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Fármacos Antivirais e Antirretrovirais

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antivirais 
 
antiinfluenza 
• Oseltamivir (Tamiflu) - é o pró-fármaco que inibe a 
neuraminidase presente no envelope viral. Esse fármaco 
interfere na ligação do sítio de ligação do receptor 
celular (ácido siálico) com a neuraminidase, fazendo 
com que o vírus não entre na célula. 
 
NEUROAMINIDASE É UMA ENZIMA RESPONSÁVEL POR 
LIBERAR VÍRUS DA CÉLULA HOSPEDEIRA. 
 
• Administrado por VO 
• Eficaz contra influenza A (H5N1) 
 
A IMUNIZAÇÃO CONTRA A GRIPE É A ABORDAGEM 
PREFERENCIAL, CONTUDO, OS ANTIVIRAIS SÃO USADOS 
QUANDO OS PCTES SÃO ALÉRGICOS À VACINA OU QUANDO 
OCORRE SURTO. 
 
fármacos anti-herpéticos 
• Mecanismo de ação dos análogos de nucleosídeos 
(aciclovir) - o pró-fármaco inativo irá se tornar ativado 
por uma enzima de origem viral (ou seja, só a célula 
infectada irá ativar a droga), formando o 1° composto 
(trifosfato de aciclovir), sendo incorporado ao DNA viral, 
impedindo o alongamento da cadeia de DNA, 
promovendo a inibição competitiva da DNA polimerase, 
logo, promovem a inibição da replicação do DNA do 
vírus. 
 
1) Aciclovir (Zovirax) - é uma pró droga que atua 
especificamente na célula infectada. 
• Apresenta o mais alto grau de especificidade e um grau 
ótimo de tolerância 
• Tratamento de herpes vírus (tipo 1 e tipo 2, com exceção 
do citomegalovírus - CMV) e VZR (varicela-zoster - 
catapora) 
• EA - Insuficiência renal dose-dependente reversível, 
irritação local e flebites (ligados a via de adm tópica e 
IV), não é mielotóxico (não causa toxicidade na medula). 
• Mecanismos de resistência - ausência de produção 
parcial da timidina cinase, alteração do DNA polimerase. 
 
2) Valaciclovir (Valtrex) - é um pró-fármaco do aciclovir 
quando convertido em aciclovir quando ingerido. 
• Mecanismo de ação – igual do aciclovir 
• Atua contra vírus herpes humano (HSV) e vírus da 
varicela-zoster (VZV) 
• EA – náusea, diarreia e dor de cabeça 
 
3) Ganciclovir 
• Mecanismo de ação - é um análogo da guanosina 
acíclico e atua na DNA polimerase viral, sendo 
convertido pelo composto trifosfato, sendo em seguida 
incorporado na posição 3’ da cadeia de DNA, ocorrendo 
a inibição do alongamento da molécula de DNA. 
• Atua contra HSV (não sendo a primeira escolha por 
causar mielotoxicidade) e citomegalovírus (CMV – 
primeira escolha) 
• EA - mielossupressão (afecções hematológicas) 
• Uso parenteral 
 
O CMV PODE CAUSAR RINITE, SENDO O GANCICLOVIR 
MELHOR INDICADO. TAMBÉM É INDICADO SEU USO NA 
PROFILAXIA DO CMV EM PCTES TRANSPLANTADOS. 
 
fármacos anti-hepatites 
Objetivos: 
• Impedir a evolução para a doença crônica (cirrose) 
• Impedir a transmissão da doença 
• Impedir a ocorrência de complicações (carcinoma 
hepático) 
 
a) Inibidores do vírus da hepatite B (são análogos de 
nucleosídeos) 
• Fármacos – Adefovir, Entecavir, Tenofovir e Lamivudina 
(não se usa mais) 
• Além dos fármacos, são usados interferons 
(glicoproteínas com atividade viral alta sendo 
produzidos em pequena quantidade em nosso corpo). 
Eles são aplicados por possuírem por interferirem na 
capacidade do vírus infectar as células. 
• Indicações - casos de infecção HIV (lamivudina é uma 
inibidora da transcriptase reversa do HIV) e na hepatite 
B. 
• Toxicidade - hepatotoxicidade 
 
APESAR DE TRATAREM DOENÇA HEPÁTICA, SÃO DROGAS 
HEPATOTÓXICOS. 
 
VAMLIDY (NOVA DROGA) POSSUI A MESMA EFICÁCIA DO 
TENOFOVIR E É ABSORVIDA PELO INTESTINO GROSSO. 
 
b) Anti hepatite C 
• Fármaco - Ribavirina (fármaco teratogênico e 
mutagênico) 
- Análogo do nucleosídeo da guanidine com o mesmo 
mecanismo de ação do aciclovir, mas de forma não 
seletiva. 
- Administração: oral, IV e aerossol 
- Efeitos adversos: anemia, exacerbação de processos 
alérgicos, disgeusia (paladar alterado), rash cutâneo e 
distúrbios gastrointestinais. 
• Tratamento até 2014 - associação da ribavirina 
(análogo de nucleosídeo) + interferon (tem muito EA) 
• 2012 - usava-se ribavirina + interferon + inibidor de 
protease, não possuindo vantagem pois para esse 
tratamento o paciente precisava ter fibrose avançada, 
cirrose hepática compensada e ausência de tratamento 
prévio com inibidores de protease (pacientes com HIV) 
• Tratamento atual (a partir de 2015) – é livre do 
interferon (não sendo mais utilizado no tratamento da 
hepatite C) 
- Sofosbuvir: análogo de nucleosídeo que inibe a polimerase 
do HCV 
- Simeprevir - inibidor de protease de segunda geração. 
- Daclatasvir: inibidor do NS50 do HCV → tratamento com 
facilidade posológica, devido possuir menor período de uso 
e com eventos adversos menos grave. 
 
fármacos antirretrovirais 
(arvs) 
O HIV através de suas glicoproteínas da superfície, adere-
se a célula hospedeira e introduz seu material genético no 
citoplasma da célula. A enzima transcriptase reversa 
transforma o RNA viral em DNA pró-viral, que migra até o 
núcleo da célula hospedeira se unindo ao seu material 
genético. 
• Tem como objetivo principal a supressão máxima e 
sustentada da replicação viral. 
• Não erradica o HIV (uso contínuo e prolongado) 
• Conversão de uma doença grave em uma infecção 
crônica e controlável 
• Aumenta complicações não infecciosas – dislipidemias, 
resistência a insulina, acidose lática, alteração da 
redistribuição da gordura corporal, alteração do 
metabolismo ósseo. 
 
terapia antirretroviral (tarv) 
INIBIDORES DA TRANSCRIPTASE REVERSA 
(ITRN) 
• Análogos de nucleosídeo - zidovudina, estavudina, 
zalcitabina, lamivudina, entricitabina, abacavir 
 
1) Azidotimidina 
• Análogo da timidina 
• Ativa contra RNA-vírus tumorais (retrovírus) 
• Potente contra HIV-1, HIV-2 e vírus Epstein- Barr 
• Mecanismo de ação - bloqueio da síntese da cadeia de 
DNA por não ter o grupo 3’-OH 
• Efeitos adversos - causa anemia macrocítica, 
neutropenia, granulocitopenia 
 
2) Zidovudina 
• Análogo de deoxitimidina e azidotimidina (AZT) 
• Entra na célula por difusão passiva 
• Convertido na forma de trifosfato pelo TK 
• Fosforilação a AZT 5’-trifosfato e incorporação de AZT 5’-
monofosfato na terminação 3’ 
• Alvo – transcriptase reversa 
• Via oral e IV 
• Análogo de nucleotídeo: tenofovir e adenovir 
• Efeitos adversos - mielossupressão, intolerância 
gastrointestinal, dor de cabeça e insônia 
• resistência: mutação no gene transcriptase reversa 
(mais frequente em terapia prolongada) 
 
TAMBÉM É ANTI-HERPÉTICO B, INIBINDO A TRANSCRIPTASE 
REVERSA COMPETITIVAMENTE E ATUA NA TERMINAÇÃO DA 
CADEIA DE DNA VIRAL. 
 
INIBIDORES NÃO NUCLEOSÍDEO DA 
TRANSCRIPTASE REVERSA 
Nevirapina, efavirenz e delavirdina. 
 
3) Nevirapina (viramune) 
• Infecções por HIV resistente a AZT (análogo de 
nucleosídeo) 
• Uso em combinação com AZT e DDI → aumento nas 
células CD4 
• Derivados da dipiridodiazepinona → se liga na 
transcriptase reversa 
• Previne a transmissão de HIV da mãe para o filho 
• É indutor da isoenzima CYP3A4 e aumenta a 
biotransformação de vários fármacos, como 
contraceptivos orais. 
• Gera HEPATOTOXICIDADE GRAVE 
 
INIBIDORES DE PROTEASES (não dá muita 
resistência, porém há muito efeito adverso) 
• Fármacos - Saquinavir, Indinavir, Atazanavir, Ritonavir, 
Telaprevir, Boceprevir, Nelfinavir e Simeprevir 
• Mecanismo de ação - estes fármacos ligam-se às 
proteases (responsáveis pela clivagem de proteínas 
estruturais e enzimas essenciais na replicação e 
maturação viral) impedindo a sua função, tornando-as 
inativas. 
• Previnem a clivagem de proteínas precursoras inativas 
e maturação do vírus 
• Biotransformação é pela enzima cyp450, entanto sujeita 
a interação medicamentosa com outras drogas 
mentalizadas pela mesma 
• Adm crônica está associada a hiperlipidemia, 
hiperglicemia e resistência a insulina 
 
INIBIDOR DE INTEGRASE 
• Raltegravir → impede a integração do vírus com o 
núcleo da célula 
 
terapia de resgate 
INIBIDOR DO CCR5 - MARAVIROC 
• Liga-se seletivamente ao receptor do CCR5 
• via oral e absorção rápida 
• efeitos adversos: dor muscular e articular, diarreia,transtornos de sono e hepatotoxicidade 
 
INIBIDOR DDE FUSÃO - ENFUVIRTIDA 
• Cadeia sintética de 36 aa, interfere com a penetração 
do HIV-1 no interior da CD4 
• Liga-se à proteína de fusão do vírus, de forma a prevenir 
a mudança conformacional que fundirá a membrana 
• Droga reserva que NUNCA deve ser tomada 
isoladamente 
Observações: 
• Terapia combinada: efavirenz, tricitabina e tenofovir 
• Prós: maior eficácia, diminuição da carga viral e 
redução da resistência viral 
• Contra: aumento da toxicidade e reações adversas 
significativas, frequente abandono do esquema 
posológico (adesão), terapêutica e monitoramento 
caros.

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