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Aminoglicosídeos: Mecanismo de Ação e Toxicidade

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aminoglisosideos 
 
ESTREPTOMICINA FOI O PRIMEIRO AMINOGLICOSÍDEO 
OBTIDO A PARTIR DO FUNGO STREPTOMYCES GRISÉU. 
 
• Mecanismo de ação - fixam-se à subunidade 30s 
provocando leitura incorreta do código genético e 
levando a formação de proteínas defeituosas, levando a 
morte da bactéria. Além disso, agem também sobre a 
membrana citoplasmática, provocando dissociação dos 
fosfolipídios. 
 
FARMACOCINÉTICA 
• Mal absorvidos por VO, a maioria é usada por via 
parenteral ou tópica 
• São bactericidas (conseguem matar bactérias) agindo 
principalmente sobre gram - nao localizadas no SNC 
• Não sofre metabolização e a eliminação ocorre quase 
totalmente por filtração glomerular 
 
fármacos 
GRUPO I 
1) Canamicina (natural) 
a) Amicacina (semi-sintético) 
• É um derivado sintético da canamicina 
• Uso parenteral 
• EA - ototoxicidade e nefrotoxicidade 
 
A OTOTOXICIDADE DA AMICACINA PODE PROVOCAR A PERDA 
DE AUDIÇÃO, DEVIDO PROMOVER A MORTE DAS CÉLULAS DA 
CÓCLEA (NO RAMO COCLEAR), ONDE A LESÃO É MUITAS 
VEZES IRREVERSÍVEL, MESMO COM A SUSPENSÃO DA 
DROGA. 
 
b) Tobramicina (semi-sintético) 
• É mais potente que a gentamicina em relação ao 
Pseudomonas (G-) com menor oto e nefrotoxicidade 
• Via de adm - parenteral e tópico (colírio - tobradex 
possui tem corticoide) 
• Excreção via renal 
 
2) Gentamicina (natural) 
• Droga mais antiga (1963) usadas nas infecções por 
bactéria G- 
• Vias de adm - parenteral ou tópica 
• EA - ototoxicidade (2%), nefrotoxicidade, pode ocorrer 
bloqueio neuromuscular, náuseas, cefaleia, alterações 
bioquímicas e superinfecção. 
• É obrigatório o monitoramento dos níveis séricos de 
drogas em pacientes com insuficiência renal, visto que 
é eliminado via renal. 
• Pode ser usada para reforçar a ação tanto para 
bactérias G+ quanto para bactérias G- 
 
 
GENTAMICINA + PENICILINA G = USADO PARA TRATAR 
STREPTOCOCCUS. 
GENTAMICINA + CARBENICILINA = USADO PARA TRATAR 
PSEUDOMONAS. 
 
GRUPO II 
1) Neomicina 
• É o fármaco mais tóxico dos aminoglicosídeos sendo 
usado apenas por via tópica (não é dado por VO mas 
possui absorção sistêmica) 
• Via tópica - ouvido (gotas otológicas - otosynalar) e em 
preparações dermatológicas (pomadas ou cremes) 
associadas a outros antimicrobianos. 
 
toxicidade dos aminoglicosídeos 
São causadas quando o fármaco é administrado por via 
parenteral. 
• Ototoxicidade (todos os aminoglicosídeos são tóxicos 
para os dois ramos do 8° par craniano - lesão que ocorre 
a nível do 8° par) - é relativamente incomum, mas 
importante por ser irreversível (mesmo com a suspensão 
da droga) podendo levar a surdez quando atinge a 
região coclear (amicacina). Ocorre devido a altas 
concentrações da droga (> 10 dias). 
- No ramo vestibular: gentamicina e tobramicina 
(vertigens, alteração do equilíbrio) 
 
• Nefrotoxicidade - é uma lesão a nível proximal renal. As 
consequências são moderadas e geralmente são 
reversíveis. Em pctes idosos com insuficiência renal e/ou 
do sexo feminino são mais propenos as manifestações 
nefrotóxicas. 
 
O EMPREGO DE DOSES MENORES REPETIDAS EM 
INTERVALOS MAIS CURTOS TEM MAIOR NEFROTOXICIDADE. 
 
• Neurotoxicidade – a adm dos AM pode levar a grau 
variável de bloqueio neuromuscular. A paralisia (rara) 
decorre de altas concentrações da droga na junção 
neuromuscular; inibição dos recep. pré-sinápticos ou 
pós-sinápticos de ACh. 
 
PARALISIA NEUROMUSCULAR – OS MAIS SUSCEPTÍVEIS SÃO 
PCTES QUE USARAM CURARIZANTES, COM MIASTENIA 
GRAVE, HIPOCELCEMIA, HIPERFOSFATEMIA, BOTULISNO, NOS 
QUAIS OS AM NÃO DEVEM SER UTILIZADOS. TRATAMENTO É 
FEITO COM ADM DE GLUCONATO DE CÁLCIO. 
 
• Outras (hipersensibilidade cruzada, alt nos níveis de 
transaminases, granulocitopenia e superinfecção).

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