Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
1 2 SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO ............................................................................................ 4 2 TREINAMENTO DE FORÇA PARA GRUPOS ESPECIAIS II .................... 5 2.1 Benefícios da prática de exercícios físicos ........................................... 6 3 PRINCÍPIOS BIOLÓGICOS PARA PRESCRIÇÃO E ORIENTAÇÃO DE EXERCÍCIOS FÍSICOS (EF) ....................................................................................... 8 3.1 Componentes dos exercícios físicos .................................................... 9 3.2 Frequência ........................................................................................... 9 3.3 Duração ................................................................................................ 9 3.4 Intensidade ......................................................................................... 10 3.5 Escalas de Percepção Subjetiva de Esforço (PSE) ........................... 11 3.6 Taxa de progressão............................................................................ 12 3.7 Fatores a considerar antes de determinar a intensidade do exercício13 3.8 Treinamento com pesos (TP) ............................................................. 14 3.9 Seleção dos exercícios e prescrição .................................................. 15 4 CRIANÇAS ............................................................................................... 17 4.1 Benefícios do treinamento de força .................................................... 18 4.2 Riscos do Treinamento de Força ....................................................... 19 4.3 Diretrizes para o Treinamento de Força em crianças ......................... 20 5 MULHERES E/OU GESTANTES .............................................................. 21 5.1 Benefícios do Treinamento de Força para Mulheres .......................... 23 6 OBESOS ................................................................................................... 24 6.1 Benefícios do Treinamento de Força para Obesos ............................ 25 6.2 Prescrição .......................................................................................... 26 7 PACIENTES COM OSTEOPOROSE........................................................ 27 8 CARDIOPATAS ........................................................................................ 28 3 8.1 Indicação de exercícios após infarto .................................................. 30 8.2 Prescrição de Exercícios de resistência ............................................. 31 9 HIPERTENSÃO ........................................................................................ 32 9.1 Avaliação Física e Clínica .................................................................. 34 9.2 Prescrição de Exercícios .................................................................... 34 9.3 Recomendações ................................................................................ 35 9.4 Benefícios do Treinamento de Força para Hipertensos ..................... 35 10 ACIDENTE VASCULAR CEREBRAL- AVC .......................................... 36 10.1 Prescrição e resultados ................................................................... 37 11 PRESCRIÇÃO PARA EXERCÍCIOS CONTÍNUOS PARA GRUPOS ESPECIAIS 38 11.1 Hidroginástica ................................................................................. 38 11.2 Caminhada ...................................................................................... 39 11.3 Corrida ............................................................................................ 40 11.4 Prescrição de atividades em grupos (idosos) .................................. 41 12 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ...................................................... 43 4 1 INTRODUÇÃO Prezado aluno! O Grupo Educacional FAVENI, esclarece que o material virtual é semelhante ao da sala de aula presencial. Em uma sala de aula, é raro – quase improvável - um aluno se levantar, interromper a exposição, dirigir-se ao professor e fazer uma pergunta, para que seja esclarecida uma dúvida sobre o tema tratado. O comum é que esse aluno faça a pergunta em voz alta para todos ouvirem e todos ouvirão a resposta. No espaço virtual, é a mesma coisa. Não hesite em perguntar, as perguntas poderão ser direcionadas ao protocolo de atendimento que serão respondidas em tempo hábil. Os cursos à distância exigem do aluno tempo e organização. No caso da nossa disciplina é preciso ter um horário destinado à leitura do texto base e à execução das avaliações propostas. A vantagem é que poderá reservar o dia da semana e a hora que lhe convier para isso. A organização é o quesito indispensável, porque há uma sequência a ser seguida e prazos definidos para as atividades. Bons estudos! 5 2 TREINAMENTO DE FORÇA PARA GRUPOS ESPECIAIS II Fonte: exercicioparasaude.com.br A atividade física é tida como comportamento natural do ser humano e entre as atividades físicas mais comuns, destacam-se a caminhada, a dança, esportes e a pratica de exercícios físicos, com objetivos de melhorar a qualidade de vida e o bem- estar, bem como combater as doenças crônicas e os fatores de riscos da população (ZAMAI, 2012). O estilo de vida é responsável por 54% do risco de morte por cardiopatia, 50% pelo risco de morte por acidente vascular cerebral, 37% pelo risco de morte por câncer e no total por 51% do risco de morte de um indivíduo. O estilo de vida sedentário é um fator de risco independente para enfermidade coronariana e acidente vascular, principal causas de morte em todo mundo. O risco de doença cardíaca para as pessoas menos ativas e menos condicionadas pode ser o dobro comparado às pessoas mais ativas e condicionadas. (BRASIL, 2001). A par das evidências de que o homem contemporâneo utiliza-se cada vez menos de suas potencialidades corporais e de que o baixo nível de atividade física é fator decisivo no desenvolvimento de doenças degenerativas, sustenta-se a hipótese da necessidade de se promoverem mudanças em seu estilo de vida, levando-o a incorporar a prática de atividades físicas ao seu cotidiano (CELAFISCS, 2002). A atividade física se bem estruturada e orientada pode ajudar atingir e manter o peso corporal apropriado e contribuem positivamente na mudança de outros fatores 6 de risco de doença coronariana como perfil de lipídeos, a resistência a insulina e a hipertensão. Desta forma contribui no controle do Diabetes, colesterol alto, a hipertensão arterial e no controle do peso corporal. (BARBOSA e BANKOFF, 2008). BANKOFF et al (2006) analisaram o nível de práticas de atividades físicas entre funcionários da Unicamp e verificaram que 70,6% referem à melhora na saúde, qualidade de vida, desempenho no trabalho e sua relação na equipe de trabalho. ZAMAI e BANKOFF, 2010) dizem a atividade física é um dos elementos fundamentais para a aquisição e manutenção de uma boa qualidade de vida. Suas práticas devem ser implantadas nas horas de lazer, em horários de trabalho através de programas específicos. O que contribui significativamente no estabelecimento do equilíbrio físico e mental. 2.1 Benefícios da prática de exercícios físicos Principais benefícios da atividade física para cardiopatas: • Diminuição da frequência cardíaca e da pressão arterial em repouso; • Aumento nos níveis do bom colesterol (HDL) e diminuição de triglicerídeos; • Melhora da capacidade cardiorrespiratória; • Aumento na quantidade de vasos sanguíneos nos músculos ativos; • Diminuição da frequência cardíaca e da pressão arterial em exercício de baixa intensidade; • Diminuição da gordura corporal total e diminuiçãoda gordura visceral (a mais nociva para o coração); • Melhora dos índices de glicose no sangue (glicemia). De acordo com ACSM (2007), a prática de exercícios físicos traz inúmeros benefícios, tais como: • Melhora na função cardiovascular e respiratória. • Auxilia na melhora da captação máxima de oxigênio através de adaptações centrais e periféricas; • Ventilação-minuto reduzida para determinada intensidade submáxima absoluta; • Custo em oxigênio para o miocárdio reduzido a uma determinada intensidade submáxima absoluta; 7 • FC e PA reduzidas para determinada intensidade submáxima; • Densidade capilar aumentada no músculo esquelético; • Limiar do exercício aumentado para o acúmulo de lactato no sangue; • Limiar do exercício aumentado para o início de sinais ou sintomas de doenças (angina, depressão isquêmica do segmento ST, claudicação). Redução dos fatores de risco para doença coronariana: • Pressões sistólica/diastólica em repouso reduzidas; • Níveis séricos aumentado do colesterol lipoproteico de alta densidade e reduzidos dos triglicerídeos; • Melhor tolerância a glicose; • Adesividade e agregação plaquetárias reduzidas; • Morbidez e mortalidade reduzidas. Intervenções para prevenir a ocorrência inicial: • Níveis mais altos de atividades e/ou aptidão estão associados com taxas de morte mais baixas para doença coronariana; • Níveis mais altos de atividades e/ou aptidão estão associados com taxas de incidência mais baixas para a combinação de doença cardiovascular, doença coronariana, acidente vascular cerebral, diabetes do tipo 2, fraturas osteoporóticas, e outros; • Intervenções após um evento cardíaco, para prevenir outro; • A mortalidade é reduzida em pacientes no pós-infarto do miocárdio que participam de um treinamento de reabilitação cardíaca. Outros benefícios, tais como: • Redução da ansiedade e depressão; • Melhora nas atividades da vida diária tanto de idosos quanto da população mais jovem. 8 3 PRINCÍPIOS BIOLÓGICOS PARA PRESCRIÇÃO E ORIENTAÇÃO DE EXERCÍCIOS FÍSICOS (EF) Fonte: treinoemfoco.com.br Sobrecarga: Para que possam ocorrer melhorias na condição metabólica e funcional do indivíduo, o organismo deverá ser submetido a uma rotina de EF que venham a oferecer esforços físicos mais intensos do que aqueles a que ele está normalmente acostumado; Progressão: O indivíduo, ao ser exposto a determinado esforço físico, deverá apresentar uma série de adaptações orgânicas que na sequência lhe permitirá ser submetido a estímulos gradativamente mais intensos. Os esforços físicos podem ocorrer de duas formas isoladas ou por meio da combinação de ambas: aumento da quantidade e intensidade das atividades; Individualidade: Cada organismo poderá reagir aos estímulos provocados pelos EF de maneira bastante particular, ou seja, nem todos os indivíduos deverão apresentar progressão na adaptação aos esforços físicos da mesma forma e ritmo (exemplo: sexo, hábitos de vida, estado de saúde); Princípio da especificidade: A realização de determinado EF produzirá adaptações no organismo que serão específicas para esse tipo de esforço (exemplo: treinamento de musculação para desenvolver força); Princípio da reversibilidade: As adaptações metabólicas e funcionais induzidas pelo EF tendem a retornar aos estados iniciais após a paralisação dos programas prescritos. De maneira geral, os exercícios físicos de média a longa duração e de baixa intensidade têm efeito mais prolongado sobre o organismo, 9 enquanto os exercícios físicos de intensidade mais elevada e de menor duração têm efeito mais imediato (GUEDES e GUEDES, 2005). 3.1 Componentes dos exercícios físicos Para que as rotinas de EF possam produzir as adaptações na direção desejada, torna-se necessário estabelecer combinação entre três componentes básicos: frequência, duração e intensidade dos esforços físicos. 3.2 Frequência A frequência de realização dos EF refere-se ao número de vezes em que o indivíduo se exercita por semana ou em casos esporádicos, por dia. Ao iniciar as rotinas de EF, o indivíduo deverá se exercitar no mínimo 3 vezes por semana, em dias não consecutivos. 3.3 Duração É caracterizada pelo tempo despendido na execução de um EF específico ou de uma sessão de EF. A duração da execução de um EF específico atua sobre o organismo sem interrupções. Já a duração de uma sessão de EF equivale ao tempo total em que o indivíduo se envolve com uma série de esforços físicos programados, incluindo as pausas entre os exercícios. Uma sessão de EF, independentemente de sua duração, deverá apresentar três momentos: parte inicial, a principal e a final. Parte inicial: preparatória ou aquecimento, tem o objetivo de preparar o organismo física e psicologicamente para os esforços mais intensos, de modo a evitar súbitas alterações fisiológicas e evitar possíveis lesões. São exercícios moderados como caminhada, trote ou ciclismo, visando oferecer maior ativação metabólica. Os exercícios de flexibilidade também podem ser trabalhados na parte inicial de uma sessão de exercícios, procurando preparar os músculos e tendões para os movimentos. 10 Parte principal: tem como objetivo elevar a solicitação metabólica e funcional que, por sua vez, deverão incrementar significativamente a demanda energética. Na parte principal, o objetivo da aula (sessão) deverá ser priorizado, ou seja, se objetivo da aula for desenvolver força, os exercícios de força deverão ser específicos para o desenvolvimento da força. Parte final: conhecido como resfriamento, visa dar oportunidade para um retorno gradativo do organismo a níveis próximos ao repouso. As atividades deverão ser leves, de relaxamento, que tenham como objetivo diminuir a intensidade dos esforços físicos realizados na parte principal. As atividades de flexibilidade envolvendo alongamento dos principais grupos musculares trabalhados podem ser adicionadas na parte final da sessão exercícios físicos. 3.4 Intensidade É a relação entre o esforço físico requerido para sua realização e o esforço físico máximo que o indivíduo tem condições de suportar. Se a duração e a frequência dos EF são caracterizadas como fatores absolutos, e, portanto, podem ser semelhantes entre indivíduos, a intensidade dos esforços físicos, por sua vez, está relacionada às condições individuais de cada um. O Colégio Americano de Medicina do Esporte (ACSM, 2000) recomenda que a intensidade do exercício seja prescrita como 60 a 90% da FCmáx ou 50 a 85 % do VO2máx ou reserva da FC. Contudo indivíduos com um nível de aptidão inicial muito baixo respondem à intensidade de exercício baixa, por exemplo, 40 a 50 % do VO2máx. A melhor maneira de se medir a FCmáx é durante um teste de esforço graduado, sempre que possível. Dados dos testes de esforços mostram que existem várias abordagens para determinar a variação da FC em exercício com propósitos de prescrição. • Usando uma porcentagem da FCmáx. • Usando o método de reserva da FC. • Utilizando a escala de sensação subjetiva de esforço 11 Nesse sentido, pela praticidade, a prescrição da intensidade do exercício físico muitas vezes é realizada com base em proporções de frequência cardíaca máxima (FCmáx) de esforço. Como regra geral, após os 20-25 anos admite-se que ocorre a diminuição de um batimento cardíaco por minuto a cada ano. Uma estimativa da FCmáx de esforço pode ser feita mediante subtração da idade atual do valor 220. Então um indivíduo com 40 anos e com FC de repouso de 70 batimentos/minuto, os limites da FC preconizada para esforços físicos a intensidades entre 40% e 65% deverá se apresentar dentro de um limite de 114 e 142 batimentos/minuto. Ou seja, os exercícios físicos não deverão apresentar intensidade que possa elevar a FC acima de 114 batimentos/ minuto, e não excedera 142 batimentos/minuto. O limite superior e inferior de FC preconizado para os esforços físicos é conhecido como zona alvo. É importante também a avaliação da percepção subjetiva do esforço (PSE) pois os dados delineados descrevem melhor a relação entre FC, Vo2 e PSE e os resultados em uma intensidade de exercício mais apropriada para pessoas com aptidão limitada. 3.5 Escalas de Percepção Subjetiva de Esforço (PSE) As escalas de percepção subjetiva de esforço (PSE) devem ser consideradas como complemento à monitorização da FC, à medida que a PSE determinada durante um teste de esforço graduado pode não traduzir diretamente a mesma intensidade durante uma sessão de exercício. As escalas de PSE têm se revelado uma ajuda valiosa na prescrição de exercício para indivíduos que têm dificuldade com a palpação da FC e em casos em que a resposta da FC a exercícios possa ter sido alterada por uma mudança da medicação. A variação da PSE associada à adaptação fisiológica ao exercício é de 12 a 16. A avalição da intensidade do esforço poderá ser realizada por meio da sensação subjetiva de esforço utilizando a Escala de Borg, com pontuações de 6 a 20. 12 Fonte: ativo.com A intensidade do EF pode ser medida também por meio do V02 e limiar de lactato como forma de prescrição, mas para este momento não vamos utilizar, pois optamos por métodos mais acessíveis. A medida de Vo2 máx. e limiar de lactato normalmente é realizada em laboratório ou clínicas e seu custo é relativamente alto, tornando inviável para prescrição em academias, clubes entre outros. O ACSM (2000) destaca alguns estágios do programa de EF recomendados para populações especiais, que podem ajudar na tomada de decisões em cada etapa. 3.6 Taxa de progressão A taxa de progressão recomendada em um programa de condicionamento depende da capacidade funcional, estado de saúde, idade, preferências e objetivos das atividades individuais. Para adultos aparentemente saudáveis, o componente resistência da prescrição de exercício tem três estágios de progressão: inicial, melhora e manutenção. • Estágio de condicionamento inicial O estágio inicial deve incluir exercícios de resistência muscular e atividades aeróbias de nível baixo (40 a 60% da FC de reserva ou vo2máx), exercícios compatíveis com sensibilidade muscular mínima para evitar desconfortos e lesões, contribuindo para uma melhor adesão ao programa. Esse estágio geralmente se estende por 4 a 6 semanas, mas a duração depende da adaptação do indivíduo ao 13 programa de exercício. A duração da sessão de exercício no estágio inicial deve começar com aproximadamente 12 a 15 minutos e progredir para 20 minutos. Recomenda-se que indivíduos que estão começando um programa de condicionamento físico se exercitem pelo menos três vezes na semana em dias alternados. • Estágio de melhora O estágio de melhora difere do estágio inicial pelo fato de o participante progredir a uma frequência mais rápida. Esse estágio dura tipicamente 4 a 5 meses, durante os quais a intensidade é progressivamente aumentada na metade superior da variação limite de 50 a 85% do vo2máx. A duração é aumentada a cada 2 a 3 semanas até que o participante seja capaz de se exercitar por 20 a 30 minutos continuamente. Aos indivíduos sem condicionamento físico e idosos deve-se dar mais tempo para a adaptação a cada estágio. • Estágio de manutenção O estágio de manutenção do programa de exercício geralmente começa depois dos seis primeiros meses de treinamento. Nesse estágio, o participante não estará mais interessado em aumento adicional do estímulo de condicionamento. O aumento adicional será mínimo, mas a continuação do mesmo exercício rotineiro permite que o indivíduo mantenha seus níveis de aptidão. Nesse ponto os objetivos do programa devem ser revisados e novos objetivos estabelecidos. Para manter a aptidão, um programa específico de exercício deve ser planejado e ter o mesmo dispêndio de energia do programa de condicionamento e satisfazer às necessidades e interesses do participante por um período prolongado. É importante incluir exercícios que o indivíduo considere agradável. 3.7 Fatores a considerar antes de determinar a intensidade do exercício Vários fatores importantes devem ser considerados antes de determinar o nível de intensidade do exercício: • Nível individual de aptidão; • Presença de medicamentos que podem influenciar a FC (exemplo: β- bloqueadores que irão reduzir a FC em repouso e sua resposta ao exercício); • Risco de lesão ortopédica ou cardiovascular; 14 • Preferências individuais para o exercício; • Objetivos do programa individual. É necessário realizar uma anamnese clínica e perfil de fatores de risco para doenças crônico-degenerativas com s pessoas com idade acima de 40 anos. A seguir, algumas dicas para uma avaliação antes de iniciar um programa de exercícios físicos para populações especiais. Podem ser utilizados os testes que vocês aprenderam no módulo anterior na disciplina “Medidas e avaliação em atividade física” • Parâmetros funcionais como frequência cardíaca e pressão arterial em repouso e no esforço se forem o caso. • Medidas antropométricas (massa corporal; altura; circunferências; espessuras das dobras cutâneas) • Avaliação Postural (Simetria cabeça, tronco, pernas e pés) • Resistência/força muscular • Teste de carga submáxima • Teste de abdominal • Flexão e extensão dos braços no solo • Teste de abdominais – tradicional • Flexibilidade • Resistência cardiorrespiratória através do: Consumo máximo de oxigênio (vo2máx) por meio dos métodos laboratoriais ou de campo. 3.8 Treinamento com pesos (TP) O TP oferece benefícios consideráveis em todas as faixas etárias. Para idosos, o TP pode capacitá-los a realizar as atividades da vida diária com maior facilidade e contrapor-se à sarcopenia e osteopenia (diminuição da massa muscular e massa óssea) e também à fragilidade. Vale destacar que a capacidade cardiorrespiratória e a individualização da prescrição do TP são essenciais e devem basear-se no estado de saúde, aptidão e objetivos do participante (GOBBI, 2005). A implementação de um programa de TP em adultos idosos deve seguir uma abordagem gradual e progressiva. Essa abordagem pode minimizar o risco de lesões por esforço, tornar a atividade mais agradável e aumentar a aderência do idoso. Em adição, permite o reforço positivo a cada passo bem-sucedido em direção às metas 15 determinadas. Além disso, a implementação gradual do programa de treinamento possibilita identificar e solucionar possíveis falhas na elaboração, como a não adequação do idoso a algum equipamento/exercício específico (GOBBI, 2005). Devido à grande prevalência de inúmeras comorbidades associadas ou não ao processo de envelhecimento, como hipertensão, artrite, alterações posturais e outras condições debilitantes que podem limitar a função física, tem sido recomendada cautela na taxa de progressão do programa TP. O controle da taxa de progressão pode minimizar possíveis eventos adversos relacionados a sua prática. Embora existam evidências que apontem para a não diferença entre adultos jovens e idosos quanto à progressão da intensidade/volume do treinamento, é de vital importância observar e avaliar as respostas adaptativas apresentadas por cada indivíduo, bem como o estado de saúde do idoso. Nesse sentido, atenção cuidadosa deve ser ofertada para relação estímulo de treinamento/recuperação (GOBBI, 2005). Um dos principais problemas verificados na fase inicial da implementação de um programa de TP em idosos é o aprendizado do padrão e velocidade de movimento dos exercícios. Uma adequada familiarização em cada um dos exercícios permite o aumento da autoconfiança do idoso e, consequentemente, da taxa de progressão do TP e seus benefícios (COELHO et al.,2013).Criar um vínculo de amizade e confiança com o idoso também auxilia na implementação do programa de TP. A realização de confraternizações dentro e fora da sala de musculação é um poderoso incentivo para o aumento do prazer em realizar a prática do TP e para aderência. 3.9 Seleção dos exercícios e prescrição A escolha de cada exercício deve levar em consideração as informações levantadas nas avaliações e o nível de habilidade/ experiência do participante. O emprego de exercícios monoarticulares, especialmente os realizados em máquinas, pode ser uma estratégia interessante para idosos sem experiência prévia em TP. Esses exercícios apresentam menor demanda de habilidade motora e risco de lesão, facilitando o aprendizado e promovendo aumentos na força muscular (ACSM, 2009). Os exercícios multiarticulares envolvem maior quantidade de massa muscular e exigem maior complexidade do controle neural da ativação muscular, possibilitando 16 a realização do exercício com maior quantidade de peso. Exercícios multiarticulares podem promover maiores aumentos na força muscular em comparação aos monoarticulares, sendo uma opção de progressão de treinamento (ACSM, 2009). Ao selecionar um exercício multiarticular realizado com peso livre, atenção especial deve ser dada à técnica do movimento durante todas as séries. Nesse sentido a prescrição poderá ser da seguinte forma: • 8-10 exercícios alternados por segmentos corporais. • Uma série de 10 repetições com 50% da carga pré-determinada é realizada como aquecimento prévio. • Três séries são realizadas em cada exercício, com a carga ajustada para que a fadiga ocorra na última série. • Intervalo de recuperação (IR) entre 90- 180 segundos. Vale destacar que a utilização de maiores IR entre séries pode aumentar a sustentabilidade do número de repetições realizadas nas séries subsequentes e, por consequência, promover um maior volume total da sessão de treinamento (JAMBASSI-FILHO et al., 2010). Maiores IR podem ser empregados para atenuar as respostas da pressão arterial sistólica em comparação aos menores IR (CASTINHEIRAS-NETO et al., 2010) • Para manter o número de repetições dentro da zona pré-estabelecida, a carga é ajustada semanalmente, ou seja, se o aluno estiver conseguindo realizar mais que 12 repetições com facilidade, a carga deverá ser ajustada. • Os participantes são instruídos a executarem cada repetição em aproximadamente 1 segundo na fase concêntrica e em aproximadamente 2 segundos na fase excêntrica. Em pessoas sem experiência prévia em TP, o emprego de velocidades lentas a moderadas são suficientes para melhorar significativamente a força e potência muscular máxima (ACSM, 2009). Segundo o ACSM (2009), programas de TP realizados com alta velocidade de movimento promovem ganhos de potência muscular. A realização de exercícios com altas velocidades de movimentos podem ser adotada após o aluno apresentar boa qualidade na execução dos movimentos para cada um dos exercícios selecionados. Adicionalmente, se esses exercícios forem realizados em valsalva, podem dificultar o retorno venoso e reduzir o fluxo sanguíneo ao coração e cérebro. Portanto, é necessário evitar esforço máximo e orientar sempre a respiração durante a realização dos exercícios. 17 O ACSM (2007), recomenda o teste de esforço com estresse antes de um exercício vigorosos para os indivíduos que correm um risco moderado ou alto, incluindo homens com mais de 45 anos de idade e mulheres com mais de 55 anos de idade, os indivíduos com mais de um fator de risco para doenças coronarianas ou para doenças coronarianas conhecida. Já, o American College of Cardiology e as American Heart Association Guidelines for Exercise Testing consideram de valia um teste preventivo mesmo para pessoas assintomáticas. Segundo as últimas diretrizes do ACSM (2007), sempre que possível, os indivíduos com algum histórico de cardiopatia devem ser encorajados a participarem de alguma ou várias atividades que promovam o condicionamento físico total, tais como a utilização de cicloergômetros, esteiras rolantes, elípticos, bem como exercícios de amplitude de movimento e treinamento de resistência. Para prescrição do exercício à pacientes cardíacos, o ACSM (2007), indica no trabalho para aptidão muscular, exercícios de resistência que inicie com pesos baixos, enfatizando todos os grupos musculares, 10 a 15 repetições por série, uma série de 8 a 10 exercícios. O peso é aumentado gradualmente, na medida em que o indivíduo se adapta ao treinamento e o esforço percebido deve ser de 11 a 13, da escala de categoria de Borg. Os indivíduos devem fazer a contração lentamente, expirando no momento de maior esforço, evitando a manobra de Valsalva. Em caso de surgirem sintomas de alerta, o exercício deve ser encerrado. 4 CRIANÇAS Fonte: myprotein.pt 18 A criança apresenta durante o crescimento alterações que exercem influência na sua capacidade física e na resposta ao exercício físico. Por isso o treinamento de força para a criança deve ser aplicado com critério para que não ofereça riscos a sua saúde e desenvolvimento, pois cargas inadequadas tendem a provocar alterações estruturais nos componentes epifisários que são responsáveis pelo crescimento. Os benefícios relacionados com o treinamento de força para crianças são: Aumento da força muscular; Redução das lesões relacionadas a pratica esportiva; Melhora da capacidade funcional; Aumento da resistência muscular; Melhora da performance esportiva e recreacional; Melhora da coordenação muscular, melhor controle postural Aumento da densidade óssea, do condicionamento físico; Melhora da composição corporal; Aumento das adaptações bioquímicas (sangue e ácido lático) musculares; Aumento das reservas de ATP-pc, glicogênio e atividade enzimática glicolítica nos músculos esqueléticos. 4.1 Benefícios do treinamento de força O Treinamento Resistido (TR) consegue estimular eficientemente a força muscular e o desempenho esportivo, além de prevenir e reabilitar lesões. De maneira similar a outras formas de atividades físicas, o TR tem demonstrado um efeito benéfico em vários marcadores de saúde tais como a aptidão cardiovascular, a composição corporal, a densidade mineral óssea, o perfil dos lipídios sanguíneos e a saúde mental. Em crianças com sobrepeso o TR consegue aumentar a taxa metabólica sem alto impacto. O TR na adolescência tem um efeito positivo na densidade óssea. Em crianças com paralisia cerebral, o TR melhora a funcionalidade global, a força muscular e o bem-estar. O TR aumenta a força muscular em pré-adolescentes e adolescentes, mesmo com frequência de uma vez por semana, embora os programas de treinamento realizados duas vezes por semana possam ser mais benéficos. 19 O TR também é adequado para as crianças e auxilia na aquisição de habilidades específicas para o esporte e para a melhora do controle postural. Os ganhos na força muscular, no volume muscular e na potência desaparecem em aproximadamente 6 semanas após a interrupção do treinamento resistido. Em pré-adolescentes, o TR aumenta a força muscular sem o aumento concomitante na hipertrofia do músculo. A força aumenta principalmente pelo aprimoramento da coordenação neuromuscular. Este mecanismo esclarece o aumento da força muscular em populações com baixas concentrações de hormônios andrógenos, incluindo indivíduos do sexo feminino e meninos pré-adolescentes. A hipertrofia muscular ocorre de forma mais pronunciada em meninos e meninas na puberdade. Exercícios preventivos (pré-reabilitação) são os que fortalecem áreas geralmente vulneráveis a lesões por excesso de uso como os ombros e a coluna vertebral. Alguma dúvida existe quanto à possibilidade de o TR conseguir reduzir a incidência de lesões graves relacionadas aos esportes em adolescentes. 4.2 Riscosdo Treinamento de Força Muitas das questões sobre lesões associadas com o treinamento de força originam- se dos dados do US Consumer Product Safety Commission’s National Electronic Injury Surveillance System. A maioria das lesões ocorre com equipamentos de musculação domésticos, praticados em ambientes não supervisionados. As distensões musculares são responsáveis por 40%-70% de todas as lesões ocasionadas pelo TR. Os índices de lesões em treinamento supervisionado são menores do que aqueles que ocorrem em outros esportes ou em jogos recreacionais. O TR não tem efeitos adversos para o crescimento relacionado a estatura, para as cartilagens de crescimento, ou para o sistema cardiovascular. Jovens atletas com histórico de hipertensão arterial, assim como com adultos, devem estar adequadamente controlados com medicação durante o TR. Os adolescentes em quimioterapia com antraciclinas podem apresentar um risco cardiovascular aumentado devido aos seus efeitos cardiotóxicos, e o TR deve ser cuidadoso. Os adolescentes que apresentam cardiomiopatias graves 20 (particularmente a cardiomiopatia hipertrófica), devem ser orientados a não praticarem o TR. Indivíduos com hipertensão pulmonar moderada a severa também devem evitar o TR intenso. Pessoas jovens com síndrome de MARFAN não devem praticar TR. Jovens com epilepsia precisam de supervisão especial no TR. Crianças com sobrepeso são frequentemente descondicionados e com baixos níveis de força, necessitando de supervisão rigorosa no TR. 4.3 Diretrizes para o Treinamento de Força em crianças Uma avaliação médica da criança antes de iniciar um programa de TR é recomendada. Os jovens que demonstram interesse em aumentar a massa muscular devem ser desencorajados de utilizar esteroides anabólicos em função dos riscos para a saúde. A American Academy of Pediatrics (AAP) condena energicamente a utilização de substâncias proibidas que aumentem o desempenho atlético. O TR não deve ser iniciado antes dos 7-8 anos de idade devido à imaturidade dos sistemas relacionados com o equilíbrio e a manutenção da postura. A execução dos movimentos não deve ocorrer de forma rápida e explosiva para não produzirem sobrecargas inadequadas nos tecidos corporais. A maioria das máquinas de TR é destinada para adultos e possuem graduações nas cargas inadequadas para as crianças mais jovens. Os pesos livres permitem um aumento pequeno e gradual das cargas e são mais próximos das situações reais da prática esportiva, mas são mais difíceis de serem realizados. O levantamento de pesos como uma modalidade esportiva tem tido a participação de crianças sem apresentar um índice elevado de lesões. A supervisão minuciosa e a aderência à técnica correta de execução dos movimentos são importantes para a segurança. No entanto, crianças imaturas esqueleticamente devem evitar a competição em levantamento de peso e fisiculturismo, e também não devem realizar testes de carga máxima. Algumas diretrizes da AAP, da American Orthopaedic Society for Sports Medicine, e da National Strength and Conditioning Associations são: 21 1- Crianças devem iniciar o TR com exercícios de baixa resistência (carga), até que a aquisição da técnica seja perfeita. Quando conseguirem realizar um número de repetições entre 8 a 15, um aumento de 10% na carga é permitido. 2- Os exercícios devem incluir todos os grupos musculares, e devem ser praticados com amplitude completa de movimento. 3- As sessões de treinamento devem ter a duração entre 20 e 30 minutos, por 2 a 3 vezes por semana. O TR com mais do que 4 sessão por semana não parece ser mais eficiente e pode levar ao excesso de treinamento. 4- Uma supervisão adequada é definida como a relação professor/aluno de 1 para 10, ou seja, um professor para cada 10 alunos. 5-Um aquecimento adequado de 10 a 15 minutos, bem como o desaquecimento ao término da sessão de treinamento por meio de alongamentos apropriados, são recomendados. 6- Para o objetivo de obter benefícios à saúde, então o treinamento de força deve ser combinado com um programa de treinamento aeróbico. 5 MULHERES E/OU GESTANTES Fonte: pratiquefitess.com.br A gestação é um fenômeno fisiológico e, por isso mesmo, sua evolução dar-se- á na maior parte dos casos sem intercorrências. Apesar desse fato, há uma parcela pequena de gestantes que, por serem portadoras de alguma doença, sofrerem algum agravo ou desenvolverem problemas, apresentam maiores probabilidades de evolução desfavorável, tanto para o feto como para a mãe (BRASIL, 2010). 22 Durante o processo gestacional a mulher vivencia níveis elevados de ansiedade relacionados com preocupações sobre o bem-estar do feto e com o do seu próprio bem-estar (ALDERDICE, 2013). Os desconfortos associados às adaptações fisiológicas da gravidez comportam problemas de saúde a nível do bem-estar físico e psicológico da mulher. As mudanças ocorridas no corpo da gestante podem resultar em desconforto ou dor, causando certas limitações durante a realização das atividades da vida diária e profissional, prejudicando tanto a saúde quanto a qualidade de vida dela ou do feto. Fato que pode ser evitado praticando exercício físico regularmente (MANN et al. 2009) Resposta hormonal ao treinamento de força O treinamento de força aumenta os níveis de testosterona das mulheres comparadas com mulheres sedentárias, sem falar que mulheres que fazem o treinamento de força diminuem a dismenorreia (dor abdominal) e a densidade óssea melhora, entretanto, estudos mostram que os treinamentos com alto volume e intensidade aumentam as disfunções no ciclo menstrual, essa disfunção do ciclo menstrual pode ser um dos fatores que pode estar relacionada a problemas de osteoporose (LOPES, 2019). Com relação ao ciclo menstrual ainda há muita controvérsia na periodização e suas fases (folicular e lútea), existe muita carência de estudos abordando esse assunto. Assim o treinamento de força pode trazer muitos benefícios para sua vida diária e para atividades esportivas, mas antes disso procure um profissional da área. A importância da promoção do exercício físico no período gestacional é dada a maior possibilidade de modificação para um estilo de vida ativo fisicamente o que implica em melhores condições de saúde da população feminina, visto que evitaria desconfortos gerados durante esse processo (LOPES, 2019). São muitos os fatores que estimulam a gestante a se manter fisicamente ativa durante a gestação; entre elas, evitar dores lombares, as quais são muito frequentes durante esse período da mulher, e oferecer, tanto para a mãe quanto para o bebê, uma gravidez segura e saudável. Além de garantir os benefícios, podendo ser citados: sensação de bem-estar e melhora do cansaço, da qualidade do sono e das dores nas costas, melhor controle de peso e melhor controle glicêmico em gestantes, inclusive diabéticas (RIBEIRO, 2012). 23 O exercício físico ajuda a reduzir o inchaço, melhorar a circulação sanguínea, amplia o equilíbrio muscular, alivio nos desconfortos intestinais (incluindo a obstipação), diminui câimbras nas pernas, fortalece a musculatura abdominal e facilita na recuperação pós-parto (YMCA; HANLON, 1999). Segundo WILMORE e COSTILL (2001) a execução de exercícios durante a gravidez reduz o estresse cardiovascular, previne algias nas regiões da coluna vertebral, melhora a imagem corporal, além de ajudar a prevenir a diabetes gestacional. 5.1 Benefícios do Treinamento de Força para Mulheres O interesse da população feminina pela prática da atividade física vai muito além dos objetivos de condicionamento e saúde. Boa parte dessas mulheres buscam a estética corporal através da modelagem física (hipertrofia) com a prática de exercícios de força. O número de mulheres que utilizam o treinamento de força como parte do seu planejamento desportivo, condicionamentofísico e estética tem aumentado consideravelmente (OLIVEIRA, 2009). Além desses objetivos, esse trabalho pode oferecer os seguintes benefícios: Prevenção da perda de massa óssea, combate a flacidez, modelagem corporal, proporciona o aumento da massa magra, auxilia no emagrecimento, previne lesões musculares, reduz os níveis de colesterol, auxilia na sustentação das próteses de silicone, promove a correção postural (MASCKIEWIE, CARBONE, 2009). Estudos relacionados ao treinamento de força sobre os benefícios para mulheres são em menor quantidade na literatura. 24 6 OBESOS Fonte: portals1.com.br A obesidade é reconhecida como doença pela Organização Mundial de Saúde (OMS) desde 1997 e está inserida no grupo das doenças crônicas não transmissíveis (DCNT) (ALMEIDA et al., 2007). Para COUTINHO et al., (2006), ela é melhor definida como sendo o estado no qual o peso corporal está demasiadamente acima daquele considerado normal devido ao acúmulo excessivo de gorduras no corpo. O excesso de tecido adiposo está a um nível tal que passa a comprometer a saúde do indivíduo por contribuir para o surgimento de diversos estados patológicos de avanço rápido e progressivo (REPETTO, et al., 2003). Classificação do estado nutricional, segundo o índice de massa corpórea (IMC) CLASSIFICAÇÃO IMC (Kg/m2) Baixo peso <18,5 Intervalo de peso normal 18,5 a 24,9 Excesso de peso 25,0 a 29,9 Obesidade grau I 30,0 a 34,9 Obesidade grau II 35,0 a 39,9 Obesidade grau III ou Obesidade Mórbida Igual ou superior a 40 Fonte: Carvalho, 2005 25 Gordura corporal num nível maior ou igual a 25% do peso corporal em homens e maior ou igual a 32% do peso nas mulheres está relacionada a doenças associadas à obesidade (HEYWARD et al., 2000). Sobrepeso e obesidade têm sido um dos maiores problemas de saúde em nível global, incluindo o Brasil, correspondendo a valores de 53,8% e 18,9% respectivamente (BRASIL, 2016). Um dos principais fatores que contribuem para esta elevada taxa de sobrepeso e obesidade está relacionado ao estilo de vida, com adoção de comportamentos sedentários, com prevalência entre 44,4% e 56,0% nas regiões brasileiras (ABESO, 2016). A prática de atividades físicas no tempo livre, no Brasil, gira em torno de 46,6% para os homens e 29,9% para as mulheres (BRASIL, 2016). Especificamente o comportamento adotado por mulheres indica maior taxa de inatividade física em comparação aos homens. Todos esses dados reforçam que a maior parte da população brasileira possui hábitos sedentários (LAGE, 2020). Cabe destacar que os impactos positivos à saúde relacionados a atividade física são condicionados ao alcance de níveis mínimos, capazes de induzir a alterações fisiológicas importantes (GARBER, 2011). 6.1 Benefícios do Treinamento de Força para Obesos A obesidade já é considerada um dos maiores problemas mundial, pois vai além do simples componente estético devido a estar diretamente ligada a inúmeras patologias como a hipertensão, diabetes, osteoartrites, cardiopatias, câncer. Segundo GUIZELINI (2007), a obesidade é uma patologia multifatorial, resultante de fatores: Genéticos, metabólicos, neuroendócrinos, dietéticos, sociofamiliares e psicológicos. A obesidade pode ser controlada associando um programa dietético adequado ao treino de força bem elaborado que poderá trazer os seguintes benefícios: Aumento da massa corporal magra (hipertrofia); Aumento da secreção de hormônios anabólicos; Redução da gordura corporal; Melhora da autoimagem; Melhora da força e resistência muscular; 26 Aumento do metabolismo celular nas horas seguintes ao exercício; Manutenção do metabolismo celular com a estabilidade da hipertrofia; Equilíbrio calórico negativo fornecido pelo gasto calórico; Reposicionamento ou preservação do alinhamento ideal das articulações afetadas pelo excesso de peso corporal; Menor valor da restrição calórica necessária para perda de peso; Maior perda de gordura armazenada, quando em comparação com a dieta sem exercícios; Aumento da probabilidade de manutenção da nova composição corporal adquirida; Impedimento da perda de massa muscular que ocorre na dieta sem exercícios, redução de 10 a 20% do metabolismo de repouso, após perda significante de massa corpórea magra através da dieta sem exercícios (CAMPOS, 2000). 6.2 Prescrição O exercício resistido apresenta alto grau de recomendação, sendo prescrito para auxiliar na perda de gordura corporal e preservar e/ou aumentar a massa muscular, uma vez que perdas musculares podem ocorrer devido à dieta hipocalórica (HANSEN et al., 2018). É recomendado que os exercícios envolvam grandes grupamentos musculares e sejam realizados de 2 a 3 vezes por semana, com carga entre 60% a 70% de 1 repetição máxima (1RM) em 3 séries de 12 a 15 repetições (HANSEN et al., 2018). Nesse sentido, o Colégio Americano de Medicina Esportiva recomenda que o treinamento muscular para iniciantes seja realizado em 1 a 3 séries, e para pessoas treinadas e atletas em 3 a 6 séries (ACSM, 2009). Em indivíduos não treinados, exercícios com alto volume (maior que três séries) não foram significativamente melhores que baixos volumes de treinamento (TEIXEIRA et al., 2017). O treinamento resistido deve ser composto por repetições dinâmicas de forma progressiva, com exercícios de ações musculares concêntricas, excêntricas e isométricas. Além disso, devem ser incluídos exercícios unilaterais e bilaterais, de única e múltiplas articulações, sendo mais de um conjunto de exercícios por grupo 27 muscular. Recomenda-se que os exercícios sejam realizados com velocidade baixa ou moderada, em intervalos de 2 a 3 minutos para cada série (ACSM, 2009). A realização de aquecimento muscular no período pré-exercício também é recomendada, pois estimula o suprimento sanguíneo local e metabolismo dos tecidos, ativando mecanismos de proteção muscular para danos subsequentes causados pelo treinamento (MCGORM, et al., 2018). 7 PACIENTES COM OSTEOPOROSE Fonte: fisioterapiaeesportes.com.br A perda da massa óssea que ocasiona a osteoporose é um processo de envelhecimento muitas vezes inevitável. Nos casos das mulheres, a osteoporose pós- menopausa, foi reconhecida por meio de estudos epidemiológicos como o principal problema de saúde pública atual (CHANG, 2004). A prevenção das fraturas decorrentes da osteoporose é um dos principais fatores para a manutenção da qualidade de vida (LIPS, 2005). Sendo a osteoporose a doença osteometabólica mais comum no Brasil, essas fraturas têm importância na sociedade, considerando o envelhecimento progressivo de sua população. Com isso, espera-se o aumento nos transtornos da densidade mineral e da estrutura óssea que, alcança mais de 1,3 milhões de pessoas (DATASUS, 2005). 28 A osteoporose instala-se progressivamente à medida que o osso perde sua massa mineral e a concentração de cálcio. Essa deteriorização faz com que o osso fique progressivamente mais poroso e quebradiço (MCARDLE et al, 2011). Alguns fatores de risco incluem: idade avançada, fumo, menopausa precoce, distúrbio alimentar, estilo de vida sedentário, entre outros. Muitos estudos têm mostrado que um programa de musculação é eficaz para prevenir a doença e melhorar a densidade óssea em pessoas que já a possuem. Segundo CAMPOS (2008) o treinamento de força, especificamente, é de extrema importância para os indivíduos com osteoporose, porque o indivíduo não só ganha força e massa muscular, mas também, melhora a flexibilidade, a coordenação, a agilidade, a postura e a resistência muscular. Para GUEDES JR. (2006) a prática desses exercícios ao longo da vida, principalmente quando jovem, são mais eficientes como prevenção do que o treinamento com objetivo curativo em idade avançada, quando o quadro de osteoporose já se encontra em estágioavançada. Quanto às recomendações de treinamento, a alta intensidade é fator fundamental, cabendo lembrar que tem relação com a carga utilizada. BEMBEN e FETTERS (2000) sugerem que um número menor de repetições (próximo de 8), realizadas com altas cargas (80% 1 RM), sejam preferidas quando comparadas ao trabalho com baixas cargas e alto número de repetições (TEIXEIRA e GUEDES JR.,2010). 8 CARDIOPATAS Fonte: bodynutri.ind.br 29 As doenças cardiovasculares estão entre as principais causas de morte nos países desenvolvidos e sua ocorrência tem aumentado de forma epidêmica nos países em desenvolvimento. Essas doenças, na realidade brasileira, ocupam a liderança das causas de morte e de internação hospitalar, correspondendo a 32,6% dos óbitos de causa determinada (GARBOSSA et al., 2009). Introduzidos no Brasil na década de 1960, os programas de reabilitação cardiovascular, tendo como elemento central a prática de exercício físico, têm sido considerados um processo de restauração das funções físicas e psicossociais em indivíduos com doença coronariana prévia, e seu amplo papel na prevenção de eventos cardiovasculares e redução da mortalidade estão bem documentado (Diário Oficial da União. Portaria, 2001). A atividade física é um fator importante na prevenção primária e secundária, bem como no tratamento das várias doenças cardiovasculares (POLOCK e WILMARK, 1993). A inatividade física tem sido considerada um fator de risco importante das doenças cardiovasculares (Diário Oficial da União. Portaria, 2001). Estudos têm demonstrado que pacientes com doenças cardíacas, que participam de programas de treinamento físico regular, e que recebem orientação sobre controle dos fatores de risco para doenças cardiovasculares, apresentam menor número de eventos pós- operatórios e de reinternações hospitalares, além de redução da mortalidade (CHARLSON e ISOM, 2003). Nas últimas décadas, a atividade física tem sido incorporada como uma conduta terapêutica no tratamento do paciente portador de cardiopatia, associado ao tratamento medicamentoso e as modificações de hábitos alimentares e comportamentais (TAYLOR, et al, 2004). Benefícios: Os benefícios potenciais do exercício resistido incluem não só melhora na saúde e controle de fatores de risco para doenças cardiovasculares como hipertensão arterial, dislipidemia, sensibilidade à insulina, melhor controle do peso, prevenção de deficiências e quedas e aumento da capacidade funcional (MARZOLINI et al, 2008). Outro componente importante na prescrição do exercício resistido é a definição do número de séries, no estudo de MARZOLINI (2008), em que, por meio da combinação de treinamento aeróbico associado a treinamento resistido com cargas 30 progressivas, 60% a 75% do VO2 pico e 60% a 75% da RM, objetivou-se avaliar se diferentes números de séries (1 x 3) implicariam melhores benefícios ao cardiopata. 8.1 Indicação de exercícios após infarto O Infarto Agudo do Miocárdio (IAM) é uma das principais causas de morte no mundo contemporâneo, e quase a metade desses óbitos é atribuída à doença arterial coronariana. Isso se constitui em um grave problema de saúde pública mundial por seus indicadores de morbidade e mortalidade (BERRY, 2010). Numerosas investigações têm demonstrado a importância da atividade física precoce e progressiva dentro de um programa de RCV, depois de um IAM ou procedimento de revascularização miocárdica. O programa consiste de 3 a 4 fases, segundo as diferentes escolas (TAYLOR, 2004). Fase I: Hospitalar Fase II: Convalescência após a alta Fase III: Manutenção precoce Fase IV: Manutenção tardia (Início depois de completar Fase 2 e 3). As fases III e IV, têm uma duração indefinida. A diferença entre ambas está, principalmente, no fato de que a Fase 4 se consegue com controle a distância, também conhecida como reabilitação sem supervisão. Em essência, a prescrição destas duas fases é muito similar porque os exercícios prescritos são parte da vida cotidiana. A prescrição deve ser atualizada periodicamente para adaptar-se ao perfil e comorbidades de cada paciente. Sugere-se, para iniciar a terceira fase, uma reavaliação, que se pode ser repetida a cada 6 a 12 meses (AACVPR, 2004). A ênfase na prática de exercícios físicos para a recuperação de pacientes portadores de coronariopatias é de extrema importância para restaurar sua melhor condição física, social e laborativa. Os benefícios estão bem estabelecidos na literatura, principalmente àqueles relacionados à redução dos fatores de risco, melhora na sintomatologia e, não menos importante, a percepção precoce de indicadores precedentes de complicações cardíacas (MAIR, 2008). Entretanto, no Brasil, mesmo sendo a doença cardiovascular, e em especial a coronariana, causa primeira de morte em ambos os sexos, o país carece de um programa de Reabilitação Cardiovascular (RC) à altura de sua importância no 31 contexto da saúde pública, pelos benefícios comprovados de sua eficácia e funcionalidade (MAIR, 2008). Os efeitos do exercício aeróbico de baixa, média e alta intensidade foram descritos por vários autores. BOTELHO et al. (2013), verificaram que os exercícios aeróbicos de alta intensidade são considerados superiores aos exercícios de moderada intensidade. Esses autores destacam também que os exercícios resistidos incluídos recentemente em protocolos de Reabilitação Cardíaca contribuíram para melhorar a capacidade física, a força muscular em membros inferiores e o tempo na realização de exercícios aeróbicos, indicando, como protocolo ideal, a combinação de exercícios aeróbicos e resistidos para pacientes pós-IAM em fase ambulatorial, pelos benefícios obtidos a curto e a longo prazo. Para BENETTI et al. (2010) quanto maior a capacidade de realização de exercícios por parte do paciente, maior seu papel na proteção de risco de morte. LEE et al. (2013), sugerem que exercícios de moderada intensidade renderão maiores benefícios para pacientes pós-IAM na fase III, comparando-se aos resultados alcançados com exercícios mais vigorosos. 8.2 Prescrição de Exercícios de resistência Os exercícios de resistência devem ser executados em séries de 8 a 15 repetições, com cargas progressivas, suficientes para causar fadiga nas últimas três repetições, porém, sem falha do movimento. Idealmente, devem ser realizados três vezes por semana. Como alternativa ao exercício convencional com pesos livres ou aparelhos de musculação, pode-se utilizar o método Pilates, com práticas de resistência combinadas com flexibilidade e respiração (MARZOLINI, 2008) 32 9 HIPERTENSÃO Fonte: efdeportes.com A hipertensão consiste na elevação crônica da pressão arterial, acima dos níveis considerados desejados para a idade e o tamanho de uma pessoa. O coração, quando submetido a níveis elevados de pressão arterial, trabalha mais que o normal, expelindo o sangue do ventrículo esquerdo contra uma maior resistência, impondo uma maior tensão sobre as artérias e arteríolas sistêmicas (WILMORE e COSTILL, 2001). De acordo com a Associação Americana do Coração, aproximadamente 50 milhões de norte-americanos acima de 6 anos de idade já têm pressão alta e a porcentagem de mulheres com hipertensão aumenta progressivamente dos 55 aos 74 anos de idade e, após, a porcentagem de mulheres com pressão alta é maior que a do sexo oposto. Para HEIWARD (2004), o treinamento aeróbio diminui a pressão arterial em indivíduos com hipertensão diagnosticada de leve a moderada. No estudo de KELLEY e KELLEY (2000), concluiu-se que os efeitos do treino de força podem reduzir a pressão arterial sistólica e diastólica de repouso de 2% a 4% em adultos, depois de submetidos a um treinamento de força. A hipertensão arterial é uma síndrome multicausal e multifatorial caracterizada pela presença de níveis tensionais elevadose normalmente associada a distúrbios metabólicos, hormonais e hipertrofias cardíaca e vascular (RONDON et al, 2010). 33 Uma doença que pode ser bem controlada por um tratamento médico convencional, porém, mudanças no estilo de vida têm-se mostrado eficientes na prevenção e no controle dos níveis tensionais elevados e são indicadas a todos os hipertensos e a indivíduos normotensos com história familiar de doença cardiovascular. Algumas dessas mudanças incluem: diminuição da ingesta de sal, redução de peso corporal e pratica de exercício físico. Segundo RONDON et al., (2010) a prática regular de atividade física aeróbia reduz a pressão arterial de indivíduos hipertensos, produzindo benefícios adicionais, como diminuição do peso corporal e ação coadjuvante no tratamento das dislipidemias, no controle do tabagismo, na resistência à insulina e no controle do estresse. Quanto à pratica da musculação, esta não deve consistir na modalidade primária de treinamento; no entanto, deve ser combinada com o treinamento aeróbio (TEIXEIRA e GUEDES JR., 2010). Para FORJAZ et al., (2010) quando o treinamento resistido é feito visando a melhora da resistência muscular localizada, cargas baixas são empregadas. Esse tipo de exercício caracteriza-se por provocar sobrecarga volumétrica ao sistema cardiovascular. Assim, principalmente quando executado na forma de circuito, o treinamento resistido de baixa intensidade pode trazer, em longo prazo, adaptações semelhantes às observadas com o treinamento aeróbio. As recomendações para elaboração de programas de musculação para pessoas hipertensas, segundo o ACSM (1998), preconizam a realização de uma série de 8 a 10 exercícios para os grandes grupos musculares, 2 a 3 dias por semana. O número de repetições para cada exercício deve ficar em torno de 8 a 12 (TEIXEIRA e GUEDES Jr.,2010). A hipertensão é uma doença de múltiplas causas, caracterizada pelo aumento dos valores da pressão arterial acima do normal. Na maioria dos casos, a hipertensão pode ser resultante de fatores genéticos, de uma dieta com altos teores de sódio, obesidade, da inatividade física, estresse. Alguns fatores podem influenciar a hipertensão como: alimentação, genética, uma dieta com altos teores de sódio, obesidade, estresse, idade, doenças da tireoide, uso de medicamentos ingestão de comidas gordurosas e a falta da atividade física 34 contribuem ou de uma combinação destes fatores, e outros para o aparecimento da pressão alta). A hipertensão é clinicamente definida como uma elevação na pressão arterial igual ou superior a 140 mm Hg (no caso da pressão arterial sistólica – PAS) ou igual ou superior a 90 mm Hg (para pressão arterial diastólica – PAD). A hipertensão afeta aproximadamente 1 bilhão de indivíduos no mundo inteiro e é responsável direta por 700.000 casos de derrames e 500.000 mortes por infarto anualmente. Ela também contribui significativamente para problemas nos rins e doenças vasculares periféricas. Estudos apontam que, em média, 75% e 65% dos casos de hipertensão em homens e mulheres, respectivamente, são altamente relacionados com o sobrepeso e obesidade. 9.1 Avaliação Física e Clínica Antes de se engajar em um programa de exercícios, os indivíduos hipertensos devem passar por uma completa e extensiva avaliação médica. Mensuração da pressão arterial, eletrocardiograma (em esforço, de preferência), exames de sangue são os mais indicados para a detecção de possíveis sintomas associados. 9.2 Prescrição de Exercícios A prescrição do exercício (tanto aeróbio quanto resistido) inclui as seguintes recomendações: Frequência: para os exercícios resistidos recomendam-se treinos de 2 a 3x durante a semana. Já em relação aos exercícios aeróbios a freqüência vai de 3 a 7x na semana. Duração/ volume: 30 a 60 minutos para os aeróbios e 1 série de 8 a 20 repetições para os exercícios com pesos (devem ser enfatizados primeiramente os grandes grupamentos musculares); Intensidade: 40% a 70% da frequência cardíaca de reserva para os aeróbios e 50% a 60% de 1rm para os resistidos. 35 9.3 Recomendações Para este tipo de população, os exercícios resistidos não são indicados como forma primária de prescrição. Porém, são bem aceitos quando combinados com os aeróbios (caminhada, pedalar, hidroginástica). Vale lembrar também que os exercícios com pesos devem incorporar baixa resistência com alto número de repetições em fases iniciais. Outras recomendações incluem: – O indivíduo hipertenso não deve se exercitar se a PAS em repouso estiver acima de 200 mm Hg ou a PAD acima de 110 mm Hg; – Beta- bloqueadores podem diminuir a resposta da FC ao exercício submáximo e máximo. Além disso, a utilização desses medicamentos pode ocasionar em hipotensão. Para minimizar esses possíveis efeitos, recomenda-se uma volta a calma gradual após a parte principal da sessão de treino; – A manobra de valsava (bloqueio da respiração) deve ser evitada durante a pratica de exercícios com pesos; 9.4 Benefícios do Treinamento de Força para Hipertensos A hipertensão Arterial continua sendo um importante causa de mortalidade e morbidade por doença cardiovascular e está associada a diversas alterações como: a aterosclerose, acidente vascular encefálico, insuficiência cardíaca, doença renal e cardiopatia isquêmica (MARCONDES, 1993). Os exercícios de Fortalecimento muscular, conhecidos como musculação, foram contraindicados durante muito tempo para portadores de cardiopatias, mas recentemente passaram a integrar as prescrições por terem se mostrado seguros e eficientes nessa população (ARAUJO et al, 2004). Segundo Maior (2005) há uma escassez na literatura em relação ao estudo do treinamento de força para hipertensos. Os benefícios do treinamento de força na hipertensão são: Redução da pressão arterial em repouso, redução do risco de doenças coronarianas, redução do risco de acidente vascular encefálico e da mortalidade (MAIOR, 2005). 36 10 ACIDENTE VASCULAR CEREBRAL- AVC Fonte: issuu.com O AVC pode ser definido como uma perda neurológica desencadeada por perfusão sanguínea anormal do tecido encefálico, cuja causa é predominantemente vascular. Em linhas gerais, os danos neurológicos do AVC são desencadeados pelo infarto cerebral, hemorragia intracerebral e hemorragia subaracnóidea (SACCO et al., 2013). Após o AVC, devido aos danos neurológicos ocorrem alterações negativas sobre a massa e força muscular com consequente prejuízos nas atividades diárias (FARZADFARD et al., 2018). Além dos prejuízos físicos e motores, complicações cardiovasculares (por exemplo, níveis pressóricos elevados, infarto do miocárdio) são altamente prevalentes e representam problemas de saúde comuns em sobreviventes ao AVC. De fato, algumas evidências argumentam que os sobreviventes ao AVC apresentam um acentuado estresse oxidativo, comprometimento dos mecanismos de controle da pressão arterial (por exemplo, sensibilidade do barorreflexo) e uma grave disfunção na modulação autonômica cardíaca, caracterizada por uma atividade simpática elevada combinada com uma redução ou inalterada atividade parassimpática (SCHEITZ et al., 2018) 37 10.1 Prescrição e resultados Estudo publicado por BILLINGER et al. (2014), é recomendado que indivíduos pós AVC realizem exercícios resistidos (2-3 vezes por semana / 8-10 exercícios / 1-3 séries de 10-15 repetições envolvendo grandes grupos musculares / 50%-80% de 1 RM). O protocolo de exercícios resistidos proposto por SEVERINSEN et al. (2014), consistiu de 6 exercícios bilaterais com 3 séries de 8 repetições máximas 3 vezes por semana durante 3 meses. Alguns dos achados relatados neste estudo ainda são relevantes, pois mostraram que o TR foi capaz de aumentar e manter a força física por um longo período. Em consonância com o estudo de FLANSBJER et al. (2008),SEVERINSEN et al. (2014), observaram aumento e manutenção da força física por 5 meses após a prática de TR (2 sessões por semana durante 10 semanas). SEVERINSEN et al. (2014) encontraram um efeito positivo do TR sobre a força muscular e na velocidade de caminhada em indivíduos pós AVC isquêmico crônico. Ao acompanhar esses indivíduos após 1 ano de conclusão do programa de TR, os autores descobriram que a força física foi mantida. Nesse sentido, em outro estudo elegante conduzido por FLANSBJER, et al., (2012), foi demonstrado manutenção da força muscular após 4 anos do programa de TR. Similarmente, em elegantes estudos conduzidos por LEE et al. (2008) e LEE et al. (2010), foi observado melhora sobre a força de resistência, explosiva e máxima após a prática de TR. Além da força muscular, OUELLETTE et al. (2004) investigaram os efeitos do TR sobre o desempenho funcional, função autorrelatada e incapacidade de indivíduos pós AVC. Após 12 semanas de treinamento (3 séries de 8 a 10 repetições por série a 70% da 1RM, 3 vezes por semana), foi observada melhora de parâmetros funcionais dessa população. Este estudo é extremamente importante por ser o primeiro ensaio clínico randomizado e controlado a investigar os efeitos do TR em indivíduos após o AVC isquêmico crônico. 38 11 PRESCRIÇÃO PARA EXERCÍCIOS CONTÍNUOS PARA GRUPOS ESPECIAIS Fonte: scielo.br Os exercícios contínuos são também conhecidos como atividades aeróbias. Essas atividades incluem esforços físicos que envolvem a utilização de grandes grupos musculares e que possam ativar todo o sistema orgânico de oxigenação, com esforços de média a longa duração e de caráter dinâmico, em ritmo constante e de intensidade moderada. De maneira geral, a eficiência dos exercícios aeróbios está diretamente relacionada à demanda energética total induzida pelo trabalho muscular, associada à adequada combinação de frequência, intensidade e duração dos esforços físicos. 11.1 Hidroginástica A hidroginástica é um excelente exercício para as pessoas com problemas articulares, e também com obesidade, pois os exercícios na água não sobrecarregam as articulações. Exercícios físicos que normalmente não alcançam limites de intensidade aeróbia na terra como a caminhada, podem resultar em estímulos de esforços adequado na água, por causa do aumento da resistência que esta oferece aos movimentos corporais (GUEDES e GUEDES, 2005). Em termos fisiológicos, o sistema circulatório é afetado quando o corpo está em água porque a pressão hidrostática excede a pressão venosa e tende aumentar um retorno venoso ao coração. O volume final diastólico aumenta e o volume ejetado 39 médio mostra um aumento de até 35% com a imersão ao nível do pescoço. Esse efeito tem sido benéfico para pacientes com infarto e miopatia (MCMURRAY, et al., 1988). Fonte: pratiquefitnes.com.br A água também aumenta o trabalho da respiração e, em relação ao sistema musculoesquelético, reduz a necessidade de vasoconstrição periférica e pode melhorar o fluxo sanguíneo muscular e a remoção de detritos metabólicos. A água ainda pode servir como um método útil de transferência de calor ao corpo imerso. Existem algumas contraindicações para determinados casos específicos, por exemplo colocar pacientes com insuficiência cárdica na água poderia aumentar o estresse no sistema circulatório central e colocar em risco o aluno. Quanto à intensidade de esforço, existem alguns aspectos negativos a ser considerados, por exemplo, as rotinas de exercícios físicos direcionados ao controle do peso corporal se relacionam à limitada disponibilidade de movimentos compatíveis com o meio líquido e a dificuldade de manter intensidade adequada de esforços físicos em atividades de grupo (MOSCHETTI et al., 1994). 11.2 Caminhada A caminhada é a atividade mais comum utilizada nas rotinas de exercícios físicos. Andar é muito recomendado porque é a base da locomoção e está envolvido em muitas atividades da vida diária. A estimativa da energia consumida durante a caminhada deverá ser desenvolvida em razão da velocidade empregada, da distância percorrida e do peso corporal do indivíduo. A uma velocidade entre 50 e 100 metros/minuto, ou, 3 a 6 Km/ 40 hora, deverá ocorrer demanda energética por volta de 0,6 quilos/ calorias (Kcal) a cada Km percorrido por Kg de peso corporal (Cooper, 1968). Um indivíduo sedentário é aquele que tem um estilo de vida com um mínimo de atividade física, equivalente a um gasto energético (trabalho + lazer + atividades domésticas + locomoção) inferior a 500 kcal por semana. Podemos considerar que a caminhada é uma atividade que proporciona um bom gasto energético (408 kcal) em 8 km. 11.3 Corrida A corrida é outra modalidade de exercício físico comumente utilizada em programas de treinamento. A princípio, em velocidades mais baixas, a demanda energética envolvida na caminhada é menor que com a corrida, entretanto, próximo a 8km/hora, a demanda energética da corrida e da caminhada deverá ser muito semelhante. Nesse caso, é indiferente prescrever uma ou outra modalidade de exercício físico (GUEDES e GUEDES. 2005). A partir desse raciocínio, não se poderá utilizar o mesmo modelo matemático para estimativa do gasto energético da corrida e da caminhada, mesmo a uma velocidade similar, sendo modificado o modelo matemático para a velocidade da corrida empregada. Nesse sentido, admitindo que o equivalente energético para correr um metro/minuto, em plano horizontal, é de 3,5 ml de oxigênio, ao multiplicar a velocidade de corrida, em metros/minuto, por 0,2 , e adicionando o valor de repouso, obter-se-á o custo de oxigênio da corrida expresso em relação ao peso corporal do indivíduo. O oxigênio consumido, expresso em litros, corresponde a 5kcal de energia. Assim, ao corrigir o custo de oxigênio pelo peso corporal e pelo tempo de duração da corrida, ajustando-se as unidades de medida, ter-se-á a demanda energética total da atividade. Então, se o indivíduo em questão apresentar peso corporal de 90 kg, seu custo de oxigênio, ao percorrer 6km em 42 min, seria de quanto, aproximadamente? E a demanda energética total seria quanto? 3,2 ml/kg/min x 90 kg = 2889 ml/min 2889 ml/min: 1000 ml = 2,889 l/min 41 2,889 l/min x 42 min = 121, 338 l 121, 338 l x 5 kcal = 606,69 kcal O custo de oxigênio do indivíduo com 90 kg, ao percorrer 6km em 42 min, seria de aproximadamente 121 litros, e a demanda energética total seria de 607 kcal. Muitas vezes, com a intenção de alcançar o gasto energético mais elevado a fim de melhorar a condição física do aluno, é muito comum aumentar a velocidade da corrida mantendo o tempo constante. No entanto, se observarmos o modelo matemático, ao atribuirmos um incremento de 10%, a distância total de 6,6 km deverá ser percorrida, na primeira situação, nos mesmos 42 min, contudo a uma velocidade de 157 m/min; e na segunda situação, em 46,15 min, tendo em vista a velocidade continuar a mesma em relação ao tempo de corrida. Verifica-se que a diferença na demanda energética não é maior que 6kcal a favor do esforço físico realizado com velocidade de corrida mais elevada. Diante disso, seria interessante elevar o tempo de corrida mantendo a velocidade constante. • Equivalente de Gasto energético De acordo com NAHAS (2001), é considerada sedentária a pessoa com estilo de vida com um mínimo de atividade física, equivalente a um gasto energético inferior a 500 kcal por semana. Para ser considerada moderadamente ativa, é necessário realizar atividade física que acumule um gasto semanal de pelo menos 1000 kcal, o que corresponde a caminhar em passos rápidos por 30 minutos, cinco vezes por semana. Para deixar de fazer parte do grupo dos sedentários, o indivíduo precisa gastar no mínimo 2.200 calorias por semana em atividades físicas. Menos que isso,pode acarretar consequências negativas à nossa saúde. 11.4 Prescrição de atividades em grupos (idosos) Quando falamos em atividades para terceira idade, podemos nos basear nas capacidades funcionais (flexibilidade, força muscular, resistência aeróbia, coordenação, equilíbrio e agilidade). Nesse sentido, a capacidade funcional pode ser definida como a capacidade de um indivíduo de realizar as atividades diárias ou mesmo atividades inesperadas, de forma segura e eficiente (ONEESS et al., 1990). Ou seja, a qualidade de vida dos idosos está associada à manutenção da capacidade funcional e da sua autonomia. 42 A modalidade de atividade física generalizada deve ser realizada três vezes por semana, em sessões com duração aproximada de 50 minutos. As sessões devem ser compostas por uma parte inicial (aquecimento), parte principal e parte final (volta à calma). Com relação à escolha dos exercícios que serão inseridos na sessão, é necessário cuidado para que contemplem variados componentes de capacidade funcional (CF) (COELHO et al.,2013). A partir do planejamento dos componentes de CF que serão trabalhados em cada sessão, é necessária a escolha das atividades, que devem ser específicas para o seu desenvolvimento. Sendo assim, as atividades planejadas para desenvolvimento dos componentes de CF, em cada sessão, serão elaboradas como parte principal da aula. A partir desse ponto, são definidos o volume e intensidade com que cada atividade deve ser desenvolvida, ao longo da sessão. A elaboração dos exercícios para atividade física generalizada é baseada na avalição funcional realizada por meio da bateria de testes motores para idosos American Alliance for Health, Physical Education, Recreation and dance (AAPHERD) (Oneess et al., 1990). De acordo com os resultados obtidos em tal avaliação, as sessões são elaboradas visando desenvolver com maior ênfase um ou outro componente da CF, não excluindo os demais. Por exemplo, se a maioria dos idosos teve um comportamento ruim no teste de força, cerca de duas vezes por semana serão realizados exercícios para fortalecimento de membro superior, seguindo o princípio da sobrecarga para aumentar o estímulo nos participantes. Além disso, serão realizados exercícios que envolvam outros componentes de CF (COELHO et al.,2013). 43 12 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS AACVPR. Guidelines for Cardiac Rehabilitation and Secondary Prevention Programs. 4th ed. Champaign, IL: Human Kinetics Publishers, Inc; 2004 ABESO. Diretrizes brasileiras de obesidade 2016/ABESO. 4ª.ed - São Paulo, SP. 2016;1–188. ACSM-American College of Sports Medicine, ARTAL R., M.D; CLAPP J.F. III, M.D; VIGIL, D.V; M.D; FACSM. Gravidez: Exercícios durante a gravidez, 2000. Cooperativa do Fitness. ACM-American College of Sports Medicine. Manual do ACSM para teste de esforço e prescrição de exercício. 5ª. ed. Rio de Janeiro: Revinter, 314p., 2000. ACSM´s-American College of Sports Medicine, Guideline for exercise testing and prescription. SEVENTH edition. Lippincott Williams & Wilkins, 2006. ACSM-American College of Sports Medicine. Progression models in resistance training for healthy adults. Medicine & Science in Sports & Exercise, vol. 41, nº. 3, p. 687-708, mar. 2009. ACSM-American College of Sports Medicine. Diretrizes do ACSM para os testes de esforço e sua prescrição. 8ª Ed. Rio de janeiro: Guanabara Koogan, 2010. ALDERDICE, F., MACNEILL, J., LYNN, F., A systematic review of systematic reviews of interventions to improve maternal mental health and well-being. Midwifery, 29, 389-399. 2013. ALE, R.G.S., NOVAES, J.S., DANTAS, E.H.M., Efeitos do treinamento de força e de flexibilidade sobre a autonomia de mulheres senescentes. Revista Brasileira de Ciência e Movimento. Brasília, vol. 13, nº. 2, p. 33-40, 2005. ALMEIDA, A.A.M., SANTOS, C.R.P., O enfrentamento da síndrome metabólica em indivíduos obesos: intervenção da atividade física. Revista Brasileira de Obesidade, Nutrição e Emagrecimento. São Paulo. vol. 1. Nº. 5. 2007. p. 24-34. ALMEIDA, N.F.A., ALVES, M.V.P., Exercícios Físicos para Gestantes. Lecturas: Educación Física y Deportes, Revista Digital. Buenos Aires, ano 14, nº.131, abr, 2009. 44 ASSUMPÇÃO, L.O.T., MORAIS, P.P.de, FONTOURA, H., Relação entre atividade física, saúde e qualidade de vida: Notas Introdutórias. Lecturas: Educación Física y Deportes, Revista Digital. Buenos Aires, ano 8, nº. 52, set, 2002. BANKOFF, A.D.P. et al., Atividade física e qualidade de vida: Avaliação de um programa oferecido à comunidade da Unicamp. In: Vilarta, R. et al. Qualidade de Vida e Fadiga Institucional. Campinas: IPES, 2006. BARBOSA, J.A.S.; BANKOFF, A.D.P., Estudo do nível de participação num programa de atividade física e suas relações com as doenças crônicas não transmissíveis. Revista Movimento & Percepção, Espírito Santo de Pinhal, vol. 9, nº. 12, 2008. BARRETO, L.A.S., Diabetes Mellitus, Neuropatia e Prevenção. Web Artigos. Col. Saúde e Beleza. RJ. Brasil, 2011 BARTOLOMEU, F.de.B., JUNIOR, E.A., Os Benefícios da Prática do Exercício Resistido na Terceira Idade. Rev. FisioBrasil. Nº 80 p21-23. ES, 2006 BATISTA, D.C., CHIARA, V.L., GUGELMIN, S.A., MARTINS, P.D., Atividade física e gestação: saúde da gestante não atleta e crescimento fetal. Revista Brasileira Saúde Materno Infantil. vol. 3, ano 2; p. 151-158, abr. / jun., 2003. BENETTI, M., ARAÚJO, C.L.P., SANTOS, R.Z., Aptidão cardiorrespiratória e qualidade de vida pós-infarto em diferentes intensidades de exercício. Arq. Bras. Cardiol. 2010;95(3):399-404. BERRY, J.R.S., CUNHA, A.B., Avaliação dos efeitos da reabilitação cardíaca em pacientes pós-infarto do miocárdio. Rev. Bras. Cardiol. 2010;23(2):101-10. BILLINGER, S.A., et al., Physical activity and exercise recommendations for stroke survivors: a statement for healthcare professionals from the American Heart Association/American Stroke Association. Stroke, Dallas, vol. 45, nº. 8, p. 2532-2553, Aug. 2014. BORODULIN, et al., Padrão de atividade física durante a gravidez. Medicine and science in sports and exercise, 2012. 45 BOTELHO, P.M., SANTOS, C.B.C., BALDOINO, A.S., Benefícios da reabilitação cardíaca ambulatorial em pacientes pós-infarto agudo do miocárdio. Rev Inspirar 2013;5(1):1-7. BOTELHO, P.R., MIRANDA, E.F.de., Principais recomendações sobre a prática de exercícios físicos durante a gestação. Revista Cereus nº. 6, online – dez/2011- jun/2012. BRASIL. Ministério da Saúde. Agita Brasil: guia para agentes multiplicadores. Brasília, 2001. BRASIL. Gestação de alto risco. Brasília/DF: Ministério da Saúde, 2010. BRASIL, Ministério da Saúde. Vigitel Brasil 2016: Estimativas sobre frequência e distribuição sociodemográfica de fatores de risco e proteção para doenças crônicas nas capitais dos 26 Estados brasileiros e no Distrito Federal em 2016 [Internet]. Ministério da Saúde. 2017. 160p. BROOKS, D.S., O livro completo do treinamento personalizado. São Paulo: Phorte, 2007. CAMPOS, M.A., Musculação: diabéticos, osteoporóticos, idosos, crianças, obesos. Sprint, 4ª ed., 2008. CARVALHO, K.M.B., Obesidade. 2ª ed. São Paulo. Manole. 2005.p. 149-170. CASTINHEIRAS-NETO, A.G., COSTA-FILHO, I.R., FARINATTI, P.T.V., Respostas cardiovasculares ao exercício resistido são afetadas pela carga e intervalos entre séries. Arq. Bras. Cardiol., São Paulo, vol. 95, nº. 4, p.493-501, 2010. CHANG, K.P., CENTER, JR., NGUYEN, T.V., EISMAN, J.A., Incidence of hip and other osteoporotic fractures in elderly men and women: Dubbo osteoporosis epidemiology study. Journal of Bone and Mineral Research, v.19, n.4, p. 532-536, janeiro, 2004 CHARLSON, M.E., ISOM O.W., Care after coronary-artery bypass surgery. N Engl Med. 2003;348(15):1456-63 COELHO, F.G.M., et al., Exercício Físico no Envelhecimento Saudável e Patológico; Da teoria à prática. Curitiba:
Compartilhar