimétrico desaparece, alcança objetos, reflexo palmar cessa (apertar as coisas com pés e mãos), fixa olhar nas próprias mãos 6 meses: sentando-se por ter controle do tronco, balbucia 7 meses: agarra dedo polegar, inibe com não, atende a ordens 7/8 meses: movimento de pinça 8 meses: descobre brinquedos escondidos 9 meses: engatinhar 10 meses: brinca simbolicamente 12 meses: andando sozinho e articulando 1 a 3 palavras 15 meses: 4 a 6 palavras 16 meses: corre 17 meses; estica para pegar algo, brinca com bonecos 18 meses: 10 a 15 palavras 2 anos: forma frases Reflexo das crianças vão até 4 meses Neonato (0-28 dias) lactente pré-escolar adolescente Neonato: · RN com menos de 2500g = baixo peso · RN com menos de 1500g = muito baixo peso · RN com menos de 1000g = extremo baixo peso · Se um RN nascer com menos de 500g, é considerado aborto · 0 – 28 dias de vida · Peso normal: acima de 2,5kg e menor que 4kg · Idade gestacional normal (a termo): 37 – 42 semanas incompletas · Quando bebe nasce antes das 37 semanas (pré-termo), percebemos um bebê com pele lisa, prematuro, difícil de palpar mamilo, orelha parece não ter cartilagem, muita elasticidade, bebe nasce com vernix que é uma massa branca gordurosa que protege a pele do bebe, já se ele nascer depois de 42 semanas o bebe é pós termo e tem a pele enrugada · Tem mãe como base · Peso relacionado a idade gestacional: · Peso adequado para a idade que a criança nasce · AIG (Peso adequado para idade gestacional) entre P 10-90, · PIG (peso abaixo de P10 – relacionado a mãe hipertensiva ou tabagismo. Criança considerada desnutrida). O sofrimento dentro do útero (não tem nutrição necessária), faz o bebê crescer com proteção pois já está se preparando desde a vida intrauterina criando resistência. Quando adulto, a criança PIG pode ter problemas como HAS, doença coronariana e DM · GIG (peso acima de P90 – relacionado a diabetes gestacional) Ser prematuro tem apenas a ver com a idade gestacional, nem sempre uma PIG é prematura, apenas não tem o peso adequado para aquela idade gestacional · Principal causa de atraso motor: baixo peso ao nascer, distúrbios cardiovasculares, respiratórios e neurológicos, prematuridade, infecção neonatal, baixas condições socioeconômicas, nível educacional precário dos pais que não estimulam a criança de maneira adequada, desnutrição etc. · Incompetência/insuficiência istmo cervical: patologia onde o colo do útero da gestante não suporta o peso do bebê provocando abortos ou partos no segundo trimestre de gestação · Audição desenvolvido pelo lado feminino por conta da mãe · Tem contato visual de 20-30cm por conta da proximidade da mãe, tem preferência por rostos · Reflexo de Moro: segurar a criança pela mão e soltá-la, a criança desce lentamente os braços, desencadeado por um susto, por exemplo. Incompleto antes dos 3 meses e não deve existir depois dos 6 meses. É semelhante ao movimento que nos adultos fazemos quando nos assustamos ou sentimos medo – nos inclinamos para frente – significa que o sistema nervoso do bebê está funcionando de maneira efetiva. · Reflexo cutâneo – plantar: estimulamos a porção lateral do bebê e ele estende o hálux. A partir do 13 mês de vida, o bebê consegue flexionar o hálux, após essa idade a extensão é patológica · Reflexo tônico cervical assimétrico: virar a cabeça do bebê e os membros do lado correto acompanharem · 6 estados comportamentais: · 1: sono profundo (bebê dorme e não acorda com facilidade) · 2: sono ativo (se incomoda caso mexa com ele, mas continua dormindo) · 3: sonolência (bebê acorda, mas sente que ainda está dormindo, inquietude ou choro) · 4: alerta tranquilo (bebê acorda bem e ativo, acompanha objetos ou rostos e se movimenta horizontalmente, não chora alto) · 5: despertar ativo (bebê acorda estressado, inquieto) · 6: choro intenso · Alguns estudos constam que quando a mãe dá banho no bebê, ele fica mais tranquilo do que quando recebe banho de algum enfermeiro, por exemplo · Criança de cesariana é mais ansiosa, tem reflexo de colocar dedo na boca com a a intenção de se auto apaziguar · Bebê precisa ser estimulado, é um dos papeis de o médico aconselhar os pais sobre a importância do estímulo e como fazer. Se o bebê não for estimulado de maneira efetiva pode ter atraso de memória, coordenação visuomotora e linguagem, por exemplo Lactente: · 29 dias – 2 anos incompletos · Bebê começa a usar mais os membros superiores, começa a pegar objetos, manipular. · Ritmo de sono, alimentação e excreção de acordo com a rotina estabelecida · Chamada de primeira infância · Tem sua família como base · Começa ter sua autopercepção · Bebê passa da horizontal para vertical conseguindo uma independência motora – habilidades cada vez mais complexas · 4 pilares: motor grosseiro (sustentar cabeça com 2 meses, perde reflexo tônico cervical, senta-se sem apoio aos 6 meses), motor fino (alcança objetos com 4 meses, reflexo palmar cessa aos 4 meses), comunicação e linguagem (ri respondendo faces ou vozes com 1,5m, balbucia com 6 meses, inibe com não com 7m, primeira palavra com 12m, atende a ordens com gestos com 7m) e cognitivo (atenção, percepção, memoria, raciocínio, juízo, imaginação etc, fixa olhar com 2 m, olhar para próprias mãos com 4m) Pré-escolar: · 2 – 6 anos incompletos · Dependente do estímulo/ambiente porque já tem contato com outras pessoas fora da família, com crianças na creche etc. · Tentativa de independência · Refrear impulsos, excessos de fúria, interação com muitas pessoas, curiosidade sobre genitais e masturbação · Aprimoramento das habilidades adquiridas enquanto lactente, comunicação e locomoção · Explorar e brincar · Aos 2 anos, tem desenvolvimento motor como correr, subir e descer escadas, adaptativo como rabiscos circulares, rabisca linhas horizontais, na linguagem colocando 3 palavras em conjunto (sujeito, verbo e objeto) e social manipulando bem a colher, ajuda a se despir e ouve histórias com figuras · Aos 2 anos e 6 meses, no desenvolvimento motor já consegue alternar os pés ao andar, na adaptativas faz linhas verticais e forma uma figura fechada, na linguagem refere-se a si mesmo como eu sabe seu nome completo e na social ajuda a arrumar coisas e tenta brincar · Aos 3 anos, no motor aprender a andar de velocípede, fica em pé por alguns momentos num pé só, no adaptativo aprende a copiar um círculo, na linguagem sabe a idade e sexo, conta três objetos, na social faz jogos simples, ajuda a se despir (número 3 no velocípede) · Aos 4 anos, já consegue se equilibrar, pular, ficar em um pé só, usa tesoura, desenha homem com 2 a 4 partes além da cabeça (fazer 4 com as pernas = equilíbrio com um pé só) · Aos 5 anos, no motor já está saltando na amarelinha por exemplo, na adaptativa desenha triângulo copiando, na linguagem da nome de 3 cores e social já se veste sozinho, faz pergunta sobre significado das coisas (amarelinha) Escolar: · 6 – 12 anos · Separação progressiva dos pais · Busca aceitação pelos colegas · Percebe a avaliação dos outros sobre si – autoestima · Começa a pressão dos pais para ter um bom rendimento escolar, o que pode prejudicar a criança futuramente se for muito rigorosa · Percepção do “pré” – pré-operação lógica concreta, já entende que fulano não some na brincadeira do esconde esconde de 2 - 7 anos · Operatório completo 7 – 12 incompletos · Operatório formal mais de 12 anos Cognição e linguagem (Piaget): 0-2 anos: sensório motor: criança busca ter controle motor, ter noção dos objetos que os rodeiam, absorve conhecimento através de suas ações (exemplo: quando bebe vê um pote de bolacha em cima da mesa em cima de uma toalha e puxa a toalha para conseguir o biscoito) 2-7 anos: pré-operacional: não conseguem ter noção se não fizerem, acham que seu ponto devista é único, desenvolvem imagens mentais, não consegue se centrar se tiver mais de um aspecto de situação 7-11 anos: operatório concreto: já consegue lidar com conceitos como números e relações, início da escolarização formal, declínio do egocentrismo, empatia com sentimentos e atitudes dos outros, maior respeito mútuo >12 anos: operatório formal: habilidade de engajar-se no raciocínio proposicional deduções logicas, pensamento formal abstrato, começa a criar hipóteses para tentar explicar e sanar seus problemas Exame mini mental: feito na pediatria para crianças a partir de 4 anos. Fazer um questionário sobre qual dia, ano, estação, pais, estado etc. e cada acerto vale 1 ponto, além disso há outros questionários que estimulam orientação, atenção e cálculo, evocação, concentração, memoria, linguagem etc. e no final o score dele x 0,25 + 2,60 dá a sua idade mental Muito usado na pediatria para acompanhar o desenvolvimento infantil, mas também pode ser usado na geriatria como parâmetro para suspeita de déficit no idoso Adolescente: · De acordo com a OMS é de 10 a 20 anos, mas de acordo com o ECA é de 12 a 18 anos · Crise de identidade · Hormônios + estruturas sociais · Puberdade é diferente de adolescência. Puberdade é uma fase biológica onde há o broto mamário nas meninas, aumento do volume testicular, fechamento das epífises, conjunto de mudanças físicas, já na adolescência é universal, é uma denominação para um estado do ser humano onde ele busca sua identidade adulta e sua identidade própria (quem sou, o que quero fazer etc.) INSTRUMENTOS DE VIGILÂNCIA DO DESENVOLVIMENTO INFANTIL Classificações e condutas que fazemos até 2 anos de idade Tem que ter 3 ou mais alterações fenotípicas para ser considerado “anormal” Instrumentos de vigilância: · Opinião da mãe sobre o desenvolvimento do filho · Perímetro cefálico (Se estiver acima do valor máximo (p90) ou abaixo do valor mínimo (p10), já é, isoladamente, decisivo para enquadrar o paciente em “provável atraso no desenvolvimento”) · Alterações fenotípicas ao exame físico (so alteram a classificação e aparecerem 3 ou mais como prega no epicanto, olhos oblíquos e mãos menores que sugerem síndrome de Down) · Postura, reflexos e comportamentos pr3sentes em determinadas faixas etárias das crianças · Fatores de risco (biológicos ou ambientais) Os fatores de risco biológicos incluem: prematuridade, baixo peso, icterícia neonatal com necessidade de fototerapia, internação, ter tido pneumonia, meningite, não realização do pré-natal pela mãe, entre outros. Basicamente, os biológicos são inerentes à criança. Já os fatores de risco ambientais são os riscos do “entorno” em que a criança está inserida, como ter muitos irmãos, pais alcóolatras etc. Precisamos conhecer como foi a gestação da ame, se ela teve acompanhamento pre natal que a impediu de ter alguma doença, como foi durante o parto, se fez uso de algum medicamento, se foi planejado aquele filho para entendermos como sera a sua criação. Além disso, também precisamos saber sobre o desenvolvimento da criança em si. Como foi parto, quanto pesou ao nascer, se teve algum problema na hora de nascer, se chorou, se precisou de internação assim que nasceu, se a mãe participou dos cuidados, se teve convulsão, meningite, se pais são consanguíneos, se na família tem casos de alguém com problemas mentais, devemos saber como e com quem a criança costuma brincar, com quem e onde costuma ficar ao longo do dia, se apenas convive ou se tem criancas em casa, creche etc Precisamos saber sobre a escolaridade da mae, sua convivencia familiar, suas condições sociais, existencia de usuarios de drogas ou alcool, e acima de tudo, o que a propria mae acha sobre o desenvolvimento do filho Em caso de prematuridade, temos que “corrigir” os marcos esperados de acordo com a idade em que o paciente deveria ter nascido (40 semanas). Ou seja, se a criança nasceu com 34 semanas (6 semanas antes do normal, que corresponde a 1 mês e meio), eu tenho que considerar os marcos para a faixa etária como se ele tivesse 1,5 mês a menos. Ex: Criança de 6 meses que nasceu com 34 semanas → devo esperar que ela tenha atingido os marcos de desenvolvimento para criança de 4 meses e meio. Temos a vigilância do desenvolvimento da criança que vai acompanhar criança menores de 2 meses a 2 anos de idade Menores de 2 meses Na vigilância de crianças menores de 2 meses, além de vermos os fatores de risco, opinião da mãe, perímetro cefálico, alterações fenotípicas, temos que avaliar alguns reflexos primitivos, posturas e habilidades observados em crianças nos primeiros meses como reflexo de moro, reflexo cocleo-palpebral, reflexo de sucção, braços e pernas flexionados, mãos fechadas. De 1 mês a 2 meses ver se o bebe já esta vocalizando, esperneio alternado, sorriso social, abrir das mãos. Se observarmos algum tipo de alteração naquela criança, precisamos ficar atentos e agendar a próxima consulta com espaçamento de 15 dias Precisamos estar atentos a uma coisa muito importante: por exemplo, paciente tem 10 meses e ainda não sentou sem apoio, previsto para fazer isso com 9 meses, o que devemos fazer nesse caso: devemos olhar os marcadores anteriores, se a criança estiver ok nos marcadores de meses anteriores ela tem um possível atraso, mas se além desse atraso ele tiver outros de meses anteriores, ele terá um provável atraso Menor que 2 meses: Na Consulta de Retorno da criança com Possível Atraso no Desenvolvimento observe se a criança já apresenta os marcos que estavam ausentes. Caso afirmativo, elogie a mãe e oriente sobre a estimulação da criança e a retornar para o acompanhamento do desenvolvimento de acordo com a rotina do serviço de saúde. Se não progrediu, reclassifique como Provável Atraso no Desenvolvimento e refira para avaliação neuropsicomotor. Se foi classificada como Desenvolvimento Normal com Fatores de Risco e continua apresentando os marcos do desenvolvimento para sua faixa etária presentes, elogie a mãe e oriente sobre a estimulação da criança e para retornar para o acompanhamento do desenvolvimento de acordo com a rotina do serviço de saúde. Informe também sobre os sinais de alerta para retornar antes da data do retorno. Se deixar de apresentar algum marco para sua faixa etária, refira para avaliação neuropsicomotora 2 meses a 2 anos Aos 2 meses observar se bebe esta fixando olhar no examinador ou na mae, se segue objetos na linha media, se reage a som, se eleva a cabeça Aos 4 meses, se responde ao examinador com vocalização, segura objetos, emite sons, sustenta a cabeça Aos 6 meses, se alcança um objeto, leva objetos a boca, localiza som, rola Aos 9 meses, se já está brincando de esconde achou, transfere objetos de uma mao a outra utilizando a pinça, duplica silabas (papa, mama), senta sem apoio Aos 12 meses, se já esta andando com apoio, imita gestos, faz pinça, jargão (algum tipo de linguagem que esboça) Aos 15 meses se já esta falando, andando sem apoio, executa gestos a pedido Aos 18 meses se já esta identificando objetos, rabiscando espontaneamente, produzindo 3 palavras, anda para tras Aos 24 meses, se já esta tirando a roupa sozinho, chutando bola, aponta 2 figuras • Se tem de 2 até menos de 4 meses observe a faixa de 2 meses. • Se tem 4 a menos de 6 meses observe a faixa etária de 4 meses. • Se tem de 6 a menos de 9 meses observe a faixa etária de 6 meses, e assim por diante. • Sempre avalie a criança na faixa de sua idade ou na imediatamente inferior a sua. Veja a seguir os marcos para cada faixa etária. Precisamos estar atentos as tabelas porque, por exemplo, para crianças até 2 meses de idade recomendamos o retorno em caso de possível atraso de 15 dias. Mas, em crianças acima de 2 meses até 2 anos, recomendamos 30 dias LER: https://www.nescon.medicina.ufmg.br/biblioteca/imagem/1711.pdf DISTURBIOS DA AQUISIÇÃO DA APRENDIZAGEM E LINGUAGEM Na clinica, chegam muitas queixas de mães queixando sobre a aprendizagem do filho. Devemos levar em consideração que na maioria das vezes, esta relacionado a linguagem,tanto recepção (verbal e escrita) quanto expressão (verbao e escrita) Linguagem: Não verbal: olhar + gestos Tem 3 fases: pré linguística (ate 11-12m – usa fonemas) e linguística (palavra) Envolve 4 sistemas interdependentes: pragmático (comunicação num contexto social), fonológico (percepção e produção de sons – palavra – relação com área de wernicke e broca), semântico (significado da palavra), gramatical (regras sintáticas e morfológicas) A criança aprende uma palavra, fazendo associação com uma imagem. Por isso que ate hoje, quando falamos ‘’maçã’’, por exemplo, imaginamos automaticamente uma maçã Som ouvido decodificação impulso eletrioc area auditiva cortex cerebral area de wernicke (area da linguagem – associar a palavra a alguma imagem que já tenha no cerebro, não apenas a imagem por si só, mas sabor, textura etc. se tiver lesão, eu consigo articular as palavras mas tenho dificuldade de compreensao) --: manda informação para area de broca (area de resposta – falar o nome do que esta imaginando. Se tiver lesão, não consigo articular as palavras corretamente para responder) O hemisfério esquerdo do cérebro está mais dominante na linguagem, enquanto o direito esta relacionado com a comunicação pragmática Classificação da fala: · Atraso: quando a criança fala na sequencia correta mas o ritmo dela é mais lento que o esperado pela idade · Dissociação: quando há diferença significativa entre a evolução da linguagem com outras áreas do desenvolvimento. Por exemplo, criança ta andando bem mas não consegue articular as palavras como deveria · Desvio: não há linguagem de maneira qualitativa. Ocorre em casos de autismo Ecolalia: repetir o que uma palavra que a pessoa falou. Ex: mae pede para filho pegar a bolsa e criança fala ‘’bolsa’’ Disfasia: má coordenação das palavras Afasia: dificuldade de nomear pessoas ou objetos Linguagem e epilepsia: os distúrbios mais relatados são difasia, afasia critia, afasia epileptica Autismo: · Fala palavras pouco usuais · Fala dele mesmo sem dizer ‘’eu’’, se chama inversão pronominal. ‘’estou com sede’’ = ‘’joao está com sede’’. Usa 3º pessoa do singular · Ecolalia · Discurso incoerente · Pode não ser responsivo a questionamentos/vocativos. Não responder quando chama ou quando pergunta algo. · Dificuldade na comunicação · Perseveração · Prosódia aberrada: trocar silaba (Ex: escola = escola) Aprendizagem: Construção, ação e tomada de consciência da coordenação das ações Um grande exemplo de quem tem dificuldade de aprendizagem é o dislexico Áreas cerebrais relacionadas a aprendizagem: · Região occipital (cortex visual primário): processamento de símbolos gráficos – letras · Parietal: como diferenciar letras (q,p,b,d) de acordo com posição delas · Área de wernicke: compreensão do que ouve ou le · Área de broca (córtex primário motor): expressar o que ta lendo. Fala falada Dislexia: Dificuldade de leitura – como se letras estivessem dançando Pode ser de desenvolvimento (ambiental) ou adquirida (lesão cerebral) Alguns fatores influenciam como baixo peso ao nascer, genética, podendo ser concomitante a TDAH, disgrafia (dificuldade em ter letra legível) e disortografia (dificuldade em escrever certo), dificuldade com alteração auditiva e visual (não ve algo se aproximando) MANIFESTAÇÕES PRECOCES DOS TRANSTORNOS DO COMPORTAMENTO NA CRIANÇA E NO ADOLESCENTE Começamos a verificar o problema na criança na escola quando seu rendimento escolar não tem conexão com fatores intelectuais, sensoriais ou incapacidade física É importante sempre observar o comportamento da criança na escola, além de estimulá-lo. Assim, verificamos suas reações comportamentais a situações corriqueiras, tristeza e depressão continua Crianças tem tendencia a desenvolverem sintomas físicos ou medos associados a problemas comuns Crianças podem desenvolver na fase pré-escolar e início da vida escolar transtornos que são invasivos no desenvolvimento (TID). São transtornos que incluem três manifestações: social, comunicação e comportamento. Esses transtornos são condições psiquiátricas nas quais as habilidades sociais, o desenvolvimento da linguagem e os aspectos comportamentais esperados para uma criança não se desenvolvem ou então são perdidos no início da infância. · Espectro do autismo (TEA): não é mais considerado uma TID hoje em dia existe uma classificação apenas para autismo chamado de transtorno do espectro autista (TEA). É considerado um transtorno do neurodesenvolvimento onde a criança tem dificuldade de comunicação social e mantem um interesse limitado e estereotipado (restritos e repetitivos). Bem observado depois dos 2 anos de idade. Inclui 3 principais sintomas: repertorio limitado de atividades, interesses e comportamentos + comprometimento do desenvolvimento da linguagem verbal e não verbal + pobre ou nenhuma interação social, incluindo contato visual · Síndrome de Rett: ocorre exclusivamente em meninas que provoca mutação genética. Até os 18 meses de vida, o desenvolvimento da criança parece ser normal, depois disso algumas habilidades como fala, capacidade de andar, controle do uso das mãos começam a regredir e vao sendo substituídos por movimentos estereotipados, involuntários e repetidos. Além do tamanho da cabeça começa parar de crescer. Não tem cura · Transtorno desintegrativo da infância: regressão acentuada no desenvolvimento da criança após 2 anos de idade · Síndrome de Asperger: classificado como transtorno do espectro autista grau 1 (autismo leve). Afeta a maneira que a pessoa percebe o mundo e interage com outras pessoas. As pessoas autistas mais graves, tem dificuldade generalizada de aprendizagem, já o caso de síndrome de asperger, a criança tem dificuldade em alguns pontos de aprendizagem, não tem muita dificuldade com a fala, mas pode ter dificuldade no processamento e entendimento da linguagem · TID-SOE - transtorno invasivo do desenvolvimento sem outra especificação TDAH Mais comum em meninos. Tríade: desatenção, impulsividade e hiperatividade. Caracterizado por 6 ou mais dos seguintes sintomas de desatenção persistindo por pelo menos 6 meses, em grau mal adaptativo e inconsistente com o nível de desenvolvimento: · Desatenção · Não presta atenção em detalhes e acaba errando algumas vezes por isso · Dificuldade em concentração · Parece não escutar o que as pessoas dizem · Não segue instruções e não termina o que começa (deveres escolares) · Dificuldade em organizar tarefas · Antipatiza com as atividades que exigem esforço mental · Perde com frequência materiais como lápis, brinquedo etc. · Se distrai facilmente por estímulos alheios · Hiperatividade · Frequentemente agita as mãos e se remexe na cadeira · Abandoa situações que espera que ele esteja sentado · Corre ou escala em demasia em situações inapropriadas · Dificuldade em brincar ou se envolver em silencio · Fala em demasia · Impulsividade · Frequentemente das respostas precipitadas antes de as perguntas terem sido completadas · Tem dificuldade em aguardar sua vez · Interrompe e se mete em assunto dos outros (intromete-se em conversas ou brincadeiras) O diagnostico se dá por questionários padronizados onde a escola e pais respondem, precisa passar por avaliação pediátrica, neurológica ou psiquiátrica, oftalmológica ou auditiva (para exclusão de algum diagnostico) Tratamento é medicamentoso (ritalina), terapia individual e familiar, intervenção pedagógica No total, são 18 sintomas. Para diagnosticar TDAH, é necessário que sejam positivos 6 sintomas de desatenção + 6 sintomas de hiperatividade/impulsividade. Se tiver só 6 de desatenção e não tiver pelo menos 6 de hiperatividade/impulsividade, o diagnóstico será apenas de TDA. Se for o contrário, 6 de hiperatividade/impulsividade sem os 6 de desatenção), será TDH. Transtorno de ansiedade de separação: ansiedade excessiva em relação ao afastamento dos pais, não adequada em nível de desenvolvimento, temem que algo possa acontecer consigo ou quem ama, pode manifestar sintomas cardiovasculares, humilhação e medo, a partir dos 5 anos de idade.Devemos sempre ter o retorno a escola para evitar cronicidade e evasão escolar, intervenções farmacológicas só são necessárias quando há sintomas graves e incapacitantes Transtorno de ansiedade generalizada: criança tem irritabilidade, inquietação, fadiga muscular, insônia, perda de concentração. Pode ter sintomas físicos como dor no peito e tontura e também sintomas psíquicos como irritação, tensão, inquietação, insônia etc. fazemos tratamento com medicamentos antidepressivos e psicoterapia Transtorno depressivo maior: afeta o SNC, interferindo na emoção, percepção, pensamento e comportamento do indivíduo. Entre 24 e 44 anos. Pode se dar por separação dos pais, problemas na escola, sexualidade, rejeição e principalmente bullying. Pode trazer como problemas o TDAH, transtornos alimentares, uso de substâncias toxicas, tentativa de suicídio etc. tratamos com psicoterapia, farmacoterapia (inibidor da serotonina) Sintomas de depressão infantil: pelo menos quatro dos seguintes sintomas: dificuldade em ganhar peso, agitação ou retardo psicomotor, alterações do sono, fadiga ou falta de energia, culpa excessiva, diminuição da concentração, ideias recorrentes sobre morte Transtorno distímico/depressão crônica: humor cronicamente deprimido que ocorre na maior parte do dia por pelo menos 2 anos. Falta de prazer pela vida e constante sentimento de negatividade. Aumenta com a idade, frequência baixa até 6 anos. Na infância, o risco é o mesmo para menino e menina, mas na adolescência a prevalência é em meninas. Criança tem humor deprimido, baixo nível de energia, problemas de sono, alterações de apetite, diminuição da autoestima. Tratamento com psicoterapia e inibidores de serotonina. Transtorno do humor: era antigamente conhecido como bipolaridade. Alterações de humor, pode ter episódios de depressão e mania ou episódios de depressão e hipomania. Tem fatores genéticos associados. Tratamento com psicoterapia e farmacoterapia (estabilizadores do humor, antidepressivos e antipsicóticos) Esquizofrenia: na fase aguda da doença, a pessoa tem perturbações mentais muito fora do normal, tem delírios, alucinações, desordens do discurso e comportamento. Mas, também pode ter perda ou diminuição das capacidades mentais (paranoide, desorganizado, catatônico, residual). Tem como fatores de risco o nascimento no inverno, ofensas no inicio do desenvolvimento e genética. Tratamento por psiquiatria e antipsicóticos. Forte relação com tabagismo, bebidas alcoólicas Bulimia: exagero e alimentação e sente perda de controle. Usa métodos como vomito ou medicamento para impedir ganho de peso Anorexia: busca pelo ‘’corpo ideal’’. Tem maior conexão ao desenvolvimento de transtornos de humor por conta dos neurotransmissores parecidos do humor e alimentação Abuso de substancias como álcool, drogas e fumo: Muitas vezes, o paciente com as patologias descritas acima pode usar essas substâncias como “muleta”. • O mecanismo pelo qual estas e outras condições psiquiátricas podem estar associadas não é bem conhecido; • A negação e a resistência ao diagnóstico são características frequentes nos pacientes e nas famílias; • A escola também pode ser fonte de informações importantes; • Uma maneira de abordar inicialmente o paciente é perguntar sobre sua opinião em relação a outras pessoas que usam substâncias ilegais, álcool e fumo (não falar diretamente sobre o problema do paciente).