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transtorno de personalidade Os transtornos de personalidade (TP) são padrões inflexíveis e persistentes de funcionamento que causam sofrimento e prejuízo funcional por meio de características de personalidade mal adaptadas ao seu meio. Por definição, as vivências internas e os comportamentos do paciente são desviados de maneira acentuada de um padrão esperado para uma determinada cultura e sociedade e são observados normalmente a partir do fim da adolescência ou início da vida adulta. Assinatura psicológico: o jeito de ser e como levar a vida. Variáveis biológicas (temperamento) e experiências do ambiente precoce. Traços: desconfiança, dramaticidade, timidez, perfeccionismo. Traços se expressam na interação entra as pessoas. Traços intensos e que prejudicam a vida da pessoa configuram um transtorno de personalidade. Funcionamento baseado em um ou em poucos traços e eles não mudam em diferentes ambientes. Características · Egossintônico (não entende como transtorno) (“É o meu jeito”) · Procuram atendimento por outra queixa. · Não cumprem combinados. · Sofrem e fazem sofrer. · Ansiedade é transformada imediatamente em alteração da conduta. · Padrão persistente · Se manifestam em dois ou mais aspectos 1) cognição 2) afetos 3) funcionamento interpessoal 4) Controle dos impulsos · Padrão inflexível e inicia geralmente na adolescência Cluster A: Desconfiados e excêntricos Diag. Diferencial com transtorno psicóticos Esquizotipico (TPET) Noções extravagantes ou distorcidas sobre a natureza, como superstições, rituais mágicos, além de certa crendice em poderes sobrenaturais, como o “sexto sentido”, leitura de mentes ou em premonições. · Comum em moradores de rua · Forma de esquizofrenia sem sintomas positivos · Introvertidos, “estranhos”, forma de viver e compreender o mundo diferente do habitual, excêntricos. · No atendimento: tentar estabelecer relação de confiança · Poucas alternativas de tratamento (não querem tratamento) Esquizoide (TPEZ) Padrão persistente de isolamento social, tem dificuldades em manter relacionamentos interpessoais ou afetivos. Mantêm a preferência por turnos de trabalho noturnos, em que há menor chance de interação com colegas de trabalho. Não demonstram interesse em participar ativamente da vida social e familiar, assim como parecem indiferentes às críticas e comentários alheios. O que se destaca nesse TP é um padrão semelhante de “sintomas negativos” típico das síndromes psicóticas, contudo, sem distorções da realidade ou crenças delirantes. · Não gostam do contato com outras pessoas (dói) · Tímidos, introvertidos · Afetos distantes · Se entregam facilmente a devaneios Paranoide (TPP) Dificuldades de criar vínculos sociais e afetivos duradouros. · Desconfiança excessiva · Hipersensível a criticas · Não entende piadas (pode achar que é sobre ele e fica furioso) · Interpreta o que os outros fazem como se fosse dirigido a ele · Se contrariar alguma de suas crenças entra para o “grupo dos inimigos” · Desafio no tratamento. Não confia em médicos Cluster B: Dramáticos e emotivos Diag. Dif. com Transtorno do humor Antissocial (TPAS) Esse é o único TP que só pode ser diagnosticado após os 18 anos de idade, apesar das características precisarem obrigatoriamente estar presentes antes dos 15 anos de idade. · Não se submetem às regras da sociedade · Não respeitam os direitos do outro (enganam, roubam, matam) · Charmosos. Sedutores. Manipuladores · Tendem a racionalizar o comportamento · Sem empatia. Não sentem felicidade, mas buscam prazer. · Não sentem culpa e não se arrependem · Tratamento: NÃO TENTAR TRATAR!! Durante uma entrevista clínica, esses pacientes podem portar-se de maneira educada e cordial, encobrindo seus traços patológicos com a chamada “máscara da sanidade”. Quando pressionados ou confrontados, o paciente com TPAS pode enfurecer-se, perdendo sua falsa apresentação, vindo à tona seus traços patológicos. Histriônico · Dramaticidade · Teatralidade. Exagerado · Tentam ser sempre o centro das atenções · Emoções intensas (mas superficiais) – dificuldade para lidar com emoções mais profundas · Atitudes sedutoras. Roupas sensuais · Facilmente influenciável · No tratamento: não se deixa seduzir · Se associam muito a narcisistas Narcisista Essas pessoas costumam ter uma autoestima extremamente frágil. · Arrogantes, creem ser superiores aos outros; incrivelmente importantes. · Acreditam que merecem tratamentos especiais · Pouca empatia · Desafio no tratamento: despertam irritação, difíceis de confrontar, não seguem orientações médicas. · Não sentem felicidade, buscam prazer. BORDERLINE (TPB) Caracterizado pela instabilidade no afeto e na autoimagem, assim como relações interpessoais conflituosas, baixa tolerância às frustrações, comportamento autodestrutivo e autossabotagem. Em momentos de estresse, sintomas psicóticos podem surgir, geralmente fugazes, associados a arroubos de raiva e agressividade contra si mesmo ou terceiros, o que leva a esse TP um risco aumentado de tentativas de suicídios. Muitos desses pacientes podem usar roupas com mangas compridas para ocultar lesões autoinfligidas, portanto, devemos pesquisar ativamente durante a consulta marcas ou cicatrizes de cortes nos antebraços ou punhos, pois podem nos fornecer pistas valiosas sobre o diagnóstico. · Quando submetidos a estresse, cruzam a fronteira do funcionamento neurótico (tido como usual) e produzem sintomas psicóticos. · Baixa tolerância a frustrações. · Impulsividade · Hipersensibilidade a experiências de afastamento ou separação · Tentativas frequentes de suicídio · Automutilação são frequentes · Relacionamentos caóticos, intensos e turbulentos · Culpam o outro Desafios no atendimento · Geram sentimentos intensos e variados · Demandantes de atenção · Testam muito os limites da relação terapêutica (importante fazer contato em início do tratamento) · Dissociações · Sentimentos despertados podem se confundir com desejo de dar carinho e compensar sofrimentos do passado · Médico também fica “no limite” Tratamento · Psicoterapia · Farmacologia: Variáveis de temperamento · Cognitivo-perceptual: antipsicóticos · Desregulação afetiva: estabilizadores de humor (pode associar a ISRS e/ou antipsicóticos) · Descontrole de impulsos: estabilizadores de humor (pode associar a antipsicóticos). Cluster C: Ansiosos e medrosos Diag. Dif. com Transtorno ansioso Obsessivo (TRANSTORNO DE PERSONALIDADE OBSESSIVO-COMPULSIVA (TPOC)) Comportamento rígido, inflexível, cauteloso e perfeccionista. Os pacientes com esse TP são extremamente metódicos, atento aos mínimos detalhes, organizados e teimosos. Esse TP atinge entre 2% e 8% da população geral, enquanto o verdadeiro transtorno obsessivo-compulsivo (TOC) atinge cerca de 1% da população. Esse TP diferencia-se do transtorno obsessivo-compulsivo (TOC) por não apresentar obsessões e compulsões verdadeiras. Apesar disso, esse TP é considerado como um fator de risco para o desenvolvimento de TOC, além de transtornos alimentares. · Detalhista · Perfeccionista · Moralidade excessiva · Padrões rigorosos para si e para os outros · Dificuldade com os afetos Dependente Em muitos casos, os pacientes com esse TP submetem-se a relacionamentos abusivos, agressões físicas ou sexuais e assumem uma posição de inferioridade ou de franca submissão. Não possuem autoconfiança e demonstram dependência de outra pessoa mesmo para decisões banais. · Baixo auto-confiança · Dependendo dos relacionamentos · Sensação grande de insegurança e desamparo quando falta a pessoa em quem se apoia Evitativo Comportamento de inibição social, sensibilidade aumentada às críticas; Apesar disso, desejam fazer parte ativa da sociedade, engajar-se em relacionamentos interpessoais e participar de círculos sociais. · Timidez · Medo de exposição · Comportamento muito semelhante ao Fóbico social
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