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Maria Eduarda Rossi - Universidade São Judas Tadeu - Medicina Veterinária Sistema Respiratório Divisão funcional e estruturas: - Porção condutora: A porção condutora do sistema respiratório refere-se às estruturas responsáveis pela condução do ar até os pulmões, sem que ocorra troca gasosa. Essas estruturas incluem as narinas, fossas nasais, faringe, laringe, traqueia, brônquios e bronquíolos. - As narinas e fossas nasais são responsáveis pela �ltração, aquecimento e umidi�cação do ar inspirado. A faringe é uma estrutura comum ao sistema respiratório e digestivo, que conduz o ar da cavidade nasal para a laringe. - A laringe é responsável por proteger a traqueia e produzir a voz, além de ser um importante ponto de passagem para o ar. - A traqueia é uma estrutura tubular que conduz o ar da laringe para os pulmões, onde se rami�ca em brônquios e bronquíolos. A porção condutora do sistema respiratório em medicina veterinária é fundamental para garantir que o ar chegue aos pulmões de forma adequada e que os processos de �ltração, aquecimento e umidi�cação ocorram de forma e�ciente. O conhecimento dessa porção do sistema respiratório é essencial para o diagnóstico e tratamento de Maria Eduarda Rossi - Universidade São Judas Tadeu - Medicina Veterinária doenças respiratórias em animais, que podem afetar a função respiratória e comprometer a saúde geral dos animais. -Narinas As narinas são as duas aberturas no focinho dos animais que permitem a entrada do ar para o sistema respiratório. Elas são responsáveis por �ltrar, umidi�car e aquecer o ar que será inspirado pelos pulmões. O exame das narinas é importante para o diagnóstico de diversas doenças respiratórias. O veterinário pode avaliar a presença de secreções nasais, obstruções ou deformidades que possam interferir na passagem do ar. Algumas doenças que podem afetar as narinas incluem infecções respiratórias, alergias, tumores e deformidades congênitas. Além disso, a avaliação das narinas é importante em algumas situações clínicas, como em animais braquicefálicos (com focinho curto), que podem apresentar di�culdades respiratórias devido à obstrução das vias aéreas superiores. A análise das narinas, portanto, é uma parte importante do exame clínico em medicina veterinária, pois pode fornecer informações valiosas sobre a função respiratória do animal e auxiliar no diagnóstico de doenças respiratórias. - Fossas Nasais As fossas nasais são duas cavidades presentes na cabeça dos animais, que se comunicam com o exterior através das narinas e se estendem até a faringe. Elas são revestidas por uma mucosa que possui células ciliadas e glândulas que produzem muco, responsáveis por aquecer, umidi�car e �ltrar o ar que é inspirado pelo animal. A avaliação das fossas nasais é importante para o diagnóstico de doenças respiratórias, como sinusites e rinites. As doenças que afetam as fossas nasais podem causar obstrução da passagem de ar, dor, secreções e outros sintomas que podem comprometer a saúde e o bem-estar dos animais. O exame clínico das fossas nasais inclui a inspeção visual e a palpação para veri�car a presença de dor, secreções ou obstruções. Em alguns casos, pode ser necessário realizar exames Maria Eduarda Rossi - Universidade São Judas Tadeu - Medicina Veterinária complementares, como radiogra�as ou endoscopia, para avaliar as fossas nasais em mais detalhes. - Faringe A faringe é uma estrutura tubular que se estende da base do crânio até a entrada do esôfago. Ela é uma parte importante do sistema respiratório e do sistema digestivo dos animais, sendo responsável por conduzir o ar da cavidade nasal para a laringe e o alimento da boca para o esôfago. A avaliação da faringe é importante para o diagnóstico de doenças respiratórias e digestivas. A faringe é uma das principais estruturas envolvidas na deglutição, e sua função adequada é essencial para que o alimento seja encaminhado para o esôfago e não para os pulmões. Alguns problemas que podem afetar a faringe incluem infecções, obstruções, tumores e distúrbios de deglutição. A obstrução da faringe pode levar a di�culdades respiratórias, enquanto a disfunção da deglutição pode levar a problemas nutricionais e até mesmo à aspiração de alimentos para os pulmões. O exame clínico da faringe inclui a inspeção visual, a palpação e, em alguns casos, a realização de exames complementares, como radiogra�as e endoscopia. O diagnóstico preciso de doenças da faringe é essencial para o tratamento adequado e a manutenção da saúde e do bem-estar dos animais. Maria Eduarda Rossi - Universidade São Judas Tadeu - Medicina Veterinária -Laringe A laringe é uma estrutura tubular presente no pescoço dos animais, que conecta a faringe à traquéia. Ela é composta por cartilagens, músculos, ligamentos e membranas, e é responsável por controlar o �uxo de ar para os pulmões e a produção de sons. A avaliação da laringe é importante para o diagnóstico de doenças respiratórias e de distúrbios fonatórios. Alguns problemas que podem afetar a laringe incluem in�amações, infecções, obstruções, paralisia e tumores. A obstrução da laringe pode levar a di�culdades respiratórias, enquanto a disfunção fonatória pode afetar a comunicação do animal e comprometer a sua qualidade de vida. A paralisia da laringe, por exemplo, é uma condição que afeta principalmente cães e pode ser causada por lesões no nervo laríngeo recorrente, resultando em di�culdade respiratória, ruídos respiratórios anormais e voz rouca. O exame clínico da laringe inclui a inspeção visual e a palpação, além da realização de exames complementares, como radiogra�as e endoscopia, para avaliar a anatomia e a função da laringe em mais detalhes. O diagnóstico preciso de doenças da laringe é essencial para o tratamento adequado e a manutenção da saúde e do bem-estar dos animais. Em alguns casos, pode ser necessário Maria Eduarda Rossi - Universidade São Judas Tadeu - Medicina Veterinária realizar cirurgias para corrigir as alterações na laringe e restabelecer a função respiratória e fonatória dos animais. - Traquéia A traqueia é um órgão tubular que se estende desde a laringe até os brônquios, sendo responsável por conduzir o ar para os pulmões. Ela é composta por anéis cartilaginosos, que garantem a sua estabilidade e evitam o seu colapso durante a respiração. A avaliação da traqueia é importante para o diagnóstico de doenças respiratórias, como a traqueobronquite infecciosa canina (ou tosse dos canis), a traqueobroncomalácia, entre outras. A traqueobronquite infecciosa canina é uma doença que afeta principalmente cães e é causada por diversos agentes infecciosos, levando a uma in�amação da traqueia e dos brônquios, resultando em tosse seca e irritante. A traqueobroncomalácia, por sua vez, é uma doença caracterizada pela fraqueza das cartilagens da traquéia, levando ao seu colapso durante a respiração e di�culdades respiratórias. Essa condição pode afetar cães e gatos, e seu diagnóstico é realizado através de exames de imagem, como radiogra�as e tomogra�as. O exame clínico da traqueia inclui a auscultação dos ruídos respiratórios e a realização de exames complementares para avaliar a sua anatomia e função. Em casos de obstrução da traqueia, pode ser necessário realizar procedimentos cirúrgicos para remoção do corpo estranho ou correção da má formação. Maria Eduarda Rossi - Universidade São Judas Tadeu - Medicina Veterinária Maria Eduarda Rossi - Universidade São Judas Tadeu - Medicina Veterinária - Brônquios Os brônquios são estruturas tubulares que se rami�cam a partir da traqueia e conduzem o ar para dentro dos pulmões. Eles são compostos por tecido muscular liso, tecido conjuntivo e revestidos por uma mucosa que contém células secretoras de muco e células ciliadas, responsáveis pela limpeza dos brônquios e pela remoção de partículas estranhas. Os brônquios podem ser afetados por diversas doenças respiratórias, como a bronquite crônica, a asma, a broncopneumonia, entre outras. A bronquite crônica é uma doença caracterizada por in�amação dos brônquiose secreção de muco, que pode levar a tosse, dispneia e di�culdade respiratória. Já a asma é uma doença que pode ocorrer em cães e gatos, causando uma resposta in�amatória dos brônquios, que resulta em di�culdades respiratórias, tosse e chiado no peito. A broncopneumonia, por sua vez, é uma in�amação dos brônquios e dos alvéolos pulmonares, que pode ser causada por agentes infecciosos, como bactérias, vírus e fungos. O diagnóstico das doenças dos brônquios é feito através de exames de imagem, como radiogra�as e tomogra�as, além de exames laboratoriais, como a análise do muco produzido pelos brônquios. O tratamento pode incluir o uso de medicamentos para controlar a in�amação e a infecção, além de medidas de suporte, como oxigenoterapia e �sioterapia respiratória. Maria Eduarda Rossi - Universidade São Judas Tadeu - Medicina Veterinária - Bronquíolos Os bronquíolos são estruturas tubulares menores que os brônquios, e são responsáveis por conduzir o ar dos brônquios para os alvéolos pulmonares. Eles são revestidos por uma camada de células ciliadas e células secretoras de muco, que ajudam na remoção de partículas estranhas e proteção do sistema respiratório. Os bronquíolos podem ser afetados por diversas doenças respiratórias, como a bronquiolite, a doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC) e a �brose pulmonar. A bronquiolite é uma in�amação dos bronquíolos, que pode levar a tosse, di�culdade respiratória e chiado no peito. A DPOC é uma doença caracterizada por uma obstrução crônica das vias aéreas, causando di�culdade respiratória, tosse e produção excessiva de muco. Já a �brose pulmonar é uma doença que pode causar a formação de cicatrizes nos tecidos dos pulmões, levando a uma redução da capacidade respiratória e di�culdade respiratória. - Porção respiratória: A porção respiratória do sistema respiratório em medicina veterinária é composta pelos pulmões e suas estruturas internas, como os alvéolos e os bronquíolos respiratórios. Essas estruturas são responsáveis pela troca gasosa, que consiste na absorção de oxigênio e na eliminação de dióxido de carbono. Os pulmões são órgãos esponjosos localizados na cavidade torácica, protegidos pelas costelas e separados do abdômen pelo diafragma. Eles são formados por uma série de brônquios e Maria Eduarda Rossi - Universidade São Judas Tadeu - Medicina Veterinária bronquíolos, que se rami�cam em estruturas menores até chegar aos alvéolos. Os alvéolos são pequenas bolsas pulmonares onde ocorre a troca gasosa. As doenças respiratórias que afetam a porção respiratória podem ser divididas em duas categorias principais: as obstrutivas e as restritivas. As doenças obstrutivas incluem a bronquite, a asma e a doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC), que causam a obstrução das vias aéreas e di�cultam a passagem de ar para os alvéolos. Já as doenças restritivas incluem a �brose pulmonar e a pneumonia, que afetam a capacidade dos pulmões de se expandir e contrair, reduzindo a quantidade de ar que chega aos alvéolos. A prevenção das doenças respiratórias em animais pode ser feita através de medidas como a vacinação contra doenças respiratórias, a manutenção de um ambiente limpo e livre de poluentes e a realização de exercícios físicos regulares para manter a saúde respiratória. O acompanhamento veterinário é essencial para a identi�cação precoce e o tratamento adequado das doenças respiratórias em animais, garantindo a saúde e o bem-estar dos mesmos. - Alvéolos Os alvéolos são as estruturas responsáveis pela troca gasosa nos pulmões de animais e humanos. Os alvéolos são muito importantes, pois permitem que o oxigênio do ar inalado seja absorvido pelos pulmões e que o dióxido de carbono produzido pelo metabolismo do organismo seja eliminado do corpo. Os alvéolos são pequenas bolsas pulmonares, com cerca de 0,3 a 0,5 milímetros de diâmetro, e estão presentes nas porções respiratórias dos pulmões. Eles são formados por uma parede muito �na, revestida por uma rede de capilares sanguíneos, que facilitam a troca gasosa entre o ar e o sangue. Quando o ar é inalado, ele chega até os alvéolos através dos bronquíolos e é distribuído pelas paredes dos alvéolos, onde ocorre a troca gasosa. O oxigênio passa pela parede dos alvéolos e é absorvido pelos capilares sanguíneos, enquanto o dióxido de carbono é eliminado dos capilares e entra nos alvéolos, para ser eliminado do corpo durante a expiração. Maria Eduarda Rossi - Universidade São Judas Tadeu - Medicina Veterinária -Bronquíolos Respiratórios Os bronquíolos respiratórios são estruturas do sistema respiratório de animais e humanos que fazem parte da porção respiratória dos pulmões. Eles são responsáveis pela condução do ar até os alvéolos, onde ocorre a troca gasosa entre o ar e o sangue. Os bronquíolos respiratórios são estruturas muito pequenas, com cerca de 0,5 a 1 milímetro de diâmetro, e são revestidos por uma �na camada de células ciliadas e glandulares. Essas células ajudam a limpar e umidi�car o ar durante a respiração, facilitando a chegada do ar até os alvéolos. A função dos bronquíolos respiratórios é conduzir o ar até as áreas mais profundas dos pulmões, onde ocorre a troca gasosa. Durante a inspiração, o ar é conduzido pelos bronquíolos respiratórios até os alvéolos, onde o oxigênio é absorvido pelos capilares sanguíneos. Durante a expiração, o ar rico em dióxido de carbono é eliminado dos alvéolos e conduzido pelos bronquíolos respiratórios até a traquéia, onde é expirado para fora do corpo. -Bronquíolos Secundários Os bronquíolos secundários são estruturas do sistema respiratório que fazem parte da porção respiratória dos pulmões dos animais, incluindo os seres humanos. Eles são rami�cações dos bronquíolos primários e se subdividem em bronquíolos terciários, que por sua vez se rami�cam em bronquíolos respiratórios e, posteriormente, nos alvéolos. Os bronquíolos secundários são revestidos por uma �na camada de células ciliadas e glandulares, que ajudam a limpar e umidi�car o ar durante a respiração, facilitando a chegada do ar até os alvéolos. Eles também são importantes na regulação do �uxo de ar pelos pulmões, sendo que a constrição ou dilatação dessas estruturas pode afetar a ventilação pulmonar. Assim como os bronquíolos respiratórios, os bronquíolos secundários podem ser afetados por diversas doenças respiratórias, como a asma e a bronquite, que podem causar in�amação e estreitamento das vias respiratórias, di�cultando a passagem do ar. -Bronquíolos Terciários Os bronquíolos terciários são estruturas do sistema respiratório dos animais que fazem parte da porção respiratória dos pulmões. Eles são rami�cações dos bronquíolos secundários e se subdividem em bronquíolos respiratórios, que por sua vez se rami�cam em alvéolos. Os bronquíolos terciários possuem uma camada de músculo liso que permite a regulação do �uxo de ar pelos pulmões, permitindo uma maior e�ciência na troca gasosa. Eles também são revestidos por células ciliadas e glandulares, que ajudam a limpar e umidi�car o ar durante a respiração, facilitando a chegada do ar até os alvéolos -Ductos Alveolares Maria Eduarda Rossi - Universidade São Judas Tadeu - Medicina Veterinária Os ductos alveolares são estruturas do sistema respiratório dos animais que fazem parte da porção respiratória dos pulmões. Eles são rami�cações dos bronquíolos respiratórios e se conectam aos sacos alveolares. Os ductos alveolares são revestidos por células epiteliais, que são responsáveis pela troca gasosa entre o ar e o sangue que circula nos capilares sanguíneos presentes nos alvéolos. Eles são muito importantes para a e�ciência respiratória, uma vez que os alvéolos são os locais onde ocorre a troca de oxigênio e dióxido de carbono entre o ar inspirado e o sangue. Assim como as outras estruturas da porção respiratória, os ductos alveolares podem ser afetados por diversas doenças respiratórias, como a pneumonia e o edema pulmonar, que podem causar acúmulo de líquido nos alvéolos e prejudicar a troca gasosa. - Sacos Alveolares Os sacos alveolares são estruturasdo sistema respiratório dos animais que fazem parte da porção respiratória dos pulmões. Eles são dilatações dos ductos alveolares e possuem uma parede �na, sendo revestidos por células epiteliais. Os sacos alveolares são responsáveis pela expansão dos pulmões e pela manutenção da sua elasticidade Maria Eduarda Rossi - Universidade São Judas Tadeu - Medicina Veterinária - Pulmão: Os pulmões são órgãos fundamentais do sistema respiratório dos animais, responsáveis pela troca gasosa entre o ar inspirado e o sangue. Eles são constituídos por uma série de estruturas que compõem a porção respiratória e a porção condutora. A porção condutora é formada pelas vias respiratórias que conduzem o ar desde as narinas ou boca até os bronquíolos terminais, enquanto a porção respiratória é composta pelos Maria Eduarda Rossi - Universidade São Judas Tadeu - Medicina Veterinária bronquíolos respiratórios, ductos alveolares, sacos alveolares e alvéolos, que são os locais onde ocorre a troca gasosa. Os pulmões são revestidos por uma membrana chamada pleura, que permite a expansão e a contração dos pulmões durante a respiração. Eles são irrigados por vasos sanguíneos que levam o sangue até os capilares presentes nos alvéolos, onde ocorre a troca gasosa. - Pleura A pleura é uma membrana que reveste os pulmões e o tórax dos animais, constituindo um importante componente do sistema respiratório. Ela é formada por duas camadas: a pleura parietal, que reveste a parede torácica, e a pleura visceral, que envolve diretamente os pulmões. Entre as duas camadas de pleura, há um espaço chamado de espaço pleural, que contém uma pequena quantidade de líquido pleural, que permite a movimentação dos pulmões durante a respiração. A pleura é uma estrutura essencial para o funcionamento adequado dos pulmões, uma vez que ela permite a expansão e a contração dos pulmões durante a respiração, evitando o atrito entre as superfícies das camadas pleurais. Algumas doenças podem afetar a pleura, como o derrame pleural, que é o acúmulo de líquido no espaço pleural, ou a pleurite, que é a in�amação da pleura. - Ciclo respiratório A respiração é um processo vital para os animais, que permite a troca de gases entre o organismo e o ambiente. Esse processo envolve a captação de oxigênio (O2) do ar inspirado pelos pulmões, a eliminação de dióxido de carbono (CO2) e outros gases do sangue e a liberação desses gases para o ambiente. O processo respiratório começa com a entrada do ar pelas narinas ou pela boca do animal, seguindo pelas vias respiratórias que levam o ar até os pulmões. Durante a inspiração, a caixa torácica se expande, aumentando o volume dos pulmões e permitindo a entrada de ar. Já durante a expiração, a caixa torácica se contrai e os pulmões se esvaziam, eliminando o ar que contém dióxido de carbono. Nos pulmões, o ar inspirado passa pelos bronquíolos e alvéolos, onde ocorre a troca gasosa entre o ar e o sangue, permitindo que o oxigênio seja captado pelas hemácias e levado para as células do corpo, enquanto o dióxido de carbono é eliminado para o ambiente. Esse processo é mediado pelos movimentos do diafragma e dos músculos intercostais, que permitem a expansão e a contração da caixa torácica. O ciclo respiratório é um processo contínuo e constante, que ocorre de forma automática e involuntária em animais saudáveis. Maria Eduarda Rossi - Universidade São Judas Tadeu - Medicina Veterinária - Tipos de respiração Existem diversos tipos de respiração em animais, que variam de acordo com as características anatômicas e �siológicas de cada espécie. Alguns dos principais tipos de respiração em animais são: - Respiração cutânea: ocorre em animais com pele �na e úmida, como anfíbios e alguns invertebrados. Nesse tipo de respiração, o oxigênio é absorvido diretamente pela pele, sem a necessidade de vias respiratórias especializadas. - Respiração traqueal: ocorre em insetos e alguns outros artrópodes, que possuem um sistema de tubos chamados traquéias que levam o ar diretamente aos tecidos do corpo. - Respiração branquial: ocorre em animais aquáticos, como peixes e alguns anfíbios. Nesse tipo de respiração, as brânquias são responsáveis pela troca de gases entre o organismo e o ambiente. - Respiração pulmonar: ocorre em animais terrestres, incluindo mamíferos, aves, répteis e alguns anfíbios. Nesse tipo de respiração, os pulmões são responsáveis pela absorção de oxigênio e eliminação de dióxido de carbono. - Respiração �lotraqueal: ocorre em aves e é caracterizada pela presença de sacos aéreos que permitem uma respiração contínua e e�ciente, mesmo durante o voo. - Respiração mista: alguns animais, como tartarugas e crocodilos, utilizam tanto a respiração pulmonar quanto a respiração branquial, dependendo das condições ambientais. Cada tipo de respiração apresenta suas próprias adaptações e características, permitindo que os animais respirem de forma e�ciente em diferentes ambientes e condições. - Complacência pulmonar A complacência pulmonar é a medida da elasticidade dos pulmões, ou seja, a capacidade dos pulmões em se expandirem e se retraírem facilmente durante a respiração. Ela é in�uenciada pela presença de líquidos e gases nos pulmões, bem como pela presença de in�amações e outros fatores que possam comprometer a função pulmonar. A complacência é uma propriedade importante do pulmão, pois permite que o órgão se adapte às demandas respiratórias do organismo, como durante o exercício físico ou em situações de doença pulmonar. Quando há uma diminuição da complacência pulmonar, o esforço respiratório aumenta, o que pode levar à fadiga muscular respiratória e a uma diminuição da e�ciência da respiração. Em medicina veterinária, a avaliação da complacência pulmonar é importante no diagnóstico e tratamento de diversas condições respiratórias, como a síndrome do desconforto respiratório agudo (SDRA), a bronquite crônica e o en�sema pulmonar. O uso de técnicas de avaliação da complacência pulmonar, como a oscilação forçada, pode auxiliar na identi�cação Maria Eduarda Rossi - Universidade São Judas Tadeu - Medicina Veterinária precoce dessas doenças e no monitoramento da sua evolução. Além disso, a avaliação da complacência pulmonar pode ser útil para a adaptação de ventilação mecânica em animais em estado crítico, visando a uma melhor oxigenação e ventilação pulmonar. - Transportes - Transporte de oxigênio: O transporte de oxigênio nos pulmões ocorre por meio da hematose, processo em que o oxigênio presente no ar é transferido dos alvéolos pulmonares para o sangue que circula nos capilares pulmonares. O oxigênio é transportado no sangue por meio da hemoglobina, uma proteína presente nos glóbulos vermelhos (eritrócitos). A hemoglobina tem uma a�nidade alta pelo oxigênio nos pulmões, onde a concentração de oxigênio é elevada, o que permite que ela se ligue facilmente às moléculas de oxigênio. Esse processo forma a oxi-hemoglobina. Já nos tecidos periféricos, onde a concentração de oxigênio é baixa, ocorre a dissociação da oxi-hemoglobina, liberando o oxigênio para as células. O dióxido de carbono produzido pelo metabolismo celular é carreado pelo sangue em direção aos pulmões, onde é eliminado na expiração. Alterações na capacidade de transporte de oxigênio podem ocorrer em diversas doenças pulmonares, como a anemia e a doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC), comprometendo a oxigenação dos tecidos e levando a sintomas como cansaço, fraqueza e falta de ar. O monitoramento da oxigenação arterial é importante para a avaliação do estado clínico dos pacientes e para a de�nição da terapia adequada em caso de distúrbios respiratórios. - Transporte de dióxido de carbono: Além do transporte de oxigênio, o sistema respiratório também é responsável pelo transporte do dióxido de carbono (CO2) produzido pelo metabolismo celular. O CO2 é transportado no sangue principalmente na forma de bicarbonato (HCO3-), que é formado a partir da reação do CO2 com a água (H2O) no plasma sanguíneo, mediada pela enzima anidrase carbônica presentenos eritrócitos. Essa reação forma o ácido carbônico (H2CO3), que é rapidamente dissociado em H+ e HCO3-. A formação do HCO3- é importante para o transporte do CO2, já que ele é uma molécula muito polar e não pode ser transportado diretamente no sangue. O HCO3- é então transportado dos tecidos periféricos para os pulmões, onde é convertido novamente em CO2 e água pela ação da anidrase carbônica. O CO2 é eliminado na expiração. Alterações no transporte de CO2 podem ocorrer em algumas doenças respiratórias, como a acidose respiratória, em que há acúmulo de CO2 no sangue devido a uma diminuição da eliminação de CO2 pelos pulmões. O monitoramento da concentração de CO2 no sangue Maria Eduarda Rossi - Universidade São Judas Tadeu - Medicina Veterinária arterial é importante para avaliar o equilíbrio ácido-base do paciente e para a de�nição da terapia adequada em caso de distúrbios respiratórios. - Transporte de gases O transporte de gases no pulmão é um processo vital para o funcionamento do organismo. Os gases são transportados pelo sangue para fornecer oxigênio e remover dióxido de carbono produzido pelo metabolismo celular. O processo de transporte de gases no pulmão começa com a entrada do ar pelos orifícios nasais ou pela boca, que passa pela faringe, laringe, traquéia, brônquios, bronquíolos e, �nalmente, alcança os alvéolos. Nos alvéolos, ocorre a troca gasosa entre o ar inspirado e o sangue, que é possível devido à grande superfície de contato entre o ar e o sangue proporcionada pelos capilares pulmonares. O oxigênio inspirado é transportado para o sangue pelos alvéolos e, em seguida, se liga à hemoglobina presente nos eritrócitos. A hemoglobina é a proteína responsável pelo transporte de oxigênio no sangue e é encontrada dentro das células vermelhas do sangue (eritrócitos). A hemoglobina se liga ao oxigênio nos capilares pulmonares, formando a oxi-hemoglobina, que é transportada para os tecidos periféricos. Nos tecidos periféricos, a oxi-hemoglobina se dissocia em oxigênio e hemoglobina, permitindo que o oxigênio seja liberado para as células dos tecidos que é utilizado para o metabolismo celular. O dióxido de carbono produzido pelo metabolismo celular é transportado pelo sangue na forma de bicarbonato (HCO3-) e eliminado pelos pulmões durante a expiração. O processo de transporte de gases no pulmão é regulado pelo sistema nervoso autônomo, que controla a frequência respiratória e a profundidade da respiração. Alterações no transporte de gases podem ocorrer em doenças respiratórias, como a asma, en�sema pulmonar e insu�ciência respiratória. O monitoramento da oxigenação e ventilação é fundamental no manejo de pacientes em estado crítico, em cirurgias e em outras situações clínicas. Maria Eduarda Rossi - Universidade São Judas Tadeu - Medicina Veterinária Semiologia A semiologia do sistema respiratório na medicina veterinária é a avaliação clínica dos sinais e sintomas apresentados pelos animais relacionados à respiração. O objetivo dessa avaliação é identi�car as alterações respiratórias, permitindo um diagnóstico preciso e um tratamento adequado. Durante a avaliação semiológica do sistema respiratório, o médico veterinário pode observar sinais como: - Frequência respiratória aumentada ou diminuída; - Di�culdade respiratória; - Respiração ruidosa, como chiado ou sibilância; - Tosse; - Descarga nasal; - Cianose (mucosas azuladas). Além disso, é importante avaliar a qualidade do som produzido durante a auscultação pulmonar, que pode apresentar crepitações, roncos, sibilos e outros ruídos. A semiologia do sistema respiratório é importante para o diagnóstico de várias doenças respiratórias em animais, como pneumonia, bronquite, asma, traqueíte, entre outras. Com base nos sinais e sintomas observados, o médico veterinário pode solicitar exames complementares, como radiogra�as, hemograma, cultura bacteriana e exames sorológicos, para con�rmar o diagnóstico e orientar o tratamento. Anamnese A anamnese do sistema respiratório na medicina veterinária é a coleta de informações detalhadas sobre a história clínica e os sintomas respiratórios do animal, fornecidas pelo tutor ou responsável pelo animal. A anamnese é uma das etapas mais importantes da avaliação clínica, pois permite a obtenção de informações cruciais para o diagnóstico preciso e o tratamento adequado. Durante a anamnese do sistema respiratório, o médico veterinário pode fazer perguntas sobre: - Frequência e duração dos sintomas respiratórios; - Tipo de sintomas respiratórios apresentados (tosse, di�culdade respiratória, descarga nasal, entre outros); - Fatores que pioram ou melhoram os sintomas respiratórios; - Presença de outros sintomas ou doenças; Maria Eduarda Rossi - Universidade São Judas Tadeu - Medicina Veterinária - Histórico de vacinações e vermifugações; - Histórico de viagens ou contato com outros animais doentes; - Alimentação e hábitos de vida do animal; - Exposição a fatores ambientais, como fumaça, poluição, poeira, entre outros. A anamnese do sistema respiratório é importante para o diagnóstico preciso de doenças respiratórias em animais, pois permite ao médico veterinário avaliar o quadro clínico como um todo e identi�car fatores de risco que possam estar relacionados aos sintomas respiratórios. Com base nas informações coletadas, o médico veterinário pode solicitar exames complementares, como radiogra�as, hemograma, cultura bacteriana e exames sorológicos, para con�rmar o diagnóstico e orientar o tratamento. A anamnese bem feita e detalhada é essencial para a avaliação clínica completa do animal, e pode ajudar a evitar a realização de exames desnecessários ou o uso inadequado de medicamentos. Sinais e sintomas Os distúrbios respiratórios em animais podem apresentar uma ampla variedade de sinais e sintomas, dependendo da causa subjacente e da gravidade da doença. Alguns dos sinais e sintomas mais comuns de distúrbios respiratórios em animais incluem: - Tosse: A tosse pode ser um sintoma de uma ampla variedade de distúrbios respiratórios, desde infecções respiratórias até doenças pulmonares crônicas. - Di�culdade respiratória: A di�culdade respiratória é um sintoma grave que pode ser causado por obstrução das vias respiratórias, in�amação pulmonar ou outras doenças respiratórias. - Respiração rápida ou super�cial: A respiração rápida ou super�cial pode ser um sinal de estresse, dor, doenças pulmonares ou outras condições. - Descarga nasal: A descarga nasal pode ser um sintoma de infecções respiratórias, alergias ou outras condições respiratórias. - Esgotamento: O esgotamento é um sintoma comum de distúrbios respiratórios graves, como pneumonia e insu�ciência respiratória. - Aumento da frequência cardíaca: O aumento da frequência cardíaca pode ser um sinal de falta de oxigênio no corpo devido a uma doença respiratória. - Letargia: A letargia ou sonolência podem ser sintomas de doenças respiratórias graves, como pneumonia ou insu�ciência respiratória. Maria Eduarda Rossi - Universidade São Judas Tadeu - Medicina Veterinária - Alterações na cor das mucosas: Alterações na cor das mucosas, como a coloração azulada das gengivas, língua ou lábios, podem ser um sinal de falta de oxigênio no corpo devido a uma doença respiratória. - Perda de peso: A perda de peso pode ser um sinal de doença respiratória crônica, que pode levar a uma diminuição da capacidade do animal de obter nutrição adequada devido à di�culdade respiratória. Exame físico O exame físico do sistema respiratório é uma parte importante da avaliação clínica de um animal com sintomas respiratórios. Durante o exame, o médico veterinário pode realizar uma série de procedimentos para avaliar a função respiratória e identi�car possíveis alterações ou anormalidades. Algumas das principais etapas do exame físico do sistema respiratório incluem: - Observação: O médico veterinário pode observar o animal por algum tempo, veri�cando sua postura, nível de alerta, esforço respiratório e outros sinais clínicos. - Auscultação: O médico veterinário pode usarum estetoscópio para ouvir os sons respiratórios do animal, incluindo as respirações, a presença de ruídos anormais e outros sons respiratórios. - Palpação: A palpação da caixa torácica pode ser realizada para identi�car dor ou desconforto no animal. - Percussão: A percussão torácica pode ser realizada para avaliar o conteúdo pulmonar e a presença de líquidos ou ar nos pulmões. - Avaliação das mucosas: O médico veterinário pode avaliar as mucosas, incluindo a cor das gengivas e das mucosas nasal e oral, para identi�car possíveis alterações. - Avaliação da frequência respiratória: O médico veterinário pode contar a frequência respiratória do animal, veri�cando se há anormalidades na respiração. - Avaliação da temperatura corporal: A temperatura corporal do animal pode ser avaliada para identi�car febre ou hipotermia. Exame das narinas O exame das narinas em medicina veterinária é importante para avaliar a função respiratória do animal, identi�car possíveis obstruções ou alterações e orientar o diagnóstico e tratamento de distúrbios respiratórios. Durante o exame das narinas, o médico veterinário pode realizar as seguintes etapas: - Observação: O médico veterinário pode observar a aparência externa das narinas, veri�cando a presença de secreções, crostas, inchaço ou outras anormalidades. Maria Eduarda Rossi - Universidade São Judas Tadeu - Medicina Veterinária - Inspeção interna: O médico veterinário pode usar um otoscópio ou um endoscópio para examinar o interior das narinas, veri�cando a presença de pólipos, tumores, corpos estranhos ou outras obstruções. - Avaliação da permeabilidade nasal: O médico veterinário pode avaliar a permeabilidade nasal do animal, veri�cando se há di�culdade ou ruídos anormais na respiração. - Avaliação do �uxo aéreo nasal: O médico veterinário pode usar um medidor de �uxo aéreo para avaliar a quantidade de ar que passa pelas narinas do animal, veri�cando a presença de obstruções ou restrições no �uxo de ar. - Avaliação da sensibilidade: O médico veterinário pode avaliar a sensibilidade das narinas do animal, veri�cando a presença de dor, desconforto ou reação excessiva ao toque. Essas etapas do exame das narinas podem ajudar o médico veterinário a identi�car possíveis problemas respiratórios, como rinite, sinusite, infecções respiratórias, alergias, tumores e outras doenças. O exame das narinas deve ser realizado com cuidado e atenção para garantir a segurança do animal e a obtenção de informações precisas e úteis. Frequência respiratória A frequência respiratória é um dos sinais vitais do animal e é medida pelo número de respirações completas que um animal realiza por minuto. Em medicina veterinária, a frequência respiratória é um indicador importante da função respiratória e pode ser utilizada como uma medida de avaliação da saúde pulmonar do animal. A frequência respiratória normal varia de acordo com a espécie animal e o tamanho do animal. Em cães, a frequência respiratória normal em repouso varia de 10 a 30 respirações por minuto, enquanto em gatos é de 20 a 30 respirações por minuto. Em animais de grande porte, como cavalos e bovinos, a frequência respiratória normal em repouso varia de 8 a 16 respirações por minuto. Alterações na frequência respiratória podem indicar problemas respiratórios, como doenças pulmonares, obstrução das vias aéreas, lesões traumáticas, ansiedade, dor, hipoxemia (baixa concentração de oxigênio no sangue) e outras condições médicas. Por exemplo, uma frequência respiratória aumentada (taquipnéia) pode indicar problemas respiratórios, enquanto uma frequência respiratória diminuída (bradipneia) pode ser um sinal de depressão respiratória, anestesia ou outras condições graves. A frequência respiratória em animais pode ser medida através de diferentes métodos, dependendo da espécie animal e da técnica utilizada pelo pro�ssional de medicina veterinária. Aqui estão algumas das formas de medir a frequência respiratória em animais: Maria Eduarda Rossi - Universidade São Judas Tadeu - Medicina Veterinária - Observação visual: Este método consiste em observar o movimento do tórax do animal para contar o número de respirações completas que ele realiza em um minuto. Este método é simples e não invasivo, mas pode ser impreciso em animais com movimentos torácicos irregulares ou muito rápidos. - Auscultação: A auscultação do tórax com um estetoscópio pode ser utilizada para avaliar a frequência respiratória, além de detectar sons respiratórios anormais, como estertores ou sibilos. Este método é mais preciso que a observação visual, mas pode ser difícil de realizar em animais agitados ou com pelos grossos. - Medidores de frequência respiratória: Existem dispositivos eletrônicos que podem ser usados para medir a frequência respiratória em animais. Esses dispositivos podem ser colocados no tórax do animal ou presos ao nariz, e são capazes de detectar o movimento do ar durante a respiração. Independentemente do método escolhido, é importante que o animal esteja em repouso durante a medição da frequência respiratória. Além disso, é importante realizar a medição por pelo menos um minuto para garantir uma leitura precisa da frequência respiratória do animal. Alterações na frequência respiratória Alterações na frequência respiratória em animais podem indicar uma variedade de problemas de saúde, incluindo problemas respiratórios, cardíacos, metabólicos ou neurológicos. Algumas das alterações mais comuns na frequência respiratória em animais incluem: - Taquipneia: é caracterizada por um aumento na frequência respiratória acima do normal para a espécie animal. Pode indicar problemas respiratórios, como obstruções nas vias aéreas, pneumonias, doenças pulmonares, entre outros. - Bradipneia: é caracterizada por uma diminuição na frequência respiratória abaixo do normal para a espécie animal. Pode indicar problemas respiratórios, cardíacos, metabólicos ou neurológicos. - Dispneia: é caracterizada por uma di�culdade em respirar ou uma respiração alterada. Pode indicar problemas respiratórios, como asma, pneumotórax, entre outros. - Apneia: é a interrupção completa da respiração. Pode ser uma emergência médica e exigir intervenção imediata. Palpação Maria Eduarda Rossi - Universidade São Judas Tadeu - Medicina Veterinária A palpação do sistema respiratório em animais é um exame clínico importante que pode ajudar a identi�car possíveis problemas respiratórios. Durante o exame, o médico veterinário realiza a palpação em diferentes áreas do tórax e abdômen do animal, procurando por anormalidades. A palpação do sistema respiratório pode ajudar a identi�car: - Di�culdade respiratória: pode ser indicada por uma respiração super�cial e rápida ou um esforço excessivo para respirar. - Ruídos respiratórios: sons anormais durante a respiração podem ser indicativos de problemas respiratórios. - Inchaço no tórax ou abdômen: o inchaço pode indicar a presença de líquido ou ar anormal em áreas especí�cas do corpo. - Dor: animais com problemas respiratórios podem apresentar dor ou desconforto ao serem tocados ou manuseados em áreas especí�cas do corpo. Auscultação A auscultação do sistema respiratório em animais é um exame clínico importante para avaliar a função pulmonar e identi�car possíveis problemas respiratórios. Durante o exame, o médico veterinário utiliza um estetoscópio para ouvir os sons respiratórios produzidos pelo animal em diferentes áreas do tórax. A auscultação do sistema respiratório pode ajudar a identi�car: - Sons respiratórios normais: como o �uxo de ar e o movimento do diafragma. - Sons respiratórios anormais: como chiados, sibilos, crepitações, estertores, entre outros, que podem ser indicativos de problemas respiratórios. - Mudanças na respiração: como a respiração super�cial, a respiração rápida, a respiração ofegante, entre outras, que podem indicar problemas respiratórios. Os sons respiratórios anormais em animais podem indicar uma série de problemas respiratórios, desde infecções até doenças crônicas. Alguns dos sons respiratóriosanormais mais comuns incluem: - Chiado: um som agudo e estridente, que pode indicar estreitamento das vias respiratórias. - Sibilo: um som semelhante a um assobio, que pode indicar in�amação ou estreitamento das vias respiratórias. - Crepitação: um som semelhante a uma bolha ou estalo, que pode indicar �uido nos pulmões. - Estertor: um som semelhante a uma respiração pesada, que pode indicar obstrução das vias respiratórias. - Ronco: um som semelhante a um ronco, que pode indicar estreitamento das vias respiratórias. Maria Eduarda Rossi - Universidade São Judas Tadeu - Medicina Veterinária - Tosse: uma resposta re�exa do corpo que ajuda a limpar as vias respiratórias de materiais estranhos Percussão A percussão respiratória é um método diagnóstico utilizado em medicina veterinária para avaliar o estado de órgãos e estruturas torácicas, como os pulmões e o coração. É realizado através de percussão, ou seja, batidas leves com os dedos sobre a superfície do tórax do animal, com o objetivo de produzir sons que possam ser analisados pelo médico veterinário. A técnica de percussão respiratória é geralmente realizada em conjunto com outros exames clínicos, como a auscultação, para determinar a presença de anormalidades respiratórias, como a presença de líquido no espaço pleural ou outras doenças pulmonares. O exame é realizado com o animal em posição quadrupedal, preferencialmente em pé, ou deitado de lado, e é importante que o médico veterinário tenha conhecimento da anatomia do tórax do animal para realizar a percussão em locais adequados. A avaliação da percussão respiratória pode ser feita em várias regiões do tórax do animal, incluindo o esterno, as costelas e as áreas intercostais. Cada som produzido pela percussão respiratória pode indicar diferentes alterações respiratórias, como a presença de líquido, ar ou tecido sólido. Exames complementares Existem diversos exames complementares que podem ser realizados em animais para auxiliar no diagnóstico de doenças do sistema respiratório. Alguns dos principais exames complementares utilizados em medicina veterinária incluem: - Radiogra�a: é um exame de imagem que utiliza raios-x para produzir uma imagem dos órgãos internos do animal, incluindo os pulmões. É frequentemente utilizado para identi�car doenças pulmonares, como pneumonias, bronquite, en�sema pulmonar, entre outras. - Tomogra�a computadorizada: é um exame de imagem que utiliza raios-x para produzir imagens mais detalhadas dos órgãos internos do animal. É especialmente útil para avaliar a extensão de lesões pulmonares, como tumores ou lesões traumáticas. - Ecocardiograma: é um exame de imagem que utiliza ultrassom para avaliar a estrutura e função do coração e vasos sanguíneos. É frequentemente utilizado para avaliar doenças cardíacas que podem afetar a função respiratória do animal. - Análise de gases sanguíneos: é um exame de sangue que avalia a quantidade de oxigênio e dióxido de carbono presentes no sangue, além de outros parâmetros que podem indicar a presença de problemas respiratórios. - Endoscopia: é um exame que utiliza um tubo �exível com uma câmera na ponta para visualizar a parte interna do sistema respiratório do animal, incluindo as vias aéreas, os Maria Eduarda Rossi - Universidade São Judas Tadeu - Medicina Veterinária brônquios e os pulmões. É especialmente útil para avaliar a presença de obstruções, in�amações e tumores nas vias respiratórias. - Cultura e antibiograma: é um exame laboratorial que avalia a presença de bactérias em amostras coletadas do trato respiratório do animal, como escarro, lavado traqueal ou broncoalveolar. É frequentemente utilizado para avaliar a presença de infecções respiratórias bacterianas e orientar o tratamento com antibióticos. Farmacologia A farmacologia do sistema respiratório em medicina veterinária é ampla e diversa, com uma grande variedade de medicamentos disponíveis para o tratamento de diversas condições respiratórias em animais. Alguns dos principais grupos de medicamentos utilizados na terapia respiratória em medicina veterinária incluem: - Broncodilatadores: são medicamentos que dilatam os brônquios e melhoram a respiração, aliviando a dispneia. São utilizados no tratamento de doenças como asma, bronquite e en�sema pulmonar. Os principais broncodilatadores utilizados em medicina veterinária incluem amino�lina, teo�lina, salbutamol, terbutalina, entre outros. - Anti-in�amatórios: são medicamentos utilizados para reduzir a in�amação das vias respiratórias, aliviando sintomas como tosse e dispneia. São utilizados no tratamento de doenças como a bronquite e a asma. Os principais anti-in�amatórios utilizados em medicina veterinária incluem corticoides como a prednisona e a dexametasona. - Antitussígenos: são medicamentos que reduzem a tosse, aliviando o desconforto respiratório. São utilizados no tratamento de doenças como a bronquite e a pneumonia. Os principais antitussígenos utilizados em medicina veterinária incluem a codeína e a butamirato. - Antibióticos: são medicamentos utilizados no tratamento de infecções respiratórias causadas por bactérias. Os principais antibióticos utilizados em medicina veterinária incluem penicilina, cefalosporinas, aminoglicosídeos, entre outros. - Diuréticos: são medicamentos que aumentam a produção de urina, ajudando a reduzir o edema pulmonar em casos de insu�ciência cardíaca ou outras doenças respiratórias que possam causar acúmulo de líquidos nos pulmões. Os principais diuréticos utilizados em medicina veterinária incluem a furosemida e a espironolactona. Sistema mucociliar O sistema mucociliar é um importante mecanismo de defesa das vias respiratórias em animais, incluindo cães e gatos. Esse sistema consiste em uma camada de muco que reveste as vias respiratórias, contendo células ciliadas que se movem em conjunto para ajudar a remover partículas estranhas, como poeira, bactérias e vírus, do trato respiratório. Maria Eduarda Rossi - Universidade São Judas Tadeu - Medicina Veterinária As células ciliadas são responsáveis por mover o muco para fora das vias respiratórias através de movimentos rítmicos. À medida que o muco é movido para a boca, as partículas estranhas são engolidas ou cuspidas para fora. O sistema mucociliar pode ser comprometido por uma variedade de doenças respiratórias, incluindo infecções, alergias e irritações. Quando esse sistema está comprometido, há uma maior probabilidade de acúmulo de muco e partículas nas vias respiratórias, o que pode levar a sintomas como tosse, espirros e di�culdade respiratória. O tratamento de doenças respiratórias que afetam o sistema mucociliar pode incluir o uso de medicamentos que ajudam a aliviar os sintomas e restaurar a função normal do sistema mucociliar. Alguns desses medicamentos incluem mucolíticos, que ajudam a dissolver o muco, e expectorantes, que ajudam a soltar o muco das vias respiratórias para que possa ser expelido mais facilmente. É importante lembrar que o uso de medicamentos deve ser prescrito pelo médico veterinário e que a prevenção de doenças respiratórias é sempre a melhor estratégia, por meio de medidas como vacinação, controle de parasitas e redução da exposição a agentes irritantes. Expectorantes Expectorantes são medicamentos utilizados para ajudar a soltar o muco das vias respiratórias e facilitar a sua eliminação pelo animal. Eles são comumente prescritos por médicos veterinários em casos de doenças respiratórias que afetam a produção de muco, como bronquite, pneumonia e outras condições que causam tosse e di�culdade para respirar. Os expectorantes podem ser divididos em dois tipos: mucolíticos e secretolíticos. Os mucolíticos atuam diretamente no muco, dissolvendo-o e tornando-o mais �uido. Já os secretolíticos atuam nas células que produzem o muco, estimulando a sua produção e, consequentemente, facilitando a sua eliminação. Alguns exemplos de expectorantes comumente utilizados em medicina veterinária incluem: - Acetilcisteína: um mucolítico que atua na quebra das ligações químicas do muco, tornando-omais �uido e fácil de ser eliminado; - Bromexina: um secretolítico que estimula a produção de muco pelas células respiratórias, facilitando a sua eliminação; - Guaifenesina: um expectorante que age reduzindo a viscosidade do muco, facilitando a sua remoção das vias respiratórias. Re�exo da tosse O re�exo da tosse é uma resposta protetora do sistema respiratório que tem como objetivo remover substâncias irritantes, como muco, poeira ou corpos estranhos, das vias respiratórias. O re�exo da tosse é desencadeado por receptores sensoriais presentes nas vias respiratórias, que detectam a presença de substâncias irritantes. Maria Eduarda Rossi - Universidade São Judas Tadeu - Medicina Veterinária O re�exo da tosse pode ser desencadeado por diversos fatores, como infecções respiratórias, alergias, aspiração de líquidos ou corpos estranhos, entre outros. O ato de tossir pode ser acompanhado por outros sintomas, como espirros, coceira na garganta, falta de ar, entre outros. A avaliação do re�exo da tosse é uma parte importante do exame clínico em animais com problemas respiratórios. O exame pode ser realizado estimulando as vias respiratórias com substâncias irritantes, como o uso de nebulizadores com soluções salinas ou compostos como a histamina. O re�exo da tosse também pode ser avaliado através da observação dos sintomas clínicos apresentados pelo animal. O re�exo da tosse é um mecanismo de defesa do sistema respiratório que tem como objetivo proteger as vias aéreas contra substâncias irritantes e corpos estranhos. Quando uma substância irritante entra nas vias respiratórias, ela ativa os receptores sensoriais presentes na mucosa das vias aéreas, que enviam um sinal para o cérebro. O cérebro, por sua vez, envia uma resposta para os músculos respiratórios e para os músculos da caixa torácica e do abdômen, que se contraem rapidamente. Essa contração leva à expulsão da substância irritante ou do corpo estranho das vias aéreas, através da tosse. O re�exo da tosse pode ser dividido em três fases: a fase inspiratória, a fase compressiva e a fase expiratória. Na fase inspiratória, o animal inspira profundamente para aumentar o volume dos pulmões. Na fase compressiva, os músculos respiratórios e os músculos da caixa torácica e do abdômen se contraem para gerar uma pressão elevada nas vias aéreas. Na fase expiratória, o ar é expelido com força pelas vias aéreas, levando consigo a substância irritante ou o corpo estranho. Antitussígenos Antitussígenos são medicamentos utilizados para inibir ou reduzir a tosse em animais. Eles podem ser úteis em casos de tosse irritativa ou excessiva, que pode ser prejudicial ao animal e atrapalhar seu bem-estar. Os antitussígenos podem ser divididos em dois tipos: centrais e periféricos. Os antitussígenos centrais atuam no sistema nervoso central, reduzindo o impulso da tosse no cérebro. Já os antitussígenos periféricos atuam diretamente nas vias respiratórias, inibindo os receptores da tosse presentes na mucosa das vias aéreas. Entre os antitussígenos centrais mais comuns para uso veterinário, estão a butorfanol e a codeína. Já entre os antitussígenos periféricos, o dextrometorfano e o cloreto de hidrocodona são frequentemente utilizados. É importante ressaltar que o uso de antitussígenos deve ser feito com cautela e sob orientação do médico veterinário. Isso porque a tosse é um mecanismo de defesa importante do sistema Maria Eduarda Rossi - Universidade São Judas Tadeu - Medicina Veterinária respiratório, que ajuda a expelir secreções e corpos estranhos das vias aéreas. O uso indiscriminado de antitussígenos pode mascarar doenças respiratórias e atrasar o diagnóstico e tratamento adequado. Alguns exemplos de antitussígenos utilizados em medicina veterinária são: - Butorfanol - Codeína - Dextrometorfano - Hidrocodona - Oxeladina Broncodilatadores Os broncodilatadores são medicamentos utilizados para relaxar e dilatar os brônquios, melhorando a respiração em animais com problemas respiratórios, como asma, bronquite, en�sema e outras doenças pulmonares. Existem vários tipos de broncodilatadores utilizados em medicina veterinária, que podem ser classi�cados em três categorias principais: agonistas beta-2 adrenérgicos, metilxantinas e antagonistas muscarínicos. Entre os agonistas beta-2 adrenérgicos, os mais comuns são a terbutalina e o salbutamol. Esses medicamentos estimulam os receptores beta-2 adrenérgicos nos brônquios, relaxando a musculatura lisa e dilatando as vias aéreas. As metilxantinas, como a teo�lina e a cafeína, também são broncodilatadores comuns em medicina veterinária. Elas atuam inibindo uma enzima chamada fosfodiesterase, que aumenta a concentração de um mensageiro químico chamado AMP cíclico, que relaxa a musculatura lisa dos brônquios. Os antagonistas muscarínicos, como o brometo de ipratrópio, também são utilizados como broncodilatadores em animais. Eles bloqueiam os receptores muscarínicos presentes nas vias aéreas, impedindo a contração da musculatura lisa e dilatando os brônquios. É importante ressaltar que o uso de broncodilatadores deve ser sempre prescrito e acompanhado por um médico veterinário, que irá avaliar a necessidade do uso do medicamento, a dose adequada e possíveis efeitos colaterais. Descongestionantes Os descongestionantes são medicamentos utilizados para aliviar a congestão nasal, reduzindo a in�amação e o inchaço dos tecidos nasais. Na medicina veterinária, esses medicamentos são geralmente utilizados em animais com problemas respiratórios, como rinite, sinusite ou outras condições que causam congestão nasal. Os principais tipos de descongestionantes utilizados em medicina veterinária são: Maria Eduarda Rossi - Universidade São Judas Tadeu - Medicina Veterinária - Descongestionantes alfa-adrenérgicos: esses medicamentos atuam estimulando os receptores alfa-adrenérgicos nos vasos sanguíneos do nariz, causando a constrição dos vasos e reduzindo o inchaço dos tecidos nasais. Exemplos incluem a efedrina e a fenilefrina. - Corticosteroides: os corticosteroides são medicamentos anti-in�amatórios que podem ser usados para reduzir a in�amação e o inchaço nos tecidos nasais. Eles são geralmente administrados por via oral ou injetáveis. Exemplos incluem a prednisolona e a dexametasona. - Antihistamínicos: esses medicamentos bloqueiam a ação da histamina, um composto químico produzido pelo sistema imunológico que causa in�amação e alergias. Eles podem ser úteis em animais com alergias ou outras condições que causam congestão nasal. Exemplos incluem a cetirizina e a loratadina. Alguns exemplos de descongestionantes utilizados em medicina veterinária são: - Fenilefrina: um descongestionante alfa-adrenérgico que atua contraindo os vasos sanguíneos da mucosa nasal, reduzindo o inchaço. Pode ser encontrado em solução nasal ou em comprimidos. - Pseudoefedrina: outro descongestionante alfa-adrenérgico, que também atua reduzindo a in�amação da mucosa nasal. Geralmente é encontrado em forma de comprimidos. - Dexametasona: um corticosteróide que pode ser usado como descongestionante, reduzindo a in�amação e o inchaço na mucosa nasal. Geralmente é administrado por via injetável. - Cetirizina: um anti-histamínico que pode ser usado para reduzir a congestão nasal em animais com alergias ou outras condições que afetam o sistema respiratório. É encontrado em forma de comprimidos ou solução oral. - Oximetazolina: um descongestionante alfa-adrenérgico que também pode ser usado em casos de congestão nasal em animais. Pode ser encontrado em solução nasal. Narinas de cada espécie As narinas de cada espécie animal podem variar em tamanho, forma e funcionalidade, dependendo das adaptações evolutivas necessárias para a sobrevivência em seu ambiente. Por exemplo, as narinas de mamíferos marinhos como baleias e gol�nhos são adaptadas para funcionar sob a água, com aberturas externas reduzidas e orifícios internos com tecidos esponjosos que permitem o controle do �uxo de ar e uma maior captação de oxigênio. Já as narinas de aves são chamadas de narinasou fendas nasais, que são geralmente localizadas na base do bico e são adaptadas para um �uxo de ar unidirecional, que ajuda a manter a temperatura corporal constante durante o voo. Os equinos têm narinas largas e �exíveis que permitem uma ampla entrada de ar durante a corrida, e as narinas dos cães são adaptadas para um olfato altamente desenvolvido, com uma Maria Eduarda Rossi - Universidade São Judas Tadeu - Medicina Veterinária estrutura complexa de tecidos e células sensoriais que ajudam na detecção de cheiros. Cada espécie animal tem adaptações diferentes em suas narinas para melhor se adaptar às suas necessidades especí�cas. Conchas nasais As conchas nasais (ou cornetos nasais) são estruturas ósseas em forma de espiral localizadas dentro da cavidade nasal dos animais, incluindo cães, gatos e cavalos. Elas ajudam a aumentar a área de superfície da cavidade nasal e a direcionar o �uxo de ar para a parte inferior da cavidade, onde o ar é aquecido, umidi�cado e limpo antes de ser enviado para os pulmões. Nos cavalos, há três conchas nasais: concha nasal dorsal, concha nasal média e concha nasal ventral. Elas são importantes para a respiração do cavalo durante a corrida e exercício, uma vez que ajudam a aumentar a área de superfície disponível para a troca de gases. No entanto, algumas condições podem afetar as conchas nasais, como rinossinusite, que pode resultar em in�amação e bloqueio das passagens nasais, di�cultando a respiração do animal. Em cães e gatos, as conchas nasais também são importantes para a respiração, e algumas condições podem afetar a função delas, incluindo infecções respiratórias, alergias e problemas congênitos, como desvio de septo. O tratamento depende da causa subjacente e pode incluir medicamentos para aliviar a in�amação ou cirurgia para corrigir problemas estruturais. Maria Eduarda Rossi - Universidade São Judas Tadeu - Medicina Veterinária Seios paranasais Os seios paranasais são cavidades preenchidas com ar localizadas ao redor do crânio de animais, incluindo cães, gatos e cavalos. Eles estão conectados à cavidade nasal por meio de aberturas estreitas, conhecidas como ductos nasais, e têm várias funções importantes, incluindo a umidi�cação e aquecimento do ar inalado, a redução do peso da cabeça e a ressonância da voz. Nos cavalos, os seios paranasais são particularmente importantes porque são grandes e podem se in�amar ou se infectar facilmente. Eles são divididos em vários grupos, incluindo os seios frontais, etmoidais, maxilares e esfenoidais. A rinossinusite é uma condição comum em cavalos, que pode afetar qualquer um desses seios, causando in�amação, dor e di�culdades respiratórias. O tratamento pode incluir antibióticos, anti-in�amatórios, lavagens nasais e, em casos graves, cirurgia para drenagem e remoção de tecido in�amado. Em cães e gatos, os seios paranasais são menores e menos complexos do que em cavalos, mas ainda assim podem ser afetados por condições como infecções, alergias e tumores. O diagnóstico e o tratamento podem incluir exames de imagem, como radiogra�as e tomogra�as computadorizadas, e podem envolver medicamentos e/ou cirurgia, dependendo da causa subjacente da doença. Maria Eduarda Rossi - Universidade São Judas Tadeu - Medicina Veterinária Cartilagens da laringe A laringe é um órgão do sistema respiratório que está localizado entre a faringe e a traqueia em animais, incluindo cães, gatos e cavalos. A laringe é composta de várias cartilagens que ajudam a manter sua forma e função, permitindo a passagem do ar da faringe para a traqueia e também ajudando a proteger as vias respiratórias. As principais cartilagens da laringe são: - Epiglote: uma cartilagem em forma de folha localizada na parte superior da laringe que se fecha durante a deglutição para evitar que alimentos e líquidos entrem nas vias respiratórias; - Tireóide: a maior cartilagem da laringe, que se assemelha a um escudo em forma de V e ajuda a proteger a traqueia e a laringe; - Cricóide: uma cartilagem anelar que forma a base da laringe e ajuda a manter a abertura das vias respiratórias durante a respiração; - Aritenóides: duas cartilagens em forma de pêra localizadas na parte posterior da laringe que ajudam a abrir e fechar as cordas vocais, permitindo a fala e o canto em animais que têm essas habilidades. Algumas condições que podem afetar as cartilagens da laringe incluem in�amação, tumores, traumas e problemas congênitos, como a estenose laríngea em cães de raças braquicefálicas. O tratamento depende da causa subjacente e pode incluir medicamentos, mudanças na dieta ou cirurgia, dependendo da gravidade da condição. Maria Eduarda Rossi - Universidade São Judas Tadeu - Medicina Veterinária Estruturas da traquéia A traqueia é um tubo que faz parte do sistema respiratório de animais, incluindo cães, gatos e cavalos. Ela começa na base da laringe e se estende até a bifurcação em dois brônquios principais, que levam o ar para os pulmões. A traqueia é composta por várias estruturas importantes que a ajudam a manter sua forma e função, permitindo a passagem de ar para os pulmões. As principais estruturas da traqueia incluem: - Anéis cartilaginosos: a traquéia é composta de anéis cartilaginosos incompletos em forma de C que ajudam a manter a sua forma e evitar o seu colapso durante a respiração. Eles são intercalados por músculos lisos e tecido conjuntivo. - Mucosa traqueal: a camada interna da traqueia é revestida por uma mucosa ciliada, que ajuda a transportar as partículas estranhas e o muco para fora dos pulmões. - Glândulas traqueais: há glândulas mucosas e serosas presentes na submucosa da traqueia que ajudam a produzir e secretar muco para proteger as vias aéreas. - Plexo nervoso: um plexo nervoso é encontrado no tecido conjuntivo da submucosa e é responsável pela regulação da contração dos músculos lisos das paredes da traquéia. Algumas condições que podem afetar a traqueia incluem estenose traqueal, colapso traqueal, traqueobroncomalácia, tumores e infecções. O tratamento depende da causa subjacente e pode incluir medicamentos, mudanças na dieta ou cirurgia, dependendo da gravidade da condição. Uma das principais estruturas da traqueia são os anéis cartilaginosos, que ajudam a manter a sua forma e evitar o seu colapso durante a respiração. Esses anéis são incompletos em forma de C e são intercalados por músculos lisos e tecido conjuntivo. A parte aberta dos anéis cartilaginosos está localizada na região dorsal da traqueia, permitindo que ela se expanda durante a inspiração. Os anéis cartilaginosos são importantes para a manutenção da integridade estrutural da traqueia, protegendo-a contra o colapso durante a inspiração. Eles também ajudam a manter a luz traqueal aberta, permitindo a passagem adequada de ar para os pulmões. A presença dos anéis cartilaginosos da traquéia é uma característica importante que a diferencia das estruturas tubulares que não possuem essa proteção contra o colapso. Algumas condições que podem afetar os anéis cartilaginosos da traquéia incluem traqueobroncomalácia, colapso traqueal, tumores e infecções. O tratamento depende da causa subjacente e pode incluir medicamentos, mudanças na dieta ou cirurgia, dependendo da gravidade da condição. Maria Eduarda Rossi - Universidade São Judas Tadeu - Medicina Veterinária Amucosa traqueal é a camada interna da traqueia, que reveste a superfície luminal do tubo respiratório. Ela é composta por um epitélio ciliado pseudoestrati�cado, que contém células ciliadas, células caliciformes secretoras de muco e outras células especializadas. Abaixo do epitélio há uma camada de tecido conjuntivo frouxo, que contém vasos sanguíneos, �bras elásticas e colágenas, além de glândulas mucosas. A principal função da mucosa traqueal é a produção e transporte de muco, que protege as vias respiratórias de partículas e agentes irritantes. As células caliciformes secretam muco viscoso, que é transportado pelos cílios das células ciliadas. Os cílios da mucosa traqueal se movem em ondas rítmicas em direção àfaringe, carregando o muco e as partículas estranhas em direção à boca para serem eliminados. A mucosa traqueal também desempenha um papel importante na defesa imunológica das vias respiratórias. Ela contém células especializadas, como os linfócitos e macrófagos, que estão envolvidos na resposta imunológica a agentes infecciosos e outras substâncias estranhas. Algumas doenças que podem afetar a mucosa traqueal incluem bronquite, traqueíte, pneumonia, asma e outras doenças respiratórias. O tratamento depende da causa subjacente e pode incluir medicamentos, mudanças na dieta ou cirurgia, dependendo da gravidade da condição. As glândulas traqueais são estruturas presentes na mucosa da traqueia de animais, incluindo cães, gatos e cavalos. Elas são do tipo mucosas, ou seja, produzem muco para proteger as vias respiratórias contra partículas e agentes irritantes. As glândulas traqueais são encontradas principalmente na camada submucosa da traqueia, abaixo do epitélio ciliado pseudoestrati�cado da mucosa. Elas são compostas por células secretoras de muco, que produzem e liberam um muco viscoso na luz da traqueia. O muco produzido pelas glândulas traqueais é transportado pelos cílios das células ciliadas da mucosa traqueal em direção à faringe, onde pode ser eliminado do sistema respiratório. Além disso, o muco produzido pelas glândulas traqueais também ajuda a umidi�car o ar inspirado, o que é importante para o bom funcionamento do sistema respiratório. Algumas doenças que podem afetar as glândulas traqueais incluem bronquite, traqueíte, pneumonia e outras doenças respiratórias. O tratamento depende da causa subjacente e pode incluir medicamentos, mudanças na dieta ou cirurgia, dependendo da gravidade da condição. Em casos graves, pode ser necessário realizar uma traqueostomia para garantir a respiração adequada do animal. O plexo nervoso traqueal é uma rede de nervos que inervam a traqueia, controlando a sua atividade muscular e secretora. Ele é composto por �bras nervosas simpáticas e parassimpáticas, que se originam do sistema nervoso autônomo. Maria Eduarda Rossi - Universidade São Judas Tadeu - Medicina Veterinária As �bras nervosas simpáticas têm a função de dilatar as vias aéreas e aumentar a frequência cardíaca, enquanto as �bras nervosas parassimpáticas têm a função de contrair as vias aéreas e diminuir a frequência cardíaca. O equilíbrio entre essas duas atividades é importante para o controle da respiração e do ritmo cardíaco. O plexo nervoso traqueal também é responsável pela inervação das glândulas traqueais, controlando a produção e a liberação de muco na traqueia. Além disso, ele pode desempenhar um papel importante na resposta imunológica da traqueia, regulando a atividade das células imunológicas presentes na mucosa traqueal. Algumas doenças que afetam o plexo nervoso traqueal incluem as doenças neurológicas, como a paralisia laríngea ou a traqueobroncomalácia. O tratamento depende da causa subjacente e pode incluir o uso de medicamentos, mudanças na dieta ou �sioterapia respiratória, dependendo da gravidade da condição. Em casos graves, pode ser necessária uma cirurgia para corrigir problemas estruturais que afetam o plexo nervoso traqueal. Árvore brônquica A árvore brônquica é o sistema de tubos que conduz o ar inspirado desde as vias respiratórias superiores até os alvéolos pulmonares, onde ocorre a troca gasosa. Essa estrutura é composta por uma série de rami�cações que se estendem desde a traqueia até os bronquíolos terminais e ductos alveolares. A árvore brônquica começa na traqueia, que se divide em dois brônquios principais, um para cada pulmão. Cada um desses brônquios se rami�cam em brônquios lobares, que se subdividem em brônquios segmentares. Esses brônquios segmentares se rami�cam em bronquíolos, que se dividem em bronquíolos terminais, e �nalmente em ductos alveolares. Os bronquíolos são os menores tubos da árvore brônquica e são responsáveis pelo controle do �uxo de ar para os alvéolos. Eles são revestidos por músculos lisos que se contraem ou relaxam para regular o �uxo de ar. Os bronquíolos terminais são os menores tubos que ainda contém cartilagem em sua parede, enquanto os ductos alveolares são tubos sem cartilagem, com paredes compostas por células epiteliais e células alveolares. A árvore brônquica tem uma estrutura importante na �siologia respiratória e na saúde dos animais. Problemas respiratórios, como asma, bronquite e pneumonia, podem afetar a função dos pulmões e da árvore brônquica, levando a di�culdades respiratórias e redução do desempenho produtivo. Por isso, é importante manter uma boa higiene e manejo dos animais para prevenir essas doenças. Pneumócitos I e II Os pneumócitos I e II são tipos de células encontrados nos pulmões dos mamíferos, incluindo os animais de produção. Eles desempenham papéis importantes na função respiratória e na defesa pulmonar. Maria Eduarda Rossi - Universidade São Judas Tadeu - Medicina Veterinária Os pneumócitos I são células epiteliais �nas e planas que revestem a maioria dos alvéolos pulmonares. Eles são responsáveis pela troca gasosa entre o ar e o sangue, permitindo a absorção de oxigênio e a eliminação de dióxido de carbono. Os pneumócitos I também ajudam a manter a estrutura dos alvéolos e previnem seu colapso durante a respiração. Os pneumócitos II são células epiteliais mais espessas que produzem surfactante, uma substância que ajuda a reduzir a tensão super�cial nos alvéolos pulmonares, prevenindo seu colapso durante a respiração. O surfactante também ajuda a manter a integridade da barreira alvéolo-capilar, prevenindo a passagem de líquidos e proteínas do sangue para os alvéolos. Os pneumócitos I e II trabalham juntos para manter a função pulmonar e proteger contra lesões e doenças pulmonares. Problemas com essas células, como a de�ciência de surfactante em recém-nascidos ou a lesão pulmonar aguda em animais adultos, podem levar a complicações respiratórias graves e até mesmo à morte. Por isso, é importante manter a saúde pulmonar dos animais por meio de boas práticas de manejo e controle de doenças respiratórias. Mediastino Omediastino é a região localizada no centro do tórax, entre os pulmões, que contém vários órgãos e estruturas importantes, incluindo o coração, os grandes vasos sanguíneos, o esôfago, a traqueia, os linfonodos mediastinais e nervos importantes. Nos animais, incluindo os animais de produção, o mediastino é dividido em várias regiões, como o mediastino cranial, o mediastino médio e o mediastino caudal. O mediastino cranial contém o coração, o timo e os grandes vasos sanguíneos, enquanto o mediastino médio contém a traquéia, os brônquios, os linfonodos e os nervos importantes. O mediastino caudal contém o esôfago, a aorta torácica e os gânglios simpáticos. O mediastino é uma região crucial para o funcionamento do sistema cardiovascular, respiratório e digestivo, e a presença de lesões ou doenças nessa região pode ter consequências graves para a saúde do animal. Por isso, é importante que os veterinários estejam familiarizados com a anatomia e as patologias do mediastino, para que possam diagnosticar e tratar essas condições com e�ciência. Maria Eduarda Rossi - Universidade São Judas Tadeu - Medicina Veterinária Hematose e heterose Hematose é o processo de troca gasosa que ocorre nos pulmões, onde o oxigênio (O2) é absorvido pelos capilares sanguíneos e o dióxido de carbono (CO2) é eliminado dos capilares para ser exalado pelo sistema respiratório. Esse processo é crucial para manter a homeostase do corpo, pois fornece oxigênio para as células e remove o CO2, que é um subproduto do metabolismo celular. Já a heterose é um conceito utilizado na genética animal, que se refere ao aumento da performance ou qualidade dos descendentes em relação aos pais, quando animais geneticamente distintos são cruzados. Esse aumento pode ser observado em diversas características, como ganho de peso, fertilidade, resistência a doenças, entre outros. A heterose é resultado da combinação de alelos diferentes,que podem interagir de forma complementar e gerar uma progênie mais vigorosa e adaptada ao ambiente. Apesar de terem nomes semelhantes, hematose e heterose são conceitos completamente distintos e relacionados a áreas diferentes da medicina veterinária. A hematose está relacionada à �siologia respiratória e à troca gasosa nos pulmões, enquanto a heterose está relacionada à genética animal e à seleção de reprodutores para melhorar as características dos descendentes. Hipoventilação e hiperventilação Hipoventilação e hiperventilação são duas condições respiratórias que podem afetar animais e humanos. A hipoventilação é caracterizada pela diminuição da ventilação pulmonar, ou seja, o animal respira menos vezes ou inspira menos ar a cada respiração. Isso pode levar ao acúmulo de dióxido de carbono (CO2) no sangue, que pode resultar em acidose respiratória. As causas da hipoventilação podem ser variadas, como obstrução das vias aéreas, paralisia dos músculos respiratórios, sedação excessiva, entre outras. O tratamento depende da causa subjacente, mas pode incluir terapia de oxigênio, remoção da obstrução das vias aéreas ou ventilação mecânica. Por outro lado, a hiperventilação é caracterizada pelo aumento da ventilação pulmonar, ou seja, o animal respira mais vezes ou inspira mais ar a cada respiração. Isso pode levar a uma diminuição no nível de CO2 no sangue, resultando em alcalose respiratória. A hiperventilação pode ser causada por várias condições, como ansiedade, estresse, dor, acidose metabólica, entre outras. O tratamento também depende da causa subjacente e pode incluir medidas para reduzir a ansiedade ou a dor, por exemplo. Órgão vomeronasal O órgão vomeronasal, também conhecido como órgão de Jacobson, é um órgão sensorial presente em muitos animais, incluindo os mamíferos, como cães, gatos, cavalos e vacas. Ele Maria Eduarda Rossi - Universidade São Judas Tadeu - Medicina Veterinária está localizado na região do palato duro, na cavidade nasal, e é composto por dois ductos vomeronasais que se abrem na cavidade nasal. O órgão vomeronasal é responsável por detectar feromônios, substâncias químicas produzidas por animais que podem desencadear uma resposta comportamental ou �siológica em outros animais da mesma espécie. Os feromônios podem ser produzidos por diferentes partes do corpo, como as glândulas sebáceas, glândulas odoríferas e urina. Quando um animal cheira um feromônio, ele é transportado através do ar para o órgão vomeronasal, onde é detectado por células receptoras especí�cas. As informações são, então, enviadas para o cérebro, onde podem desencadear uma série de comportamentos, como atração sexual, agressão ou marcação territorial. O órgão vomeronasal tem um papel importante em muitos aspectos do comportamento animal, incluindo a comunicação sexual, o reconhecimento de parentesco, a seleção de parceiros e a identi�cação de presas e predadores. Em medicina veterinária, o conhecimento sobre o órgão vomeronasal é útil para entender o comportamento animal e para o desenvolvimento de feromônios sintéticos que possam ser usados em terapias comportamentais. Palato duro O palato duro é uma estrutura presente na cavidade oral de muitos animais, incluindo mamíferos, aves e répteis. Ele é formado principalmente pelo osso palatino e pela cartilagem nasal, e está localizado na parte superior da boca, logo atrás dos dentes incisivos superiores. Maria Eduarda Rossi - Universidade São Judas Tadeu - Medicina Veterinária O palato duro desempenha várias funções importantes na �siologia oral dos animais. Ele ajuda a separar a cavidade oral da cavidade nasal, permitindo que os animais respirem e comam ao mesmo tempo, e também ajuda a dirigir o �uxo de ar e alimento para a direção correta durante a deglutição. O palato duro também é importante na articulação dos sons da fala em humanos e em algumas espécies animais, como papagaios e macacos. Ele é necessário para produzir sons fricativos e para a produção de consoantes palatais. Além disso, o palato duro é um local importante de inserção de vários músculos da cabeça e do pescoço, incluindo o músculo tensor do véu palatino, que é responsável por manter o palato duro tenso durante a fala e a deglutição. Palato mole O palato mole é uma estrutura presente na cavidade oral de muitos animais, incluindo mamíferos, aves e répteis. Ele é formado principalmente por músculos e tecido conjuntivo, e está localizado na parte posterior do palato duro. O palato mole desempenha várias funções importantes na �siologia oral dos animais. Ele ajuda a separar a cavidade oral da cavidade nasal, permitindo que os animais respirem e comam ao mesmo tempo, e também ajuda a dirigir o �uxo de ar e alimento para a direção correta durante a deglutição. Maria Eduarda Rossi - Universidade São Judas Tadeu - Medicina Veterinária O palato mole também é importante na produção dos sons da fala em humanos e em algumas espécies animais, como papagaios e macacos. Ele é necessário para produzir sons velares e para a produção de consoantes nasais. Além disso, o palato mole é um local importante de inserção de vários músculos da cabeça e do pescoço, incluindo o músculo levantador do véu palatino, que é responsável por elevar o palato mole durante a deglutição e a fala. Em medicina veterinária, o conhecimento sobre a anatomia e a função do palato mole é importante para entender certos problemas respiratórios e de deglutição em animais, como a síndrome braquicefálica em cães. Respiração em braquicefálicos A síndrome braquicefálica (SB) é uma condição comum em cães de raças braquicefálicas, caracterizada por uma combinação de anomalias anatômicas das vias aéreas superiores, que levam à obstrução do �uxo de ar durante a respiração. Essas anomalias incluem narinas estenóticas, palato mole alongado e espessado, hipoplasia traqueal e hipoplasia de brônquios principais. A obstrução das vias aéreas superiores em cães com SB resulta em uma respiração anormal, com padrões de respiração inspiratórios mais longos e profundos, além de expirações mais curtas e incompletas. Além disso, o aumento do esforço respiratório pode levar à hiperventilação e à acidose respiratória. A literatura veterinária mostra que a SB é uma condição multifatorial, e o tratamento envolve uma abordagem individualizada para cada caso, com base nas anormalidades especí�cas presentes em cada animal. O tratamento pode incluir cirurgia corretiva, terapias medicamentosas e gerenciamento ambiental. A cirurgia corretiva pode incluir a rinoplastia para alargar as narinas e a ressecção do palato mole para reduzir a obstrução das vias aéreas superiores. As terapias medicamentosas podem incluir broncodilatadores para melhorar a função respiratória e corticosteroides para reduzir Maria Eduarda Rossi - Universidade São Judas Tadeu - Medicina Veterinária a in�amação das vias aéreas. O gerenciamento ambiental pode incluir evitar o exercício excessivo e em ambientes quentes, e garantir a perda de peso em animais com excesso de peso. As raças braquicefálicas são aquelas com crânios curtos e largos, narinas estreitas e achatadas, e mandíbulas proeminentes. Essas características anatômicas resultam em uma série de condições de saúde, incluindo a síndrome braquicefálica, que pode afetar a respiração, digestão e saúde dental desses animais. Algumas raças de cães braquicefálicos incluem o Bulldog, Pug, Boxer, Boston Terrier, Shih Tzu, entre outras. Gatos como o Persa e o Exótico de pêlo curto também são considerados braquicefálicos. É importante lembrar que, apesar das características físicas, cada animal é único e pode apresentar variações individuais na sua condição de saúde. Maria Eduarda Rossi - Universidade São Judas Tadeu - Medicina Veterinária
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