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Nutrição no Adulto e no Idoso aporte adequado de nutrientes preservar estado nutricional melhorar qualidade de vida Dietas Hospitalares As dietas são prescritas de acordo com o estado nutricional e fisiológico dos indivíduos. Para pacientes hospitalizados, as dietas são ajustadas conforme as situações clínicas. As dietas são modificadas pensando no cuidado nutricional, baseadas em uma dieta adequada, visando atender necessidades específicas dos pacientes e padronizadas pela Unidade ou Serviço de Nutrição e Dietética (UND ou SND) favorecer a ingestão, digestão e absorção de nutrientes; repousar e/ou estimular o funcionamento dos órgãos; prevenir e/ou corrigir deficiências nutricionais; ajustar ingestão de nutrientes a capacidade metabólica do organismo; atenuar intolerâncias ou manifestações alérgicas. Objetivos principais da prescrição da dieta: Porque padronizar? de rotina modificada especial Manter a prescrição e atendimento nutricional seguro, eficiente e de qualidade As dietas hospitalares, são classificadas em: Tipos e objetivos das dietas hospitalares: Os objetivos são definidos a partir das demandas nutricionais compatíveis com a fisiologia da doença. geral: pacientes que não necessitam de modificação de nutrientes e consistência - preencher todos os requisitos de uma dieta equilibrada de acordo das Leis de Nutrição e do Guia Alimentar fracionamento: 5-6 refeições/dia normoglicídica, normoproteica e normolipídica branda: indicação para pacientes com problemas de mastigação, enfermidades gastrointestinais e dietas de transição - abrandamento de fibras por cocção ou ação mecânica. fracionamento: 5-6 refeições/dia normoglicídica, normoproteica e normolipídica alimentos proibidos: frutas com cascas e sementes; verduras e folhosos crus; queijos muito gordurosos; carnes duras, empanadas, ovos fritos; refrigerantes. pastosa: para pacientes com dificuldade de mastigação e deglutição, pós op., casos neurológicos, insuficiência respiratória, diarreias - purês, amassados, moídos, liquidificados, batidos. fracionamento: 5-6 refeições/dia normoglicídica, normoproteica e normolipídica semilíquida ou leve: para pacientes com problemas mecânicos de mastigação e deglutição, dificuldade de digestão, determinados preparos de exames/cirurgia e pós-op. - a base da dieta é líquida e agregando alimentos sólidos com função de espessar a dieta - poucos resíduos - sopas com alimentos sólidos, purês e mingaus. fracionamento: 5-6 refeições/dia normoglicídica, normoproteica e normolipídica líquida: pacientes com dificuldade de mastigação e deglutição (pré e pós-operatório/exames e casos graves de infecções) - fornecer alimentos fluidos, hidratar, nutrir e repousar TGI e amenizar sintomas de função digestiva - líquido em TA fracionamento: 6-10 refeições/dia hipocalórica, hipoproteica e hipolipídica líquida restrita/sem resíduos: pacientes em pré e pós-operatórios de cirurgias de TGI, após períodos longos de NPT, infecções graves, diarreia aguda e exames - não pode ser usada por > 3 dias - excluídos: leites e açúcar - repouso do TGI, hidratar tecidos, manter função renal, amenizar sintomas. fracionamento: 6-10 refeições/dia (2/2h) As dietas de rotina, podem ser modificadas em consistências*: * a nomenclatura pode variar de acordo com o serviço de dietética@camilla.pnunes Nutrição no Adulto e no Idoso Dietas modificadas Aumento de macronutrientes Dieta planejada para alguma patologia específica. Ex: pancreatite, doença renal, cirrose hepática. laxativa (mais fibras): pacientes constipados obstipante (menos fibras insolúveis): pacientes com diarreia - incluir fibras que auxiliem no controle do trânsito intestinal) - oferta hídrica e evitar leite e derivados hipossódica: pacientes com hipertensão, nefropatia, cardiopatia, cirrose hepática com ascite, edema consistência normal com teor reduzido de sódio (acrescentar sódio apenas no prato e não no preparo) normoglicídica (50 a 60%) normolipídica (25 a 30%) normoproteica (10 a 15%) sódio: 2 g de cloreto de sódio = 2 colheres de café rasas evitar: enlatados, conservas, temperos prontos, sopas de pacote, molhos prontos, carne seca, bacalhau, frios e embutidos, queijos gordos, glutamato monossódico, lámen hipocalêmica (baixo em potássio): pacientes com hipercalemia, cardiopatia e nefropatia, doença da vesícula biliar < 2700 mg/dia e no máximo 70 mEq fontes de potássio: frutas, hortaliças, tubérculos, leguminosas e oleaginosas hipercalêmica (alto em potássio): pacientes com hipocalemia aumentar alimentos fontes de potássio As dietas modificadas podem ser: POTÁSSIO SÉRICO NORMAL: 3,5 a 5,0 mg/dL mais ou menos fibras menos sal menos líquidos Dietas com modificação de algum componente, mantendo mesma característica da dieta de rotina Dietas especiais hipogordurosa: (<20 % do VET de gordura) - pacientes constipados: pacientes com hepatopatias, pancreatite, doenças da vesícula biliar e dislipidemias consistência: normal normoglicídica, hipolipídica e normoproteica - alimentos preparados sem qualquer tipo de gordura hipoproteica: 0,6 a 0,8g/kg/dia (<10% VET) - pacientes com doença renal crônica (fase não dialítica ou tratamento conservador) e insuficiência hepática grave hiperproteica: 1,0 a 1,5g/kg/dia (15 a 20% VET) - pacientes com doença renal crônica (fase dialítica) ou aumento do metabolismo: desnutrição, queimadura grave, cirurgia, infecções graves, politraumatismo, etc As dietas especiais podem ser: @camilla.pnunes longo período de latência tempo de evolução prolongado etiologia não totalmente elucidada complicações e lesões irreversíveis incapacidade ou óbito alterações na regulação do apetite e diminuição da sensação de fome redução da massa muscular redução do gasto energético aumento de massa gordurosa alteração de ingesta alimentar digestão e absorção biodisponibilidade de nutrientes capacidade funcional depressão e distúrbios do humor isolamento social pobreza apatia medicamentos Alterações no processo de envelhecimento Senescência: envelhecimento natural, processo inerente ao avançar da idade (anorexia, perda dentária, disfagia, disgeusia, xerostomia, hipocloridria, diminuição do pâncreas endócrino, etc.) Senilidade: envelhecimento patológico, combinado a reservas orgânicas, alterações fisiológicas, doenças. As doenças crônicas são caracterizadas por: No processo normal de envelhecimento, observa-se: Tendência a monotonia alimentar, maior dependência e comprometimento do estado nutricional e cognitivo + Declínio do estado funcional, prejuízo da função muscular, diminuição de massa óssea, deficiência de micronutrientes, redução da função cognitiva, aumento das internações e mortalidade precoce. Alterações orgânicas, fisiológicas e metabólicas diminuição da capacidade funcional aumento da dependência aumento da demanda de cuidados aumento da institucionalização diminuição da qualidade de vida Nutrição no Adulto e no Idoso RESOLUÇÃO CFN Nº 304/2003 consistência da dieta composição química (nutrientes) dietas especiais padronizadas Evolução dietoterápica de registro no prontuário. Método que ajuda a organizar as informações e estabelecer a conduta mais apropriada para a evolução dietoterápica. S = dados subjetivos (o que a paciente relata) O = dados objetivos (sintomas, exames, medicamentos, tratamentos, etc) A = análise (interpretação das informações colhidas) P = plano de tratamento (conduta) data valor energético total (VET) consistência macro e micronutrientes fracionamento assinatura e carimbo número e região da inscrição no CRN alteração da ingesta alimentar avaliação da tolerância digestiva exame físico antropometria capacidade funcional avaliação bioquímica Critérios para prescrição dietética na área de nutrição clínica. Art. 4º - o registro da prescrição dietética deve constar no prontuário do paciente, de acordo com os protocolos das unidades ou serviços de atenção nutricional, devendo conter: Art. 5º - o registro da evolução nutricional deve constar no prontuário do paciente, de acordo com osprotocolos, devendo conter SOAP Epidemiologia do envelhecimento @camilla.pnunes diminuição da estatura diminuição do peso mudanças significativas na composição corporal > 40 anos: redução progressiva de massa muscular (8%/década até os 70 anos) até os 70 anos: perda de 10-15% na força das pernas e 20-40% depois dessa idade alteração na quantidade de gordura subcutânea primária: relacionada a idade secundária: multifatorial (doença, AF ou nutrição) Alterações na composição corporal As alterações fisiológicas e nutricionais se manifestam por: Sarcopenia: perda degenerativa de massa muscular esquelética, força e qualidade do músculo, com o envelhecimento. Critérios diagnósticos: Nutrição no Adulto e no Idoso SARC-F + CC modificações nas subpopulações celulares > predisposição a maior risco de morbidade e mortalidade por doenças infecciosas e autoimunes padrões de secreção de citocinas tolerância imunológica > maiores níveis de perfil inflamatório (TNF-α; IL-6; IL-1; PCR) ausência parcial ou total da dentição uso inadequado das próteses cáries e doenças periodentais xerostomia (boca seca) menor capacidade de reparação tecidual após exposição ao agente agressor maior suscetibilidade a infecção por H. pylori menor secreção de muco e bicarbonato menor produção de prostaglandinas menor atividade da enzima oxido nítrico sintetase e fluxo sanguíneo Redução do peristaltismo e força contrátil menor secreção de HCL e pepsina, aumento de pH gástrico Alterações no sistema imunológico As mudanças na função imunológica ocorrem mesmo em idosos saudáveis. Alterações no aparelho digestivo - boca: Alterações no aparelho digestivo - estômago: dieta branda para facilitar a digestão ↓ acidez = ↓ disponib. ferro não heme (redução da cadeia, apenas meio ácido) ↓ ácido gástrico = não há enzima (fator intrínseco) para ativar B12 = ↓ B12 ↓ ácido gástrico = ↓ cálcio @camilla.pnunes maior risco de carcinoma pancreático menor secreção de bicarbonato e enzimas redução da capacidade proliferativa das células beta pancreáticas diminuição do volume do fígado redução da capacidade regenerativa declínio na metabolização de drogas alteração na expressão de várias proteínas e a diminuição das funções hepatobiliares maior predisposição a doenças hepáticas secreção de ácidos biliares reduzidas menor contratilidade da vesícula biliar maior chance de cálculos biliares. HIPO ou ACLORIDRIA: baixa secreção de ácido e pepsina pela mucosa gástrica. interferência na liberação de B12 das proteínas alteração da biodisponibilidade de ferro absorção de cálcio menor quantidade de proteínas transportadoras na borda em escova (sacarase, lactase, galactoquinase) com o envelhecimento, levando a diarreia, distensão abdominal e intolerância a frutose Declínio da absorção de cálcio + deficiência de vitamina D = menor conversão renal de vitamina D em sua forma ativa Alterações no aparelho digestivo - pâncreas: Na presença ou ausência de doença pancreática, o envelhecimento apresentará atrofia do pâncreas, fibrose e degeneração gordurosa. Alterações no aparelho digestivo - fígado: Alterações no aparelho digestivo - intestino: Estudos em humanos não mostram alterações significativas com o envelhecimento. A constipação é uma queixa comum em idosos, porém não se trata de uma consequência do envelhecimento. Mas, há ↓ peristaltismo pelo estilo de vida prejudicado (sedentarismo, ↓ hidratação e fibras) Alterações gastrointestinais: Nutrição no Adulto e no Idoso Triagem de risco nutricional até 24h da admissão: hospital 1ª consulta: ambulatório / domiciliar não é de risco: reavaliar em intervalos regulares é de risco: necessita de avaliação do nutricionista IMC ou CC aparência de déficit nutricional ou perda de peso involuntária redução da ingesta alimentar gravidade da doença ou estresse metabólico escolhido de acordo com a população treinamento adequado ao profissional que irá aplicar incluir correlação da gravidade da doença e seu impacto sobre o EN Mini Nutritional Assessment (MNA) – Miniavaliação Nutricional (MAN®) Subjective Global Assessment – Avaliação Subjetiva Global (SGA) Nutritional Risk Screening (NRS 2002) Screening Tool Risk Nutritional Status And Growth (Strong Kids) Malnutrition Screening Tool (MST) – Instrumento de Triagem de Desnutrição Malnutrition Universal Screening Tool (MUST) – Instrumento de Triagem Universal de Desnutrição Objetivos: Identificar risco nutricional Realizar intervenção precoce Aplicabilidade: Classificação: Predição do risco de desnutrição: Instrumentos de triagem: Níveis de Assistência Nutricional (NANs): Categorização dos procedimentos realizados, de acordo com o grau de complexidade das ações do nutricionista, executadas no atendimento ao paciente, em ambiente hospitalar ou ambulatorial @camilla.pnunes https://www.asbran.org.br/storage/arquivos/PRONUTRI-SICNUT-VD.pdf https://www.mna-elderly.com/sites/default/files/2021-10/MNA-portuguese.pdf http://www.braspen.com.br/home/wp-content/uploads/2016/12/02-Valida%C3%A7%C3%A3o-da-vers%C3%A3o-em-portugu%C3%AAs-da-avalia%C3%A7%C3%A3o-subjetiva-global-produzida-pelo-paciente.pdf https://espen.info/documents/screening.pdf https://www.avantenestle.com.br/sites/default/files/2021-03/Anexo_2_MST.pdf https://www.avantenestle.com.br/sites/default/files/2021-03/Anexo_4_MUST.pdf Primário: retorno em até 7 dias aferição do peso a cada 15 dias Secundário: orientação nutricional durante a internação retriagem nutricional a cada 10 dias retorno em até 4 dias (96h) Terciário: orientação nutricional durante a internação retorno em até 3 dias (72h) Níveis de Assistência Nutricional (NANs) - continuação: Plano de atendimento: Nutrição no Adulto e no Idoso Triagem de risco nutricional até 24h da admissão: hospital 1ª consulta: ambulatório / domiciliar não é de risco: reavaliar em intervalos regulares é de risco: necessita de avaliação do nutricionista IMC ou CC aparência de déficit nutricional ou perda de peso involuntária redução da ingesta alimentar gravidade da doença ou estresse metabólico escolhido de acordo com a população treinamento adequado ao profissional que irá aplicar incluir correlação da gravidade da doença e seu impacto sobre o EN Mini Nutritional Assessment (MNA) – Miniavaliação Nutricional (MAN®) Subjective Global Assessment – Avaliação Subjetiva Global (SGA) Nutritional Risk Screening (NRS 2002) Screening Tool Risk Nutritional Status And Growth (Strong Kids) Malnutrition Screening Tool (MST) – Instrumento de Triagem de Desnutrição Malnutrition Universal Screening Tool (MUST) – Instrumento de Triagem Universal de Desnutrição Objetivos: Identificar risco nutricional Realizar intervenção precoce Aplicabilidade: Classificação: Predição do risco de desnutrição: Instrumentos de triagem: Níveis de Assistência Nutricional (NANs): Categorização dos procedimentos realizados, de acordo com o grau de complexidade das ações do nutricionista, executadas no atendimento ao paciente, em ambiente hospitalar ou ambulatorial @camilla.pnunes https://www.mna-elderly.com/sites/default/files/2021-10/MNA-portuguese.pdf http://www.braspen.com.br/home/wp-content/uploads/2016/12/02-Valida%C3%A7%C3%A3o-da-vers%C3%A3o-em-portugu%C3%AAs-da-avalia%C3%A7%C3%A3o-subjetiva-global-produzida-pelo-paciente.pdf https://espen.info/documents/screening.pdf https://www.avantenestle.com.br/sites/default/files/2021-03/Anexo_2_MST.pdf https://www.avantenestle.com.br/sites/default/files/2021-03/Anexo_4_MUST.pdf Exemplo de triagem nutricional: Paciente MST, gênero feminino, 79 anos, com histórico de DPOC, HAS e DM2, é admitido no hospital que você trabalha, TCE após queda em escada. Está internado na unidade de terapia intensiva, não responsiva. Familiar refere 50 Kg, 1,65m de altura, perda aparente de peso nos últimos 3 meses e redução da aceitação alimentar na última semana 1º passo - aplicar a ferramenta de triagem (por exemplo: NRS 2002) IMC = 18,36 kg/m² Escore Nutricional 2º passo - Avaliar nível de assistência Nutrição no Adulto e no Idoso Doençasda cavidade oral x x x x * * 7 Dentes: cortam e trituram o alimento Saliva: umedece o bolo alimentar, início da digestão de CHO Língua: auxílio no processo de mobilização do bolo e propulsão para deglutir Disfagia: dificuldade de deglutição Odinofagia: dor na deglutição Xerostomia: diminuição da salivação e “boca seca” Sialorreia: aumento da salivação Disgeusia: alteração do paladar Mucosite: inflamação da mucosa oral Consistência: dieta fracionada em 6 refeições e líquida, semilíquida ou pastosa Densidade energética: geralmente, é necessário aumentar leite em pó, mel, creme de leite, sorvete, azeite ou óleo, farinha, aveia, chocolate, geleia, manteiga, queijo ou suplementos Temperatura: evitar temperaturas extremas, geralmente servida morna ou fria Sem alimentos ácidos e evitar picantes Alimentos e preparações úmidas e evitar secos Uso de glutamina para mucosite (0,3 a 0,5g/kg): antecipa cicatrização - contraditório na quimioterapia Priorizar a via oral, se necessário TNE (mínimo de 7 dias) mas antes suplementação nutricional alteração no funcionamento: disfagia, acalasia, doença do refluxo gastroesofágico (DRGE), hérnia de hiato inflamação: esofagite por ação química, física ou microbiológica obstrução: câncer ou tumor estenose: estreitamento do diâmetro esofágico, de origem congênita ou adquirida, causada pela presença de divertículos OU devido à ingestão (acidental ou proposital) de substâncias químicas, denominada estenose cicatricial Situações que afetam a cavidade oral: Características da dieta: função: peristalse - depende do processo de deglutição e produção de muco Principais comprometimentos: Doenças do esôfago @camilla.pnunes Dieta hipercalórica e hiperproteica = Recuperar o EN Via oral, depende do grau de disfagia – Avaliação do fonoaudiólogo Se maior risco TNE é indicada Volume reduzido e dieta fracionada Evitar temperaturas extremas e alimentos que podem irritar a mucosa do esôfago: sucos e frutas ácidas, condimentos e especiarias picantes Não deitar após as refeições (30 a 45 minutos) Em casos de pacientes acamados, proporcionar decúbito elevado gastrina: mais pressão e mantém a contração secretina e CCK: menor pressão e relaxam CHO: esvaziamento gástrico rápido e aumenta a pressão do EEI PTN: esvaziamento gástrico normal e aumenta a pressão do EEI LIP: esvaziamento gástrico lento e diminui a pressão do EEI Acalasia Distúrbio da motilidade do esôfago inferior → falência do esfíncter esofágico interior (EEI) para relaxar e abrir durante a deglutição, resultando em disfagia. É uma obstrução funcional do esôfago, com dilatação consequente de sua porção mais proximal. Características da dieta: Doença do Refluxo Gastresofágico Retorno ou refluxo do conteúdo gástrico ou gastroduodenal para o esôfago. Esofagite: inflamação da mucosa esofágica, decorrente do refluxo do conteúdo ácido-péptico gástrico. Fatores de risco: Sobrepeso e obesidade; alimentação rica em gordura; bebidas carbonadas; café e álcool podem prejudicar; tabaco e alguns medicamentos (anti-inflamatórios, anticolinérgicos, bloqueadores de canais de cálcio, bisfosfonatos, antibióticos, suplementos de potássio) Gravidez (30 a 50% das gestantes podem apresentar sintomas) H Pylori, SII, caucasianos, estresse, cifose, osteoporose Fatores hormonais principais: Efeitos dos nutrientes: Nutrição no Adulto e no Idoso substâncias que contribuem: cafeína, xantina, teobromina e álcool consequências: esôfago de barret (metaplasia do epitélio devido a uma lesão prolongada) tratamento: drogas, medidas físicas e dietoterapia diminuir consumo de gordura evitar chocolate, álcool, excesso de café e menta não se deitar após as refeições (2 a 3h após) diminuir volume das refeições e aumentar frequência evitar beber líquidos durante as refeições aumentar consumo de fibras diminuir consumo de carboidratos simples reduzir peso corporal evitar alimentos ácidos e picantes evitar bebidas/alimentos com temperaturas muito altas regra de bolso pra energia CHO: 60% do VET, preferencialmente complexos LIP: < 20% VET PTN: 10 a 15% VET proteína = maior secreção de gastrina = maior PEEI Fatores de risco: fumo, álcool, acalasia, ingestão de substâncias cáusticas e esôfago de barret Fatores de proteção: consumo de FLV (400g/dia), diminuição no consumo de álcool, tabaco e alimentos ou bebidas quentes Quadro clínico: disfagia, dor contínua localizada, odinofagia e sialorreia, halitose e tosse após ingesta alimentar, emagrecimento Diagnóstico e tratamento: EDA e biópsia para identificar estadiamento; esofagectomia e anastomose; radioterapia e QT avaliados individualmente Refluxo: consequência de uma diminuição na pressão do EEI (não se contrai adequadamente, permitindo retorno do conteúdo gástrico) Manejo nutricional na DRGE: Características da dieta: Hernia de Hiato Protusão de uma porção do estômago para dentro do tórax, através do hiato esofágico do diafragma Terapia nutricional: igual para DRGE Câncer de esôfago @camilla.pnunes Características da dieta: hipercalórica e hiperproteica frequentemente enteral alteração da consistência de acordo com aceitação maior fracionamento (6 a 8) enriquecimento das preparações culinárias adequação da temperatura superficial ou profunda erosiva ou não erosiva hemorrágica ou não hemorrágica álcool fármacos tabagismo emocional agentes infecciosos: salmonella, shigella, clostridium e h. pylori h. pylori: principal causa; bactéria comum do TGI; adapta-se sob o muco gástrico, protegendo-se da ação do HCl, além da produção de urease, que degrada a ureia em amônia, elevando o pH; presente geralmente, no antro gástrico; erradicação com antibiótico energia: suficiente para manter ou recuperar o EN macronutrientes: normoglicidica, normolipidica e normoproteica consistência: individualizada ou geral fracionada e de volume reduzido Gastrite Inflamação da mucosa gástrica após agressão (edema e hiperemia) Aguda: dor epigástrica; dispepsia; mal estar; anorexia; náuseas e vômitos; hematêmese; hemorragia digestiva alta; melena Crônica: assintomática ou sintomática (dispepsia; plenitude epigástrica pós prandial; náuseas; anorexia) Principais causas: Características da dieta: Nutrição no Adulto e no Idoso h. pylori (> 80%) álcool fármacos tabagismo hereditariedade erros alimentares e emocional dispepsia e azia dor epigástrica, com irradiação para hipocôndrios, costas e esôfago após 90 minutos a 3 horas, após refeições náuseas e vômitos, com ou sem hematêmese melena suspensão de possíveis causas medicamentos e em alguns casos, cirurgia cirurgia de médio porte: gastrectomia parcial cirurgia de grande porte: gastrectomia total perda da capacidade de armazenamento de nutrientes pela remoção do estômago Ulcera péptica Caracterizada por lesão da mucosa gástrica, com penetração até a camada muscular e com períodos de remissão e atividade. Pode ser gástrica ou duodenal Resulta do rompimento do equilibrio entre fatores agressores e defensores Principais causas: Quadro clínico: Tratamento: Características da dieta: a mesma da gastrite Câncer gástrico Principais fatores de risco: etilismo, tabagismo, h. pylori Estadiamento: baseado no grau de penetração do carcinoma na parede (1 a 4) Maior incidência de adenocarcinoma (90 a 95%) Maior frequência na região antro-pilórica e na curvatura menor Quadro clínico: dispepsia; anorexia; vômitos pós- prandiais; perda ponderal involuntária Tratamento: RT, QT e cirurgia gástrica Doenças do estômago @camilla.pnunes Medida Pontos de corte circunferência abdominal H: > 102 cm M: > 88 cm TG ≥ 150 mg/dL HDL-c H: < 40 mg/dL M: < 50 mg/dL PA Pressão sistólica ≥ 130 e/ou diastólica ≥ 85 mm Hg Glicemia de jejum ≥ 110 mg/dL redução da PA controle da dislipidemia controle da obesidade controle do DM2 Plano de ação: motivação do paciente Intervenção nutricional: guia alimentar, rótulos, escolha alimentar, autonomia Meta real: sobrepeso: 3 a 5% do peso inicial em 6 meses obesidade: 5 a 10% do peso inicial em 6 meses Tratamento minimizar osefeitos do jejum, garantir o fornecimento de energia e prevenir a deficiência específica de nutrientes recuperar e estabilizar o estado nutricional aumentar o potencial de resposta orgânica favorável à terapia antineoplásica acelerar a recuperação dos efeitos colaterais da terapia antineoplásica: cirurgia, quimio e radioterapia melhorar a qualidade de vida com a manutenção das atividades diárias iniciar a terapia nutricional o mais precocemente possível jejunostomia: pode ser feito ainda no momento da cirurgia e iniciada dentro de 24 h após cirurgia, bem tolerada com auxílio de bomba de infusão após retorno dos movimentos peristálticos: iniciar dieta via oral com líquidos (chá, água de coco e caldos vegetais) evitar síndrome de dumping pela alteração do estômago (retirada e. pilórico) = sem controle do que chega no intestino normalmente quando há mais lipídio e CHO simples alça do intestino distende aumento do fracionamento e volume reduzido inicio com dieta liquida e evolução de consistência até dieta branda evitar alimentos fermentativos LIP: 23 a 30% do VET PTN: 20% do VET suplementos se necessário dieta branda nos próximos 15 a 30 dias incluir gradativamente novos alimentos, de fácil digestão TN pré-op: TN pós-op: Evolução da dietoterapia: 1. 2. a. b. c. d. 3. 4. Transtorno complexo representado por um conjunto de fatores de risco cardiovasculares, usualmente relacionados a deposição central de gordura e resistência a insulina Precisa ter 3 ou mais dos sintomas, para se caracterizar Nutrição no Adulto e no Idoso Síndrome Metabólica @camilla.pnunes relação cintura/quadril H: > 1,0 M: 0,85 circunferência cervical H: > 37 cm M: > 34 cm relação cintura/estatura a cintura deve ser menor que metade da altura perda de peso de 5 a 10% do peso inicial em 6 meses Harris & Benedict x FA Mifflin St. Jeor x FA sobrepeso: ↓ 300 - 500 kcal da anamnese alimentar (visando perda de 0,3 a 0,5 kg/semana) dieta hipocalórica: ↓ 500 a 1000 kcal da anamnese alimentar (visando perda de 0,5 a 1,0 kg/semana) - não inferior a 1200 kcal/dia método prático: 20 a 25 kcal/peso atual/dia dietas muito baixas em calorias (800 a 1200 ou 10 e 19 kcal/kg) não tem embasamento científico restringir calorias aumentar consumo de alimentos in natura e minimamente processados diminuir consumo de processados e evitar ultra reduzir sal e açúcar utilizar pequenas quantidades de óleo, gorduras, sal e açúcar na preparação ou tempero realizar pelo menos 3 refeições ao dia prática de exercícios combinados (resistido e aeróbico) - 150 min / semana abordagens psicológicas individualizadas Fatores de risco: Metas para o plano dietoterápico: Cálculo do valor energético: Orientações: Tratamento não farmacológico: é um bom indicador, mas não distingue gordura corporal de massa magra IMC e CA: essenciais considerar pontos de corte da CA igual os da SM Ginoide - formato pêra (periférica) armazenado nas coxas e glúteos apresenta menores riscos a saúde mais frequente em mulheres Andróide - formato maçã (central) maior relação com doenças cardiovasculares principais depósitos estão localizados ao redor do abdômen e parte superior do corpo CC > 80 em mulheres e CC > 94 cm em homens mais frequente em homens dislipidemia aterosclerose RI inflamação HAS DM2 “Sobrepeso e obesidade são definidos como acúmulo anormal de tecido adiposo que apresenta risco a saúde” São os principais fatores de risco para doenças crônicas não transmissíveis, incluindo diabetes, doenças cardiovasculares e câncer. (OMS, 2017). Classificação - IMC: Avaliação nutricional: Tipos de gordura: Após a menopausa, a distribuição de gordura geralmente muda de pêra para maçã Fisiopatologia da gordura visceral: Nutrição no Adulto e no Idoso Obesidade @camilla.pnunes Idade: < 16 anos: experimental - aprovação do CONEP 16-18 anos: consenso dos responsáveis e equipe multi > 65 anos: avaliar risco benefício IMC > 35 kg/m² + comorbidades graves IMC > 40 kg/m² Documentação informando que os pacientes não conseguiram perder peso ou manter a perda apenas de cuidados médicos, há pelo menos 2 anos e obesidade mórbida há pelo menos 5 anos perda de 5 a 10% do peso = melhores desfechos pós cirúrgicos, especialmente para pacientes de maior risco redução do tamanho do fígado, menor estoque de glicogênio e melhores níveis glicêmicos restrição calórica (2 a 6 semanas) dieta de baixa caloria: 800 a 1200 kcal CHO ≥ 100g PTN: 1g/Kg LIP: ≤ 30% Endoscópicas: balão intragástrico (auxiliar) Não derivativas: banda gástrica ajustável (LAGB) gastrectomia vertical (sleeve) - SG Derivativas: derivação gástrica com reconstituição em Y de Roux sem ressecção gastrointestinal (RYGB) derivações bileopancreáticas ou duodeno swich (BPD/DS) Líquida clara - 1 a 2 dias - sem açúcar, gordura e irritantes gástricos (água, chá, água de coco e gatorade) Líquida - 10 a 14 dias - sem açúcar, cafeína e 20 a 30 g de proteína (água, iogurte, extrato vegetal, leite, caldo) Pastosa - 10 a 14 dias - alimentos processados ou liquidificados (sem pedaços) Branda - a partir do 14º dia - alimentos cozidos e picados/moídos Geral - 6 a 8 semanas - adequada em energia/nutrientes, evitar alimentos que causem dumping, saciedade imediata e refluxo; 60 g de proteína/dia - há início de suplementação de nutrientes nessa fase após 2 horas de cirurgia: iniciar com 15 ml a cada 30 minutos (primeiras 2 horas) - progredir 15 ml para intervalo de 15 minutos 40% dos pacientes evolui em hipotensão, taquicardia, diarreia e hipoglicemia como sintoma tardio a técnica cirúrgica altera a digestão dos CHOs e contribui para síndrome de dumping Indicações: Dietoterapia pré-op: Técnicas cirúrgicas: Terapia Nutricional Pós-Op: 1. 2. 3. 4. 5. Principais micronutrientes afetados: ferro; cálcio; B12 Cuidados nutricionais: Nutrição no Adulto e no Idoso Cirurgia Bariátrica dieta de muito baixa caloria: 500 a 800 kcal CHO ≥ 50g PTN: 1,5g/Kg ou ≥ 65–70 g/dia LIP: ≤ 30% @camilla.pnunes Técnica Perda de peso alvo Informações Foto RYGB (mista) 30 - 35% bolsa estomacal de 30 ml - 2 anastomoses - extremidade inferior do ID é conectada a bolsa estomacal e depois, a porção superior do intestino SG (restritiva) 25 - 30% remoção de 80% do estômago, sem desvios das alças -apenas sobra 150 ml iniciais BPD/DS (mista) 35 - 45% remoção de 60% do estômago com anatomia e fisiologia mantida - desvio intestinal reduz a absorção de nutrientes - pode ocasionar em esteatorreia LAGB (restritiva) 20 - 25% anel de silicone inflável e ajustável ao redor do estômago pode ser revertida Balão Balão (silicone) com cerca de 500 ml de líquido - diminuir capacidade gástrica, saciedade e volume residual dos alimentos - balão deve ser retirado depois de 6 meses - pré op de pacientes com IMC > 50 kg/m² ou IMC < 30 com insucesso por medidas de estilo de vida, farmacoterapia e com cirurgia contraindicada Nutrição no Adulto e no Idoso Cirurgia Bariátrica 50% de proteínas: carnes magras sem gordura 20% de CHO 30% de vitaminas e minerais: frutas e vegetais coloridos uso de suplementos nutricionais: whey, polivitamínico, ferro, cálcio e B12 ingestão hídrica de 30 ml/kg de peso Guia alimentar para pacientes bariátricos: @camilla.pnunes
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