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Psicologia no Trabalho/Organizações Paradigmas produtivos Taylor -Julgava existir identidade de interesses entre capital e trabalho (Teoria da Conciliação); -Segundo ele, era preciso garantir ao trabalhador altos salários, e ao empregador, baixo custo de produção; ↳acreditava que o trabalhador teria melhores salários e isso levaria a mais lucro para a empresa, uma vez que esse trabalhador teria mais dinheiro para gastar e teria uma melhor condição de vida, já que poderia se alimentar, se vestir adequadamente, etc -Propôs a substituição dos métodos tradicionais (oriundos da experiência prática), pelos científicos (com a adoção do método de Tempos e Movimentos, destinado a eliminar movimentos desnecessários e agilizar movimentos lentos, buscando a eficiência); ↳trabalho monótono, sem sentido para o trabalhador, sendo fatigante e alienado ↳fadiga foi o primeiro indicativo do declínio desse processo de trabalho ↳o taylorismo intensificou muito essas concepções e alienações, que já existiram, mas cresceram ainda mais -Radicalizou a divisão entre concepção (reunião de conhecimentos) e execução do trabalho, separando, portanto, gerentes e trabalhadores; ↳ampliação da divisão entre trabalho intelectual e trabalho braçal -Considerava que, na execução, o trabalhador devia ser poupado de pensar para que pudesse repetir os movimentos ininterruptamente, ganhando em rapidez e exatidão; -Padronização, parcelamento e divisão entre concepção e execução do trabalho → principais instrumentos para aumentar a produtividade e o controle sobre o trabalho. -Seleção científica de trabalhadores a partir de um perfil de tarefas (que pressupõe acúmulo de conhecimentos prévios) + treinamento sistemático → criam um espaço pedagógico na fábrica, de adestramento de indivíduos. -Portanto, o taylorismo intensificou o processo de exploração e de alienação; além disso, a defesa de supervisão estrita, embutia a concepção de um trabalho hierarquizado e subordinado. ↳os trabalhadores eram frequentemente monitorados, a fim de que não interrompessem suas atividades produtivas e não atrapalhassem o processo de constante produção Fayol -Contemporâneo de Taylor, preocupou-se com as funções gerenciais Consequências dos modelos propostos: -Simplificação do trabalho (falta de conteúdo dos mesmos); ↳era preciso simplificar o trabalho, fragmentar as funções e deixar sua execução da forma mais reduzida possível, a fim de aumentar a produção -Redução dos requisitos de qualificação; ↳era preciso apenas saber fazer uma tarefa específica, sem necessidade de raciocínio ou de um aprendizado prévio -Retirada da importância de valores baseados na hierarquia por idade ou por experiência; -Previsão de que a personalidade se adaptasse ao trabalho; -Defesa do parcelamento das tarefas como algo natural; -Adoção de uma visão de homem como sendo motivado exclusivamente pelo dinheiro. ↳o homem trabalha apenas pelo seu salário ↳lógica que reduz a vivência dos sujeitos, que na verdade trabalham por seus salários para subsistirem Taylor e Fayol -Promoveram, com a utilização de seus paradigmas administrativos, a coisificação do trabalho e do trabalhador (que passou a ser visto como um entre os vários fatores de produção) ↳homem passa a ser uma mera engrenagem do processo produtivo ↳não é visto como homem, é visto como coisa Ford -Também contemporâneo dos autores citados, propôs inovações tecnológicas (esteira rolante) e propostas econômicas (produção em massa afetando o consumo). -Preocupava-se com: ↳Padronização da produção (peças idênticas / utilização de modelos / fabricação de um único tipo de carro); ↳quanto menos variação, mais simples é a produção e, em teoria, mais lucro se obtém ↳Controle permanente da exatidão das peças; ↳peças sempre idênticas, sem possibilidade de variações, já que uma peça que não fosse feita da forma exata não encaixava nos produtos finais ↳Uso de máquinas especializadas; ↳há uma evolução tecnológica que permite tais máquinas ↳Movimento das peças através de esteiras, evitando o deslocamento dos operários e garantindo fluxo contínuo de produção ↳quanto menos o trabalhador se movimenta, mais ele produz de forma rápida -Portanto, o ritmo de trabalho era controlado pela cadência das máquinas, e não mais pela supervisão humana direta. ↳não é mais um supervisor que demarca o ritmo de produção, são as esteiras que trabalham de forma ininterrupta ↳se o trabalhador se atrapalha ou erra, toda cadeia produtiva que o sucede na produção é prejudicada, forçando que ele não perca seu ritmo -A questão salarial foi muito enfatizada por Ford, em especial no que se referia à aplicação dos rendimentos pelos trabalhadores em seu cotidiano (consumo). ↳Ford defendia que os indivíduos precisavam ser remunerados para que pudessem consumir, uma vez que a maioria da população (e, consequentemente, de consumidores em potencial) eram os trabalhadores -Nesse modelo também se observou o esvaziamento do conteúdo do trabalho. ↳trabalho sem sentido, trabalhador muitas vezes nem sabia o que estava produzindo -Por fim, o modelo taylorista-fordista, responsável por impulsionar o desenvolvimento capitalista mundial a níveis bastante elevados, passou a apresentar um processo de esgotamento complexo no final do século XX. -Além de explicações de caráter econômico, Borges e Yamamoto (2004) apontam como algumas causas as seguintes: ↳O estilo de gerenciamento do trabalho baseado no modelo taylorista-fordista conduziu as empresas a um crescimento tal que elas perderam a flexibilidade necessária para acompanhar as tendências de mercado, tornando a administração extremamente complexa e cara; ↳As perdas em produtividade, devido à resistência organizada dos trabalhadores e ao desligamento de empregados adoecidos, insatisfeitos com a monotonia do trabalho, as acelerações do ritmo produtivo, e o não atendimento de suas expectativas de recompensas socioeconômicas; ↳A recusa de jovens ao trabalho industrial, pela incompatibilidade dos requisitos e características dos postos de trabalho em relação à formação educacional a que tiveram acesso. -A necessidade de mudança do modelo produtivo implicou, portanto, na concepção de novos paradigmas, diferentes daquele proposto em décadas anteriores por Taylor e Ford - caracterizado pela fabricação de grandes lotes de produtos rigorosamente idênticos. ↳o consumo nem sempre era possível, além de não ter variações e customizações que incentivaram o consumo constante de novos itens ↳houve queda na bolsa de NY, aliada a outras questões, que colapsaram esse sistema -De maneira sintética, pode-se dizer que tais transformações impeliram o desenvolvimento de novos modelos de produção e gestão que culminaram – nos anos 80 –, na fabricação de pequenos lotes de diferentes produtos, incentivando a participação do trabalhador no processo produtivo e preconizando políticas de qualidade. ↳produz-se coisas diferentes e não se deixa acumular grandes estoques Paradigma Conceito de organização Relação adm/ funcionários Incentivos Concepção de homem Resultados Críticas Adm. Científica Organização formal Identidade de interesses Financeiros “Homo Economicus” Máximos Desumanização Relações humanas Organização informal Identidade de interesses Psicossociais Homem social Máximos Ingenuidade Behaviorismo Modelo cooperativo racional Conflitos possíveis e negociáveis Mistos Homem administrativo Satisfatórios Desconsideraçã o por aspectos estruturais da organização Estruturalismo Modelo social construído Conflitos inevitáveis Mistos Homem organizacional Máximos Disfunção do modelo burocrático Sistêmico Sistema aberto Conflito de papéis Mistos Homem funcional Máximos Papéis mais importantes que trabalhadores Qualidade total Sistema aberto e globalizado Identidade de interesses (foco no cliente) Mistos com ênfase nos psicossociais Homem participativo Capital humano (valorização) Máximo com qualidade Cooptação da subjetividadedo trabalhador Reestruturaçã o produtiva Sistema aberto, globalizado e competitivo Identidade de interesses (parceria) Mistos Homem responsável Máximos Subjetividade inautêntica ↳relações humanas: foram propostas formas de melhorar a produção, e medidas como as de socialização serviram para auxiliar nesse processo, já que estudos feitos na época demonstraram que os indivíduos que socializavam no momento de trabalho produziam mais ↳entretanto, houve ingenuidade, já que os psicóloga serviam a interesses capitalistas, então suas contribuições apresentam esse viés, não pensando, de fato, no bem-estar do trabalhador, e sim no lucro do patrão ↳“priorizam” o trabalhador e conseguem uma forma de obter mais lucro
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