Buscar

Abdome Agudo

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 9 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 9 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 9 páginas

Prévia do material em texto

Ana Luiza Spiassi Sampaio 
Medicina UFSM – Turma 109 
 Quadro clínico: dor abdominal de início súbito 
ou de evolução progressiva, que necessita de 
definição diagnóstica e de conduta 
terapêutica imediata; 
 Variedade de distúrbios intra-abdominais 
progressivos → retarda diagnóstico e 
tratamento → afeta prognóstico; 
 Urgência médica. 
 
 
 Dor de início insidioso, com agravamento e 
localização com o tempo; 
 Sinais sistêmicos → febre e taquicardia; 
 Causas: apendicite aguda (mais comum), 
colecistite aguda, diverticulite aguda, pancreatite, 
anexite aguda; 
 
 Dor em cólica, geralmente periumbilical; 
 Associadamente → náuseas, vômitos, distensão 
abdominal, parada da eliminação de flatos e fezes; 
 Causas: oclusão mecânica por bridas, hérnias, 
neoplasias e invaginação; 
 
 Dor súbita e intensa, com defesa abdominal e 
irritação peritoneal; 
 Derrame do conteúdo de víscera oca no peritônio → 
secundário à ulcera gastroduodenal, diverticulite, 
corpos estranhos e neoplasias; 
 
 Dor difusa e mal definida; 
 Desproporção entre dor e exame físico; 
 Causas: embolia, trombose mesentérica com 
isquemia intestinal; 
 Obstrução arterial e venosa de artérias 
mesentéricas superior e inferior (principalmente 
inferior); 
 Ausência de sinais de peritonite; 
 Diferença entre vascular e hemorrágico → o 
vascular é isquêmico, não saindo do limite do órgão 
ou da alça intestinal, causando necrose local; no 
hemorrágico, o sangue pode extrapolar o órgão; 
 
 Dor intensa, com rigidez e dor à descompressão; 
 Sinais de hipovolemia → hipotensão, taquicardia, 
palidez e sudorese; 
 Causas: prenhez ectópica rota, ruptura de cistos, 
ruptura de aneurismas, rotura de baço; 
 
 Clinico; 
 Laboratorial; 
 Exames de imagem; 
 
 Dor abdominal; 
 Resposta inflamatória sistêmica → febre, 
taquicardia, taquipneia; 
 Irritação peritoneal; 
 Distensão abdominal; 
 Parada da eliminação de flatos e fezes; 
Ana Luiza Spiassi Sampaio 
Medicina UFSM – Turma 109 
 Disúria; hematúria; 
 Astenia; 
 Náuseas e vômitos; 
 Sinal de Kehr: positivo quando há dor aguda, 
intensa e repentina sentida na ponta do ombro, 
desencadeada principalmente quando o paciente é 
colocado na posição de Trendelemburg e quando 
estão deitados e com o membro inferior levantado; 
o Sinal de irritação diafragmática → causa dor no 
ombro homolateral, ela ocorre devido à presença 
de fluídos nocivos (sangue intraperitoneal livre, 
conteúdos gástricos de uma úlcera perfurada ou 
pus de um apêndice perfurado); 
 Dor em hipocôndrio direito → pensar em fígado, 
vesícula; 
 Sinal de Torres Homem → sinal de abscesso 
hepático; 
 
 Deve ser norteado de acordo com o exame físico; 
 Hemograma; creatinina; amilase; bilirrubinas; ác. 
lático/lactato; 
**Sofrimento mesentérico/isquemia mesentérica → elevação 
de lactato. 
 
 RX abdominal: 
o Abdome agudo obstrutivo: 
 Ortostase + decúbito dorsal; 
 Decúbito lateral esquerdo + tórax AP; 
 RX de tórax → pneumoperitônio (ar sobre o 
diafragma); 
 TC de abdome com contrate → padrão-ouro; 
o Pode ser usada em todas as formas de abdome 
agudo; 
o Cálculo renal → primeira fase sem contraste e 
depois com contraste; 
 USG; 
 
 Primaria: rara; em pacientes com cirrose e 
crianças; 
 Secundária: mais comum; perda de integridade do 
trato gastrointestinal; 
 Terciária: recorrente; seguindo peritonite primária 
ou secundária; 
 
 
Causa mais comum de abdome agudo em 
criança, adolescente e adulto jovem; 
 
 
A Anorexia 1 ponto 
L Leucocitose 2 pontos → + 1 ponto 
se desvio à esquerda 
V Vômitos com náuseas 1 ponto 
A Algia (dor) em FID 1 ponto 
R Reação febril (>37,5ºC) 1 ponto 
A Algia que migra para FID 1 ponto 
DO Dor à descompressão 
brusca em FID 
2 pontos 
0-3 pontos → baixa probabilidade. 
4-6 pontos → admitir para observação; se o escore permanece 
igual após 12h → cirurgia. 
7-9 pontos → apendicectomia. 
 
 Anorexia: quase sempre, questionar se presente; 
 Náuseas (90%); 
 Vômitos após dor (50%), uma ou duas vezes; 
 Hábito intestinal geralmente normal; diarreia ou 
constipação; 
 Temperatura raramente >38ºC; 
 Alteração leve de pulso e respiração; 
 Obstrução do lúmen; 
 Causas de obstrução: 
o Hiperplasia linfoide (crianças) → 60%; 
o Fecalitos (adultos) → 35%; 
o Corpos estranhos → sementes, fibras vegetais; 
o Vermes → enterobius, áscaris; 
o Neoplasias → apêndice, ceco, metástases; 
Escherichia coli; bacteroides fragalis → bactérias 
encontradas no apêndice que, em caso de obstrução de 
apêndice causada por fecalitos, levam à infecção. 
Ana Luiza Spiassi Sampaio 
Medicina UFSM – Turma 109 
 
 Febre <39º C;; 
 Palpação dolorosa do abdome; 
 Abdome distendido; 
 Defesa abdominal voluntária, depois involuntária; 
 Ausculta abdominal pode estar diminuída; 
 Exame ginecológico; 
 Toque retal; 
 Blumberg: dor a descompressão brusca, paciente 
refere dor na fossa ilíaca; 
o Ponto de McBurney: situado a 2/3 entre o 
umbigo e a espinha ilíaca anterossuperior direita; 
 Rovsing: Dor na fossa ilíaca direita à palpação da 
fossa ilíaca esquerda; 
 Psoas: dor a extensão da coxa direita, seguida de 
sua abdução, com o paciente deitado sobre seu lado 
esquerdo; 
 Obturador: dor em região hipogástrica ao realizar 
rotação interna e passiva da coxa direita fletida; 
 Lapinsky: fazer a manobra do Psoas comprimindo 
o ponto de McBurney, paciente refere dor; 
 Dumphing: exacerbação da dor com a tosse; 
 Chutro: desvio da cicatriz umbilical para a direita; 
 Lenander: variação da TAX e T retal maior que 
1ºC; 
 Exame de imagem: 
o Raio X: somente em 10 a 15% dos casos de 
apendicite aguda, o exame identifica imagem 
compatível com fecalito calcificado em FID; 
o USG: critérios sonográficos → apêndice não 
compressível com 7mm ou mais de diâmetro 
anteroposterior, presença de apendicolito, 
interrupção da ecogenicidade da submucosa e 
massa ou líquido periapendicular; 
o TC: apêndice → diâmetro transverso ≥ 6 mm; 
espessura da parede ≥ 2 mm; 
 Laparoscopia diagnóstica; 
 Apendicectomia → laparoscopia; 
 Profilaxia gram-negativos + anaeróbios → todos 
os graus; 
 Antibioticoterapia → graus 3, 4A, 4B, 4C e 5; 
TTO conservador: 
 2 a 5% dos casos → paciente chegam tardiamente 
na Emergência; sintomas >5dias; 
 Após início de ATB sistêmica, caso a lesão >4-6cm 
(abscessos grandes) ou o paciente apresente febre 
alta → drenagem de abscesso guiada por método de 
imagem; 
 TTO clínico com antimicrobianos deve ser 
mantido por, pelo menos, uma a duas semanas; 
 Recorrência de um novo episódio é em torno de 15 
a 20%; 
 Crianças → apendicectomia videolaparoscópica 
eletiva em 6 semanas após resolução do quadro 
inicial; 
Tratamento de apendicectomia incidental: 
 Aproveitando que o abdome está aberto, o cirurgião 
deve ressecar um apêndice sem doença? 
 Ressecção do apêndice sem doença deve ser 
realizada sempre que uma videolaparoscopia 
estiver indicada para diagnóstico dos sintomas 
abdominais; 
 Indicações: pacientes com doença de Chron; 
crianças prestes a receber quimioterapia; pacientes 
incapazes de descrever sintomas ou reagir 
normalmente à dor abdominal; indivíduos que estão 
Ana Luiza Spiassi Sampaio 
Medicina UFSM – Turma 109 
prestes a viajar para regiões remotas sem 
possibilidade de cuidados médicos imediatos; 
 
 Trânsito intestinal é interrompido → parte proximal 
se dilata e a distal se esvazia → gera uma pressão 
intestinal → sequestro de líquidos para o 3º espaço 
→ redução da perfusão, aumento da isquemia e 
necrose; 
Tríade clássica → dor abdominal + distensão 
abdominal + parada de eliminação de fezes e 
flatus. 
FÁRMACOS ASSOCIADOS À CONSTIPAÇÃO 
Opioides → morfina, codeína 
Anticolinérgicos → atropina, trihexifenidil 
Antiespasmódicos → diciclomina 
Antidepressivos tricíclicos → amitriptilina 
Bloqueadoresdos canais de cálcio → verapamil 
Drogas antiparkinsonianas → Levodopa 
** A própria doença de Parkinson pode causar constipação 
Simpatomiméticos → efedrina e terbutalina 
Antipsicóticos → clozapina, tioridazina, clorpromazina 
Diuréticos → furosemida 
Metildopa, clonidina, propranolol 
Anti-histamínicos → difenidramina 
Antiácidos contendo cálcio e alumínio 
Suplementos de cálcio 
Suplementos de ferro 
Antidiarreicos → loperamida, atapulgita 
Anticonvulsivantes → fenitoína, clonazepam 
Analgésicos ou AINEs → ibuprofeno, aspirina 
Octreotide, resinas de poliestireno, colestiramina e 
contraceptivos orais 
 
Alta 
 Intestino delgado; 
 Sintomas: vômitos biliosos, alcalose metabólica; 
 Causas: bridas, hérnia interna, tumores ou, em 
casos mais frequentes em crianças, benzoar; 
Baixa 
 Cólon e reto; 
 Sintomas: vômitos tardios, com odor fecalóide; 
 Neoplasia colorretal; 
Parcial ou total 
 Parcial: paciente ainda consegue evacuar; 
 Total: oclusão completa, não há evacuação; 
Alça fechada 
 Ocorre oclusão em 2 pontos diferentes do trato 
intestinal (pontos proximal e distal- válvula 
ileocecal e sigmoide); 
 Válvula ileocecal competente → fluxo é 
unidirecional, impedindo o retorno do conteúdo 
para o delgado → as fezes podem retornar para o 
delgado e ocorrer o vômito fecalóide; 
 Ceco com distensão > 12 cm → iminência de rotura 
→ laparotomia; 
 Aderências (bridas) → causa mais comum em 
pacientes com história de cirurgia prévia; mais 
comum no intestino delgado; 
 Câncer colorretal → causa mais comum em 
pacientes sem cirurgia prévia e em obstrução no 
cólon; 
 Hérnias encarceradas; 
 Volvo; 
 Intussuscepção; 
 Íleo biliar; 
 Fecaloma; 
 Síndrome de Ogilvie; 
 Doenças metabólicas; 
 Alteração do estado geral; 
 Desidratação → vômitos e sequestro de líquidos nas 
alças intestinais; 
* Vômitos → perda hidroeletrolítica → alcalose 
hipocalêmica; 
 Taquisfigmia por desidratação; 
 Febre (peritonite bacteriana); 
 Hipotensão → quadros prolongados; 
Abdome 
 Distensão abdominal (simétrica ou assimétrica); 
Ana Luiza Spiassi Sampaio 
Medicina UFSM – Turma 109 
 Discreto desconforto á palpação, não 
caracterizando sinais de irritação peritoneal (exceto 
em complicações); 
 Ruídos hidroáreos aumentados inicialmente em 
número e com alteração de timbro (timbre 
metálico) → o quadro evolui com isquemia e os 
ruídos diminuem, podendo se tonar ausentes; 
 Exames laboratoriais: hemograma completo; 
função renal; eletrólitos; gasometria; lactato; 
amilase; 
o Resultados inespecíficos; 
Radiografia 
 Observar presença de gás no intestino delgado com 
níveis hidroaéreos e dilatação de alças sugere 
obstrução intestinal; 
 Tórax PA em posição ortostática; abdome AP em 
decúbito dorsal; abdome AP em posição ortostática; 
 Paciente não consegue ficar em pé → realizar RX 
em decúbito lateral esquerdo; 
 Sinal do Empilhamento de Moedas: abdome 
agudo obstrutivo alto; 
 Distensão intestinal periférica: presença de 
haustrações no RX → obstrução de intestino grosso; 
 Níveis hidroaéreos: visualização da divisão exata 
entre o líquido e o gás dentro do lúmen intestinal, 
devido à grande pressão interna intestinal; 
 Sinal da dupla bolha gástrica: indica atresia de 
duodeno; 
 Sinal do grão de café: volvo de cólon é uma torção 
de segmento sobre o eixo mesentérico, causando a 
obstrução intestinal; 
 Primeira conduta → jejum; 
 Hidratação → devido à grande perda hídrica para 
o 3º espaço; 
 Sonda nasogástrica; 
 Intervenção cirúrgica: complicações; alça 
fechada; refratária às medidas clínicas; obstrução 
mecânica irreversível; 
o Secção de Bridas; se recorrência → cirurgia de 
Noble ou Childs-Phillips; 
o Ressecção de Bridas; 
o “By Pass”; 
o Laparoscopia; 
o Estomas → reconstruções; 
 Descompressão e reposição hidroeletrolítica; 
 
 8% das hérnias internas; 
 Usualmente em alças de delgado → pode conter 
ceco, colo, ascendente, vesícula biliar; 
 Mesentério e intestino entre a v. porta e a VCI; 
 Hérnias paraduodenais: distúrbio congênito que 
resulta em hérnia perto da primeira parte 
do intestino delgado (duodeno ); 
 Forame de hérnia de Winslow: movimento 
dos intestinos em um canal que divide duas partes 
do abdome; 
 Hérnia pericecal/paracecal: defeito em um tecido 
ligado ao intestino grosso ; raras; ex: adesão 
membranosa do omento à goteira paracólica D; 
 Hérnia sigmóide-mesocólon: herniação através de 
tecido aderido à última porção do intestino grosso; 
 Hérnia transmesentérica: hérnia afeta camadas de 
tecido no abdome; 
 Hérnia transomental: hérnia afeta o tecido que 
cobre os órgãos abdominais; 
 Hérnias supravesicais e pélvicas: hérnias que 
envolvem o tecido que liga o útero à pelve ; 
 Hérnias intersigmóides → hérnias do mesocólon 
sigmoide. Ocorrem quando as alças do intestino 
delgado se projetam para uma bolsa peritoneal 
( fossa intersigmóide ) formada entre dois 
segmentos sigmóides adjacentes e seu mesentério. 
 
Hérnia paraduodenal direita 
 Menos comum das hérnias paraduodenais (25%); 
 Intestino delgado hernia através da fossa de 
Waldewer → falha congênita de fusão do 
mesentério do cólon ascendente ao peritônio no 
quadrante inferior D; 
https://www.osmosis.org/learn/Small_intestine_histology
https://www.osmosis.org/learn/Peptic_ulcer_disease_(PUD):_Nursing_Process_(ADPIE)
https://www.osmosis.org/answers/lazy-bowel-syndrome
https://www.osmosis.org/learn/Colorectal_cancer:_Nursing
https://www.osmosis.org/learn/Anatomy_of_the_female_reproductive_organs_of_the_pelvis
https://www.osmosis.org/learn/Other_pelvis_treatments
https://radiopaedia.org/articles/missing?article%5Btitle%5D=intersigmoid-fossa&lang=us
Ana Luiza Spiassi Sampaio 
Medicina UFSM – Turma 109 
 Associada à má rotação do intestino delgado; 
Hérnia paraduodenal esquerda 
 Mais comum das paraduodenais (75%); 
 Intestino delgado hérnia través da fossa de Landzert 
→ falha congênita de fusão do mesentério do cólon 
descendente ao peritônio no quadrante superior E; 
 
Vasos da margem superior do forame omental/ de 
Winslow → artéria hepática própria, veia porta, 
ducto colédoco 
Manobra de Pringle → técnica cirúrgica utilizada 
em ressecções hepáticas, consistindo na oclusão 
do fluxo vascular da tríade portal, reduzindo 
sangramento intraoperatório e tendo como 
alternativa a oclusão hemihepática seletiva. 
Entretanto, pode resultar em lesão de isquemia-
reperfusão. 
Sinal do cálice → intussuscepção; 
 
 
 Causado por perfurações de vísceras ocas do trato 
gastrointestinal (estômago e intestino); 
 Quadro álgico, de início súbito, localização difusa e 
que pode ou não estar associado a sinais de 
septicemia e/ou choque; 
 Síndrome dolorosa abdominal grave de natureza 
NÃO TRAUMÁTICA e com caráter de urgência; 
 Pneumoperitônio é um dos primeiros sinais 
apresentados pelo paciente; 
 Úlcera péptica perfurada → principal causa de 
abdome agudo perfurativo; 
o Fatores de risco: infecção por Helicobacter 
pylori e o uso crônico de AINES → úlceras na 
parede do estomago ou duodeno; 
 Úlceras pépticas perfuradas; 
 Rotura apendicular e diverticular; 
 Síndrome de Crohn; 
 Apendicites; 
 Ingestão de corpos estranhos; 
 Neoplasias com alto grau de invasão; 
 Salmonelose; 
 Citomegalovírus; 
 Tuberculose Intestinal; 
 Iatrogenias em procedimentos médicos; 
Lesão ulcerativa ou inflamatória de víscera oca 
→ pneumoperitônio → peritonite 
regional → quadro generalizado; 
 AINES → interferem na produção do muco do 
estômago, expondo a mucosa gástrica ao ácido 
clorídrico, predispondo a formação de lesões → 
acometimento de toda a espessura da parede do 
órgão → perfuração → conteúdo gastrointestinal é 
liberado na cavidade abdominal; 
 Perfuração do trato digestivo alto: 
o Conteúdo extravasado: bile, suco pancreático 
e/ou suco gástrico → peritonite química,podendo evoluir para uma peritonite bacteriana; 
 Perfuração de trato baixo: peritonite bacteriana 
desde o início, acompanhada de febre, sepse e íleo 
paralítico; 
 Neoplasias ou obstruções por outras causas: 
invasão do tumor através da parede intestinal ou por 
um aumento de pressão intraluminal → redução da 
perfusão → isquemia e necrose → perfuração; 
 Dor abdominal intensa, lancinante ou em pontada, 
abrupta, de evolução rapidamente progressiva, 
localização imprecisa, irradiação variável e sem 
fator de melhora; 
 Agitação psicomotora; 
 Inapetência; 
 Febre; 
 Náuseas; 
 Vômitos; 
 Perfurações tamponadas pelo peritônio: sinais e 
sintomas mais localizados, restritos a topografia da 
víscera acometida. 
 Perfurações em peritônio livre: dor mais difusa, 
com sinais e sintomas sistêmicos, podendo resultar 
em infecção abdominal generalizada e sepse; 
 História clínica + achados do exame físico; 
 Exame físico: 
o Posição antálgica; 
o Dor piora com movimentação; 
o Abdome em tábua → defesa abdominal 
generalizada, clássica da peritonite; 
o Dor à descompressão brusca; 
Ana Luiza Spiassi Sampaio 
Medicina UFSM – Turma 109 
o Hipersensibilidade cutânea (mesmo à palpação 
superficial); 
o Ruídos hidroáreos diminuídos ou ausentes; 
o Sinal de Jobert Positivo → timpanismo da região 
hepática (pneumoperitônio); 
o Íleo adinâmico; 
 Exames laboratoriais: hemograma, 
coagulograma, dosagem de eletrólitos séricos, 
funções renal e hepática, dosagens de lactato, 
amilase e lipase (para avaliar quadro inflamatório 
ou infeccioso); 
 Úlcera gástrica → faz anatomopatológico (H. 
pylori); úlcera duodenal não precisa; 
 Exames de Imagem: 
o Raio-X simples (AP e perfil) → sinais precoces de 
perfuração, presença de pneumoperitônio e/ou 
pneumomediastino e permitir uma indicação 
precisa de laparotomia; 
o TC; endoscopia (alta e 
baixa), esofagografia, ultrassom, contraste com 
enema opaco; 
 Fluidoterapia intravenosa, cessação de ingestão 
oral e administração de antibióticoterapia de amplo 
espectro; 
 UTI; 
 Drenagem dependendo da altura da perfuração; 
 Gastrostomia e jejunostomia para alimentação; 
 Perfuração gastrointestinal em nível mais alto → 
inibidores da bomba de prótons 
→ Omeprazol ou Pantoprazol; 
 Conduta cirúrgica; 
 Úlceras pépticas perfuradas: rafia da lesão, com 
colocação de um patch de momento para reforçar a 
sutura e diminuir o risco de fistulização; 
 TTO conservador: pacientes comprometidos que 
provavelmente não sobreviveriam à cirurgia; 
pacientem sem sinais de sepsis com perfuração 
contida, fistula gastrointestinal ou contaminação 
limitada; 
 
 Raro; mortalidade alta; 
 Sofrimento visceral interrupção súbita do aporte 
sanguíneo; 
 Secundário a um mecanismo oclusivo (embolia, 
trombose) ou não oclusivo (diminuição do débito 
cardíaco); 
 Mais grave de todos os tipos de abdome agudo, 
mais difícil de diagnosticar e o que apresenta maior 
mortalidade; 
 Mesentérica Inferior → obstrução é principal causa 
de AA vascular; 
 Mesenterica superiorior → leva a maiores áreas de 
isquemia intestinal; 
 
 Embolia da artéria mesentérica inferior; 
 Isquemia não oclusiva; 
 Trombose da artéria mesentérica superior; 
 Trombose da veia mesentérica superior (poupa 
cólon); 
 Embolia da artéria mesentérica superior; 
 Vasoconstrição esplâncnica; 
 Dor abdominal intensa, desproporcional às 
alterações do exame físico; 
 Pacientes com sinais claros de irritação peritoneal 
devem ser encaminhados diretamente à 
laparotomia, tanto para diagnóstico quanto para 
tratamento; 
 Dor súbita, difusa, de forte intensidade; mal estado 
geral (taquicardia, hipotensão, sudorese, 
taquipneia); 
 Distensão abdominal; 
Ana Luiza Spiassi Sampaio 
Medicina UFSM – Turma 109 
 Toque retal: presença de sangue escurecido 
proveniente da isquemia de mucosa, que gera 
descamação e sangramento; aspecto de “geleia de 
framboesa”; 
 Trombose de artéria mesentérica superior → 
perda ponderal → dor após se alimentar; paciente 
evita ingerir alimentos (“food fear”); 
 Isquemia não-oclusiva → febre; 
 Laparotomia diagnóstica; 
 Exames complementares: hemograma 
(leucocitose com desvio à esquerda), amilase e 
lipase, gasometria arterial, dosagem de eletrólitos e 
marcadores de necrose miocárdica; 
o Acidose metabólica com lactato elevado; 
** Mulheres em idade fértil, não esquecer de solicitar 
o Beta-HCG para descartar gravidez!!! 
 Angiografia: padrão-ouro → identifica o vaso 
acometido e pode trata a obstrução; 
 TC: exame mais utilizado → maior facilidade de 
acesso e menor invasividade; identificação direta do 
trombo arterial ou venoso, distensão gasosa de 
alças, perda do realce intestinal, pneumatose 
intestinal; 
 Radiografia de abdome: distensão de alças 
intestinais e níveis líquidos (achado mais comum); 
“TEMPO É ALÇA!” 
 Medidas iniciais: suporte hemodinâmico; 
ressuscitação volêmica; coleta de exames 
laboratoriais; antibioticoterapia (ceftriaxone e 
metronidazol); 
 Cirúrgico: embolectomia, revascularização, com 
ou sem ressecção intestinal; 
 Angiográfico: vasodilatadores ou trombólise; 
 Anticoagulação de longo prazo → embolia 
arterial ou trombose venosa; preferência por 
heparina não fracionada; 
 Terapia antiagregante → isquemia não oclusiva; 
 
 
 
 Dor abdominal associada ao quadro clínico de 
choque hemorrágico; 
 Mais comuns entre a 5ª e 6ª décadas de vida; 
 Decorre de sangramento intra-abdominal 
espontâneo, excluindo os sangramentos de origem 
traumática, pós-operatórios e devidos a 
procedimentos abdominais espontâneos; 
 Principais causas: gravidez ectópica rota e rotura 
de aneurisma da aorta abdominal; 
 Rotura de miomas subserosos; isto ovariano 
hemorrágico; 
 Ruptura de vísceras parenquimatosas; 
 Ruptura de vasos abdominais; 
 Ruptura de tumores hepáticos (adenoma); 
Aneurisma de aorta abdominal → idosos; levantar 
suspeita na presença de frêmitos ou massas palpáveis 
abdominais; 
 Uso de AINES, anticoagulantes orais, heparina; 
 Pacientes com INR > 4,5; 
 Mulheres em idade fértil; 
 Pacientes portadores de coagulopatias; 
 Dor abdominal súbita de localização difusa e sinais 
de choque hipovolêmico (palidez, diminuição do 
tempo de enchimento capilar, hipotensão, 
taquicardia, sudorese fria, agitação); 
* Inicialmente, prevalecem sinais de choque hipovolêmico; 
 Visceromegalias; 
 Massas palpáveis pulsáteis ou não (aneurisma); 
 Sopro na face anterior ou dorso do abdome; 
 Sinal de Cullen: equimose periumbilical 
 
Ana Luiza Spiassi Sampaio 
Medicina UFSM – Turma 109 
 Sinal de Gray Turner: Equimose em região de 
flancos 
 
 Sinal de Kehr: Dor aguda no ombro devido à 
presença de sangue ou outros irritantes na cavidade 
peritoneal, quando uma pessoa está deitada e com 
as pernas elevadas. Clássico sinal de ruptura de 
baço; 
 Quadro clínico + exames de imagens; 
 Laboratoriais: hemograma; plaquetograma; 
atividade da protrombina; tromboplastina parcial 
ativada; trombina; fator VIII e fibrinogênio; 
 Teste de gravidez, se suspeita de gravidez ectópica 
 USG → paciente estável hemodinamicamente; 
gravidez ectópica rota e rotura de aneurisma da 
aorta abdominal; 
 TC → aneurisma da aorta abdominal (altura do 
aneurisma e comprometimento das camadas da 
parede arterial); 
 Lavado peritoneal diagnóstico → diagnóstico de 
hemorragia intraperitoneal; 
 Culdocentese (punção do fundo de saco de 
Douglas) → gravidez ectópica rota; 
Culdocentese 
 
 
 
 
 
Valores de hemoglobina e hematócrito na fase inicial 
do atendimento NÃO devem nortear a realização da 
reposição volêmica, pois, às vezes, apesar do paciente 
estar em um choque hemorrágico, ainda não deu 
tempo para ocorrer a hemodiluição e os exames virão 
com valores dentro do esperado. 
 Primeiro: reposição volêmica de acordo com o 
grau de choque; Geralmente, TTO cirúrgico; 
 Após a estabilização com reposição volêmica → 
USG e/ou TC; 
 Gravidez ectópica e miomas subserosos → 
salpingooforectomia (retirada de ovário e tuba 
uterina); histerectomia total; 
 
 Aneurisma rotos → via intravascular; colocação 
de próteses ou derivações vasculares; 
 Lesão de órgãos parenquimatosos abdominais 
(fígado, baço e rim) → TTO depende da 
estabilidade hemodinâmica do paciente; quando o 
paciente não se encontra estável, a laparotomia está 
indicada;

Outros materiais