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Psicologia no Trabalho/Organizações Paradigma da qualidade total e seus impactos para as organizações e os trabalhadores -Antes disso, no Brasil, houve a reengenharia, que visava otimizar a produção, diminuindo os funcionários de gerência, fiscais, etc Contexto histórico da qualidade total -Surge no Japão do Pós-Guerra, visando o reerguimento da economia ↳Japão teve sua economia destroçada com a guerra, e esse projeto visou a retomada econômica ↳capitalismo se recicla sempre para manter a produtividade -Ao final da década de 70 espalha-se pelo ocidente -Final dos anos 80 fortalece-se no Brasil Conceitos a) De caráter geral -Adequação ao uso (características intrínsecas) ↳produtos precisam da qualidade adequação de uso -Atendimento das expectativas do cliente (processos de produção de bens e serviços devem ter o consumidor como alvo) ↳passou-se a falar em “clientes”, que queriam produtos bons, diversos, e com padrões condizentes ao que era prometido -Harmonia entre satisfação de quem consome, do desempenho do produto / serviço e da satisfação de quem produz ↳satisfação de quem produz se relaciona a uma necessidade de criar confiança entre empresa e seus funcionários -Relação de confiança entre organização, funcionários e clientes ↳os clientes também precisam de confiança para consumirem mais b) Do ponto de vista do mercado externo -Qualidade de um produto ou serviço → custo compatível + durabilidade máxima levando ao adequado desempenho da função ↳tudo isso foi desencadeado por tecnologias evoluídas ↳maquinários cada vez mais especializados (chegando a produzir itens muito pequenos, como os microchips) ↳Brasil demorou a se voltar a qualidade, e os produtos estrangeiros geralmente tinham maior qualidade ↳uma exemplificação é a de Americana, em que chegou um novo tecido que não amassava, mas a mão de obra japonesa era mais barata, compensando mais importar o produto, de forma a quebrar algumas empresas de tecido ↳mercado externo bom para alocação de indivíduos e empresas, fazendo surgir “filiais” estrangeiras que substituíram empresas nacionais, mantendo a qualidade dos produtos mas sendo pior para os funcionários, que não eram bem remunerados e não possuíam os devidos direitos ↳entretanto, na prática, os produtos não possuíam durabilidade e qualidade adequados e prometidos c)Do ponto de vista da organização Qualidade significa a capacidade de atender às necessidades -Técnicas – processos de fabricação e prestação de serviços ↳investimentos em maquinários ↳discurso bonito, mas indevido, não se concretizando na prática -Econômicas – retorno dos investimentos aos patrões e investidores -Humanas – ambiente e condições favoráveis à realização dos trabalhadores como pessoas ↳maquinário especializado demandou de novas preocupações, e havia menos funções, mais voltadas ao controle, já que a máquina fazia quase tudo sozinha ↳de certa forma isso valorizou um pouco os funcionários, uma vez que voltaram a ser vistos de forma mais humana -Mercadológicas – fixação da imagem da organização no mercado e combate aos concorrentes ↳empresas tendo que se tornar referências, ocupar um espaço de relevância para que fossem reconhecidas e tivessem poder para competir com outras empresas grandes pela obtenção de capital -Globais – objetivos da organização, implementação de políticas e programas de trabalho, dentro de um clima favorável ao atingimento destes propósitos. ↳diminuição enorme de barreiras físicas mundiais ↳custos menores, fragmentando o processo para que dadas etapas fossem barateadas pela produção feita em outros países ↳ISO 9000: avaliava a capacidade do produto no mercado A obtenção da qualidade, assim, pressupõe mudanças nos seguintes aspectos -Tecnologia ↳novas tecnologias que asseguram cada vez mais produtos, com mais qualidade e que agradassem mais ao mercado -Pessoas ↳trabalhadores não eram conhecidos antes, e foi havendo tratamentos mais humanos, com implementação de crachás, tapinhas nas costas ↳exemplo: fábrica com manuais em alemão, que levou a serem oferecidos cursos do idioma para funcionários -Organização e Gestão do Processo de Trabalho -Valores Culturais -Estrutura Organizacional Mudanças organizacionais -Estrutura organizacional flexível, para adaptar-se rapidamente às exigências externas -Orientação para funcionar tendo em vista a satisfação das necessidades do mercado -Pressuposto de que os recursos humanos são o mais importante elemento da organização ↳uma valorização do indivíduo que, na prática, servia apenas pela compreensão de que essa valorização gerava maior produtividade -Filosofia de que a qualidade é o principal objetivo a ser buscado Mudanças gerenciais -Aceitação dos membros das equipes como colaboradores e não como subordinados ↳colaborador é um termo que integra mais os indivíduos da equipe de trabalho, dando maior sensação de pertencimento, de propósito e de responsabilização pelas atitudes dentro da empresa -Aceitação de que o gerente não é onipotente ↳gerente deixa de ser uma figura "onipotente", passando a ser mais “humano”, supostamente mais "acessível" -Desejo de integração de todas as áreas da organização, buscando facilitar as atividades -Filosofia de corresponsabilidade com os colaboradores na busca da qualidade ↳agora que o trabalhador é um colaborador, ele tem uma relevância maior, ele tem uma responsabilidade mais seria Mudanças no processo de trabalho -Diminuição dos níveis hierárquicos (hierarquia = controle) ↳ou seja, diminuição do controle ↳mudanças de organogramas que foram horizontalizados, com maior chance de alguém de cargo baixo contatar os indivíduos de cargos altos ↳horizontalizar atribui mais funções aos indivíduos -Diminuição do pessoal (a tecnologia substitui funcionários intermediários) e terceirização ↳terceirização diminui os custos, já que trabalhadores CLT tem mais direitos e custam mais caro aos patrões pelas burocracias da contratação ↳esses funcionários sem registro são mais multifuncionais (“faz tudo”), com mais atribuições e sem sindicatos que aporte esses trabalhadores, fazendo com que sejam mais explorados, sem poder recorrer judicialmente -Desvalorização da estrutura de cargos e tarefas (a descrição de cargos tende a desaparecer) ↳isso amplia a possibilidade de se ser multitarefa, fazendo mais funções de forma a diminuir os gastos da empresa com contratação de múltiplos profissionais -Crescente articulação do trabalho realizado em equipe (o trabalho individual perde importância) -Flexibilização da produção (lotes pequenos e variados, sem estoque) ↳flexibilização está ligada aos consumidores querem mais diversificação nos produtos Mudanças no mercado -Avanço na tecnologia amplia as possibilidades de produção ↳cada vez se produz algo mais, com um novo upgrade, levando produtos a ficarem obsoletos com mais rapidez, além de criarem novas necessidades aos sujeitos ↳atualmente, isso se exemplifica muito com celulares, onde anualmente surgem novos modelos, novas variações, tlas melhores, câmeras de maior resolução, gravadores com resolução mais alta para se adequar as produções de jogos, redes sociais e streamings -Cliente mais exigente quanto a produtos e serviços e menos tolerante a erros e baixos padrões de qualidade ↳o cliente quer receber um produto adequado ao que foi prometido e pago -Alta competitividade entre as organizações ↳constantes lançamentos, propagandas e campanhas para que uma empresa alcance mais lucro que outras -Necessidade de contínua inovação e aprendizagem ↳é preciso que os trabalhadores se profissionalizem, façam formações, cursos técnicos, etc -Qualidade ↳Para sobrevivência da organização ↳Necessidade de eficiência e cooperação ↳Para concorrência interna e parcerias externas Mudanças no modelo de gestão -A introdução da política de qualidade afetou a tradicional forma de gestão de trabalhadores porque: ↳O controle externo sobre eles tornou-se inviável; ↳A hierarquia e a centralizaçãode decisões tornaram-se disfuncionais; ↳A crescente demanda por rápida aprendizagem, por parte dos trabalhadores, tornou inviável a dependência a regras formais de acesso ao treinamento. ↳antigamente, havia a lei 6297, que isentava parte dos impostos das empresas se elas oferecessem treinamentos, mas isso acabou Surgem, então, novas demandas para a gestão de recursos humanos -Substituição do controle sobre o processo de trabalho, pelo controle sobre o resultado do mesmo. ↳controle pelo produto e quantidade final, e não sobre o processo -Integração de planejamento, operação, manutenção e controle numa única função -A tarefa de administração passa a considerar as equipes de trabalho o elemento-chave deste processo. ↳há diferença do trabalho prescrito e o trabalho real ↳o trabalho real conta com imprevistos, e isso é preenchido por subjetividade dos trabalhadores, que são capazes, por exemplo, de resolver os problemas que as máquinas apresentam Impactos sobre os trabalhadores -O desempenho no trabalho passa a ser regulado pelo próprio trabalhador, através de: ↳Internalização de padrões de valores e significados (diminuição dos dispositivos tradicionais de controle) ↳Compromisso com a qualidade ↳Busca do consenso na equipe
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