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Tema 03 Módulo 01

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Necessidades e Recomendações Nutricionais para Populações Especiais: 
TREINAMENTO DE ALTITUDE: O treinamento de altitude tem sido utilizado como estratégia preparatória por diversos atletas, especialmente aqueles envolvidos em exercícios de endurance, com o objetivo de aprimorar características fisiológicas, sobretudo o aumento da produção endógena de eritropoetina (EPO) em resposta à privação de oxigênio local.
A EPO é um hormônio secretado pelos rins e pelo fígado, em menor concentração, em resposta ao aumento da demanda tecidual ao oxigênio (O2). Esse hormônio regula a síntese de células vermelhas na medula óssea, cujo processo é conhecido como hematopoiese. Dentre as principais funções atribuídas às hemácias, destaca-se sua capacidade de transporte de O2 via hemoglobina para contribuição aeróbica.
Podem ser considerados ambientes de altas altitudes aqueles que atingem elevação de mais de 2 mil metros acima do nível do mar, nos quais diversas alterações fisiológicas que resultam em manifestações clínicas e bioquímicas positivas ou negativas, dependendo do tempo de exposição e adaptação ao local, podem ocorrer.
As peculiaridades de tais ambientes interferem diretamente na capacidade esportiva quando comparada a atividades realizadas mais próximas ao nível do mar. Essas alterações geram grande dificuldade para a performance esportiva ou até mesmo para as condições naturais de vida, além de associarem-se à dificuldade de estabilidade nutricional. Dentre elas, listamos:
· Estado de hipóxia
· Alta radiação solar
· Baixa temperatura
· Umidade relativa do ar reduzida
· Ventos intensos
· Irregularidade/instabilidade do terreno
A hipóxia hipobárica, que consiste num cenário de baixa pressão atmosférica do meio, gerando reduzida densidade de O2 no ar (denominado rarefeito), é a característica mais relevante dessas interferências no desempenho, uma vez que afeta diversos sistemas do organismo.
É preciso tempo de treinamento local para que haja adaptações de rendimento físico. Até que elas ocorram, são observadas modificações nas atividades.
· Cardiorrespiratória
· Cardiovascular
· Musculoesquelética
· Endócrinas
· Hematológicas
· Imune e nervosa
Verificando o Aprendizado
1. Indivíduos que buscam competir em altitudes relevantes devem, prioritariamente, se preparar para enfrentar condições desafiadoras de desempenho. Do ponto de vista nutricional, a atenção ao melhor construto de reservas nutricionais ocorre por meio do atendimento à demanda energética, hídrica, de macro e de micronutrientes. Para indivíduo de 53 Kg, sexo feminino, 1,58 cm de altura e 37 anos é correto afirmar que:
R: A atleta deve consumir cerca de 315g de carboidratos ao dia, distribuindo aproximadamente 65g antes e 65g imediatamente após o exercício.
· O consumo hídrico na altitude costuma exigir ingestão a partir de 4 litros de água ao dia. A ingestão de proteínas, embora difícil, deve atingir valores hiperproteicos em torno de 1,6g/Kg de peso ao dia. No caso da atleta em questão, algo em torno de 85g/dia. Para facilidade na formulação da necessidade energética diária, considera-se demanda a partir de 55 Kcal/Kg de peso ao dia. Assim, no caso da atleta sua demanda seria de valores a partir de medida aproximada de 2900 Kcal.
Em relação à ingestão glicídica, indica-se medidas a partir de 6g de carboidratos por Kg/dia, ou seja, no caso em questão, um valor aproximado de 315g/dia. Ainda, deve-se recomendar consumo pré-treino (até 1h antes) de 1,2 a 1,5g de carboidratos/Kg peso/dia, e pós-treino (até 30 min, no máximo) a partir de 1,2g/Kg de peso/dia, aproximando ambos os valores de 65g.
A ingestão lipídica, embora importante em altitude, deve atingir consumo máximo de até 1,9g/Kg peso/dia, ou (no caso da atleta) 100g/dia.
2. A altitude, de moderada a excessiva, interfere diretamente no conteúdo do compartimento corporal de atletas de elite que se engajam nestas condições. Dentre as principais modificações na sua composição corporal é INCORRETO afirmar que:
R: A desidratação na altitude está associada exclusivamente aos fenômenos termorregulatórios. Ou seja, uma vez controlada a temperatura interna do atleta, a perda hídrica é reduzida.
· A diminuição de água corporal também está relacionada ao ar rarefeito local e a influências sobre o estímulo da inapetência, aumento da diurese e ausência de sede.

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