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NUTRIÇÃO FUNCIONAL E OMPORTAMENTAL Princípios básicos da nutrição funcional: 1. Individualidade bioquímica 2. Tratamento centrado no paciente 3. Equilíbrio nutricional e biodisponibilidade de nutrientes 4. Inter-relações com fatores fisiológicos (TEIA) 5. Saúde como vitalidade positiva Nutrição funcional: Tem o objetivo de atingir o equilibro do organismo do paciente como um todo: Saúde física, emocional, qualidade de vida por meio de nutrientes e fito químicos. A base para a nutrição funcional é a Teia de inter-relações metabólicas. O objetivo é entender o que está acontecendo com o paciente e a partir daí organizar a melhor conduta nutricional de acordo com os principais sintomas e quais as suas causas, ou seja, o foco é na origem dos sintomas. Os 6 pontos da teia estão relacionados aos sinais e sintomas do paciente sendo que há interferência entre esses. Os sinais e sintomas são colocados nos pontos que estão mais associados. Ex: Dor de cabeça relacionada a TPM – Hormônios e neurotransmissores. Assimilação: É via intestino que ocorre a assimilação de nutriente. Portanto, está relacionado com os sintomas relacionados ao trato gastrointestinal (mastigação, digestão, trânsito intestinal, gases, se algum alimento faz mal, absorção de nutrientes, etc). Defesa e reparo: Relacionado ao sistema imunológico. (resfriados, candidíases, micose, herpes, doenças autoimunes, doenças inflamatórias, queda de imunidade, asma, sinusite, etc.) Hormônios e neurotransmissores: Resistencia a insulina, SOP, endometriose, TPM, fertilidade, depressão, ansiedade, medo, estresse, etc – Como esses fatores estão relacionados com hormônios e neurotransmissores. Biotransformação e eliminação: Desintoxicação. Como o aumulo de toxinas interferem nos fatores citados acima, no desenvolvimento de doenças e como diminuir essas toxinas. Estrutura: Dores corporais, osteopenia, osteoporose, como a pessoa se sente, etc. Ex: Como stress leva a menopausa precoce. Energia: Estresse oxidativo e funcionamento das mitocôndrias. Como alguns fatores levam a menor funcionamento da mitocôndria e queda de ATP. Transporte: Circulação do paciente, transporte de nutrientes até as células. Parte central da Teia: Mente: Relacionada a cognição, desempenho, etc. Emoções: Tristeza, raiva, nervosismos, etc. – Estão muito relacionadas com neurotransmissores ou deficiências de nutrientes. Espírito: Relação com propósitos, conexões, etc. ANAMNESE Rastreamento metabólico: Primeiro passo para identificar os sinais e sintomas. Fundamental para entender o que causa os sinais e sintomas do paciente, para entender o que está acontecendo. É composto por uma lista de sinais e sintomas que são pontuadas da seguinte forma: 0. Nunca ou quase nunca teve o sintoma; 1. Ocasionalmente teve, efeito não severo; 2. Ocasionalmente teve, efeito foi severo; 3. Frequentemente teve, efeito não foi severo; 4. Frequentemente teve, efeito foi severo; *Severo: Afeta o dia a dia e a vida do paciente. Quanto maior a pontuação final, mais indica as alterações de saúde. Exemplo de lista (incompleta): A pontuação final também pode ser utilizada a critério de comparação com consultas anteriores ou utilizar esse rastreamento metabólico apenas como um guia para saber sobre os sinais e sintomas do paciente e fazer uma investigação mais completa. Comparar as queixas relatadas pelo paciente com os sinais e sintomas e ver em qual local da teia está ligado. · Muitas vezes as múltiplas alergias estão relacionadas com sobrecarga hepática. · Náusea entra na parte de detox pois tem haver com fígado Com esse rastreamento, pode-se definir em qual parte da teia começará a tratar o paciente. Toxinas, Inflamação e estresse Magnésio: Cofator de mais de 600 reações enzimáticas e enzimas de fase II de destoxificação e da triptofano hidroxilase que converte o triptofano em serotonina. É responsável por regular a excitabilidade de receptores cerebrais NMDA. Estudos indicam que indivíduos com enxaqueca apresentam queda nos níveis séricos durante e entre os ataques. Quando o paciente está muito estressado, baixo magnésio, baixa de vitamina b6, resistência à insulina, presença de muitas toxinas e inflamação, observa-se um bloqueio na enzima que converte o triptofano em serotonina que é o neurotransmissor responsável pelo bem estar. Nesse caso, o triptofano é desviado para uma outra via metabólica que produz ácido quinolínico que deixa a pessoa mais irritada. Exposição a toxinas, gordura abdominal e resistência à insulina: Poluentes ambientais como agrotóxicos e poluição do ar é um fator de predisposição ao desenvolvimento de resistência à insulina e síndrome metabólica, aumentam o processo inflamatório acarretando no acumulo de gordura. Receptor de insulina: Toxinas, stress, espécie reativas de oxigênio, excesso de glicose, aumento da AGL-TNF alfa (ácidos graxos livres) e IL-6 (citoxinas inflamatórias) ocorre ativação de vias metabólicas que impedem o funcionamento da insulina causando um acumulo na corrente sanguínea. Polifenóis: Aumenta o fator NRF-2 que aumenta o efeito das enzimas antioxidantes e e desentoxicantes. Efeito imuno-protetor, neuroprotetor, hepatoprotetor, protetor renal, reduz danos ao DNA , efeito anticancerígeno, etc. Quecetina: Melhora todo metabolismo hormonal NUTRIÇÃO COMPORTAMENTAL O hábito é o ultimo degrau do comportamento, logo, não deve ser a primeira estratégia de mudança. Ciclo do hábito: O instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT) desenvolveu estudos que mostram áreas do cérebro que se desenvolvem como uma forma evolutiva de poupar esforços, ou seja, atua de forma de automatização de economia de energia. Portanto, é por isso que os hábitos são tão difíceis de serem desfeitos pois são realizados de forma automática para poupar energia. Quando o paciente está no loop do hábito, é preciso identificar qual a deixa/gatilho (sentimento, objeto, sinal, etc) que é o responsável pelo início da ação e, a partir daí, inicia-se uma rotina (física, mental ou emocional) para se obter a recompensa após realizar a tarefa. Logo, é preciso fornecer uma recompensa para motivar o paciente, pois esse será o estimulo para que a pessoa torne aquilo uma rotina. Obs: Não é interessante colocar um dia livre como recompensa pro paciente pois isso pode gerar compulsão. Na nutrição comportamental são comemoradas pequenas vitórias para motivar o paciente. Roda do detox: Utilizada para o paciente ter consciência da sua dieta com o estilo de vida detox. Conduta: 1. Explicar o que é o adequado de cada área. 2. Perguntar de 1 a 10 qual o nível de satisfação do cliente naquela área e então ele deve colorir. 3. Perguntar ao paciente quais áreas estão favorecendo seu objetivo (solicitar ao menos 3) 4. Perguntar ao paciente quais áreas você deve dar mais atenção (solicitar ao menos 3) 5. Pedir para o paciente citar 3 atitudes práticas que tomará nessa semana em relação ao objetivo (pequenas metas, não necessariamente 3, depende das individualidades do paciente) 6. Perguntar ao paciente de 1 a 10 qual o nível de seu comprometimento Áreas: · Alimentos orgânicos: Agrotóxicos possuem muitas toxinas causando prejuízo ao organismo, logo, deve-se consumir mais orgânicos. · Brácicas: Grupo de alimentos que interferem diretamente nas vias de detox. O ideal é que o paciente possua ao menos uma vez ao dia, de preferência cru. (Brócolis, couve, repolho, couve de Bruxelas, etc). · Água: Recomendado 35 ml/kg. · Chás: Possuem muitos compostos bioativos que aumentam a quantidade de polifenóis. Tomar pelo menos uma vez ao dia. Obs: Pessoas que possuem hipotireoidismo devem evitar o chá verde pois as catecolaminas podem interferir na tireoide. · Especiarias: Também possuem diversos compostos bioativos, de preferência, utilizar temperos frescos. · Alimentos roxos: Muito ricos em polifenóis, consumir ao menos uma vez por dia. · Alimentos crus: Fonte de diversos nutrientes que interferem nas vias de detoxificação, saciedade, etc. Consumir pelo menos dois pratos por dia. · Atividade física: Ajudam a eliminar toxina. · Maquiagem,cosméticos, produtos de limpezas: Possuem diversas toxinas. Perguntar qual o nível de satisfação com a utilização de produtos livres dessas toxinas. · Sono: Como é o sono do paciente, se acorda descansado, etc.