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Implantação e Gestão do SUS - BEATRIZ TIANEZE DE CASTRO 1 Implantação e Gestão do SUS - BEATRIZ TIANEZE DE CASTRO CONSELHO NACIONAL DE SECRETÁRIOS DE SAÚDE (CONASS) DEFINIÇÃO Conselho fundado em fevereiro de 1982, com o objetivo de tornar o conjunto das secretarias de Saúde dos Estados e do Distrito Federal, mais participante do esforço de reconstrução do setor saúde, como parte de uma ampla pauta social, naquele momento de redemocratização do País COMPOSIÇÃO ASSEMBLEIA GERAL Órgão máximo da entidade com poderes deliberativos e normativos e do qual fazem parte todos os seus membros efetivos DIRETORIA Composta por cinco Secretários (um Presidente e quatro Vice-presidentes), sendo um de cada região do País COMISSÃO FISCAL Constituída de três Secretários como membros titulares e mais três como suplentes SECRETARIA EXECUTIVA Órgão de assessoramento técnico da entidade e responsável pela implementação das deliberações da Diretoria e da Assembleia CÂMARAS TÉCNICAS Compõem um fórum técnico de assessoramento aos Secretários, Secretaria Executiva e Diretoria do CONASS, mediante estudos, discussão, análise das políticas de saúde, pesquisas, troca de experiências e cooperação técnicas entre as SES. As Câmaras Técnicas do CONASS são compostas por um representante de cada SES, em cada um dos seguintes temas: 1. Planejamento da Gestão e da Assistência à Saúde 2. Regulação, Controle e Avaliação 3. Assistência Farmacêutica 4. Epidemiologia 5. Vigilância Sanitária 6. Recursos Humanos 7. Informação e Informática CONSTITUIÇÃO FEDERAL DE 1988 IMPORTÂNCIA Redefine o conceito de saúde, incorporando novas dimensões ARTIGO 196 Implantação e Gestão do SUS - BEATRIZ TIANEZE DE CASTRO 2 A saúde é direito de todos e dever do Estado, garantido mediante políticas sociais e econômicas que visem à redução do risco de doença e de outros agravos e ao acesso universal igualitário às ações e serviços para sua promoção, proteção e recuperação ARTIGO 197 São de relevância pública as ações e serviços de saúde, cabendo ao Poder Público dispor, nos termos da lei, sobre sua regulamentação, fiscalização e controle, devendo sua execução ser feita diretamente ou através de terceiros e, também, por pessoa física ou jurídica de direito privado ARTIGO 198 As ações e serviços públicos de saúde integram uma rede regionalizada e hierarquizada e constituem um sistema único, organizado de acordo com as seguintes diretrizes: I - descentralização, com direção única em cada esfera de governo II - atendimento integral, com prioridade para as atividades preventivas, sem prejuízo dos serviços assistenciais III - participação da comunidade ARTIGO 199 A assistência à saúde é livre à iniciativa privada ARTIGO 200 Ao sistema único de saúde compete, além de outras atribuições, nos termos da lei: I - controlar e fiscalizar procedimentos, produtos e substâncias de interesse para a saúde e participar da produção de medicamentos, equipamentos, imunobiológicos, hemoderivados e outros insumos II - executar as ações de vigilância sanitária e epidemiológica, bem como as de saúde do trabalhador III - ordenar a formação de recursos humanos na área de saúde IV - participar da formulação da política e da execução das ações de saneamento básico V - incrementar em sua área de atuação o desenvolvimento científico e tecnológico VI - fiscalizar e inspecionar alimentos, compreendido o controle de seu teor nutricional, bem como bebidas e águas para consumo humano VII - participar do controle e fiscalização da produção, transporte, guarda e utilização de substâncias e produtos psicoativos, tóxicos e radioativos VIII - colaborar na proteção do meio ambiente, nele compreendido o do trabalho LEI 8.080 DE 19 DE SETEMBRO DE 1990 “A saúde é um direito fundamental do ser humano, devendo o Estado prover as condições indispensáveis ao seu pleno exercício”. CRIAÇÃO DO SUS Dispõe sobre as condições para a promoção, proteção e recuperação da saúde, a organização e o funcionamento dos serviços correspondentes OBJETIVOS DO SUS 1. Identificar fatores determinantes e condicionantes de saúde 2. Formular políticas 3. Dar assistência (promoção, proteção e recuperação) AÇÕES EXECUTÁVEIS PELO SISTEMA Vigilância sanitária Vigilância epidemiológica Implantação e Gestão do SUS - BEATRIZ TIANEZE DE CASTRO 3 Saúde do trabalhador Assistência terapêutica Orientação alimentar Proteção do meio ambiente Desenvolvimento científico A LEI ABORDA Organização, direção e gestão do SUS Competências e atribuições das três esferas de governo Funcionamento e da participação complementar dos serviços privados de assistência à saúde Política de recursos humanos Recursos financeiros, da gestão financeira, do planejamento e do orçamento DEVERES DO ESTADO 1. Reduzir riscos de agravos 2. Estabelecer condições para acesso universal, promoção, proteção e recuperação 3. Não exclui deveres de outros agentes (família, empresas, sociedade etc.) PRINCÍPIOS DO SUS DOUTRINÁRIOS Universalidade Garantia de acesso às ações e serviços de saúde a todas as pessoas, independente de sexo, raça, renda ou ocupação Equidade Garantia de acesso à saúde de modo justo, ou seja, considerando as diferenças e necessidades de cada indivíduo Integralidade Considera a pessoa como um todo, procurando atender a todas as suas necessidades ORGANIZATIVOS Descentralização Os municípios assumem o papel de prestação e gerenciamento de atendimento de saúde Participação social Permite que a população através de seus representantes, participem, definam, acompanhem e fiscalizem as políticas de saúde População adscrita Indivíduos cadastrados na área, sendo realizado o vínculo entre a população e a unidade de saúde, a equipe e etc Regionalização Torna possível a constituição de sistemas regionais com a participação dos 3 entes federados (municípios, estado e união), visando garantir a integralidade da atenção Hierarquização 1. Atenção primária: Relacionada à prevenção e promoção da saúde, para evitar surgimento de doenças e incentivar a manutenção e melhoria dos aspectos de saúde 2. Atenção secundária: Voltada ao diagnóstico e o tratamento inicial de uma doença a fim de tratá-la bem como evitar seu agravamento e resultados mais sérios e impactantes Implantação e Gestão do SUS - BEATRIZ TIANEZE DE CASTRO 4 3. Atenção terciária: Focada em um conjunto de terapias e procedimentos de alta especialização relacionada à doença em estágio avançado Cuidado centrado na pessoa Atendimento de acordo com as necessidades individuais das pessoas, focando no indivíduo como um todo e não apenas na sua queixa Resolutividade Resolver o possível e encaminhar quando necessário, ou seja, quando não houver possibilidade de solucionar o problema na atenção básica Ordenação da rede A APS deve organizar o encaminhamento dos pacientes, atuar no referenciamento e contrareferenciamento Coordenação de cuidado Elaborar, acompanhar e organizar a rede de atenção é feita pela Atenção Primária, assim, sabe-se o necessário para implementação nas atenções de média e alta complexidade Longitudinalidade Continuidade do cuidado com o paciente ORGANIZAÇÃO E GESTÃO 1. Determinou os responsáveis em cada esfera 2. Iniciou a discussão sobre os consórcios entre municípios (municípios trocando serviços ou se utilizando de uma rede de assistência interligada) 3. Iniciou discussão sobre comissões e conselhos de saúde (mais detalhamento na Lei nº 8.142) COMPETÊNCIAS E ATRIBUIÇÕES COMUNS 1. Controle e avaliação da qualidade da assistência 2. Gestão de recursos 3. Saúde do trabalhador 4. Proteção ao meio ambiente 5. Implementação do Sistema Nacional de Sangue, hemocomponentes e hemoderivados 6. Estabelecimento e cumprimento dos padrões éticos Implantação e Gestão do SUS - BEATRIZ TIANEZE DE CASTRO 5 7. Fomento ao ensino e à pesquisa UNIÃO A União basicamente ELABORA e DEFINE 1. Formular políticas sobre meio ambiente, saneamento, alimentação e trabalho 2. Definire coordenar os sistemas de saúde 3. Definir normas sobre meio ambiente, trabalho, vigilância epidemiológica e sanitária, qualidade de serviços, produtos e profissionais 4. Estabelecer critérios de avaliação 5. Promover a descentralização 6. Elaborar planejamentos futuros 7. Executar vigilância em portos, aeroportos e fronteiras 8. A União pode executar ações de vigilância em circunstâncias especiais (covid‐19, por exemplo) ESTADOS Estados, basicamente, AUXILIAM e COORDENAM 1. Descentralização para municípios 2. Apoio técnico e financeiro aos municípios 3. Coordenar ações de vigilância epidemiológica e sanitária, alimentação e saúde do trabalhador 4. Gerir sistemas públicos de alta complexidade 5. Coordenar rede de laboratórios e hemocentros 6. Formular e estabelecer normas em caráter suplementar MUNICÍPIOS Municípios PARTICIPAM e EXECUTAM 1. Gerir e executar os serviços públicos de saúde 2. Participar do planejamento de ações 3. Executar serviços de vigilância, saneamento, saúde do trabalhador, alimentação, nutrição e atenção primária 4. Executar políticas de insumos 5. Controlar e fiscalizar o serviço privado LEI 8.142 DE 28 DE DEZEMBRO DE 1990 “Dispõe sobre a participação da comunidade na gestão do SUS e sobre as transferências intergovernamentais de recursos financeiros na área da saúde e dá outras providências” PONTOS PRINCIPAIS DA LEI 1. Participação da comunidade 2. Transferência de recursos PARTICIPAÇÃO DA COMUNIDADE CONSELHOS DE SAÚDE Temos conselhos nos níveis local, municipal, estadual e nacional 1. Contam com representação de vários segmentos 2. 50% são usuários do sistema de saúde Implantação e Gestão do SUS - BEATRIZ TIANEZE DE CASTRO 6 3. Reúnem-se mensalmente 4. Formulam estratégias 5. Controlam a execução das políticas de saúde 6. Têm caráter permanente e deliberativo CONFERÊNCIAS DE SAÚDE Temos conferências nos níveis municipal, estadual e nacional 1. Reúnem-se a cada quatro anos 2. Contam com representação de vários segmentos a. 50% dos representantes são usuários do sistema de saúde i. Representação paritária de usuários, ou da comunidade 3. Avaliam a situação de saúde 4. Propõem e formulam políticas de saúde 5. São convocadas pelo poder executivo a. Extraordinariamente podem ser convocadas pelos Conselhos de Saúde CRIAÇÃO DA COMISSÃO DE INTERGESTORES TRIPARTITE (CIT) Criada a CIT com representação do Ministério da Saúde, das secretarias estaduais de saúde e das secretarias municipais de saúde e da primeira Norma Operacional Básica do SUS CRIAÇÃO DA COMISSÃO DE INTERGESTORES BIPARTITE (CIB) Acompanhamento da implantação e operacionalização da implantação do SUS IMPORTÂNCIA Fortalecimento da ideia de gestão colegiada do SUS, compartilhada entre os vários níveis de governo FUNDO NACIONAL DE SAÚDE 1. Lei 8.142/90 trata da alocação dos recursos do Fundo Nacional de Saúde, do repasse de forma regular e automático para os Municípios, Estados e Distrito Federal 2. Para o recebimento destes recursos Municípios, Estados e Distrito Federal devem contar com: (a) Fundo de Saúde (b) Conselho de Saúde (c) Plano de Saúde (d) Relatório de Gestão (e) Contrapartida de recursos para a saúde no respectivo orçamento (f) Comissão de elaboração do Plano de Carreira, Cargos e Salários (PCCS) FUNÇÕES GESTORAS DO SUS DEFINIÇÃO Um conjunto articulado de saberes e práticas de gestão necessários para a implementação de políticas na área da saúde 4 GRANDES GRUPOS DE FUNÇÕES (MACROFUNÇÕES) 1. Formulação de políticas/planejamento 2. Financiamento 3. Coordenação, regulação, controle e avaliação (do sistema/ redes e dos prestadores públicos ou privados) 4. Prestação direta de serviços de saúde Implantação e Gestão do SUS - BEATRIZ TIANEZE DE CASTRO 7 NORMAS OPERACIONAIS BÁSICAS (NOB) DEFINIÇÃO Instrumentos utilizados para a definição de estratégias e movimentos tático-operacionais que reorientem a operacionalidade do Sistema, a partir da avaliação periódica de implantação e desempenho do SUS ABORDA As competências de cada esfera de governo e as condições necessárias para que Estados e municípios possam assumir as responsabilidades e prerrogativas dentro do Sistema OBJETIVOS 1. Induzir e estimular mudanças 2. Aprofundar e reorientar a implementação do SUS 3. Definir novos objetivos estratégicos, prioridades, diretrizes, e movimentos tático- operacionais 4. Regular as relações entre seus gestores 5. Normatizar o SUS NORMA OPERACIONAL BÁSICA 01/91 APROVAÇÃO A aprovação foi pela Resolução 258 em Julho de 1991, após um conjunto de portarias do Ministério da Saúde OBJETIVO Regulariza a remuneração de instituições públicas e privadas que prestam assistência ao SUS por produção de serviço s e não por transferências automáticas (Lei 8.080) A CRIAÇÃO DO AIH Autorização de Internação Hospitalar que tem como finalidade registrar todos os atendimentos provenientes de Internações Hospitalares que foram financiadas pelo SUS e, a partir desse processamento, gerar relatórios para que os gestores façam os devidos pagamentos dos estabelecimentos de saúde A CRIAÇÃO DO SIH Sistema de Informação Hospitalar que objetiva transformar os dados ambulatoriais em informações relevantes para subsidiar a tomada de decisões em saúde e seu custeio PRINCIPAIS PONTOS 1. Equipara prestadores públicos e privados, no que se refere à modalidade de financiamento que passa a ser, em ambos os casos, por pagamento pela produção de serviços 2. Centraliza a gestão do SUS no nível federal (INAMPS) 3. Estabelece o instrumento convenial como forma de transferência de recursos do INAMPS para os Estados, Distrito Federal e Municípios 4. Considera como “municipalizados” dentro do SUS, os municípios que atendam os requisitos básicos: (a) criação dos Conselhos Municipais de Saúde (b) criação do Fundo Municipal de Saúde (c) Plano Municipal de Saúde aprovado pelos respectivos Conselhos (d) Programação e Orçamentação da Saúde (PROS) como detalhamento do Plano de Saúde (e) Contrapartida de recursos para a saúde do seu orçamento Implantação e Gestão do SUS - BEATRIZ TIANEZE DE CASTRO 8 NORMA OPERACIONAL BÁSICA 01/92 APROVAÇÃO Lançada em 07 de fevereiro de 1992 editada pela portaria 234 e expedida pela Secretaria Nacional de Assistência à Saúde do Ministério da Saúde INOVAÇÃO Alocação dos recursos do INAMPS para constituir o Fundo Nacional de Saúde MANTEVE Pagamentos pelo SIH/SUS e SIA/SUS Caráter curativista e hospitalocêntrico Poucas regiões alcançando autonomia para gerenciar os serviços de saúde a nível local Desigualdade e iniquidade nas condições para organização do sistema a nível municipal NORMA OPERACIONAL BÁSICA 01/93 ELABORAÇÃO 1. Membros do Ministério da Saúde 2. Membros do CONASS 3. Membros do CONASEMS 4. Entidades representativas da sociedade civil APROVAÇÃO Maio de 1993, através da Portaria 545 do Ministério da Saúde, após a aprovação do Conselho Nacional de Saúde INOVAÇÕES Cria transferência regular e automática (fundo a fundo) do teto global da assistência para municípios em gestão semiplena Habilita municípios como gestores Define o papel dos Estados de forma frágil, mas esses, ainda assim, passam a assumir o papel de gestor do sistema estadual de saúde São constituídas as Comissões Intergestores Bipartite (de âmbito estadual) e Tripartite (nacional) como importantes espaços de negociação, pactuação, articulação, integração entre gestores Criação do FAE Fator de apoio do Estado em 5% da UCA Criação do FAM Fator de apoio do Município em 5% da UCA CRIAÇÃO DE MODALIDADES DE GESTÃO 1. Incipiente a. Os recursos federais são repassados para a esfera estadual, que depois os transfere 2. Parcial a. Recebem parte dos recursos federais para o custeio do sistema público de saúde 3. Semiplena a. Recebem diretamente todos os recursos federais para a gestão dos serviços públicos e privados de saúde Implantação e Gestão do SUS - BEATRIZ TIANEZE DE CASTRO 9 b. Maior autonomia na aplicação dos recursos financeirospor parte dos municípios habilitados c. Ampliação dos serviços oferecidos à população d. Inovação do modelo assistencial SITUAÇÕES DE REPASSE 1. Municípios de Gestão Incipiente a. Recursos correspondentes aos serviços realizados pelas próprias unidades + FAM 2. Municípios de Gestão Parcial a. Recursos mensalmente da fatura dos seus serviços e dos recursos do FAM, além de um teto estabelecido para o custeio de todos os serviços realizados e gastos efetivos 3. Municípios de Gestão Semiplena a. Repasse mensal de forma automática, do fundo nacional aos fundos municipais de saúde, de um teto financeiro estabelecido pela CIB e aprovado pelo CNS NORMA OPERACIONAL BÁSICA 01/96 CONCEITO Gestão Plena com responsabilidade pela saúde do cidadão APROVAÇÃO Portaria do Ministério da Saúde nº 2.203 de 6 de Novembro de 1996 IMPLANTAÇÃO A partir de 1998, após a criação da Contribuição Provisória Sobre Movimentação Financeira INOVAÇÕES 1. Reformula e aperfeiçoa a gestão do SUS 2. Redefine os papeis de cada esfera do governo para garantir comando único 3. Cria instrumentos gerenciais para que os estados e os municípios assumam seu papel 4. Estabelece mecanismos de fluxos de financiamentos com transferências automáticas 5. Programa e pactua ações integradas com base na avaliação e controle sob critérios epidemiológicos DELIMITA OS CONCEITOS DE GERÊNCIA E GESTÃO 1. Gerência a. Administração de uma unidade ou órgão de saúde (ambulatório, hospital, instituto, fundação, etc) que se caracterizam como prestadores de serviços do SUS 2. Gestão a. Atividade e responsabilidade de comandar um sistema de saúde (municipal, estadual ou nacional) exercendo as funções de coordenação, articulação, negociação, planejamento, acompanhamento, controle, avaliação e auditoria GESTORES DO SUS Representantes de cada esfera de governo designados para o desenvolvimento das funções do Executivo na saúde: no âmbito nacional, o Ministro da Saúde; no âmbito estadual, o Secretário de Estado da Saúde; e no municipal, o Secretário Municipal de Saúde NOVAS MODALIDADES DE GESTÃO MUNICIPAL 1. Gestão Plena da Atenção Básica a. Credencia os gestor municipal para responder pelas ações básicas de saúde, ficando as ações mais complexas a cargo do Estado Implantação e Gestão do SUS - BEATRIZ TIANEZE DE CASTRO 10 b. Atribuições i. Elaborar programação municipal dos serviços básicos ii. Gerir unidades ambulatoriais próprias, as do Estado ou União e contratar prestadores iii. Realizar cadastramento nacional de usuários do SUS iv. Operar o SIA/SUS v. Autorizar as internações hospitalares e os procedimentos especializados vi. Executar ações de vigilância sanitária e epidemiológica 2. Gestão Plena do Sistema Municipal a. Credencia os gestor municipal para responder pelas ações básicas, hospitalares e de maior complexidade b. Atribuições i. Elaborar programação municipal dos serviços básicos + ambulatorial + hospitalar ii. Gerir unidades ambulatoriais, hospitalares e de referência própria iii. Prestar serviços ambulatoriais ou hospitalares para todos os casos de referências iv. Normaliza e opera a central de procedimentos ambulatoriais e hospitalares v. Contratar, controlar, auditar e pagar os prestadores de serviço em saúde vi. Executar ações de vigilância sanitária e epidemiológica NOVAS MODALIDADES DE GESTÃO ESTADUAL 1. Gestão Avançada do Sistema Estadual 2. Gestão Plena do Sistema Estadual PISO DA ATENÇÃO BÁSICA (PAB) 1. PAB a. Montante de recursos financeiros para fins de custeio e procedimentos da atenção básica, definido conforme um valor per capita nacional, multiplicado pela população total do município 2. PAB FIXO a. Transferido automaticamente do fundo de saúde federal para o fundo municipal 3. PAB VARIÁVEL a. Valor acrescido a título de incentivo para o desenvolvimento de ações e programas específicos, como ESF, assistência farmacêutica e ações de vigilância sanitária FRAÇÃO ASSISTENCIAL ESPECIALIZADA (FAE) Montante de recursos destinados ao custeio de procedimentos ambulatoriais de média complexidade e alto custo, além de medicamentos e insumos REMUNERAÇÃO DE INTERNAÇÕES HOSPITALARES Montante de recursos para fins de custeio de internações com base na AIH NORMAS OPERACIONAIS DE ASSISTÊNCIA A SAÚDE (NOAS) OBJETIVO Promover maior equidade na alocação de recursos e no acesso da população às ações e serviços de saúde em todos os níveis de atenção Implantação e Gestão do SUS - BEATRIZ TIANEZE DE CASTRO 11 ESTRATÉGIAS 1. Regionalização e organização da assistência 2. Fortalecimento da capacidade de gestão do SUS 3. Revisão de critérios de habilitação de municípios e estados 2001 Conclui descentralização com 100% dos municípios habilitados Define o modelo de financiamento para serviços de média e alta complexidade Define processo de regionalização da assistência 2002 Elabora o Plano Diretor de Regionalização (PDR) Cria estratégias para ampliação da Atenção Básica Aumento do PAB Criação do PAB ampliado Determina áreas de atuação estratégica PRINCIPAIS AVANÇOS 1. Promoção de maior equidade na alocação de recursos e no acesso da população às ações de saúde em todos os níveis de atenção 2. Fundamentos da regionalização 3. Integração entre sistemas municipais 4. Papel coordenador e mediador do gestor estadual PLANO DIRETOR DE REGIONALIZAÇÃO O plano de regionalização tem, como estratégia, a divisão administrativa do estado em sub-regiões. Dessa forma, o município-sede passa a receber recursos fundo a fundo para atendimento não só da sua população, mas também da população a ele referenciada. Mais uma vez, são redefinidas as condições de gestão para habilitação dos municípios, seguindo a tendência anterior de ampliar cada vez mais a condição gestora dos municípios FUNÇÕES DO DIRETOR DE REGIONALIZAÇÃO 1. Estar em consonância com o Plano Estadual de Saúde 2. Ser aprovado na CIB e no Conselho Estadual de Saúde 3. Garantir o acesso aos atendimentos mediante estabelecimento de referências intermunicipais 4. Direcionar os investimentos 5. Ter contidas as propostas de referências a outros estados 6. Possuir compromissos escritos e formais entre gestores visando ao cumprimento do pactuado (condição para habilitar-se como gestor) DIVISÃO ADMINISTRATIVA 1. Região ou microrregião a. Base territorial de planejamento b. Pode compreender um ou mais módulos assistenciais 2. Módulo assistencial a. Sub-região que pode conter um ou mais municípios Implantação e Gestão do SUS - BEATRIZ TIANEZE DE CASTRO 12 b. Módulo territorial com a capacidade de dar resolutividade correspondente ao primeiro nível de referência de média complexidade (laboratório, radiologia simples, ultrassonografia obstétrica, psicologia, fisioterapia, ações de Odontologia especializada, leitos hospitalares), com área de abrangência mínima a ser definida para cada estado (tal módulo deve ter um município-sede, que oferte tais atendimentos a seus munícipes e aos vizinhos referenciados a ele) 3. Municípios-polo do estado a. Aqueles que são referência para outros municípios em qualquer nível de atenção PACTO PELA SAÚDE (2006) DEFINIÇÃO Conjunto de reformas institucionais pactuado entre as três esferas de gestão do SUS com o objetivo de fazer avançar sua organização e seu funcionamento IMPORTANTE No Pacto pela Saúde foi extinta a necessidade de habilitação dos municípios como gestores junto com o Governo Federal O Pacto deve ser revisado anualmente com ênfase nas necessidades de saúde da população e implica o exercício simultâneo de definição de prioridades, articuladas e integradas nos 3 componentes PACTO PELA VIDA DEFINIÇÃO Trata-se de um conjunto de compromissos sanitários, expressos em resultados e objetivos de processos e derivados da análise da situação de saúde do país e das prioridades definidas pelos governos federal, estadual e municipal PRIORIDADES 1. Saúde do idoso 2. Câncer de colo uterino e mama 3. Redução da mortalidade maternoinfantil 4. Fortalecimento da capacidadede respostas às doenças emergentes e endemias a. Ênfase na dengue, hanseníase, tuberculose, malária, influenza, hepatite e AIDS 5. Promoção à saúde 6. Fortalecimento da atenção básica 7. Saúde do trabalhador 8. Saúde mental 9. Fortalecimento da capacidade de resposta do sistema de saúde às pessoas com deficiência 10. Atenção integral às pessoas em situação ou risco de violência 11. Saúde do homem PACTO EM DEFESA DO SUS DEFINIÇÃO Compreende ações concretas e articuladas pelas três instâncias federativas no sentido de reforçar o SUS como política de Estado mais do que política de governos e defender, vigorosamente, os princípios basilares dessa política pública, inscritos na Constituição Implantação e Gestão do SUS - BEATRIZ TIANEZE DE CASTRO 13 PRIORIDADES 1. Implementar um projeto permanente de mobilização social 2. Elaborar e divulgar a Carta dos Direitos dos Usuários do SUS PACTO DE GESTÃO DEFINIÇÃO Estabelece as responsabilidades claras de cada ente federado, de modo a diminuir as competências concorrentes e tornar mais claro quem deve fazer o quê, contribuindo, assim, para o fortalecimento da gestão compartilhada e solidária do SUS PRIORIDADES 1. Definir a responsabilidade sanitária de cada instância gestora do SUS 2. Estabelecer as diretrizes para a gestão do SUS
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