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Caso 02 1 🫀 Caso 02 Fibrilação Atrial →Taquiarritmia! →Principal arritmia sustentada! →Elevada prevalência! →Arritmia atrial: principalmente átrio esquerdo! →Eventos catastróficos: AVE! Epidemiologia Aumenta incidência com a idade. Risco de AVE 5 vezes maior. Risco de morte 2 vezes maior. →Fatores de risco: HAS; Diabetes Mellitus; IAM; Insuficiência cardíaca; DPOC; Caso 02 2 Obesidade; SAOS - apneia obstrutiva do sono (investigar); Valvopatias; Álcool; Atletas de alta performance - risco até 5,5 vezes maior. Tireoide!!! →Ponto importante: A fibrilação atrial raramente é uma condição única! A FA é uma consequência de outras patologias. →Investigar causas! Fisiopatologia Tipicamente é uma arritmia do AE (diferente do Flutter, que gosta do átrio direito); Alterações elétricas e mecânicas; Gera múltiplos circuitos de microreentrada; ***A FA é gerada próxima do local/região onde as veias pulmonares desembocam no átrio esquerdo. →Ritmo irregular!!! →Não tem contração, fica fibrilando! Caso 02 3 →Perigo: TROMBOS! →FA gera FA! Quanto mais o paciente tem FA, por quanto mais tempo o paciente fica em FA, maior é a chance de que ela permaneça pra sempre. -Início - gatilho para a FA surgir (ex. potássio baixo, libação alcoólica). -Com a evolução do tempo - não precisa mais de gatilho. →Eletro: -Ondas f! ⇒Para confirmar FA: Eletrocardiograma 12 derivações; Caso 02 4 Tira - arritmia aparecendo por pelo menos 30 segundos. →Sintomas de FA: Palpitações, fraqueza, dispneia, intolerância aos esforços… EHRA: 1. I - Assintomático; 2. IIa - Sintomas leves, sem repercussão no dia a dia; 3. IIb - Sintomas moderados, atividades diárias não são afetadas, mas incomoda o paciente; 4. III - Sintomas graves, que afetam as atividades diárias; 5. IV - Sintomas incapacitantes. Classificação Paroxística -Dura até 7 dias. -Término espontâneo ou após intervenção (ex. cardioversão elétrica). Persistente -Dura até 7 dias a 12 meses (curta duração). -Longa duração: >12 meses. Permanente -Optado por NÃO reverter a arritmia. -”O paciente vai ficar em FA”. →Fibrilação atrial valvar: Estenose mitral moderada a grave Prótese mecânica ⇒Devemos deixar de utilizar esse termo! ***Uso de NOACS! →Qual o grande medo da FA? Formação de trombos! -A maioria dos trombos são formados no apêndice atrial esquerdo. Caso 02 5 Escores CHADSVASC →Não calcular o CHADSVASC para FA valvar! Já têm alto risco de fenômenos tromboembólicos - anticoagula todos. →Cardiomiopatia hipertrófica →Miocárdio não compactado Interpretando: →Pode sangrar? Escore HAS-BLED Caso 02 6 →Importante! HAS-BLED aumentado (>3), NÃO contraindica o uso de ACO, mas orienta atenção especial ao paciente. Tratamento →Novos anticoagulantes orais: Inibidor direto da trombina -Dabigatrana -Não utilizar quando o Clearance de Creatinina for < 30. Inibidores do fator Xa -Rivaroxabana -Apixabana -Edoxabana -Não utilizar quando o Clearance de Creatinina for < 15. ⇒ São os anticoagulantes preferenciais nas diretrizes! ⇒ AAS + Clopidogrel pode substituir??? -NÃO!!! (dupla antiagregação não substitui anticoagulação). Caso 02 7 ***Função renal. →Pegadinha - novos anticoagulantes orais: Não podem ser prescritos para: -Prótese mecânica -Estenose mitral moderada a grave →Usar boa e velha Varfarina! ⇒ Não prescrever NOACs para FA em pacientes com prótese mecânica ou estenose mitral moderada a grave! →Varfarina: Dosagem necessária para manter o INR entre 2,0 a 3,0. ⇒ Vegetais verde-escuros, estão proíbidos, certo!? -NÃO! Porém, tem que comer a mesma quantidade todos os dias! Interfere no INR/TP. Por isso é mais fácil dizer pro paciente não ingerir vitamina K. →Imagina esse caso: Pacientes que não toleram anticoagulação a longo prazo: -Cirurgia de oclusão do apêndice atrial esquerdo. -Anticoagular por 45 dias com Varfarina! →Controle de ritmo X Controle de FC: Controle de ritmo: Caso 02 8 Não quero que o paciente fique em ritmo de FA; Vou reverter a arritmia; Ritmo sinusal; E fazer com que o paciente continue em ritmo sinusal. Controle de FC: O paciente vai continuar em ritmo de FA; FA permanente; Mas não quero que a FC fique elevada. →Sobre o controle de ritmo: -Quando vale a pena tentar? 1º episódio; Pacientes jovens; Poucas ou nenhuma comorbidade; FA paroxísticas - muito sintomáticos; Átrio esquerdo normal ou pouco aumentado; Pacientes sem cardiopatia estrutural; Opção do paciente; Evidência de taquicardiomiopatia. →Imagina esse caso: -Paciente jovem -Primeiro episódio de FA -Sem comorbidades -Sem cardiopatia estrutural -AE normal -Controle de ritmo é uma boa opção! Sem cardiopatia estrutural = Propafenona VO Com cardiopatia estrutural (ex. disfunção ventricular esquerda, hipertrofia do ventrículo esquerdo) = Amiodarona EV Caso 02 9 Cardioversão elétrica →Reverti a fibrilação atrial -Está em ritmo sinusal! Preciso de medicações que ajudem o paciente a continuar em ritmo sinusal! →Ablação por radiofrequência: -Isola as veias pulmonares. Estudo eletrofisiológico; Sintomáticos - taquicardiomiopatia; Casos refratários à terapia medicamentosa; FA paroxística sintomática recorrente; Opção do paciente. Caso 02 10 →Fiz a ablação, suspendo a anticoagulação? Manter por 2 a 3 meses (acompanhar o paciente). →Sobre o controle de frequência cardíaca: -Paciente vai ficar em ritmo de FA! Mas, não posso deixar a FC se elevar muito; Recomendado: FC ao redor de 110 bpm. →Bloqueador dos canais de cálcio: não diidropiridínicos - Verapamil ou Diltiazem. →BB: efeito cronotrópico negativo. Caso 02 11 ⇒ Amiodarona é a última da última opção! →Imagina esse outro caso: -Paciente idoso -AE aumentado -Comorbidades -Já teve diversos episódios de FA -Está com uma FA persistente de longa duração -Controle de ritmo não terá boa taxa de sucesso! -Vamos optar por controle de FC! →Chega um paciente (estável): -Fibrilação atrial no ECG -Comecei a ter palpitações há menos de 48 horas -Nunca tive FA… -Já tive, mas eu estava sem a arritmia há muito tempo… -Não sei quando começou… Caso 02 12 →Passou das 4 semanas - avaliar com CHADSVASC a indicação da anticoagulação. →Optei pelo controle de ritmo, vou suspender a ACO? -NÃO!!! A anticoagulação oral independe da escolha entre controle de ritmo ou de frequência cardíaca! ***CHADSVASC. ⇒ A anticoagulação oral independe da duração da FA! ⇒ FA paroxística possui a mesma indicação de ACO que uma FA permanente! →Qual é melhor: controle de ritmo ou controle de frequência cardíaca? Não é possível responder! #Cai na prova:
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