Buscar

Sistema Respiratório medicina veterinária

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 41 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 41 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 41 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Maria Eduarda Rossi - Universidade São Judas Tadeu - Medicina Veterinária
Sistema Respiratório
Divisão funcional e estruturas:
- Porção condutora:
A porção condutora do sistema respiratório refere-se às estruturas responsáveis pela
condução do ar até os pulmões, sem que ocorra troca gasosa. Essas estruturas incluem
as narinas, fossas nasais, faringe, laringe, traqueia, brônquios e bronquíolos.
- As narinas e fossas nasais são responsáveis pela �ltração, aquecimento e
umidi�cação do ar inspirado. A faringe é uma estrutura comum ao sistema
respiratório e digestivo, que conduz o ar da cavidade nasal para a laringe.
- A laringe é responsável por proteger a traqueia e produzir a voz, além de ser um
importante ponto de passagem para o ar.
- A traqueia é uma estrutura tubular que conduz o ar da laringe para os pulmões,
onde se rami�ca em brônquios e bronquíolos.
A porção condutora do sistema respiratório em medicina veterinária é fundamental
para garantir que o ar chegue aos pulmões de forma adequada e que os processos de
�ltração, aquecimento e umidi�cação ocorram de forma e�ciente. O conhecimento
dessa porção do sistema respiratório é essencial para o diagnóstico e tratamento de
Maria Eduarda Rossi - Universidade São Judas Tadeu - Medicina Veterinária
doenças respiratórias em animais, que podem afetar a função respiratória e
comprometer a saúde geral dos animais.
-Narinas
As narinas são as duas aberturas no focinho dos animais que permitem a entrada do ar para o
sistema respiratório. Elas são responsáveis por �ltrar, umidi�car e aquecer o ar que será
inspirado pelos pulmões.
O exame das narinas é importante para o diagnóstico de diversas doenças respiratórias. O
veterinário pode avaliar a presença de secreções nasais, obstruções ou deformidades que
possam interferir na passagem do ar.
Algumas doenças que podem afetar as narinas incluem infecções respiratórias, alergias,
tumores e deformidades congênitas. Além disso, a avaliação das narinas é importante em
algumas situações clínicas, como em animais braquicefálicos (com focinho curto), que podem
apresentar di�culdades respiratórias devido à obstrução das vias aéreas superiores.
A análise das narinas, portanto, é uma parte importante do exame clínico em medicina
veterinária, pois pode fornecer informações valiosas sobre a função respiratória do animal e
auxiliar no diagnóstico de doenças respiratórias.
- Fossas Nasais
As fossas nasais são duas cavidades presentes na cabeça dos animais, que se comunicam com o
exterior através das narinas e se estendem até a faringe. Elas são revestidas por uma mucosa
que possui células ciliadas e glândulas que produzem muco, responsáveis por aquecer,
umidi�car e �ltrar o ar que é inspirado pelo animal.
A avaliação das fossas nasais é importante para o diagnóstico de doenças respiratórias, como
sinusites e rinites. As doenças que afetam as fossas nasais podem causar obstrução da
passagem de ar, dor, secreções e outros sintomas que podem comprometer a saúde e o
bem-estar dos animais.
O exame clínico das fossas nasais inclui a inspeção visual e a palpação para veri�car a presença
de dor, secreções ou obstruções. Em alguns casos, pode ser necessário realizar exames
Maria Eduarda Rossi - Universidade São Judas Tadeu - Medicina Veterinária
complementares, como radiogra�as ou endoscopia, para avaliar as fossas nasais em mais
detalhes.
-
Faringe
A faringe é uma estrutura tubular que se estende da base do crânio até a entrada do esôfago.
Ela é uma parte importante do sistema respiratório e do sistema digestivo dos animais, sendo
responsável por conduzir o ar da cavidade nasal para a laringe e o alimento da boca para o
esôfago.
A avaliação da faringe é importante para o diagnóstico de doenças respiratórias e digestivas. A
faringe é uma das principais estruturas envolvidas na deglutição, e sua função adequada é
essencial para que o alimento seja encaminhado para o esôfago e não para os pulmões.
Alguns problemas que podem afetar a faringe incluem infecções, obstruções, tumores e
distúrbios de deglutição. A obstrução da faringe pode levar a di�culdades respiratórias,
enquanto a disfunção da deglutição pode levar a problemas nutricionais e até mesmo à
aspiração de alimentos para os pulmões.
O exame clínico da faringe inclui a inspeção visual, a palpação e, em alguns casos, a realização
de exames complementares, como radiogra�as e endoscopia. O diagnóstico preciso de doenças
da faringe é essencial para o tratamento adequado e a manutenção da saúde e do bem-estar
dos animais.
Maria Eduarda Rossi - Universidade São Judas Tadeu - Medicina Veterinária
-Laringe
A laringe é uma estrutura tubular presente no pescoço dos animais, que conecta a faringe à
traquéia. Ela é composta por cartilagens, músculos, ligamentos e membranas, e é responsável
por controlar o �uxo de ar para os pulmões e a produção de sons.
A avaliação da laringe é importante para o diagnóstico de doenças respiratórias e de
distúrbios fonatórios. Alguns problemas que podem afetar a laringe incluem in�amações,
infecções, obstruções, paralisia e tumores.
A obstrução da laringe pode levar a di�culdades respiratórias, enquanto a disfunção fonatória
pode afetar a comunicação do animal e comprometer a sua qualidade de vida. A paralisia da
laringe, por exemplo, é uma condição que afeta principalmente cães e pode ser causada por
lesões no nervo laríngeo recorrente, resultando em di�culdade respiratória, ruídos
respiratórios anormais e voz rouca.
O exame clínico da laringe inclui a inspeção visual e a palpação, além da realização de exames
complementares, como radiogra�as e endoscopia, para avaliar a anatomia e a função da
laringe em mais detalhes.
O diagnóstico preciso de doenças da laringe é essencial para o tratamento adequado e a
manutenção da saúde e do bem-estar dos animais. Em alguns casos, pode ser necessário
Maria Eduarda Rossi - Universidade São Judas Tadeu - Medicina Veterinária
realizar cirurgias para corrigir as alterações na laringe e restabelecer a função respiratória e
fonatória dos animais.
- Traquéia
A traqueia é um órgão tubular que se estende desde a laringe até os brônquios, sendo
responsável por conduzir o ar para os pulmões. Ela é composta por anéis cartilaginosos, que
garantem a sua estabilidade e evitam o seu colapso durante a respiração.
A avaliação da traqueia é importante para o diagnóstico de doenças respiratórias, como a
traqueobronquite infecciosa canina (ou tosse dos canis), a traqueobroncomalácia, entre
outras. A traqueobronquite infecciosa canina é uma doença que afeta principalmente cães e é
causada por diversos agentes infecciosos, levando a uma in�amação da traqueia e dos
brônquios, resultando em tosse seca e irritante.
A traqueobroncomalácia, por sua vez, é uma doença caracterizada pela fraqueza das
cartilagens da traquéia, levando ao seu colapso durante a respiração e di�culdades
respiratórias. Essa condição pode afetar cães e gatos, e seu diagnóstico é realizado através de
exames de imagem, como radiogra�as e tomogra�as.
O exame clínico da traqueia inclui a auscultação dos ruídos respiratórios e a realização de
exames complementares para avaliar a sua anatomia e função. Em casos de obstrução da
traqueia, pode ser necessário realizar procedimentos cirúrgicos para remoção do corpo
estranho ou correção da má formação.
Maria Eduarda Rossi - Universidade São Judas Tadeu - Medicina Veterinária
Maria Eduarda Rossi - Universidade São Judas Tadeu - Medicina Veterinária
- Brônquios
Os brônquios são estruturas tubulares que se rami�cam a partir da traqueia e conduzem o ar
para dentro dos pulmões. Eles são compostos por tecido muscular liso, tecido conjuntivo e
revestidos por uma mucosa que contém células secretoras de muco e células ciliadas,
responsáveis pela limpeza dos brônquios e pela remoção de partículas estranhas.
Os brônquios podem ser afetados por diversas doenças respiratórias, como a bronquite
crônica, a asma, a broncopneumonia, entre outras. A bronquite crônica é uma doença
caracterizada por in�amação dos brônquiose secreção de muco, que pode levar a tosse,
dispneia e di�culdade respiratória. Já a asma é uma doença que pode ocorrer em cães e gatos,
causando uma resposta in�amatória dos brônquios, que resulta em di�culdades respiratórias,
tosse e chiado no peito.
A broncopneumonia, por sua vez, é uma in�amação dos brônquios e dos alvéolos pulmonares,
que pode ser causada por agentes infecciosos, como bactérias, vírus e fungos.
O diagnóstico das doenças dos brônquios é feito através de exames de imagem, como
radiogra�as e tomogra�as, além de exames laboratoriais, como a análise do muco produzido
pelos brônquios. O tratamento pode incluir o uso de medicamentos para controlar a
in�amação e a infecção, além de medidas de suporte, como oxigenoterapia e �sioterapia
respiratória.
Maria Eduarda Rossi - Universidade São Judas Tadeu - Medicina Veterinária
- Bronquíolos
Os bronquíolos são estruturas tubulares menores que os brônquios, e são responsáveis por
conduzir o ar dos brônquios para os alvéolos pulmonares. Eles são revestidos por uma camada
de células ciliadas e células secretoras de muco, que ajudam na remoção de partículas
estranhas e proteção do sistema respiratório.
Os bronquíolos podem ser afetados por diversas doenças respiratórias, como a bronquiolite, a
doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC) e a �brose pulmonar. A bronquiolite é uma
in�amação dos bronquíolos, que pode levar a tosse, di�culdade respiratória e chiado no peito.
A DPOC é uma doença caracterizada por uma obstrução crônica das vias aéreas, causando
di�culdade respiratória, tosse e produção excessiva de muco. Já a �brose pulmonar é uma
doença que pode causar a formação de cicatrizes nos tecidos dos pulmões, levando a uma
redução da capacidade respiratória e di�culdade respiratória.
-
Porção respiratória:
A porção respiratória do sistema respiratório em medicina veterinária é composta pelos
pulmões e suas estruturas internas, como os alvéolos e os bronquíolos respiratórios. Essas
estruturas são responsáveis pela troca gasosa, que consiste na absorção de oxigênio e na
eliminação de dióxido de carbono.
Os pulmões são órgãos esponjosos localizados na cavidade torácica, protegidos pelas costelas e
separados do abdômen pelo diafragma. Eles são formados por uma série de brônquios e
Maria Eduarda Rossi - Universidade São Judas Tadeu - Medicina Veterinária
bronquíolos, que se rami�cam em estruturas menores até chegar aos alvéolos. Os alvéolos são
pequenas bolsas pulmonares onde ocorre a troca gasosa.
As doenças respiratórias que afetam a porção respiratória podem ser divididas em duas
categorias principais: as obstrutivas e as restritivas. As doenças obstrutivas incluem a
bronquite, a asma e a doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC), que causam a obstrução
das vias aéreas e di�cultam a passagem de ar para os alvéolos. Já as doenças restritivas incluem
a �brose pulmonar e a pneumonia, que afetam a capacidade dos pulmões de se expandir e
contrair, reduzindo a quantidade de ar que chega aos alvéolos.
A prevenção das doenças respiratórias em animais pode ser feita através de medidas como a
vacinação contra doenças respiratórias, a manutenção de um ambiente limpo e livre de
poluentes e a realização de exercícios físicos regulares para manter a saúde respiratória. O
acompanhamento veterinário é essencial para a identi�cação precoce e o tratamento
adequado das doenças respiratórias em animais, garantindo a saúde e o bem-estar dos
mesmos.
- Alvéolos
Os alvéolos são as estruturas responsáveis pela troca gasosa nos pulmões de animais e
humanos. Os alvéolos são muito importantes, pois permitem que o oxigênio do ar inalado seja
absorvido pelos pulmões e que o dióxido de carbono produzido pelo metabolismo do
organismo seja eliminado do corpo.
Os alvéolos são pequenas bolsas pulmonares, com cerca de 0,3 a 0,5 milímetros de diâmetro, e
estão presentes nas porções respiratórias dos pulmões. Eles são formados por uma parede
muito �na, revestida por uma rede de capilares sanguíneos, que facilitam a troca gasosa entre
o ar e o sangue.
Quando o ar é inalado, ele chega até os alvéolos através dos bronquíolos e é distribuído pelas
paredes dos alvéolos, onde ocorre a troca gasosa. O oxigênio passa pela parede dos alvéolos e é
absorvido pelos capilares sanguíneos, enquanto o dióxido de carbono é eliminado dos
capilares e entra nos alvéolos, para ser eliminado do corpo durante a expiração.
Maria Eduarda Rossi - Universidade São Judas Tadeu - Medicina Veterinária
-Bronquíolos Respiratórios
Os bronquíolos respiratórios são estruturas do sistema respiratório de animais e humanos
que fazem parte da porção respiratória dos pulmões. Eles são responsáveis pela condução do
ar até os alvéolos, onde ocorre a troca gasosa entre o ar e o sangue.
Os bronquíolos respiratórios são estruturas muito pequenas, com cerca de 0,5 a 1 milímetro
de diâmetro, e são revestidos por uma �na camada de células ciliadas e glandulares. Essas
células ajudam a limpar e umidi�car o ar durante a respiração, facilitando a chegada do ar até
os alvéolos.
A função dos bronquíolos respiratórios é conduzir o ar até as áreas mais profundas dos
pulmões, onde ocorre a troca gasosa. Durante a inspiração, o ar é conduzido pelos
bronquíolos respiratórios até os alvéolos, onde o oxigênio é absorvido pelos capilares
sanguíneos. Durante a expiração, o ar rico em dióxido de carbono é eliminado dos alvéolos e
conduzido pelos bronquíolos respiratórios até a traquéia, onde é expirado para fora do corpo.
-Bronquíolos Secundários
Os bronquíolos secundários são estruturas do sistema respiratório que fazem parte da porção
respiratória dos pulmões dos animais, incluindo os seres humanos. Eles são rami�cações dos
bronquíolos primários e se subdividem em bronquíolos terciários, que por sua vez se
rami�cam em bronquíolos respiratórios e, posteriormente, nos alvéolos.
Os bronquíolos secundários são revestidos por uma �na camada de células ciliadas e
glandulares, que ajudam a limpar e umidi�car o ar durante a respiração, facilitando a chegada
do ar até os alvéolos. Eles também são importantes na regulação do �uxo de ar pelos pulmões,
sendo que a constrição ou dilatação dessas estruturas pode afetar a ventilação pulmonar.
Assim como os bronquíolos respiratórios, os bronquíolos secundários podem ser afetados por
diversas doenças respiratórias, como a asma e a bronquite, que podem causar in�amação e
estreitamento das vias respiratórias, di�cultando a passagem do ar.
-Bronquíolos Terciários
Os bronquíolos terciários são estruturas do sistema respiratório dos animais que fazem parte
da porção respiratória dos pulmões. Eles são rami�cações dos bronquíolos secundários e se
subdividem em bronquíolos respiratórios, que por sua vez se rami�cam em alvéolos.
Os bronquíolos terciários possuem uma camada de músculo liso que permite a regulação do
�uxo de ar pelos pulmões, permitindo uma maior e�ciência na troca gasosa. Eles também são
revestidos por células ciliadas e glandulares, que ajudam a limpar e umidi�car o ar durante a
respiração, facilitando a chegada do ar até os alvéolos
-Ductos Alveolares
Maria Eduarda Rossi - Universidade São Judas Tadeu - Medicina Veterinária
Os ductos alveolares são estruturas do sistema respiratório dos animais que fazem
parte da porção respiratória dos pulmões. Eles são rami�cações dos bronquíolos
respiratórios e se conectam aos sacos alveolares.
Os ductos alveolares são revestidos por células epiteliais, que são responsáveis pela
troca gasosa entre o ar e o sangue que circula nos capilares sanguíneos presentes nos
alvéolos. Eles são muito importantes para a e�ciência respiratória, uma vez que os
alvéolos são os locais onde ocorre a troca de oxigênio e dióxido de carbono entre o ar
inspirado e o sangue.
Assim como as outras estruturas da porção respiratória, os ductos alveolares podem
ser afetados por diversas doenças respiratórias, como a pneumonia e o edema
pulmonar, que podem causar acúmulo de líquido nos alvéolos e prejudicar a troca
gasosa.
- Sacos Alveolares
Os sacos alveolares são estruturasdo sistema respiratório dos animais que fazem parte da
porção respiratória dos pulmões. Eles são dilatações dos ductos alveolares e possuem uma
parede �na, sendo revestidos por células epiteliais.
Os sacos alveolares são responsáveis pela expansão dos pulmões e pela manutenção da sua
elasticidade
Maria Eduarda Rossi - Universidade São Judas Tadeu - Medicina Veterinária
- Pulmão:
Os pulmões são órgãos fundamentais do sistema respiratório dos animais, responsáveis
pela troca gasosa entre o ar inspirado e o sangue. Eles são constituídos por uma série de
estruturas que compõem a porção respiratória e a porção condutora.
A porção condutora é formada pelas vias respiratórias que conduzem o ar desde as narinas
ou boca até os bronquíolos terminais, enquanto a porção respiratória é composta pelos
Maria Eduarda Rossi - Universidade São Judas Tadeu - Medicina Veterinária
bronquíolos respiratórios, ductos alveolares, sacos alveolares e alvéolos, que são os locais
onde ocorre a troca gasosa.
Os pulmões são revestidos por uma membrana chamada pleura, que permite a expansão e a
contração dos pulmões durante a respiração. Eles são irrigados por vasos sanguíneos que
levam o sangue até os capilares presentes nos alvéolos, onde ocorre a troca gasosa.
- Pleura
A pleura é uma membrana que reveste os pulmões e o tórax dos animais, constituindo um
importante componente do sistema respiratório. Ela é formada por duas camadas: a pleura
parietal, que reveste a parede torácica, e a pleura visceral, que envolve diretamente os
pulmões.
Entre as duas camadas de pleura, há um espaço chamado de espaço pleural, que contém uma
pequena quantidade de líquido pleural, que permite a movimentação dos pulmões durante a
respiração.
A pleura é uma estrutura essencial para o funcionamento adequado dos pulmões, uma vez
que ela permite a expansão e a contração dos pulmões durante a respiração, evitando o atrito
entre as superfícies das camadas pleurais.
Algumas doenças podem afetar a pleura, como o derrame pleural, que é o acúmulo de líquido
no espaço pleural, ou a pleurite, que é a in�amação da pleura.
- Ciclo respiratório
A respiração é um processo vital para os animais, que permite a troca de gases entre o
organismo e o ambiente. Esse processo envolve a captação de oxigênio (O2) do ar inspirado
pelos pulmões, a eliminação de dióxido de carbono (CO2) e outros gases do sangue e a
liberação desses gases para o ambiente.
O processo respiratório começa com a entrada do ar pelas narinas ou pela boca do animal,
seguindo pelas vias respiratórias que levam o ar até os pulmões. Durante a inspiração, a caixa
torácica se expande, aumentando o volume dos pulmões e permitindo a entrada de ar. Já
durante a expiração, a caixa torácica se contrai e os pulmões se esvaziam, eliminando o ar que
contém dióxido de carbono.
Nos pulmões, o ar inspirado passa pelos bronquíolos e alvéolos, onde ocorre a troca gasosa
entre o ar e o sangue, permitindo que o oxigênio seja captado pelas hemácias e levado para as
células do corpo, enquanto o dióxido de carbono é eliminado para o ambiente. Esse processo é
mediado pelos movimentos do diafragma e dos músculos intercostais, que permitem a
expansão e a contração da caixa torácica.
O ciclo respiratório é um processo contínuo e constante, que ocorre de forma automática e
involuntária em animais saudáveis.
Maria Eduarda Rossi - Universidade São Judas Tadeu - Medicina Veterinária
- Tipos de respiração
Existem diversos tipos de respiração em animais, que variam de acordo com as características
anatômicas e �siológicas de cada espécie. Alguns dos principais tipos de respiração em
animais são:
- Respiração cutânea: ocorre em animais com pele �na e úmida, como anfíbios e alguns
invertebrados. Nesse tipo de respiração, o oxigênio é absorvido diretamente pela pele,
sem a necessidade de vias respiratórias especializadas.
- Respiração traqueal: ocorre em insetos e alguns outros artrópodes, que possuem um
sistema de tubos chamados traquéias que levam o ar diretamente aos tecidos do corpo.
- Respiração branquial: ocorre em animais aquáticos, como peixes e alguns anfíbios.
Nesse tipo de respiração, as brânquias são responsáveis pela troca de gases entre o
organismo e o ambiente.
- Respiração pulmonar: ocorre em animais terrestres, incluindo mamíferos, aves,
répteis e alguns anfíbios. Nesse tipo de respiração, os pulmões são responsáveis pela
absorção de oxigênio e eliminação de dióxido de carbono.
- Respiração �lotraqueal: ocorre em aves e é caracterizada pela presença de sacos aéreos
que permitem uma respiração contínua e e�ciente, mesmo durante o voo.
- Respiração mista: alguns animais, como tartarugas e crocodilos, utilizam tanto a
respiração pulmonar quanto a respiração branquial, dependendo das condições
ambientais.
Cada tipo de respiração apresenta suas próprias adaptações e características, permitindo que
os animais respirem de forma e�ciente em diferentes ambientes e condições.
- Complacência pulmonar
A complacência pulmonar é a medida da elasticidade dos pulmões, ou seja, a capacidade dos
pulmões em se expandirem e se retraírem facilmente durante a respiração. Ela é in�uenciada
pela presença de líquidos e gases nos pulmões, bem como pela presença de in�amações e
outros fatores que possam comprometer a função pulmonar.
A complacência é uma propriedade importante do pulmão, pois permite que o órgão se
adapte às demandas respiratórias do organismo, como durante o exercício físico ou em
situações de doença pulmonar. Quando há uma diminuição da complacência pulmonar, o
esforço respiratório aumenta, o que pode levar à fadiga muscular respiratória e a uma
diminuição da e�ciência da respiração.
Em medicina veterinária, a avaliação da complacência pulmonar é importante no diagnóstico
e tratamento de diversas condições respiratórias, como a síndrome do desconforto
respiratório agudo (SDRA), a bronquite crônica e o en�sema pulmonar. O uso de técnicas de
avaliação da complacência pulmonar, como a oscilação forçada, pode auxiliar na identi�cação
Maria Eduarda Rossi - Universidade São Judas Tadeu - Medicina Veterinária
precoce dessas doenças e no monitoramento da sua evolução. Além disso, a avaliação da
complacência pulmonar pode ser útil para a adaptação de ventilação mecânica em animais em
estado crítico, visando a uma melhor oxigenação e ventilação pulmonar.
- Transportes
- Transporte de oxigênio:
O transporte de oxigênio nos pulmões ocorre por meio da hematose, processo em que o
oxigênio presente no ar é transferido dos alvéolos pulmonares para o sangue que circula nos
capilares pulmonares.
O oxigênio é transportado no sangue por meio da hemoglobina, uma proteína presente nos
glóbulos vermelhos (eritrócitos). A hemoglobina tem uma a�nidade alta pelo oxigênio nos
pulmões, onde a concentração de oxigênio é elevada, o que permite que ela se ligue facilmente
às moléculas de oxigênio. Esse processo forma a oxi-hemoglobina.
Já nos tecidos periféricos, onde a concentração de oxigênio é baixa, ocorre a dissociação da
oxi-hemoglobina, liberando o oxigênio para as células. O dióxido de carbono produzido pelo
metabolismo celular é carreado pelo sangue em direção aos pulmões, onde é eliminado na
expiração.
Alterações na capacidade de transporte de oxigênio podem ocorrer em diversas doenças
pulmonares, como a anemia e a doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC),
comprometendo a oxigenação dos tecidos e levando a sintomas como cansaço, fraqueza e falta
de ar. O monitoramento da oxigenação arterial é importante para a avaliação do estado clínico
dos pacientes e para a de�nição da terapia adequada em caso de distúrbios respiratórios.
- Transporte de dióxido de carbono:
Além do transporte de oxigênio, o sistema respiratório também é responsável pelo transporte
do dióxido de carbono (CO2) produzido pelo metabolismo celular.
O CO2 é transportado no sangue principalmente na forma de bicarbonato (HCO3-), que é
formado a partir da reação do CO2 com a água (H2O) no plasma sanguíneo, mediada pela
enzima anidrase carbônica presentenos eritrócitos. Essa reação forma o ácido carbônico
(H2CO3), que é rapidamente dissociado em H+ e HCO3-.
A formação do HCO3- é importante para o transporte do CO2, já que ele é uma molécula
muito polar e não pode ser transportado diretamente no sangue. O HCO3- é então
transportado dos tecidos periféricos para os pulmões, onde é convertido novamente em CO2
e água pela ação da anidrase carbônica. O CO2 é eliminado na expiração.
Alterações no transporte de CO2 podem ocorrer em algumas doenças respiratórias, como a
acidose respiratória, em que há acúmulo de CO2 no sangue devido a uma diminuição da
eliminação de CO2 pelos pulmões. O monitoramento da concentração de CO2 no sangue
Maria Eduarda Rossi - Universidade São Judas Tadeu - Medicina Veterinária
arterial é importante para avaliar o equilíbrio ácido-base do paciente e para a de�nição da
terapia adequada em caso de distúrbios respiratórios.
- Transporte de gases
O transporte de gases no pulmão é um processo vital para o funcionamento do organismo. Os
gases são transportados pelo sangue para fornecer oxigênio e remover dióxido de carbono
produzido pelo metabolismo celular.
O processo de transporte de gases no pulmão começa com a entrada do ar pelos orifícios
nasais ou pela boca, que passa pela faringe, laringe, traquéia, brônquios, bronquíolos e,
�nalmente, alcança os alvéolos. Nos alvéolos, ocorre a troca gasosa entre o ar inspirado e o
sangue, que é possível devido à grande superfície de contato entre o ar e o sangue
proporcionada pelos capilares pulmonares.
O oxigênio inspirado é transportado para o sangue pelos alvéolos e, em seguida, se liga à
hemoglobina presente nos eritrócitos. A hemoglobina é a proteína responsável pelo
transporte de oxigênio no sangue e é encontrada dentro das células vermelhas do sangue
(eritrócitos). A hemoglobina se liga ao oxigênio nos capilares pulmonares, formando a
oxi-hemoglobina, que é transportada para os tecidos periféricos.
Nos tecidos periféricos, a oxi-hemoglobina se dissocia em oxigênio e hemoglobina,
permitindo que o oxigênio seja liberado para as células dos tecidos que é utilizado para o
metabolismo celular. O dióxido de carbono produzido pelo metabolismo celular é
transportado pelo sangue na forma de bicarbonato (HCO3-) e eliminado pelos pulmões
durante a expiração.
O processo de transporte de gases no pulmão é regulado pelo sistema nervoso autônomo, que
controla a frequência respiratória e a profundidade da respiração. Alterações no transporte
de gases podem ocorrer em doenças respiratórias, como a asma, en�sema pulmonar e
insu�ciência respiratória. O monitoramento da oxigenação e ventilação é fundamental no
manejo de pacientes em estado crítico, em cirurgias e em outras situações clínicas.
Maria Eduarda Rossi - Universidade São Judas Tadeu - Medicina Veterinária
Semiologia
A semiologia do sistema respiratório na medicina veterinária é a avaliação clínica dos sinais e
sintomas apresentados pelos animais relacionados à respiração. O objetivo dessa avaliação é
identi�car as alterações respiratórias, permitindo um diagnóstico preciso e um tratamento
adequado.
Durante a avaliação semiológica do sistema respiratório, o médico veterinário pode observar
sinais como:
- Frequência respiratória aumentada ou diminuída;
- Di�culdade respiratória;
- Respiração ruidosa, como chiado ou sibilância;
- Tosse;
- Descarga nasal;
- Cianose (mucosas azuladas).
Além disso, é importante avaliar a qualidade do som produzido durante a auscultação
pulmonar, que pode apresentar crepitações, roncos, sibilos e outros ruídos.
A semiologia do sistema respiratório é importante para o diagnóstico de várias doenças
respiratórias em animais, como pneumonia, bronquite, asma, traqueíte, entre outras. Com
base nos sinais e sintomas observados, o médico veterinário pode solicitar exames
complementares, como radiogra�as, hemograma, cultura bacteriana e exames sorológicos,
para con�rmar o diagnóstico e orientar o tratamento.
Anamnese
A anamnese do sistema respiratório na medicina veterinária é a coleta de informações
detalhadas sobre a história clínica e os sintomas respiratórios do animal, fornecidas pelo tutor
ou responsável pelo animal. A anamnese é uma das etapas mais importantes da avaliação
clínica, pois permite a obtenção de informações cruciais para o diagnóstico preciso e o
tratamento adequado.
Durante a anamnese do sistema respiratório, o médico veterinário pode fazer perguntas
sobre:
- Frequência e duração dos sintomas respiratórios;
- Tipo de sintomas respiratórios apresentados (tosse, di�culdade respiratória, descarga nasal,
entre outros);
- Fatores que pioram ou melhoram os sintomas respiratórios;
- Presença de outros sintomas ou doenças;
Maria Eduarda Rossi - Universidade São Judas Tadeu - Medicina Veterinária
- Histórico de vacinações e vermifugações;
- Histórico de viagens ou contato com outros animais doentes;
- Alimentação e hábitos de vida do animal;
- Exposição a fatores ambientais, como fumaça, poluição, poeira, entre outros.
A anamnese do sistema respiratório é importante para o diagnóstico preciso de doenças
respiratórias em animais, pois permite ao médico veterinário avaliar o quadro clínico como
um todo e identi�car fatores de risco que possam estar relacionados aos sintomas
respiratórios. Com base nas informações coletadas, o médico veterinário pode solicitar exames
complementares, como radiogra�as, hemograma, cultura bacteriana e exames sorológicos,
para con�rmar o diagnóstico e orientar o tratamento.
A anamnese bem feita e detalhada é essencial para a avaliação clínica completa do animal, e
pode ajudar a evitar a realização de exames desnecessários ou o uso inadequado de
medicamentos.
Sinais e sintomas
Os distúrbios respiratórios em animais podem apresentar uma ampla variedade de sinais e
sintomas, dependendo da causa subjacente e da gravidade da doença. Alguns dos sinais e
sintomas mais comuns de distúrbios respiratórios em animais incluem:
- Tosse: A tosse pode ser um sintoma de uma ampla variedade de distúrbios respiratórios,
desde infecções respiratórias até doenças pulmonares crônicas.
- Di�culdade respiratória: A di�culdade respiratória é um sintoma grave que pode ser
causado por obstrução das vias respiratórias, in�amação pulmonar ou outras doenças
respiratórias.
- Respiração rápida ou super�cial: A respiração rápida ou super�cial pode ser um sinal de
estresse, dor, doenças pulmonares ou outras condições.
- Descarga nasal: A descarga nasal pode ser um sintoma de infecções respiratórias, alergias ou
outras condições respiratórias.
- Esgotamento: O esgotamento é um sintoma comum de distúrbios respiratórios graves, como
pneumonia e insu�ciência respiratória.
- Aumento da frequência cardíaca: O aumento da frequência cardíaca pode ser um sinal de
falta de oxigênio no corpo devido a uma doença respiratória.
- Letargia: A letargia ou sonolência podem ser sintomas de doenças respiratórias graves, como
pneumonia ou insu�ciência respiratória.
Maria Eduarda Rossi - Universidade São Judas Tadeu - Medicina Veterinária
- Alterações na cor das mucosas: Alterações na cor das mucosas, como a coloração azulada das
gengivas, língua ou lábios, podem ser um sinal de falta de oxigênio no corpo devido a uma
doença respiratória.
- Perda de peso: A perda de peso pode ser um sinal de doença respiratória crônica, que pode
levar a uma diminuição da capacidade do animal de obter nutrição adequada devido à
di�culdade respiratória.
Exame físico
O exame físico do sistema respiratório é uma parte importante da avaliação clínica de um
animal com sintomas respiratórios. Durante o exame, o médico veterinário pode realizar uma
série de procedimentos para avaliar a função respiratória e identi�car possíveis alterações ou
anormalidades. Algumas das principais etapas do exame físico do sistema respiratório
incluem:
- Observação: O médico veterinário pode observar o animal por algum tempo, veri�cando sua
postura, nível de alerta, esforço respiratório e outros sinais clínicos.
- Auscultação: O médico veterinário pode usarum estetoscópio para ouvir os sons
respiratórios do animal, incluindo as respirações, a presença de ruídos anormais e outros sons
respiratórios.
- Palpação: A palpação da caixa torácica pode ser realizada para identi�car dor ou desconforto
no animal.
- Percussão: A percussão torácica pode ser realizada para avaliar o conteúdo pulmonar e a
presença de líquidos ou ar nos pulmões.
- Avaliação das mucosas: O médico veterinário pode avaliar as mucosas, incluindo a cor das
gengivas e das mucosas nasal e oral, para identi�car possíveis alterações.
- Avaliação da frequência respiratória: O médico veterinário pode contar a frequência
respiratória do animal, veri�cando se há anormalidades na respiração.
- Avaliação da temperatura corporal: A temperatura corporal do animal pode ser avaliada
para identi�car febre ou hipotermia.
Exame das narinas
O exame das narinas em medicina veterinária é importante para avaliar a função respiratória
do animal, identi�car possíveis obstruções ou alterações e orientar o diagnóstico e tratamento
de distúrbios respiratórios.
Durante o exame das narinas, o médico veterinário pode realizar as seguintes etapas:
- Observação: O médico veterinário pode observar a aparência externa das narinas,
veri�cando a presença de secreções, crostas, inchaço ou outras anormalidades.
Maria Eduarda Rossi - Universidade São Judas Tadeu - Medicina Veterinária
- Inspeção interna: O médico veterinário pode usar um otoscópio ou um endoscópio para
examinar o interior das narinas, veri�cando a presença de pólipos, tumores, corpos estranhos
ou outras obstruções.
- Avaliação da permeabilidade nasal: O médico veterinário pode avaliar a permeabilidade
nasal do animal, veri�cando se há di�culdade ou ruídos anormais na respiração.
- Avaliação do �uxo aéreo nasal: O médico veterinário pode usar um medidor de �uxo aéreo
para avaliar a quantidade de ar que passa pelas narinas do animal, veri�cando a presença de
obstruções ou restrições no �uxo de ar.
- Avaliação da sensibilidade: O médico veterinário pode avaliar a sensibilidade das narinas do
animal, veri�cando a presença de dor, desconforto ou reação excessiva ao toque.
Essas etapas do exame das narinas podem ajudar o médico veterinário a identi�car possíveis
problemas respiratórios, como rinite, sinusite, infecções respiratórias, alergias, tumores e
outras doenças. O exame das narinas deve ser realizado com cuidado e atenção para garantir a
segurança do animal e a obtenção de informações precisas e úteis.
Frequência respiratória
A frequência respiratória é um dos sinais vitais do animal e é medida pelo número de
respirações completas que um animal realiza por minuto. Em medicina veterinária, a
frequência respiratória é um indicador importante da função respiratória e pode ser utilizada
como uma medida de avaliação da saúde pulmonar do animal.
A frequência respiratória normal varia de acordo com a espécie animal e o tamanho do
animal. Em cães, a frequência respiratória normal em repouso varia de 10 a 30 respirações por
minuto, enquanto em gatos é de 20 a 30 respirações por minuto. Em animais de grande porte,
como cavalos e bovinos, a frequência respiratória normal em repouso varia de 8 a 16
respirações por minuto.
Alterações na frequência respiratória podem indicar problemas respiratórios, como doenças
pulmonares, obstrução das vias aéreas, lesões traumáticas, ansiedade, dor, hipoxemia (baixa
concentração de oxigênio no sangue) e outras condições médicas. Por exemplo, uma
frequência respiratória aumentada (taquipnéia) pode indicar problemas respiratórios,
enquanto uma frequência respiratória diminuída (bradipneia) pode ser um sinal de depressão
respiratória, anestesia ou outras condições graves.
A frequência respiratória em animais pode ser medida através de diferentes métodos,
dependendo da espécie animal e da técnica utilizada pelo pro�ssional de medicina veterinária.
Aqui estão algumas das formas de medir a frequência respiratória em animais:
Maria Eduarda Rossi - Universidade São Judas Tadeu - Medicina Veterinária
- Observação visual: Este método consiste em observar o movimento do tórax do animal para
contar o número de respirações completas que ele realiza em um minuto. Este método é
simples e não invasivo, mas pode ser impreciso em animais com movimentos torácicos
irregulares ou muito rápidos.
- Auscultação: A auscultação do tórax com um estetoscópio pode ser utilizada para avaliar a
frequência respiratória, além de detectar sons respiratórios anormais, como estertores ou
sibilos. Este método é mais preciso que a observação visual, mas pode ser difícil de realizar em
animais agitados ou com pelos grossos.
- Medidores de frequência respiratória: Existem dispositivos eletrônicos que podem ser
usados para medir a frequência respiratória em animais. Esses dispositivos podem ser
colocados no tórax do animal ou presos ao nariz, e são capazes de detectar o movimento do ar
durante a respiração.
Independentemente do método escolhido, é importante que o animal esteja em repouso
durante a medição da frequência respiratória. Além disso, é importante realizar a medição
por pelo menos um minuto para garantir uma leitura precisa da frequência respiratória do
animal.
Alterações na frequência respiratória
Alterações na frequência respiratória em animais podem indicar uma variedade de problemas
de saúde, incluindo problemas respiratórios, cardíacos, metabólicos ou neurológicos.
Algumas das alterações mais comuns na frequência respiratória em animais incluem:
- Taquipneia: é caracterizada por um aumento na frequência respiratória acima do normal
para a espécie animal. Pode indicar problemas respiratórios, como obstruções nas vias aéreas,
pneumonias, doenças pulmonares, entre outros.
- Bradipneia: é caracterizada por uma diminuição na frequência respiratória abaixo do
normal para a espécie animal. Pode indicar problemas respiratórios, cardíacos, metabólicos ou
neurológicos.
- Dispneia: é caracterizada por uma di�culdade em respirar ou uma respiração alterada. Pode
indicar problemas respiratórios, como asma, pneumotórax, entre outros.
- Apneia: é a interrupção completa da respiração. Pode ser uma emergência médica e exigir
intervenção imediata.
Palpação
Maria Eduarda Rossi - Universidade São Judas Tadeu - Medicina Veterinária
A palpação do sistema respiratório em animais é um exame clínico importante que pode
ajudar a identi�car possíveis problemas respiratórios. Durante o exame, o médico veterinário
realiza a palpação em diferentes áreas do tórax e abdômen do animal, procurando por
anormalidades.
A palpação do sistema respiratório pode ajudar a identi�car:
- Di�culdade respiratória: pode ser indicada por uma respiração super�cial e rápida ou um
esforço excessivo para respirar.
- Ruídos respiratórios: sons anormais durante a respiração podem ser indicativos de
problemas respiratórios.
- Inchaço no tórax ou abdômen: o inchaço pode indicar a presença de líquido ou ar anormal
em áreas especí�cas do corpo.
- Dor: animais com problemas respiratórios podem apresentar dor ou desconforto ao serem
tocados ou manuseados em áreas especí�cas do corpo.
Auscultação
A auscultação do sistema respiratório em animais é um exame clínico importante para avaliar
a função pulmonar e identi�car possíveis problemas respiratórios. Durante o exame, o médico
veterinário utiliza um estetoscópio para ouvir os sons respiratórios produzidos pelo animal
em diferentes áreas do tórax.
A auscultação do sistema respiratório pode ajudar a identi�car:
- Sons respiratórios normais: como o �uxo de ar e o movimento do diafragma.
- Sons respiratórios anormais: como chiados, sibilos, crepitações, estertores, entre outros, que
podem ser indicativos de problemas respiratórios.
- Mudanças na respiração: como a respiração super�cial, a respiração rápida, a respiração
ofegante, entre outras, que podem indicar problemas respiratórios.
Os sons respiratórios anormais em animais podem indicar uma série de problemas
respiratórios, desde infecções até doenças crônicas. Alguns dos sons respiratóriosanormais
mais comuns incluem:
- Chiado: um som agudo e estridente, que pode indicar estreitamento das vias respiratórias.
- Sibilo: um som semelhante a um assobio, que pode indicar in�amação ou estreitamento das
vias respiratórias.
- Crepitação: um som semelhante a uma bolha ou estalo, que pode indicar �uido nos
pulmões.
- Estertor: um som semelhante a uma respiração pesada, que pode indicar obstrução das vias
respiratórias.
- Ronco: um som semelhante a um ronco, que pode indicar estreitamento das vias
respiratórias.
Maria Eduarda Rossi - Universidade São Judas Tadeu - Medicina Veterinária
- Tosse: uma resposta re�exa do corpo que ajuda a limpar as vias respiratórias de materiais
estranhos
Percussão
A percussão respiratória é um método diagnóstico utilizado em medicina veterinária para
avaliar o estado de órgãos e estruturas torácicas, como os pulmões e o coração. É realizado
através de percussão, ou seja, batidas leves com os dedos sobre a superfície do tórax do animal,
com o objetivo de produzir sons que possam ser analisados pelo médico veterinário.
A técnica de percussão respiratória é geralmente realizada em conjunto com outros exames
clínicos, como a auscultação, para determinar a presença de anormalidades respiratórias,
como a presença de líquido no espaço pleural ou outras doenças pulmonares.
O exame é realizado com o animal em posição quadrupedal, preferencialmente em pé, ou
deitado de lado, e é importante que o médico veterinário tenha conhecimento da anatomia do
tórax do animal para realizar a percussão em locais adequados. A avaliação da percussão
respiratória pode ser feita em várias regiões do tórax do animal, incluindo o esterno, as
costelas e as áreas intercostais.
Cada som produzido pela percussão respiratória pode indicar diferentes alterações
respiratórias, como a presença de líquido, ar ou tecido sólido.
Exames complementares
Existem diversos exames complementares que podem ser realizados em animais para auxiliar
no diagnóstico de doenças do sistema respiratório. Alguns dos principais exames
complementares utilizados em medicina veterinária incluem:
- Radiogra�a: é um exame de imagem que utiliza raios-x para produzir uma imagem dos
órgãos internos do animal, incluindo os pulmões. É frequentemente utilizado para identi�car
doenças pulmonares, como pneumonias, bronquite, en�sema pulmonar, entre outras.
- Tomogra�a computadorizada: é um exame de imagem que utiliza raios-x para produzir
imagens mais detalhadas dos órgãos internos do animal. É especialmente útil para avaliar a
extensão de lesões pulmonares, como tumores ou lesões traumáticas.
- Ecocardiograma: é um exame de imagem que utiliza ultrassom para avaliar a estrutura e
função do coração e vasos sanguíneos. É frequentemente utilizado para avaliar doenças
cardíacas que podem afetar a função respiratória do animal.
- Análise de gases sanguíneos: é um exame de sangue que avalia a quantidade de oxigênio e
dióxido de carbono presentes no sangue, além de outros parâmetros que podem indicar a
presença de problemas respiratórios.
- Endoscopia: é um exame que utiliza um tubo �exível com uma câmera na ponta para
visualizar a parte interna do sistema respiratório do animal, incluindo as vias aéreas, os
Maria Eduarda Rossi - Universidade São Judas Tadeu - Medicina Veterinária
brônquios e os pulmões. É especialmente útil para avaliar a presença de obstruções,
in�amações e tumores nas vias respiratórias.
- Cultura e antibiograma: é um exame laboratorial que avalia a presença de bactérias em
amostras coletadas do trato respiratório do animal, como escarro, lavado traqueal ou
broncoalveolar. É frequentemente utilizado para avaliar a presença de infecções respiratórias
bacterianas e orientar o tratamento com antibióticos.
Farmacologia
A farmacologia do sistema respiratório em medicina veterinária é ampla e diversa, com uma
grande variedade de medicamentos disponíveis para o tratamento de diversas condições
respiratórias em animais.
Alguns dos principais grupos de medicamentos utilizados na terapia respiratória em
medicina veterinária incluem:
- Broncodilatadores: são medicamentos que dilatam os brônquios e melhoram a respiração,
aliviando a dispneia. São utilizados no tratamento de doenças como asma, bronquite e
en�sema pulmonar. Os principais broncodilatadores utilizados em medicina veterinária
incluem amino�lina, teo�lina, salbutamol, terbutalina, entre outros.
- Anti-in�amatórios: são medicamentos utilizados para reduzir a in�amação das vias
respiratórias, aliviando sintomas como tosse e dispneia. São utilizados no tratamento de
doenças como a bronquite e a asma. Os principais anti-in�amatórios utilizados em medicina
veterinária incluem corticoides como a prednisona e a dexametasona.
- Antitussígenos: são medicamentos que reduzem a tosse, aliviando o desconforto
respiratório. São utilizados no tratamento de doenças como a bronquite e a pneumonia. Os
principais antitussígenos utilizados em medicina veterinária incluem a codeína e a
butamirato.
- Antibióticos: são medicamentos utilizados no tratamento de infecções respiratórias causadas
por bactérias. Os principais antibióticos utilizados em medicina veterinária incluem
penicilina, cefalosporinas, aminoglicosídeos, entre outros.
- Diuréticos: são medicamentos que aumentam a produção de urina, ajudando a reduzir o
edema pulmonar em casos de insu�ciência cardíaca ou outras doenças respiratórias que
possam causar acúmulo de líquidos nos pulmões. Os principais diuréticos utilizados em
medicina veterinária incluem a furosemida e a espironolactona.
Sistema mucociliar
O sistema mucociliar é um importante mecanismo de defesa das vias respiratórias em animais,
incluindo cães e gatos. Esse sistema consiste em uma camada de muco que reveste as vias
respiratórias, contendo células ciliadas que se movem em conjunto para ajudar a remover
partículas estranhas, como poeira, bactérias e vírus, do trato respiratório.
Maria Eduarda Rossi - Universidade São Judas Tadeu - Medicina Veterinária
As células ciliadas são responsáveis por mover o muco para fora das vias respiratórias através
de movimentos rítmicos. À medida que o muco é movido para a boca, as partículas estranhas
são engolidas ou cuspidas para fora.
O sistema mucociliar pode ser comprometido por uma variedade de doenças respiratórias,
incluindo infecções, alergias e irritações. Quando esse sistema está comprometido, há uma
maior probabilidade de acúmulo de muco e partículas nas vias respiratórias, o que pode levar
a sintomas como tosse, espirros e di�culdade respiratória.
O tratamento de doenças respiratórias que afetam o sistema mucociliar pode incluir o uso de
medicamentos que ajudam a aliviar os sintomas e restaurar a função normal do sistema
mucociliar. Alguns desses medicamentos incluem mucolíticos, que ajudam a dissolver o muco,
e expectorantes, que ajudam a soltar o muco das vias respiratórias para que possa ser expelido
mais facilmente. É importante lembrar que o uso de medicamentos deve ser prescrito pelo
médico veterinário e que a prevenção de doenças respiratórias é sempre a melhor estratégia,
por meio de medidas como vacinação, controle de parasitas e redução da exposição a agentes
irritantes.
Expectorantes
Expectorantes são medicamentos utilizados para ajudar a soltar o muco das vias respiratórias
e facilitar a sua eliminação pelo animal. Eles são comumente prescritos por médicos
veterinários em casos de doenças respiratórias que afetam a produção de muco, como
bronquite, pneumonia e outras condições que causam tosse e di�culdade para respirar.
Os expectorantes podem ser divididos em dois tipos: mucolíticos e secretolíticos. Os
mucolíticos atuam diretamente no muco, dissolvendo-o e tornando-o mais �uido. Já os
secretolíticos atuam nas células que produzem o muco, estimulando a sua produção e,
consequentemente, facilitando a sua eliminação.
Alguns exemplos de expectorantes comumente utilizados em medicina veterinária incluem:
- Acetilcisteína: um mucolítico que atua na quebra das ligações químicas do muco,
tornando-omais �uido e fácil de ser eliminado;
- Bromexina: um secretolítico que estimula a produção de muco pelas células respiratórias,
facilitando a sua eliminação;
- Guaifenesina: um expectorante que age reduzindo a viscosidade do muco, facilitando a sua
remoção das vias respiratórias.
Re�exo da tosse
O re�exo da tosse é uma resposta protetora do sistema respiratório que tem como objetivo
remover substâncias irritantes, como muco, poeira ou corpos estranhos, das vias respiratórias.
O re�exo da tosse é desencadeado por receptores sensoriais presentes nas vias respiratórias,
que detectam a presença de substâncias irritantes.
Maria Eduarda Rossi - Universidade São Judas Tadeu - Medicina Veterinária
O re�exo da tosse pode ser desencadeado por diversos fatores, como infecções respiratórias,
alergias, aspiração de líquidos ou corpos estranhos, entre outros. O ato de tossir pode ser
acompanhado por outros sintomas, como espirros, coceira na garganta, falta de ar, entre
outros.
A avaliação do re�exo da tosse é uma parte importante do exame clínico em animais com
problemas respiratórios. O exame pode ser realizado estimulando as vias respiratórias com
substâncias irritantes, como o uso de nebulizadores com soluções salinas ou compostos como
a histamina. O re�exo da tosse também pode ser avaliado através da observação dos sintomas
clínicos apresentados pelo animal.
O re�exo da tosse é um mecanismo de defesa do sistema respiratório que tem como objetivo
proteger as vias aéreas contra substâncias irritantes e corpos estranhos. Quando uma
substância irritante entra nas vias respiratórias, ela ativa os receptores sensoriais presentes na
mucosa das vias aéreas, que enviam um sinal para o cérebro.
O cérebro, por sua vez, envia uma resposta para os músculos respiratórios e para os músculos
da caixa torácica e do abdômen, que se contraem rapidamente. Essa contração leva à expulsão
da substância irritante ou do corpo estranho das vias aéreas, através da tosse.
O re�exo da tosse pode ser dividido em três fases: a fase inspiratória, a fase compressiva e a
fase expiratória. Na fase inspiratória, o animal inspira profundamente para aumentar o
volume dos pulmões. Na fase compressiva, os músculos respiratórios e os músculos da caixa
torácica e do abdômen se contraem para gerar uma pressão elevada nas vias aéreas. Na fase
expiratória, o ar é expelido com força pelas vias aéreas, levando consigo a substância irritante
ou o corpo estranho.
Antitussígenos
Antitussígenos são medicamentos utilizados para inibir ou reduzir a tosse em animais. Eles
podem ser úteis em casos de tosse irritativa ou excessiva, que pode ser prejudicial ao animal e
atrapalhar seu bem-estar.
Os antitussígenos podem ser divididos em dois tipos: centrais e periféricos. Os antitussígenos
centrais atuam no sistema nervoso central, reduzindo o impulso da tosse no cérebro. Já os
antitussígenos periféricos atuam diretamente nas vias respiratórias, inibindo os receptores da
tosse presentes na mucosa das vias aéreas.
Entre os antitussígenos centrais mais comuns para uso veterinário, estão a butorfanol e a
codeína. Já entre os antitussígenos periféricos, o dextrometorfano e o cloreto de hidrocodona
são frequentemente utilizados.
É importante ressaltar que o uso de antitussígenos deve ser feito com cautela e sob orientação
do médico veterinário. Isso porque a tosse é um mecanismo de defesa importante do sistema
Maria Eduarda Rossi - Universidade São Judas Tadeu - Medicina Veterinária
respiratório, que ajuda a expelir secreções e corpos estranhos das vias aéreas. O uso
indiscriminado de antitussígenos pode mascarar doenças respiratórias e atrasar o diagnóstico
e tratamento adequado.
Alguns exemplos de antitussígenos utilizados em medicina veterinária são:
- Butorfanol
- Codeína
- Dextrometorfano
- Hidrocodona
- Oxeladina
Broncodilatadores
Os broncodilatadores são medicamentos utilizados para relaxar e dilatar os brônquios,
melhorando a respiração em animais com problemas respiratórios, como asma, bronquite,
en�sema e outras doenças pulmonares.
Existem vários tipos de broncodilatadores utilizados em medicina veterinária, que podem ser
classi�cados em três categorias principais: agonistas beta-2 adrenérgicos, metilxantinas e
antagonistas muscarínicos.
Entre os agonistas beta-2 adrenérgicos, os mais comuns são a terbutalina e o salbutamol. Esses
medicamentos estimulam os receptores beta-2 adrenérgicos nos brônquios, relaxando a
musculatura lisa e dilatando as vias aéreas.
As metilxantinas, como a teo�lina e a cafeína, também são broncodilatadores comuns em
medicina veterinária. Elas atuam inibindo uma enzima chamada fosfodiesterase, que aumenta
a concentração de um mensageiro químico chamado AMP cíclico, que relaxa a musculatura
lisa dos brônquios.
Os antagonistas muscarínicos, como o brometo de ipratrópio, também são utilizados como
broncodilatadores em animais. Eles bloqueiam os receptores muscarínicos presentes nas vias
aéreas, impedindo a contração da musculatura lisa e dilatando os brônquios.
É importante ressaltar que o uso de broncodilatadores deve ser sempre prescrito e
acompanhado por um médico veterinário, que irá avaliar a necessidade do uso do
medicamento, a dose adequada e possíveis efeitos colaterais.
Descongestionantes
Os descongestionantes são medicamentos utilizados para aliviar a congestão nasal, reduzindo
a in�amação e o inchaço dos tecidos nasais. Na medicina veterinária, esses medicamentos são
geralmente utilizados em animais com problemas respiratórios, como rinite, sinusite ou
outras condições que causam congestão nasal.
Os principais tipos de descongestionantes utilizados em medicina veterinária são:
Maria Eduarda Rossi - Universidade São Judas Tadeu - Medicina Veterinária
- Descongestionantes alfa-adrenérgicos: esses medicamentos atuam estimulando os receptores
alfa-adrenérgicos nos vasos sanguíneos do nariz, causando a constrição dos vasos e reduzindo
o inchaço dos tecidos nasais. Exemplos incluem a efedrina e a fenilefrina.
- Corticosteroides: os corticosteroides são medicamentos anti-in�amatórios que podem ser
usados para reduzir a in�amação e o inchaço nos tecidos nasais. Eles são geralmente
administrados por via oral ou injetáveis. Exemplos incluem a prednisolona e a dexametasona.
- Antihistamínicos: esses medicamentos bloqueiam a ação da histamina, um composto
químico produzido pelo sistema imunológico que causa in�amação e alergias. Eles podem ser
úteis em animais com alergias ou outras condições que causam congestão nasal. Exemplos
incluem a cetirizina e a loratadina.
Alguns exemplos de descongestionantes utilizados em medicina veterinária são:
- Fenilefrina: um descongestionante alfa-adrenérgico que atua contraindo os vasos sanguíneos
da mucosa nasal, reduzindo o inchaço. Pode ser encontrado em solução nasal ou em
comprimidos.
- Pseudoefedrina: outro descongestionante alfa-adrenérgico, que também atua reduzindo a
in�amação da mucosa nasal. Geralmente é encontrado em forma de comprimidos.
- Dexametasona: um corticosteróide que pode ser usado como descongestionante, reduzindo a
in�amação e o inchaço na mucosa nasal. Geralmente é administrado por via injetável.
- Cetirizina: um anti-histamínico que pode ser usado para reduzir a congestão nasal em
animais com alergias ou outras condições que afetam o sistema respiratório. É encontrado em
forma de comprimidos ou solução oral.
- Oximetazolina: um descongestionante alfa-adrenérgico que também pode ser usado em
casos de congestão nasal em animais. Pode ser encontrado em solução nasal.
Narinas de cada espécie
As narinas de cada espécie animal podem variar em tamanho, forma e funcionalidade,
dependendo das adaptações evolutivas necessárias para a sobrevivência em seu ambiente.
Por exemplo, as narinas de mamíferos marinhos como baleias e gol�nhos são adaptadas para
funcionar sob a água, com aberturas externas reduzidas e orifícios internos com tecidos
esponjosos que permitem o controle do �uxo de ar e uma maior captação de oxigênio.
Já as narinas de aves são chamadas de narinasou fendas nasais, que são geralmente localizadas
na base do bico e são adaptadas para um �uxo de ar unidirecional, que ajuda a manter a
temperatura corporal constante durante o voo.
Os equinos têm narinas largas e �exíveis que permitem uma ampla entrada de ar durante a
corrida, e as narinas dos cães são adaptadas para um olfato altamente desenvolvido, com uma
Maria Eduarda Rossi - Universidade São Judas Tadeu - Medicina Veterinária
estrutura complexa de tecidos e células sensoriais que ajudam na detecção de cheiros. Cada
espécie animal tem adaptações diferentes em suas narinas para melhor se adaptar às suas
necessidades especí�cas.
Conchas nasais
As conchas nasais (ou cornetos nasais) são estruturas ósseas em forma de espiral localizadas
dentro da cavidade nasal dos animais, incluindo cães, gatos e cavalos. Elas ajudam a aumentar
a área de superfície da cavidade nasal e a direcionar o �uxo de ar para a parte inferior da
cavidade, onde o ar é aquecido, umidi�cado e limpo antes de ser enviado para os pulmões.
Nos cavalos, há três conchas nasais: concha nasal dorsal, concha nasal média e concha nasal
ventral. Elas são importantes para a respiração do cavalo durante a corrida e exercício, uma
vez que ajudam a aumentar a área de superfície disponível para a troca de gases. No entanto,
algumas condições podem afetar as conchas nasais, como rinossinusite, que pode resultar em
in�amação e bloqueio das passagens nasais, di�cultando a respiração do animal.
Em cães e gatos, as conchas nasais também são importantes para a respiração, e algumas
condições podem afetar a função delas, incluindo infecções respiratórias, alergias e problemas
congênitos, como desvio de septo. O tratamento depende da causa subjacente e pode incluir
medicamentos para aliviar a in�amação ou cirurgia para corrigir problemas estruturais.
Maria Eduarda Rossi - Universidade São Judas Tadeu - Medicina Veterinária
Seios paranasais
Os seios paranasais são cavidades preenchidas com ar localizadas ao redor do crânio de
animais, incluindo cães, gatos e cavalos. Eles estão conectados à cavidade nasal por meio de
aberturas estreitas, conhecidas como ductos nasais, e têm várias funções importantes,
incluindo a umidi�cação e aquecimento do ar inalado, a redução do peso da cabeça e a
ressonância da voz.
Nos cavalos, os seios paranasais são particularmente importantes porque são grandes e podem
se in�amar ou se infectar facilmente. Eles são divididos em vários grupos, incluindo os seios
frontais, etmoidais, maxilares e esfenoidais. A rinossinusite é uma condição comum em
cavalos, que pode afetar qualquer um desses seios, causando in�amação, dor e di�culdades
respiratórias. O tratamento pode incluir antibióticos, anti-in�amatórios, lavagens nasais e,
em casos graves, cirurgia para drenagem e remoção de tecido in�amado.
Em cães e gatos, os seios paranasais são menores e menos complexos do que em cavalos, mas
ainda assim podem ser afetados por condições como infecções, alergias e tumores. O
diagnóstico e o tratamento podem incluir exames de imagem, como radiogra�as e
tomogra�as computadorizadas, e podem envolver medicamentos e/ou cirurgia, dependendo
da causa subjacente da doença.
Maria Eduarda Rossi - Universidade São Judas Tadeu - Medicina Veterinária
Cartilagens da laringe
A laringe é um órgão do sistema respiratório que está localizado entre a faringe e a traqueia
em animais, incluindo cães, gatos e cavalos. A laringe é composta de várias cartilagens que
ajudam a manter sua forma e função, permitindo a passagem do ar da faringe para a traqueia
e também ajudando a proteger as vias respiratórias.
As principais cartilagens da laringe são:
- Epiglote: uma cartilagem em forma de folha localizada na parte superior da laringe que se
fecha durante a deglutição para evitar que alimentos e líquidos entrem nas vias respiratórias;
- Tireóide: a maior cartilagem da laringe, que se assemelha a um escudo em forma de V e
ajuda a proteger a traqueia e a laringe;
- Cricóide: uma cartilagem anelar que forma a base da laringe e ajuda a manter a abertura das
vias respiratórias durante a respiração;
- Aritenóides: duas cartilagens em forma de pêra localizadas na parte posterior da laringe que
ajudam a abrir e fechar as cordas vocais, permitindo a fala e o canto em animais que têm essas
habilidades.
Algumas condições que podem afetar as cartilagens da laringe incluem in�amação, tumores,
traumas e problemas congênitos, como a estenose laríngea em cães de raças braquicefálicas. O
tratamento depende da causa subjacente e pode incluir medicamentos, mudanças na dieta ou
cirurgia, dependendo da gravidade da condição.
Maria Eduarda Rossi - Universidade São Judas Tadeu - Medicina Veterinária
Estruturas da traquéia
A traqueia é um tubo que faz parte do sistema respiratório de animais, incluindo cães, gatos e
cavalos. Ela começa na base da laringe e se estende até a bifurcação em dois brônquios
principais, que levam o ar para os pulmões. A traqueia é composta por várias estruturas
importantes que a ajudam a manter sua forma e função, permitindo a passagem de ar para os
pulmões.
As principais estruturas da traqueia incluem:
- Anéis cartilaginosos: a traquéia é composta de anéis cartilaginosos incompletos em forma de
C que ajudam a manter a sua forma e evitar o seu colapso durante a respiração. Eles são
intercalados por músculos lisos e tecido conjuntivo.
- Mucosa traqueal: a camada interna da traqueia é revestida por uma mucosa ciliada, que
ajuda a transportar as partículas estranhas e o muco para fora dos pulmões.
- Glândulas traqueais: há glândulas mucosas e serosas presentes na submucosa da traqueia que
ajudam a produzir e secretar muco para proteger as vias aéreas.
- Plexo nervoso: um plexo nervoso é encontrado no tecido conjuntivo da submucosa e é
responsável pela regulação da contração dos músculos lisos das paredes da traquéia.
Algumas condições que podem afetar a traqueia incluem estenose traqueal, colapso traqueal,
traqueobroncomalácia, tumores e infecções. O tratamento depende da causa subjacente e
pode incluir medicamentos, mudanças na dieta ou cirurgia, dependendo da gravidade da
condição.
Uma das principais estruturas da traqueia são os anéis cartilaginosos, que ajudam a manter a
sua forma e evitar o seu colapso durante a respiração. Esses anéis são incompletos em forma de
C e são intercalados por músculos lisos e tecido conjuntivo. A parte aberta dos anéis
cartilaginosos está localizada na região dorsal da traqueia, permitindo que ela se expanda
durante a inspiração.
Os anéis cartilaginosos são importantes para a manutenção da integridade estrutural da
traqueia, protegendo-a contra o colapso durante a inspiração. Eles também ajudam a manter a
luz traqueal aberta, permitindo a passagem adequada de ar para os pulmões. A presença dos
anéis cartilaginosos da traquéia é uma característica importante que a diferencia das
estruturas tubulares que não possuem essa proteção contra o colapso.
Algumas condições que podem afetar os anéis cartilaginosos da traquéia incluem
traqueobroncomalácia, colapso traqueal, tumores e infecções. O tratamento depende da causa
subjacente e pode incluir medicamentos, mudanças na dieta ou cirurgia, dependendo da
gravidade da condição.
Maria Eduarda Rossi - Universidade São Judas Tadeu - Medicina Veterinária
Amucosa traqueal é a camada interna da traqueia, que reveste a superfície luminal do tubo
respiratório. Ela é composta por um epitélio ciliado pseudoestrati�cado, que contém células
ciliadas, células caliciformes secretoras de muco e outras células especializadas. Abaixo do
epitélio há uma camada de tecido conjuntivo frouxo, que contém vasos sanguíneos, �bras
elásticas e colágenas, além de glândulas mucosas.
A principal função da mucosa traqueal é a produção e transporte de muco, que protege as
vias respiratórias de partículas e agentes irritantes. As células caliciformes secretam muco
viscoso, que é transportado pelos cílios das células ciliadas. Os cílios da mucosa traqueal se
movem em ondas rítmicas em direção àfaringe, carregando o muco e as partículas estranhas
em direção à boca para serem eliminados.
A mucosa traqueal também desempenha um papel importante na defesa imunológica das vias
respiratórias. Ela contém células especializadas, como os linfócitos e macrófagos, que estão
envolvidos na resposta imunológica a agentes infecciosos e outras substâncias estranhas.
Algumas doenças que podem afetar a mucosa traqueal incluem bronquite, traqueíte,
pneumonia, asma e outras doenças respiratórias. O tratamento depende da causa subjacente e
pode incluir medicamentos, mudanças na dieta ou cirurgia, dependendo da gravidade da
condição.
As glândulas traqueais são estruturas presentes na mucosa da traqueia de animais, incluindo
cães, gatos e cavalos. Elas são do tipo mucosas, ou seja, produzem muco para proteger as vias
respiratórias contra partículas e agentes irritantes.
As glândulas traqueais são encontradas principalmente na camada submucosa da traqueia,
abaixo do epitélio ciliado pseudoestrati�cado da mucosa. Elas são compostas por células
secretoras de muco, que produzem e liberam um muco viscoso na luz da traqueia.
O muco produzido pelas glândulas traqueais é transportado pelos cílios das células ciliadas da
mucosa traqueal em direção à faringe, onde pode ser eliminado do sistema respiratório. Além
disso, o muco produzido pelas glândulas traqueais também ajuda a umidi�car o ar inspirado,
o que é importante para o bom funcionamento do sistema respiratório.
Algumas doenças que podem afetar as glândulas traqueais incluem bronquite, traqueíte,
pneumonia e outras doenças respiratórias. O tratamento depende da causa subjacente e pode
incluir medicamentos, mudanças na dieta ou cirurgia, dependendo da gravidade da condição.
Em casos graves, pode ser necessário realizar uma traqueostomia para garantir a respiração
adequada do animal.
O plexo nervoso traqueal é uma rede de nervos que inervam a traqueia, controlando a sua
atividade muscular e secretora. Ele é composto por �bras nervosas simpáticas e
parassimpáticas, que se originam do sistema nervoso autônomo.
Maria Eduarda Rossi - Universidade São Judas Tadeu - Medicina Veterinária
As �bras nervosas simpáticas têm a função de dilatar as vias aéreas e aumentar a frequência
cardíaca, enquanto as �bras nervosas parassimpáticas têm a função de contrair as vias aéreas e
diminuir a frequência cardíaca. O equilíbrio entre essas duas atividades é importante para o
controle da respiração e do ritmo cardíaco.
O plexo nervoso traqueal também é responsável pela inervação das glândulas traqueais,
controlando a produção e a liberação de muco na traqueia. Além disso, ele pode desempenhar
um papel importante na resposta imunológica da traqueia, regulando a atividade das células
imunológicas presentes na mucosa traqueal.
Algumas doenças que afetam o plexo nervoso traqueal incluem as doenças neurológicas, como
a paralisia laríngea ou a traqueobroncomalácia. O tratamento depende da causa subjacente e
pode incluir o uso de medicamentos, mudanças na dieta ou �sioterapia respiratória,
dependendo da gravidade da condição. Em casos graves, pode ser necessária uma cirurgia para
corrigir problemas estruturais que afetam o plexo nervoso traqueal.
Árvore brônquica
A árvore brônquica é o sistema de tubos que conduz o ar inspirado desde as vias respiratórias
superiores até os alvéolos pulmonares, onde ocorre a troca gasosa. Essa estrutura é composta
por uma série de rami�cações que se estendem desde a traqueia até os bronquíolos terminais e
ductos alveolares.
A árvore brônquica começa na traqueia, que se divide em dois brônquios principais, um para
cada pulmão. Cada um desses brônquios se rami�cam em brônquios lobares, que se
subdividem em brônquios segmentares. Esses brônquios segmentares se rami�cam em
bronquíolos, que se dividem em bronquíolos terminais, e �nalmente em ductos alveolares.
Os bronquíolos são os menores tubos da árvore brônquica e são responsáveis pelo controle do
�uxo de ar para os alvéolos. Eles são revestidos por músculos lisos que se contraem ou relaxam
para regular o �uxo de ar. Os bronquíolos terminais são os menores tubos que ainda contém
cartilagem em sua parede, enquanto os ductos alveolares são tubos sem cartilagem, com
paredes compostas por células epiteliais e células alveolares.
A árvore brônquica tem uma estrutura importante na �siologia respiratória e na saúde dos
animais. Problemas respiratórios, como asma, bronquite e pneumonia, podem afetar a função
dos pulmões e da árvore brônquica, levando a di�culdades respiratórias e redução do
desempenho produtivo. Por isso, é importante manter uma boa higiene e manejo dos animais
para prevenir essas doenças.
Pneumócitos I e II
Os pneumócitos I e II são tipos de células encontrados nos pulmões dos mamíferos, incluindo
os animais de produção. Eles desempenham papéis importantes na função respiratória e na
defesa pulmonar.
Maria Eduarda Rossi - Universidade São Judas Tadeu - Medicina Veterinária
Os pneumócitos I são células epiteliais �nas e planas que revestem a maioria dos alvéolos
pulmonares. Eles são responsáveis pela troca gasosa entre o ar e o sangue, permitindo a
absorção de oxigênio e a eliminação de dióxido de carbono. Os pneumócitos I também
ajudam a manter a estrutura dos alvéolos e previnem seu colapso durante a respiração.
Os pneumócitos II são células epiteliais mais espessas que produzem surfactante, uma
substância que ajuda a reduzir a tensão super�cial nos alvéolos pulmonares, prevenindo seu
colapso durante a respiração. O surfactante também ajuda a manter a integridade da barreira
alvéolo-capilar, prevenindo a passagem de líquidos e proteínas do sangue para os alvéolos.
Os pneumócitos I e II trabalham juntos para manter a função pulmonar e proteger contra
lesões e doenças pulmonares. Problemas com essas células, como a de�ciência de surfactante
em recém-nascidos ou a lesão pulmonar aguda em animais adultos, podem levar a
complicações respiratórias graves e até mesmo à morte. Por isso, é importante manter a saúde
pulmonar dos animais por meio de boas práticas de manejo e controle de doenças
respiratórias.
Mediastino
Omediastino é a região localizada no centro do tórax, entre os pulmões, que contém vários
órgãos e estruturas importantes, incluindo o coração, os grandes vasos sanguíneos, o esôfago,
a traqueia, os linfonodos mediastinais e nervos importantes.
Nos animais, incluindo os animais de produção, o mediastino é dividido em várias regiões,
como o mediastino cranial, o mediastino médio e o mediastino caudal. O mediastino cranial
contém o coração, o timo e os grandes vasos sanguíneos, enquanto o mediastino médio
contém a traquéia, os brônquios, os linfonodos e os nervos importantes. O mediastino caudal
contém o esôfago, a aorta torácica e os gânglios simpáticos.
O mediastino é uma região crucial para o funcionamento do sistema cardiovascular,
respiratório e digestivo, e a presença de lesões ou doenças nessa região pode ter consequências
graves para a saúde do animal. Por isso, é importante que os veterinários estejam
familiarizados com a anatomia e as patologias do mediastino, para que possam diagnosticar e
tratar essas condições com e�ciência.
Maria Eduarda Rossi - Universidade São Judas Tadeu - Medicina Veterinária
Hematose e heterose
Hematose é o processo de troca gasosa que ocorre nos pulmões, onde o oxigênio (O2) é
absorvido pelos capilares sanguíneos e o dióxido de carbono (CO2) é eliminado dos capilares
para ser exalado pelo sistema respiratório. Esse processo é crucial para manter a homeostase
do corpo, pois fornece oxigênio para as células e remove o CO2, que é um subproduto do
metabolismo celular.
Já a heterose é um conceito utilizado na genética animal, que se refere ao aumento da
performance ou qualidade dos descendentes em relação aos pais, quando animais
geneticamente distintos são cruzados. Esse aumento pode ser observado em diversas
características, como ganho de peso, fertilidade, resistência a doenças, entre outros. A
heterose é resultado da combinação de alelos diferentes,que podem interagir de forma
complementar e gerar uma progênie mais vigorosa e adaptada ao ambiente.
Apesar de terem nomes semelhantes, hematose e heterose são conceitos completamente
distintos e relacionados a áreas diferentes da medicina veterinária. A hematose está
relacionada à �siologia respiratória e à troca gasosa nos pulmões, enquanto a heterose está
relacionada à genética animal e à seleção de reprodutores para melhorar as características dos
descendentes.
Hipoventilação e hiperventilação
Hipoventilação e hiperventilação são duas condições respiratórias que podem afetar animais e
humanos.
A hipoventilação é caracterizada pela diminuição da ventilação pulmonar, ou seja, o animal
respira menos vezes ou inspira menos ar a cada respiração. Isso pode levar ao acúmulo de
dióxido de carbono (CO2) no sangue, que pode resultar em acidose respiratória. As causas da
hipoventilação podem ser variadas, como obstrução das vias aéreas, paralisia dos músculos
respiratórios, sedação excessiva, entre outras. O tratamento depende da causa subjacente, mas
pode incluir terapia de oxigênio, remoção da obstrução das vias aéreas ou ventilação mecânica.
Por outro lado, a hiperventilação é caracterizada pelo aumento da ventilação pulmonar, ou
seja, o animal respira mais vezes ou inspira mais ar a cada respiração. Isso pode levar a uma
diminuição no nível de CO2 no sangue, resultando em alcalose respiratória. A
hiperventilação pode ser causada por várias condições, como ansiedade, estresse, dor, acidose
metabólica, entre outras. O tratamento também depende da causa subjacente e pode incluir
medidas para reduzir a ansiedade ou a dor, por exemplo.
Órgão vomeronasal
O órgão vomeronasal, também conhecido como órgão de Jacobson, é um órgão sensorial
presente em muitos animais, incluindo os mamíferos, como cães, gatos, cavalos e vacas. Ele
Maria Eduarda Rossi - Universidade São Judas Tadeu - Medicina Veterinária
está localizado na região do palato duro, na cavidade nasal, e é composto por dois ductos
vomeronasais que se abrem na cavidade nasal.
O órgão vomeronasal é responsável por detectar feromônios, substâncias químicas produzidas
por animais que podem desencadear uma resposta comportamental ou �siológica em outros
animais da mesma espécie. Os feromônios podem ser produzidos por diferentes partes do
corpo, como as glândulas sebáceas, glândulas odoríferas e urina.
Quando um animal cheira um feromônio, ele é transportado através do ar para o órgão
vomeronasal, onde é detectado por células receptoras especí�cas. As informações são, então,
enviadas para o cérebro, onde podem desencadear uma série de comportamentos, como
atração sexual, agressão ou marcação territorial.
O órgão vomeronasal tem um papel importante em muitos aspectos do comportamento
animal, incluindo a comunicação sexual, o reconhecimento de parentesco, a seleção de
parceiros e a identi�cação de presas e predadores. Em medicina veterinária, o conhecimento
sobre o órgão vomeronasal é útil para entender o comportamento animal e para o
desenvolvimento de feromônios sintéticos que possam ser usados em terapias
comportamentais.
Palato duro
O palato duro é uma estrutura presente na cavidade oral de muitos animais, incluindo
mamíferos, aves e répteis. Ele é formado principalmente pelo osso palatino e pela cartilagem
nasal, e está localizado na parte superior da boca, logo atrás dos dentes incisivos superiores.
Maria Eduarda Rossi - Universidade São Judas Tadeu - Medicina Veterinária
O palato duro desempenha várias funções importantes na �siologia oral dos animais. Ele
ajuda a separar a cavidade oral da cavidade nasal, permitindo que os animais respirem e
comam ao mesmo tempo, e também ajuda a dirigir o �uxo de ar e alimento para a direção
correta durante a deglutição.
O palato duro também é importante na articulação dos sons da fala em humanos e em
algumas espécies animais, como papagaios e macacos. Ele é necessário para produzir sons
fricativos e para a produção de consoantes palatais.
Além disso, o palato duro é um local importante de inserção de vários músculos da cabeça e
do pescoço, incluindo o músculo tensor do véu palatino, que é responsável por manter o
palato duro tenso durante a fala e a deglutição.
Palato mole
O palato mole é uma estrutura presente na cavidade oral de muitos animais, incluindo
mamíferos, aves e répteis. Ele é formado principalmente por músculos e tecido conjuntivo, e
está localizado na parte posterior do palato duro.
O palato mole desempenha várias funções importantes na �siologia oral dos animais. Ele
ajuda a separar a cavidade oral da cavidade nasal, permitindo que os animais respirem e
comam ao mesmo tempo, e também ajuda a dirigir o �uxo de ar e alimento para a direção
correta durante a deglutição.
Maria Eduarda Rossi - Universidade São Judas Tadeu - Medicina Veterinária
O palato mole também é importante na produção dos sons da fala em humanos e em algumas
espécies animais, como papagaios e macacos. Ele é necessário para produzir sons velares e para
a produção de consoantes nasais.
Além disso, o palato mole é um local importante de inserção de vários músculos da cabeça e
do pescoço, incluindo o músculo levantador do véu palatino, que é responsável por elevar o
palato mole durante a deglutição e a fala. Em medicina veterinária, o conhecimento sobre a
anatomia e a função do palato mole é importante para entender certos problemas
respiratórios e de deglutição em animais, como a síndrome braquicefálica em cães.
Respiração em braquicefálicos
A síndrome braquicefálica (SB) é uma condição comum em cães de raças braquicefálicas,
caracterizada por uma combinação de anomalias anatômicas das vias aéreas superiores, que
levam à obstrução do �uxo de ar durante a respiração. Essas anomalias incluem narinas
estenóticas, palato mole alongado e espessado, hipoplasia traqueal e hipoplasia de brônquios
principais.
A obstrução das vias aéreas superiores em cães com SB resulta em uma respiração anormal,
com padrões de respiração inspiratórios mais longos e profundos, além de expirações mais
curtas e incompletas. Além disso, o aumento do esforço respiratório pode levar à
hiperventilação e à acidose respiratória.
A literatura veterinária mostra que a SB é uma condição multifatorial, e o tratamento envolve
uma abordagem individualizada para cada caso, com base nas anormalidades especí�cas
presentes em cada animal. O tratamento pode incluir cirurgia corretiva, terapias
medicamentosas e gerenciamento ambiental.
A cirurgia corretiva pode incluir a rinoplastia para alargar as narinas e a ressecção do palato
mole para reduzir a obstrução das vias aéreas superiores. As terapias medicamentosas podem
incluir broncodilatadores para melhorar a função respiratória e corticosteroides para reduzir
Maria Eduarda Rossi - Universidade São Judas Tadeu - Medicina Veterinária
a in�amação das vias aéreas. O gerenciamento ambiental pode incluir evitar o exercício
excessivo e em ambientes quentes, e garantir a perda de peso em animais com excesso de peso.
As raças braquicefálicas são aquelas com crânios curtos e largos, narinas estreitas e achatadas,
e mandíbulas proeminentes. Essas características anatômicas resultam em uma série de
condições de saúde, incluindo a síndrome braquicefálica, que pode afetar a respiração,
digestão e saúde dental desses animais. Algumas raças de cães braquicefálicos incluem o
Bulldog, Pug, Boxer, Boston Terrier, Shih Tzu, entre outras. Gatos como o Persa e o Exótico
de pêlo curto também são considerados braquicefálicos. É importante lembrar que, apesar das
características físicas, cada animal é único e pode apresentar variações individuais na sua
condição de saúde.
Maria Eduarda Rossi - Universidade São Judas Tadeu - Medicina Veterinária

Continue navegando