Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Página inicial CONCEITO E A FORMAÇÃO DOS ARRANJOS PRODUTIVOS LOCAIS Professor (a) : Me. Julio Ernesto Colla Objetivos de aprendizagem • Definir Cluster de Negócios e Arranjo Produtivo Local (APL). • Compreender as Redes de Negócios como uma nova organização industrial. • Entender como os relacionamentos interorganizacionais proporciona vantagem competitiva. • Compreender como uma organização pode afetar outra organização. https://sites.google.com/view/posceredn1/p�gina-inicial https://getfireshot.com https://sites.google.com/view/posceredn1/p%C3%A1gina-inicial https://sites.google.com/view/posceredn1/p%C3%A1gina-inicial https://sites.google.com/view/posceredn1/p%C3%A1gina-inicial/unidade-1 https://sites.google.com/view/posceredn1/p%C3%A1gina-inicial/atividades https://sites.google.com/view/posceredn1/p%C3%A1gina-inicial/resumo https://sites.google.com/view/posceredn1/p%C3%A1gina-inicial/eu-indico https://sites.google.com/view/posceredn1/p%C3%A1gina-inicial/refer%C3%AAncias https://sites.google.com/view/posceredn1/p%C3%A1gina-inicial/aprofundando https://sites.google.com/view/posceredn1/p%C3%A1gina-inicial/editorial Plano de estudo A seguir, apresentam-se os tópicos que você estudará nesta unidade: • Tendências dos Mundos dos Negócios • Modelos de entendimento do fenômeno relacional • Relacionamentos interorganizacionais • Redes de Empresas Introdução Sabendo que a aglomeração de negócios é um tema bastante atual e que vem atraindo a atenção dos empresários no mundo dos negócios, vamos discorrer nesta unidade sobre conceitos que permitirão ao(à) aluno(a) compreender o que é cluster de negócios e arranjo produtivo local (APL). Além disso, explicaremos como as organizações podem se unir na formação de um Cluster de Negócios ou APL. Para facilitar a compreensão desses conceitos, apresentaremos modelos de entendimento do fenômeno, em que estudaremos como uma organização inserida em uma rede pode proporcionar vantagem competitiva. Durante o estudo do tema, o(a) aluno(a) compreenderá que uma organização afeta outra organização e que não existe possibilidade de uma empresa se isolar do ambiente externo. Assim, os relacionamentos interorganizacionais (quer dizer, entre organizações) são capazes de proporcionar competição e cooperação ao mesmo tempo. Enfrentando um processo acelerado de mudanças nas relações econômicas, as empresas consideram que a atuação em Redes de Negócios pode ser uma alternativa eficaz de sobrevivência. Essas redes nascem por meio da consolidação de vínculos sistemáticos entre empresas, os quais assumem diversas formas: aquisição de partes de capital, alianças estratégicas, externalização de funções da empresa dentre outras. Para que um relacionamento em Redes de Negócios aconteça de maneira saudável e eficaz para todos os envolvidos, as empresas devem ser permeadas por um clima extremo de confiança e reciprocidade, considerando-se a dependência entre os integrantes, além disso, cada integrante deve conhecer as condições de investimento e a maneira como são efetuadas as negociações dentro da rede. Por fim, o estudo desta unidade permitirá entender que uma rede de relacionamentos é capaz de beneficiar todos os envolvidos na cadeia, visando vantagem competitiva e estabilidade ambiental. Bom estudo! https://sites.google.com/view/posceredn1/p�gina-inicial https://getfireshot.com Avançar DOWNLOAD PDF UNICESUMAR | UNIVERSO EAD https://sites.google.com/view/posceredn1/p�gina-inicial https://getfireshot.com https://sites.google.com/view/posceredn1/p%C3%A1gina-inicial/unidade-1 https://drive.google.com/file/d/1AyhGnfyO5Nq4RtmZEjTh6EbfFV4KAx0f/view?usp=sharing Página inicial TENDÊNCIAS DO MUNDO DOS NEGÓCIOS As tendências mundiais de mercado exigem que as empresas adaptem-se a uma nova forma de organização industrial: a aglomeração de negócios. Esse conceito de aglomeração não surgiu repentinamente, todavia, só mais recente que o interesse por essa forma de organização tem se despertado nas empresas, uma vez que, mediante o aprendizado coletivo, as empresas perceberam que podem aumentar suas vantagens competitivas. Embora a necessidade de obter experiências locais de desenvolvimento seja uma preocupação atual, os conceitos que envolvem essa área apresentam uma variedade de terminologia que, por vezes, ainda são um pouco confusos. Para esclarecer algumas dúvidas conceituais, vamos iniciar esta unidade definindo dois conceitos básicos: clusters de negócios e arranjo produtivo local (APL). Clusters são concentrações geográficas de firmas setorialmente especializadas, principalmente de pequeno e médio porte (PMEs), onde a produção tende a ocorrer verticalmente desintegrada. Esses ambientes contêm serviços especializados, tanto de apoio às atividades produtivas como voltados à comercialização em mercados distantes [...], e redes de instituições públicas e privadas que sustentam as ações dos agentes, tendo em vista que representam e envolvem a organização de auto-ajuda (self help). Em muitos casos, observa-se a presença de identidade sociocultural, relacionada ao passado comum dos membros das sociedades locais, que contribui para galvanizar as relações entre os atores (LINS, 2000). Agora que definimos clusters , vamos aprender o que é APL: Aglomerações territoriais de agentes econômicos, políticos e sociais – com foco em um conjunto específico de atividades econômicas – que apresentam vínculos mesmo que incipientes. Geralmente envolvem a participação e a interação de empresas – que podem ser desde produtoras de bens e serviços finais até https://sites.google.com/view/posceredn1/p�gina-inicial/unidade-1 https://getfireshot.com https://sites.google.com/view/posceredn1/p%C3%A1gina-inicial https://sites.google.com/view/posceredn1/p%C3%A1gina-inicial fornecedores de insumos e equipamentos, prestadoras de consultoria e serviços, comercializadoras, cliente, entre outros – e suas variadas formas de representação e associação. Incluem também diversas outras instituições públicas e privadas voltadas para: formação e capacitação de recursos humanos, como escolas técnicas e universidades; pesquisa, desenvolvimento e engenharia; política, promoção e financiamento (ALBAGI; BRITO apud HIRATA, 2005, p. 56). APLs podem oferecer diversos benefícios para as organizações, como impactos significativos sobre o emprego e a renda locais, inovação tecnológica, especialização em partes do processo entre outros. Para Amorim (1998), os clusters caracterizam-se pela existência de um aglomerado de empresas as quais operam em um determinando negócio e estão localizadas dentro de certo raio de distância; pela atividade principal compartilhada por um expressivo número de firmas; pelo relacionamento intenso e contínuo com competição e cooperação; pelos proprietários das empresas desfrutarem e estimularem relações de confiança entre seus pares; pela existência de uma rede de instituições públicas e privadas que atuam como estimuladores e catalisadores do processo de entrosamento das firmas. A contribuição de Amorim (1998) acontece também na colaboração para o entendimento de cluster no que diz respeito a sua evolução, que, para a autora, está dividida em quatro fases: Observe os tópicos a seguir para saber mais: A figura a seguir ilustra essas quatro fases. https://sites.google.com/view/posceredn1/p�gina-inicial/unidade-1 https://getfireshot.com Figura 1: Fases de um Cluster Fonte: baseado em Amorim (1998) A abordagem desse assunto tem ganhado merecido destaque na economia industrial devido à necessidade de mudanças que as empresas estão enfrentando para tornarem-se mais competitivas, já que o ambiente externo tem colocado enormes dificuldades para as pequenas e médias empresas, impossibilitando-as de agir isoladamente. Assim, a cooperação tornou-se uma maneira de sobreviver em um ambiente globalizado, e as redes de empresas recebem assessoria gerencial e tecnológicade órgãos criados com essa finalidade. É interessante lembrar que a ideia de cooperação não é nova. Segundo Hirata (2005), Marshall, em 1982, já defendia que a proximidade geográfica das empresas possibilitava o surgimento de outras atividades subsidiárias, gerando um processo de conhecimento por meio das relações entre as empresas e seus fornecedores, criando condições para uma interação cooperativa no sentido da superação de problemas em comum. De toda forma, parece que a confiança entre os envolvidos é um fator importante para a busca de fortalecimento das relações entre as empresas. Fleury e Fleury (2001) consideram que o sistema empresarial japonês é fortemente baseado na interação estratégica e alinhamento de três formas básicas de organização industrial: a fábrica, a empresa e a rede interempresarial. Esses arranjos empresariais foram se constituindo ao longo da história do país e são classificados em três tipos: (1) os agrupamentos horizontais de companhias de diferentes indústrias e setores que os japoneses denominam de zaibatsu (como é o caso da Mitsubishi); (2) os agrupamentos verticais, os keiretsu , dominados por uma empresa com suas fornecedoras (por exemplo, a Toyota); e (3) os agrupamentos ad hoc , em que as empresas participam de um arranjo temporário de atividades, com duração limitada, como em determinados projetos incentivados pelo governo ou mesmo por iniciativa de associações empresariais. A aprendizagem organizacional é um fator que representa as necessidades internas para uma empresa colaborar com outra. Como a sua empresa pode aprender colaborando com outra? Percebe-se que a cooperação pode alavancar pequenas e médias empresas, possibilitando a elas melhores vantagens competitivas, no entanto, Lins (2000, p.237) afirma que a “[...] importância dos vínculos locais não significa postular que clusters passam a ser ilhas de solidariedade, pois a competição entre os agentes [...] sempre foi e segue sendo acirrada”. Essa questão pode trazer para as pequenas e médias empresas brasileiras mais representatividade na economia, o que auxilia nas dificuldades que lhes são impostas no dia a dia, as quais requererem políticas diferenciadas para serem superadas, o que muitas vezes não ocorre. Hirata (2005) diz que Marshall defende que a dimensão locacional oferece vantagens de produção em escala, desde que exista um grande número de empresas em uma localização específica. Esse fenômeno provoca, para as empresas envolvidas no processo, não só o aumento da eficiência e da capacidade competitiva, mas também que os ganhos de escala sejam coletivos, desde que exista uma ação conjunta dentro do próprio distrito e que a divisão do trabalho utilize a especialização dos recursos produtivos. Já sabemos que, nas relações de cooperação, os relacionamentos acontecem horizontal (clientes em comum, tecnologia e canais) e verticalmente (comprador- vendedor), incluindo trocas comerciais interempresas. Porter afirma que “uma vez formado um aglomerado, o grupo inteiro de indústrias passa a funcionar com uma espécie de apoio mútuo. Os benefícios fluem para frente, para trás e horizontalmente” (PORTER, 1998, p. 163). Além disso, Porter diz que os aglomerados mantêm a diversidade e superam o foco introspectivo e a acomodação entre os rivais. Isso se dá porque: https://sites.google.com/view/posceredn1/p�gina-inicial/unidade-1 https://getfireshot.com A rivalidade agressiva em um setor estende-se a outros no aglomerado, através de subprodutos, pelo exercício de barganha de poder e diversificação por empresas estabelecidas. O recém-egresso de outros setores industriais para dentro do aglomerado incita a modernização ao estimular a diversidade em abordagens em pesquisa e desenvolvimento e ao facilitar a introdução de novas estratégias e habilidades. Através dos canais dos fornecedores e clientes que têm contato com múltiplos concorrentes, a informação flui livremente, as inovações se difundem rapidamente. Interconexões dentro do aglomerado, frequentemente não previstas, conduzem a percepções de novas maneiras de competir e de novas oportunidades (PORTER, 1998, p. 163). Quanto aos fatores que determinam o aparecimento de um cluster , Porter (1990) indica que esse pode se dar pela: I. disponibilidade de fatores (qualificações especializadas, a proficiência da pesquisa universitária); II. demanda local incomum (demanda de equipamentos agrícolas e de irrigação em Israel); III. existência de setores fornecedores e correlatos ou um aglomerado relacionado; IV. ação fomentadora por uma ou duas empresas inovadoras; V. existência de fatores aleatórios, embora não sejam totalmente ao acaso. Ainda de acordo com Porter (1990), os aglomerados influenciam a competitividade das empresas que participam proporcionando, dentre outros: I. acesso a insumos e pessoal especializado com custo de transação mais baixo do que de fornecedores mais distantes; II. acesso à informação facilitado devido à concentração das atividades; III. complementaridade entre produtos e serviços, tais como projeto, logística, serviços de pós-venda, outros serviços correlatos, mão de obra de terceiros; IV. acesso a instituições e a bens públicos potencializados com pessoas disponíveis qualificadas em programas de treinamentos oficiais; acesso facilitado e mais econômico a assessorias técnicas em instituições locais; V. acesso mais dinâmico a novos componentes, máquinas ou outros elementos necessários para implementação de inovações em produtos, processos ou modelos logísticos. As redes de cooperação constituem importante mecanismo de sobrevivência das PMEs no enfrentamento da concorrência das grandes empresas, pois é recorrente na literatura especializada a associação de ações integradas de empresas desse segmento aos benefícios e à solução de problemas que dificilmente seriam resolvidos de forma individualizada. Dois estudiosos brasileiros, Fensterseifer e Wilk, no ano de 2005, pesquisaram o cluster vitivinícola do Rio Grande do Sul. A partir desse estudo, criaram um modelo que apresenta uma especificidade bastante pertinente para o presente estudo entender os clusters . Os autores classificaram os recursos de um cluster em três modalidades para que sejam adequadas às particularidades de um cluster . Os recursos foram classificados em recursos singulares, recursos sistêmicos e recursos de acesso restrito, conforme figura a seguir. https://sites.google.com/view/posceredn1/p�gina-inicial/unidade-1 https://getfireshot.com Figura 2: Competitividade do Cluster Fonte: Fernsterseifer e Wilk (2005) Os recursos singulares são os que pertencem às firmas individuais, sendo sustentados estrategicamente pela trajetória tecnológica individual da firma, história familiar, contratos de longo prazo, coespecialização de ativos, assimetrias de conhecimento ou mesmo por uma condição de base de imobilidade ou não negociabilidade, o que gera benefícios para todos os integrantes do cluster . Os recursos sistêmicos são aqueles que não pertencem a firmas individuais, mas que são compartilhados pelo todo, não influenciando na competição entre firmas dentro de um cluster , mas, sim, relacionando-se positivamente com os diferenciais de eficiência entre clusters de firmas, ou entre firmas pertencentes e não pertencentes a um cluster . As competências originadas em uma empresa, espalhadas por todo o cluster , são classificadas como recursos sistêmicos, ou seja, originam-se em uma organização e reverberam por todas as outras. Nos recursos sistêmicos, também estão incluídas as especificidades regionais como clima, temperatura, cultura e instituições de pesquisas regionais. Essas especificidades, além de gerarem esses recursos diferenciadores, também funcionam como barreiras de entrada para novos concorrentes. Os recursos de acesso restrito não pertencem a nenhuma firma individual, mas podem ser acessados de maneira privilegiadapor um subconjunto determinado de firmas do cluster . Os recursos restritos são aqueles que, apesar de não pertencerem a nenhum proprietário, contribuem para diferenças de desempenho entre as empresas que constituem um cluster . As questões históricas e política na formação do cluster representam esses recursos restritos, pois determinadas empresas não possuem poder para acessá-los. O estudo da formação do APL de metais sanitários mostra que a cooperação permite ganhos de eficiência que os produtores isolados não conseguem alcançar, ou seja, a formação de um arranjo eleva a capacidade de responder a crises e oportunidades. Entretanto, esse desenvolvimento aconteceu em virtude de iniciativas bem pensadas e articuladas, além da visão das tendências futuras. Barboza explica que este processo não aconteceu de forma mecânica e rígida. [...] a ciência econômica tem demonstrado com clareza que os países que realizaram os maiores avanços, tanto os da vanguarda histórica quanto os que saíram de diversos níveis de retaguarda, os alcançaram por uma consistente articulação de políticas públicas voltadas para o desenvolvimento produtivo e dos circuitos de distribuição. Encontramos exemplos desse processo na revolução infotelemática nos Estados Unidos, na explosão industrial dos tigres asiáticos, no gigantesco salto da China e na renovação radical do tecido econômico da Irlanda (BARBOZA, 2004, p. 12). https://sites.google.com/view/posceredn1/p�gina-inicial/unidade-1 https://getfireshot.com A formação de um APL faz com que as empresas repensem seu limite de atuação e analisem os diversos tipos de articulações que podem ser construídas com outras unidades produtivas, onde as decisões individuais não podem estar dissociadas de outras empresas com as quais exista alguma relação. Uma aglomeração permite o desenvolvimento das empresas aumentando sua especialização em determinadas competências, devido à maior flexibilidade organizacional e a estímulos para a cooperação industrial. Para Porter, o desenvolvimento dos clusters industriais acontece quando quatro fatores interagem e formam o que ele chama de “diamante competitivo”. Os fatores são: (1) estratégia da empresa, estrutura e rivalidade firmes, (2) condições de fatores, (3) condições de demanda e (4) Setores industriais correlatos e de apoio. A seguir, vamos estudar o diamante de Porter. As experiências sobre o desenvolvimento local de empresas que surgem do aglomerado empresarial são diversas em todo o país, mas uma muito interessante ocorre no interior do Paraná na cidade de Loanda. Leia mais sobre uma experiência de crescimento e desenvolvimento das indústrias de metais sanitários de Loanda-PR no site disponível em: http://www.agenciafiep. com.br/noticia/em-5-anos-dobra-a-producao- no-apl-de-loanda/ >. https://sites.google.com/view/posceredn1/p�gina-inicial/unidade-1 https://getfireshot.com http://www.google.com/url?q=http%3A%2F%2Fwww.agenciafiep.&sa=D&sntz=1&usg=AFQjCNFYbPyeEmdJAHRTC3rE7WKIJ_0YwA http://www.google.com/url?q=http%3A%2F%2Fwww.agenciafiep.&sa=D&sntz=1&usg=AFQjCNFYbPyeEmdJAHRTC3rE7WKIJ_0YwA MODELOS DE ENTENDIMENTO DO FENÔMENO RELACIONAL O diamante de porter Vimos que o desenvolvimento dos clusters industriais depende da interação dos quatros fatores anteriormente citados. Cada um desses fatores define um ponto no diamante. O quadro a seguir, além de mostrar o que é cada um desses fatores, nos permite perceber como cada um depende frequentemente do outro. Vamos estudá-lo para entender como o diamante de Porter pode oferecer vantagem competitiva. Quadro 1: Fatores de Interação Fonte: Porter (1998) https://sites.google.com/view/posceredn1/p�gina-inicial/unidade-1 https://getfireshot.com Para Porter, algumas empresas vão melhor que outras porque esses quatro atributos, individualmente e como um sistema, proporcionam que as empresas ganhem vantagem competitiva e que elas possam modernizar essas vantagens ao longo do tempo. O autor explica que: Estes determinantes criam o ambiente nacional no qual as empresas nascem e aprendem a competir. Cada ponto do diamante – e o diamante como um sistema – afeta os ingredientes essenciais para se alcançar sucesso competitivo internacional; a disponibilidade de recursos e habilidades necessárias à vantagem competitiva no setor; a informação que dá forma às oportunidades percebidas pela empresa e à orientação utilizada para seus recursos e habilidades; as metas de proprietários, gerentes e indivíduos nas empresas; e, mais importante ainda, as pressões sobre as empresas para investirem e inovarem (PORTER, 1998, p. 150). O diamante de Porter mostra os quatro fatores interagindo entre si, formando o diamante como um sistema. Ele é representado na figura a seguir: Figura 1: O diamante de Porter Fonte: Porter (1998) É possível entender, por meio do diamante, que, em um ambiente de aglomerados, os setores que competem entre si não estão espalhados desordenadamente, mas sim conectados por meio de relacionamentos verticais ou horizontais. Um forte exemplo é a supremacia do Japão em produzir computadores portáteis, onde a especialização técnica em telas de cristal líquido se deu pela forte produção de calculadoras e relógios. Todavia, fica evidente que, para as nações tornarem-se competitivas, as indústrias devem estar próximas geograficamente para que possam se desenvolver tecnologicamente e formar mão de obra qualificada. Estudando o diamante de Porter, fica claro que as aglomerações tornaram-se um modelo de desenvolvimento e aperfeiçoamento para determinados produtos em determinadas regiões. Em seguida, veremos dois tipos de APL e suas peculiaridades nas regiões nordeste e sul. https://sites.google.com/view/posceredn1/p�gina-inicial/unidade-1 https://getfireshot.com Seridó – rio grande do norte O Seridó é a região central do Rio Grande do Norte recheada de belezas naturais; fortes traços culturais ditam a deliciosa gastronomia local, destacando-se ainda a presença marcante da religião, do artesanato diverso e da arquitetura peculiar. Se a natureza não dotou a região de abundância em água e terra fértil, a sociedade que aí se desenvolveu é constituída de pessoas que sempre valorizaram a educação, têm iniciativa, são solidárias entre si e sabem se organizar para conquistar o que julgam importante e não se deixam abater pelas adversidades. Um povo com uma cultura muito especial, que sabe o que quer e sabe construir seus próprios caminhos. Com tanto potencial e tantas possibilidades, essa é, sem dúvida, uma região viável. Os pesquisadores Roseanne Azevedo de Albuquerque e Kleber Cavalcanti Nóbrega, no ano de 2013, identificaram e analisaram as motivações, ações estratégicas e benefícios envolvidos nos arranjos produtivos locais. Através de uma metodologia contemplaram tanto uma pesquisa bibliográfica e quanto de campo, com aplicação de questionário junto aos empresários das indústrias do arranjo produtivo local de panificação do Rio Grande do Norte. O estudo dos pesquisadores evidenciou que uma das principais motivações das empresas é o fato delas estarem envolvidas em uma aglomeração econômica provocada por vantagens provenientes da localização e pela busca de legitimidade proporcionada pela formação de um grupo, em vez de uma atuação isolada, notadamente, quando as empresas são de pequeno porte. Atualmente, o Seridó é muito valorizado pela qualidade de seus produtos. Tanto que a produção de outras regiões usa a “marca Seridó” para se viabilizar junto aos consumidores. Os primeiros teares chegaram à cidade de Jardim de Piranhas em 1945 e de lá pra cá muita coisa mudou. Os empreendedores da região se organizaram no APL de Tecelagem do Seridó e investiram em inovação do design dos seus produtos, promoveram treinamentos gerenciais e consultorias tecnológicas que otimizaram todo o processo produtivo das empresas. Os teares rudimentares foram substituídos por máquinasmodernas. A produção cresceu e se desenvolveu, conquistando novos mercados. Atualmente, as Tecelagens de Jardim de Piranhas empregam mais de quatro mil pessoas direta e indiretamente e movimentam a economia da região, ajudando a tecer a melhoria da qualidade de vida da comunidade e criando uma perspectiva de um futuro melhor. Quando você escolhe um produto Tecelagens do Seridó está levando, além da qualidade, uma tradição passada de pai para filho há mais de 60 anos. Confecções – maringá A atividade de confecções foi responsável, em 2003 (SEFA), por um faturamento de R$224 milhões, aproximadamente 6% do faturamento da atividade industrial na Microrregião de Maringá. Por outro lado, caracteriza-se pela elevada participação no emprego industrial regional, do qual representa 25%. Cabe salientar que, nesta microrregião, o emprego na confecção está praticamente concentrado no município de Maringá, que responde por 84% dos postos de trabalho formais do setor. Pelos dados do MTE/RAIS, em 2003, existiam 569 empresas registradas na microrregião, das quais 474 (83%) estavam localizadas no seu município polo (Maringá), com predominância de micro e pequenas, inexistindo grandes estabelecimentos (250 ou mais empregos). Vale destacar que a Microrregião de Maringá juntamente com a de Cianorte constituem os dois principais polos de confecções do Estado do Paraná. https://sites.google.com/view/posceredn1/p�gina-inicial/unidade-1 https://getfireshot.com As empresas visitadas em Maringá são todas de capital regional. A atividade é relativamente nova na região, sendo a maioria das empresas criadas nos últimos vinte anos, o que propiciou o surgimento de uma nova geração de empresários locais. Alguns deles relacionam as dificuldades de interação dos empreendedores locais com a recente formação desse empresariado. Nessa visão, a geração pioneira na atividade era constituída por pessoas oriundas do meio rural, que viram na atividade de confecção uma alternativa de ocupação e renda urbana, ou seja, uma base cultural não vinculada, na sua origem, ao “mundo da moda”. Essa nova visão da atividade apenas recentemente vem-se consolidando. Maringá possui instituições (Sindivest, Vestpar) com um papel importante na organização e representação política do setor de confecção na região e no Estado, porém sua atuação, em termos de promoção de ações coletivas que visem à maior eficiência e competitividade da aglomeração produtiva local, é muito recente. Contudo, já se observam algumas iniciativas locais com vistas à organização de um consórcio para exportação envolvendo cerca de 60 empresas da região (Programa Setorial Integrado – PSI); ao fortalecimento da produção regional por meio do desenvolvimento de ações integradas (Projeto Corredor da Moda, capitaneado pelo Conselho de Desenvolvimento de Maringá – CODEM), que prevê reunir empresas localizadas no eixo Londrina-Maringá); e à instalação de um Condomínio Industrial, abrigando empresas do ramo e a sede do Sindivest. Comparativamente aos demais APLs do segmento no Estado, as empresas de confecções instaladas em Maringá caracterizam-se por maior heterogeneidade no seu nível tecnológico e diversidade em sua pauta de produtos, que vai desde a produção especializada em jeans até aquela direcionada a públicos segmentados, como moda gestante, moda ginástica, moda social, lingeries entre outros. Por outro lado, as empresas locais utilizam com menos frequência a prática de terceirização de etapas do processo produtivo. De acordo com o Sindivest, são dez as empresas avançadas tecnologicamente, sendo as mesmas responsáveis por aproximadamente 20% a 30% da produção do segmento no município. O grande mercado da região é nacional, especialmente os estados de São Paulo, Paraná, Rio Grande do Sul e Mato Grosso do Sul. Há que destacar que Maringá constitui um grande centro distribuidor, com toda a infraestrutura necessária para a realização das operações de venda. Em termos de exportação, esta representa no máximo 5% de toda a comercialização do arranjo. A aquisição de matéria-prima é feita predominantemente junto a fornecedores de São Paulo, Santa Catarina e Rio Grande do Sul, com reduzida parcela das compras realizadas no Paraná. Cabe ressaltar que a Microrregião de Maringá foi a que apresentou o maior número de classes industriais relacionadas para o setor de confecções com relevância estatística, ou seja, com densidade de estabelecimentos e especialização produtiva (importância da atividade para a região). Porém, a caracterização de um APL depende de algumas variáveis, mesmo que elas se apresentem em diferentes graus de intensidade. Essas variáveis são determinadas pelo Governo Federal e, por meio delas, a caracterização de um APL ocorre ou não. São elas: a concentração setorial de empreendimentos no território, a concentração de indivíduos ocupados em atividades produtivas relacionadas com o setor de referência do APL, cooperação entre os atores participantes do arranjo e a existência de mecanismos de governança. A seguir, vamos explicar o que significa cada variável acima citada de acordo com o Termo de Referência para Política Nacional de Apoio ao Desenvolvimento de Arranjos Produtivos Locais do Governo Federal do Brasil por meio da política de Apoio ao Desenvolvimento de Arranjos Produtivos Locais. A concentração setorial de empreendimentos no território Por concentração, entende-se a quantidade de empreendimentos, predominantemente de micro, pequeno e médio porte, que seja relevante para o contexto econômico local ou regional. O número mínimo de unidades produtivas que compõe um APL deve ser relativizado também em relação às particularidades do setor e do território onde se localiza o arranjo. O conceito de empreendimento é aquele mais amplo de unidade produtiva, contemplando empreendimentos individuais e coletivos. https://sites.google.com/view/posceredn1/p�gina-inicial/unidade-1 https://getfireshot.com Por concentração setorial, entende-se um complexo produtivo, englobando inclusive atividades menos estruturadas, com predominância de atividades produtivas de um determinado setor. Por território, de um APL entende-se seu espaço físico, que não deve ultrapassar dimensão microrregional. Um APL pode diferir dos limites geográficos, políticos e administrativos formais. A delimitação depende da concentração e da dinâmica da atividade econômica. Pode ser um município, parte de um município ou um conjunto de municípios, situados em um mesmo estado ou na confluência de dois ou mais estados. Concentração de indivíduos ocupados em atividades produtivas relacionadas com o setor de referência do APL É a quantidade de indivíduos ocupados que seja relevante para o contexto econômico local ou regional, levando-se em conta as particularidades do setor e do território onde se localiza o arranjo. Cooperação entre os atores participantes do arranjo (empreendedores e demais participantes) em busca de maior competitividade Por cooperação, entendem-se formas percebidas de interação entre os atores do arranjo, para a realização de ações que buscam um objetivo comum relacionado ao desenvolvimento sustentável do arranjo. A cooperação pode acontecer entre as unidades produtivas, mas também entre estas e outras instituições presentes no arranjo, tais como associações de classe, associações comerciais, redes de empresas, instituições de ensino e pesquisa, ONG etc., além da cooperação entre instituições que atuam localmente. O governo apresenta diretrizes básicas para consolidar a formação de um APL. A grande questão, entretanto, é determinar qual o papel do governo diante de um aglomerado. Para Porter, o governo deve funcionar como um catalisador e desafiador, encorajando ou forçando as empresas a ampliarem suas aspirações para alcançarem níveis mais altos de desempenho. “As políticas do governo que têm sucesso são aquelas que criam um ambiente no qual asempresas possam ganhar vantagem competitiva mais do que aquelas que envolvem o governo diretamente no processo” (PORTER, 1998, p. 164). A colaboração empresarial, como é tratada em todo este material, tem apresentado diversos benefícios às comunidades e empresas. Esses benefícios estão em diversos campos, em especial, nos campos econômicos, sociais e ambientais. Convido a você, aluno(a), a saber mais sobre a colaboração entre empresas e seus benefícios, acessando o site disponível em: < http://www.teleco.com.br/tutoriais/tutorialcolaborativas/pagina_2.asp >. Acesso em: 11 ago. 2014. Um exemplo de sucesso é o governo japonês, que entende os diferentes estágios de desenvolvimento das empresas e toma medidas de acordo com o progresso da economia, como no caso de o governo acelerar o ritmo da inovação para que as empresas possam tornar-se pioneiras em tecnologia de ponta. No Brasil, são cada vez mais frequentes ações governamentais em benefício dos APLs. O governo tem criado políticas que estimulam a governança local e introduz elementos tecnológicos que possibilitam a criação de estratégias competitivas, além de https://sites.google.com/view/posceredn1/p�gina-inicial/unidade-1 https://getfireshot.com http://www.google.com/url?q=http%3A%2F%2Fwww.teleco.com.br%2Ftutoriais%2Ftutorialcolaborativas%2Fpagina_2.asp&sa=D&sntz=1&usg=AFQjCNG_wXCXzGHpX6zRcamdMbONXDIIyw auxiliar na capacitação da mão de obra. De acordo com o SEBRAE, os arranjos produtivos locais apresentam suas próprias complexidades e características econômicas, socioculturais, entre outras. Quanto ao nível de desenvolvimento, os APLs podem ser classificados em três níveis: (1) Arranjos incipientes: são os arranjos desarticulados, carentes de lideranças legitimadas. (2) Arranjos em desenvolvimento: as lideranças são mais capacitadas e legitimadas, organizando-se em entidades de classe, defendendo interesses regionais, em vez de particulares. (3) Arranjos desenvolvidos: são aqueles arranjos produtivos cuja interdependência, articulação e vínculos consistentes resultam em interação, cooperação e aprendizagem. RELACIONAMENTOS INTERORGANIZACIONAIS Primeiro, ressalta-se que relações interorganizacionais podem ser muitas coisas: redes e relações de poder, redes e relações sociais, redes institucionais, redes estratégicas ou de competitividade. Essa é a ideia geral que deve nortear o(a) leitor(a). Uma organização afeta outra organização. Essa afirmação nos faz pensar que os relacionamentos de uma organização individual ocorrem mediante as ações de outras organizações. O relacionamento interorganizacional pode acontecer de maneira competitiva ou de forma cooperativa. A cooperação acontece não somente quando falamos de APLs. Os indivíduos são extremamente afetados pelas relações interorganizacionais, quando, por exemplo, alguém precisa de um médico específico e é encaminhado por outro para que sua especialidade seja atendida. Os relacionamentos interorganizacionais se apresentam em três formas. A primeira e mais simples é o relacionamento duplo (ou em par). A segunda forma é o conjunto interorganizacional, em que a ênfase está em um órgão central e em seus relacionamentos duplos com outras organizações. A terceira forma são as redes interorganizacionais. Estas são mais abrangentes e todas as organizações são unidas por um tipo específico de relação. https://sites.google.com/view/posceredn1/p�gina-inicial/unidade-1 https://getfireshot.com As três formas de relacionamento interorganizacional serão representadas nas figuras a seguir: Figura 1: Relacionamento Interorganizacional duplo ou em par Fonte: Hall (2004) Figura 2: Conjunto Interorganizacional Fonte: Hall (2004)) duplo ou em par Fonte: Hall (2004) Figura 3: Rede interorganizacional Fonte: Hall (2004) A Figura 3 mostra que as redes de organizações podem ser complexas. Van de Vem e Ferry ( apud HALL, 2004) afirmam que as “redes constituem o padrão total de inter-relacionamentos entre grupo de organizações que se coordenam entre si em um sistema social para atingir metas coletivas e de interesse próprio ou resolver problemas específicos em uma população-alvo” (HALL, 2004, p. 208). Em uma rede de organizações envolvidas em transplantes de órgãos humanos, cada organização envolvida tem, geralmente, boas intenções, mas também tem seus próprios interesses, e o receptor, neste caso, se depara com várias organizações envolvidas no processo de doação. Outro tipo de relacionamento interorganizacional é a joint venture . Quando acontece a união das organizações em uma parceria e é criada uma nova entidade organizacional, ocorre uma joint venture . Um exemplo comum são as iniciativas de exploração de petróleo e gás, ou as alianças formadas entre faculdades particulares. Em outras palavras, na joint venture , as empresas em cooperação formam uma empresa independente na qual investem (BARNEY; HESTERLY, 2011). https://sites.google.com/view/posceredn1/p�gina-inicial/unidade-1 https://getfireshot.com Um grupo de pesquisa formado por Wenceslau Almada Pessoa Neto, Fátima Regina Ney Matos, Diego de Queiroz Machado, Maria Clara Cavalcante Bugarim, Augusto Marcos Carvalho de Sena, no ano de 2012, analisou as ações coletivas a partir do sistema de relações, descrevendo as suas influências na aprendizagem do APL Arte Cerâmica Vermelha de Teresina, Piauí. Os pesquisadores utilizaram um estudo de caso qualitativo com a metodologia de Análise de Redes Sociais (ARS). Nesse estudo, pôde-se concluir que as ações mais significativas para o arranjo são originadas pela atuação dos atores críticos da rede e que as interações entre estes são extremamente importantes para o aprendizado do APL, uma vez que, por meio delas, são geradas fontes de informação, internalizadas pela cooperação e interação entre os seus atores. Os relacionamentos interorganizacionais também apresentam dificuldades. Hall diz que “uma dificuldade considerável nas análises interorganizacionais é ordenar as unidades de investigação” (HALL, 2004, p. 208). O autor apresenta quais são as unidades de investigação e completa a ideia afirmando que cada alternativa interage com as demais. Figura 4: Ordens casuais alternativas Fonte: Hall (2004, p. 210) Cada alternativa refere-se a um possível ordenamento casual. Não podemos dizer qual dos ordenamentos seria ótimo ou qual seria ruim, já que as alternativas interagem-se. Vamos estudar agora sobre como ocorrem os relacionamentos interorganizacionais. Veremos quais características do ambiente geral são importantes, os fatores situacionais que influem nos relacionamentos, as razões para a interação, o fluxo de recursos e as formas de interação. O que você pensa da seguinte afirmação: os relacionamentos interorganizacionais permitem que as organizações sejam interdependentes quanto aos recursos. Isso faz sentido para as empresas que você conhece? Características ambientais gerais Algumas características são de extrema importância para os relacionamentos interorganizacionais, tais como as condições tecnológicas, legais, políticas, econômicas, demográficas, ecológicas e culturais. Uma base importante para a interação, por https://sites.google.com/view/posceredn1/p�gina-inicial/unidade-1 https://getfireshot.com exemplo, são as obrigações legais. Já as condições culturais podem reprimir ou apoiar os relacionamentos interorganizacionais. Outro fator importante refere-se às turbulências econômicas, políticas e sociais, pois, por meio delas, há uma maior interconexão entre as organizações em um sistema e, à medida que a turbulência aumenta, podem ocorrer mais relacionamentos interorganizacionais. Hall explica que a complexidade ambiental desempenha um papel similar ao da turbulência, quando aumenta o número de atividades e situações no ambiente em função da complexidade crescente. Isso acontece porque as organizações especializam-se em algumas atividades paralidarem com a complexidade, o que resulta em um sistema informalmente interligado necessário para a sobrevivência das organizações. O ambiente também pode ser analisado considerando um conjunto de dimensões diferentes, como a capacidade ambiental, a homogeneidade-heterogeneidade, a estabilidade-instabilidade, a concentração-dispersão, o consenso-dissensão, e a própria turbulência. A capacidade ambiental provoca uma grande discussão sobre seu impacto. Há autores que acreditam que, quanto menos quantidade de recursos financeiros, haverá menos serviços sociais e menos elos interorganizacionais. Por outro lado, alguns autores acreditam que a falta de recursos aproxima as organizações. Todavia a homogeneidade-heterogeneidade exerce impacto nas organizações que possuem interações, Sendo que um ambiente heterogêneo possui capacitação para um número maior de interações. Um ambiente heterogêneo conduz a uma proliferação de programas organizacionais, os quais podem contribuir para um nível mais elevado de interação interorganizacional (ALDRICH apud HALL, 2004, p. 211). O fator estabilidade-instabilidade pode apresentar diversas consequências nos relacionamentos interorganizacionais. Uma organização que tenha uma clientela estável e que proporcione certeza às organizações terá menos necessidade de interação, o que também pode proporcionar o desenvolvimento de relacionamentos formalizados ou rotinizados. Todavia, a concentração contribui para a interação. “De modo similar, o parâmetro consenso-dissensão aparenta ter um relacionamento em uma única direção com as interações interorganizacionais, sendo que o consenso sobre o domínio contribui para mais interações” (HALL, 2004, p. 211). Hall afirma que as organizações se especializam em algumas atividades para lidarem com a complexidade. Nesse sentido, os APLs podem, simplesmente, ser organizações especializadas em partes do processo? Formas de interação Hall (2004) explica que os relacionamentos interorganizacionais resultam da interação entre as organizações. O autor defende que essa interação pode ser estruturada de diversas maneiras. Para Hall, as formas de interação são as seguintes: 1. Interações interorganizacionais podem ser formalizadas em graus variados. 2. Os relacionamentos podem ser padronizados, onde cada interação é tratada como única quando existe pouca padronização. 3. Relacionamentos variam em sua importância. 4. A frequência de interações pode ser relacionada tanto à cooperação, quanto ao conflito entre as organizações. 5. Os relacionamentos podem variar em reciprocidade, onde um pequeno fornecedor pode ser inteiramente dependente de um grande cliente. https://sites.google.com/view/posceredn1/p�gina-inicial/unidade-1 https://getfireshot.com 6. Os poderes são diferentes entre as organizações, já que pode existir um desequilíbrio da dependência. 7. Os relacionamentos interorganizacionais podem assumir a forma de cooperação ou de conflito. 8. Os relacionamentos podem variar no grau de coordenação presente (HALL, 2004, p. 218). A cooperação pode ser de dois tipos: a primeira é a cooperação produtiva, que visa à obtenção de economias de escala e de escopo, bem como à melhoria dos índices de qualidade e produtividade. A segunda é a cooperação inovativa, que resulta na diminuição de riscos, custos, tempo e, principalmente, no aprendizado interativo, dinamizando o potencial inovativo do Arranjo Produtivo Local. REDES DE EMPRESAS De acordo com o Glossário de Arranjos e Sistemas Produtivos e Inovativos Locais de Lastres e Cassiolato (2003), é possível estabelecer uma diferenciação entre os conceitos de “firmas em rede”, “indústrias em rede” e “redes de firmas”. O conceito de empresa em rede refere-se a mudanças na organização interna da firma, decorrentes da evolução da firma estruturada em múltiplas divisões independentes entre si (multidivisional), para um novo padrão de articulação entre as diferentes instâncias produtivas e organizacionais, possibilitado pelo desenvolvimento das tecnologias de informação-telecomunicação. O conceito de indústria (ou setor industrial) em rede está associado, em geral, a setores de infraestrutura (telecomunicações, energia, saneamento etc.), baseando-se no estabelecimento de um padrão de interconexão e compatibilidade entre tecnologias e características técnicas de processos produtivos realizados nas diferentes unidades produtoras daquela atividade. Nesse caso, a eficiência da organização da indústria em pauta está intimamente associada ao formato “em rede”. Finalmente, o conceito de Rede de Negócios refere-se a arranjos interorganizacionais baseados em vínculos sistemáticos formal ou informal de empresas autônomas para aumentar a competitividade dos seus negócios. Essas redes nascem por meio da consolidação de vínculos sistemáticos entre firmas, os quais assumem diversas formas: aquisição de partes de capital, alianças estratégicas, externalização de funções da empresa etc. Essas redes podem estar relacionadas a diferentes elos de uma determinada cadeia produtiva (conformando redes de fornecedor- produtor-usuário), bem como estarem vinculadas a diferentes dimensões espaciais (a partir das quais se conformam redes locais, regionais, nacionais ou supranacionais). https://sites.google.com/view/posceredn1/p�gina-inicial/unidade-1 https://getfireshot.com A atuação em redes vem sendo considerada uma alternativa eficaz para enfrentar o processo acelerado de mudanças nas relações econômicas. No caso das redes de fornecedores, geralmente as pequenas firmas se concentram em torno de grandes empresas para o fornecimento de insumos ou serviços. Fatores situacionais Os fatores situacionais são pré-condições para os relacionamentos interorganizacionais. Podemos citar cinco fatores importantes: conscientização, consenso-dissensão no domínio, proximidade geográfica, dependência localizada e tamanho. 1) Conscientização O reconhecimento a outras organizações e o reconhecimento de que sua organização é interdependente de outras organizações é o que entendemos por conscientização, pois as relações interorganizacionais não acontecem automaticamente, sem que exista uma conscientização da interdependência entre as organizações envolvidas. A conscientização acontece em diferentes níveis, ou seja, existe uma forma de hierarquia: Ocorre, primeiro, uma conscientização geral da existência de outras organizações e de suas atividades. O próximo nível envolve o conhecimento mútuo entre os dirigentes das organizações. O foco nos dirigentes, provavelmente, é muito limitado, porque relações pessoais entre os quadros de pessoal seriam de grande importância em alguns casos. Os próximos níveis de conscientização envolvem interações específicas e participação conjunta nos conselhos de administração (HALL, 2004, p. 212). Uma forma comum de relacionamento interorganizacional e conscientização, que não recebe devida atenção, são os laços de amizades que podem existir entre indivíduos que trabalham em determinadas organizações. Em Sydney, na Austrália, um estudo revelou que a amizade entre os gerentes de hotéis resultou em maior colaboração e maior troca de informações entre eles, enquanto a concorrência diminuía. 2) Consenso-dissensão no domínio De uma forma bastante simplista, domínio é a área geográfica atendida por uma organização. Para um centro de saúde, seu domínio são os bairros, enquanto para hotéis, são as cidades. Como esse tema tem significado de grande relevância para os relacionamentos interorganizacionais, sua definição deve ser um pouco mais abrangente. Vamos considerar que domínio diz respeito ao nível de concordância entre as organizações e suas relações interorganizacionais, ou seja, os papéis que as organizações desempenham em relação à outra a respeito de seus programas e serviços e dos clientes a ser atendidos são críticos para as organizações envolvidas e incluem temas comoa possibilidade de pares de organizações atenderem clientes comuns (MOLNAR apud HALL, 2004, p. 213). 3) Proximidade geográfica A proximidade geográfica pode facilitar os relacionamentos interorganizacionais. Quando as organizações estão fisicamente próximas, fica mais fácil tomar decisões que envolvam mais de uma organização. Essa interação ocasionada pela proximidade geográfica não é alcançada em organizações que estão situadas em áreas geográficas distantes. 4) Dependência localizada https://sites.google.com/view/posceredn1/p�gina-inicial/unidade-1 https://getfireshot.com Para Hall, a dependência localizada está relacionada à proximidade geográfica, já que os recursos são obtidos de fontes localizadas e não em áreas dispersas. A dependência localizada refere-se à medida que os recursos necessários são obtidos somente de uma área local, em vez de uma base de recursos mais amplamente dispersa. Se as organizações com dependência localizada forem bem-sucedidas na obtenção de recursos localizados, elas serão mais poderosas ou importantes na rede de organizações em uma comunidade (HALL, 2004, p. 214). O contrário também pode acontecer, quando uma organização tem grande dependência localizada e o acesso aos recursos é reduzido, a organização fica fragilizada e suscetível ao poder de outras. 5) Tamanho Existe um número finito de organizações disponíveis para interação. Isso proporciona mais alternativas para as organizações na obtenção de recursos e fluxos de clientes. Por outro lado, a possibilidade de um grande número de relacionamentos enfraquece a qualidade desses relacionamentos. “Muitos elos reduzem a possibilidade de cada um ser forte, de modo que existiria uma maior proporção de vínculos superficiais em uma grande rede do que em uma rede pequena” (HALL, 2004, p. 214). As pesquisadoras Juliene Barbosa Ferreira e Marisa dos Reis A. Botelho, no ano de 2013, analisaram o comportamento estratégico das empresas do arranjo produtivo local – APL Cerâmico de Ituiutaba – MG, conforme a tipologia proposta por Miles e Snow (1978). Como forma de operacionalizar o estudos, elas utilizaram dois questionários, um elaborado pela RedeSist para análise do APL e outro elaborado por Conant, Mokwa e Varadarajan (1990) para identificação do comportamento estratégico. Foram entrevistadas 15 das 17 empresas do APL. Elas verificaram que existe uma correlação positiva entre comportamento estratégico e atividades inovativas do arranjo e entre o comportamento estratégico e as relações de cooperação. Apenas uma empresa apresenta comportamento prospectivo, três reativas e as outras analíticas e defensivas. Razões para interação Podemos considerar que, em um relacionamento interorganizacional, três razões são fundamentais para acontecer uma interação entre as organizações. A primeira é a obtenção e alocação de recursos, tais como instalações, materiais e produtos. A segunda razão é a formação de coalizão para defesa e vantagem política. A última razão para interação consiste em obter legitimidade ou aprovação pública. Fluxo de recursos Os relacionamentos interorganizacionais permitem que as organizações sejam interdependentes quanto aos recursos. A interdependência acontece quando duas ou mais organizações são dependentes dos recursos que a outra organização tem acesso. Os recursos são variados. Podem ser informações, dinheiro ou apoio social. Organizações que têm maiores recursos tendem a ser mais interdependentes. https://sites.google.com/view/posceredn1/p�gina-inicial/unidade-1 https://getfireshot.com O fluxo de recursos é determinante em um relacionamento interorganizacional. Em uma empresa prestadora de serviço, por exemplo, quanto maior a transferência de clientes, maior a intensidade do relacionamento. E quanto mais intenso o relacionamento, maior a dependência. A intensidade das relações interorganizacionais não é dependente da frequência com que ocorrem esses relacionamentos, pois interações muito intensas podem ser pouco frequentes. Outro ponto importante é que os relacionamentos são mais intensos nas crises. Avançar UNICESUMAR | UNIVERSO EAD https://sites.google.com/view/posceredn1/p�gina-inicial/unidade-1 https://getfireshot.com https://sites.google.com/view/posceredn1/p%C3%A1gina-inicial/atividades Página inicial ATIVIDADES 1. Quais dos fatores relacionados a seguir não são determinantes para o aparecimento de um cluster ? a) Disponibilidade de fatores como qualificações especializadas e a proficiência da pesquisa universitária. b) Demanda local incomum. c) Existência de setores fornecedores e correlatos ou um aglomerado relacionado. d) Inexistência de ação fomentadora por uma ou duas empresas inovadoras. 2. Assinale a alternativa correta: a) Nos APLs, as empresas, geralmente, participam e não interagem. b) Nos APLs, as empresas, geralmente, não participam e interagem. c) Nos APLs, as empresas, geralmente, participam e interagem. d) Nos APLs, as empresas não participam e nem interagem entre si. 3. “Uma organização afeta a outra”. Diante dessa afirmação, assinale qual alternativa melhor expõe o que podemos concluir com relação a uma empresa em um APL. a) As organizações são independentes uma das outras. b) As organizações podem se ajudar mutuamente e procurar resultados coletivos. c) As organizações devem pensar somente nos seus próprios resultados. d) Não há relação nenhuma entre as organizações de uma localidade. 4. Porter acredita que algumas empresas vão melhor que outras porque: https://sites.google.com/view/posceredn1/p�gina-inicial/atividades https://getfireshot.com https://sites.google.com/view/posceredn1/p%C3%A1gina-inicial https://sites.google.com/view/posceredn1/p%C3%A1gina-inicial a) Existem quatro fatores de interação que, individualmente e como um sistema, proporcionam que as empresas ganhem vantagem competitiva e que elas possam modernizar essas vantagens ao longo do tempo. b) Existem quatro fatores de interação que, individualmente e como um sistema, NÃO proporcionam que as empresas ganhem vantagem competitiva. c) Os quatros fatores apresentados não interagem entre si. 5. Qual das formas de relacionamento abaixo reflete o tipo mais simples de relação entre empresas: a) Relacionamento interorganizacional duplo ou em par. b) Conjunto interorganizacional. c) Rede interorganizacional. d) Nenhuma das alternativas. 6. São formas de interação entre empresa em relacionamentos: a) Interações interorganizacionais podem ser formalizadas em graus variados. b) Os relacionamentos podem ser padronizados, em que cada interação é tratada como única quando existe pouca padronização. c) Relacionamentos variam em sua importância. d) Todas as alternativas anteriores. 7. Os fatores situacionais são pré-condições para os relacionamentos interorganizacionais. Podemos citar cinco fatores importantes: conscientização, consenso-dissensão no domínio, proximidade geográfica, dependência localizada e tamanho. Qual alternativa abaixo descreve o fator proximidade geográfica. a) Existe um número finito de organizações disponíveis para interação. b) As organizações estão fisicamente próximas, fica mais fácil tomar decisões que envolvam mais de uma organização. c) Organizações distintas são melhores para colaborar entre si. d) Nenhuma das alternativas. 8. Quais as razões para fazer a interação entre as organizações? a) Obtenção de recursos. b) Formação de coalizões para a defesa e vantagem política. c) Obter legitimidade ou aprovação pública. d) Todas as anteriores. Resolução das atividades https://sites.google.com/view/posceredn1/p�gina-inicial/atividades https://getfireshot.com https://sites.google.com/view/posceredn1/p%C3%A1gina-inicial/resumo Avançar UNICESUMAR | UNIVERSO EAD https://sites.google.com/view/posceredn1/p�gina-inicial/atividades https://getfireshot.com https://sites.google.com/view/posceredn1/p%C3%A1gina-inicial/resumoPágina inicial RESUMO Nesta unidade, vimos que a aglomeração de negócios é uma tendência e que tem trazido muitos benefícios para as empresas que dela participam. Aprendemos também o que são Redes de Negócios, e que esse tipo de relacionamento permite que as empresas possam cooperar entre si e, ao mesmo tempo, competir. Evidentemente que formar um relacionamento em rede eficaz requer uma capacidade de confiança mútua entre as empresas, o que pode ser um processo um tanto quanto difícil. O assunto tem se tornado tão importante no cenário mundial que muitas áreas têm apresentado interesse em estudar a formação de um cluster de negócios. Não é à toa que existem diversos casos de sucesso referentes a esse tipo de relacionamento Interorganizacional. Em um mundo cada vez mais dinâmico, cooperar tem sido uma nova forma de alcançar bons resultados e diminuir custos na busca da tão sonhada vantagem competitiva. Você na condição de gestor(a), ao identificar e entender o funcionamento de Clusters e Redes de Negócios, poderá traçar estratégias que auxiliem a sua empresa ou negócio para competir dentro deles ou frente a eles, aumentando a sua capacidade de estrategista. Avançar UNICESUMAR | UNIVERSO EAD https://sites.google.com/view/posceredn1/p�gina-inicial/resumo https://getfireshot.com https://sites.google.com/view/posceredn1/p%C3%A1gina-inicial https://sites.google.com/view/posceredn1/p%C3%A1gina-inicial https://sites.google.com/view/posceredn1/p%C3%A1gina-inicial/eu-indico Página inicial Material Complementar Avançar UNICESUMAR | UNIVERSO EAD https://sites.google.com/view/posceredn1/p�gina-inicial/eu-indico https://getfireshot.com https://sites.google.com/view/posceredn1/p%C3%A1gina-inicial https://sites.google.com/view/posceredn1/p%C3%A1gina-inicial https://sites.google.com/view/posceredn1/p%C3%A1gina-inicial/refer%C3%AAncias Página inicial REFERÊNCIAS AMORIM, M. A. “ Clusters ” como estratégia de desenvolvimento industrial no Ceará . Fortaleza: Banco do Nordeste, 1998. ARRANJOS PRODUTIVOS LOCAIS DO ESTADO DO PARANÁ : identificação, caracterização e construção de tipologia / Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social, Secretaria de Estado do Planejamento e Coordenação Geral. – Curitiba: Ipardes, 2006. BARBOZA, L.C. Arranjos produtivos locais: uma estratégia de política industrial. In : Metodologia de desenvolvimento de arranjos produtivos locais : Projeto Promos. Brasília: Sebrae, 2004. CASSIOLATO, J. E. e LASTRES, H. M. M. Arranjos e Sistemas Produtivos Locais na Indústria Brasileira . 2000. Disponível em: < http://www.ie.ufrj.br/revista/pdfs/arranjos _ e _ sistemas _ produtivos _locais _na_ industria_brasileira.pdf >. Acesso em: 10 jul. 2013. FENSTERSEIFER, J. E. e WILK, E. O. Visão da Firma Baseada em Recursos, Clusters e Performances: um estudo no setor Vitívinícola do RS. In: ENCONTRO NACIONAL DA ASSOCIAÇÃO DOS PROGRAMAS DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ADMINISTRAÇÃO. 2005. Brasília. Anais ... Brasília. 2005. 1 CD-ROM. FLEURY, A.; FLEURY, M.T.L. Estratégias empresariais e formação de competências : um quebra cabeça caleidoscópico da indústria brasileira. 2. ed. São Paulo: Atlas, 2001. HALL, R. H. Organizações : estruturas, processos e resultados. São Paulo: Prentice Hall, 2004. HIRATA, N. Relações Universidade-Empresas e lições dos APLs de Cianorte e Apucarana. In : Arranjos Produtivos Locais no Paraná . Curitiba: IEL, 2006. LINS, H. N. Clusters industriais, competitividade e desenvolvimento regional: da experiência à necessidade de produção. Estado Econômico . São Paulo, v. 30, n.2, pp. 233-265, abr./jun. 2000. PORTER, M. E. The competitive advantage of nations . New York: The Free Press, 1990. SEBRAE. Disponível em: < www.sebrae.com.br >. Acesso em: 14 ago. 2014. Avançar UNICESUMAR | UNIVERSO EAD https://sites.google.com/view/posceredn1/p�gina-inicial/refer�ncias https://getfireshot.com https://sites.google.com/view/posceredn1/p%C3%A1gina-inicial https://sites.google.com/view/posceredn1/p%C3%A1gina-inicial http://www.google.com/url?q=http%3A%2F%2Fwww.ie.ufrj.br%2Frevista%2Fpdfs%2Farranjos&sa=D&sntz=1&usg=AFQjCNFJW9FAFQcCGsLmqfF7BSt4XpwHog http://www.google.com/url?q=http%3A%2F%2Fwww.sebrae.com.br&sa=D&sntz=1&usg=AFQjCNEGHPygldGVNi67UrrfP5nwpVk6rw https://sites.google.com/view/posceredn1/p%C3%A1gina-inicial/aprofundando Página inicial APROFUNDANDO MANDIOCA E FÉCULA – PARANAVAÍ A região de Paranavaí, situada no Noroeste do Estado do Paraná, é rica em solos arenosos, com a presença do arenito Caiuá, cuja composição química contém elementos propícios à cultura da mandioca. A região apresenta também as melhores condições edafoclimáticas para o cultivo da raiz. A tradição regional na produção de derivados dessa raiz deu origem ao parque industrial, formado ao longo dos últimos 40 anos, reconhecido como o maior polo nacional do setor. Dada a importância dessa região para o segmento, a Associação Brasileira de Produtores de Amido (ABAM) está sediada em Paranavaí. Nas imediações de Paranavaí há cerca de 60 farinheiras (produtoras de farinha branca e torrada), 15 fecularias (produtoras de amido nativo e, algumas, de amido modificado), além de três empresas produtoras de máquinas e equipamentos específicos para o segmento da mandioca. As farinheiras e fecularias respondem, segundo a SEFA (2003), por 18% do faturamento da indústria na Microrregião de Paranavaí. As farinheiras produzem diariamente, em média, duas toneladas de farinha de mandioca. Já, as fecularias processam por dia em torno de 200 a 500 toneladas de mandioca. Tais empresas são, em sua maioria, de pequeno e médio porte, sendo que o processo produtivo, tanto da farinha de mandioca como do amido, é todo mecanizado. As fecularias possuem laboratório próprio, para análise físico-química dos seus produtos. Cabe destacar que 65% da produção nacional de amido é produzida no Paraná. Em relação ao mercado, os produtos derivados da mandioca são comercializados em todo o território nacional, atendendo principalmente os estados do Rio de Janeiro e Santa Catarina. As fecularias, em particular, têm exportado principalmente para o Mercosul, além de outros países. Atualmente, o setor tem enfrentado algumas dificuldades. Uma delas está relacionada à grande oscilação do preço da matériaprima. A tentativa, na região, de minimizar este problema, via política de preço mínimo, não foi bem-sucedida em decorrência da proximidade com outras regiões produtoras (Paraguai e Mato Grosso do Sul), que não praticam esta política. A questão ambiental também é relevante, visto que o processo produtivo, tanto das farinheiras como das fecularias, é bastante poluente. Para estas últimas, a questão está equacionada, pois todas possuem lagoas de decantação para o tratamento dos efluentes e encontram-se regulamentadas. As farinheiras empregam, em média, 15 funcionários; já as fecularias empregam relativamente mais mão de obra, visto que o processo é mais elaborado e o porte das empresas é maior. Por exemplo, uma grande empresa emprega 380 trabalhadores e uma empresa de porte médio emprega 86 funcionários. https://sites.google.com/view/posceredn1/p�gina-inicial/aprofundando https://getfireshot.com https://sites.google.com/view/posceredn1/p%C3%A1gina-inicial https://sites.google.com/view/posceredn1/p%C3%A1gina-inicial Segundo a RAIS (2003), a Microrregião de Paranavaí emprega 1.071 pessoas nestas atividades, sendo a metade delas em Paranavaí. Ainda, segundo esta fonte, há 37 estabelecimentos, dos quais apenas um é de porte médio e um de grande porte. Em relação à capacitação da mão de obra, o treinamento dos trabalhadores menos qualificados se dá na própria empresa, inclusive nas empresas produtoras de máquinas e equipamentos. A cooperação entre as empresas acontece informalmente. Algumas empresas fazem empréstimo de equipamentos ou insumos entre si, e outras compartilham a balança de pesagem da matéria-prima. A interaçãodas empresas está mais vinculada à oscilação do mercado. As fecularias enfrentam tais dificuldades com o apoio da ABAM, que procura estabelecer um diálogo com os associados e encaminhar as possíveis soluções. As farinheiras têm procurado enfrentar esse problema por intermédio de sua recém-constituída Associação. Fonte: Ipardes. PARABÉNS! Você aprofundou ainda mais seus estudos! REFERÊNCIAS ARRANJOS PRODUTIVOS LOCAIS DO ESTADO DO PARANÁ: identificação, caracterização e construção de tipologia / Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social, Secretaria de Estado do Planejamento e Coordenação Geral. – Curitiba: Ipardes, 2006. Avançar UNICESUMAR | UNIVERSO EAD https://sites.google.com/view/posceredn1/p�gina-inicial/aprofundando https://getfireshot.com https://sites.google.com/view/posceredn1/p%C3%A1gina-inicial/editorial Página inicial EDITORIAL DIREÇÃO UNICESUMAR Reitor Wilson de Matos Silva Vice-Reitor Wilson de Matos Silva Filho Pró-Reitor de Administração Wilson de Matos Silva Filho Pró-Reitor Executivo de EAD William Victor Kendrick de Matos Silva Pró-Reitor de Ensino de EAD Janes Fidélis Tomelin Presidente da Mantenedora Cláudio Ferdinandi C397 CENTRO UNIVERSITÁRIO DE MARINGÁ . Núcleo de Educação a Distância; COLLA, Julio Ernesto. Clusters e Redes Empresariais de Negócios . Julio Ernesto Colla. Maringá-Pr.: UniCesumar, 2017. 43 p. “Pós-graduação Universo - EaD”. 1. Redes. 2. Negócios. 3. EaD. I. Título. ISBN: 978-85-459-0011-5 CDD - 22 ed. 658 CIP - NBR 12899 - AACR/2 Pró Reitoria de Ensino EAD Unicesumar Diretoria de Design Educacional Equipe Produção de Materiais Fotos : Shutterstock NEAD - Núcleo de Educação a Distância Av. Guedner, 1610, Bloco 4 - Jardim Aclimação - Cep 87050-900 Maringá - Paraná | unicesumar.edu.br | 0800 600 6360 Retornar UNICESUMAR | UNIVERSO EAD https://sites.google.com/view/posceredn1/p�gina-inicial/editorial https://getfireshot.com https://sites.google.com/view/posceredn1/p%C3%A1gina-inicial https://sites.google.com/view/posceredn1/p%C3%A1gina-inicial https://sites.google.com/view/posceredn1/p%C3%A1gina-inicial Página inicial CARACTERÍSTICAS DAS REDES INTEROGANIZACIONAIS Professor (a) : Me. Julio Ernesto Colla Objetivos de aprendizagem • Caracterizar o que são relacionamentos e Redes Interorganizacionais. • Compreender o que são Redes de Negócios. • Entender quais são os benefícios dos Clusters de Negócios. • Definir quais são os fatores geradores de ação em Clusters de Negócios. https://sites.google.com/view/posceredn2/p�gina-inicial https://getfireshot.com https://sites.google.com/view/posceredn2/p%C3%A1gina-inicial https://sites.google.com/view/posceredn2/p%C3%A1gina-inicial Plano de estudo A seguir, apresentam-se os tópicos que você estudará nesta unidade: • Redes Interorganizacionais • Fatores Competitivos de uma Rede de Cooperação Formada por Empresas • Benefícios dos Clusters de Negócios e APLs • Fatores geradores de ação em APLs Introdução Nesta unidade, estudaremos o que são redes interorganizacionais e como elas possibilitam combinar alianças inovadoras para o melhor desempenho das empresas, através da troca de conhecimentos e da aprendizagem organizacional. Veremos que elas são capazes de dividir o conhecimento e as pesquisas tecnológicas, permitindo que experiências sejam realizadas em conjunto, onde os produtos, além de se tornarem mais diversificados, adquirem melhor qualidade, beneficiando o consumidor final. Além disso, alguns fatores são essenciais para a competição em uma rede de cooperação. Esses fatores serão abordados ao longo do estudo e nos permitirão entender que em uma rede de relacionamentos todas as organizações envolvidas podem obter sucesso e se manterem saudáveis diante da competição tão acirrada à qual as empresas estão submetidas atualmente. Discutiremos como os clusters de negócios têm aumentado a competitividade das empresas em comparação às organizações que atuam isoladamente. Todavia, estudaremos algumas influências que afetam um cluster influenciando seus níveis de produtividade e competitividade. Por fim, a unidade nos apresentará conceitos que determinam os fatores geradores de ação em clusters e como esses fatores podem influenciar cada organização em um relacionamento em redes. Bom estudo! Avançar https://sites.google.com/view/posceredn2/p�gina-inicial https://getfireshot.com https://sites.google.com/view/posceredn2/p%C3%A1gina-inicial/unidade-2 UNICESUMAR | UNIVERSO EAD https://sites.google.com/view/posceredn2/p�gina-inicial https://getfireshot.com Página inicial REDES INTERORGANIZACIONAIS Conforme tratado anteriormente, o tema Redes Interorganizacionais começou a ser estudado na segunda metade da década de setenta, com ênfase entre organizações sem fins lucrativos. Anteriormente, as razões do interesse dos pesquisadores centravam-se na busca de novas explicações para o gerenciamento dessas redes, sua utilidade e sua relação com as organizações e consequentemente com o desempenho das empresas. Redes de cooperação podem ser uma rede de negócios ou ainda um aglomerado de empresa. O crescente aumento do interesse pelo estudo das relações interorganizacionais é pertinente e tal interesse é justificado por diversos fatores, tais como: novas formas de organizações e o impacto causado pela adoção das novas tecnologias de informação e comunicação (TIC), o que possibilita maior viabilização da possível interação entre as organizações (BALESTRIN; VARGAS, 2002). Geralmente, as redes de empresas de pequeno porte baseiam-se em um formato organizacional que possibilita combinar alianças inovadoras eficientes com informalidade e espontaneidade, rompendo com os modelos ortodoxos de organização. A cooperação entre empresas atende às necessidades dos membros da rede, porquanto dificilmente seriam satisfeitas por meio de atuação individual. Posteriormente, verificou-se uma crescente evolução de pesquisas sobre o tema, desta feita com foco nas áreas de administração e sociologia das organizações. O grupo de pesquisadores formado por Sandra Carvalho dos Santos, Renato Telles e Greici Sarturi, no ano de 2013, diagnosticou potenciais aspectos passíveis de aperfeiçoamento em termos de competitividade do Arranjo Produtivo Vale da Eletrônica. A partir do modelo proposto por Zaccarelli et al. (2008), a investigação se propôs a (1) realizar um levantamento de histórico (2) desenvolver métricas para operacionalização da análise da competitividade e (3) avaliar a competitividade do cluster. Como metodologia para a pesquisa, os pesquisadores realizaram um estudo descritivo de abordagem qualitativa, cujos resultados apontam para a existência de fatores peculiares, que podem ser associados ao seu desempenho, assim como aspectos que necessitam melhorias. https://sites.google.com/view/posceredn2/p�gina-inicial/unidade-2 https://getfireshot.com https://sites.google.com/view/posceredn2/p%C3%A1gina-inicial https://sites.google.com/view/posceredn2/p%C3%A1gina-inicial Esses fatos também teriam motivado as empresas a atuar em rede de cooperação, visando à melhoria de vários aspectos do cotidiano empresarial como a complexidade de produtos, a troca de conhecimentos, a aprendizagem organizacional, a disseminação da informação, a demanda por rapidez de resposta, confiança e cooperação e a defesa contra incertezas. Entre essas necessidades destacam-se: combinação de competências e utilização do know-how de outras empresas; divisão do ônus de realização de pesquisas tecnológicas, compartilhando o desenvolvimento e os conhecimentos adquiridos; compartilhamento dos riscos e custos; realização de experiências em conjunto; oferta de uma linha de produtos de qualidade superior e mais diversificada; maior pressão sobre o mercado, aumentando a força competitiva em benefício do cliente; compartilhamento de recursos; fortalecimento do poder de compra;e obtenção de mais força para atuação em mercados internacionais. A importância das estruturas de interação se dá pela sua capacidade de transformar interesses individuais em coletivos, constituindo um equilíbrio entre autonomia e dependência. Desse modo, a compreensão dos instrumentos de coordenação das relações de cooperação torna-se essencial para o sucesso empresarial. Neste sentido, os mecanismos de governança das redes de empresas, que buscam realizar ações voltadas para o fortalecimento da própria rede, constituem uma opção mais factível na condução dessas relações. Uma das medidas mais importantes no âmbito da governança diz respeito à criação de uma central de coordenação da rede, ou seja, uma entidade composta por profissionais de fora das empresas, ou que sejam seus representantes, com a finalidade de monitorar as relações entre as empresas e gerenciar o processo decisório coletivo. Dessa forma, as redes de cooperação são entidades cujo principal objetivo consiste em dar um enfoque coletivo em substituição ao individual, e sua consecução envolve interações e articulações, caracterizando assim um relacionamento ao mesmo tempo dinâmico e complexo. A complexidade existente na busca de objetivos comuns deriva do fato de uma rede de PMEs envolver relações entre indivíduos e organizações que muitas vezes possuem interesses conflitantes. O desenvolvimento de mecanismos sociais constitui elemento essencial no relacionamento interorganizacional, porque atua paralelamente aos instrumentos formais e possibilita solucionar questões referentes às expectativas dos envolvidos, potencializando a sua interação. Como o uso de uma central de coordenação é maior em redes horizontais do que em redes verticais, levando-se em conta que naquelas também é maior a complexidade das relações interorganizacionais, devido à sua maior vulnerabilidade diante de um eventual comportamento oportunista. O papel fundamental desempenhado pela dimensão da confiança no sucesso das redes de PMEs, dificilmente será alcançado por redes de grandes empresas e muito menos por grandes empresas integradas. Ao estudar os APLs, é necessário identificar não apenas os motivos que induzem sua formação, mas também avaliar os seus resultados, sob pena de desconhecer as consequências econômicas e sociais que justificam sua existência. Institucionalização de rede colaborativa Dentre os motivos para a institucionalização de uma rede colaborativa, há a dependência da combinação e a decorrente ocorrência de três elementos fundamentais para que estas possam acontecer no mundo real das organizações (MARCON; MOINET,2001). Portanto, para a institucionalização de uma rede interorganizacional colaborativa, devem existir simultaneamente estas três situações: 1. Recursos disponíveis ou objetos para a troca (informações, conhecimentos e insumos), que constituem a base de uma rede colaborativa; 2. Infraestrutura informacional e procedural designa o conjunto de regras de funcionamento e ética, que devem ser observados entre usuários da rede; https://sites.google.com/view/posceredn2/p�gina-inicial/unidade-2 https://getfireshot.com 3. Infraestrutura física e tecnológica, que compõe os meios práticos de ação, tais como orçamento, local, material, comunicação, conexão e equipamentos tecnológicos, entre outros. Aqui, vamos destacar quais são as necessidades que têm motivado as empresas a atuarem em rede de cooperação: • Combinação de competências e utilização do know-how de outras empresas. • Divisão do ônus de realização de pesquisas tecnológicas, compartilhando o desenvolvimento e os conhecimentos adquiridos. • Compartilhamento dos riscos e custos. • Realização de experiências em conjunto. • Oferta de uma linha de produtos de qualidade superior e mais diversificada. • Maior pressão sobre o mercado, aumentando a força competitiva em benefício do cliente. • Compartilhamento de recursos. • Fortalecimento do poder de compra. • Obtenção de mais força para atuação em mercados internacionais. FATORES COMPETITIVOS DE UMA REDE DE COOPERAÇÃO Em seu estudo sobre as redes de cooperação entre empresas no Rio Grande do Sul, Verschoore e Balestrin (2006) identificaram cinco fatores competitivos: 1. ganhos de escala e poder de mercado; 2. provisão de soluções; https://sites.google.com/view/posceredn2/p�gina-inicial/unidade-2 https://getfireshot.com 3. aprendizagem e inovação; 4. redução de custos e riscos; e 5. relações sociais. Ganhos de escala e poder de mercado Esse fator está positivamente correlacionado com crescimento do número de associados da rede. Quanto maior o número de empresas, maior a sua capacidade de obter ganhos de escala e poder de mercado. A economia de escala, o poder de mercado e a busca por melhores condições de preços junto a fornecedores estão entre as principais motivações das empresas para formarem uma rede. O propósito central das empresas em rede traduz-se na tentativa de associar as características que lhe são favoráveis, como flexibilidade e agilidade, com a economia de escala das grandes empresas, de maneira a possibilitar uma adequação ao ambiente competitivo em uma estrutura única. Provisão de soluções Esse fator diz respeito a todos os serviços, produtos e infraestrutura disponibilizados pela rede para o desenvolvimento dos associados, que, de certa forma, tem relação com as razões das empresas para atuar em rede. Ao associarem-se a uma rede, as empresas geralmente buscam soluções em áreas em que dispõem de competências específicas. Por esse motivo, dentre as motivações para associação em rede, destacam-se: marketing conjunto, treinamento, recursos e pesquisa e desenvolvimento. Entende-se que, atuando em rede, as empresas podem complementar-se mutuamente, tanto nos aspectos técnicos (meios produtivos) como nos aspectos mercadológicos (redes de distribuição), além de poderem desenvolver sistemas de informação para a disseminação eletrônica de soluções entre os parceiros. Aprendizagem e inovação Trata-se de um dos fatores competitivos que mais geram benefícios para os integrantes de uma rede. Verschoore e Balestrin (2006) o definem como “o compartilhamento de ideias e de experiências entre os associados a as ações de cunho inovador desenvolvidas em conjunto pelos participantes”. As formas de transferência de aprendizagem ocorrem na rede por meio da interação das empresas e mediante participação em cursos, palestras e serviços de consultoria e de desenvolvimento empresarial, bem como por meio de práticas rotineiras de colaboração, ou ainda, por meio do desenvolvimento de competências de habilidades coletivas. As interações proporcionadas pelas ações colaborativas possibilitam que os membros da rede usufruam de novos conhecimentos e conceitos, métodos, estilos, maneiras de abordagem da gestão, de resolução de problemas e de condução de seus negócios. Um fator fundamental para duas ou mais organizações estabelecerem um relacionamento. Uma eficiente troca de informações facilita outros aspectos como a confiança e governança. Este processo, ocorrendo de forma eficiente, também proporciona melhor utilização de recursos e acesso a mercados e demais parceiros. Por esses aspectos, considera-se que a cooperação empresarial facilita o desenvolvimento de estratégias coletivas de inovação e favorece o rápido acesso às novas tecnologias, por meio dos seus canais de informação. Ao lado disso, a inovação pode ser vista como resultado de processos paralelos de compartilhamento de informações e da difusão de conhecimentos. https://sites.google.com/view/posceredn2/p�gina-inicial/unidade-2 https://getfireshot.com Redução de custos e riscos A cooperação empresarial, por meio de uma rede, propicia um conjunto de vantagens fundamentais para o fortalecimento dos integrantes. Uma delas é a possibilidade de dividir entre os participantes os custos e os riscos incorridos em operações comuns.
Compartilhar