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Colelitíase, Colecistite,Coleducolitíase e Colangite Amanda Freitas - 11ºP 2 Introdução Anatomia Ducto de Wirsung = ducto pancreático Esfíncter de Oddi = fica após a junção pancreatobiliar. Limite superior = borda hepática Limite medial = ducto hepático comum Limite lateral = ducto cístico No centro do triângulo vamos encontrar a artéria cística. Colelitíase Tipos de Cálculo · Amarelo: mais comum – Causado por estase biliar (colesterol) – mulher, obesidade, > 40 anos e cirurgia bariátrica (emagrecimento rápido) · Preto: segundo mais comum – hemólise crônica – anemia falciforme / esferocitose (bilirrubinato de cálcio) Obs: Preto e amarelo são formados na vesícula biliar. · Castanho: infecção formado dentro do colédoco. (coleducolitíase primária, pois o cálculo é formado no colédoco). Clínica · Assintomático (80%) · Cólica biliar: dor em HCD, transitória (< 6h) · A dor acontece por obstrução da vesícula, o cálculo obstrui e ao tentar vencer a obstrução a vesícula contrai e faz o pct sentir dor, após as contrações há liberação do trânsito. · A dor se manifesta após libação alimentar, ou seja, grande ingesta e principalmente quando rica em gordura. Diagnóstico · USG de vias biliares: imagem hiperecogênica + sombra acústica (preferencialmente móvel). Tratamento · Acompanhamento clínico · Indicações cirúrgicas: Colecistectomia VLP · Sintomas · Cálculo muito grande (3 cm ou > 2,5 cm), pois pesa, gera inflamação e pode predispor à câncer. · Cálculo preto: risco de pancreatite · Vesícula em porcelana · Anomalias congênitas · Pólipo + cálculo · Pólipo isolado se (>1 cm, > 50 – 60 anos e crescimento) · ATB profilático ou não, depende, pois é uma cirurgia limpa contaminada. Colelcistite Aguda Fisiopatologia · Obstrução do ducto cístico, o cálculo migra e obstrui o ducto cístico. · Geralmente o cálculo amarelo · Se a impactação do cálculo for duradora isso gera distensão, o que dificulta a vascularização, que começa a geral isquemia, evolui com inflamação e infecção. · Obstrução – Inflamação - Infecção Clínica · Cólica biliar com duração maior que 6 h · Febre + dor no HCD + sinal de Murphy +/- Leucocitose · Sinal de Murphy: Interrupção súbita da inspiração profunda durante a compressão do ponto cístico. · Vez ou outra o paciente tem icterícia discreta ou transitória. Diagnóstico · Melhor exame: USG de vias biliares · Padrão-ouro: cintilografia das vias biliares · Sinal de Murphy sonográfico: manobra com o transdutor. · Achados da USG: Paredes espessadas (> 4 mm), coleção pericolecística, sombra acústica + distensão. Tratamento · Internação + hidratação + analgesia + antibioticoterapia + colecistectomia VDL (< 7d), idealmente em menos de 72 horas. · ATB profilaxia por somente 24 h em casos leve · > 7 dias = esfriar o processo (ATB – cirurgia em 8 semanas) · Se paciente não tolera a colecistectomia, podemos fazer a coleCistostomia (drenagem percutânea) TOKYO GUIDELINE (TG -18) Diagnóstico: Clínica, laboratório e imagem. A: sinais de inflmação local --- Murphy +, dor em QSD, massa B: sinais de inflamação sistêmica --- Febre, leucocitose, aumento de PCR C: achados da USG Suspeita diagnóstica: A+B Diagnóstico: A + B + C Grau III (Grave): Disfunção orgânica Grau II (Moderada): Sem disfunção + algum dos achados · Leucocitose > 18.000/mm³ · Massa palpável e dolorosa em QSD · Evolução > 72 horas · Sinais de complicação local Grau I (Leve): ausência de critérios para moderada e grave Tratamento Grau I (Leve) – CVL Grau II (Moderada) – CVL em centro especializado Grau III(Grave) – Conservador até correção da disfunção, após estabilizar, CVL por cirurgião experiente. Caso não tolere, realizar drenagem percutânea. Complicações Colecistite Enfisematosa · Presença de gás na parede da vesícula biliar · Maior gravidade – diabéticos e idosos – Clostridium perfringens · Melhor exame – TC de abdome Colecistite Alitiásica · Estase biliar + isquemia – NPT, grande queimado, VM e instável · Maior gravidade – UTI + febre + leucocitose inexplicada · Estável – Colecistectomia · Instável – ColecisTOSTOMIA percutânea Fistula biliar Fístula colecistobiliar - Síndrome de Mirizzi · Obstrução do ducto hepático comum · Icterícia progressiva – Colangite de repetição · CPRE ou CTP – Dilatação intra-hepática acima do ponto cístico · Tratamento – Classificação de Csendes I – Obstrução SEM FISTULA – colecistoctomia + colangiografia II – Fístula até 1/3 circunferência – Rafia + dreno de Kehr III- Fístula até 2/3 circunferência – Coleducoplastia IV – Fistula > 2/3 circunferência – Derivação biliodigestiva V – Fistula colecistoentérica – Colecistectomia +/- Enterectomia Coleducolitíase Nomenclatura · Até 2 anos pós-CVL- Residual · Depois de 2 anos pós-CVL – Recorrente ou primária Clínica · 50 % dos casos – assintomático · 50% dos casos – Icterícia isolada e flutuante Abordagem · Alto risco: CPRE (Colangiopandreatografia Retrógrada Endoscópica) · USG com cálculo no colédoco, icterícia flutuante · Médio risco: Colangio RM · USG com colédoco > 5 mm + 2 de · HPP de colecistite, pancreatite ou colangite · Elevação de bilirrubina, FAL ou transaminases · Baixo risco: Colangio Intra-Operatória · Ídem médio + colédoco < 5 mm · Muito baixo risco: CVL · Nenhum fator Cirurgia · Colédoco > 1,5 – 2 cm · Múltiplos cálculos (> 6 cálculos) · Litíase intra-hepática · Colecolitíase primária Colangite Bacteriana Fisiopatologia Coléducolitíase + Celecistite (infecção) = Colangite Clínica Triade de Charcot = Icterícia + febre c/ calafrios + dor no HCD (não supurativa) Pêntade de Reynolds = Tríade + hipotensão + confusão (supurativa ou complicada) Laboratório Hiperbilirrubinemia direta + FA/GGT + Leucócitos c/ desvio E Abordagem Tríade de Charcot – ATBterapia + CPRE eletiva Pêntade de Reynolds – ATBterapia CPRE de urgência
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