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FACULDADE DE CIÊNCIAS MÉDICAS CURSO DE MEDICINA ALUNO: GUSTAVO HENRIQUE DE OLIVEIRA MAIA – P2 MÃO EM GARRA / SINAL DE BENÇÃO Explique a lesão neurológica que culmina com a “Mão em Garra” e a lesão neurológica que cursa com o “Sinal de Benção”? O nervo ulnar é um dos principais nervos do nosso membro superior. Ele é responsável pela sensibilidade do dedo mínimo e de metade do dedo anelar e também pela contração de parte dos músculos que movimentam o punho e a mão. O nervo ulnar se forma a partir de um conjunto de nervos que sai da coluna e termina na mão. Sendo que neste trajeto passa por 3 áreas estreitas, onde pode ficar apertado. Para cada uma dessas áreas existe um nome específico para a doença. Podemos dividir as causas entre as que aumentam o volume das estruturas no interior do canal ou túnel por onde passa o nervo e os que diminuem o tamanho do túnel. Entre as causas podemos citar inchaço das estruturas por alterações hormonais como a gravidez, aumento de volume dos tecidos por artrite reumatoide, diabetes, hipotireoidismo, tumores e alterações das estruturas ósseas como nas sequelas de fraturas. A Síndrome do Túnel Cubital ocorre mais em mulheres pós menopausa, pois alterações hormonais causam aumento na quantidade de líquido no corpo, levando aumento das estruturas no interior do canal. Ainda no caso das mulheres pós menopausa há uma alteração na parte óssea do cotovelo, comprimindo o túnel e consequentemente o nervo ulnar dentro dele. Quem trabalha com a parte interna dos cotovelos apoiados e dobrados como costureiras, motoristas e secretárias acabam comprimindo o túnel também e podem apresentar sintomas. Os sintomas mais frequentes são dor, dormência e formigamento nos dedos anelar e dedo mínimo. Os sintomas geralmente pioram de noite e ao realizar tarefas com cotovelo dobrado ou apoiado. Nos casos mais avançados, o paciente pode ter perda de força ou coordenação da mão. Ainda nestes casos, pode-se observar atrofia da musculatura da mão e uma posição típica que chamamos de mão em garra. O diagnóstico é feito através do exame médico associado a alguns exames. A Eletroneuromiografia é um exame bastante útil que pode determinar onde está o nível de compressão do nervo e o grau de lesão que o nervo já sofreu. O médico pode também necessitar de exames de Radiografia e Tomografia Computadorizada para avaliar se alterações ósseas podem estar levando a compressão do túnel ou canal e de Ressonância Nuclear Magnética que pode ser útil para avaliar as partes não ósseas que possam estar comprimindo o nervo. Para os casos mais iniciais, sem sinais de atrofia da mão, é iniciado tratamento não cirúrgico. Neste método usamos medicação antiinflamatória, compressa de gelo e fisioterapia. O paciente também deve evitar ficar com cotovelo dobrado por muito tempo. Já nos casos em que o tratamento não cirúrgico não apresentou bons resultados e nos que há sinais de atrofia da mão indicamos tratamento cirúrgico. Daqui em diante vamos falar somente sobre Síndrome do Túnel Cubital por ser muito mais comum. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS TORTORA, G.J; DERRICKSON, B. Princípios de Anatomia e Fisiologia. Grupo GEN, 2016. PORTH, C.M; MATFIN, G. Fisiopatologia 8 ed. Guanabara Koogan, 2010. SILVERTHORN, Dee Unglaub. Fisiologia Humana: uma abordagem integrada. 7 ed. Porto Alegre: Artmed, 2017.
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