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Cooperativismo Rural- Ciclo 2

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ANIELEN APARECIDA PEREIRA – RA 8094134 
 
 
 
Bacharel em Administração 
 
 
 
Portfólio Ciclo 2 
 
 
 
 
 Cooperativismo Rural
 
 
 
 
 
 
 
CENTRO UNIVERSITÁRIO CLARETIANO 
 
 
 
RIO CLARO- SP 
 
2022 
 
 
 Para começar precisamos entender que cooperativismo é um trabalho com participação de todos os envolvidos, todos buscando algo em comum, gerando benefício mutuo para os seus cooperadores. As cooperativas contribuem para a sociedade gerando empregos e levando dignidade para as pessoas, não tendo como seu objetivo visar lucro. 
Segundo Braga (2000) “O cooperativismo surgiu na Europa Ocidental, início do século XIX, onde diversos pensadores formaram a doutrina cooperativista.” Sendo uma consequência da Revolução Industrial, os funcionários de uma tecelagem se reuniram em um bairro de Rochadalle em 21 de dezembro de 1844 e criaram um armazém, onde a finalidade era criar um ambiente com condições físicas e econômicas melhores do que o que tinham no momento. Com a união deles foi concretizado a abertura de um armazém cooperativo, onde havia venda dos produtos essenciais de sobrevivência por um preço bem inferior, e para ser formalizado foi elaborado o Estatuto da Sociedade, tendo os princípios do cooperativismo mantidos até hoje em dia, com algumas mudanças mas com o mesmo objetivo. Seguindo o OCB (Organização das Cooperativas Brasileira), existem 13 ramos de cooperativismo, sendo eles: agropecuário, consumo, habitacional, produção, crédito, educacional, infraestrutura, saúde, mineral, especial, turismo, transporte e trabalho. Sendo os que mais dão resultados o crédito, saúde e agropecuário. 
Os princípios cooperativos segundo a OCB são sete, sendo eles:
“1) Adesão voluntária e livre - As cooperativas são organizações abertas as pessoas aptas a utilizarem os seus serviços e a se tornarem cooperados, sem discriminações sexuais, sociais, raciais, políticas e religiosas; 
2) Gestão democrática e livre – São empreendimentos democráticos, sob o controle dos associados, que devem participar da sua gestão; 
3) Participação econômica dos membros – Os cooperados integralizam o capital em suas cooperativas e o controlam democraticamente. Parte desse capital é propriedade comum da cooperativa. Caso haja, eles recebem uma remuneração limitada ao capital integralizado, além do rateio de sobras ou perdas proporcionais às operações; 
4) Autonomia e independência - As cooperativas são empreendimentos de autogestão, de ajuda mútua, controladas pelos cooperados; 
5) Educação, formação e informação – As cooperativas promovem a educação e a formação dos seus associados, dos representantes eleitos e dos trabalhadores, para que eles possam contribuir positivamente para essas organizações. Devem difundir na comunidade a natureza e as vantagens da cooperação; 
6) Intercooperação – Quando as cooperativas trabalham em conjunto, com as estruturas locais, regionais, nacionais e internacionais, trazem mais resultados positivos aos cooperados e ao cooperativismo; 
7) Interesse pela comunidade – Com políticas aprovadas pelo quadro social, as cooperativas buscam o desenvolvimento sustentado das suas comunidades.”
Os primeiros movimentos cooperativistas surgiram no Brasil em 1844, mas só em 1889 foi formalizado, surgindo a primeira cooperativa com as mesmas características da primeira. Com toda a sua expansão o governo sancionou leis para permitir o movimento visto todo o crescimento que teve pelo país. No Brasil tiveram 5 marcos que foram importantes, em 1932 teve um decreto que possibilitou as cooperativas de funcionar com incentivos fiscais. Em 1951 foi criado o BNCC (Banco Nacional de Crédito). Em 1966 teve mudança nos decretos, fazendo com que houvesse um retrocesso nas vantagens já adquiridas. No ano de 1971entrou em vigor os requisitos do SOB, e em 1988 a Constituição Federal proporcionou a independência das cooperativas, onde elas passam a ser autônomas, exceto a de crédito que é fiscalizada pelo BACEN.
As cooperativas estão presentes em todos os estados brasileiros, e em todos os ramos, isso faz com que seja gerado muitos empregos. Segundo os dados da pesquisa da revista Alcance as cooperativas teve um faturamento de R$72 bilhões, sendo uma grande porção do PIB do Brasil. Seguindo ainda os dados, pode-se ver que desde 1990 ela só veio aumentando, teve uma pequena queda em 2003, mas já aumentando novamente a partir do ano seguinte. Apesar de o Sul ser pioneiro o Sudeste é o que mais tem cooperativas, sendo Centro-oeste com o menor número.
Podemos concluir que as cooperativas vão crescer cada vez mais, sendo a que mais tiveram aumento a de crédito e agropecuária, com isso foram as que mais geraram empregos.
O desempenho das cooperativas tem relação direta com a economia do país e com a evolução delas haverá uma melhoria continua das organizações proporcionando vantagens para os seus negócios.

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