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RESUMO AFECÇÕES DO TRATO RESPIRATÓRIO

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AFECÇÕES DO TRATO RESPIRATÓRIO DOS EQUINOS
INTRODUÇÃO
Principais afecções do sistema respiratório dos equinos:
1º Papilomas nasais;
2º Hematoma etmoidal; 
3º Hemorragia pulmonar induzida pelo exercício (HPIE): Relacionada a animais de corrida (Puro Sangue Inglês);
4º Doença do Nervo Laríngeo Recorrente: Também conhecida como Hemiplegia Laringeana, relaciona-se a inervação do musculo responsável pela movimentação da laringe na cartilagem aritenóidea;
5º Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC): Processo alérgico que leva a bronquite e bronquiolite do trato respiratório inferior em função do processo inflamatório devido a partículas alergênicas em suspensão que acabam obliterando a passagem de ar;
6º Pneumonias intersticiais e broncopneumonias: Podem estar combinadas em sinusites ou faringites.
CONSIDERAÇÕES ANATÔMICAS
Comprimento do Palato Mole: O cavalo não consegue respirar pela boca, e em alguma situação de processo traumático que leva ao fechamento da cavidade nasal, este animal certamente irá apresentar dificuldade respiratória, devido ao comprimento do palato mole.
Faringe: Composta pela porção do trato digestivo (Orofaringe) com células peculiares a este trato e células do trato respiratório (Nasofaringe) → Epitélio pseudoestratificados ciliado com células caliciformes que auxiliam na proteção do sistema respiratório.
 Conchas nasais e cornetos etmoidais caudais: Umedecimento do ar inspirado;
- Filtragem de partículas que poderão ser nocivas ao trato respiratório;
- Aquecimento do ar.
Estruturas formadas por tecido ricamente vascularizado e com presença rostralmente de pelos que auxiliam no processo de limpeza e purificação do ar. São compostas por células epiteliais pseudoestratificadas com glândulas unicelulares (glândulas caliciformes) que promovem a produção de muco e juntamente com os pelos e com o epitélio (presença de cílios na membrana plasmática deste epitélio) auxiliam na captura (através do muco) de partículas nocivas ao organismo e eliminação deste muco carregado destas partículas que poderão ser agressivas ao trato respiratório. 
Nas aberturas das narinas o cavalo possui cartilagens alares (dispostas em forma de C) que auxiliam no aumento da capacidade/complacência da abertura (exercício) na inspiração e expiração, fornecendo maior quantidade de ar.
No teto da narina, rente ao septo nasal, existe um divertículo nasal que é um fundo de saco cego. 
1: Processo Corniculado.
2: Cartilagens Aritenóides: Exercem abertura para passagem do ar inspirado e expirado e evitam juntamente com a epiglote que partículas/alimento quando ingerido adentrem a cavidade respiratória por meio da laringe.
3: Epiglote.
4: Cordas Vocais
5: Prega Glosoepiglótica.
Glote.
A inspeção do trato respiratório (endoscopia) é uma prática corriqueira, principalmente para cavalos de corrida pois estes necessitam de uma melhor performance e maior capacidade respiratória, pois são os animais mais exigidos devido a atividade física. 
Demais animais que possuam outra aptidão equestre também passam por esta inspeção, principalmente os cavalos roncadores (Síndrome do Cavalo Roncador) → Doença do Nervo Laríngeo Recorrente (afecção congênita), também conhecida como Hemiplegia Laringeana. O nervo laríngeo recorrente inerva o músculo responsável pela abertura das cartilagens aritenóides, sendo que o termo Hemiplegia refere-se apenas ao acometimento de um dos músculos responsáveis pela movimentação da cartilagem aritenóide, promovendo abertura insuficiente da glote. Animais de alta rendimento atlético quando acometidos por esta patologia apresentam intolerância ao exercício e exibição de ruídos respiratórios facilmente audíveis, sendo realizada a avaliação do frêmito (vibração na parede da faringe) através de palpação na região da faringe.
Outra prática realizada é a verificação do tipo e quantidade de secreção presente através da endoscopia, bem como a presença ou ausência de sangue.
Bolsas guturais: É uma estrutura que somente a família dos equídeos possui, sendo definidas como dilatações do ouvido médio. Por vezes observa-se empiemas de bolsas guturais que são acúmulos de pus derivados de infecção respiratória (garrotilho) ou por infecções fúngicas (cândidas) onde a região de faringe próximo a glândula parótida estará aumenta de tamanho, podendo este aumento ser uni ou bilateral, ou ainda este acúmulo pode ser gás (ar). Não há um consenso da função desta estrutura, alguns apontam está sendo responsável pelo resfriamento da cabeça, e outros afirmam que auxilia na escuta (captura de som) pelos equinos. Na região do teto da bolsa gutural, através da entrada com endoscópio pelo ouvido médio consegue-se visualizar a artéria carótida interna e nervo vago. Caso não se realize a drenagem da secreção desta estrutura quando comprometida poderá levar a lesão da parede da bolsa, e as estruturas que passam por ela serão comprometidas (artéria carótida interna e nervo vago) e os animais podem apresentar sinais neurológicos. 
Seguindo a anatomia tem-se depois da laringe a traqueia (possui porção cervical e porção torácica) sendo que na região da carina divide-se em dois segmentos que são bronquios principais, e posteriormente em bronquios secundários e terciários, sendo que estes já estarão penetrando dentro do parênquima pulmonar.
Íntimo contato com gradil costal no tórax 
Lobo Acessório no lado direito
Porção Torácica
Porção Cervical
Carina
 
O equino possui uma capacidade respiratória 3X MAIOR que uma vaca, ou seja, um animal do mesmo porte possui 3X mais complacência pulmonar, fato esse que permite a tolerância dos equinos ao exercício o que permite o seu uso atlético.Cavalo tem 18 costelas
Para inspeção dos lobos direitos e esquerdos do pulmão:
Extremidade cranial do pulmão
O cavalo possui 18 costelas 
Extremidade caudal do pulmão
Estes pontos fornecem auscultação uniforme do pulmão, porém não completa devido a musculatura da região da paleta, que impede a ausculta da porção cranial do pulmão. Esta porção cranial do pulmão não possui tantas informações, e através da auscultação da traqueia realiza-se a interpretação de sons audíveis desta região e consegue-se ter noção de quais ruídos respiratórios está ocorrendo nesta porção cranial do pulmão já que é aonde desemboca os brônquios principais, secundários, terciários e bronquíolos. Então através da interpretação dos sons da traqueia consegue-se ter uma noção do que está ocorrendo na região cranial do pulmão já que não é possível realizar auscultação nesta parte. 
Para realizar a ausculta pulmonar, deve-se colocar uma sacola plástica nas narinas do animal (não obliterando por completo) a fim de promover um esforço respiratório devido ao excesso de gás carbônico que irá ficar contido, e após a retirada da mesma, o animal irá realizar um esforço para compensar as trocas gasosas, e aumentará a profundidade da inspiração e expiração sendo possível realizar a auscultação que pode apresentar algum ruído respiratório.
Dentre estes ruídos pode-se observar sons de crepitação, sendo crepitação fina (das om que ouvimos ao esfregar nosso cabelo) um indicativo de acúmulo de secreção em algum ponto específico do pulmão (infecções respiratórias virais como a Influenza que cursa com pneumonia intersticial que além da crepitação fina pode apresentar som semelhante aos dedos esfregando uma luva de procedimento ) ou sons de crepitação grossa (som semelhante a estourar plástico bola) que é um indicativo de bronquite, bronquiolíte, geralmente sendo a auscultação realizada na porção mais caudo-dorsal do pulmão.
Casos de broncopneumonia ausculta-se nas regiões próximas a tuberosidade do olecrano, porém o batimento cardíaco pode se sobrepor a auscultação neste local, entretanto animais acometidos apresentam crepitação significativa na região da traqueia, sendo que na região ventral (ocorre broncopneumonia comum principalmente em potros) não se ausculta nada.
SEMIOLOGIA DO TRATO RESPIRATÓRIO
ANAMNESE E HISTÓRIA CLÍNICA 
- Faixa etária: Existem algumas afecçõesque são mais comuns em potros do que em adultos e vice-versa. Exemplo: Rhodococcus equi que é uma bactéria comensal dos intestinos de equinos adultos, porém também pode acometer potros e isso ocorre quando estes animais são submetidos a condições de estresse (alta densidade de animais, manejos inapropriados...) tornando o agente patogênico. A bactéria irá atingir o sistema respiratório, formando grandes granulomas e normalmente levando ao óbito. Quando é possível reverter o quadro, o animal apresentará sequelas principalmente se houve comprometimento de metade do parênquima pulmonar o que leva a uma capacidade respiratória diminuída. 
Broncopneumonias são comuns de se observar em potros, geralmente devido a falhas no funcionamento da laringe (problema congênito). Quando o animal deglute o alimento, ocorre a entrada de corpos estranhos para a traqueia gerando broncopneumonia bacteriana.
- Intolerância ao exercício: Quando começou a ocorrer? O animal já nasceu assim? Quando apresenta essa intolerância, o animal manifesta dificuldade de se locomover devido a reduzida capacidade respiratória.
- O animal esboça ruído, intolerância ao exercício ou tosse na inspiração/expiração?
- Confinado (instalações, ventilações...), onde se armazena o feno? Haras que se localizam em regiões frias e armazenam o feno no sótão (ambiente fechado) ocorre a suspensão de partículas alergênicas e que a longo prazo que leva a bronquites/bronquiolítes ou doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC) devido a processos alérgicos. Observar também o local de implantação das feneleiras, caso seja no alto quando o animal irá se alimentar o pó presente no feno vai cair nas narinas o que que poderá predispor a DPOC.
- Mais algum animal apresenta alguma infeção respiratória? Adenite equina mal curada ou outra infecção respiratória mal curada, ou o status de vermifugação dos animais, sendo Dictyocaulus arnfieldi uma larva de helminto que por vezes parasita vias aéreas respiratórias (brônquios/bronquíolos).
- Vacinação de Influenza? Quando animais são mantidos confinados em grupos, a disseminação da doença é elevada, pois é altamente contagiosa. Cursa com febre temporária (3-4 dias), os animais podem apresentar tosse, e ocorre a redução da imunidade. Devido ao comprometimento do sistema imunológico, pode ocorrer a infecção por agentes comensais típicos do aparelho respiratório que se tornam oportunista, sendo o caso do Streptococcus equi subespécie zooepidemicus responsável por causar a adenite equina, sendo comum sua ocorrência após casos de Influenza.
CAUSAS
- Obstruções do Trato Respiratório Superior: Principalmente em animais que apresentam ruídos respiratórios, intolerância ao exercício, acúmulo de secreções derivadas de infeções passadas (empiema dos seios nasais, empiema de bolsa gutural).
- Alergias: Confinamento (DPOC).
- Infecções respiratórias.
- Sobrecarga no esforço respiratório: Cavalos da raça Puro Sangue Inglês quando submetidos a corridas com tamanho esforço respiratório que leve ocorrência de hemorragias.
EXAME CLÍNICO
- Exame Geral: Comportamento: Animal está apático/alerta. 
- Padrão respiratório: Animal apresenta dispneia, respiração curta, inspiração/expiração dificultada.
· Fisiológico: Tóraco-abdominal.
· Somente torácico: Associado com o sistema digestivo, sendo uma forma de tentar induzir dor na região abdominal seria promover uma respiração mais cranial a nível de gradil do tórax.
· Somente abdominal: Em casos de dispneia.
· Estica a cabeça e pescoço: Dispneia muito intensa, alguns animais salivam excessivamente.
· Ruídos respiratórios: Facilmente audíveis sem necessidade de estetoscópio.
- Frequência respiratória: A FR está em consonância com a FC, se uma aumenta a outra também irá se elevar. A FR em situação fisiológica é aferida através da avaliação pelos movimentos do gradil costal, também podendo ser auscultada através da traqueia, sendo que desta forma apresenta a vantagem de ser possível identificar qual tipo de ruído respiratório está presente, (no mínimo contar 4 mov. resp. completos) podendo ser crepitação fina/grossa, estertor (som semelhante a uma porta abrindo, e é um ruído respiratório mais intendo) ou presença de frêmito (vibração na região da laringe).
· Padrão respiratório fisiológico: 8-12 mov. resp./min.
· Puro Sangue Inglês (PSI): 16-18 mov. resp./min.
EXAME FÍSICO
A inspeção inicia-se pelo Trato Respiratório Superior na região dos seios nasais frontais, lacrimais e maxilares verificando a percussão dos mesmos a fim identificar a presença de secreção acumulada. Os tipos de sons audíveis poderão ser: Som claro (fisiológico); som maciço (acúmulo de secreção - líquido) ou som timpânico (acumulo de gás) no caso de sinusites causadas por bactérias produtoras de gás por exemplo.
Após a inspeção dos seios nasais, parte-se para a cavidade nasal e observa-se o tipo de secreção, aspecto e odor que está sendo drenado pelas narinas, bem com a dilatação da mesma e a abertura do ducto nasolacrimal. Observa-se também se o animal apresenta respiração ruidosa, tosse seca ou úmida, e por fim se há aumento de volume na região das bolsas guturais através da palpação. 
Posteriormente realiza-se a inspeção dos linfonodos, inicialmente os submandibulares (localizados no ramo mandibular em formato de V), e os retrofaríngeos (localizados mais internamente ao ramo da mandíbula) observando se há aumento do tamanho e sensibilidade dolorosa ao toque. Realiza-se o aferimento do frêmito da laringe através da palpação, onde em situações que a mesma se encontra obstruída (pode ser devido ao mau funcionamento na abertura - Doença do Nervo Laríngeo Recorrente ou pela presença de corpos estranhos) o ar durante a inspiração/expiração faz com que esta região vibre. 
No Trato Respiratório Inferior é avaliado a traqueia, pulmões e brônquios por meio da auscultação e precursão.
AUSCULTAÇÃO
- Som claro: Fisiológico → Sem nenhum tipo de obstrução. 
- Crepitação fina: Presença de pequena quantidade de secreção pouco densa. 
- Crepitação grosa: Presença de secreção espessa (bastante pus) e aderida (casos crônicos).Crepitação grossa + Estertores
- Estertores (próprio gradil costal pode vibrar).			 ↓Sinal de dispneia (cabeça e pescoço esticados).
- Sibilos: chiado agudo, comum em doenças alérgicas (DPOC).
A auscultação permite identificar qual parte do pulmão está acometido, o aspecto da secreção (quão carregado está o pulmão) e conseguir realizar o prognóstico e tratamento do quadro.
PERCUSSÃO
- Claro (Fisiológico): Sem nenhuma obstrução.
- Timpânico: Acumulo de gás, o que sobrecarrega de ar o pulmão e este não consegue expirar o ar.
- Maciço: Bastante sobrecarregado de secreção. 
A percussão consegue penetrar em até 7 cm do parênquima pulmonar, fornecendo informações sobre o quão sobrecarregado está o pulmão e auxiliar no diagnostico juntamente com os sons que estão audíveis na auscultação. 
O som de estertores ocorre em casos específicos de animais acometidos por DPOC (doenças alérgicas). Um sinal patognomônico desta enfermidade é a hipertrofia da musculatura abdominal devido ao excesso de força exercida pelo animal durante a inspiração do ar já que os brônquios/bronquíolos estão obliterados/fechados pelo processo inflamatório gerados pelas partículas alergênicas. Tuberosidade coxal
17º EIC
Curvatura na auscultação do pulmão
Tuberosidade isquiática
Articulação escapulo umeral
10º EIC
Linha reta até a tuberosidade do olecrano
.
- Realizar percussão com martelo e plexímetro. 
1º: Por meio da auscultação identifico qual região está alterada (crepitação fina/grossa...).
2º: Realizar a percussão somente na área alterada.
1º PÓLIPOS NASAIS E AMILOIDOSEPólipos
São resultado de processos alergênicos que formam pequenas projeções que ocorrem dentro da cavidade nasal e que possuem a mesma origem sendo complexos imunológicos (partículas alergênicas + anticorpos) que se depositam na submucosa nasal levando a grandes elevações (pólipos) ou deposição de substâncias amiloides (amiloidose) levando a obliteração da passagemde ar e gerando dispneia.Amiloidose
2º HEMATOMA ETMOIDAL
Estouram pequenos vasinhos dentro da submucosa da cavidade nasal geralmente na região do osso etmoide, caudal às conchas nasais e o sangue fica aprisionado formando pequenos hematomas gerando a obstrução de ar e levando a redução na capacidade respiratória. Acomete comumente animais na faixa etária entre 8 a 12 anos e por vezes pode cursar com epistaxe quando ocorre o rompimento destes hematomas. O tratamento consiste em fornecimento de solução formol 5% através de endoscopia, promovendo a involução do hematoma.
3º HEMORRAGIA NASAL INDUZIDA PELO EXERCÍCIO (HPIE)
Ocorre geralmente em animais de corrida, principalmente Puro Sangue de Inglês (PSI) submetidos a atividades físicas muito intensas. Devido ao aumento da pressão pulmonar no momento da inspiração, este ar inspirado acaba exercendo pressão nos alvéolos, o que gera o rompimento dos capilares alveolares levando a microsangramentos promovido pelo esforço respiratório.
Em corridas oficiais é feito a inspeção da traqueia com o auxílio do endoscópico para observar se há ou não a presença de sangramentos, caso haja, o animal não poderá competir. Uma vez que ocorra lesão, sempre ocorrerá novamente, mesmo o mínimo esforço físico desencadeará sangramentos no animal.
Existem alguns tratamentos a fim de evitar as hemorragias nasais:
• Furosemida – 1 mg/Kg ou 0,3 – 0,6 mg/kg → 4 horas antes das corridas – IV 
Diurético para promover a desidratação ao animal, reduzindo a volemia e a pressão sanguínea.
Aritenoide aberta corretamente
4º DOENÇA DO NERVO LARÍNGEO RECORRENTE Aritenoide fechada
Antigamente conhecida como Hemiplegia Laringeana → Cavalo roncador. É uma falha na inervação da placa motora do músculo responsável pela movimentação da aritenoide, ou seja, ocorre um erro na comunicação do nervo com o musculo da aritenoide causando a não abertura durante o momento da inspiração e expiração. O ar que atrita com a corda vocal e a aritenoide que está obliteração parcialmente a passagem da glote gera um frêmito → “Cavalo roncador”.Dispneia inspiratória
CAUSAS
* Congênito: Animal nasceu com encarceramento de epiglote (parcialmente presa) levando ao ronco durante a inspiração e expiração. 
* Adquirido: 
• Empiema de bolsa gutural (passagem de ramos nervos);
• Micose das bolsas guturais (cândidas);
• Linfoadenopatias: Enfartamento exacerbado de linfonodos retrofaríngeos (garrotilho) leva ao mau funcionamento de um das aritenoides; 
• Abcessos perineurais;
• Neoplasias;
• Cirúrgicos;
• Deficiência de tiamina (Vit. B1 é importante para regeneração nervosa);
• Substâncias irritantes.
 
TRATAMENTO
DIAGNÓSTICO							
· Intolerância o exercício; 
· Ruídos respiratórios evidentes;
· Estertores;
· Frêmito da região laríngea no momento de esforços respiratórios. 
· Vit. B1: Tiamina;
· Resolução da causa de origem;
· Cirúrgico:Fixar a aritenoide que está parcialmente/totalmente inativa.
· Ventrilectomia 
· Aritenopexia 
5º DOENÇA PULMONAR OBSTRUTIVA CRÔNICA – DPOC
Doença causado por agentes alergênicos, que acometem animais mantidos em ambientes fechados, com pouca ventilação e em contato com bastante partículas de pó. Estas partículas estão presentes em alimentos armazenados no sótão ou na alimentação fornecida em feneleiras. Acaba-se gerando alergias devido à pressão provocada por estes agentes alergênicos que determinam um problema crônico, desencadeando bronquite e bronquiolite que leva a obstrução recorrente das vias aéreas respiratórias inferiores.
Inicia-se com secreção mucoide, posteriormente devido a agressão e queda na imunidade gera-se uma infecção oportunista por microrganismos comensais como por exemplo o Streptococcus que levam a quadros de adenite equina. Não existe tratamento para animais acometidos por DPOC, somente melhorar condição de vida deles, como não os deixar presos nas cocheiras e fornecer feno no chão e não na feneleiras.
SINAIS CLÍNICOS: Expiração forçada, hiperpneia (o animal tenta compensar pois tem uma menor amplitude de trocas gasosas o que leva a um quadro de acidose respiratória elevando a FC e FR), relutância ao exercício, Hipertrofia da musculatura abdominal e tosse progressiva intermitente. 
Sinal patognomônico!!!
TRATAMENTO
• Dispor os animais em baias ventiladas;
• Fornecimento de feno de preferência molhado no chão, evitando feneleiras aéreas;
• Resolução da origem do problema, bacteriano, viral, fúngico ou parasitário.
• Agentes mucolíticos (Acetilcisteína, Bromexina) → Para melhorar o padrão respiratório do animal, diminuindo a quantidade de secreções. Ação secretolítica
• Brônquio dilatadores (Clembuterol) → Músculos bronquiolar e brônquico relaxam aumentando a capacidade respiratória inspiratória/expiratória.
• Antibióticos (1º Sulfadoxina + Trimetoprim → Borgal – Ação bactericida; 3º Azitromicina, Cloranfenicol; 2º Cloridrato de Ceftiofur).
• Anti-inflamatórios no início do processo alérgico (corticoide - Dexametasona). Se já tiver secreção → Diclofenaco de sódio que auxilia no controle do processo inflamatório. 
6º PNEUMONIAS E PLEUROPNEUMONIAS
- Adenite equina quando não curada pode evoluir para pneumonia.
- Pleuropneumonias bem comuns por Influenza.
- Aspiração: Broncopneumonias são bem comuns em potros que apresentam disfagia (dificuldade de deglutição) na hora da alimentação, ou má encarceramento da epiglote o que leva a entrada de corpos estranhos/alimentos desenvolvendo pneumonia.
- Parasitários: Dictyocaulus arnfieldi (erros de vermifugação).
- Fúngicas: Cândida → Em animais imunossuprimidos, onde ocorre a infecção inicialmente no TRI, caso o animal não consiga combate a infecção, desencadeia pneumonias.
- Bacterianas:
• Rhodococcus equi → Somente ocorre ema potros. A bactéria é comensal de intestino dos cavalos e só se torna oportunista quando ocorre situações de estresse que geram queda na imunidade (elevada taxa de lotação dos animais, Tº próximas de 30ºC, presença de bastante poeira, e potros vivendo junto com adultos).
• Estreptococcus spp → Bactéria bastante piogênica (grande produção de pus), acomete TRS gerando faringites, laringites, e com agravamento devido imunidade do animal, leva a quadros de pneumonias aspirativas, broncopneumonias, além causar adenites equinas já que é uma bactéria oportunista. Pode desenvolver septicemias com liberação de êmbolos sépticos na corrente sanguínea, que irão parar na microcirculação do casco e em tecido adjacentes e que podem fistular (abrir) no meio da muralha do casco e liberar pus. 
• Staphylococcus aureus.
• Mannhemia sp → Antiga pasteurelose.
• Burkolderia malei → Mormo.
- Bactérias acometem porções crânio-ventrais do pulmão e vírus a região caudo-dorsal.
SINAIS CLÍNICOS
• Apatia; 
• Anorexia;
• Febre – 41ºC
• Secreção mucopurulenta;
• Respiração abdominal (tenta preservar o pulmão pois está dolorido)
• Tosse;
• Dispneia – respiração ruidosa;
• Crepitação fina, grossa a Estertores (depende do acúmulo de secreção);
• Desidratação.
EXAMES COMPLEMENTARES
• Hemograma completo;
• Endoscopia: Verificar a quantidade de secreção dentro do pulmão;
• Raio-X: Potros (Rhodococcus): Comprometimento do parênquima pulmonar. Em cavalos adultos não é indicado pois não consegue penetrar.
TRATAMENTO
• Dispor os animais em baias ventiladas;
• Fornecimento de feno de preferência molhado no chão;
• Resolução da origem do problema, bacteriano, viral, fúngico ou parasitário.
Mucolíticos: Presença de muita secreção.
• Bromexina
• Acetilcisteína
Broncodilatadores: Melhorar o padrão respiratório dos animais.
• Clembuterol
 Antibióticos: Presença de febre ou no hemograma apresenta indícios de leucocitose + presença de SC com secreção. 
• Sulfadoxina+trimetoprim → Borgal
• Azitromicina
• Cloranfenicol
• Metronidazol (pneumonias por aspiração por bactérias gram-negativas)
• Cloridrato de Ceftiofur
• HidroterapiaPrincipalmente em potros com Rhodococcus
• Antitérmico: Dipirona
• Oxigenoterapia
- Tratamento profilático em potros: Plasma hiperemune da égua já que a mesmo possui o agenteno intestino e é constantemente exposta a um ambiente que desafie sal imunidade → Fornecer após o nascimento, repetindo por 30 dias.

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