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relatório estagio de alimentos SIMONE FARMÁCIA 2022 5

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5
CENTRO UNIVERSITÁRIO DO NORTE
ESCOLA DE SAÚDE
CURSO DE FARMÁCIA
RELATÓRIO DO ESTÁGIO III
SAÚDE PÚBLICA- CAMPO: UNIDADE BÁSICA DE SAÚDE 
 
MARIA SIMONE DOS SANTOS DE SOUZA
MANAUS-2022
CENTRO UNIVERSITÁRIO DO NORTE 
ESCOLA DE SAÚDE 
CURSO DE FARMÁCIA 
RELATÓRIO FINAL 
ESTÁGIO EM SAÚDE PÚBLICA 
ALUNA: MARIA SIMONE DOS SANTOS DE SOUZA 
Turma: UNN0080107NMA
Supervisor de estágio: Lituânia Mustafa Paes de Almeida 
Preceptora: Estér da Silva Sales
Coordenador do Curso de Farmácia: Paulo Henrique F.da Silva
Instituição/Local de Estágio: Uninorte Ser Educacional 
Período do estágio: 21/03/2022 a 13/04/2022
MANAUS-2021
Sumário
1.	INTRODUÇÃO	4
2.	OBJETIVOS (GERAL E ESPECÍFICO)	6
3.	CARACTERIZAÇÃO E LOCAL DE ESTÁGIO	7
4.	ATIVIDADES REALIZADAS	8
4.1	PRÉ-ESTÁGIO (Elaboração do produto alimentício- geleia da casca do mamão)	
4.2	PRÁTICAS LABORATORIAIS	25
4.3	Atividade Complementar	51
5.	CONCLUSÃO	55
6.	REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS	56
7	ANEXOS	58
	58
1. INTRODUÇÃO 
A Saúde Pública é uma das dez linhas de atuação do farmacêutico, que englobam 134 especialidades, conforme a Resolução n° 572/2013, do Conselho Federal de Farmácia (CFF). EM comemoração ao Dia do Farmacêutico, 20 de janeiro, o CFF fez uma série de matérias sobre essas linhas de atuação profissional. Para falar sobre Saúde Pública, convidamos a conselheira federal de Farmácia pelo estado do Acre, Rossana Spiguel, que também é coordenadora do Grupo de Trabalho de Farmacêuticos no Sistema de Justiça do CFF (GTFSJ/CFF).
O grande diferencial da atuação do farmacêutico na saúde pública é a economia que ele gera para a ascendente espiral de custos da atenção a saúde no setor público. São muito bem fundamentados e ganham cada vez mais força os argumentos de que a redefinição do seu papel no SUS pode servir aos interesses tanto dos pacientes individuais quanto ao público em geral. O farmacêutico também é fundamental na organização dos serviços públicos de saúde. Sua participação é essencial a uma atenção a saúde de qualidade, que é impossível de conseguir sem uma gestão eficiente dos medicamentos (CFF, 2008).
Portanto, o farmacêutico é o responsável por toda a gestão da farmácia, desde a aquisição até a dispensação dos medicamentos. Além disso, ele atua no atendimento direto ao paciente para que receba todas as orientações necessárias a condução correta, segura e racional do seu tratamento, garantindo que os medicamentos e formas farmacêuticas proporcionem o melhor resultado terapêutico. A atuação do farmacêutico na rede pública de saúde já é vista pelo Ministério da Saúde como uma das grandes forças para a promoção da saúde e também para o gerenciamento sustentável do sistema (CFF, 2008).
Carvalho explica que na saúde pública o farmacêutico tem atribuições gerenciais que estão relacionadas com a gestão do medicamento, englobando o ciclo da AF e seu financiamento e, além disso, ele exerce atribuições assistências que, de uma maneira mais ampla, se relaciona às atividades de acompanhamento farmacoterapêutico. “Mas, não podemos nos esquecer das atividades que podem ser desenvolvidas na realização de exames laboratoriais e, também, no campo da vigilância em saúde (vigilâncias epidemiológica, sanitária, ambiental, saúde do trabalhador)”, comenta ele. (CARVALHO, MARCOS LUIZ 2005).
A Vigilância Epidemiológica fornece orientação técnica aos profissionais de saúde responsáveis por decidir sobre a execução de ações de prevenção e controle de doenças e agravos, disponibilizando informações atualizadas e condições adequadas para que sejam conduzidas em determinada área geográfica ou população definida. Trata-se de um importante instrumento de planejamento, organização e execução dos serviços, bem como normatização das atividades técnicas correlatas. O farmacêutico que atua direta ou indiretamente na vigilância epidemiológica precisa saber utilizar a epidemiologia como ferramenta em seu trabalho, na relação paciente-medicamento dentro do sistema de saúde em que estão inseridos. Entre as suas atribuições estão: monitoramento, avaliação e planejamento dos serviços, vigilância de surtos, epidemias e endemias e participação em projetos de pesquisa.
O farmacêutico que atua na vigilância sanitária deve ter habilidade para lidar com conflitos de interesse e posicionamento firme em um âmbito de posturas muito diversas. A partir da publicação do Decreto n°85.878/1991, ficou instituída, enquanto atribuição privativa do profissional farmacêutico, a fiscalização profissional sanitária e técnica de empresas, estabelecimentos, setores, fórmulas, produtos, processos e métodos farmacêuticos ou de natureza farmacêutica.
O farmacêutico que atua nas UBS’s é responsável pela dispensação de medicamentos, farmacovigilância, reposição, armazenamento e controle dos medicamentos, além de promover a educação em saúde. É responsável ainda por coordenar programas de saúde do governo estadual e/ou federal como, por exemplo, programas de componente especializado e estratégico e antirretrovirais.(CRF-SP, 2019).
2. OBJETIVOS (GERAL E ESPECÍFICO)
· Geral:
Capacitar o acadêmico a conhecer e desenvolver habilidades do profissional farmacêutico na saúde pública. 
· Específico: 
· Entender e aplicar as normas de biossegurança e o comportamento em ambiente hospitalar da Maternidade Dr. Moura Tapajós;
· Analisar e executar o papel do farmacêutico na Central de Abastecimento Farmacêutico (CAF) da Maternidade Dr. Moura Tapajós;
· Conhecer os serviços de planejamento reprodutivo e o serviço de atendimento às vítimas de violência sexual (SAVVIS).
3. CARACTERIZAÇÃO E LOCAL DE ESTÁGIO 
A Maternidade Dr. Moura Tapajós, está localizada na Avenida Brasil, n°1335, bairro da Compensa 1, CEP 69036-110, zona oeste de Manaus-Am.
Inaugurada em dezembro de 2005, a Maternidade Dr. Moura Tapajós é um serviço de urgência e emergência que presta assistência hospitalar à mulher no período da gravidez, parto e puerpério, bem como ao recém-nascido, por meio de serviços e programas de promoção social e apoio ao ensino e à pesquisa por meio da oferta de campo de estágio na área das ciências da saúde e em parceria com as universidades. 
A Moura Tapajós é a única maternidade mantida pela Prefeitura Municipal de Manaus, sob coordenação e estrutura da Secretaria Municipal de Saúde, e estende suas atividades ao planejamento reprodutivo e ao atendimento às vítimas de violência sexual por meio do SAVVIS.
A Maternidade Dr. Moura Tapajós tem por missão garantir os direitos reprodutivos da mulher de forma humanizada usando os recursos científicos e tecnológicos disponíveis e se baseando nas mais recentes evidências científicas; além disso, a Moura Tapajós busca desenvolver atendimentos de qualidade, por meio do total envolvimento de sua equipe interdisciplinar, na busca incessante pela melhoria da qualidade de vida de seus usuários. Serviços oferecidos: 
· Serviços de Urgência e Emergência obstetrícia: Serviços de Parto normal, parto cesáreo, abortamento em custo e prenhez ectópica;
· Posto de coleta de leite humano: Funciona 24 horas e dá apoio às puérperas e mulheres que estão amamentando, com coleta domiciliar de leite das mães doadoras e consultas individuais de orientação sobre amamentação;
· Planejamento Reprodutivo: Serviços de cirurgia de laqueadura e vasectomia, inserção e retirada de DIU; 
· Serviço de atendimento às vítimas de violência sexual- SAVVIS.
4. ATIVIDADES REALIZADAS 
4.1 Estudo da legislação (SUS- Lei n° 8.080/1990 e 8.142/1990)
· Lei n°8.080/1990: O Sistema Único de Saúde (SUS) é uma referência mundial entre programas de saúde pública no mundo. 
Criado em 22 de setembro de 1988, o SUS garante que todos os brasileiros tenham acesso universal ao sistema público de saúde, exibindo há mais de 30 anos.
Segundo a Constituição Federal de 1988, o SUS é composto pelo: Ministério da Saúde, Estados (Secretaria Estadual de Saúde- SES); Municípios (Secretaria Municipal de Saúde- SMS).
A legislação do SUS é o conjunto de regulamentos e leis que determinam as formas de agir dos trêssegmentos ligados ao Sistema Único de Saúde. 
Nessa legislação há desde a definição do SUS, suas diretrizes e propósitos, até a estrutura de ação, forma de organização e condutas do Sistema.
Considerado como um dos maiores sistemas públicos de saúde existentes, o SUS é descrito pelo Ministério da Saúde como “um sistema ímpar no mundo, que garante acesso integral, universal e igualitário à população brasileira, do simples atendimento ambulatorial aos transplantes de órgãos”. 
Conforme divulgados pelo Portal da Saúde do Governo Federal em 2013, 152 milhões de pessoas dependem exclusivamente do SUS para ter acesso aos serviços de saúde (80% do total da população brasileira). 
São realizados cerca de 2,8 bilhões de procedimentos ambulatoriais, anualmente, 9,7 milhões de procedimentos de quimioterapia e radioterapia, 236 mil cirurgias cardíacas e 19 mil transplantes.
Art. 1°- Esta lei regula, em todo o território nacional, as ações e serviços de saúde, executados isolada ou conjuntamente, em caráter permanente ou eventual, por pessoas naturais ou jurídicas de direito público ou privado, toda e qualquer atividade de saúde no Brasil e não apenas as promovidas pelo poder público.
Art. 2°- A saúde é um direito fundamental do ser humano, devendo o Estado prover as condições indispensáveis ao seu pleno exercício. Logo após a introdução da lei no artigo 1°, que descreve seu objeto, já surge o resgate do princípio constitucional da saúde como direito e dever do Estado, conforme o artigo 196 da Constituição Federal de 1988.
Art. 3°- Os níveis de saúde expressam a organização social e econômica do País, tendo a saúde como determinantes e condicionantes, entre outros, a alimentação, a moradia, o saneamento básico, o meio ambiente, o trabalho, a renda, a educação, a atividade física, o transporte, o lazer e o acesso aos bens e serviços essenciais. Dizem respeito também a saúde as ações que, por força do disposto do disposto no artigo anterior, se destinam a garantir às pessoas e a coletividade condições de bem-estar físico, mental e social.
Art. 4°- O conjunto de ações e serviços de saúde, prestados por órgãos e instituições públicas federais, estaduais e municipais, da Administração direta e indireta e das fundações mantidas pelo Poder Público, constitui o Sistema Único de Saúde (SUS).
Art. 5°- São objetivos do Sistema Único de Saúde (SUS): 
I- a identificação e divulgação dos fatores condicionantes e determinantes da saúde; 
II- a formulação de política de saúde destinada a promover, nos campos econômico e social, a observância do disposto no ¶ 1° do art.2° desta lei;
III- a assistência às pessoas por intermédio de ações de promoção, proteção e recuperação da saúde, com a realização integrada das ações assistenciais e das atividades preventivas. 
Art. 6°- Estão incluídas ainda no campo de atuação do Sistema Único de Saúde (SUS). A Lei 8.080 elenca as muitas facetas da Vigilância em Saúde e apresenta os objetivos de atuação do SUS. A vigilância em saúde tem por objetivo a observação e análise permanentes da situação de saúde da população, articulando-se em um conjunto de ações destinadas a controlar determinantes, riscos e danos a saúde de populações que vivem em determinados territórios, garantindo-se a integralidade da atenção, o que inclui tanto a abordagem individual como coletiva dos problemas de saúde. 
Art. 7°- As ações e serviços públicos de saúde e os serviços privados contratados ou conveniados que integram o Sistema Único de Saúde (SUS), são desenvolvidos de acordo com as diretrizes previstas no art. 198 da Constituição Federal, obedecendo ainda aos seguintes princípios: Universalidade, Integralidade, Equidade, Controle social, Regionalização, Hierarquização e Descentralização.
Art. 8°- As ações e serviços de saúde, executados pelo SUS, seja diretamente ou mediante participação complementar da iniciativa privada, serão organizados de forma regionalizada e hierarquizada em níveis de complexidade crescente. 
Art. 9°- A direção do SUS é única, de acordo com o inciso I do art. 198 da Constituição Federal, sendo exercida em cada esfera de governo pelos seguintes órgãos: no âmbito da União, pelo Ministério da Saúde e no âmbito dos Estados e do Distrito Federal.
Art. 10°- Os Municípios podendo constituir consórcios para desenvolver em conjunto as ações e os serviços de saúde que lhes correspondam. 
Art. 12°- Serão criadas comissões intersetoriais de âmbito nacional, subordinadas ao Conselho Nacional de Saúde, integradas, pelos Ministérios e órgãos competentes e por entidades representativas da sociedade civil. 
Art. 13°- A articulação das políticas e programas, a cargo das comissões intersetoriais, abrangeria, em especial, as seguintes atividades: alimentação e nutrição, saneamento e meio ambiente, vigilância sanitária e farmacoepidemiologia, recursos humanos, ciência e tecnologia; e saúde do trabalhador. O artigo institui a obrigatoriedade de criação e funcionamento de comissões permanentes que discutam as interfaces de determinadas políticas públicas.
Art. 14°- Deverão ser criadas Comissões Permanentes de integração entre os serviços de saúde e as instituições de ensino profissional e superior.
Art. 15°- A União, os Estados, o Direito Federal e os Municípios exercerão, em seu âmbito administrativo, as seguintes atribuições.
Art. 16°- A direção nacional do Sistema Único de Saúde (SUS) compete : artigo I ao XIX. 
Art. 17°- A direção estadual do Sistema Único de Saúde (SUS) compete: artigo I ao XIV. 
Art. 18°- A direção municipal do SUS compete: artigo I ao XII.
Art. 19°- Ao Distrito Federal competem as atribuições reservadas aos Estados e aos Municípios.
A União poderá executar ações de vigilância epidemiológica e sanitária em circunstâncias especiais, como na ocorrência de agravos inusitados a saúde, que possam escapar do controle de direção estadual do Sistema Único de Saúde (SUS) ou representem risco de disseminação nacional. 
Parágrafo único. Em qualquer caso, os medicamentos ou produtos de que trata o caput deste artigo serão aqueles avaliados quanto a sua eficácia, segurança, efetividade e custo-efetividade para as diferentes fases evolutivas da doença ou do agravo a saúde de que trata o protocolo. 
Parágrafo único. Executam-se do disposto neste artigo: 
I- medicamento e produto em que a indicação do uso seja distinta daquela aprovada no registro da Anvisa, desde que seu uso tenha sido recomendado pela Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no Sistema Único de Saúde (CONITEC);
II- medicamento e produto recomendados pela CONITEC e adquiridos por intermédio de organismos multilaterais internacionais, para uso em programas de saúde pública do Ministério da saúde. 
· Lei n° 8.142/1990: A lei n° 8.142, de 28 de dezembro de 1990, dispõe sobre a participação da comunidade na gestão do Sistema Único de Saúde (SUS) e sobre as transferências intergovernamentais de recursos financeiros na área de saúde e dá outras providências. O controle social é um processo no qual a população participa, por meio de representantes, na definição, execução e acompanhamento de políticas públicas, as políticas de governo.
O controle social traz a possibilidade de a sociedade civil interagir com o governo para estabelecer prioridades e definir políticas de saúde que atendam às necessidades da população, tendo como estratégia para sua viabilização os canais de participação institucional, tais como os conselhos de saúde e as conferências de saúde. O controle social é uma diretriz e princípio do SUS. É o mecanismo de participação da comunidade nas ações de saúde em todas as esferas de governo. A Lei Orgânica 8.142 de 1990 dispõe sobre a participação da comunidade na gestão do Sistema Único de Saúde- SUS e sobre as transferências intergovernamentais de recursos financeiros na área da saúde e de outras providências. De forma institucionalizada temos: os conselhos e as conferências de saúde.
Art.1°- O Sistema Único de Saúde- SUS de que trata a Lei n° 8.080, de 19 de setembro de 1990, contará, em cada esfera de governo,sem prejuízo das funções do Poder Legislação, com as seguintes instâncias colegiadas: A Conferência de Saúde, e o Conselho de Saúde.
¶ 1°- A Conferência de Saúde reunir-se a cada 4 anos com a representação dos vários segmentos sociais, para avaliar a situação de saúde e propor as diretrizes para a formulação da política de saúde nos níveis correspondentes, convocada pelo Poder Executivo ou, extraordinariamente, por este ou pelo Conselho de Saúde.
A Conferência de Saúde é um espaço de discussão das políticas de saúde em todas as esferas de governo. Acontecem, de forma ordinária, a cada 4 anos e, como fórum de discussão, avaliam e propõem mudanças ou novas políticas e programas de saúde para o país. Cada município deve realizar a Conferência de Saúde, onde serão eleitos os representantes que para participar da Conferência Estadual, onde serão eleitos os representantes que participarão, da Conferência Nacional de Saúde. A Lei n° 8.142/1990, resultado da luta pela democratização dos serviços de saúde, representa uma vitória significativa. A partir deste março legal, foram criados os Conselhos e as Conferências de Saúde como espaços vitais para o exercício do controle social do Sistema Único de Saúde (SUS).
¶ 2° O Conselho em Saúde, em caráter permanente e deliberativo, órgão colegiado composto por representantes do governo, prestadores de serviço, profissionais de saúde e usuários, atua na formulação de estratégias e no controle da execução da política de saúde na instância correspondente, inclusive nós aspectos econômicos e financeiros, cujas decisões serão homologadas pelo chefe do poder legalmente constituído em cada esfera do governo.
¶ 3° O Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass) e o Conselho Nacional de Secretários Municipais de Saúde (Conasems) terão representação no Conselho Nacional de Saúde.
¶ 4° A representação dos usuários nós Conselhos de Saúde e Conferências será paritária em relação ao conjunto dos demais segmentos.
¶ 5° As Conferências de Saúde e os Conselhos de Saúde terão sua organização e normas de funcionamento definidas em regimento próprio, aprovadas pelo respectivo conselho.
Art. 2° Os recursos do Fundo Nacional de Saúde (FNS) serão alocados como:
I- despesas de custeio e de capital do Ministério da Saúde, seus órgãos e entidades, da administração direta e indireta;
II- investimentos previstos em lei orçamentária, de iniciativa do Poder Legislativo e aprovados pelo Congresso Nacional;
III- investimentos previstos no Plano Quinquenal do Ministério da Saúde;
IV- cobertura das ações e serviços da saúde a serem implementados pelos Municípios, Estados e Distrito Federal;
Parágrafo único. Os recursos referidos no inciso IV deste artigo destinar-se-ão a investimentos na rede de serviços, a cobertura assistencial ambulatorial e hospitalar e às demais ações de saúde.
Art. 3° Os recursos referidos no inciso IV do art. 2° desta lei serão repassados de forma regular e automática para os Municípios, Estados e Distrito Federal, de acordo com os critérios previstos no art. 35 da Lei n° 8.080, de 19 de setembro de 1990.
¶ 1° Enquanto não for regulamentada a aplicação dos critérios previstos no art. 35 da Lei n°8.080, de 19 de setembro de 1990, será utilizado, para o repasse de recursos, exclusivamente o critério estabelecido no ¶ 1° do mesmo artigo.
¶ 2° Os recursos referidos neste artigo serão destinados, pelo menos setenta por cento, aos Municípios, afetando-se o restante aos Estados.
¶ 3° Os Municípios poderão estabelecer consórcio para execução de ações e serviços de saúde, remanejando, entre si, parcelas de recursos previstos no inciso IV do art. 2° desta lei.
Art. 4° Para receberem os recursos, de que trata o art. 3° desta lei, os Municípios, os Estados e o Distrito Federal deverão contar com: 
I- Fundo de Saúde;
II- Conselho de Saúde, com composição paritária de acordo com o Decreto n° 99.438, de 7 de agosto de 1990;
III- Plano de saúde;
IV- Relatórios de gestão que permitam o controle de que trata o ¶ 4° do art. 33 da Lei n° 8.080, de 19 de setembro de 1990;
V- Contrapartida de recursos para a saúde no respectivo orçamento;
VI- Comissão de elaboração do Plano de Carreira, Cargos e Salários (PCCS), previsto o prazo de dois anos para sua implantação. 
Parágrafo único. O não atendimento pelos Municípios, ou pelos Estados, ou pelo Distrito Federal, dos requisitos estabelecidos neste artigo, implicará em que os recursos concernentes sejam administrados, respectivamente, pelos Estados ou pela União.
Art. 5° É o Ministério da Saúde, mediante portaria do Ministério do Estado, autorizado a estabelecer condições para aplicação desta lei.
Art. 6° Esta lei entra em vigor na data de sua publicação.
Art. 7° Revogam-se as disposições em contrário.
4.2 RECEPÇÃO
O significado da humanização engloba compreender e ouvir as necessidades e queixas de qualquer pessoa com respeito, cordialidade e empatia. Esse conceito está cada vez mais presente nas organizações, pois o atendimento humanizado íntegra a construção do relacionamento que existe entre um serviço prestado ou marca. Além disso, pode-se dizer que o atendimento humanizado une o comportamento ético e conhecimento técnico para oferecer os cuidados com o cliente, ou nesse caso com o paciente. Por isso, o atendimento deve ser construído a partir do ambiente organizacional da instituição.
O atendimento humanizado trabalha diretamente com a empatia dos profissionais e colaboradores diante ao paciente. A empatia significa a capacidade do indivíduo de se colocar no lugar do outro. Ou seja, tentar atender os sentimentos do outro para compreender e se sensibilizar com a sua realidade. No ambiente hospitalar, trabalhar com a empatia é essencial para que a saúde emocional do paciente esteja harmonizada e não crie conflitos com o seu tratamento. Quando você alia empatia e atendimento humanizado, o paciente tem mais chances de apresentar melhoras mais rápida, pois o seu psicológico não foi abalado durante o tratamento. Além disso, o atendimento humanizado é um dos pilares que definem o conceito de saúde. Segundo a OMS, a saúde significa “um estado de completo bem-estar físico, mental e social e não somente ausência de afeções e enfermidades”. Ou seja, o bem-estar físico do paciente deve estar alinhado ao bem-estar mental para uma saúde completa.
4.3 TRIAGEM
A importância desse serviço está principalmente em prevenir complicações e identificar quadros agudos que implicam riscos de vida. Para o funcionamento adequado do serviço de triagem, é necessária a integração deste com outros serviços de saúde existentes no sistema, estabelecendo vínculos com os mesmos, de modo a permitir o adequado encaminhamento dos pacientes (AZEVEDO; BARBOSA, 2007).
Triagem vem da palavra Trie cujo significado é “escolher”. O enfoque da triagem é priorizar casos mais graves e estabelecimento de uma espera segura dos demais clientes. É caracterizada por três categorias essenciais sendo estás: “emergente (doença ou lesão de risco de vida ou com risco potencial que exige o tratamento imediato), imediato (lesão ou doença não-aguda sem risco de vida) e urgente (doença ou lesão secundária que necessita de tratamento em nível de primeiros socorros)”. Na realização de triagem são investigados alguns pontos importantes como, por exemplo: sinais vitais, história, avaliação neurológica e níveis de glicemia quando necessário. Posteriormente segue-se um protocolo desenvolvido pelo enfermeiro com base em suas experiências com a finalidade de iniciar os exames radiológicos e laboratoriais (SMELTZER; BARE, 2002).
Os sinais vitais são indicadores das funções vitais e podem orientar o diagnóstico inicial e o acompanhamento da evolução do quadro clínico do paciente. São eles: Pressão arterial, Pulso, Respiração e Temperatura.
Os sinais vitais são medidos para estabelecer os padrões basais, observar tendências, identificar problemas fisiológicos e monitorar a resposta do paciente ao tratamento.
Levantar informações sobre o estado de saúde do paciente: eis a função dos exames físicos. Éele que indica eventuais anormalidades e fornece subsídios para o diagnóstico e assistência satisfatória da enfermagem.
Sua aplicação ocorre com o auxílio criterioso de, pelo menos três técnicas: inspeção, palpação e ausculta- todas elas feitas “da cabeça aos pés do paciente”.
4.4 ASSISTÊNCIA FARMACÊUTICA E ROTINA DE FARMÁCIA
Segundo estabelecido na estruturação operacional das RAS, os sistemas de apoio, no qual está localizado o Sistema de Assistência Farmacêutica, são os lugares instituições das redes em que se prestam serviços comuns a todos os pontos de atenção a saúde.
Conforme indicado por Mendes (2011), o Sistema de Assistência Farmacêutica, fundamental para a organização das RAS, envolve uma confirmação complexa exercitada por um conjunto de atividades relacionadas com os medicamentos, destinadas a apoiar as ações de saúde demandadas por uma comunidade. Neste sistema, estão englobadas as ações logísticas (seleção, programação, aquisição, armazenamento e distribuição de medicamentos) e as ações assistenciais da farmácia clínica e vigilância (formulário terapêutico, dispensação, adesão ao tratamento, conciliação de medicamentos e farmacovigilância), ambas ações apoiadas pela farmacoeconomia e pela farmacoepidemiologia.
O próprio autor reconhece que a visão de Assistência Farmacêutica, indicada no modelo proposto de estruturação operacional das RAS, leva em consideração a logística dos medicamentos e as intervenções assistenciais e de vigilância nós diversos níveis de atenção, sem considerar os aspectos macropolíticos expressos nas políticas de medicamentos (MENDES, 2011).
Outro grande problema é a não adesão ao tratamento medicamentoso prescrito, que tem sido identificada como causa para o insucesso do tratamento e como geradora de gastos adicionais e desnecessários para o sistema de saúde (DAF/MS, 2012; LEITE; VASCONCELLOS, 2003).
As discussões na área, inclusive pelo Departamento de Assistência Farmacêutica do Ministério da Saúde (DAF/MS), trazem a inserção da assistência farmacêutica não só nos sistemas de apoio, mas também inserida tanto na atenção primária, que é a ordenadora do cuidado, quando nos pontos de atenção secundários e terciários. O nível de execução depende do nível de complexidade dos serviços, sendo que há funções que devem ser realizadas pelo farmacêutico e sua equipe, integradas ao sistema de saúde e outras, necessariamente, junto com os demais profissionais de saúde (OPAS, 2011).
O abastecimento dos medicamentos, incluindo aí as atividades de seleção, programação, aquisição, armazenamento e distribuição, deve ser parte integrante dos sistemas de apoio; e as ações clínicas , como dispensação, orientações terapêuticas e de saúde, seguimento farmacoterapêutico, atenção farmacêutica e ações de promoção e educação em saúde, integradas às equipes de saúde, devem estar inseridas na atenção primária e nos pontos de atenção secundários e terciários.
4.5 USO RACIONAL DE MEDICAMENTOS
A meta principal da farmácia é prestar serviços ao paciente, objetivando dispensar medicações seguras e oportunas. Tem como missão compreender tudo que se refere a medicamento, desde sua relação até sua dispensação, velando a todo momento por sua adequação no plano assistencial, econômico, investigativo e docente. Cabendo-lhe atuar em todas as fases da terapia medicamentosa, cuidando, em cada momento, de sua adequada utilização nos planos assistenciais, econômico, de ensino e pesquisa (NETO, 1990).
Embora as atividades logísticas como aquisição, armazenamento, controle de estoque e dispensação sejam importantes e façam parte das atribuições da farmácia hospitalar, as atividades farmacêuticas clínicas nós hospitais é quem irão possibilitar a prática e o uso seguro e racional de medicamentos. A importância do profissional farmacêutico em atividades clínicas já foi comprovada por diversos estudos que concluíram que a presença deste profissional permitiu redução de riscos de erros de medicação em aproximadamente 66%, melhoraram significativamente os resultados da terapia medicamentosa dos pacientes e possibilitou a melhoria da qualidade da prescrição em populações especiais, como idosos, hipertensos, diabéticos e pacientes transplantados (FERRACINI & FILHO, 2011).
4.6 GESTÃO DE ESTOQUE
Dentre essas atividades, a gestão de estoque é uma etapa fundamental. Um estoque controlado de forma correta diminui os custos gerais do hospital e aumenta o sucesso do tratamento oferecido. Enquanto que, se não realizado de forma efetiva, pode acarretar em diversas falhas em todo o sistema, podendo ocorrer falta de medicamentos e materiais, sobras que causam perdas por validade, aumento de erros de dispensação e gastos desnecessários (FERRACINI & FILHO, 2010).
Um dos mecanismos para controle do estoque é o inventário, uma técnica que visa comparar os dados fornecidos por um sistema gerenciador de estoque, com os dados físicos da farmácia, podendo estes serem permanentes, periódicos ou rotativos, ou seja, realizados anualmente, mensalmente ou sempre que necessário. É ideal que seja realizado com frequência, para que os possíveis erros possam ser corrigidos a tempo sem causarem maiores problemas e, para que permita uma correta gestão de estoques no setor (FERRACINI & FILHO, 2010).
4.7 FARMÁCIAS SATÉLITES 
Em alguns setores são necessárias farmácias satélites, as quais são subdivisões da farmácia central e que são montadas para garantir que em setores críticos os pacientes recebam com agilidade e segurança o tratamento solicitado (medicamentos e materiais médico-hospitalares), (FERRACINI & FILHO, 2010).
Em um hospital, existem setores diferenciados, com características específicas e necessidades próprias de um sistema de dispensação de matérias e medicamentos. São exemplos de setores hospitalares: centro cirúrgico (CC), unidade de terapia intensiva (UTI), ambulatório e pronto-socorro. Em cada um desses setores, os pacientes devem receber materiais e medicamentos de forma diferenciada (CAVALLINI & BISSON, 2010).
4.8 ATENÇÃO A PRESCRIÇÃO MÉDICA
Vários são os erros atrelados a prescrição, como por exemplo a escolha incorreta do medicamento (sem checar as contraindicações e fatores relacionados a ocorrências de alergias conhecidas), doses inadequadas, via de administração e velocidade de infusão erradas (CAVALLINI & BISSON, 2010).
Um sistema de atenção a prescrição médica refere-se diretamente a ideia de análise minuciosa das informações na prescrição emitida pelo médico. Cabe exclusivamente ao farmacêutico realizar essa atividade e para isso é decisivo o relacionamento entre a equipe médica, enfermagem e farmácia. A confiança adquirida entre ambos ao longo do tempo garante que haja a adesão de médicos e enfermeiros às intervenções realizadas pelo profissional farmacêutico, além do trabalho desenvolvido em conjunto, unindo-se os diferentes conhecimentos para aperfeiçoar a assistência ao paciente (FERRACINI & FILHO, 2011).
4.9 DISPENSAÇÃO
Um sistema de distribuição de medicamentos deve ser racional, eficiente, econômico, seguro e deve estar de acordo com o sistema terapêutico prescrito. Quanto maior a eficácia do sistema de distribuição, mais garantido será o sucesso da terapêutica e da profilaxia instauradas no hospital. É bom lembrar de que cada instituição possui características próprias, e que, portanto, ninguém melhor que o farmacêutico atuante naquele hospital para desenvolver um projeto de acordo com sua realidade (CAVALLINI & BISSON, 2010).
O sistema de distribuição por dose unitária se define por um sistema com intervenção prévia do farmacêutico e estabelece como objetivo conhecer a história farmacoterapêutica dos pacientes, promovendo diminuição dos erros de medicação, intervenções e reações adversas (FERRACINI & FILHO, 2011). 
4.10 CENTRO DE ABASTECIMENTO FARMACÊUTICO (CAF) 
Estocar consiste em ordenar adequadamente os produtos em áreas apropriadas, de acordo com suas características e condições de conservação exigidas (termolábeis, psicofármacos, inflamáveis, material médico-hospitalar etc.) (BRASIL,2001). 
O local destinado a estocagem de todos os tipos de materiais pode ser denominado de almoxarifado. No Brasil, o espaço dedicado exclusivamente a armazenamento de medicamentos é denominado Central de Abastecimento Farmacêutico (CAF) (BLATT et al, 2013). 
O CAF é a área destinada a estocagem e conservação dos produtos, neste local se desenvolve atividades voltadas para a logística de medicamentos tais como o armazenamento adequado dos mesmos, respeitando-se as regras básicas de estocagem, manuseio, guarda e empilhamento máximo (BRASIL, 2001). 
O armazenamento deve garantir a manutenção das características físico-químicas e microbiológicas dos produtos durante o período de estocagem, evitando possíveis perdas por desvio de qualidade ou por vencimento (DURANES; GONÇALVES, 2017). 
4.11 FRACIONAMENTO DE MEDICAMENTOS
É a individualização da embalagem de um medicamento para viabilizar a dispensação de medicamentos ao usuário na quantidade estabelecida pela prescrição médica.
A embalagem que pode ser fracionada, chamada de embalagem primária fracionável, é especialmente desenvolvida pelo fabricante e aprovada pela Anvisa para essa finalidade. Ela vem acondicionada em uma embalagem externa, chamada de embalagem original para fracionáveis, facilmente identificada pela inscrição “EMBALAGEM FRACIONÁVEL”. 
Os medicamentos nas apresentações de frasco-ampola, ampola, seringa preenchida, flaconete, sachê, envelope, blister e strip podem ser registrados para dispensação na forma fracionada.
O fracionamento não pode significar o contato do medicamento com o meio externo após a individualização mencionada a embalagem primária fracionada deve ser acondicionada em embalagem secundária fornecida pela farmácia contendo informações suficientes para permitir a identificação do medicamento dispensado. 
O fracionamento é responsabilidade do farmacêutico e deve ser realizado de acordo com as Boas Práticas para o Fracionamento instituídas pela RDC n° 80, de 11 de maio de 2006.
O fracionamento abrangido pela RDC n° 80, de 2006, deve ser realizado por farmácias e drogarias a partir de embalagens especificamente desenvolvidas para esse fim. 
Os medicamentos sujeitos ao controle especial de que trata a Portaria n° 344, de 12 de maio de 1998, e suas atualizações, não podem ser fracionados. 
Essa prática tem um importante papel para a promoção do uso racional de medicamentos, pois permite a aquisição da exata quantidade prescrita. 
Com o fracionamento, evita-se que o usuário mantenha sobras de medicamentos em casa, diminuindo a possibilidade de efeitos adversos e intoxicações, derivados da automedicação. Além disso, há menor impacto ambiental decorrente do descarte de medicamentos.
Acrescente-se, ainda, que as apresentações comerciais fracionáveis devem representar o melhor custo-benefício para o consumidor e usuário de medicamentos, conforme a legislação vigente.
4.12 DESCARTE DE MEDICAMENTOS
Os efeitos tóxicos decorrentes da exposição ambiental aos fármacos ainda não estejam totalmente claros, estudos recentes mostram que estes compostos podem interferir no metabolismo e no comportamento dos organismos aquáticos, resultando em desequilíbrio das suas populações (FENT et. al., 2006).
Dentre os fármacos considerados de importância ambiental devido às quantidades consumidas, toxicidade e persistência no ambiente, estão os betabloqueadores, analgésicos e anti-inflamatórios, hormônios esteroides, citostáticos e drogas para o tratamento de câncer, neuroativos, agentes redutores de lipídios no sangue, antiparasitas e antibióticos (MORLEY, 2009).
Os medicamentos vencidos ou não utilizáveis se enquadram do ponto de vista legal, como resíduos de serviços de saúde- RSS. A geração deste tipo de resíduo, dadas as suas características especiais, deve ser controlada e minimizada em níveis aceitáveis, estabelecidos por consensos internacionais (BRASIL, 2004).
Atualmente no Brasil as Resoluções RDC 306/2004 da ANVISA e CONAMA 358/2005 classificam os resíduos de serviços de saúde, em cinco grupos: Grupo A- resíduos infectantes, com possível presença de agentes biológicos; Grupo B- resíduos contendo substâncias químicas; Grupo C- rejeitos radioativos; Grupo D- resíduos comuns; e, Grupo E- materiais perfurocortantes (CONAME, 2005; BRASIL, 2004).
Esta classificação tem por objetivo nortear o gerenciamento dos RSS dentro das unidades geradas e fora destas, por ocasião do descarte, quando devem ser adequadamente tratados e/ou destinados a aterros licenciados pelo órgão ambiental competente (CONAME, 2005; BRASIL, 2004).
4.13 PROGRAMAS
· Programa SAVVIS 
Uma situação que ninguém pensa que vai acontecer com sua família. E o pior, com pessoas que você nem imagina que possam cometer um ato tão cruel, principalmente com crianças. A violência sexual em Manaus atinge um patamar de 58% do número de casos em menores de idade, entre 7 a 15 anos. Somente até fevereiro deste ano, já foram 123 vítimas, segundo dados do Serviço de Atendimento às Vítimas de Violência Sexual (SAVVIS), instalado na maternidade Moura Tapajós, na Compensa, zona Oeste da cidade.
E, a cada ano, essa infeliz estatística só aumenta, com ênfase na faixa etária de 12 a 15 anos de idade (pré-adolescente a adolescência), responsável por 35% dos casos, seguida pela infância, de 7 a 11 anos, com 23% dos registros. Fatores socioeconômicos e culturais são agravantes para esse quadro, conforme avalia a coordenadora do SAVVIS, a médica Zélia Campos.
De origens diversas, os casos de violência sexual também se relacionam com a situação de desemprego e má distribuição de renda na sociedade, fatores que agravam a situação de famílias e ampliam os conflitos internos de seus membros.
“ Por vergonha social ou até por desconhecimento da existência do serviço de atendimento, muitas mulheres não denunciam, por exemplo, os maus-tratos e deixam de ser acolhidas e apoiadas”, destaca a Zélia, acrescentando que as pessoas com baixa renda, muitas vezes, não dispõem de recursos financeiros para ir a uma delegacia registrar o caso, procurar o Conselho Tutelar da sua zona ou buscar acolhimento SAVVIS.
Por outro lado, as denúncias também têm crescido anualmente, em consequência da divulgação das ofertas de serviços nas redes de saúde e de proteção social. A equipe multiprofissional de saúde da Prefeitura de Manaus realiza atendimento e acolhimento humanizados às vítimas de violência sexual em parceria com órgãos da gestão estadual da saúde, Conselhos de Classe e Tutelares e Unidades de Saúde.
Em 11 anos de existência do SAVVIS, foram mais de 7,5 mil atendimentos em uma parceria nas ações, fortalecendo a rede de atenção humanizada na capital e estado do Amazonas.
A rede de serviços SAVVIS está preparada para atender os casos agudos de violência sexual, em regime de plantão 24 horas. A orientação para esses casos, onde o atendimento deve ocorrer em até 72 horas do fato ocorrido, é o acolhimento e a intervenção de crise, que consiste na administração da pílula da emergência; prevenção das principais Doenças Sexualmente Transmissíveis (DSTs) e HIV; coleta de secreção vaginal e/ou anal ou oral para exame de DNA e exames laboratoriais.
Há ainda respostas aos danos secundários no campo emocional, provocados pela violência sexual que recebe a atenção do serviço de atendimento da Moura Tapajós, formado por uma equipe multiprofissional (médico, enfermeiro, psicólogo e assistente social), especialmente preparada para o atendimento prioritário e reservado, inclusive com leitos específicos em enfermaria em casos que se mostrem necessária a internação.
Em todos os casos são mantidos o acompanhamento ambulatorial por seis meses, a partir da data da última violência sexual sofrida. Ainda consta como procedimento obrigatório adotado pelo SAVVIS, as notificações dos casos de violência para a Vigilância Epidemiológica e aos Conselhos Tutelares, em caso de crianças e adolescentes. É importante destacar que a assistência a saúde prestada pelo SAVVIS às vítimas de violência sexual, é realizada com ética e tem o desenvolvimentodo tratamento sob sigilo.
· Projeto Nascer
O “Projeto Nascer Maternidades” foi instituído em 2002 no Sistema Único de Saúde (SUS), visando resgatar a oportunidade perdida de diagnóstico pré-natal. Suas diretrizes determinam a realização de testes de todas as parturientes que não comprovem, periparto, sorologias negativas para HIV e sífilis realizadas no pré-natal e a adoção de medidas profiláticas e/ou terapêuticas, face a positividade dos exames. A triagem diagnóstica é realizada através do teste rápido para HIV e do VDRL.
Trata-se de um estudo retrospectivo, descritivo, com o objetivo de verificar a realização de exames sorológicos para HIV e sífilis no pré-natal e na maternidade e intervenções terapêuticas e/ou profiláticas quando indicadas. 
4.14 IMUNIZAÇÃO: PROGRAMA NACIONAL DE IMUNIZAÇÃO
Em 1973 foi formulado o Programa Nacional de Imunização (PNI), por determinação do Ministério da saúde, com o objetivo de coordenar as ações de imunizações que se caracterizavam, até então, pela descontinuidade, pelo caráter episódico e pela reduzida área de cobertura. A proposta básica para o Programa, constante de documento elaborado por técnicos do Departamento Nacional de Profilaxia e Controle de Doenças e da Central de Medicamentos, foi aprovada em reunião realizada em Brasília, em 18 de setembro de 1973, presidida pelo próprio Ministro Mário Machado Lemos e contou com a participação de renomados sanitaristas e infectologistas, bem como de representantes de diversas instituições.
De 1990 a 2003, o PNI fez parte da Fundação Nacional de Saúde. A partir de 2003, passou a integrar o DEVEP/SVS- Secretaria de Vigilância em Saúde, inserido na Coordenação Geral do Programa Nacional de Imunizações (CGPNI).
Ao longo do tempo, a atuação do PNI alcançou consideráveis avanços ao consolidar a estratégia de vacinação nacional. As metas mais recentes contemplam a eliminação do sarampo e do tétano neonatal. A essas, se soma o controle de outras doenças imunopreveniveis como Difteria, Coqueluche e Tétano acidental, Hepatite B, Meningites, Febre Amarela, formas graves da Tuberculose, Rubéola e Caxumba em alguns Estados, bem como, a manutenção da irradiação da Poliomielite.
Destacamos que o objetivo principal do Programa é de oferecer todas as vacinas com qualidade a todas as crianças que nascem anualmente em nosso país, tentando alcançar coberturas vacinais de 100% de forma homogênea em todos os municípios e em todos os bairros.
4.15 EPIDEMIOLOGIA: NOTIFICAÇÃO DE SURTOS 
É um termo de origem grega que significa “estudo sobre a população”. A epidemiologia pode ser conceituada como a “Ciência que estuda o processo saúde-doença na sociedade, analisando a distribuição e os fatores determinantes das doenças, danos a saúde e eventos associados a saúde coletiva, propondo medidas específicas de prevenção, controle ou erradicação de doenças e fornecendo indicadores que sirvam de suporte ao planejamento, administração e avaliação das ações de saúde” (BRASIL, 2005). 
O Ministério da Saúde instituiu o Sistema Nacional de Vigilância Epidemiológica- SNVE através da Lei n° 6.259/1975 e Decreto n° 78.231/76. O SNVE tornou obrigatória a notificação de doenças transmissíveis selecionadas através de uma portaria (BRASIL, 2005). E em 1977, o Ministério da Saúde elaborou o primeiro Manual de Vigilância Epidemiológica onde definiu normas técnicas utilizadas para a vigilância de cada doença (BRASIL, 2005).
Atualmente, a lista de doenças transmissíveis de notificação obrigatória, no Brasil, foi definida através da Portaria n° 1.271, de 6 de junho de 2014, a qual define a Lista Nacional de Notificação Compulsória de doenças, agravos e eventos de saúde pública nós serviços de saúde públicos e privados em todo o território nacional. A Portaria n° 1.272, de 6 de junho de 2014, ressalta que a autoridade de saúde que receber a notificação compulsória imediata deverá informá-la- em até 24 (vinte e quatro) horas desse recebimento- às demais esferas de gestão do SUS, o conhecimento de qualquer uma das doenças ou agravos. A notificação é realizada através do preenchimento da Ficha de Notificação do Sistema de Informação de Agravos de Notificação- SINAN.
Sistema de Informação de Agravos de Notificação- SINAN é alimentado, principalmente, através das notificações e investigações de casos de doenças e agravos que constam da lista nacional de doenças de notificação compulsória (Portaria n°1.271, de 6 de junho de 2014). As principais doenças de notificações compulsórias são tuberculose, caxumba, dengue, AIDS, hepatites virais, hanseníase, COVID-19 e etc.
5. CONCLUSÃO 
A Atenção Básica, ou atenção primária, é considerada a porta de entrada dos usuários ao sistema de saúde. Nela compreendem atividades de promoção, proteção e recuperação da saúde. Dentre os principais princípios da atenção básica, tem-se universalidade do acesso, descentralização, integralidade da atenção, equidade e participação da comunidade.
O farmacêutico tem papel fundamental na saúde pública. Atuando em unidades básicas de saúde (UBS), o farmacêutico tem atribuições em todas as etapas do ciclo da assistência farmacêutica: seleção, programação, aquisição, armazenamento, distribuição e dispensação. Na farmácia clínica, o farmacêutico pode ofertar diversos serviços para os usuários dos sistemas de saúde, por exemplo, o acompanhamento farmacoterapêutico, manejo de problemas de saúde auto limitados, educação em saúde, revisão da farmacoterapia, rastreamento em saúde, entre outros.
É primordial para os discentes de farmácia, entender como funciona a atuação do farmacêutico na atenção primária e dessa forma o estágio em saúde pública auxiliou de forma significativa e indispensável para a formação acadêmica dos futuros profissionais que possivelmente irão atuar na rede primária de saúde onde o contato com o paciente é primordial na recuperação e manutenção da saúde do mesmo.
6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
Atendimento humanizado na área da saúde. Disponível em: https://blog.medicalway.com.br/atendimento-humanizado-na-area-da-saude/.
AZEVEDO, J.M.R.; BARBOSA, M.A. Triagem em serviços de saúde: percepções dos usuários. É Enferm UERJ, Rio de Janeiro, 2007 Jan/mar; 15(11): 33-9.
BLATT, C. R.; CAMPOS, C.M.T.; BECKER, I. R.T. Armazenamento e Distribuição de medicamentos. Apostila, Santa Catarina, UFSC: 2013.
BRASIL. Ministério da Saúde. Assistência Farmacêutica: instruções técnicas para a sua organização/ Ministério da Saúde, Secretaria de Políticas de Saúde. Brasília: Ministério da Saúde, 2001.
BRASIL d. SI- PNI- Sistema de Informação do Programa Nacional de Imunizações. Ministério da Saúde. 2014. Disponível em: http://PNI.datasus.gov.br/apresentacao.asp. 
CAVALLINI, M. E.; BISSON, M. P. Farmácia Hospitalar: um enfoque em sistemas de saúde. São Paulo. 2 ed: Manole, 2010.
Entenda sobre a legislação do SUS. Disponível em: https://www.sanarsaude.com/blog/entenda-tudo-sobre-legislacao-do-sus 
FENT K. Wenston AS, Caminhada D. Ecotoxicology of human pharmaceuticais. Aquat Toxicol. 2006. 76: 122-59.
7. ANEXOS 
 
 
CENTRO 
UNIVERSITÁRIO
 
D
O 
NORTE
 
ESCOLA DE 
SAÚDE
 
CURSO DE FARMÁCIA
 
 
 
 
 
 
RELATÓRIO FINAL
 
ESTÁGIO EM ALIMENTOS
 
 
 
 
 
MARIA SIMONE DOS SANTOS DE SOUZA
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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ESCOLA DE SAÚDE 
CURSO DE FARMÁCIA 
 
 
 
 
 
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MARIA SIMONE DOS SANTOS DE SOUZA

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