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TREINAMENTO-DE-FORÇA-APLICADO-A-GRUPOS-ESPECIAIS-II-1

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2 
 
SUMÁRIO 
1 INTRODUÇÃO ............................................................................................ 4 
2 TREINAMENTO DE FORÇA PARA GRUPOS ESPECIAIS II .................... 5 
2.1 Benefícios da prática de exercícios físicos ........................................... 6 
3 PRINCÍPIOS BIOLÓGICOS PARA PRESCRIÇÃO E ORIENTAÇÃO DE 
EXERCÍCIOS FÍSICOS (EF) ....................................................................................... 8 
3.1 Componentes dos exercícios físicos .................................................... 9 
3.2 Frequência ........................................................................................... 9 
3.3 Duração ................................................................................................ 9 
3.4 Intensidade ......................................................................................... 10 
3.5 Escalas de Percepção Subjetiva de Esforço (PSE) ........................... 11 
3.6 Taxa de progressão............................................................................ 12 
3.7 Fatores a considerar antes de determinar a intensidade do exercício13 
3.8 Treinamento com pesos (TP) ............................................................. 14 
3.9 Seleção dos exercícios e prescrição .................................................. 15 
4 CRIANÇAS ............................................................................................... 17 
4.1 Benefícios do treinamento de força .................................................... 18 
4.2 Riscos do Treinamento de Força ....................................................... 19 
4.3 Diretrizes para o Treinamento de Força em crianças ......................... 20 
5 MULHERES E/OU GESTANTES .............................................................. 21 
5.1 Benefícios do Treinamento de Força para Mulheres .......................... 23 
6 OBESOS ................................................................................................... 24 
6.1 Benefícios do Treinamento de Força para Obesos ............................ 25 
6.2 Prescrição .......................................................................................... 26 
7 PACIENTES COM OSTEOPOROSE........................................................ 27 
8 CARDIOPATAS ........................................................................................ 28 
 
3 
 
8.1 Indicação de exercícios após infarto .................................................. 30 
8.2 Prescrição de Exercícios de resistência ............................................. 31 
9 HIPERTENSÃO ........................................................................................ 32 
9.1 Avaliação Física e Clínica .................................................................. 34 
9.2 Prescrição de Exercícios .................................................................... 34 
9.3 Recomendações ................................................................................ 35 
9.4 Benefícios do Treinamento de Força para Hipertensos ..................... 35 
10 ACIDENTE VASCULAR CEREBRAL- AVC .......................................... 36 
10.1 Prescrição e resultados ................................................................... 37 
11 PRESCRIÇÃO PARA EXERCÍCIOS CONTÍNUOS PARA GRUPOS 
ESPECIAIS 38 
11.1 Hidroginástica ................................................................................. 38 
11.2 Caminhada ...................................................................................... 39 
11.3 Corrida ............................................................................................ 40 
11.4 Prescrição de atividades em grupos (idosos) .................................. 41 
12 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ...................................................... 43 
 
 
 
 
4 
 
1 INTRODUÇÃO 
Prezado aluno! 
 
O Grupo Educacional FAVENI, esclarece que o material virtual é semelhante 
ao da sala de aula presencial. Em uma sala de aula, é raro – quase improvável - um 
aluno se levantar, interromper a exposição, dirigir-se ao professor e fazer uma 
pergunta, para que seja esclarecida uma dúvida sobre o tema tratado. O comum é 
que esse aluno faça a pergunta em voz alta para todos ouvirem e todos ouvirão a 
resposta. No espaço virtual, é a mesma coisa. Não hesite em perguntar, as perguntas 
poderão ser direcionadas ao protocolo de atendimento que serão respondidas em 
tempo hábil. 
Os cursos à distância exigem do aluno tempo e organização. No caso da nossa 
disciplina é preciso ter um horário destinado à leitura do texto base e à execução das 
avaliações propostas. A vantagem é que poderá reservar o dia da semana e a hora 
que lhe convier para isso. 
A organização é o quesito indispensável, porque há uma sequência a ser 
seguida e prazos definidos para as atividades. 
 
Bons estudos! 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
5 
 
2 TREINAMENTO DE FORÇA PARA GRUPOS ESPECIAIS II 
 
Fonte: exercicioparasaude.com.br 
 A atividade física é tida como comportamento natural do ser humano e entre 
as atividades físicas mais comuns, destacam-se a caminhada, a dança, esportes e a 
pratica de exercícios físicos, com objetivos de melhorar a qualidade de vida e o bem-
estar, bem como combater as doenças crônicas e os fatores de riscos da população 
(ZAMAI, 2012). 
O estilo de vida é responsável por 54% do risco de morte por cardiopatia, 50% 
pelo risco de morte por acidente vascular cerebral, 37% pelo risco de morte por câncer 
e no total por 51% do risco de morte de um indivíduo. O estilo de vida sedentário é um 
fator de risco independente para enfermidade coronariana e acidente vascular, 
principal causas de morte em todo mundo. O risco de doença cardíaca para as 
pessoas menos ativas e menos condicionadas pode ser o dobro comparado às 
pessoas mais ativas e condicionadas. (BRASIL, 2001). 
 A par das evidências de que o homem contemporâneo utiliza-se cada vez 
menos de suas potencialidades corporais e de que o baixo nível de atividade física é 
fator decisivo no desenvolvimento de doenças degenerativas, sustenta-se a hipótese 
da necessidade de se promoverem mudanças em seu estilo de vida, levando-o a 
incorporar a prática de atividades físicas ao seu cotidiano (CELAFISCS, 2002). 
 A atividade física se bem estruturada e orientada pode ajudar atingir e manter 
o peso corporal apropriado e contribuem positivamente na mudança de outros fatores 
 
6 
 
de risco de doença coronariana como perfil de lipídeos, a resistência a insulina e a 
hipertensão. Desta forma contribui no controle do Diabetes, colesterol alto, a 
hipertensão arterial e no controle do peso corporal. (BARBOSA e BANKOFF, 2008). 
 BANKOFF et al (2006) analisaram o nível de práticas de atividades físicas 
entre funcionários da Unicamp e verificaram que 70,6% referem à melhora na saúde, 
qualidade de vida, desempenho no trabalho e sua relação na equipe de trabalho. 
ZAMAI e BANKOFF, 2010) dizem a atividade física é um dos elementos 
fundamentais para a aquisição e manutenção de uma boa qualidade de vida. Suas 
práticas devem ser implantadas nas horas de lazer, em horários de trabalho através 
de programas específicos. O que contribui significativamente no estabelecimento do 
equilíbrio físico e mental. 
2.1 Benefícios da prática de exercícios físicos 
Principais benefícios da atividade física para cardiopatas: 
• Diminuição da frequência cardíaca e da pressão arterial em repouso; 
• Aumento nos níveis do bom colesterol (HDL) e diminuição de triglicerídeos; 
• Melhora da capacidade cardiorrespiratória; 
• Aumento na quantidade de vasos sanguíneos nos músculos ativos; 
• Diminuição da frequência cardíaca e da pressão arterial em exercício de 
baixa intensidade; 
• Diminuição da gordura corporal total e diminuiçãoda gordura visceral (a 
mais nociva para o coração); 
• Melhora dos índices de glicose no sangue (glicemia). 
De acordo com ACSM (2007), a prática de exercícios físicos traz inúmeros 
benefícios, tais como: 
• Melhora na função cardiovascular e respiratória. 
• Auxilia na melhora da captação máxima de oxigênio através de adaptações 
centrais e periféricas; 
• Ventilação-minuto reduzida para determinada intensidade submáxima 
absoluta; 
• Custo em oxigênio para o miocárdio reduzido a uma determinada 
intensidade submáxima absoluta; 
 
7 
 
• FC e PA reduzidas para determinada intensidade submáxima; 
• Densidade capilar aumentada no músculo esquelético; 
• Limiar do exercício aumentado para o acúmulo de lactato no sangue; 
• Limiar do exercício aumentado para o início de sinais ou sintomas de 
doenças (angina, depressão isquêmica do segmento ST, claudicação). 
Redução dos fatores de risco para doença coronariana: 
• Pressões sistólica/diastólica em repouso reduzidas; 
• Níveis séricos aumentado do colesterol lipoproteico de alta densidade e 
reduzidos dos triglicerídeos; 
• Melhor tolerância a glicose; 
• Adesividade e agregação plaquetárias reduzidas; 
• Morbidez e mortalidade reduzidas. 
Intervenções para prevenir a ocorrência inicial: 
• Níveis mais altos de atividades e/ou aptidão estão associados com taxas 
de morte mais baixas para doença coronariana; 
• Níveis mais altos de atividades e/ou aptidão estão associados com taxas 
de incidência mais baixas para a combinação de doença cardiovascular, 
doença coronariana, acidente vascular cerebral, diabetes do tipo 2, fraturas 
osteoporóticas, e outros; 
• Intervenções após um evento cardíaco, para prevenir outro; 
• A mortalidade é reduzida em pacientes no pós-infarto do miocárdio que 
participam de um treinamento de reabilitação cardíaca. 
Outros benefícios, tais como: 
• Redução da ansiedade e depressão; 
• Melhora nas atividades da vida diária tanto de idosos quanto da 
população mais jovem. 
 
8 
 
3 PRINCÍPIOS BIOLÓGICOS PARA PRESCRIÇÃO E ORIENTAÇÃO DE 
EXERCÍCIOS FÍSICOS (EF) 
 
Fonte: treinoemfoco.com.br 
Sobrecarga: Para que possam ocorrer melhorias na condição metabólica e 
funcional do indivíduo, o organismo deverá ser submetido a uma rotina de EF que 
venham a oferecer esforços físicos mais intensos do que aqueles a que ele está 
normalmente acostumado; 
Progressão: O indivíduo, ao ser exposto a determinado esforço físico, deverá 
apresentar uma série de adaptações orgânicas que na sequência lhe permitirá ser 
submetido a estímulos gradativamente mais intensos. Os esforços físicos podem 
ocorrer de duas formas isoladas ou por meio da combinação de ambas: aumento da 
quantidade e intensidade das atividades; 
Individualidade: Cada organismo poderá reagir aos estímulos provocados 
pelos EF de maneira bastante particular, ou seja, nem todos os indivíduos deverão 
apresentar progressão na adaptação aos esforços físicos da mesma forma e ritmo 
(exemplo: sexo, hábitos de vida, estado de saúde); 
Princípio da especificidade: A realização de determinado EF produzirá 
adaptações no organismo que serão específicas para esse tipo de esforço (exemplo: 
treinamento de musculação para desenvolver força); 
Princípio da reversibilidade: As adaptações metabólicas e funcionais 
induzidas pelo EF tendem a retornar aos estados iniciais após a paralisação dos 
programas prescritos. De maneira geral, os exercícios físicos de média a longa 
duração e de baixa intensidade têm efeito mais prolongado sobre o organismo, 
 
9 
 
enquanto os exercícios físicos de intensidade mais elevada e de menor duração têm 
efeito mais imediato (GUEDES e GUEDES, 2005). 
3.1 Componentes dos exercícios físicos 
Para que as rotinas de EF possam produzir as adaptações na direção desejada, 
torna-se necessário estabelecer combinação entre três componentes básicos: 
frequência, duração e intensidade dos esforços físicos. 
3.2 Frequência 
A frequência de realização dos EF refere-se ao número de vezes em que o 
indivíduo se exercita por semana ou em casos esporádicos, por dia. Ao iniciar as 
rotinas de EF, o indivíduo deverá se exercitar no mínimo 3 vezes por semana, em dias 
não consecutivos. 
3.3 Duração 
É caracterizada pelo tempo despendido na execução de um EF específico ou 
de uma sessão de EF. A duração da execução de um EF específico atua sobre o 
organismo sem interrupções. Já a duração de uma sessão de EF equivale ao tempo 
total em que o indivíduo se envolve com uma série de esforços físicos programados, 
incluindo as pausas entre os exercícios. 
Uma sessão de EF, independentemente de sua duração, deverá apresentar 
três momentos: parte inicial, a principal e a final. 
Parte inicial: preparatória ou aquecimento, tem o objetivo de preparar o 
organismo física e psicologicamente para os esforços mais intensos, de modo a evitar 
súbitas alterações fisiológicas e evitar possíveis lesões. São exercícios moderados 
como caminhada, trote ou ciclismo, visando oferecer maior ativação metabólica. Os 
exercícios de flexibilidade também podem ser trabalhados na parte inicial de uma 
sessão de exercícios, procurando preparar os músculos e tendões para os 
movimentos. 
 
10 
 
Parte principal: tem como objetivo elevar a solicitação metabólica e funcional 
que, por sua vez, deverão incrementar significativamente a demanda energética. Na 
parte principal, o objetivo da aula (sessão) deverá ser priorizado, ou seja, se objetivo 
da aula for desenvolver força, os exercícios de força deverão ser específicos para o 
desenvolvimento da força. 
Parte final: conhecido como resfriamento, visa dar oportunidade para um 
retorno gradativo do organismo a níveis próximos ao repouso. 
As atividades deverão ser leves, de relaxamento, que tenham como objetivo 
diminuir a intensidade dos esforços físicos realizados na parte principal. As atividades 
de flexibilidade envolvendo alongamento dos principais grupos musculares 
trabalhados podem ser adicionadas na parte final da sessão exercícios físicos. 
3.4 Intensidade 
É a relação entre o esforço físico requerido para sua realização e o esforço 
físico máximo que o indivíduo tem condições de suportar. Se a duração e a frequência 
dos EF são caracterizadas como fatores absolutos, e, portanto, podem ser 
semelhantes entre indivíduos, a intensidade dos esforços físicos, por sua vez, está 
relacionada às condições individuais de cada um. 
O Colégio Americano de Medicina do Esporte (ACSM, 2000) recomenda que a 
intensidade do exercício seja prescrita como 60 a 90% da FCmáx ou 50 a 85 % do 
VO2máx ou reserva da FC. Contudo indivíduos com um nível de aptidão inicial muito 
baixo respondem à intensidade de exercício baixa, por exemplo, 40 a 50 % do 
VO2máx. 
A melhor maneira de se medir a FCmáx é durante um teste de esforço 
graduado, sempre que possível. Dados dos testes de esforços mostram que existem 
várias abordagens para determinar a variação da FC em exercício com propósitos de 
prescrição. 
• Usando uma porcentagem da FCmáx. 
• Usando o método de reserva da FC. 
• Utilizando a escala de sensação subjetiva de esforço 
 
11 
 
Nesse sentido, pela praticidade, a prescrição da intensidade do exercício físico 
muitas vezes é realizada com base em proporções de frequência cardíaca máxima 
(FCmáx) de esforço. 
Como regra geral, após os 20-25 anos admite-se que ocorre a diminuição de 
um batimento cardíaco por minuto a cada ano. Uma estimativa da FCmáx de esforço 
pode ser feita mediante subtração da idade atual do valor 220. Então um indivíduo 
com 40 anos e com FC de repouso de 70 batimentos/minuto, os limites da FC 
preconizada para esforços físicos a intensidades entre 40% e 65% deverá se 
apresentar dentro de um limite de 114 e 142 batimentos/minuto. Ou seja, os exercícios 
físicos não deverão apresentar intensidade que possa elevar a FC acima de 114 
batimentos/ minuto, e não excedera 142 batimentos/minuto. O limite superior e inferior 
de FC preconizado para os esforços físicos é conhecido como zona alvo. 
É importante também a avaliação da percepção subjetiva do esforço (PSE) pois 
os dados delineados descrevem melhor a relação entre FC, Vo2 e PSE e os resultados 
em uma intensidade de exercício mais apropriada para pessoas com aptidão limitada. 
3.5 Escalas de Percepção Subjetiva de Esforço (PSE) 
As escalas de percepção subjetiva de esforço (PSE) devem ser consideradas 
como complemento à monitorização da FC, à medida que a PSE determinada durante 
um teste de esforço graduado pode não traduzir diretamente a mesma intensidade 
durante uma sessão de exercício. As escalas de PSE têm se revelado uma ajuda 
valiosa na prescrição de exercício para indivíduos que têm dificuldade com a palpação 
da FC e em casos em que a resposta da FC a exercícios possa ter sido alterada por 
uma mudança da medicação. 
A variação da PSE associada à adaptação fisiológica ao exercício é de 12 a 16. 
A avalição da intensidade do esforço poderá ser realizada por meio da sensação 
subjetiva de esforço utilizando a Escala de Borg, com pontuações de 6 a 20. 
 
12 
 
 
Fonte: ativo.com 
A intensidade do EF pode ser medida também por meio do V02 e limiar de 
lactato como forma de prescrição, mas para este momento não vamos utilizar, pois 
optamos por métodos mais acessíveis. A medida de Vo2 máx. e limiar de lactato 
normalmente é realizada em laboratório ou clínicas e seu custo é relativamente alto, 
tornando inviável para prescrição em academias, clubes entre outros. 
O ACSM (2000) destaca alguns estágios do programa de EF recomendados 
para populações especiais, que podem ajudar na tomada de decisões em cada etapa. 
3.6 Taxa de progressão 
A taxa de progressão recomendada em um programa de condicionamento 
depende da capacidade funcional, estado de saúde, idade, preferências e objetivos 
das atividades individuais. Para adultos aparentemente saudáveis, o componente 
resistência da prescrição de exercício tem três estágios de progressão: inicial, melhora 
e manutenção. 
• Estágio de condicionamento inicial 
O estágio inicial deve incluir exercícios de resistência muscular e atividades 
aeróbias de nível baixo (40 a 60% da FC de reserva ou vo2máx), exercícios 
compatíveis com sensibilidade muscular mínima para evitar desconfortos e lesões, 
contribuindo para uma melhor adesão ao programa. Esse estágio geralmente se 
estende por 4 a 6 semanas, mas a duração depende da adaptação do indivíduo ao 
 
13 
 
programa de exercício. A duração da sessão de exercício no estágio inicial deve 
começar com aproximadamente 12 a 15 minutos e progredir para 20 minutos. 
Recomenda-se que indivíduos que estão começando um programa de 
condicionamento físico se exercitem pelo menos três vezes na semana em dias 
alternados. 
• Estágio de melhora 
O estágio de melhora difere do estágio inicial pelo fato de o participante 
progredir a uma frequência mais rápida. Esse estágio dura tipicamente 4 a 5 meses, 
durante os quais a intensidade é progressivamente aumentada na metade superior da 
variação limite de 50 a 85% do vo2máx. A duração é aumentada a cada 2 a 3 semanas 
até que o participante seja capaz de se exercitar por 20 a 30 minutos continuamente. 
Aos indivíduos sem condicionamento físico e idosos deve-se dar mais tempo para a 
adaptação a cada estágio. 
• Estágio de manutenção 
O estágio de manutenção do programa de exercício geralmente começa depois 
dos seis primeiros meses de treinamento. Nesse estágio, o participante não estará 
mais interessado em aumento adicional do estímulo de condicionamento. O aumento 
adicional será mínimo, mas a continuação do mesmo exercício rotineiro permite que 
o indivíduo mantenha seus níveis de aptidão. 
Nesse ponto os objetivos do programa devem ser revisados e novos objetivos 
estabelecidos. Para manter a aptidão, um programa específico de exercício deve ser 
planejado e ter o mesmo dispêndio de energia do programa de condicionamento e 
satisfazer às necessidades e interesses do participante por um período prolongado. É 
importante incluir exercícios que o indivíduo considere agradável. 
3.7 Fatores a considerar antes de determinar a intensidade do exercício 
Vários fatores importantes devem ser considerados antes de determinar o nível 
de intensidade do exercício: 
• Nível individual de aptidão; 
• Presença de medicamentos que podem influenciar a FC (exemplo: β-
bloqueadores que irão reduzir a FC em repouso e sua resposta ao exercício); 
• Risco de lesão ortopédica ou cardiovascular; 
 
14 
 
• Preferências individuais para o exercício; 
• Objetivos do programa individual. 
É necessário realizar uma anamnese clínica e perfil de fatores de risco para 
doenças crônico-degenerativas com s pessoas com idade acima de 40 anos. A seguir, 
algumas dicas para uma avaliação antes de iniciar um programa de exercícios físicos 
para populações especiais. Podem ser utilizados os testes que vocês aprenderam no 
módulo anterior na disciplina “Medidas e avaliação em atividade física” 
• Parâmetros funcionais como frequência cardíaca e pressão arterial em 
repouso e no esforço se forem o caso. 
• Medidas antropométricas (massa corporal; altura; circunferências; espessuras 
das dobras cutâneas) 
• Avaliação Postural (Simetria cabeça, tronco, pernas e pés) 
• Resistência/força muscular 
• Teste de carga submáxima 
• Teste de abdominal 
• Flexão e extensão dos braços no solo 
• Teste de abdominais – tradicional 
• Flexibilidade 
• Resistência cardiorrespiratória através do: Consumo máximo de oxigênio 
(vo2máx) por meio dos métodos laboratoriais ou de campo. 
3.8 Treinamento com pesos (TP) 
O TP oferece benefícios consideráveis em todas as faixas etárias. Para idosos, 
o TP pode capacitá-los a realizar as atividades da vida diária com maior facilidade e 
contrapor-se à sarcopenia e osteopenia (diminuição da massa muscular e massa 
óssea) e também à fragilidade. Vale destacar que a capacidade cardiorrespiratória e 
a individualização da prescrição do TP são essenciais e devem basear-se no estado 
de saúde, aptidão e objetivos do participante (GOBBI, 2005). 
A implementação de um programa de TP em adultos idosos deve seguir uma 
abordagem gradual e progressiva. Essa abordagem pode minimizar o risco de lesões 
por esforço, tornar a atividade mais agradável e aumentar a aderência do idoso. Em 
adição, permite o reforço positivo a cada passo bem-sucedido em direção às metas 
 
15 
 
determinadas. Além disso, a implementação gradual do programa de treinamento 
possibilita identificar e solucionar possíveis falhas na elaboração, como a não 
adequação do idoso a algum equipamento/exercício específico (GOBBI, 2005). 
Devido à grande prevalência de inúmeras comorbidades associadas ou não ao 
processo de envelhecimento, como hipertensão, artrite, alterações posturais e outras 
condições debilitantes que podem limitar a função física, tem sido recomendada 
cautela na taxa de progressão do programa TP. O controle da taxa de progressão 
pode minimizar possíveis eventos adversos relacionados a sua prática. Embora 
existam evidências que apontem para a não diferença entre adultos jovens e idosos 
quanto à progressão da intensidade/volume do treinamento, é de vital importância 
observar e avaliar as respostas adaptativas apresentadas por cada indivíduo, bem 
como o estado de saúde do idoso. Nesse sentido, atenção cuidadosa deve ser 
ofertada para relação estímulo de treinamento/recuperação (GOBBI, 2005). 
Um dos principais problemas verificados na fase inicial da implementação de 
um programa de TP em idosos é o aprendizado do padrão e velocidade de movimento 
dos exercícios. Uma adequada familiarização em cada um dos exercícios permite o 
aumento da autoconfiança do idoso e, consequentemente, da taxa de progressão do 
TP e seus benefícios (COELHO et al.,2013).Criar um vínculo de amizade e confiança com o idoso também auxilia na 
implementação do programa de TP. A realização de confraternizações dentro e fora 
da sala de musculação é um poderoso incentivo para o aumento do prazer em realizar 
a prática do TP e para aderência. 
3.9 Seleção dos exercícios e prescrição 
A escolha de cada exercício deve levar em consideração as informações 
levantadas nas avaliações e o nível de habilidade/ experiência do participante. O 
emprego de exercícios monoarticulares, especialmente os realizados em máquinas, 
pode ser uma estratégia interessante para idosos sem experiência prévia em TP. 
Esses exercícios apresentam menor demanda de habilidade motora e risco de lesão, 
facilitando o aprendizado e promovendo aumentos na força muscular (ACSM, 2009). 
Os exercícios multiarticulares envolvem maior quantidade de massa muscular 
e exigem maior complexidade do controle neural da ativação muscular, possibilitando 
 
16 
 
a realização do exercício com maior quantidade de peso. Exercícios multiarticulares 
podem promover maiores aumentos na força muscular em comparação aos 
monoarticulares, sendo uma opção de progressão de treinamento (ACSM, 2009). 
Ao selecionar um exercício multiarticular realizado com peso livre, atenção 
especial deve ser dada à técnica do movimento durante todas as séries. 
Nesse sentido a prescrição poderá ser da seguinte forma: 
• 8-10 exercícios alternados por segmentos corporais. 
• Uma série de 10 repetições com 50% da carga pré-determinada é realizada 
como aquecimento prévio. 
• Três séries são realizadas em cada exercício, com a carga ajustada para que 
a fadiga ocorra na última série. 
• Intervalo de recuperação (IR) entre 90- 180 segundos. Vale destacar que a 
utilização de maiores IR entre séries pode aumentar a sustentabilidade do número de 
repetições realizadas nas séries subsequentes e, por consequência, promover um 
maior volume total da sessão de treinamento (JAMBASSI-FILHO et al., 2010). 
Maiores IR podem ser empregados para atenuar as respostas da pressão 
arterial sistólica em comparação aos menores IR (CASTINHEIRAS-NETO et al., 2010) 
• Para manter o número de repetições dentro da zona pré-estabelecida, a carga 
é ajustada semanalmente, ou seja, se o aluno estiver conseguindo realizar mais que 
12 repetições com facilidade, a carga deverá ser ajustada. 
• Os participantes são instruídos a executarem cada repetição em 
aproximadamente 1 segundo na fase concêntrica e em aproximadamente 2 segundos 
na fase excêntrica. Em pessoas sem experiência prévia em TP, o emprego de 
velocidades lentas a moderadas são suficientes para melhorar significativamente a 
força e potência muscular máxima (ACSM, 2009). 
Segundo o ACSM (2009), programas de TP realizados com alta velocidade de 
movimento promovem ganhos de potência muscular. A realização de exercícios com 
altas velocidades de movimentos podem ser adotada após o aluno apresentar boa 
qualidade na execução dos movimentos para cada um dos exercícios selecionados. 
Adicionalmente, se esses exercícios forem realizados em valsalva, podem 
dificultar o retorno venoso e reduzir o fluxo sanguíneo ao coração e cérebro. Portanto, 
é necessário evitar esforço máximo e orientar sempre a respiração durante a 
realização dos exercícios. 
 
17 
 
O ACSM (2007), recomenda o teste de esforço com estresse antes de um 
exercício vigorosos para os indivíduos que correm um risco moderado ou alto, 
incluindo homens com mais de 45 anos de idade e mulheres com mais de 55 anos de 
idade, os indivíduos com mais de um fator de risco para doenças coronarianas ou para 
doenças coronarianas conhecida. Já, o American College of Cardiology e as American 
Heart Association Guidelines for Exercise Testing consideram de valia um teste 
preventivo mesmo para pessoas assintomáticas. 
Segundo as últimas diretrizes do ACSM (2007), sempre que possível, os 
indivíduos com algum histórico de cardiopatia devem ser encorajados a participarem 
de alguma ou várias atividades que promovam o condicionamento físico total, tais 
como a utilização de cicloergômetros, esteiras rolantes, elípticos, bem como 
exercícios de amplitude de movimento e treinamento de resistência. 
Para prescrição do exercício à pacientes cardíacos, o ACSM (2007), indica no 
trabalho para aptidão muscular, exercícios de resistência que inicie com pesos baixos, 
enfatizando todos os grupos musculares, 10 a 15 repetições por série, uma série de 8 
a 10 exercícios. O peso é aumentado gradualmente, na medida em que o indivíduo 
se adapta ao treinamento e o esforço percebido deve ser de 11 a 13, da escala de 
categoria de Borg. Os indivíduos devem fazer a contração lentamente, expirando no 
momento de maior esforço, evitando a manobra de Valsalva. Em caso de surgirem 
sintomas de alerta, o exercício deve ser encerrado. 
4 CRIANÇAS 
 
Fonte: myprotein.pt 
 
18 
 
A criança apresenta durante o crescimento alterações que exercem influência 
na sua capacidade física e na resposta ao exercício físico. Por isso o treinamento de 
força para a criança deve ser aplicado com critério para que não ofereça riscos a sua 
saúde e desenvolvimento, pois cargas inadequadas tendem a provocar alterações 
estruturais nos componentes epifisários que são responsáveis pelo crescimento. 
Os benefícios relacionados com o treinamento de força para crianças são: 
Aumento da força muscular; 
Redução das lesões relacionadas a pratica esportiva; 
Melhora da capacidade funcional; 
Aumento da resistência muscular; 
Melhora da performance esportiva e recreacional; 
Melhora da coordenação muscular, melhor controle postural 
Aumento da densidade óssea, do condicionamento físico; 
Melhora da composição corporal; 
Aumento das adaptações bioquímicas (sangue e ácido lático) musculares; 
Aumento das reservas de ATP-pc, glicogênio e atividade enzimática glicolítica 
nos músculos esqueléticos. 
4.1 Benefícios do treinamento de força 
O Treinamento Resistido (TR) consegue estimular eficientemente a força 
muscular e o desempenho esportivo, além de prevenir e reabilitar lesões. De maneira 
similar a outras formas de atividades físicas, o TR tem demonstrado um efeito benéfico 
em vários marcadores de saúde tais como a aptidão cardiovascular, a composição 
corporal, a densidade mineral óssea, o perfil dos lipídios sanguíneos e a saúde mental. 
Em crianças com sobrepeso o TR consegue aumentar a taxa metabólica sem 
alto impacto. O TR na adolescência tem um efeito positivo na densidade óssea. Em 
crianças com paralisia cerebral, o TR melhora a funcionalidade global, a força 
muscular e o bem-estar. 
O TR aumenta a força muscular em pré-adolescentes e adolescentes, mesmo 
com frequência de uma vez por semana, embora os programas de treinamento 
realizados duas vezes por semana possam ser mais benéficos. 
 
19 
 
O TR também é adequado para as crianças e auxilia na aquisição de 
habilidades específicas para o esporte e para a melhora do controle postural. Os 
ganhos na força muscular, no volume muscular e na potência desaparecem em 
aproximadamente 6 semanas após a interrupção do treinamento resistido. 
Em pré-adolescentes, o TR aumenta a força muscular sem o aumento 
concomitante na hipertrofia do músculo. A força aumenta principalmente pelo 
aprimoramento da coordenação neuromuscular. Este mecanismo esclarece o 
aumento da força muscular em populações com baixas concentrações de hormônios 
andrógenos, incluindo indivíduos do sexo feminino e meninos pré-adolescentes. A 
hipertrofia muscular ocorre de forma mais pronunciada em meninos e meninas na 
puberdade. 
Exercícios preventivos (pré-reabilitação) são os que fortalecem áreas 
geralmente vulneráveis a lesões por excesso de uso como os ombros e a coluna 
vertebral. Alguma dúvida existe quanto à possibilidade de o TR conseguir reduzir a 
incidência de lesões graves relacionadas aos esportes em adolescentes. 
4.2 Riscosdo Treinamento de Força 
Muitas das questões sobre lesões associadas com o treinamento de força 
originam- se dos dados do US Consumer Product Safety Commission’s National 
Electronic Injury Surveillance System. A maioria das lesões ocorre com equipamentos 
de musculação domésticos, praticados em ambientes não supervisionados. 
As distensões musculares são responsáveis por 40%-70% de todas as lesões 
ocasionadas pelo TR. Os índices de lesões em treinamento supervisionado são 
menores do que aqueles que ocorrem em outros esportes ou em jogos recreacionais. 
O TR não tem efeitos adversos para o crescimento relacionado a estatura, para 
as cartilagens de crescimento, ou para o sistema cardiovascular. Jovens atletas com 
histórico de hipertensão arterial, assim como com adultos, devem estar 
adequadamente controlados com medicação durante o TR. 
Os adolescentes em quimioterapia com antraciclinas podem apresentar um 
risco cardiovascular aumentado devido aos seus efeitos cardiotóxicos, e o TR deve 
ser cuidadoso. Os adolescentes que apresentam cardiomiopatias graves 
 
20 
 
(particularmente a cardiomiopatia hipertrófica), devem ser orientados a não praticarem 
o TR. 
Indivíduos com hipertensão pulmonar moderada a severa também devem evitar 
o TR intenso. Pessoas jovens com síndrome de MARFAN não devem praticar TR. 
Jovens com epilepsia precisam de supervisão especial no TR. Crianças com 
sobrepeso são frequentemente descondicionados e com baixos níveis de força, 
necessitando de supervisão rigorosa no TR. 
4.3 Diretrizes para o Treinamento de Força em crianças 
Uma avaliação médica da criança antes de iniciar um programa de TR é 
recomendada. Os jovens que demonstram interesse em aumentar a massa muscular 
devem ser desencorajados de utilizar esteroides anabólicos em função dos riscos para 
a saúde. A American Academy of Pediatrics (AAP) condena energicamente a 
utilização de substâncias proibidas que aumentem o desempenho atlético. 
O TR não deve ser iniciado antes dos 7-8 anos de idade devido à imaturidade 
dos sistemas relacionados com o equilíbrio e a manutenção da postura. A execução 
dos movimentos não deve ocorrer de forma rápida e explosiva para não produzirem 
sobrecargas inadequadas nos tecidos corporais. 
A maioria das máquinas de TR é destinada para adultos e possuem graduações 
nas cargas inadequadas para as crianças mais jovens. Os pesos livres permitem um 
aumento pequeno e gradual das cargas e são mais próximos das situações reais da 
prática esportiva, mas são mais difíceis de serem realizados. 
O levantamento de pesos como uma modalidade esportiva tem tido a 
participação de crianças sem apresentar um índice elevado de lesões. A supervisão 
minuciosa e a aderência à técnica correta de execução dos movimentos são 
importantes para a segurança. No entanto, crianças imaturas esqueleticamente 
devem evitar a competição em levantamento de peso e fisiculturismo, e também não 
devem realizar testes de carga máxima. 
Algumas diretrizes da AAP, da American Orthopaedic Society for Sports 
Medicine, e da National Strength and Conditioning Associations são: 
 
21 
 
1- Crianças devem iniciar o TR com exercícios de baixa resistência (carga), até 
que a aquisição da técnica seja perfeita. Quando conseguirem realizar um número de 
repetições entre 8 a 15, um aumento de 10% na carga é permitido. 
2- Os exercícios devem incluir todos os grupos musculares, e devem ser 
praticados com amplitude completa de movimento. 
3- As sessões de treinamento devem ter a duração entre 20 e 30 minutos, por 
2 a 3 vezes por semana. O TR com mais do que 4 sessão por semana não parece ser 
mais eficiente e pode levar ao excesso de treinamento. 
4- Uma supervisão adequada é definida como a relação professor/aluno de 1 
para 10, ou seja, um professor para cada 10 alunos. 
5-Um aquecimento adequado de 10 a 15 minutos, bem como o 
desaquecimento ao término da sessão de treinamento por meio de alongamentos 
apropriados, são recomendados. 
6- Para o objetivo de obter benefícios à saúde, então o treinamento de força 
deve ser combinado com um programa de treinamento aeróbico. 
5 MULHERES E/OU GESTANTES 
 
Fonte: pratiquefitess.com.br 
A gestação é um fenômeno fisiológico e, por isso mesmo, sua evolução dar-se-
á na maior parte dos casos sem intercorrências. Apesar desse fato, há uma parcela 
pequena de gestantes que, por serem portadoras de alguma doença, sofrerem algum 
agravo ou desenvolverem problemas, apresentam maiores probabilidades de 
evolução desfavorável, tanto para o feto como para a mãe (BRASIL, 2010). 
 
22 
 
Durante o processo gestacional a mulher vivencia níveis elevados de 
ansiedade relacionados com preocupações sobre o bem-estar do feto e com o do seu 
próprio bem-estar (ALDERDICE, 2013). 
Os desconfortos associados às adaptações fisiológicas da gravidez comportam 
problemas de saúde a nível do bem-estar físico e psicológico da mulher. As mudanças 
ocorridas no corpo da gestante podem resultar em desconforto ou dor, causando 
certas limitações durante a realização das atividades da vida diária e profissional, 
prejudicando tanto a saúde quanto a qualidade de vida dela ou do feto. Fato que pode 
ser evitado praticando exercício físico regularmente (MANN et al. 2009) Resposta 
hormonal ao treinamento de força 
O treinamento de força aumenta os níveis de testosterona das mulheres 
comparadas com mulheres sedentárias, sem falar que mulheres que fazem o 
treinamento de força diminuem a dismenorreia (dor abdominal) e a densidade óssea 
melhora, entretanto, estudos mostram que os treinamentos com alto volume e 
intensidade aumentam as disfunções no ciclo menstrual, essa disfunção do ciclo 
menstrual pode ser um dos fatores que pode estar relacionada a problemas de 
osteoporose (LOPES, 2019). 
Com relação ao ciclo menstrual ainda há muita controvérsia na periodização e 
suas fases (folicular e lútea), existe muita carência de estudos abordando esse 
assunto. Assim o treinamento de força pode trazer muitos benefícios para sua vida 
diária e para atividades esportivas, mas antes disso procure um profissional da área. 
A importância da promoção do exercício físico no período gestacional é dada a 
maior possibilidade de modificação para um estilo de vida ativo fisicamente o que 
implica em melhores condições de saúde da população feminina, visto que evitaria 
desconfortos gerados durante esse processo (LOPES, 2019). 
São muitos os fatores que estimulam a gestante a se manter fisicamente ativa 
durante a gestação; entre elas, evitar dores lombares, as quais são muito frequentes 
durante esse período da mulher, e oferecer, tanto para a mãe quanto para o bebê, 
uma gravidez segura e saudável. Além de garantir os benefícios, podendo ser citados: 
sensação de bem-estar e melhora do cansaço, da qualidade do sono e das dores nas 
costas, melhor controle de peso e melhor controle glicêmico em gestantes, inclusive 
diabéticas (RIBEIRO, 2012). 
 
23 
 
O exercício físico ajuda a reduzir o inchaço, melhorar a circulação sanguínea, 
amplia o equilíbrio muscular, alivio nos desconfortos intestinais (incluindo a 
obstipação), diminui câimbras nas pernas, fortalece a musculatura abdominal e facilita 
na recuperação pós-parto (YMCA; HANLON, 1999). 
Segundo WILMORE e COSTILL (2001) a execução de exercícios durante a 
gravidez reduz o estresse cardiovascular, previne algias nas regiões da coluna 
vertebral, melhora a imagem corporal, além de ajudar a prevenir a diabetes 
gestacional. 
5.1 Benefícios do Treinamento de Força para Mulheres 
O interesse da população feminina pela prática da atividade física vai muito 
além dos objetivos de condicionamento e saúde. Boa parte dessas mulheres buscam 
a estética corporal através da modelagem física (hipertrofia) com a prática de 
exercícios de força. 
O número de mulheres que utilizam o treinamento de força como parte do seu 
planejamento desportivo, condicionamentofísico e estética tem aumentado 
consideravelmente (OLIVEIRA, 2009). Além desses objetivos, esse trabalho pode 
oferecer os seguintes benefícios: Prevenção da perda de massa óssea, combate a 
flacidez, modelagem corporal, proporciona o aumento da massa magra, auxilia no 
emagrecimento, previne lesões musculares, reduz os níveis de colesterol, auxilia na 
sustentação das próteses de silicone, promove a correção postural (MASCKIEWIE, 
CARBONE, 2009). 
Estudos relacionados ao treinamento de força sobre os benefícios para 
mulheres são em menor quantidade na literatura. 
 
24 
 
6 OBESOS 
 
Fonte: portals1.com.br 
A obesidade é reconhecida como doença pela Organização Mundial de Saúde 
(OMS) desde 1997 e está inserida no grupo das doenças crônicas não transmissíveis 
(DCNT) (ALMEIDA et al., 2007). 
Para COUTINHO et al., (2006), ela é melhor definida como sendo o estado no 
qual o peso corporal está demasiadamente acima daquele considerado normal devido 
ao acúmulo excessivo de gorduras no corpo. O excesso de tecido adiposo está a um 
nível tal que passa a comprometer a saúde do indivíduo por contribuir para o 
surgimento de diversos estados patológicos de avanço rápido e progressivo 
(REPETTO, et al., 2003). 
 
Classificação do estado nutricional, segundo o índice de massa corpórea 
(IMC) 
CLASSIFICAÇÃO IMC (Kg/m2) 
Baixo peso <18,5 
Intervalo de peso normal 18,5 a 24,9 
Excesso de peso 25,0 a 29,9 
Obesidade grau I 30,0 a 34,9 
Obesidade grau II 35,0 a 39,9 
Obesidade grau III ou Obesidade Mórbida Igual ou superior a 40 
 
Fonte: Carvalho, 2005 
 
25 
 
Gordura corporal num nível maior ou igual a 25% do peso corporal em homens 
e maior ou igual a 32% do peso nas mulheres está relacionada a doenças associadas 
à obesidade (HEYWARD et al., 2000). 
Sobrepeso e obesidade têm sido um dos maiores problemas de saúde em nível 
global, incluindo o Brasil, correspondendo a valores de 53,8% e 18,9% 
respectivamente (BRASIL, 2016). 
Um dos principais fatores que contribuem para esta elevada taxa de sobrepeso 
e obesidade está relacionado ao estilo de vida, com adoção de comportamentos 
sedentários, com prevalência entre 44,4% e 56,0% nas regiões brasileiras (ABESO, 
2016). 
A prática de atividades físicas no tempo livre, no Brasil, gira em torno de 46,6% 
para os homens e 29,9% para as mulheres (BRASIL, 2016). 
Especificamente o comportamento adotado por mulheres indica maior taxa de 
inatividade física em comparação aos homens. Todos esses dados reforçam que a 
maior parte da população brasileira possui hábitos sedentários (LAGE, 2020). 
Cabe destacar que os impactos positivos à saúde relacionados a atividade 
física são condicionados ao alcance de níveis mínimos, capazes de induzir a 
alterações fisiológicas importantes (GARBER, 2011). 
6.1 Benefícios do Treinamento de Força para Obesos 
A obesidade já é considerada um dos maiores problemas mundial, pois vai 
além do simples componente estético devido a estar diretamente ligada a inúmeras 
patologias como a hipertensão, diabetes, osteoartrites, cardiopatias, câncer. Segundo 
GUIZELINI (2007), a obesidade é uma patologia multifatorial, resultante de fatores: 
Genéticos, metabólicos, neuroendócrinos, dietéticos, sociofamiliares e psicológicos. 
A obesidade pode ser controlada associando um programa dietético adequado 
ao treino de força bem elaborado que poderá trazer os seguintes benefícios: 
Aumento da massa corporal magra (hipertrofia); 
Aumento da secreção de hormônios anabólicos; 
Redução da gordura corporal; 
Melhora da autoimagem; 
Melhora da força e resistência muscular; 
 
26 
 
Aumento do metabolismo celular nas horas seguintes ao exercício; 
Manutenção do metabolismo celular com a estabilidade da hipertrofia; 
Equilíbrio calórico negativo fornecido pelo gasto calórico; 
Reposicionamento ou preservação do alinhamento ideal das articulações 
afetadas pelo excesso de peso corporal; 
Menor valor da restrição calórica necessária para perda de peso; 
Maior perda de gordura armazenada, quando em comparação com a dieta sem 
exercícios; 
Aumento da probabilidade de manutenção da nova composição corporal 
adquirida; 
Impedimento da perda de massa muscular que ocorre na dieta sem exercícios, 
redução de 10 a 20% do metabolismo de repouso, após perda significante de massa 
corpórea magra através da dieta sem exercícios (CAMPOS, 2000). 
6.2 Prescrição 
O exercício resistido apresenta alto grau de recomendação, sendo prescrito 
para auxiliar na perda de gordura corporal e preservar e/ou aumentar a massa 
muscular, uma vez que perdas musculares podem ocorrer devido à dieta hipocalórica 
(HANSEN et al., 2018). 
É recomendado que os exercícios envolvam grandes grupamentos musculares 
e sejam realizados de 2 a 3 vezes por semana, com carga entre 60% a 70% de 1 
repetição máxima (1RM) em 3 séries de 12 a 15 repetições (HANSEN et al., 2018). 
Nesse sentido, o Colégio Americano de Medicina Esportiva recomenda que o 
treinamento muscular para iniciantes seja realizado em 1 a 3 séries, e para pessoas 
treinadas e atletas em 3 a 6 séries (ACSM, 2009). 
Em indivíduos não treinados, exercícios com alto volume (maior que três séries) 
não foram significativamente melhores que baixos volumes de treinamento (TEIXEIRA 
et al., 2017). 
O treinamento resistido deve ser composto por repetições dinâmicas de forma 
progressiva, com exercícios de ações musculares concêntricas, excêntricas e 
isométricas. Além disso, devem ser incluídos exercícios unilaterais e bilaterais, de 
única e múltiplas articulações, sendo mais de um conjunto de exercícios por grupo 
 
27 
 
muscular. Recomenda-se que os exercícios sejam realizados com velocidade baixa 
ou moderada, em intervalos de 2 a 3 minutos para cada série (ACSM, 2009). 
A realização de aquecimento muscular no período pré-exercício também é 
recomendada, pois estimula o suprimento sanguíneo local e metabolismo dos tecidos, 
ativando mecanismos de proteção muscular para danos subsequentes causados pelo 
treinamento (MCGORM, et al., 2018). 
7 PACIENTES COM OSTEOPOROSE 
 
Fonte: fisioterapiaeesportes.com.br 
A perda da massa óssea que ocasiona a osteoporose é um processo de 
envelhecimento muitas vezes inevitável. Nos casos das mulheres, a osteoporose pós-
menopausa, foi reconhecida por meio de estudos epidemiológicos como o principal 
problema de saúde pública atual (CHANG, 2004). 
A prevenção das fraturas decorrentes da osteoporose é um dos principais 
fatores para a manutenção da qualidade de vida (LIPS, 2005). 
Sendo a osteoporose a doença osteometabólica mais comum no Brasil, essas 
fraturas têm importância na sociedade, considerando o envelhecimento progressivo 
de sua população. Com isso, espera-se o aumento nos transtornos da densidade 
mineral e da estrutura óssea que, alcança mais de 1,3 milhões de pessoas 
(DATASUS, 2005). 
 
28 
 
A osteoporose instala-se progressivamente à medida que o osso perde sua 
massa mineral e a concentração de cálcio. Essa deteriorização faz com que o osso 
fique progressivamente mais poroso e quebradiço (MCARDLE et al, 2011). 
Alguns fatores de risco incluem: idade avançada, fumo, menopausa precoce, 
distúrbio alimentar, estilo de vida sedentário, entre outros. Muitos estudos têm 
mostrado que um programa de musculação é eficaz para prevenir a doença e melhorar 
a densidade óssea em pessoas que já a possuem. 
Segundo CAMPOS (2008) o treinamento de força, especificamente, é de 
extrema importância para os indivíduos com osteoporose, porque o indivíduo não só 
ganha força e massa muscular, mas também, melhora a flexibilidade, a coordenação, 
a agilidade, a postura e a resistência muscular. 
Para GUEDES JR. (2006) a prática desses exercícios ao longo da vida, 
principalmente quando jovem, são mais eficientes como prevenção do que o 
treinamento com objetivo curativo em idade avançada, quando o quadro de 
osteoporose já se encontra em estágioavançada. 
Quanto às recomendações de treinamento, a alta intensidade é fator 
fundamental, cabendo lembrar que tem relação com a carga utilizada. BEMBEN e 
FETTERS (2000) sugerem que um número menor de repetições (próximo de 8), 
realizadas com altas cargas (80% 1 RM), sejam preferidas quando comparadas ao 
trabalho com baixas cargas e alto número de repetições (TEIXEIRA e GUEDES 
JR.,2010). 
8 CARDIOPATAS 
 
Fonte: bodynutri.ind.br 
 
29 
 
As doenças cardiovasculares estão entre as principais causas de morte nos 
países desenvolvidos e sua ocorrência tem aumentado de forma epidêmica nos 
países em desenvolvimento. Essas doenças, na realidade brasileira, ocupam a 
liderança das causas de morte e de internação hospitalar, correspondendo a 32,6% 
dos óbitos de causa determinada (GARBOSSA et al., 2009). 
Introduzidos no Brasil na década de 1960, os programas de reabilitação 
cardiovascular, tendo como elemento central a prática de exercício físico, têm sido 
considerados um processo de restauração das funções físicas e psicossociais em 
indivíduos com doença coronariana prévia, e seu amplo papel na prevenção de 
eventos cardiovasculares e redução da mortalidade estão bem documentado (Diário 
Oficial da União. Portaria, 2001). 
A atividade física é um fator importante na prevenção primária e secundária, 
bem como no tratamento das várias doenças cardiovasculares (POLOCK e 
WILMARK, 1993). 
A inatividade física tem sido considerada um fator de risco importante das 
doenças cardiovasculares (Diário Oficial da União. Portaria, 2001). Estudos têm 
demonstrado que pacientes com doenças cardíacas, que participam de programas de 
treinamento físico regular, e que recebem orientação sobre controle dos fatores de 
risco para doenças cardiovasculares, apresentam menor número de eventos pós-
operatórios e de reinternações hospitalares, além de redução da mortalidade 
(CHARLSON e ISOM, 2003). 
Nas últimas décadas, a atividade física tem sido incorporada como uma 
conduta terapêutica no tratamento do paciente portador de cardiopatia, associado ao 
tratamento medicamentoso e as modificações de hábitos alimentares e 
comportamentais (TAYLOR, et al, 2004). 
Benefícios: Os benefícios potenciais do exercício resistido incluem não só 
melhora na saúde e controle de fatores de risco para doenças cardiovasculares como 
hipertensão arterial, dislipidemia, sensibilidade à insulina, melhor controle do peso, 
prevenção de deficiências e quedas e aumento da capacidade funcional (MARZOLINI 
et al, 2008). 
Outro componente importante na prescrição do exercício resistido é a definição 
do número de séries, no estudo de MARZOLINI (2008), em que, por meio da 
combinação de treinamento aeróbico associado a treinamento resistido com cargas 
 
30 
 
progressivas, 60% a 75% do VO2 pico e 60% a 75% da RM, objetivou-se avaliar se 
diferentes números de séries (1 x 3) implicariam melhores benefícios ao cardiopata. 
8.1 Indicação de exercícios após infarto 
O Infarto Agudo do Miocárdio (IAM) é uma das principais causas de morte no 
mundo contemporâneo, e quase a metade desses óbitos é atribuída à doença arterial 
coronariana. Isso se constitui em um grave problema de saúde pública mundial por 
seus indicadores de morbidade e mortalidade (BERRY, 2010). 
Numerosas investigações têm demonstrado a importância da atividade física 
precoce e progressiva dentro de um programa de RCV, depois de um IAM ou 
procedimento de revascularização miocárdica. O programa consiste de 3 a 4 fases, 
segundo as diferentes escolas (TAYLOR, 2004). 
Fase I: Hospitalar 
Fase II: Convalescência após a alta 
Fase III: Manutenção precoce 
Fase IV: Manutenção tardia (Início depois de completar Fase 2 e 3). 
As fases III e IV, têm uma duração indefinida. A diferença entre ambas está, 
principalmente, no fato de que a Fase 4 se consegue com controle a distância, 
também conhecida como reabilitação sem supervisão. Em essência, a prescrição 
destas duas fases é muito similar porque os exercícios prescritos são parte da vida 
cotidiana. A prescrição deve ser atualizada periodicamente para adaptar-se ao perfil 
e comorbidades de cada paciente. Sugere-se, para iniciar a terceira fase, uma 
reavaliação, que se pode ser repetida a cada 6 a 12 meses (AACVPR, 2004). 
A ênfase na prática de exercícios físicos para a recuperação de pacientes 
portadores de coronariopatias é de extrema importância para restaurar sua melhor 
condição física, social e laborativa. Os benefícios estão bem estabelecidos na 
literatura, principalmente àqueles relacionados à redução dos fatores de risco, 
melhora na sintomatologia e, não menos importante, a percepção precoce de 
indicadores precedentes de complicações cardíacas (MAIR, 2008). 
Entretanto, no Brasil, mesmo sendo a doença cardiovascular, e em especial a 
coronariana, causa primeira de morte em ambos os sexos, o país carece de um 
programa de Reabilitação Cardiovascular (RC) à altura de sua importância no 
 
31 
 
contexto da saúde pública, pelos benefícios comprovados de sua eficácia e 
funcionalidade (MAIR, 2008). 
Os efeitos do exercício aeróbico de baixa, média e alta intensidade foram 
descritos por vários autores. BOTELHO et al. (2013), verificaram que os exercícios 
aeróbicos de alta intensidade são considerados superiores aos exercícios de 
moderada intensidade. Esses autores destacam também que os exercícios resistidos 
incluídos recentemente em protocolos de Reabilitação Cardíaca contribuíram para 
melhorar a capacidade física, a força muscular em membros inferiores e o tempo na 
realização de exercícios aeróbicos, indicando, como protocolo ideal, a combinação de 
exercícios aeróbicos e resistidos para pacientes pós-IAM em fase ambulatorial, pelos 
benefícios obtidos a curto e a longo prazo. 
Para BENETTI et al. (2010) quanto maior a capacidade de realização de 
exercícios por parte do paciente, maior seu papel na proteção de risco de morte. 
LEE et al. (2013), sugerem que exercícios de moderada intensidade renderão 
maiores benefícios para pacientes pós-IAM na fase III, comparando-se aos resultados 
alcançados com exercícios mais vigorosos. 
8.2 Prescrição de Exercícios de resistência 
 Os exercícios de resistência devem ser executados em séries de 8 a 15 
repetições, com cargas progressivas, suficientes para causar fadiga nas últimas três 
repetições, porém, sem falha do movimento. Idealmente, devem ser realizados três 
vezes por semana. Como alternativa ao exercício convencional com pesos livres ou 
aparelhos de musculação, pode-se utilizar o método Pilates, com práticas de 
resistência combinadas com flexibilidade e respiração (MARZOLINI, 2008) 
 
32 
 
9 HIPERTENSÃO 
 
Fonte: efdeportes.com 
A hipertensão consiste na elevação crônica da pressão arterial, acima dos 
níveis considerados desejados para a idade e o tamanho de uma pessoa. O coração, 
quando submetido a níveis elevados de pressão arterial, trabalha mais que o normal, 
expelindo o sangue do ventrículo esquerdo contra uma maior resistência, impondo 
uma maior tensão sobre as artérias e arteríolas sistêmicas (WILMORE e COSTILL, 
2001). 
De acordo com a Associação Americana do Coração, aproximadamente 50 
milhões de norte-americanos acima de 6 anos de idade já têm pressão alta e a 
porcentagem de mulheres com hipertensão aumenta progressivamente dos 55 aos 74 
anos de idade e, após, a porcentagem de mulheres com pressão alta é maior que a 
do sexo oposto. 
Para HEIWARD (2004), o treinamento aeróbio diminui a pressão arterial em 
indivíduos com hipertensão diagnosticada de leve a moderada. 
No estudo de KELLEY e KELLEY (2000), concluiu-se que os efeitos do treino 
de força podem reduzir a pressão arterial sistólica e diastólica de repouso de 2% a 4% 
em adultos, depois de submetidos a um treinamento de força. 
A hipertensão arterial é uma síndrome multicausal e multifatorial caracterizada 
pela presença de níveis tensionais elevadose normalmente associada a distúrbios 
metabólicos, hormonais e hipertrofias cardíaca e vascular (RONDON et al, 2010). 
 
33 
 
Uma doença que pode ser bem controlada por um tratamento médico 
convencional, porém, mudanças no estilo de vida têm-se mostrado eficientes na 
prevenção e no controle dos níveis tensionais elevados e são indicadas a todos os 
hipertensos e a indivíduos normotensos com história familiar de doença 
cardiovascular. Algumas dessas mudanças incluem: diminuição da ingesta de sal, 
redução de peso corporal e pratica de exercício físico. 
Segundo RONDON et al., (2010) a prática regular de atividade física aeróbia 
reduz a pressão arterial de indivíduos hipertensos, produzindo benefícios adicionais, 
como diminuição do peso corporal e ação coadjuvante no tratamento das 
dislipidemias, no controle do tabagismo, na resistência à insulina e no controle do 
estresse. 
Quanto à pratica da musculação, esta não deve consistir na modalidade 
primária de treinamento; no entanto, deve ser combinada com o treinamento aeróbio 
(TEIXEIRA e GUEDES JR., 2010). 
Para FORJAZ et al., (2010) quando o treinamento resistido é feito visando a 
melhora da resistência muscular localizada, cargas baixas são empregadas. Esse tipo 
de exercício caracteriza-se por provocar sobrecarga volumétrica ao sistema 
cardiovascular. Assim, principalmente quando executado na forma de circuito, o 
treinamento resistido de baixa intensidade pode trazer, em longo prazo, adaptações 
semelhantes às observadas com o treinamento aeróbio. 
As recomendações para elaboração de programas de musculação para 
pessoas hipertensas, segundo o ACSM (1998), preconizam a realização de uma série 
de 8 a 10 exercícios para os grandes grupos musculares, 2 a 3 dias por semana. O 
número de repetições para cada exercício deve ficar em torno de 8 a 12 (TEIXEIRA e 
GUEDES Jr.,2010). 
A hipertensão é uma doença de múltiplas causas, caracterizada pelo aumento 
dos valores da pressão arterial acima do normal. Na maioria dos casos, a hipertensão 
pode ser resultante de fatores genéticos, de uma dieta com altos teores de sódio, 
obesidade, da inatividade física, estresse. 
Alguns fatores podem influenciar a hipertensão como: alimentação, genética, 
uma dieta com altos teores de sódio, obesidade, estresse, idade, doenças da tireoide, 
uso de medicamentos ingestão de comidas gordurosas e a falta da atividade física 
 
34 
 
contribuem ou de uma combinação destes fatores, e outros para o aparecimento da 
pressão alta). 
A hipertensão é clinicamente definida como uma elevação na pressão arterial 
igual ou superior a 140 mm Hg (no caso da pressão arterial sistólica – PAS) ou igual 
ou superior a 90 mm Hg (para pressão arterial diastólica – PAD). A hipertensão afeta 
aproximadamente 1 bilhão de indivíduos no mundo inteiro e é responsável direta por 
700.000 casos de derrames e 500.000 mortes por infarto anualmente. 
Ela também contribui significativamente para problemas nos rins e doenças 
vasculares periféricas. Estudos apontam que, em média, 75% e 65% dos casos de 
hipertensão em homens e mulheres, respectivamente, são altamente relacionados 
com o sobrepeso e obesidade. 
9.1 Avaliação Física e Clínica 
Antes de se engajar em um programa de exercícios, os indivíduos hipertensos 
devem passar por uma completa e extensiva avaliação médica. Mensuração da 
pressão arterial, eletrocardiograma (em esforço, de preferência), exames de sangue 
são os mais indicados para a detecção de possíveis sintomas associados. 
9.2 Prescrição de Exercícios 
A prescrição do exercício (tanto aeróbio quanto resistido) inclui as seguintes 
recomendações: 
Frequência: para os exercícios resistidos recomendam-se treinos de 2 a 3x 
durante a semana. Já em relação aos exercícios aeróbios a freqüência vai de 3 a 7x 
na semana. 
Duração/ volume: 30 a 60 minutos para os aeróbios e 1 série de 8 a 20 
repetições para os exercícios com pesos (devem ser enfatizados primeiramente os 
grandes grupamentos musculares); 
Intensidade: 40% a 70% da frequência cardíaca de reserva para os aeróbios 
e 50% a 60% de 1rm para os resistidos. 
 
35 
 
9.3 Recomendações 
Para este tipo de população, os exercícios resistidos não são indicados como 
forma primária de prescrição. Porém, são bem aceitos quando combinados com os 
aeróbios (caminhada, pedalar, hidroginástica). Vale lembrar também que os 
exercícios com pesos devem incorporar baixa resistência com alto número de 
repetições em fases iniciais. 
Outras recomendações incluem: 
– O indivíduo hipertenso não deve se exercitar se a PAS em repouso estiver 
acima de 200 mm Hg ou a PAD acima de 110 mm Hg; 
– Beta- bloqueadores podem diminuir a resposta da FC ao exercício 
submáximo e máximo. Além disso, a utilização desses medicamentos pode ocasionar 
em hipotensão. Para minimizar esses possíveis efeitos, recomenda-se uma volta a 
calma gradual após a parte principal da sessão de treino; 
– A manobra de valsava (bloqueio da respiração) deve ser evitada durante a 
pratica de exercícios com pesos; 
9.4 Benefícios do Treinamento de Força para Hipertensos 
A hipertensão Arterial continua sendo um importante causa de mortalidade e 
morbidade por doença cardiovascular e está associada a diversas alterações como: a 
aterosclerose, acidente vascular encefálico, insuficiência cardíaca, doença renal e 
cardiopatia isquêmica (MARCONDES, 1993). 
Os exercícios de Fortalecimento muscular, conhecidos como musculação, 
foram contraindicados durante muito tempo para portadores de cardiopatias, mas 
recentemente passaram a integrar as prescrições por terem se mostrado seguros e 
eficientes nessa população (ARAUJO et al, 2004). 
Segundo Maior (2005) há uma escassez na literatura em relação ao estudo do 
treinamento de força para hipertensos. 
Os benefícios do treinamento de força na hipertensão são: Redução da pressão 
arterial em repouso, redução do risco de doenças coronarianas, redução do risco de 
acidente vascular encefálico e da mortalidade (MAIOR, 2005). 
 
36 
 
10 ACIDENTE VASCULAR CEREBRAL- AVC 
 
Fonte: issuu.com 
O AVC pode ser definido como uma perda neurológica desencadeada por 
perfusão sanguínea anormal do tecido encefálico, cuja causa é predominantemente 
vascular. Em linhas gerais, os danos neurológicos do AVC são desencadeados pelo 
infarto cerebral, hemorragia intracerebral e hemorragia subaracnóidea (SACCO et al., 
2013). 
Após o AVC, devido aos danos neurológicos ocorrem alterações negativas 
sobre a massa e força muscular com consequente prejuízos nas atividades diárias 
(FARZADFARD et al., 2018). 
Além dos prejuízos físicos e motores, complicações cardiovasculares (por 
exemplo, níveis pressóricos elevados, infarto do miocárdio) são altamente prevalentes 
e representam problemas de saúde comuns em sobreviventes ao AVC. De fato, 
algumas evidências argumentam que os sobreviventes ao AVC apresentam um 
acentuado estresse oxidativo, comprometimento dos mecanismos de controle da 
pressão arterial (por exemplo, sensibilidade do barorreflexo) e uma grave disfunção 
na modulação autonômica cardíaca, caracterizada por uma atividade simpática 
elevada combinada com uma redução ou inalterada atividade parassimpática 
(SCHEITZ et al., 2018) 
 
37 
 
10.1 Prescrição e resultados 
Estudo publicado por BILLINGER et al. (2014), é recomendado que indivíduos 
pós AVC realizem exercícios resistidos (2-3 vezes por semana / 8-10 exercícios / 1-3 
séries de 10-15 repetições envolvendo grandes grupos musculares / 50%-80% de 1 
RM). 
O protocolo de exercícios resistidos proposto por SEVERINSEN et al. (2014), 
consistiu de 6 exercícios bilaterais com 3 séries de 8 repetições máximas 3 vezes por 
semana durante 3 meses. Alguns dos achados relatados neste estudo ainda são 
relevantes, pois mostraram que o TR foi capaz de aumentar e manter a força física 
por um longo período. 
Em consonância com o estudo de FLANSBJER et al. (2008),SEVERINSEN et 
al. (2014), observaram aumento e manutenção da força física por 5 meses após a 
prática de TR (2 sessões por semana durante 10 semanas). 
SEVERINSEN et al. (2014) encontraram um efeito positivo do TR sobre a força 
muscular e na velocidade de caminhada em indivíduos pós AVC isquêmico crônico. 
Ao acompanhar esses indivíduos após 1 ano de conclusão do programa de TR, os 
autores descobriram que a força física foi mantida. 
Nesse sentido, em outro estudo elegante conduzido por FLANSBJER, et al., 
(2012), foi demonstrado manutenção da força muscular após 4 anos do programa de 
TR. 
Similarmente, em elegantes estudos conduzidos por LEE et al. (2008) e LEE et 
al. (2010), foi observado melhora sobre a força de resistência, explosiva e máxima 
após a prática de TR. Além da força muscular, 
OUELLETTE et al. (2004) investigaram os efeitos do TR sobre o desempenho 
funcional, função autorrelatada e incapacidade de indivíduos pós AVC. Após 12 
semanas de treinamento (3 séries de 8 a 10 repetições por série a 70% da 1RM, 3 
vezes por semana), foi observada melhora de parâmetros funcionais dessa 
população. Este estudo é extremamente importante por ser o primeiro ensaio clínico 
randomizado e controlado a investigar os efeitos do TR em indivíduos após o AVC 
isquêmico crônico. 
 
38 
 
11 PRESCRIÇÃO PARA EXERCÍCIOS CONTÍNUOS PARA GRUPOS ESPECIAIS 
 
Fonte: scielo.br 
Os exercícios contínuos são também conhecidos como atividades aeróbias. 
Essas atividades incluem esforços físicos que envolvem a utilização de grandes 
grupos musculares e que possam ativar todo o sistema orgânico de oxigenação, com 
esforços de média a longa duração e de caráter dinâmico, em ritmo constante e de 
intensidade moderada. 
De maneira geral, a eficiência dos exercícios aeróbios está diretamente 
relacionada à demanda energética total induzida pelo trabalho muscular, associada à 
adequada combinação de frequência, intensidade e duração dos esforços físicos. 
11.1 Hidroginástica 
A hidroginástica é um excelente exercício para as pessoas com problemas 
articulares, e também com obesidade, pois os exercícios na água não sobrecarregam 
as articulações. Exercícios físicos que normalmente não alcançam limites de 
intensidade aeróbia na terra como a caminhada, podem resultar em estímulos de 
esforços adequado na água, por causa do aumento da resistência que esta oferece 
aos movimentos corporais (GUEDES e GUEDES, 2005). 
Em termos fisiológicos, o sistema circulatório é afetado quando o corpo está 
em água porque a pressão hidrostática excede a pressão venosa e tende aumentar 
um retorno venoso ao coração. O volume final diastólico aumenta e o volume ejetado 
 
39 
 
médio mostra um aumento de até 35% com a imersão ao nível do pescoço. Esse efeito 
tem sido benéfico para pacientes com infarto e miopatia (MCMURRAY, et al., 1988). 
 
Fonte: pratiquefitnes.com.br 
A água também aumenta o trabalho da respiração e, em relação ao sistema 
musculoesquelético, reduz a necessidade de vasoconstrição periférica e pode 
melhorar o fluxo sanguíneo muscular e a remoção de detritos metabólicos. A água 
ainda pode servir como um método útil de transferência de calor ao corpo imerso. 
Existem algumas contraindicações para determinados casos específicos, por 
exemplo colocar pacientes com insuficiência cárdica na água poderia aumentar o 
estresse no sistema circulatório central e colocar em risco o aluno. Quanto à 
intensidade de esforço, existem alguns aspectos negativos a ser considerados, por 
exemplo, as rotinas de exercícios físicos direcionados ao controle do peso corporal se 
relacionam à limitada disponibilidade de movimentos compatíveis com o meio líquido 
e a dificuldade de manter intensidade adequada de esforços físicos em atividades de 
grupo (MOSCHETTI et al., 1994). 
11.2 Caminhada 
A caminhada é a atividade mais comum utilizada nas rotinas de exercícios 
físicos. Andar é muito recomendado porque é a base da locomoção e está envolvido 
em muitas atividades da vida diária. 
A estimativa da energia consumida durante a caminhada deverá ser 
desenvolvida em razão da velocidade empregada, da distância percorrida e do peso 
corporal do indivíduo. A uma velocidade entre 50 e 100 metros/minuto, ou, 3 a 6 Km/ 
 
40 
 
hora, deverá ocorrer demanda energética por volta de 0,6 quilos/ calorias (Kcal) a 
cada Km percorrido por Kg de peso corporal (Cooper, 1968). 
Um indivíduo sedentário é aquele que tem um estilo de vida com um mínimo 
de atividade física, equivalente a um gasto energético (trabalho + lazer + atividades 
domésticas + locomoção) inferior a 500 kcal por semana. Podemos considerar que a 
caminhada é uma atividade que proporciona um bom gasto energético (408 kcal) em 
8 km. 
11.3 Corrida 
A corrida é outra modalidade de exercício físico comumente utilizada em 
programas de treinamento. A princípio, em velocidades mais baixas, a demanda 
energética envolvida na caminhada é menor que com a corrida, entretanto, próximo a 
8km/hora, a demanda energética da corrida e da caminhada deverá ser muito 
semelhante. Nesse caso, é indiferente prescrever uma ou outra modalidade de 
exercício físico (GUEDES e GUEDES. 2005). 
A partir desse raciocínio, não se poderá utilizar o mesmo modelo matemático 
para estimativa do gasto energético da corrida e da caminhada, mesmo a uma 
velocidade similar, sendo modificado o modelo matemático para a velocidade da 
corrida empregada. 
Nesse sentido, admitindo que o equivalente energético para correr um 
metro/minuto, em plano horizontal, é de 3,5 ml de oxigênio, ao multiplicar a velocidade 
de corrida, em metros/minuto, por 0,2 , e adicionando o valor de repouso, obter-se-á 
o custo de oxigênio da corrida expresso em relação ao peso corporal do indivíduo. 
O oxigênio consumido, expresso em litros, corresponde a 5kcal de energia. 
Assim, ao corrigir o custo de oxigênio pelo peso corporal e pelo tempo de duração da 
corrida, ajustando-se as unidades de medida, ter-se-á a demanda energética total da 
atividade. 
Então, se o indivíduo em questão apresentar peso corporal de 90 kg, seu custo 
de oxigênio, ao percorrer 6km em 42 min, seria de quanto, aproximadamente? E a 
demanda energética total seria quanto? 
3,2 ml/kg/min x 90 kg = 2889 ml/min 
2889 ml/min: 1000 ml = 2,889 l/min 
 
41 
 
2,889 l/min x 42 min = 121, 338 l 
121, 338 l x 5 kcal = 606,69 kcal 
O custo de oxigênio do indivíduo com 90 kg, ao percorrer 6km em 42 min, seria 
de aproximadamente 121 litros, e a demanda energética total seria de 607 kcal. 
Muitas vezes, com a intenção de alcançar o gasto energético mais elevado a 
fim de melhorar a condição física do aluno, é muito comum aumentar a velocidade da 
corrida mantendo o tempo constante. No entanto, se observarmos o modelo 
matemático, ao atribuirmos um incremento de 10%, a distância total de 6,6 km deverá 
ser percorrida, na primeira situação, nos mesmos 42 min, contudo a uma velocidade 
de 157 m/min; e na segunda situação, em 46,15 min, tendo em vista a velocidade 
continuar a mesma em relação ao tempo de corrida. 
Verifica-se que a diferença na demanda energética não é maior que 6kcal a 
favor do esforço físico realizado com velocidade de corrida mais elevada. Diante disso, 
seria interessante elevar o tempo de corrida mantendo a velocidade constante. 
• Equivalente de Gasto energético 
De acordo com NAHAS (2001), é considerada sedentária a pessoa com estilo 
de vida com um mínimo de atividade física, equivalente a um gasto energético inferior 
a 500 kcal por semana. Para ser considerada moderadamente ativa, é necessário 
realizar atividade física que acumule um gasto semanal de pelo menos 1000 kcal, o 
que corresponde a caminhar em passos rápidos por 30 minutos, cinco vezes por 
semana. Para deixar de fazer parte do grupo dos sedentários, o indivíduo precisa 
gastar no mínimo 2.200 calorias por semana em atividades físicas. Menos que isso,pode acarretar consequências negativas à nossa saúde. 
11.4 Prescrição de atividades em grupos (idosos) 
Quando falamos em atividades para terceira idade, podemos nos basear nas 
capacidades funcionais (flexibilidade, força muscular, resistência aeróbia, 
coordenação, equilíbrio e agilidade). Nesse sentido, a capacidade funcional pode ser 
definida como a capacidade de um indivíduo de realizar as atividades diárias ou 
mesmo atividades inesperadas, de forma segura e eficiente (ONEESS et al., 1990). 
Ou seja, a qualidade de vida dos idosos está associada à manutenção da capacidade 
funcional e da sua autonomia. 
 
42 
 
A modalidade de atividade física generalizada deve ser realizada três vezes por 
semana, em sessões com duração aproximada de 50 minutos. As sessões devem ser 
compostas por uma parte inicial (aquecimento), parte principal e parte final (volta à 
calma). Com relação à escolha dos exercícios que serão inseridos na sessão, é 
necessário cuidado para que contemplem variados componentes de capacidade 
funcional (CF) (COELHO et al.,2013). 
A partir do planejamento dos componentes de CF que serão trabalhados em 
cada sessão, é necessária a escolha das atividades, que devem ser específicas para 
o seu desenvolvimento. Sendo assim, as atividades planejadas para desenvolvimento 
dos componentes de CF, em cada sessão, serão elaboradas como parte principal da 
aula. 
A partir desse ponto, são definidos o volume e intensidade com que cada 
atividade deve ser desenvolvida, ao longo da sessão. A elaboração dos exercícios 
para atividade física generalizada é baseada na avalição funcional realizada por meio 
da bateria de testes motores para idosos American Alliance for Health, Physical 
Education, Recreation and dance (AAPHERD) (Oneess et al., 1990). 
De acordo com os resultados obtidos em tal avaliação, as sessões são 
elaboradas visando desenvolver com maior ênfase um ou outro componente da CF, 
não excluindo os demais. Por exemplo, se a maioria dos idosos teve um 
comportamento ruim no teste de força, cerca de duas vezes por semana serão 
realizados exercícios para fortalecimento de membro superior, seguindo o princípio 
da sobrecarga para aumentar o estímulo nos participantes. Além disso, serão 
realizados exercícios que envolvam outros componentes de CF (COELHO et 
al.,2013). 
 
 
 
 
 
 
43 
 
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