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Personal Trainer_Prescricao de Exercicio e Envelhecimento

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PERSONAL TRAINER - 
PRESCRIÇÃO DE EXERCÍCIO E 
ENVELHECIMENTO 
AULA 1 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Prof. Rafael Luciano de Mello 
 
 
 
2 
INTRODUÇÃO 
Com o aumento da expectativa de vida da população, a capacidade de 
envelhecer com uma qualidade de vida suficiente tem sido foco de atenção nas 
últimas décadas (Zhong et al., 2020). Entendendo que o envelhecimento se dá 
muito antes de se atingir idades avançadas, é preciso considerar os múltiplos 
fatores que podem influenciar esse processo dinâmico, biológico e progressivo, 
como os hábitos acumulados durante toda uma vida. Os idosos já são 13% da 
população em todo o mundo, parcela essa que pode aumentar 
consideravelmente nos próximos anos (Park; Lafrombois, 2019), e incorrem nos 
maiores custos com saúde, que chegam a 35% dos seus gastos gerais (Sato et 
al., 2020). Melhorar capacitações profissionais e direcionar estudos para essa 
fase da vida, com enfoque em construir comunidades que promovam a saúde, 
por meio de apoio à funcionalidade, independência e hábitos saudáveis de 
idosos, terá grande potencial de abarcar essa demanda anualmente crescente. 
Os idosos possuem peculiaridades em decorrência de seu processo 
crônico degenerativo, característico e inevitável do avanço da idade. Apesar do 
seu declínio funcional, morbidades e aumento das chances de mortalidade 
(Sattelmair; Petman; Forman, 2009), essa desvantagem pode ser compensada 
ou postergada pela adoção de um estilo de vida mais ativo (Paterson; Warburton, 
2010). Por isso, as estratégias preventivas são fundamentais para mudança de 
comportamentos, priorizando-se efeitos duradouros e regulares de se envolver 
em práticas saudáveis, mantendo-se uma vida funcional, independente e ativa 
(Gebauer et al., 2020). Dessa forma, as estratégias de prescrição de exercícios 
físicos para essa população devem ser diferentes do que para outras faixas 
etárias, sendo pautadas na individualização e requerendo rotinas adaptativas de 
acordo com a experiência, as morbidades preexistentes e as funcionalidades de 
cada pessoa. Esse é o público-alvo para o qual menos se tem profissional 
qualificado para atuação quanto a exercícios físicos e, igualmente, o que possui 
maior necessidade e urgência de realizá-los, em decorrência de seu ciclo 
deletério ser mais intenso e acarretar incapacidade funcional ou mortalidade 
precoce. 
A sequência dos temas desta aula perpassa pelo conhecimento 
contextual das doenças associadas ao envelhecimento, pelos principais testes 
funcionais para idosos, pela prescrição de exercício físico para idosos com 
 
 
3 
hipertensão, osteoporose, diabetes, obesidade, depressão e por 
recomendações para atendimento domiciliar e individualizado. 
TEMA 1 – DOENÇAS ASSOCIADAS AO ENVELHECIMENTO 
Há uma fronteira entre a saúde e a doença no processo de 
envelhecimento, este podendo ser acelerado ou retardado a depender do lado 
em que se encontra a pessoa idosa, naquela fronteira. O número de mudanças 
que acontecem no corpo com o avançar da idade é notavelmente longo e inclui 
mudanças distintas, como pele enrugada, diminuição gradual na altura, redução 
de massa muscular e óssea, declínio da função renal, pulmonar, cardíaca, 
cerebral, imunológica e endócrina (Macnee; Rabinovich; Choudhury, 2014). Nem 
todos que vivem mais possuem boa saúde à medida que envelhecem, e muitos 
sofrem acometidos por inúmeros e complexos problemas de saúde. Porém, suas 
condições invariavelmente dependerão de algumas escolhas feitas no curso da 
vida. Engajar-se o quanto antes em programas de exercícios físicos, por 
exemplo, pode ser o ponto de inflexão entre um quadro de saúde ou doença. 
Mesmo para aqueles que possuem alguma comorbidade, esta pode ser 
controlada e seus efeitos, retardados ou contidos pela regularidade do 
comportamento ativo. 
Os benefícios evidenciados pela prática regular de exercícios físicos em 
todas as faixas etárias são notáveis e se estendem desde a menor chance de 
desenvolver doenças crônicas não transmissíveis (DCNT), passando pela 
melhora da aptidão física, até o controle do peso corporal e da saúde mental. 
Todavia, percebe-se que esses problemas têm se agravado nas últimas décadas 
e em parte isso pode ser explicado pelo estilo de vida. Comportamentos 
saudáveis praticados nas fases mais jovens aumentam as chances de se manter 
engajado quando na terceira idade. Mas, os fatores de risco relacionados à carga 
global de doenças no Brasil (Tabela 1) têm se mostrado elevados ao longo dos 
anos. A glicemia de jejum aumentada, por exemplo, pode ser explicada pelo 
crescimento da obesidade, do envelhecimento populacional e por um estilo de 
vida marcado por alimentação inadequada e inatividade física. A mesma leitura 
pode ser feita sobre a pressão sistólica elevada e a taxa de filtração glomerular 
baixa (Malta et al., 2019), possivelmente indicando que hábitos saudáveis ainda 
não estão sendo priorizados, seja por falta de oportunidades, seja por falta de 
condições financeiras, tempo, conhecimento ou interesse. 
 
 
4 
Tabela 1 – Fatores de risco relacionados à carga global de doenças no Brasil 
Fator de risco 
Variação de 2005 a 2015 
Homens (%) Mulheres (%) 
Tabagismo passivo +0,3 +14 
Dieta com alto teor de bebidas açucaradas +7,1 +6,7 
Atividade física insuficiente +1,7 +1,5 
Glicemia de jejum elevada +6,7 +5,8 
Colesterol elevado +3,8 +4,8 
Pressão sistólica elevada +0,7 -1,8 
Densidade mineral óssea baixa -4,7 -2,6 
Taxa de filtração glomerular baixa +1,2 +1,4 
Fonte: Adaptado de Malta et al., 2017. 
A adesão de idosos a programas de exercício físico está diretamente 
relacionada à motivação da prática, seja por questões de manutenção de saúde, 
seja para tratamento de doenças ou mesmo por sociabilização, pois muitos 
vivem sozinhos ou são ignorados pela família. Nesses programas, os idosos 
podem estabelecer contato com o profissional de educação física e com outros 
praticantes de exercícios, isso refletindo, por exemplo, em sua saúde cognitiva. 
Essa adesão pode ser melhorada com atitudes simples, durante as rotinas de 
trabalho. O profissional deve informar aos idosos os benefícios da prática de 
exercícios e os riscos da sua não regularidade. Também é desejável criar uma 
atmosfera de treinamento amigável e familiar com o praticante. Para que haja, 
ainda, uma execução adequada dos exercícios, estes devem ser monitorados 
de perto, dedicando-se atenção a cada movimento realizado pelos idosos 
(Angulo et al., 2020). Os idosos tendem a valorizar a correção das execuções e 
os feedbacks, que prezam por sua segurança e/ou retroalimentam a constância 
da prática. 
Por isso a importância de que os programas de exercício sejam 
estruturados, contenham prescrições adequadas, individualizadas e completas. 
 
 
5 
Não contemplar todas as nuances necessárias para suprir a demanda da vida 
cotidiana do idoso pode desestimulá-lo ou até gerar efeitos contrários às metas 
estabelecidas. Idosos que não realizam exercícios de flexibilidade, por exemplo, 
possuem uma perda significativa nas propriedades elásticas do tecido 
musculoesquelético e dos tecidos conjuntivos das suas articulações. Com esse 
enfraquecimento de estruturas importantes, as suas quedas começam a ficar 
mais frequentes e acabam por ocasionar outros agravos na sua saúde como um 
todo (Matos-Duarte et al., 2021). De fato, cerca de 92 doenças estão 
relacionadas ao envelhecimento. Dessas, 5 são doenças transmissíveis, 6 são 
oriundas de lesões e 81 são doenças não transmissíveis. Entre as doenças não 
transmissíveis, 13 são doenças cardiovasculares (DCV), há 35 cânceres, 6 
doenças respiratórias crônicas, 5 doenças digestivas, 3 diabetes e doenças 
renais, 3 distúrbios neurológicos, 7 distúrbios dos órgãos dos sentidos, 5 
doenças cutâneas e subcutâneas e 4 outras. Globalmente, aquelas que resultam 
em mais mortes são doença isquêmica do coração, hemorragia intracerebrale 
doença pulmonar obstrutiva crônica. É relevante ponderar que o aumento da 
longevidade não deve ser um incremento de período na vida em que os efeitos 
do envelhecimento prejudiquem demasiado a qualidade dessa vida, mas sim 
uma oportunidade de mudança de comportamento para viver-se não só mais, 
como também melhor (Chang et al., 2019). 
TEMA 2 – TESTES FUNCIONAIS PARA IDOSOS 
Antes do início de qualquer programa de exercício físico, e principalmente 
para aqueles que não possuem nenhuma experiência ou aptidão física prévia, 
recomenda-se a realização de uma triagem para identificar possíveis fatores de 
risco que comprometam a realização de determinada atividade. Em posse dos 
resultados dessa triagem, o conhecimento sobre as reais condições de saúde do 
indivíduo para iniciar um programa será mais seguro, devendo inclusive se 
encaminhá-lo a um médico de confiança para avaliação mais pontual, após a 
identificação de um ou mais fatores de risco. Homens com 40 anos ou mais e 
mulheres com 50 anos ou mais, inativos e com alto risco de DCV, devem 
necessariamente consultar um médico antes de praticar exercícios de 
intensidade mais vigorosa. Frisa-se que ferramentas de triagem de fácil acesso 
e praticidade de operação estão disponíveis para aplicação, independentemente 
do nível de aptidão ou histórico do praticante, pois esses testes têm exatamente 
 
 
6 
o propósito de identificar o perfil de cada pessoa. O Quadro 1 mostra os itens 
que compõem o chamado questionário de prontidão para atividade física (PAR-
Q) como uma opção para essa finalidade (ACSM, 2018). 
Quadro 1 – Questionário de prontidão para atividade física (PAR-Q) 
 Não Sim 
1. Algum médico já disse que você sofre de uma condição 
cardíaca e que somente deveria realizar atividade física 
recomendada após uma avaliação médica? 
 
2. Você sente dor no tórax quando realiza uma atividade física? 
3. No último mês, você teve dor no tórax quando não estava 
realizando uma atividade física? 
 
4. Você perde o equilíbrio em virtude de uma vertigem ou 
alguma vez já perdeu a consciência? 
 
5. Você tem algum problema ósseo ou articular que poderia ser 
agravado por uma mudança em sua atividade física? 
 
6. Seu médico está prescrevendo medicamentos, atualmente 
(por exemplo, pílulas diuréticas), para sua pressão arterial ou 
condição cardíaca? 
 
7. Você conhece alguma outra causa para não realizar uma 
atividade física? 
 
Praticante sem risco: nenhum fator registrado (Não assinalado em todos os 
sete itens). 
Praticante com risco: registrado um fator ou mais de risco (Sim assinalado 
em um ou mais itens). 
 
Fonte: Adaptado de ACSM, 2018. 
Em seguida, a avaliação das capacidades funcionais deve projetar o 
fornecimento de resultados objetivos sobre a função física do idoso, 
acompanhando a sensibilidade de mudanças de seu perfil, capturando a biologia 
real de suas funcionalidades e a qualidade dos seus movimentos, conforme 
 
 
7 
avaliados diante de suas tarefas cotidianas. A verificação da flexibilidade, 
considerada como a capacidade de movimentar uma articulação por meio de sua 
amplitude de movimento completa, nos limites morfológicos, sem que haja um 
risco de lesão, pode determinar a capacidade do idoso de realização das suas 
atividades diárias e, consequentemente, dos exercícios físicos de um programa, 
sem que haja, em ambos os cenários, um comprometimento das articulações, 
da musculatura e da estrutura óssea desse idoso. 
Inúmeros testes são propostos, cada um para uma região específica do 
corpo; todavia, compreende-se que a região do tronco seja a que mais impacte 
a execução de qualquer movimento. Assim, o teste de sentar e alcançar no 
banco de Wells, instrumento que avalia o encurtamento dos músculos 
posteriores da coxa e sua influência na flexibilidade da região inferior da coluna 
lombar e quadril, tem sido amplamente aplicado. Para sua realização, o 
praticante é instruído a manter as pernas estendidas e realizar três tentativas de 
efetuar um movimento de alcance, mensurado em centímetros (cm), até o 
marcador máximo conseguido. Considera-se como resultado o maior valor das 
três tentativas e classifica-se esse resultado de acordo com a tabela de 
categorias de aptidão, por grupo de idade, para flexão de tronco (ACSM, 2018). 
Outra ferramenta importante a ser administrada é o teste de caminhada de 400 
metros, realizado em menos de 15 minutos, com uma velocidade média de 
marcha de 0,4 metro por segundo (m/s). Tal distância é compatível com cerca 
de duas quadras de um bairro e pode identificar presença de incapacidade 
motora (Patrizio et al., 2020). 
Na mesma linha, a resistência cardiorrespiratória pode representar uma 
capacidade essencial para redução de chances de desenvolvimento ou agravo 
das DCNT e das doenças crônico-degenerativas. O maior aprimoramento desse 
componente da aptidão física ocorre quando o exercício envolve o uso de 
grandes grupamentos musculares por períodos prolongados e em atividades de 
natureza rítmica e aeróbia. Para essa finalidade têm-se utilizado estimativas de 
avaliação indireta do volume máximo de consumo de oxigênio (VO2máx), que 
tem por unidade de medida o milímetro por quilograma por minuto (mL/kg/min). 
Validado para mensuração da população idosa, o teste de caminhada intitulado 
Rockport One Mile objetiva o indivíduo caminhar por 1 milha, cerca de 1,6 
quilômetros (km), no menor tempo possível, em uma pista ou superfície plana 
(Onetti-Onetti et al., 2020). O cálculo do esforço considera a idade em anos, a 
 
 
8 
estatura em cm, o peso em kg, a frequência cardíaca máxima (FCmáx) em 
batimentos por minuto ao final do teste e o tempo de execução em minutos. As 
equações diferem de acordo com o sexo (Quadro 2). 
Quadro 2 – Equações de mensuração do VO2máx para idosos, aplicadas ao 
teste de caminhada Rockport One Mile 
Homens: Mulheres: 
𝑽𝑽𝑽𝑽𝟐𝟐𝒎𝒎á𝒙𝒙 = 𝟏𝟏𝟏𝟏𝟏𝟏,𝟓𝟓𝟓𝟓𝟓𝟓 
 −(𝟎𝟎,𝟎𝟎𝟓𝟓𝟎𝟎𝟓𝟓 × 𝟐𝟐,𝟐𝟐𝟎𝟎𝟐𝟐𝟏𝟏 × 𝒑𝒑𝒑𝒑𝒑𝒑𝒑𝒑) 
 −(𝟎𝟎,𝟑𝟑𝟎𝟎𝟎𝟎𝟓𝟓 × 𝒊𝒊𝒊𝒊𝒊𝒊𝒊𝒊𝒑𝒑) 
 −(𝟐𝟐,𝟓𝟓𝟓𝟓𝟏𝟏𝟏𝟏 × 𝒕𝒕𝒑𝒑𝒎𝒎𝒑𝒑𝒑𝒑) 
 −(𝟎𝟎,𝟏𝟏𝟏𝟏𝟎𝟎𝟓𝟓 × 𝑭𝑭𝑭𝑭𝒎𝒎á𝒙𝒙) 
𝑽𝑽𝑽𝑽𝟐𝟐𝒎𝒎á𝒙𝒙 = 𝟏𝟏𝟓𝟓𝟐𝟐,𝟎𝟎𝟓𝟓𝟓𝟓 
 −(𝟎𝟎,𝟎𝟎𝟓𝟓𝟐𝟐𝟓𝟓 × 𝟐𝟐,𝟐𝟐𝟎𝟎𝟐𝟐𝟏𝟏 × 𝒑𝒑𝒑𝒑𝒑𝒑𝒑𝒑) 
 −(𝟎𝟎,𝟑𝟑𝟓𝟓𝟎𝟎𝟓𝟓 × 𝒊𝒊𝒊𝒊𝒊𝒊𝒊𝒊𝒑𝒑) 
 −(𝟑𝟑,𝟓𝟓𝟓𝟓𝟐𝟐𝟐𝟐 × 𝒕𝒕𝒑𝒑𝒎𝒎𝒑𝒑𝒑𝒑) 
 −(𝟎𝟎,𝟏𝟏𝟎𝟎𝟐𝟐𝟓𝟓 × 𝑭𝑭𝑭𝑭𝒎𝒎á𝒙𝒙) 
Fonte: Elaborado com base em ACSM, 2018; Onetti-Onetti et al., 2020. 
A potência muscular, força máxima que um músculo consegue gerar na 
menor unidade de tempo; e a resistência muscular, capacidade que um músculo 
tem de realizar contrações repetidas, resistindo a fadigas, também apresentam 
relevância na análise da aptidão física de idosos. Os testes mais práticos 
utilizados, principalmente para classificar o praticante iniciante, são os testes de 
flexão de braços e abdominal. Nos testes de flexão de braços, registra-se o 
número máximo de repetições realizadas ininterruptamente por uma pessoa, 
enquanto no teste abdominal registra-se o seu número máximo de repetições 
num período de 60 segundos. Para avaliações de praticantes mais experientes 
ou com níveis mais avançados de aptidão física, testes que visem, por exemplo, 
à predição de 1 repetição máxima (RM) em idosos também podem ser aplicados 
(Knutzen; Brilla; Caine, 1999). 
Métodos e ferramentas como essas têm a capacidade preditiva de 
mostrar os resultados das funções físicas de força muscular e desempenho 
físico, bem como auxiliar na estruturação de programas de exercício. 
Intervenções baseadas nesses protocolos individualizam o tratamento para cada 
praticante, prevenindo e controlando as condições relacionadas à idade, além 
de identificarem os níveis de risco dos indivíduospara realização de determinada 
atividade e servirem como marcadores de monitoramento da eficácia dos 
 
 
9 
programas propostos, primando sempre pelo bem-estar e segurança do idoso 
(Patrizio et al., 2020). 
TEMA 3 – PRESCRIÇÃO DE EXERCÍCIO FÍSICO PARA IDOSOS COM 
HIPERTENSÃO 
No Brasil, 60% dos idosos são diagnosticados com hipertensão arterial, e 
essa prevalência tende a aumentar em decorrência do alastramento de hábitos 
não saudáveis e da crescente expectativa de vida. Alto consumo de sódio, de 
gorduras saturadas, obesidade e estresse excessivo são alguns dos fatores de 
risco mais comuns que podem desencadear a hipertensão (Barroso et al., 2021). 
Como prevenção primária, recomenda-se manter um índice de massa corporal 
(IMC) adequado, entre 18,5 a 24,9 quilogramas por metro quadrado (kg/m2); um 
consumo de sódio menor que 2,4 gramas por dia; a manutenção adequada da 
ingesta de potássio em 3,5 gramas por dia; uma dieta rica em frutas, verduras e 
legumes diversificados; menos de 10% de gorduras saturadas, em relação ao 
total de gorduras; menos ou máximo de 30% de consumo de gorduras totais, em 
relação à dieta; e a prática regular de atividade física (Kenney; Wilmore; Costill, 
2012; McArdle; Katch; Katch, 2010). 
3.1 Processo fisiológico da hipertensão 
A hipertensão arterial é caracterizada pela elevada pressão do sangue 
nas artérias. No momento em que o coração bombeia o sangue para o resto do 
corpo, por meio das artérias, há uma tensão gerada na parede dessas, 
denominada de pressão arterial. São complexos os mecanismos que 
desencadeiam níveis elevados de pressão arterial, pois dependem da integração 
de diversos sistemas, como cardiovascular, renal, neural e endócrino. Além 
disso, mecanismos patogênicos também devem estar envolvidos, a ponto de a 
pressão arterial depender do débito cardíaco e da resistência vascular periférica. 
Alguns idosos, por exemplo, têm hipertensão sistólica isolada, com um 
débito cardíaco normal ou baixo, o que se deve provavelmente à perda da 
elasticidade da aorta, e diastólica fixa ou elevada, geralmente com diminuição 
do débito cardíaco. Há uma baixa gradual do fluxo sanguíneo renal com o 
aumento da pressão arterial diastólica, isso resultando na esclerose arteriolar. 
Isso mostra que o controle da pressão arterial necessita de um alinhamento dos 
 
 
10 
mecanismos neuro-humorais, que, quando sobrecarregados de maneira crônica, 
acabam por inferir em estruturas anatômicas do indivíduo (Kenney; Wilmore; 
Costill, 2012; McArdle; Katch; Katch, 2010). A pressão arterial hipertensa é 
definida por níveis de pressão sistólica acima de 140 milímetros de mercúrio 
(mmHg) e diastólica acima de 90 mmHg, como mostra a Tabela 2. Idosos tendem 
a ter uma pressão sistólica mais alta e a diastólica mais baixa, e o produto da 
subtração de ambas é a pressão de pulso. Quanto maior a variância desta, maior 
é a rigidez arterial. Estima-se que a carga genética explica 43% da variação 
sistólica e 49% da diastólica (Fermino et al., 2009). 
Tabela 2 – Classificação da pressão arterial de acordo com as Diretrizes 
brasileiras de hipertensão arterial: 2020 
Classificação 
Pressão Sistólica 
(mmHg) 
 Pressão Diastólica 
(mmHg) 
Ótima < 120 e < 80 
Normal 120-129 e/ou < 85 
Pré-hipertensa 130-139 e/ou 85-89 
Hipertensa estágio 1 140-159 e/ou 90-99 
Hipertensa estágio 2 160-179 e/ou 100-109 
Hipertensa estágio 3 ≥ 180 e/ou ≥ 110 
Fonte: Adaptado de Barroso et al., 2021. 
3.2 Prescrição e cuidados 
Pessoas classificadas como com baixa aptidão cardiorrespiratória têm 1,5 
vezes o risco de desenvolver hipertensão arterial. Do mesmo modo, gasto 
energético menor que 2.000 quilocalorias (kcal) por semana está associado a 
um risco aumentado de 1,3 vezes de se desenvolver hipertensão arterial. 
Todavia, observa-se que pessoas consideradas de alto risco para desenvolver 
hipertensão, quando praticantes de um programa de prescrição de exercícios em 
intensidade moderada, com média de 30 minutos de duração e 70%-75% da 
aptidão máxima, em 3 dias por semana, associados com reeducação alimentar, 
 
 
11 
possuem menores índices de incidência da doença (Stamler, 1989). O 
treinamento resistido também apresenta efeitos positivos em programas com 
média de 14 semanas, em frequência semanal de 2-5 sessões de 38 minutos 
cada, com média de intensidade de 35% de 1 RM, com 1-4 séries de 6-14 
exercícios e intervalos de 15-120 segundos. Os resultados disso mostram 
decréscimo de 2% na pressão arterial sistólica e 4% na diastólica (Kelley; Kelley, 
2000). Atividades como caminhada, corrida, bicicleta e natação em intensidade 
de 30%-85% da aptidão máxima se mostram favoráveis para a redução média 
de 7,4 mmHg e de 5,8mmHg da pressão sistólica e da diastólica, 
respectivamente, em indivíduos hipertensos (Cornelissen; Fagard, 2005). A 
contribuição desses programas está ligada à redução da noradrenalina no 
plasma e no volume cardíaco, além de à diminuição da resistência total 
periférica, à regulação do sistema nervoso simpático e a alguma alteração no 
sistema renina-angiotensina-aldosterona (Goessler; Polito; Cornelissen, 2016). 
Alguns cuidados são essenciais para a realização de exercícios físicos 
para idosos com hipertensão arterial. Como o processo natural do 
envelhecimento ocasiona alterações na parede das artérias, enrijecendo ou 
diminuindo seu espessamento, isso pode levar a alterações constantes na 
pressão arterial. Dessa forma, é importante aferir a pressão pré e pós-exercício 
físico para que haja um monitoramento. Os idosos, em sua maioria, são 
assintomáticos às alterações na pressão arterial e cabe ao profissional mensurá-
las de forma objetiva. Como o efeito agudo do exercício está ligado à redução 
da pressão arterial (em até 24 horas após o término da atividade), ao notar que 
houve uma queda dos valores mensurados pré e pós-exercício, isso pode gerar 
um bem-estar, satisfação e conforto no praticante, aumentando a sua segurança 
e a efetividade da sua adesão ao programa de exercício que lhe foi proposto 
(Kenney; Wilmore; Costill, 2012; McArdle; Katch; Katch, 2010). Contudo, se o 
valor previamente aferido estiver muito acima do esperado, é recomendado que 
seja revista a conduta do profissional na aplicação da sessão de exercício, 
podendo seu volume, intensidade ou tipo serem modificados, dependendo do 
nível mensurado, ou até suspendida a prática, até que haja normalização dos 
valores de pressão arterial. 
 
 
 
12 
TEMA 4 – PRESCRIÇÃO DE EXERCÍCIO FÍSICO PARA IDOSOS COM 
OSTEOPOROSE 
A osteoporose, doença que acomete com maior frequência idosos, tem 
afetado aproximadamente 200 milhões de pessoas no mundo e 10 milhões de 
pessoas no Brasil. Cerca de um terço dessas pessoas recebem tal diagnóstico 
e, desses, apenas 20% aderem a algum tipo de tratamento (Katz; Rotstein, 
2021). As mulheres (50%) são mais acometidas de osteoporose que os homens 
(15%), e a incidência dessa doença tem gerado altos custos de manutenção da 
saúde pública – aproximadamente 58,6 milhões de reais. Estima-se que, no 
Brasil, cada paciente submetido a cirurgia decorrente de fraturas ocasionadas 
pela osteoporose tem uma permanência média de 13,4 dias de internação em 
hospitais. Vértebras, cintura, quadril e úmero proximal são as regiões do corpo 
em que mais acontecem essas fraturas, que podem gerar incapacidade e 
mortalidade devido à sua dificuldade de recuperação (Araujo et al., 2020). 
4.1 Processo fisiológico da osteoporose 
A osteoporose – que pode ser classificada em primária, quando 
relacionada à idade, ou secundária, quando ligada a outra doença e/ou uso 
crônico de medicamentos (Tu et al., 2018) – é um distúrbio de formação óssea 
ocasionado pela falta de depósitos normais de sais de cálcio e por uma 
diminuição dos níveis de proteína óssea. Por um processo normal da sua 
estrutura de renovação, há uma decomposição do tecido existente, porémsem 
um depósito de novas formações pelos osteoblastos (Katz; Rotstein, 2021; 
Kenney; Wilmore; Costill, 2012; McArdle; Katch; Katch, 2010). 
Com o avançar da idade do indivíduo, ocorre também uma redução da 
sua capacidade de mastigação, deglutição e secreção enzimática, que pode 
comprometer a digestão e a absorção de nutrientes essenciais como vitaminas, 
minerais e fibras. Assim, a densidade mineral óssea, ao atingir valores iguais ou 
inferiores a -2,5 desvios-padrão (Quadro 2), acarreta aumento da fragilidade e 
suscetibilidade a fraturas (Cano et al., 2018; Radominski et al., 2004, 2017). Há 
uma grande determinação genética, em uma contribuição da ordem de 80%, 
para que se estabeleça um quadro de baixa densidade mineral óssea, percentual 
aquele que ainda pode variar de acordo com o estilo de vida adotado (Krall; 
Dawson‐Hughes, 1993). 
 
 
13 
O tabagismo, o baixo peso corporal, o consumo excessivo de álcool, o 
uso de corticoides orais, a deficiência de estrogênio a partir dos 45 anos, a baixa 
ingesta de cálcio durante a vida, quedas recorrentes, sedentarismo e inatividade 
física são os principais fatores de risco para osteoporose, contudo 
potencialmente modificáveis (Tian et al., 2017). Além disso, mulheres na pós-
menopausa apresentam uma diminuição acelerada da massa óssea e uma 
deterioração da microarquitetura dos tecidos até 10 vezes maior do que as 
observadas no pré-menopausa (Radominski et al., 2004, 2017). A idade da 
mulher e o tempo pós-menopausa também podem ser fatores associados à 
osteoporose (Fernandes et al., 2015). 
Quadro 2 – Classificação diagnóstica baseada no escore T, de acordo com a 
avaliação do indivíduo por densitometria óssea 
Classificação Escore T 
Normal -1 ou acima 
Osteopenia entre -1 a -2,4 
Osteoporose -2,5 ou abaixo 
Osteoporose grave -2,5 ou abaixo, associado a fratura por fragilidade 
Fonte: Adaptado de Tian et al., 2017. 
4.2 Prescrição e cuidados 
Aliado a uma ingesta adequada de nutrientes, vitaminas e minerais, o 
exercício físico tem sido uma das maneiras não farmacológicas de aumentar a 
densidade mineral óssea, pois afeta positivamente os níveis de hormônios 
essenciais para a modelação e remodelação óssea (Cano et al., 2018; Silva et 
al., 2014; Tarantino et al., 2017; Tu et al., 2018). A prática regular de exercícios 
físicos, inclusive no decorrer da vida, pode atuar como fator protetivo da 
integridade da estrutura óssea de um indivíduo, contribuindo para a maximização 
do pico de massa óssea, especialmente no triângulo de Ward – região proximal 
do fêmur – e na coluna vertebral (L2-L4) (Florindo et al., 2002). Os exercícios 
também incidem na prevenção de quedas, pois atividades de sustentação de 
 
 
14 
peso e fortalecimento muscular podem melhorar a agilidade, a força, a postura 
e o equilíbrio de idosos (Cosman et al., 2014; Giangregorio; Katzman, 2021). 
Exercícios físicos resistidos, supervisionados e que envolvam 
principalmente fortalecimento de quadríceps são recomendados para melhora 
da densidade mineral óssea e redução de quedas em idosos (Radominski et al., 
2017). Durante as atividades, a contração muscular promove um estresse 
mecânico necessário, que desencadeia uma remodelação óssea e incrementa a 
massa muscular, estimulando os osteoblastos, o efeito piezoelétrico, a ação de 
prostaglandinas, o incremento de sangue nos ossos e as respostas hormonais 
do organismo (Kenney; Wilmore; Costill, 2012; McArdle; Katch; Katch, 2010). 
Para indivíduos com baixa densidade mineral óssea, recomendam-se exercícios 
resistidos de 2 a 3 vezes por semana, em intensidade moderada a vigorosa, com 
1 a 2 séries, entre 8-12 repetições para os principais grupos musculares, com 
duração entre 30 a 60 minutos cada sessão (ACSM, 2018). De fato, os efeitos 
de exercícios como caminhada, corrida, condicionamento físico e exercícios 
aeróbios são evidentes na literatura, quanto ao aumento da densidade mineral 
óssea de um indivíduo, em programas que variam de 3-12 semanas, com 
frequência de 2-7 dias e duração de aproximadamente 110 minutos por sessão 
(Shojaa et al., 2020). 
É imprescindível, todavia, atentar-se a que, durante a prática do exercício 
físico, o cálcio é utilizado para a contração muscular; com isso, pode haver um 
desequilíbrio nos níveis de cálcio séricos da pessoa. A via regulatória da 
homeostase possui a função de manter esse equilíbrio, por meio do aumento da 
absorção de cálcio no intestino e, quando não ocorre uma ingestão adequada de 
cálcio, esse mineral pode ser retirado dos ossos para manutenção da 
homeostase do organismo. Dessa forma, ao se realizar um exercício físico sem 
que haja uma alimentação rica em nutrientes, é possível que o seu efeito seja 
contrário ao desejado, acentuando a diminuição da densidade mineral óssea do 
idoso e expondo-o a riscos durante a execução da atividade (Tarantino et al., 
2017). 
TEMA 5 – PRESCRIÇÃO DE EXERCÍCIO FÍSICO PARA IDOSOS COM DIABETES 
Mais de um quarto das pessoas acima de 65 anos têm diabetes e metade 
dos idosos são classificados como pré-diabéticos (Classification, 2021). Estima-
se que o número de idosos que vivam com essa condição aumente rapidamente 
 
 
15 
nas próximas décadas, com projeções de 592 milhões de novos casos até 2035, 
principalmente nas faixas etárias mais elevadas. As mulheres com diabetes 
apresentam prevalência mais alta, sobretudo de acordo com um avanço da idade 
e podendo esse grupo chegar a um quinto da população idosa feminina (Malta 
et al., 2019). 
Devido as complicações oriundas do diabetes, como cegueira, falha renal, 
amputações não traumáticas e incremento do risco de doenças 
cardiovasculares, hipertensão e acidente vascular cerebral (AVC), é preciso dar 
especial atenção ao processo dessa doença e à tratativa de prescrição de 
exercícios físicos, pois idosos por ela acometidos requerem cuidados 
redobrados. De fato, a forte associação do diabetes a outras doenças e fatores 
de risco, como obesidade e gordura abdominal, tem-na posicionado dentre as 
quatro DCNT identificadas como prioritárias para intervenção (Santos et al., 
2019). Além de o diabetes gerar muitos gastos ao sistema de saúde, pois a carga 
de comorbidades que ele acarreta aumenta o uso de serviços de atenção 
primária (Buja et al., 2021), certamente o alto percentual (50%) de brasileiros de 
meia-idade e idosos que apresentam elevado risco de diabetes justifica a 
promoção de mudanças do estilo de vida, principalmente por parte dessa 
população. 
5.1 Processo fisiológico do diabetes 
O diabetes é uma doença metabólica, caracterizada como distúrbio na 
secreção ou ação da insulina pelo pâncreas. O diabetes tipo 1 é ocasionado por 
uma destruição autoimune das células produtoras de insulina (β-células), 
enquanto o tipo 2 é ocasionado quando os receptores de insulina se tornam 
resistentes ao hormônio, podendo se chegar ao ponto em que o pâncreas não 
mais consegue produzir insulina em quantidades suficientes, agravando o 
quadro de resistência insulínica. A faixa de glicemia em jejum considerada 
normal é inferior a 99 miligramas por decilitro (mg/dL), enquanto a considerada 
alterada apresenta valores de 100-125 mg/dL. Para o quadro ser classificado 
como diabetes, os valores da glicemia em jejum devem ser iguais ou maiores 
que 126 mg/dL (Classification, 2021). 
Quanto à plausibilidade biológica do exercício físico em casos de 
diabetes, baixar a circulação de insulina no sangue, aumentar a sensibilidade à 
insulina, a tolerância à glicose, incrementar a ação do transportador de glicose 
 
 
16 
tipo 4 (Glut-4) e diminuir a gordura visceral, centrípeta e total são seus principais 
efeitos (Kenney; Wilmore; Costill, 2012; McArdle; Katch; Katch, 2010). 
5.2 Prescrição e cuidados 
O exercício físico demonstrou melhorar o controle da glicose no sangue, 
reduzir os fatores de risco cardiovascular, contribuir para a perda de peso e 
melhoraro bem-estar do indivíduo. É altamente recomendado que pessoas com 
diabetes se envolvam em pelo menos 150 minutos por semana de atividade 
aeróbia, de intensidade moderada a vigorosa, podendo fracioná-la em séries de 
3 dias por semana, com não mais de 2 dias consecutivos sem atividade. O 
treinamento intensivo e/ou intervalado pode ser suficiente para indivíduos mais 
jovens e em melhores condições físicas. As recomendações para exercícios 
resistidos são de 2-3 sessões por semana, em dias não consecutivos. 
Treinamentos de flexibilidade e de equilíbrio são recomendados de 2-3 vezes 
por semana para idosos com diabetes, acrescendo-lhes atividades com base 
nas preferências individuais dos praticantes. Além disso, diminuir a quantidade 
de tempo gasto em comportamento sedentário diário, interrompendo-o a cada 
30 minutos, se envolvendo, por exemplo, em práticas de caminhada, trabalho 
doméstico, jardinagem, natação e dança, pode gerar benefícios à diminuição das 
taxas de glicose no sangue (Facilitating, 2021). 
Os idosos com diabetes têm taxas mais altas de morte prematura, 
incapacidade funcional, perda muscular acelerada e doenças coexistentes, 
como hipertensão, doença coronariana e AVC. Todavia, esse quadro pode ser 
minimizado com práticas regulares de exercício físico. Caminhada e subida de 
degraus são algumas das atividades que possuem um gasto energético 
associado ao declínio da razão de incidência de diabetes tipo 2. Ao se subir de 
5-14 lances de escada por dia, há uma diminuição de 22% do risco de 
desenvolver a doença. Para cada incremento de 500 kcal por semana, há uma 
diminuição de 6% do risco. O mesmo acontece com exercícios de intensidade 
moderada à vigorosa, que proporcionam um declínio do risco de diabetes da 
ordem de 35% (Helmrich et al., 1991). Exercícios aeróbios estruturados, com 3 
sessões por semana, duração média de 53 minutos de prática por sessão, 
praticados em média por 18 semanas, com intensidade variando de 50%-79% 
do consumo máximo de oxigênio e frequência cardíaca entre 110-140 
batimentos por minuto também se mostraram efetivos na atuação sobre a 
 
 
17 
hemoglobina glicada de pessoas com média de 55 anos de idade (Boulé et al., 
2001). 
Para avaliação da intensidade do exercício físico prescrito para pacientes 
com diabetes, é possível utilizar parâmetros objetivos (PO) e parâmetros 
subjetivos (OS), como mostra a Tabela 3. A FCmáx e o VO2máx, durante um 
exercício físico, são determinadas por meio de teste de esforço ou 
ergoespirométrico. A escala de percepção subjetiva de esforço de Borg e o teste 
da fala são avaliações práticas, de baixo ou nenhum custo de aplicação. 
Tabela 3 – Classificação da intensidade do exercício aeróbio baseada em PO e 
PS 
Intensidade 
PO PS 
%FCmáx %VO2máx Escala 
de 
Borg 
Teste da fala 
(o que o indivíduo 
consegue) 
Baixa < 50% < 40% < 12 Cantar e falar 
Moderada 50%-70% 40%-60% 12-13 Apenas falar 
Vigorosa > 70% > 60% > 13 Nem falar nem cantar 
Fonte: Adaptado de ACSM, 2018. 
É importante compreender a dificuldade que muitos pacientes com 
diabetes têm em atingir as metas de treinamento recomendadas, e com base 
nisso identificar abordagens individualizadas para melhorar o alcance dessas 
metas. Intervenções de exercícios estruturados possuem maiores chances de 
resultados satisfatórios no controle da diabetes. Atividade aeróbia está 
associada a riscos cardiovasculares e de mortalidade geral substancialmente 
mais baixos em pessoas com diabetes tipos 1 e 2. Programas com pelo menos 
8 semanas de duração mostraram reduzir os valores de hemoglobina glicada, 
em média, em 0,66% em pessoas com diabetes tipo 2, mesmo que nesse 
período não haja mudança significativa no IMC (Boulé et al., 2001). Existem 
também dados consideráveis de aumento da aptidão cardiovascular, maior força 
muscular, melhora da sensibilidade à insulina e nivelamento de triglicerídeos, 
quando da realização de exercícios regulares por pessoas com diabetes tipo 1 
 
 
18 
(Mascarenhas et al., 2016). De todo modo, exercícios devem ser prescritos a 
todos os indivíduos com diabetes como parte do controle da glicemia e da saúde 
em geral. As recomendações e precauções específicas é que variam de acordo 
com tipo de diabetes, idade, atividade realizada e presença de comorbidades. 
As recomendações devem ser adaptadas para atender às necessidades 
específicas de cada indivíduo, atentando-se às sugestões de conduta conforme 
o nível de glicemia avaliado pré-exercício (Quadro 3) (Colberg et al., 2016). 
Quadro 3 – Sugestões de conduta de acordo com o nível de glicemia pré-
exercício 
Nível glicêmico Conduta a ser adotada 
< 90 mg/dL Ingerir de 15-30 g de carboidratos de ação rápida antes do 
início do exercício, dependendo da atividade individual e 
pretendida (algumas atividades de curta duração ou de 
intensidade muito alta podem não exigir qualquer ingestão 
adicional de carboidratos). Para atividades prolongadas com 
intensidade moderada, consumir carboidratos adicionais, 
conforme necessário (0,5-1 g/kg de massa corporal por hora 
de exercício), com base nos resultados dos testes de glicose 
no sangue 
90-150 mg/dL Consumir carboidratos a partir do início do exercício (0,5-1 
g/kg de massa corporal por hora de exercício), dependendo 
do tipo de exercício e da quantidade de insulina 
150-250 mg/dL Iniciar o exercício e atrasar o consumo de carboidratos até 
que os níveis de glicose no sangue sejam menores que 150 
mg/dL 
250-350 mg/dL Testar cetonas e não realizar nenhum exercício se elas 
estiverem presentes em quantidades moderadas a grandes. 
Iniciar exercício de intensidade leve a moderada. O exercício 
intenso deve ser adiado até que os níveis de glicose sejam 
menores que 250 mg/dL, pois o exercício intenso pode 
exacerbar a hiperglicemia 
 
 
19 
≥ 350 mg/dL Testar cetonas e não realizar nenhum exercício se elas 
estiverem presentes em quantidades moderadas a grandes. 
Se as cetonas são negativas (ou presentes de forma 
insignificante, apenas com traços), considerar a correção 
conservadora da insulina (por exemplo, correção de 50%) 
antes do exercício, dependendo do status de insulina ativa. 
Iniciar exercício leve a moderado e evitar exercícios intensos 
até diminuírem os níveis de glicose 
Fonte: Adaptado de Colberg et al., 2018. 
TEMA 6 – PRESCRIÇÃO DE EXERCÍCIO FÍSICO PARA IDOSOS COM 
OBESIDADE 
A prevalência de obesidade nas últimas décadas, no mundo, vem 
aumentando consideravelmente, agravando a situação desse problema de 
saúde pública. Segundo o último levantamento do Sistema de Vigilância de 
Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico 
(Vigitel), houve um aumento da prevalência de obesidade no Brasil de 13,4% 
para 18,7% de 2008 a 2018, entre os homens, e de 13,9% para 20,7%, no 
mesmo período, entre as mulheres (Brasil, 2019). 
Explicada por múltiplos fatores, estima-se que haja uma contribuição de 
cerca de 25% de carga genética e de cerca de 75% fatores externos, como 
ambiente, comportamento e hábitos, para configuração de um quadro de 
obesidade. Um fato importante a ser considerado é que a população tem 
consumido cada vez mais calorias, com o passar dos anos, sem mudança do 
seu gasto energético habitual diário (Kenney; Wilmore; Costill, 2012; McArdle; 
Katch; Katch, 2010). 
6.1 Processo fisiológico da obesidade 
A obesidade é conceituada como acúmulo excessivo de gordura corporal, 
que aumenta o risco de outras doenças. Mecanismos humorais e neurais 
complexos que controlam o apetite e a saciedade estão relacionados com a 
doença. No sistema periférico ou aferente, seus principais componentes são a 
leptina e a adiponectina, produzidas pelas células gordurosas, sendo a grelina 
no estômago, o peptídeo no íleo e no cólon e a insulina no pâncreas. O núcleo 
 
 
20 
arqueado no hipotálamo tem a função de processar e integrar os sinais neuro-
humorais periféricose produzir sinais eferentes. Com isso, o sistema eferente 
tem a função de transportar os sinais produzidos nos neurônios de segunda 
ordem do hipotálamo para controlar a ingestão alimentar e o gasto energético do 
corpo (Kenney; Wilmore; Costill, 2012; McArdle; Katch; Katch, 2010). 
A obesidade é parcialmente atribuída a componentes hereditários, mas 
há influências ambientais e comportamentais associadas ao seu surgimento. O 
estresse, por exemplo, ocasiona um aumento dos níveis de cortisol, o que 
contribui para o aumento da lipogênese e da gliconeogênese e a diminuição da 
lipólise e da proteólise. Associado ao quadro de estresse, o uso indiscriminado 
de fármacos, álcool, tabaco e alimentos calóricos como mecanismo de fuga 
potencializam a obesidade. Principalmente quando o gasto calórico do indivíduo 
é inferior à ingesta de calorias, isso maximizado pela falta de atividade física, o 
cenário se torna ainda mais preocupante. No que tange a fatores de desequilíbrio 
hormonal, característica bastante própria dos idosos, quando os níveis de 
glicose na corrente sanguínea aumentam, ocorre uma liberação de insulina pelas 
células pancreáticas. Esse processo irá estimular a lipogênese e bloquear a 
lipólise, levando a um aumento do armazenamento de gordura nas vesículas 
lipídicas e, consequentemente, do tecido adiposo. Em síntese, quando há 
excesso de gordura nesse tecido e em outros órgãos como fígado, músculo e 
pâncreas, ocorre a lipotoxicidade, que por sua vez leva a uma produção de 
espécies reativas maléficas, que dão origem à disfunção das células-β 
pancreáticas (Kenney; Wilmore; Costill, 2012; McArdle; Katch; Katch, 2010). 
O IMC tem sido o indicador antropométrico mais utilizado para estimar o 
excesso de peso e a obesidade, pois mostra a massa, em kg, dividida pelo 
quadrado da estatura, em m. Como um complemento da avaliação 
antropométrica, a obesidade pode ser mensurada ainda pela razão da 
circunferência da cintura (CC), em cm, por ser esse um indicativo de risco para 
a saúde mediante presença de obesidade centrípeta, caracterizada por maior 
concentração de gordura abdominal. Assim, ambos os parâmetros podem ser 
utilizados, de forma isolada (Tabelas 4 e 5) ou conjunta (Tabela 6). 
 
 
 
21 
Tabela 4 – Classificação de risco à saúde de acordo com o percentual de gordura 
corporal baseado no IMC 
IMC (kg/m2) Nível de risco 40-59 anos 60-79 anos 
Homem 
< 18,5 Elevado < 11% < 13% 
18,6-24,9 Médio 11%-21% 13%-24% 
25-29,9 Elevado 22%-27% 25%-29% 
> 30 Alto ≥ 28% ≥ 30% 
Mulher 
< 18,5 Elevado < 23% < 24% 
18,6-24,9 Média 23%-33% 24%-35% 
25-29,9 Elevado 34%-39% 36%-41% 
> 30 Alto ≥ 40% ≥ 42% 
Nota: o erro padrão da estimativa é de mais ou menos 5%, para prever a 
porcentagem de gordura corporal com base no IMC (em uma estimativa 
de quatro compartimentos de porcentagem de gordura corporal). 
Fonte: Adaptado de ACSM, 2018. 
Tabela 5 – Critérios para classificação de risco à saúde por meio da mensuração 
da circunferência da cintura, em cm 
Categoria de risco Mulher Homem 
Muito baixo < 70 < 80 
Baixo 70-89 80-99 
Alto 90-109 100-120 
Muito alto > 110 > 120 
Fonte: Adaptado de ACSM, 2018. 
 
 
22 
Tabela 6 – Classificação de risco de doença baseada na combinação de IMC e 
CC 
IMC (kg/m2) 
Risco de doença* relacionado ao peso 
e à circunferência da cintura 
H ≤ 102 cm H > 102 cm 
M ≤ 88 cm M > 88 cm 
Baixo peso < 18,5 — — 
Normal 18,5-24,9 — — 
Sobrepeso 25-29,9 Aumentado Alto 
Obesidade, grau 
I 30-34,9 Alto Muito alto 
II 35-39,9 Muito alto Muito alto 
III ≥ 40 Extremamente alto Extremamente alto 
Nota: o aumento da CC também pode ser um marcador de risco aumentado, mesmo em 
pessoas com peso normal. 
* Risco de doença para diabetes tipo 2, hipertensão e doenças cardiovasculares. 
Fonte: Adaptado de ACSM, 2018. 
6.2 Prescrição e cuidados 
A obesidade diminui as funções físicas de idosos, causando-lhes 
fragilidades, queda da qualidade de vida e resultando em maiores gastos com 
cuidados médicos. Além das suas consequências cardiometabólicas bem 
conhecidas, a adiposidade excessiva também contribui de forma significativa 
para a limitação funcional, nessa fase da vida. Assim, intervenções baseadas no 
estilo de vida em idosos com obesidade demonstram melhora imediata da força 
e da função muscular, com perda de peso de 3% a 10% (ACSM, 2018). 
Estratégias de perda de peso que maximizam a perda de massa gorda enquanto 
minimizam a perda de massa magra devem ser o foco das prescrições de 
 
 
23 
exercício físico. As evidências apontam que exercícios aeróbios de intensidade 
moderada, de resistência progressiva, ou programas de exercícios combinados 
à regulação calórica resultam em uma mudança mais favorável na composição 
corporal, em comparação com as intervenções isoladas (Beavers et al., 2017). 
Outras evidências sugerem que para cada aumento de 12-24 
equivalentes metabólicos da tarefa (EMT) por hora por semana de exercício há 
uma redução média de -0,41 cm do perímetro da cintura, em homens. Do mesmo 
modo, o incremento de 30 minutos por semana de treinamento resistido mostrou 
decréscimo médio de -0,74 cm e, ainda, o incremento do equivalente a 1.609 m 
de caminhada por hora foi correlacionado com um decréscimo médio de -0,27 
cm do perímetro da cintura, também em homens. No sentido oposto, maior 
exposição a tempo sedentário aumenta os valores médios do perímetro da 
cintura: para cada 20 horas ou mais por semana, há um incremento médio de 
+0,3 cm (Koh-Banerjee et al., 2003). No perfil feminino, os efeitos da prática do 
exercício físico também são notórios. Mulheres que participam de programas de 
intervenção com média de 176 minutos por semana, divididos em 3-5 dias por 
semana, com a caminhada sendo o tipo mais frequente, tiveram resultados 
significativos na mudança do peso corporal, com redução média de -1% de 
gordura total, -8,6 gramas por centímetro cúbico (g/cm3) de gordura intra-
abdominal e -28,8 g/cm3 de gordura abdominal subcutânea (Irwin et al., 2003). 
Resultados satisfatórios têm sido obtidos com programas de 18 semanas 
de exercícios aeróbios, que incluem caminhada supervisionada e adaptada 
individualmente como principal atividade quando do início do treinamento, com 
frequência de 4 dias por semana, progredindo para se atingir a meta de 45 
minutos de duração por sessão, mantendo-se a intensidade entre 12-14 na 
escala de avaliação de percepção de esforço de Borg. Para exercícios resistidos, 
a intervenção, também individualizada, pode contar com uma frequência de 4 
dias por semana, com duração de 45 minutos em cada sessão, uma intensidade 
de 15-18 na escala de Borg, com 3 séries de 10-12 repetições. Levantamento 
lateral, adução e abdução de quadril, flexão plantar, remada sentada, supino e 
abdominais são alguns dos exercícios possíveis de realização (Beavers et al., 
2017). 
 
 
 
24 
TEMA 7 – PRESCRIÇÃO DE EXERCÍCIO FÍSICO PARA IDOSOS COM 
DEPRESSÃO 
A prevalência de depressão em idosos tem aumentado 
consideravelmente ao redor do mundo nos últimos anos, principalmente em 
países mais desenvolvidos, podendo variar entre 1%-25% do quantitativo de 
idosos (Basta et al., 2021). Alguns fatores estão atrelados a essa doença, como 
baixo nível de escolaridade, residência em áreas urbanas, relacionamento 
familiar ruim e baixo suporte social (Li; Shou, 2021). Em parte, isso pode ser 
explicado pela falta de convívio de idosos com seus familiares e amigos, em 
decorrência do cotidiano conturbado que as grandes cidades proporcionam, 
além do baixo nível de envolvimento com atividades físicas, geralmente 
associado à pouca instrução sobre seus benefícios, como e onde realizá-los ou 
mesmo falta de condições financeiras para sua realização. 
7.1 Processo fisiológico da depressão 
A depressão é conceituada como uma desordem mental comum que se 
caracteriza por humor depressivo, baixo interesse ou prazer,sentimento de 
culpa ou baixa autoestima, distúrbios do sono ou do apetite, baixa energia e 
problemas de concentração. Esses problemas podem se tornar crônicos ou 
recorrentes, gerando grandes prejuízos às habilidades individuais, afetando as 
atividades e responsabilidades do cotidiano. 
Existem contribuições do exercício físico para a regulação das 
monoaminas – neurotransmissores como dopamina, norepinefrina e serotonina 
– e a elevação de β-endorfinas. Estas, encontradas no cérebro, na espinha 
dorsal, na glândula adrenal, no intestino e nos nervos simpáticos, são proteínas 
com propriedades analgésicas (Kenney; Wilmore; Costill, 2012; McArdle; Katch; 
Katch, 2010). Primariamente sintetizadas na glândula hipófise, sua principal 
função é regular a temperatura corporal e o sistema cardiovascular durante o 
estresse. Dessa forma, indivíduos com maiores níveis de depressão possuem 
menores quantidades de β-endorfinas no organismo (Hegadoren et al., 2009). O 
método comumente utilizado para diagnosticar a depressão é proposto pela 
Associação Americana de Psiquiatria (APA, 2014), chamado de Manual 
diagnóstico e estatístico de transtornos mentais: DSM-5. O DSM-5 é a 
classificação padrão de transtornos mentais usada por profissionais de saúde e 
 
 
25 
que estipula nove critérios para o diagnóstico desses transtornos, dos quais 
cinco devem estar presentes para a confirmação do quadro. É necessário ainda 
que os sintomas estejam presentes por pelo menos duas semanas, representem 
uma alteração em relação ao funcionamento anterior e que um deles seja 
obrigatoriamente humor deprimido ou perda de interesse/prazer, como mostra o 
Quadro 4. 
Quadro 4 – Critérios diagnósticos para depressão conforme o DSM-5 
Número Critério 
1 Humor deprimido na maior parte do dia, quase todos os dias, 
conforme indicado por relato subjetivo ou por observação feita por 
outra pessoa 
2 Acentuada diminuição de interesse ou prazer em todas ou quase 
todas as atividades na maior parte do dia, quase todos os dias 
3 Perda ou ganho significativo de peso sem estar fazendo dieta (mais 
de 5% do peso corporal em menos de um mês) ou redução ou 
aumento do apetite quase todos os dias 
4 Insônia ou hipersonia quase diária 
5 Agitação ou retardo psicomotor quase todos os dias 
6 Fadiga ou perda de energia quase todos os dias 
7 Sentimentos de inutilidade ou culpa excessiva ou inapropriada 
quase todos os dias 
8 Capacidade diminuída para pensar ou se concentrar, ou indecisão 
quase todos os dias 
9 Pensamentos recorrentes de morte, ideação suicida recorrente 
sem um plano específico, tentativa de suicídio ou plano específico 
para cometer suicídio 
Fonte: Adaptado de APA, 2014. 
 
 
 
26 
7.2 Prescrição e cuidados 
A prática regular de exercícios físicos tem produzido efeitos de prevenção 
primária na diminuição dos sintomas ou como parte do tratamento 
medicamentoso. Desde os primeiros estudos, na década de 1970, que 
relacionaram os efeitos da prática de atividade física em pessoas com 
depressão, até revisões de literatura mais recentes, que analisaram estudos 
experimentais e quase experimentais com uma abordagem de exercícios físicos 
aeróbios e resistidos realizados em frequência de 3 vezes por semana, por 20-
60 minutos e com duração de 6-19 semanas, os resultados têm se mostrado 
satisfatórios, reduzindo significativamente os efeitos da doença e seus sintomas 
(Blake et al., 2009; Morgan; Roberts; Feinerman, 1971). 
Evidências ainda apontam que o exercício físico utilizado como terapia 
tem efeitos similares no decréscimo de escores depressivos quando comparado 
a tratamentos como psicoterapia e medicação (Blumenthal et al., 1999; Schuch 
et al., 2016). Apesar de a dose-resposta para prevenção e reabilitação não estar 
claramente descrita na literatura, sabe-se que a recomendação de exercício 
físico para idosos com depressão é de 3-5 vezes por semana, por 20-60 minutos 
por sessão e com intensidade de 55%-85% da FCmáx (Blumenthal et al., 1999). 
O efeito positivo do exercício resistido na melhora dos sintomas de ansiedade e 
depressão em idosos está relacionado a programas com no mínimo 16 semanas, 
com frequência de 2 vezes na semana, por 30-60 minutos cada sessão e em 
intensidade moderada (Araujo et al., 2017; Gordon et al., 2018; Santos, 2019). 
TEMA 8 – ATENDIMENTO INDIVIDUALIZADO DE IDOSOS COM 
FRAGILIDADES 
A grande parcela dos idosos possuem uma ou mais doenças associadas 
ao seu processo de envelhecimento, e a inflamação crônica, junto ao estresse 
oxidativo, são alguns dos resultados desse quandro, podendo acarretar 
problemas como doenças cardiovasculares, cardiorrespiratórias, metabólicas ou 
do sistema endócrino e de caráter musculoesquelético. A fragilidade, estado 
clínico caracterizado por uma redução da função fisiológica, seja da aptidão 
cardiorrespiratória, seja da flexibilidade, seja da resistência muscular, impacta 
diretamente a funcionalidade do idoso. Isso está associado ou pode derivar de 
várias comorbidades, que aumentam as chances de incapacidade da realização 
 
 
27 
de tarefas simples e cotidianas. A baixa massa muscular, por exemplo, tanto em 
homens quanto em mulheres idosas, aumenta a probabilidade de mortalidade 
por todas as causas. Em mulheres, essa probabilidade é mais alta, sendo 62 
vezes maior quando comparada a mulheres idosas que realizam exercícios de 
resistência muscular (Santana et al., 2019). Dessa forma, fica evidente que a 
faixa etária não deve ser a base da prescrição de exercícios, mas a capacidade 
funcional do idoso. 
Existem três processos de envelhecimento. O acelerado, o usual e o 
saudável. Nesse último caso, o idoso não alcança uma condição de fragilidade, 
debilidade e mortalidade. A prática regular de exercício físico individualizado 
pode contribuir com o terceiro cenário, reduzindo o dano oxidativo relacionado à 
idade e a inflamação crônica, aumentando a autofagia e melhorando a função 
mitocondrial do organismo do idoso. As intervenções com prática de exercícios 
físicos visam trabalhar a flexibilidade, o equilíbrio, a atividade aeróbia e a aptidão 
muscular (força e potência) dos indivíduos. Cada tipo de atividade irá melhorar 
diferentes aspectos do funcionamento físico dos idosos, embora muitas possam 
ser combinadas de acordo com a necessidade e prescritas como uma 
intervenção multicomponente. Portanto, os programas de intervenção com 
exercícios devem ser prescritos com base no funcionamento físico de cada 
indivíduo e adaptados à resposta resultante (Angulo et al., 2020). 
Para um melhor atendimento individualizado de idosos, recomenda-se 
identificar inicialmente os cinco fatores propostos como classificadores da sua 
fragilidade, que são, conforme Fried et al. (2001): 
1. a perda de peso não intencional; 
2. a exaustão avaliada autorrelatada de fadiga; 
3. a diminuição da força de preensão manual; 
4. o baixo nível de atividade física; 
5. a diminuição da velocidade de caminhada. 
Para um programa com idosos com fragilidade, podem-se realizar 
alongamentos dinâmicos no aquecimento da sessão, enquanto os exercícios de 
alongamento estático podem ser realizados ao seu final, como parte da fase de 
desaceleração. Ambos irão impactar a tolerância de amplitudes maiores das 
articulações, refletindo em melhor qualidade de execução dos movimentos 
subsequentes. 
 
 
28 
Muitas atividades têm sido propostas para aumentar a capacidade aeróbia 
dos idosos, como caminhada rápida, corrida, hidroginástica, natação, dança ou 
uso de bicicleta. Caminhar, certamente, é o mais fácil, mais barato e mais viável 
meio de aplicação da prescrição desse tipo de atividade. Embora existam 
diferentes abordagens, de acordo com o estado funcional da pessoa, não 
existem regras padronizadas sobre a prescrição de exercícios aeróbios para 
pessoas frágeis. Apesar de, em alguns casos, indivíduos frágeis não serem 
capazes de realizartodas as atividades aeróbias, exercícios modestos de 
fortalecimento podem impactar positivamente a progressão da realização dessas 
atividades. Dependendo da intensidade, o treinamento de força deve ser 
prescrito em dias alternados, especialmente nos estágios iniciais do treino, 
sempre se fornecendo ao praticante instruções técnicas simples e com suporte 
de exemplificação, pelo profissional. A intensidade do treinamento de força deve 
variar de 30%-60% da carga de 1 RM, com a realização da fase concêntrica o 
mais rápida possível. Os efeitos do treinamento de força, priorizado em idosos, 
melhora significativamente a velocidade e a estabilidade da sua marcha e 
aprimora a sua musculatura empregada em ações cotidianas como levantar da 
cadeira e subir escadas (Angulo et al., 2020). 
CONSIDERAÇÕES FINAIS 
Exercícios aeróbios, resistidos e de flexibilidade formam a tríade ideal 
para a manutenção e a restauração da saúde da população idosa. Todavia, em 
todos os casos é altamente recomendado que se priorizem atividades de 
equilíbrio e propriocepção. Esses atributos são essenciais para a execução das 
atividades cotidianas, especialmente nessa faixa etária. A Tabela 7 apresenta 
uma síntese das recomendações de exercícios físicos aeróbio e resistido que 
devem ser combinados aos de flexibilidade para idosos, de acordo com o perfil 
de doença existente. 
 
 
 
29 
Tabela 7 – Síntese das recomendações gerais de tipo de exercício físico 
prescrito para idosos, com frequência de vezes por semana (F), intensidade (I) 
e tempo (T), de acordo com o perfil de doença existente 
Doença 
Aeróbio Resistido 
F I T F I T 
Hipertensão 5-7 Moderada ≥ 30 
minutos 
2-3 60%-70% de 1 
RM 
2-4 
séries/8-12 
repetições 
Osteoporose 4-5 Moderada 20-60 
minutos 
2-3 Moderado- 
vigorosa 
1-2 
séries/8-12 
repetições 
Diabetes* 3-7 Moderado-
vigorosa 
≥ 150 
minutos por 
semana 
≥2 50%-85% de 1 
RM 
1-3 
séries/10-
15 
repetições 
Obesidade ≥5 Moderado-
vigorosa 
150-300 
minutos por 
semana 
2-3 60%-70% de 1 
RM 
2-4 
séries/8-12 
repetições 
Depressão 3-5 Moderado-
vigorosa 
30-60 
minutos 
20-30 
minutos 
≥2 40% de 
1 RM 
1-3 
séries/8-10 
repetições 
* Deve-se combinar exercícios aeróbios e resistidos e diminuir o tempo sedentário diário, 
interrompendo-o a cada 30 minutos. 
Para a prescrição responsável de exercícios físicos para idosos, deve-se 
levar em consideração as condições individualizadas de cada praticante, suas 
experiências anteriores e habilidades adquiridas com exercícios físicos. Além da 
definição do seu nível de treinamento, condicionamento e aptidão física, a 
avaliação prévia e contínua, para acompanhamento da efetiva evolução das 
metas traçadas, é imprescindível para primar pelo bem-estar e segurança do 
idoso. 
A principal mensagem das diretrizes mais atuais é de que cada movimento 
importa. Sair da inércia e se colocar em atividade já promove algum ganho na 
 
 
30 
saúde (Ding et al., 2020). Todavia, para que haja efeitos mais duradouros e 
significativos na prevenção e/ou tratamento de doenças se faz necessária a 
prescrição e adesão do idoso a um programa de exercícios físicos estruturado. 
Por conta da variabilidade de doenças, suas combinações e peculiaridades, a 
prescrição de exercício com enfoque num envelhecimento saudável, primando 
pela manutenção ou aquisição de melhor qualidade de vida, depende das metas 
e objetivos traçados entre profissional e praticante. Estes, munidos de 
diagnósticos clínicos quanto ao estágio das doenças e de avaliações constantes 
dos resultados do programa de exercício, podem individualizar as estratégias e 
adaptá-las às reais necessidades de cada cliente. 
INDICAÇÃO DE 2 ARTIGOS 
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